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quinta-feira, 15 de junho de 2023

MULTIVERSO E UNIVERSOS PARALELOS... CONTINUAÇÃO

O ESTUDO DA METAFÍSICA CONSISTE EM PROCURAR, NUM QUARTO ESCURO, UM GATO PRETO QUE NÃO ESTÁ LÁ.


Na cultura popular, "universos paralelos" são "outros mundos" que (supostamente) existem para além do universo convencional. À luz da ciência, porém, esse termo é usado pelos pesquisadores da Teoria das Cordas — segundo a qual vivemos em uma realidade onde tudo é formado por minúsculas "cordas vibrantes", menores que o núcleo atômico, que diferem entre si pela forma e pela frequência. Os modos vibracionais, também chamados de harmônicos, surgem quando duas ou mais ondas se encontram em um mesmo ponto, produzindo ondas estacionárias — da mesma forma que produzimos notas musicais quando tocarmos um violão). 

Observação: Em linhas (bem) gerais, podemos resumir a ópera dizendo que todas as partículas (quarks, elétrons e até mesmo os bósons) são produzidas por diferentes oscilações das cordas, e que o universo tem mais dimensões do que as quatro que conhecemos (altura, largura, profundidade e tempo). 
 
Durante a segunda revolução das cordas, em 1995, os físicos propuseram que cinco diferentes teorias das cordas seriam na verdade faces da Teoria-M, ou
 "teoria de tudo— a maioria dos físicos e cosmólogos são movidos sonha em encontrar uma descrição simples do universo que possa explicar tudo. 

A "teoria de tudo" propõe que cada partícula é um minúsculo laço de corda e que o universo tem onze dimensões (sete além das quatro conhecidas), chamadas de "brana" (abreviação para membrana), que podem se propagar através do espaço-tempo de acordo com as regras da mecânica quântica. Como nosso universo é uma membrana 3 + 1 dimensional (três dimensões de espaço +1 de tempo) e estamos "presos" dentro de um espaço 10 + 1 dimensional, não somos capazes de perceber as dimensões extras. 

Observação: Para entender melhor, imagine uma pilha de panquecas recheadas com mel. É como se nosso universo existisse em uma dessas panquecas, e as demais estivessem “por cima” da nossa. O mel nos impede de perceber a existência das outras panquecas, o que não quer dizer que elas não estejam lá. 

Outras branas quadrimensionais podem existir dentro de um espaço de onze dimensões, e o choque entre uma brana em dimensões superiores com a nossa seria uma maneira interessante de explicar o que motivou o Big Bang.
 
Tudo isso pode parecer coisa de filme de ficção científica, mas é bom lembrar que inúmeros cientistas foram alvo de zombaria por seus pares até que o tempo provou que eles estavam certos. Bons exemplos são o "pai da desinfecção", o criador da imunoterapia, o descobridor do sistema heliocêntrico e o proponente de deriva continental, entre tantos outros.
 
Continua...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

DICAS DE NATAL - CAIXAS ACÚSTICAS / FONE DE OUVIDO - CAIPIRINHA DE VODKA


Não é por ter um portátil de entrada de linha que você está obrigado a ouvir música com aquele som de taquara rachada dos radinhos de pilha da década de 70: caso a qualidade sonora do seu note não seja lá aquelas coisas, compre os cabinhos apropriados, conecte-o a um mini-system e curta a diferença.
Não tem um mini-system dando sopa? Então compre um fone de ouvido ou um conjunto de caixas amplificadas - existem opções para todos os gostos e bolsos, mas convém fugir de modelos muito baratos (uma boa ideia é pesquisar em sites como o Buscapé e o Bondfaro).
Se dinheiro não for problema, considere o Home Theater HX906TXW, da LG. O brinquedinho custa quase R$ 4 mil, mas vale cada centavo.  


Passando agora à receita da vez e considerando que festas e férias combinam com descontração, vejamos como preparar uma deliciosa caipirinha de Vodka e mais alguns truques para incrementar esse drinque tão popular.
Você vai precisar de:

- 2 limões Taiti (de casca fina);
- Açúcar, vodka e gelo a gosto.

Descasque os limões delicadamente e corte-os ao meio, no sentido longitudinal.
Remova a membrana branca, inclusive do miolo, e torne a cortar – primeiro no sentido longitudinal e depois no transversal – até obter 16 pedaços.
Coloque duas pedras de gelo numa coqueteleira, cubra-as com açúcar, adicione 4 pedaços de limão e amasse gentilmente com um soquete (sem retirar todo o suco).
Junte ½ dose de vodka, os pedaços restantes do limão e amasse tudo bem amassadinho. Acrescente 1 dose de vodka, duas pedras de gelo, feche a coqueteleira e agite bem.
Transfira a bebida para um copo adequado, “lave” a coqueteleira com mais 1 dose de vodka (para aproveitar o restante do açúcar), complete o copo, acerte o ponto do açúcar, decore com uma rodela de limão, junte mais uma ou duas pedras de gelo e sirva com canudinhos ou com um mexedor apropriado para drinques.

Para não ficar apenas na mesmice da repetição, aqui vão mais algumas sugestões para incrementar seu aperitivo:

Siga a mesma receita e modo de preparo, mas:
1 – Substitua o açúcar por mel de abelha, ou:
2 – Reduza o açúcar e adicione uma dose de xarope de groselha, ou:
3 – Em vez da groselha, adicione duas ou três gotas de essência de baunilha, ou:
4 – Substitua as gotas de baunilha por uma colher de leite condensado, ou:
5 – Retire um limão da lista original de ingredientes e acrescente ½ maracujá maduro, 1/3 de caju maduro e 1 gomo de cana de açúcar (o gomo deve ser cortado em 8 palitos, que podem substituir os canudinhos ou o mexedor e ainda agregar à receita um gostinho especial.

Boas compras, bom proveito e até a próxima.  

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Jogando (mais) conversa fora e humor


Na última sexta feira eu mencionei ter comprado um teclado novo para plugar no meu notebook, já que o adaptador mini-Din/USB de R$ 10 (caro, considerando que é possível encontrar teclados a partir de R$ 11,90), além de ter sido difícil de achar, não funcionou no meu velho teclado Microsoft.
Minha primeira escolha recaiu sobre um modelo flexível da Multilaser http://www.multilaser.com.br/, que me cativou por ser totalmente emborrachado e, portanto, impermeável a água, poeira, cabelo, cinza de cigarros, farelos e outras impurezas que penetram nos modelos convencionais pelas frestas entre as teclas, mas nossa “lua de mel” não durou mais do que 15 minutos. Primeiramente, desagradou-me a rebeldia do teclado, que, talvez por ter passado muito tempo enrolado (numa embalagem com formato e dimensões de uma lata de Nescau), recusava-se a ficar paralelo com a superfície da mesa. Além disso, sua parte central parecia inchada (como se houvesse uma bolha de ar por baixo das teclas), as teclas “molengas” demais, e apesar da aparente contradição, duras de pressionar – ou por outra, precisavam ser premidas com força, e em algumas delas era difícil achar o ponto certo do contato. Voltei à loja e troquei o “molóide” por um Genius USB, que foi prontamente reconhecido pelo sistema e está funcionando muito bem, obrigado.

Observação: Uma maneira interessante de manter o teclado livre de impurezas é instalar uma membrana de silicone, conforme recomendou um leitor no post do dia 17.

Antes de encerrar, vale mencionar que a INFO deste mês relembra, na seção CTRL+Z, o velho “PORTABLE PALM KEYBOARD”, popular no final da década de 90, que era vendido por US$ 99 pesava 230g e tinha o tamanho correspondente ao de dois iPhones empilhados.     

Passemos agora ao nosso tradicional humor de sexta-feira:

Uma forte dor no ombro esquerdo levou João a procurar um médico. No consultório, soube que uma técnica revolucionária permitia que um computador de última geração diagnosticasse qualquer doença a partir de uma amostra de urina. Colhida a amostra, o médico programou a máquina e em poucos segundos leu o resultado:
- João da Silva, analista de sistemas, 34 anos, artrose acrômio-clavicular.
Boquiaberto, João retrucou:
- Não é possível! Eu nem disse meu nome... O senhor se importa de repetir o exame a partir de uma amostra de urina colhida em jejum?
Em casa, João colheu urina da esposa e da filha, adicionou algumas gotas do óleo do carro e outras tantas do seu próprio esperma. Dia seguinte, voltou ao consultório e ouviu o resultado:
- João da Silva, 34 anos, analista de sistemas, corno, filha grávida de 3 meses, carro em péssimas condições, deve evitar se masturbar com a mão esquerda devido a uma artrose acrômio clavicular no ombro direito.

domingo, 7 de julho de 2024

O QUE É DE GOSTO REGALA A VIDA

AS FEIAS QUE ME PERDOEM, MAS BELEZA É FUNDAMENTAL.

Os veganos que me perdoem, mas carne vermelha é fundamental. Gosto dela crua no Steak Tartar, assada na brasa ou no forno, cozida na pressão, em bifes (fritos ou de panela), acompanhada de salada, fritas, farofa, arroz, purê, e por aí vai. Mas cozinhar é arte, e até fritar ovos requer expertise. 

O que deveria ser um bife suculento fica com textura de sola de sapato quando a gente tira os bifes da geladeira e coloca na frigideira sem esperar pelos menos 10 minutos. E o resultado será ainda pior se a frigideira não estiver quente, pois os bifes irão cozinhar em vez de fritar. 

A diferença entre cortes do dianteiro e do traseiro do boi, popularmente conhecidos como carnes de primeira e de segunda, está na quantidade de gordura e no trabalho muscular realizados por cada região. Carnes provenientes de partes menos utilizadas do animal, como filé-mignon, picanha, contrafilé e alcatra, têm menos fibras e colágeno, o que as torna mais macias e de sabor marcante que o acém, a paleta, a fraldinha e o músculo. Mas a técnica de preparo é crucial para aproveitar o melhor de cada corte. 

A picanha é a estrela dos churrascos, mas o filé é tido como uma das melhores carnes bovinas, sobretudo por sua maciez. Já o contrafilé e o miolo da alcatra são ótimas opção para bifes fritos — além de suculentos, ele contam com aquela gordurinha que deixa as receitas mais saborosas. O coxão-mole é versátil e tem ótimo custo-benefício, e o coxão-duro e o lagarto dão excelentes assados e ótimos bifes rolê e de panelaFilé, contrafilé e miolo de alcatra podem ser cortados em bifes grossos, mas coxão-molepatinho devem ser cortados finos (sempre no sentido contrário ao das fibras). Independentemente do corte e da espessura, os bifes devem ser fritos individualmente e virados uma única vez. 


O "ponto" vai do gosto do comensal e varia conforme a espessura do bife, o material da frigideira e a potência do fogão. Para bifes médios (2,5 cm de altura) malpassados como manda o figurino, aqueça bem a gordura e frite cada lado por 2 ou 3 minutos. Se quiser seus bifes "ao ponto" ou bem-passados, frite-os por 4 ou 5 minutos ou de 6 a 8 minutos de cada lado, respectivamente. Ao final, coloque os bifes numa travessa, cubra com papel laminado e deixe descansar por alguns minutos, para que os sucos que se concentraram na parte central da carne durante a cocção se redistribuam por igual, deixando-a mais macia e suculenta. 

 

Bifes à milanesa devem ser finos e fritos por imersão em gordura bem quente (180°C). Recomenda-se usar frigideiras ou panelas largas e borda alta e fritar um bife de cada vez (para o óleo não esfriar). A casca ficará mais crocante e não se desprenderá da carne durante a fritura se, ao empanar os bifes, você passá-los na farinha de trigo, no ovo batido e na farinha panko (nessa ordem). Ao final, coloque-os numa travessa forra com toalhas de papel, que absorverão o excesso de gordura, deixando os bifes mais sequinhos.

 

Carne moída (ou "picadinho", como ela é chamada no norte do país) é comumente usada como recheio de pastéis, esfihas, almôndegas e empadões, no molho à bolonhesa ou para acompanhar o popular arroz com feijão. Crua, ela é a base de hambúrgueres e do sofisticado Steak Tartar. Como é difícil saber se a carne pré-moída vendida nos supermercados é premium (de melhor qualidade), intermediária ou industrial (mais baratas), faça como nossas avós: escolha o pedaço desejado e peça ao açougueiro para passá-lo duas vezes no moedor. Melhor ainda é moer a carne em casa, pois assim você poderá misturar 20% de gordura de picanha à paleta ou ao patinho (hambúrguer sem gordura não dá liga nem tem sabor). 


Para preparar quibe cru e Steak Tartar, o filé é o corte mais indicado. Supermercados de grife e "butiques" de carne vendem escalope, medalhões, tornedor e chateaubriand de filé, mas sai mais barato comprar a peça e cortá-la em casa. Comece removendo a fáscia (aquela membrana prateada que deixa os bifes duros se não for retirada). Use uma faca de ponta fina, bem afiada, e mantenha-a quase em paralelo com a peça (para minimizar a quantidade de carne que fatalmente será retirada junto com o tecido conjuntivo). 

 

Separe o filé em cabeça, lateral, miolo e ponta (a cabeça é a extremidade maior, a lateral é a parte que fica ao lado, quase solta, o miolo é o corpo cilíndrico do filé, e a ponta é a parte final da peça, onde a carne "afina"). Corte o filé em chateaubriands (com cerca de 4cm de altura e de 300g a 400g), tornedor (3cm e 250g), medalhão (2cm e 180g) ou escalope (cubinhos de 1cm de lado), e o restante em bife (aproveite as sobras para fazer strogonoff ou escondidinho de filé, por exemplo).


Continua no próximo domingo.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

BIG BANG, BIG CRUNCH E TEORIA DAS CORDAS

SE AS PALAVRAS CAUSAM MAL ENTENDIDOS, IMAGINE O QUE O SILÊNCIO É CAPAZ DE FAZER.

A análise de dados do Sloan Digital Sky Survey revelou que a distribuição e a forma das galáxias contraria a ideia de que elas seriam dispostas aleatoriamente no espaço, e essa descoberta tem importantes implicações para o Modelo Cosmológico e a Teoria da Inflação Cósmica.


Uma das teorias mais fascinantes sobre a origem do nosso universo sugere que o Big Bang pode ter surgido da singularidade de um buraco negro, formado em um universo anterior que sofreu um colapso total (Big Crunch). Ainda é um mistério se esse universo predecessor era similar ao nosso ou fazia parte de um multiverso. Seguindo essa lógica, poderíamos estar vivendo em um ciclo infinito de expansões e contrações cósmicas.

Um aspecto preocupante da expansão atual do universo é que sua aceleração crescente poderia, teoricamente, desencadear um fenômeno conhecido como "estado de decaimento de vácuo falso", que, uma vez iniciado, poderia se propagar na velocidade da luz e alterar a estrutura fundamental do universo como o conhecemos.

O conceito de "vácuo metaestável" é fundamental para entender esse fenômeno. Tanto a matéria quanto os campos quânticos buscam estados de menor energia — uma forma de estabilidade. Nos campos quânticos, esse estado de menor energia é chamado de "estado de vácuo". O campo de Higgs, famoso por conferir massa às partículas elementares através da interação com o bóson de Higgs (popularmente conhecido como "partícula de Deus"), mantém esse vácuo em um estado metaestável.

Esta metaestabilidade nos apresenta dois cenários possíveis: ou nosso universo continuará existindo por bilhões de anos, ou o campo de Higgs já está iniciando seu processo de decaimento. No segundo caso, uma "bolha" de transformação se expandiria quase na velocidade da luz, provocando uma transição para um universo com características diferentes. As consequências poderiam variar desde uma mudança radical em tudo que conhecemos até uma alteração mais sutil, como uma modificação na massa dos neutrinos.

ObservaçãoOs neutrinos são sutis e difíceis de detectar. Até recentemente, achava-se que eles não tinham massa, mas novas detecções demonstraram que eles podem oscilar entre si conforme se movem — e se podem mudar enquanto viajam pelo espaço, é porque têm alguma massa.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

O discurso lido por Lula para os outros líderes do Brics mostrou que sua viagem à Rússia, cancelada após a queda no banheiro do Alvorada, teria sido um desperdício de verbas públicas. Por tudo o que disse e também pelo que silenciou, os sete minutos de videoconferência pareceram de bom tamanho. 
Beneficiado pela ausência, o petista fritou Nicolás Maduro sem tocá-lo, transferindo ao profissionalismo do Itamaraty o manuseio da frigideira que deixou bem passada a pretensão do tirante de integrar a Venezuela ao bloco. Mesmo assim, a palavra palavra democracia não constou do discurso remoto — e nem poderia: além de fundadores como China e Rússia, incorporaram-se ao grupo em 2023 outras aberrações antidemocráticas como Irã e Arábia Saudita, e outras inconveniências estão por vir. 
No gogó, Lula restringiu-se às platitudes de sempre. Coisas como o pedido de paz na Ucrânia e na Faixa de Gaza, o apelo a favor da revitalização do multilateralismo, a defesa do uso de moedas alternativas ao dólar, a cobrança do calote ambiental de US$ 100 bilhões imposto pelos países ricos às nações pobres... Nada que não pudesse ser dito desde Brasília. 
Até bem pouco, o Brics era uma junção de países que surgiu do nada e rumava para lugar nenhum, mas se tornou uma associação de nações que, a pretexto de representar o chamado Sul Global, serve de fachada para a China, com o aval da Rússia, recorrer a todos os estratagemas para atingir os seus subterfúgios comerciais na briga particular que trava com União Europeia e, sobretudo, Estados Unidos. 
O Brasil assume a presidência rotativa do Brics no ano que vem, quando então Lula poderá tentar retirar do bloco a aparência de um puxadinho diplomático a serviço da China.

Há muito que se tenta conciliar o Big Crunch com o universo que conhecemos hoje. Segundo a Teoria das Cordas, tudo é formado por "cordas vibrantesmenores que o núcleo atômico, que diferem entre si pela forma e pela frequência. Os modos vibracionais surgem quando duas ou mais ondas se encontram num mesmo ponto, produzindo ondas estacionárias — da mesma forma como produzimos notas musicais quando dedilhamos as cordas de um violão. Essa teoria ainda não foi comprovada experimentalmente, mas já dizia Carl Sagan que "a ausência de evidências não é evidência de ausência".

Em 1995, foi proposto que cinco diferentes Teorias das Cordas seriam na faces da "Teoria de Tudo", que busca unificar todas as forças fundamentais da natureza num único modelo matemático. Assim, cada partícula seria um minúsculo laço de corda numa membrana 3 + 1 dimensional (três dimensões de espaço mais uma de tempo), mas, como estamos "presos" dentro de um espaço 10 + 1 dimensional, não percebemos as dimensões extras. 
 
ObservaçãoPara entender melhor, imagine uma pilha de panquecas recheadas com mel e que nosso universo esta numa dessas panquecas; o mel nos impede de perceber as outras panquecas, mas isso não significa que elas não estão lá. 

Outra teoria interessante é a do multiverso. Nesse contexto, um universo branco teria buracos bancos capazes de cuspir qualquer coisa, e o Big Bang seria na verdade um buraco branco que vomitou tudo que foi engolido por um buraco negro de um universo paralelo ao nosso. Assim, todos os universos existentes seriam semelhantes e teriam buracos negros e buracos brancos.

Talvez isso lhe pareça enredo de filme de ficção, mas vale lembrar que cientistas como o "pai da desinfecção", o criador da imunoterapia, descobridor do sistema heliocêntrico e o proponente de deriva continental foram tachados de "malucos", até que o tempo provou que eles estavam certos.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

SOBRE RELATIVIDADE GERAL, GRAVIDADE E TEORIA DE TUDO

quando o sábio aponta as estrelas, os idiotas não olham para o céu, olham para o dedo.

O mundo girou, a Lusitana rodou, o tempo passou e muita coisa mudou desde 1915, ano em que Albert Einstein publicou sua célebre Teoria da Relatividade Geral para "corrigir inconsistências" da teoria da gravitação de
 Isaac Newton e elucidar mistérios como a curvatura do espaço-tempo, a precessão da órbita de Mercúrio, os eclipses e os buracos negros, entre outros. 

Mas nem tudo que valia no início do século passado continua valendo nos dias atuais  o que é perfeitamente natural: em 1500, Cabral e sua trupe demoraram 44 dias numa viagem que um transatlântico moderno faz em pouco mais de uma semana. E uma vez que a teoria de Einstein não orna com a mecânica quântica e apresenta problemas em escalas astronômicas, um grupo de pesquisadores canadenses propôs uma mudança da constante gravitacional para explicar as inconsistências.

Observação: A relatividade geral já sofreu alterações no passado — a primeira delas foi feita pelo próprio Einstein, que descartou de suas equações a "constante cosmológica" quando Edwin Hubble apresentou a tese do universo em expansão (mais adiante, o telescópio Hubble revelou uma expansão acelerada que trouxe a constante cosmológica de volta às equações).

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Em 2021, a secretaria de relações internacionais do PT saudou a quarta reeleição do ditador Daniel Ortega — numa campanha em que o regime nicaraguense prendeu sete pretendentes ao trono — como a vitória de "um projeto político [...] socialmente justo e igualitário." Duas semanas depois, questionado sobre a longevidade da ditadura de Ortega, Lula defendeu a alternância no Poder, mas frisou realçou que Angela Merkel também deu as cartas por 16 anos na Alemanha.
Comparar democracia com ditadura era apenas uma esquisitice que o 8 de janeiro promoveu a ultraje. Mesmo assim, pisando distraído na própria história, o Sun Tzu de Atibaia declarou dias atrás que não via "nada de grave", "anormal" ou "assustador" na Venezuela. Desde então, a fraude da reeleição na Venezuela desafia a pretensão do Brasil de mediar uma solução, e Maduro, seguindo as pegadas do modelo nicaraguense, prende e arrebenta.
No tipo de liderança continental que imagina exercer, Lula já não sabe se está sendo seguido ou perseguido, mas Ortega simplificou as coisas ao expulsar o embaixador brasileiro, obrigando Brasília a devolver para Manágua a embaixadora nicaraguense. O chumbo trocado pode ser de grande serventia para o Planalto. No comando de uma ditadura escrachada, o companheiro nicaraguense e seu histórico de violações à democracia e aos direitos humanos sinalizam para Lula como será Maduro depois de podre. E a decomposição está em estágio avançado.
 
Einstein adicionou uma "dimensão temporal" às três "dimensões espaciais" conhecidas até então (altura, largura e profundidade), e a Teoria das Cordas propôs a existência de outras dimensões além dessas quatro. A princípio, havia duas variantes dessa teoria; uma sugeria que universo tem 11 dimensões e a outra, pelo menos 26 sendo três espaciais e uma temporal 
 as demais estariam relacionadas com as perturbações espaciais e temporais produzidas pelas oscilações das cordas, que dão origem aos fenômenos elétricos, magnéticos e nucleares. 

Em 1995, os físicos propuseram que 5 diferentes teorias das cordas seriam na verdade faces da "Teoria de Tudo", segundo a qual cada partícula é um minúsculo laço de corda num universo com 11 dimensões (ou branas) que se propagam no espaço-tempo seguindo as regras da mecânica quântica. À luz dessa teoria, branas quadrimensionais poderiam existir dentro de um espaço de 11 dimensões, e um choque entre uma brana de uma dimensão superior com a nossa teria sido o causador do Big Bang.

Não somos capazes de perceber as dimensões extras porque nosso universo é uma membrana com 3 dimensões espaciais e 1 temporal, e nós estamos "presos" num espaço 10 + 1 dimensional. Para entender isso melhor, imagine uma pilha de panquecas recheadas com mel. É como se nosso universo existisse em uma dessas panquecas e as demais estivessem "por cima". O mel nos impede de perceber a existência das outras panquecas, mas isso não quer dizer que elas não estão lá. 

Continua...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

SUTILEZAS DO TECLADO

NÃO ACREDITO EM HONESTIDADE SEM ACIDEZ, SEM DIETA E SEM ÚLCERA.

O teclado foi incorporado aos computadores nos anos 1940 e acompanha os PCs desde a pré-história da computação pessoal. Embora as interfaces gráficas tenham popularizado o uso do mouse, sua importância é tamanha que, caso não reconheça o teclado, o POST (sigla de “power-on self test” ― autoteste de inicialização realizado pelo BIOS) interrompe o BOOT e exibe a mensagem “keyboard error”.

Observação: A primeira tela que o Windows exibe ao concluir o Boot é a de logon ― aquela onde digitamos a senha que dá acesso ao sistema. Sem o teclado, não é possível digitar a senha, e ainda que o Windows disponibilize um teclado virtual, convocá-lo requer digitar osk na caixa de diálogo do menu Executar. Como isso só pode ser feito com o sistema carregado, é bom saber como fazer para forçar a inicialização da máquina sem um teclado ativo e operante.

O teclado herdou das antigas máquinas de escrever o padrão QWERTY ― idealizado pelo norte-americano Christopher Latham Sholes em 1868 ―, embora tenha outros ancestrais ilustres, como o teletipo e o perfurador de cartão. Ele reinou absoluto como dispositivo de entrada de dados padrão até o advento das interfaces gráficas, no início da década de 80, a partir de quando o mouse ― projetado 20 anos antes ― foi conquistando gradativamente seu espaço.

Da mesma forma que os computadores e eletroeletrônicos em geral, os teclados ficaram mais baratos com o passar do tempo e a popularização da informática. Hoje em dia, modelos básicos custam míseros R$ 20, razão pela qual nem vale mais a pena desmontar o dispositivo para fazer uma faxina em regra  (teclados tendem a acumular uma quantidade absurda de poeira, cabelos, fiapos, migalhas de alimentos e outras “impurezas”) ou reparar pequenos defeitos. Claro que isso não se aplica a modelos caros, como os utilizados por gamers, que contam com recursos especiais, teclas programáveis e outros que tais. E o mesmo vale para notebooks, não só pelo preço do componente em si, mas também pelo fato de a substituição depender de mão de obra especializada.

A maioria dos teclados usados com PCs e integrados a notebooks é “de membrana” (nome que remete à peça de silicone responsável pelo funcionamento das teclas), mas os mais rebuscados são “mecânicos”, e ainda que as diferenças não sejam visíveis externamente, seu mecanismo é bem mais sofisticado ― as teclas possuem interruptores e molas individuais, o que torna o acionamento mais “leve” e o tempo de resposta mais curto ―, e o preço bem mais salgado (de R$ 200 a R$ 3.500). Já o brinquedinho cuja imagem ilustra este post custa US$ 1.400. É mole?

JUIZ SUSPENDE REAJUSTE QUE OS VEREADORES CONCEDERAM AOS PRÓPRIOS SALÁRIOS.

Num ano em que o mundo deu uma no cravo e nove na ferradura, resta-nos comemorar quando pelo menos uma acerta no cravo.

Num cenário em que a esperança anda tão escassa quanto o vil metal no bolso dos brasileiros (ou a maioria deles, naturalmente, que tem gente com a nossa parte em Brasília e em todas as esferas do poder público), uma ação popular movida por Juliana Donato, que já foi candidata a deputada estadual pelo PSTU, em 2010, conseguiu barrar o reajuste imoral que os vereadores paulistanos concederam aos próprios salários no final da semana passada, demonstrando total insensibilidade com a gravidade da situação que o país atravessa.

A liminar foi concedida pelo juiz Alberto Alonso Muñoz, para quem o aumento feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Eu entendo que viola a LRF na medida em que o aumento aconteceu [a menos de] 180 dias do fim da legislatura. A própria lei, ao meu ver, expressamente [proíbe]", disse o magistrado à Folha.

De acordo com o parágrafo 21 da LRF: "Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo poder ou órgão".

A Câmara informou que ainda não foi comunicada oficialmente da decisão porque o Legislativo municipal está em recesso até dia 2 de fevereiro de 2017, mas um posicionamento dos parlamentares deverá ser feito na tarde desta segunda (26). "Como a decisão foi tomada em plenário, com base em parecer favorável do jurídico da Câmara, que garantiu que o aumento é legal, naturalmente, a procuradoria [da Casa] deve defendê-la", diz um dos autores do projeto de aumento, vereador Milton Leite (DEM). Já o vereador eleito Eduardo Suplicy (PT) discorda, e diz que irá propor à bancada de seu partido a possibilidade de a Câmara não apresentar recurso contra a decisão.

Nossos conspícuos representantes voltarão para a posse no dia 1º de janeiro e em seguida retornarão ao recesso, que termina em fevereiro. E se têm mesmo que voltar, que voltem ganhando o mesmo salário de 2016, que já era de absurdos R$ 15.031,76. Aliás, além do salário, essa corja de insensatos morde mais R$ 22 mil mensais a título de verba de gabinete. No total, os custos com salários e benefícios de 20 servidores aos quais cada vereador tem direito chegam a R$ 140 mil mensais.

É mole?

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quarta-feira, 11 de junho de 2025

AINDA SOBRE O BIG BANG

QUEM TEM CALOS E JUÍZO NÃO SE METE EM APERTOS.

Um esforço para melhorar as comunicações por rádio, um ruído vindo do espaço e alguns físicos teóricos formaram uma improvável conjunção de fatores que ajudou a comprovar a Teoria do Big Bang, segundo a qual o Universo — e tudo o que existe nele — teria "nascido" da expansão súbita e violenta de um ponto (ou singularidade) sem volume, mas extremamente quente e denso, há cerca de 13,8 bilhões de anos.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Lula disputou a Presidência em 1989 e perdeu para Collor no segundo turno. Voltou à carga em 1994 e 1998, e foi derrotado por FHC, no primeiro turno, em ambas as ocasiões. Finalmente eleito em 2002, tropeçou no mensalão, escapou do petrolão e resolveu escalar um "poste" para manter aquecida a poltrona que tencionava voltar a disputar em 2014. Mas a "mulher sapiens" pegou gosto pelo poder, fez o diabo para se reeleger, mas jogou a economia nacional do fundo do poço e foi arrancado em 2016.

Em 2018, mesmo gozando férias compulsórias na Superintendência da PF em Curitiba, o detento insistiu numa quimérica candidatura presidencial. Não levou, mas plantou as sementes que lhe renderam frutos em 2022. 

Bolsonaro, inelegível e na bica de ver o sol nascer quadrado, segue o mesmo script do arquirrival ao sustentar uma candidatura juridicamente natimorta para 2026. Quando (ou se) ele colherá os frutos, só os oráculos do populismo podem responder. Seus apoiadores podem mugir que Lula começou tudo — e não estão errados; foi o encantador de burros que instaurou o populismo mais rasteiro, surfando na herança bendita deixada por FHC. O "mito" surgiu como uma espécie de antídoto, mas não demorou a se revelar pior que o próprio veneno. 

A boa notícia é que nhô-ruim e nhô-pior já não são unanimidades nem entre seus devotos. Segundo as ultimas pesquisas, muitos petistas de carteirinha não querem ver seu "maximus pontifex" disputando um quarto mandato, a despeito de ele ter impedido qualquer alternativa de brotar à sua sombra. Entre os eleitores de centro-direita, a situação é ainda mais alarmante: 55% preferem que o imbrochável inelegível apoie outro nome em 2026. Já entre os "isentões", 70% acham que o "mito" deveria indicar um sucessor e 73%, que o macróbio não deve tentar um quarto mandato. Claro que os fiéis mais fervorosos (de ambos os lados) juram que as pesquisas são manipuladas, que seus ídolos arrastam multidões e que tudo não passa de armação da imprensa ou do sistema. 

A má notícia é que ainda não se pode dizer que a maioria do eleitorado não aguenta mais escolher entre o passado e o pesadelo, e a péssima é que, caso um deles vença novamente, o próximo governo tende a ser tão ou ainda mais fraco que o atual. 

Essa rinha de populistas demagogos tem custado caro demais à democracia, e quem paga a conta é a parcela da população que não tem bandido de estimação. 


Segundos depois da grande expansão, o Universo era uma verdadeira "sopa primordial" — um plasma incandescente de quarks e glúons, partículas subatômicas que ainda não formavam nada reconhecível como matéria. Com temperaturas próximas a 5,5 bilhões de graus Celsius, esse caldo fervente era tão denso e energético que sequer permitia a formação de átomos. Cerca de 380 mil anos depois do Big Bang, o Universo esfriou o bastante para que prótons e elétrons finalmente se unissem, formando os primeiros átomos de hidrogênio e hélio


Conhecido como "era da recombinação", esse período marcou uma virada crucial: com os elétrons agora presos aos núcleos, o espaço deixou de ser opaco, e a luz, antes constantemente dispersa pelas partículas livres, pôde finalmente viajar livremente pelo cosmos — um evento que deixou como rastro a chamada radiação cósmica de fundo de micro-ondas, um brilho tênue que ainda hoje permeia o Universo e serve como uma das principais evidências do Big Bang. 


Os astros primordiais, gigantescos e efêmeros, fundiram elementos leves em mais pesados e os espalharam pelo cosmos quando explodiam em supernovas. Dessas explosões vieram os ingredientes básicos para planetas, oceanos, montanhas e, eventualmente, vida — pequenos átomos viajando bilhões de anos para se organizar em olhos capazes de olhar para o céu e tentar entender de onde tudo veio.


Embora seja o principal pilar da cosmologia moderna, a teoria do Big Bang não explica o que existia antes da "grande expansão" e afirma que as leis da física conhecidas não se aplicam àquele momento inicial. Essa lacuna deu origem a alternativas como a Teoria M, segundo a qual existem inúmeros universos paralelos, e a colisão entre dois deles teria gerado toda a matéria e energia que compõem o nosso Universo.

 

Algumas correntes sustentam que espaço e tempo sempre existiram, e que a grande expansão não foi o ponto inicial de tudo, mas o resultado do colapso entre diferentes dimensões — nesse caso, a explosão primordial não teria dado origem a um único universo, mas a vários, que surgiram como bolhas em um caldo cósmico de possibilidades. 


Essas ideias já foram consideradas pura ficção científica, mas hoje ensejam debates sérios entre físicos teóricos, que tentam conciliar a Teoria da Relatividade, que explica o muito grande, com a Mecânica Quântica, que rege o muito pequeno, dando azo a hipóteses como a de que o nosso universo pode ser apenas uma "membrana" flutuando em um espaço de dimensões superiores invisíveis aos nossos sentidos.

 

Se nosso universo for realmente uma bolha entre muitas, então o que chamamos de “realidade” pode ser apenas um entre incontáveis cenários possíveis, com leis físicas diferentes, constantes variadas e talvez até versões alternativas de nós mesmos em outras configurações do espaço-tempo. Assim, o Big Bang deixaria de ser o "início de tudo" e se tornaria apenas um episódio em uma história muito maior — uma entre trilhões de páginas de uma história que ninguém escreveu, mas que insiste em se desenrolar.

 

Pode-se dizer que tudo isso não passa de hipóteses, mas hipóteses escoradas em equações, observações indiretas e modelos matemáticos complexos. Para muitos físicos, a elegância de uma teoria é quase tão sedutora quanto sua capacidade de ser testada, e é nesse limite entre o rigor e o devaneio que a ciência avança. Aliás, a verdadeira "beleza" da ciência não está nas respostas, mas nas novas perguntas que cada resposta suscita. Dito isso, o que veio antes do tempo? O que existe fora do espaço? O nada é mesmo nada ou apenas algo que ainda não fomos capazes de entender?

 

The answer, my friend, is blowing in the wind.


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