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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

SOBRE O WHATSAPP - CRIPTOGRAFIA E NOVAS CORES

COMECE DE ONDE ESTÁ, USE O QUE TEM E FAÇA O QUE PODE.

Se você é usuário do onipresente WhatsApp (e quem não é?), saiba que a criptografia "ponta-a-ponta" adotada pelo Facebook como forma de manter o sigilo das mensagens trocadas pelos 2 bilhões de pessoas que utilizam o app mensageiro não garante esse sigilo de forma total.

Segundo a organização sem fins lucrativos ProPublica, sediada em Nova Iorque e voltada ao jornalismo investigativo de interesse público, uma inteligência artificial analisa as mensagens trocadas, intercepta o conteúdo que julga "problemático" e o envia para análise de contratados do Facebook, que decidem se as mensagens serão ou não entregues a seus destinatários.

Mais de mil pessoas instalados em Dublin, na Irlanda, Cingapura, no sudeste asiático, e em Austin, no Texas, fazem esse trabalho e levam menos de um minuto para liberar as mensagens ou reter os que despertam suspeitas de fraude, spam, pornografia, pedofilia, terrorismo etc. Contatado pela ProPublica, Carl Woog, diretor de comunicações do WhatsApp, reconheceu que esse trabalho realmente ocorre, mas disse que o objetivo é evitar abusos, sem quebra da privacidade.

Sabe-se que informações provenientes do WhatsApp foram compartilhadas pelo Facebook com órgãos de segurança — que, compreensivelmente, pressionam a plataforma para que o sigilo seja quebrado sempre que a quebra ajude em investigações, mas o fato é que o Facebook pagou US$ 22 bilhões pelo aplicativo em 2014, e o fornece gratuitamente para os usuários, de modo que precisa encontrar uma maneira de se monetizar.

Para os simples mortais que usam o popular Zap, o jeito é não dar o sigilo como 100% garantido — e vale destacar que o mesmo ocorre com o Telegram, o WeChat e apps que tais, visto que privacidade na Web e honestidade na política são artigos em extinção.

Falando no WhatsApp, o programinha mudou a aparência no último dia 16, e muita gente se assustou com as cores levemente alteradas nos modos claro e escuro. No modo escuro, por exemplo, o fundo de tela adotou uma tonalidade mais intensa de preto em vez do acinzentada de antes, enquanto o botão de envio ficou com um verde mais fechado.

Na tela principal, usuários do tema claro devem notar também um verde mais chamativo — na comparação com a tonalidade antiga —, e a barra de status, na parte de cima do app, agora fica da mesma cor do cabeçalho do Android, como se ambos fossem uma só coisa. Demais disso, os status dos contatos também ganharam novos contornos verdes, a exemplo dos ícones de compartilhamento no chat (aqueles que ficam no atalho do clipe de papel).

A alteração foi recebida com reações mistas nas redes sociais por parte dos usuários, que se sentiram confusos ao perceberem as novas cores. Um número considerável de pessoas reclamou da mudança, mas o WhatsApp ainda não se posicionou oficialmente.

Google Trends — plataforma que exibe as buscas mais populares na Internet — registrou um aumento repentino na procura por vários termos relacionados ao WhatsApp a partir da manhã do dia da alteração. Termos como "whatsapp mudou de cor" e "meu whatsapp mudou de cor sozinho" estavam em alta nas buscas, à medida que a atualização do mensageiro era liberada na Play Store para os usuários de dispositivos com sistema Android.

Apesar de ter sido flagrada em fase de testes no beta para Android mês de agosto pelo WABetaInfo, a nova paleta de cores causou estranhamento — muitos usuários da versão 2.21.18.17 pensaram que os novos tons eram resultado de um bug. Houve também comparações da atualização com os mods do WhatsApp. Usuários relataram que a mudança fez o mensageiro ficar parecido com as versões alteradas do aplicativo desenvolvida por terceiros, conhecidas por liberarem funções extras (como GB WhatsAppWhatsApp GoldJT WhatsAppNS WhatsAppYo WhatsApp e WhatsApp Plus, entre outras modificações não-oficiais do aplicativo original para Android.

Observação: Essas alterações são conhecidas como APKs e trazem uma série de funcionalidades e recursos extras, entre as quais deixar a interface colorida. Mas vale destacar que elas podem resultar em riscos de segurança ao dispositivo e aos dados do usuário, bem como levá-lo ao banimento definitiva da plataforma. O uso de APKs implica modificar uma configuração do dispositivo que permite ativar a opção "Instalar Apps Desconhecidos". Ao realizar esse procedimento, o usuário pode colocar em risco a segurança do próprio aparelho.

Por se tratar de uma "herança" da versão beta, é bem provável que a nova aparência do WhatsApp seja definitiva, de modo que o jeito é se acostumar com a novidade ou ir para o Twitter reclamar.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

BUGS, SOFTWARE COMO SERVIÇO E OUTROS BICHOS

O SUCESSO NORMALMENTE VEM PARA QUEM ESTÁ OCUPADO DEMAIS PARA PROCURAR POR ELE.

Softwares são escritos por pessoas, e pessoas são seres falíveis. Daí não existirem programas de computador totalmente livres de bugs (erros de programação) e, consequentemente, a indústria do software considerar “aceitável” a ocorrência “x” falhas a cada “y” linhas de código.

Quanto mais complexo for o programa, mais linhas de código ele terá e maior será a incidência de erros de programação. A título de ilustração, o Office 2013 é formado por 50 milhões de linhas e o Mac OS X Tiger, por quase 90 milhões. Não é difícil imaginar o tamanho da encrenca.

Ainda que partam do projeto (fase alfa) e burilem o software etapa por etapa (betaclosed betaopen beta, e release candidate) até a versão gold (comercial), os desenvolvedores não estão livres de cometer erros pontuais. 

A maioria desses erros é identificada pelo controle de qualidade, mas pode acontecer de um bug passar batido e vir a ser descoberto depois do lançamento comercial do software. Nesse caso, desenvolvedores responsáveis se apressam a criar as devidas correções e disponibilizá-las através de patches (remendos) ou de atualizações de versão, conforme o ponto do ciclo de vida em que o programa se encontra.

Correções “a posteriori” geram custos e tendem a comprometer a imagem dos fabricantes. Sem falar no risco de a emenda sair pior que o soneto — como já aconteceu com alguns “pacotes cumulativos mensais” da Microsoft, que tiveram “efeitos colaterais” imprevistos e indesejados. Para além disso, todos os updates semestrais que a empresa lançou desde 2015, quando passou a comercializar o Windows como serviço, continham bugs e aporrinharam, em maior ou menor grau, um número significativo de usuários.

Antigamente, isso não acontecia com tanta frequência. Nem poderia. Até 2015, a Microsoft lançava novas versões do Windows em intervalos de 2 a cinco anos e, além do Patch Tuesday (pacote de correções liberado mensalmente, sempre na segunda terça-feira, como o próprio nome sugere), havia somente os service packs, que funcionavam como mini atualizações de versão.

Os SPs incluíam todas as atualizações/correções lançadas para determinada versão do Windows desde seu lançamento (ou do lançamento do service pack anterior), e não raro acrescentavam novos recursos e funções ao sistema. Mas é preciso ter em mente que mesmo XP, a despeito se ser a versão mais longeva do Windows, tendo sido suportado pela Microsoft durante 13 anos, foi alvo de apenas 3 service packs (média de um para cada 3 anos e 3 meses de seu ciclo de vida). 

Basta comparar essa periodicidade com a semestralidade das atualizações de qualidade que a Microsoft disponibiliza para o Win 10 desde o primeiro aniversário do lançamento do sistema como serviço para entender o que eu quero dizer.

Continua...

segunda-feira, 1 de junho de 2020

MAIS SOBRE NAVEGADORES — PARTE XII


NADA OFENDE MAIS QUE A VERDADE.

No léxico da informática, o termo programa designa um conjunto de instruções em linguagem de máquina que descreve uma tarefa a ser realizada pelo computador, e pode referenciar tanto o código fonte — escrito em alguma linguagem de programação, como C, C #JavaScriptTypeScriptVB.NETC++ etc. — quanto o arquivo executável que contém esse código.

Navegadores de Internet (ou browsers, tanto faz) são programas como outros quaisquer, e como tal estão sujeitos a bugs (erros de programação), que são tão indesejáveis quanto inevitáveis (daí a indústria do software considerar “tolerável” a ocorrência de “x” bugs a cada “y” linhas de código).

O problema se agrava na mesma razão do agigantamento de sistemas e programas. Para que se tenha uma ideia, os arquivos de instalação do Windows 3.1 (lançado em 1992), cabiam em oito disquetes de 1.44 MB. A partir do Win 95 OSR/2 e até o Win ME, a Microsoft forneceu os arquivos em CD, e do XP em diante, em DVD. E não à toa: os arquivos do Win 7, por exemplo, se fossem armazenados em disquetes, formariam uma pilha da altura de um edifício de 9 andares. Agora imagine o Win 10, cujo código-fonte ocupa ½ terabyte e se estende por mais de 4 milhões de arquivos (para mais detalhes, siga este link).

Por óbvio, quanto mais complexo for o programa, maior será o número de linhas de código e, consequentemente, a possibilidade de ocorrerem erros de programação. Também a título de ilustração, o Office 2013 era formado por 50 milhões de linhas de código, e o Mac OS X Tiger, por quase 90 milhões. Para ocupar menos espaço em disco, o Win10 comprime automaticamente os arquivos do sistema — o nível de compressão utilizada depende de uma série de fatores, e as funções Atualizar e Restaurar utilizam os arquivos de tempo de execução, criando uma partição separada de recuperação redundante, permitindo, assim, que os patches e atualizações permaneçam instalados após as operações e uma redução de até 12 GB na quantidade de espaço requerido pelo sistema.

Mesmo partindo do projeto (fase alfa) e burilando o programa etapa por etapa (beta, closed beta, open beta, e release candidate) até a versão gold (comercial), os desenvolvedores podem cometer erros pontuais que, por sua vez, podem driblar o controle de qualidade do fabricante (sem mencionar que problemas resultantes de incompatibilidades de software ou de hardware são difíceis de antecipar).

Claro que é possível desenvolver e disponibilizar a posteriori patches (remendos) ou novas versões (conforme o ponto do ciclo de vida em que o produto se encontra quando o bug é identificado), mas isso gera custos e pode comprometer a imagem do fabricante. Sobretudo se a emenda ficar pior que o soneto — problema recorrente em updates semestrais do Win10 e em diversos "KB" distribuídos nos Patch Tuesday (atualizações mensais de qualidade que a Microsoft libera mensalmente, sempre na segunda terça-feira). 

Observação: Se você instalar um patch para corrigir um problema e descobrir que ele criou outro (ou outros) problemas, clique aqui para ver com proceder.

Continua...

sexta-feira, 13 de março de 2020

AINDA SOBRE UPDATES BUGS E AFINS (PARTE 6)

A VOCÊ QUE ESTÁ CHEGANDO AGORA, CRITICANDO O QUE ESTÁ FEITO, E QUE DEVERIA ESTAR AQUI NA HORA DE FAZER: NÃO SEJA UM ESPECIALISTA EM USAR A CRÍTICA AO QUE ESTÁ FEITO COMO PRETEXTO PARA NADA FAZER. ASSINADO: AQUELE QUE FEZ O QUE FOI FEITO QUANDO NINGUÉM SABIA COMO FAZER.

Após o lançamento e durante todo seu ciclo de vida, o Windows (e outros produtos Microsoft) recebem suporte e atualizações mensais de qualidade através do Patch Tuesday — o nome se deve ao fato de a empresa de Redmond liberá-lo sempre na segunda terça-feira do mês —, além de correções críticas ou de segurança que, conforme a gravidade do problema, não podem esperar até o próximo Patch Tuesday. A questão é que esse açodamento pode acarretar problemas cuja solução exija uma nova correção (o patch do patch). Mas isso já é conversa para uma outra vez.   

ObservaçãoPatch Tuesday lançado no dia 11 do mês passado corrigiu quase 100 falhas de segurança nas edições 10 e 8.1 do Windows, dentre as quais uma vulnerabilidade de dia zero no Internet Explorer que vinha sendo explorada ativamente, além de fornecer atualizações para o Microsoft Exchange e o SQL Server, bem como para o Flash Player, o Adobe Reader e outros produtos da Adobe. Vale lembrar que o Windows 7 deixou de ser suportado no dia 14 de janeiro último, embora continue sendo largamente utilizado e diversas falhas corrigidas no último Patch Tuesday também o afetem. A menos que você seja usuário corporativo do Seven Pro e tenha contratado o plano (pago) de segurança estendida, está mais do que na hora de migrar para o Windows 10 (o Eight.1 continuará recebendo atualizações até 10 de fevereiro de 2023, quando termina seu suporte estendido, mas é um mico a ser evitado).

Como eu mencionei duas postagens atrás, outros desenvolvedores oferecem versões alfa (raramente) e beta (mais frequentemente) de seus programas a quem se interessar em utilizá-las gratuitamente em troca de feedback. Quando o software atinge a versão Gold (ou comercial), o fabricante passa a cobrar um valor a título de licença. Ao efetuar o pagamento, o usuário recebe a respectiva chave de ativação” (geralmente um código alfanumérico que valida a instalação do programa).

Dependendo do tipo de aplicativo e da política estabelecida pelo desenvolvedor, essa licença pode ser lifetime  (isto é, paga-se uma única vez para usar o programa indefinidamente) ou renovável (caso em que a licença expira após um prazo pré-definido pelo fabricante e, caso não seja renovada, o programa ou deixa de funcionar de receber atualizações).

quarta-feira, 11 de março de 2020

AINDA SOBRE BUGS NOS UPDATES DO WINDOWS 10 (PARTE 4)


O DIABO MORA NOS DETALHES.

Embora os fabricantes responsáveis testem exaustivamente seus produtos antes de lançá-los no mercado, um ou outro problema pode passar batido e contaminar a versão comercial.

Da mesma forma como a indústria automotiva desenvolve protótipos e os vai aperfeiçoando até que fiquem bons o bastante para os colocar em linha de produção, os desenvolvedores de software criam versões de seus projetos e as vão burilando até que fiquem prontas para ser lançadas no mercado.

Tanto num caso como no outro, o ideal seria sanar todos os problemas ao longo o desenvolvimento do projeto, porque fazê-lo a posteriori não só gera custos operacionais como compromete a confiabilidade do produto e pode manchar a reputação do fabricante. Felizmente, no caso do software, não é preciso convocar o consumidor para levar o produto até uma loja credenciada (concessionária), como ocorre nos recalls das montadoras de veículos. Basta criar o patch (remendo) que corrige a falha e disponibilizá-lo em seus websites, seja na forma de um update (atualização), seja através de um upgrade (nova versão do produto).

Para referenciar o estágio de desenvolvimento dos programas, as versões são batizadas de Alfa, Beta, Closed Beta, Open Beta, Release Candidate e Gold.  Na fase inicial (Alfa) são delineados os objetivos, recursos e funções do software, que, nesse estágio, não costuma chegar até o usuário final — nem mesmo aos inscritos no programa Windows Insider, no caso da Microsoft —, mas pode ser compartilhados com desenvolvedores parceiros (para testes de compatibilidade, entre outros). Mesmo assim, quem se der ao trabalho de vasculhar repositórios de aplicativos, como Baixaki, Superdownloads, FileHippo, Grátis, Softpedia, e Ultradownloads e assemelhados, vai encontrar um ou outro programa em versão Alfa (minha recomendação é fugir deles).

Na fase Closed Beta, o software é submetido ao escrutínio de um grupo seleto de usuários, cujo feedback ajuda a sanar boa parte dos bugs. Na Open Beta, mais funcional, a oferta se estende  a uma gama maior de usuários (mas eu ainda recomendo evitar instalá-los, a não ser que você tenha vocação para servir de cobaia). 

Na sequência, vêm as versões Release Candidate e Gold. Na primeira, identificada pela sigla RC, de "candidato a liberação" em inglês, o programa ainda não espelha a versão pronta e acabada, mas já apresenta suas funções, recursos e interface. Já a versão Gold (ou comercial) é a final, que é lançada no mercado.

A Microsoft libera na segunda terça-feira do mês um pacote de atualizações de qualidade (chamado de Patch Tuesday). Dependendo de como o usuário configurou as atualizações automáticas do sistema, esse patch é baixado e instalado automaticamente, mas não custa nada você clicar em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update > Verificar se há atualizações, já que novas falhas críticas e de segurança podem ser descobertas a qualquer momento e poderia ser arriscado a empresa aguardar até o próximo Patch Tuesday para liberar a respectiva correção.

No caso dos programas “não-Microsoft”, os fabricantes costumam corrigir problemas através de atualizações ou  novas versões (o procedimento varia caso a caso e depende, dentre outros fatores, do ponto do ciclo de vida em que o programa se encontra no momento em que a falha é descoberta, mas isso já é outra conversa). Se você abrir um aplicativo qualquer, expandir suas configurações e clicar no item “sobre”, certamente encontrará, ao lado ou abaixo do nome do dito cujo, a respectiva versão, que geralmente é composta por três blocos numéricos separados entre si por pontos.

Num hipotético programa cujo nome é seguido por 14.0.864.206, por exemplo, 206 indica o número de erros que foram corrigidos desde o lançamento; 864 remete às melhorias que foram incorporadas e o 14, às funções de grande importância que foram introduzidas. Note, porém, que esse padrão não é necessariamente seguido à risco por todos os fabricantes (o que explica o “zero” entre os números do exemplo), de modo que esta breve explicação deve ser tomada como mera referência. Para mais informações, clique aqui.