O CONHECIMENTO PODE CRIAR PROBLEMAS, MAS NÃO É ATRAVÉS DA
IGNORÂNCIA QUE IREMOS SOLUCIONÁ-LOS.
Dizem que os computadores vieram para resolver todos os
problemas que a gente não tinha quando eles não existiam. Pode até ser, mas o
fato é que eles existem e praticamente todo mundo os utiliza, sobretudo na
encarnação ultraportátil (existem mais de 5 bilhões de linhas móveis
ativas no planeta).
Muitas tarefas ainda demandam mais poder de
processamento, fartura de memória e dimensões de tela que os smartphones e
tablets podem proporcionar, devendo, portanto, ser realizadas num PC
convencional (de mesa ou portátil, de modo), o que nos leva a manter um
pé em cada canoa.
Tanto desktops e notebooks quanto smartphones e tablets
são “computadores” e utilizam memórias de diversas tecnologias. A RAM (memória
física do sistema e principal ferramenta de trabalho do processador) precisa
ser totalmente esvaziada de tempos em tempos, sendo a reinicialização do dispositivo
uma maneira de se obter esse resultado. Mas melhor ainda é desligá-lo
totalmente e tornar a ligar depois de alguns minutos.
Reiniciar um
aparelho consiste basicamente em desligá-lo e tornar a ligar em seguida. O
termo reinicializar não
significa exatamente a mesma coisa, mas, questões semânticas à parte, interessa
dizer que desligar o PC, o
smartphone, o tablet ou qualquer outro equipamento eletrônico ou eletroeletrônico
interrompe o fluxo de energia que alimenta seus circuitos, capacitores e demais
componentes que permanecem energizados durante o funcionamento. No caso
específico de dispositivos
computacionais, esse provoca o "esvaziamento" das memórias
voláteis.
Na reinicialização,
o intervalo de tempo entre o “encerramento” do sistema e o boot subsequente é de
milésimos de segundo, e sempre é suficiente para o total esgotamento das
reservas de energia e, consequentemente, o esvaziamento das memórias voláteis.
Portanto, em vez de reiniciar o celular ou o PC, prefira sempre que possível
usar a opção desligar.
Ao contrário do PC convencional — que muita gente só lembra
que existe na hora de executar uma tarefa que transcenda a capacidade dos
ultraportáteis —, o smartphone acompanha o usuário o tempo todo e não raro fica
ligado 24/7. Desligá-lo durante a recarga, por exemplo, “limpa” a memória RAM e reduz o tempo que a
bateria leva para ser totalmente carregada.
Problemas como lentidão, instabilidade, aquecimento,
travamentos ocasionais etc. costumam ser solucionados mediante uma simples
reinicialização (observadas as considerações feitas linhas atrás). Se o
problema persistir, a causa deve ser outra que não a sobrecarga da memória, e
aí abre-se todo um leque de possibilidades que não seria possível abordar nesta
postagem. Saliento apenas que, no âmbito do software, tudo é reversível, e
reverter o aparelho às configurações de fábrica faz com que tudo volte a ser
como antes no Quartel de Abrantes. Mas atenção: antes de qualquer outra coisa, providencie um
backup de seus arquivos e salve-o na nuvem ou num dispositivo de armazenamento
removível (pendrive, HDD USB etc.);
Em linhas gerais, redefinir aparelhos Android exige apenas tocar em Configurações >Fazer backup e redefinir e selecionar Redefinir Configurações (para reimplementar os ajustes padrão); Redefinir as Configurações de Rede
(Wi-Fi, Bluetooth, etc.); ou Restaurar
Padrões de Fábrica (faxina total). Note que essa nomenclatura costuma variar
conforme a versão do sistema e exigir procedimentos adicionais (como excluir sua
conta no Google) se a ideia for
passar o telefone adiante. Em qualquer caso, consulte o manual do aparelho, o
site do fabricante e/ou a ajuda do
Android.
Observação: O
Google Play guarda o histórico dos
aplicativos que você já baixou vinculado a sua conta de e-mail, o que facilita a
recuperação. Selecione Play Store, selecione
Apps e jogos e, no menu do seu
perfil, escolha Meus apps e jogos.
Lá estarão todos os seus apps. Sugiro restaurar somente aqueles que você
utiliza com frequência e ignorar os “inutilitários”. Depois que o dispositivo
reiniciar, atualize o sistema e recupere seus aplicativos.
No iOS, vá
em Ajustes e selecione Geral; selecione Redefinir e depois Apagar
Conteúdo e Ajustes; insira sua senha e clique em “Apagar iPhone, restaurando as configurações originais do aparelho.
Depois de publicar oito capítulos da novela sobre o Windows e suas sutilezas, achei que era tempo de fazer um breve intervalo para tratar de outros assuntos. Assim, veremos
a seguir como reconfigurar os aplicativos
padrão no Win 10.
Vale lembrar que o Windows passou a ser comercializado como serviço em 2015; que o Win 10 ganhou seu Anniversary Updateem meados de 2016, e que ele a partir de então ele passou a receber atualizações semestrais de conteúdo — a primeira entre os meses de abril e maio e a segunda, entre setembro e
outubro. Note que cada update implica uma atualização de versão (a mais recente é a 20H2, que a Microsoft começou a distribuir no dia 20 do mês
passado).
Atualizações de versão do Windows 10 nem sempre trazem mudanças de interface ou acrescentam novos recursos e funções que “saltam
aos olhos” dos usuários. A mais recente, por exemplo, destina-se a promover correções e ajustes internos
no programa, embora traga algumas inovações (que eu já comentei anteriormente). A mais "visível", digamos assim, é a substituição do navegado Edge pelo “novo” Edge Chromium, que se tornou padrão do sistema (mais detalhes nesta
postagem).
Cada update de versão requer um período de adaptação,
já que o usuário precisa se familiarizar com as novidades. O tempo de adaptação varia caso a caso, mas dificilmente vai além de um ou dois dias. Mas tudo tende a ser mais fácil quando se conhece o "caminho das pedras", daí eu ter resolvido dedicar algumas linhas aos programas padrão do Windows 10. Acompanhe.
Quem está habituado ao vetusto Windows Media Player pode estranhar o
comportamento do reprodutor de mídias Groove,
por exemplo. O mesmo se aplica a quem se acostumou com a simplicidade um tanto espartana do Paint, que certamente achará o Paint 3D um tanto complicado. E quem clica num link,
esperando ver o site ser exibido na janela do Google Chrome ou do Firefox, e dá de cara com o novo Edge.
Tradicionalmente, o sistema associa os arquivos a
aplicativos pré-definidos, mas essa configuração padrão nem sempre vai ao encontro de nossas preferências. Felizmente, esse é um “problema” de fácil solução, como a maioria
dos leitores certamente já sabe. A questão é que, para mudar esse comportamento, não se utiliza mais a opção Sistema da tela Configurações, e sim a opção Aplicativos (até porque faz mais
sentido).
Então, caso você deseje redefinir os programas padrão no
Win 10 20H2, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos
e, no menu lateral à esquerda da janela, selecione a opção Aplicativos padrão e aguarde até que a lista seja preenchida.
Se você prefere usar o Google
Chrome como
navegador padrão, clique sobre o ícone do Edge, que vem pré-definido sob Navegador da Web. Na janelinha que se
abrir, selecione o navegador de sua preferência, lembrando que ele só
contará da lista de opções se você o tiver instalado no computador.
O
mesmo procedimento se aplica ao programa padrão de Email, caso você prefira usar o Outlook em vez do Email do
Win 10, ou do Visualizador de Fotos,
se preferir o Paint em vez de Fotos ou Paint 3D. E assim por diante.
Observação: Note
que essa liste exibe apenas as opções já instaladas; se preferir usar algum
aplicativo de que você ainda não dispõe, basta ir à Loja, localizar o dito-cujo, fazer o download e então proceder à alteração.
Algumas categorias podem não ter um aplicativo padrão; em sendo o caso, clique
em "Escolher um padrão".
Também é possível escolher os aplicativos padrão a partir da extensão dos arquivos. Basta
clicar no link Escolha os aplicativos
padrão por tipo de arquivo, localizar na lista a extensão que você quer associar, clicar
no ícone exibido à direita dela e selecionar a opção desejada.
Clicando
em Escolher os programas padrão por
protocolo, você pode definir como o sistema vai lidar com solicitações
específicas de programas gerais e dispositivos de rede como Calculadora, Twitter, Xbox, Câmera etc.
Se as mudanças causarem erros no sistema, é só clicar no botão Redefinir para
que tudo volte a ser como antes no Quartel
de Abrantes, ou seja, todas as personalizações que você fez serão desfeitas
e substituídas pela configuração estabelecida originalmente pela Microsoft.
Conforme eu adiantei no post de ontem, Gilmar Mendes
reverteu a decisão de Félix Fischer, que havia cassado a liminar do presidente
do STJ — o “caso
de amor à primeira vista” do autodeclarado Messias que não miracula —,
que, na qualidade de plantonista daquela Corte durante o recesso de julho, converteu em domiciliar a prisão preventiva de Fabrício Queiroz e madame.
Feitas as devidas somas e subtrações e tirada a prova dos
nove, tudo continua como antes no Quartel de Abrantes. O amigo longa data
de Jair Bolsonaro e ex-chefe de gabinete do então deputado estadual Flávio
Bolsonaro permanece em casa, sob os cuidados extremosos da esposa — que mesmo foragida foi beneficiada pela decisão do ministro Noronha.
Como diria Boris Casoy, “isso é uma vergonha”.
Fabrício — como bom fantasma-chefe dos funcionários fantasmas do gabinete de zero um na Alerj — estava sumido
havia mais de ano quando foi encontrado em Atibaia, mocosado num imóvel
pertencente a Fred Wassef, então consultor jurídico do Presidente e
advogado de seu primogênito no caso das rachadinhas. O conspícuo jurisconsulto,
que conquistou seus 15 minutos de (má) fama ao dar uma série de entrevistas sem
jamais repetir a mesma versão da história, acabou desaparecendo no ar como
o elefante do Grande Houdini.
Mais impressionante que o prodígio de ilusionismo de Wassef
foram as selfies exibidas ad nauseam nos telejornais, mostrando Queiroz,
o “enfermo”, de bermuda e chinelo de dedo, com uma garrafa de
cerveja na mão e um largo sorriso nas fuças, enquanto preparava um churrasquinho
no quintal da casa-escritório-esconderijo em Atibaia (vide imagem que ilustra
esta postagem).
Observação: Poucos dias depois de o Brasil atingir
100 mil mortos pelo coronavírus, no último dia 8, os brasileiros
mostram-se divididos em relação à responsabilidade de Jair Bolsonaro
pela trágica marca. De acordo com o Datafolha, 47%, dizem acreditar que o presidente não tem culpa pelos óbitos. Para 52%, Bolsonaro
é o responsável; 11% o veem como principal culpado, e 41%, como um dos
culpados, mas não o principal. Desde o início da pandemia, o capitão cloroquina, que na
mesma pesquisa obtém a melhor avaliação do mandato, minimiza a doença e
defende a reabertura de comércios e o relaxamento do isolamento social.
Talvez Bolsonaro devesse distribuir à
brava gente brasileira, juntamente com a droga da qual virou garoto-propaganda, um pote de
base branca para tingir o rosto, batom para a pintar uma boca engraçada e uma
bola vermelha para realçar o nariz.
Como vimos no capítulo anterior, o Brasil viveu um regime
monárquico — entre a proclamação da independência, em 1822, e a da
república, em 1889. O processo histórico em que se desenvolveu o fim da
monarquia e a ascensão da república perpassa por uma série de transformações
que levou à tomada do poder pelos militares. Em outras palavras, o
país iniciou sua fase republicana a partir de um golpe militar — com a
devida venia de quem possa pensar diferente, eu entendo que não há que falar em
“revolução” quando não existe participação popular.
A assim chamada Velha República teve início com a
proclamação, em 1889, e terminou com a chamada “Revolução de 1930”. Entre
o fim do Império e a posse de Prudente de Morais, em 1894, apenas
militares ocuparam a presidência, donde esse período ficou conhecido como República
da Espada.
Morais foi o primeiro presidente civil do Brasil, e
sua posse deu início a alternância entre representantes das oligarquias rurais
do sudeste brasileiro (conhecida como políticado café com leite
em da aliança nas indicações para presidentes entre São Paulo e Minas
Gerais), que durou até 1930, mas já vinha dando sinais de enfraquecimento
desde 1914. As revoltas tenentistas no RS, em 1923, e em SP,
em 1924, somadas à insatisfação das oligarquias com a eleição de Júlio
Prestes, em 1930, resultaram no impedimento do presidente eleito. Assim, outro
golpe militar empurrou a Velha República para a cova.
Uma “junta governista” assumiu o poder em 24 de
outubro de 1930 e passou o bastão a Getúlio Vargas em 03 de novembro daquele
ano, dando início ao “governo provisório” que durou até julho de 1934,
quando o mesmo Vargas foi eleito indiretamente (conforme os ditames da
Constituição de 1934). Iniciava-se então o assim chamado “governo
constitucional”.
No dia 10 de novembro de 1937, mediante mais um golpe de
estado, Vargas instituiu o Estado Novo e assim
manteve-se no poder até outubro de 1945, quando outro golpe o
apeou da presidência.
Observação: Os primeiros anos da Era Vargas
foram marcados pelo clima de tensão entre as oligarquias e os militares —
principalmente no estado de São Paulo —, o que levou à Revolução
Constitucionalista de 1932. Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora
promoveu a Intentona Comunista — mais uma tentativa de golpe.
Vargas aproveitou o episódio para declarar estado de sítio e
ampliar seus poderes políticos.
Com a queda de Vargas, o general Eurico
Gaspar Dutra assumiu a presidência, e uma Assembleia Constituinte
criou nossa quinta Constituição, que estabeleceu os poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário.
Em 1950, Vargas voltou ao cenário político
e, graças a sua “postura nacionalista” venceu as eleições presidenciais com o
apoio de empresários, das Forças Armadas, de grupos políticos do Congresso
e da União Nacional dos Estudantes, entre outros. Mas a oposição a seu
governo cresceu, e em 23 de agosto de 1954, após ser acusado de tramar um
atentado contra o jornalista Carlos Lacerda — e de 27 generais exigirem
publicamente a renúncia — Vargasfoi suicidado, digo, encontrado morto, com
um tiro no peito, na manhã do dia 24. deixando uma "carta de despedida" que será reproduzida em outra postagem, ao final desta sequência.
Após o breve governo de Café Filho (de 24.08.1954 a
11.11.1955), de Carlos Luz (que durou apenas 3 dias) e de Nereu Ramos
(de 11.11.1955 a 31.01.1956), Juscelino Kubitschek de Oliveira assumiu
a presidência em janeiro de 1955, prometendo realizar “cinquenta anos de progresso
em cinco de governo”. E, mui mineiramente, mudou a capital federal do
Rio de Janeiro para o meio do nada, digo, para o centro do país. E assim, em
21 de abril 1960 “nascia” nossa querida Brasília.
Observação: A transferência da capital federal
para o interior do país era defendida desde o período colonial e passou por
vontades políticas distintas e muitas mudanças de governo até se transformar em
realidade. Não obstante, como em tudo mais neste país, havia objetivos escusos na
mudança da sede do governo federal, mas uma análise mais detalhada terá de
ficar para uma próxima oportunidade.
Mais detalhes sobre esses governos virão nas próximas postagens. No final desta novela, relembraremos as gestões abortadas, ou seja, os governos em que, por alguma razão, os mandatários deixaram o campo antes que o apito do árbitro marcasse o final da partida.
OBSERVAÇÃO: Hoje, 9 de julho, comemora-se no estado de São Paulo a Revolução Constitucionalista de 1932, que será comentada, em algum momento, ao longo das próximas postagens. Dada a situação atípica que atravessamos neste ano de 2020, o governo paulista antecipou o feriado, visando reforçar o isolamento social e conter o avanço do coronavírus. Como eu postei sobre informática no "feriado" antecipado, não o farei hoje. Amanhã tudo volta a ser como antes no Quartel de Abrantes. Pelo menos no que concerne à minha pauta de postagens.
ATÉ
UM ESQUILO CEGO CONSEGUE EVENTUALMENTE ENCONTRAR UMA AVELÃ.
Há quem diga que o Firefox é
mais veloz que os seus concorrentes diretos, e mesmo fãs do Chrome reconhecem a agilidade da
"raposinha", que fica ainda
melhor com alguns "ajustes finos" que pouca gente implementa porque
não conhece o "caminho das pedras". E é isso que veremos a seguir.
Observação: Note
que é preciso agir com cautela, pois modificações indevidas podem comprometer o
funcionamento do navegador. O lado bom da história e que tudo é reversível no
âmbito do software, de modo que bastar reinstalar o navegador para que tudo
volte a ser como antes no quartel de Abrantes, mas é melhor prevenir do que remediar.
Como seus concorrente, o Firefox também promete consumir menos memória a cada nova versão,
mas tudo fica na promessa. Então, aplica-se também a ele as dicas genéricas que
eu sugeri nos posts em que foquei o Chrome, como manter abertas somente as abas
necessárias, desabilitar (ou remover) extensões inúteis, e por aí afora. Dito isso,
vamos em frente:
— Abra o Firefox
e digiteabout:config na barra de endereços
e tecle Enter;
— No alerta que será exibido em seguida (vide ilustração
desta postagem), clique no botão com os (melodramáticos) dizeres: Aceitar o risco e continuar;
— Na caixa Pesquisar
preferências por nome da janela que se abre em seguida, digitebrowser.sessionhistory.max_total_viewer e
altere o atributo Valor do
item em questão de -1 para 0 (não se esqueça de confirmar na caixa de
verificação à esquerda);
—
Reinicie o navegador.
Para aumentar a velocidade com que o Firefox carrega as páginas, existe
uma técnica, conhecida como pipelining (ou
paralelismo, numa tradução livre), que consiste em forçar o navegador a
requisitar as páginas ao servidor várias vezes ao mesmo tempo (em vez de fazer
uma requisição por vez), o que, em última análise, permite que diversos
elementos do endereço sejam “recuperados paralelamente”. Para ativar esse
recurso:
— Torne a abrir a página de configurações (digitandoabout:config na
barra de endereços);
— Na caixa Pesquisar
preferências por nome, digite network.http.pipelining e
mude seu valor para true.
— Reinicie navegador.
Por último, mas não menos importante, experimente limitar o
consumo de RAM a 10 MB quando o Firefox estiver minimizado,
independentemente do número de abas abertas. Para isso:
— Volte à
página das
configurações
(digitandoabout:config na barra de
endereços);
— Na caixa Pesquisar
preferências por nome, digiteconfig.trim_on_minimize, tecle Enter, selecione a opção true e clique em OK.
— Reinicie o navegador.
Observação: Essa
última dica limita o consumo de memória a 10MB; caso você observe eventual perda de desempenho ou dificuldade
no carregamento de páginas mais pesadas, refaça os passos anteriores, torne a
configurar como false o
parâmetro do campo config.trim_on_minimize e
reinicie o Firefox.
GRAVEM-SE OS BENEFÍCIOS NO
BRONZE E AS INJÚRIAS NO AR.
Dizia eu no post anterior que, se a instalação de um patch "bichado" impedir o Windows de reiniciar, remover a atualização pode recolocar o bonde nos trilhos, já que alternativa é reinstalar o sistema do zero. Então, não se perde nada em tentar.
Note que há duas situações possíveis, e que cada qual deve ser tratada de um jeito. Na primeira, você liga o computador e o Windows exibe a tela de logon, mas não vai adiante; na segunda, nem essa tela aparece, inviabilizando, inclusive, o
desligamento da máquina por software. Então vamos lá.
Se a tela for exibida, clique no terceiro ícone (da
esquerda para a direita) que aparece no canto inferior direito da tela e, em opções de desligamento, clique em “desligar”, aguarde alguns minutos e torne a ligar o computador. Se
o Windows normalmente, ele o fará no
modo de segurança ou exibirá o ambiente
de recuperação (WinRE).Note
que a opção “reiniciar” deve ser
evitada, porque nesse caso o intervalo de tempo entre o encerramento e o boot
subsequente pode não ser suficiente para o esvaziamento das memórias voláteis.
Já se o computador empacar antes de exibir a tela de logon, não há como desligar como comandar
o desligamento via software. Nessa situação, o jeito é foçar o desligamento
mantendo o botão liga/desliga (power) pressionado
por 5 segundos e seguir o roteiro retrocitado, ou seja, aguardar alguns
minutos, cruzar os dedos e torne a ligar o computador... Com alguma sorte, tudo
voltará a ser como antes no Quartel de Abrantes.
Observações:
1 —Evite
desligar o aparelho simplesmente interrompendo o fornecimento de energia
elétrica, seja desplugando o cabo de força da tomada, seja desligando o estabilizador
de tensão. Nos notebooks isso
de nada adianta, pois a bateria continua fornecendo energia; nos desktops até funciona, mas com grandes
chances de corromper dados ou causar danos físicos ao drive de disco rígido.
2 — Em teoria,
o Windows tenta carregar no modo de
segurança sempre que não consegue fazê-lo da maneira convencional. Se isso não
ocorrer, ele deve exibir as opções
avançadas de inicialização. Se nem isso acontecer, ou seja, se a máquina
simplesmente se fingir de morta, desligue-a e torne a ligar três vezes
seguidas. Na terceira tentativa, a tela das opções avançadas de inicialização será exibida e você poderá
avaliar o que fazer a partir daí.
3 — O modo
de segurança é uma modalidade de inicialização em que o sistema é
carregado com um conjunto mínimo de arquivos e drivers e resolução gráfica
em VGA (não estranhe,
portanto, a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Se o Windows iniciar dessa maneira, você
saberá ao menos que o problema não está nas configurações-padrão do sistema, e
poderádesinstalar uma atualização do próprio Windows, ou de driver, ou mesmo um aplicativo
que possa estar impedindo a reinicialização convencional do aparelho. Vale
também executar a restauração do sistema, que,
se funcionar, reverterá o Windows a
um ponto criado anteriormente, quando tudo funcionava direitinho. Se der certo,
você economizará tempo e trabalho.
Para convocar o modo
de segurança, pressione simultaneamente as teclas Win+R, digite msconfig na
caixa do menu Executar e
clique em OK. Na aba Inicialização do Sistema, marque as
caixas de seleção ao lado de Inicialização
Segura e de Mínimo,
confirme em OK e reinicie
o computador. Obviamente, não ser possível fazer se o sistema empacar durante o
boot. Para saber como proceder nessa situação, leia a próxima postagem.
Em atenção a quem está chegando agora, vale repetir (pela enésima vez) que nenhum software é perfeito e que nenhum dispositivo computacional é 100%
seguro. O que se pode (e se deve) fazer é minimizar os riscos, e para isso basta seguir algumas dicas batidas, mas funcionais, tais como manter
sistema e programas sempre atualizados, não navegar por sites suspeitos (como
de hackers), evitar abrir anexos de email de origem desconhecida, jamais
clicar em links que chegam por email, programas mensageiros ou posts em redes
sociais, e por aí vai (digite “segurança”
na caixa de buscas do Blog para acessar centenas de postagens sobre esse tema).
No âmbito dos desktops
e notebooks, o Windows abocanha, atualmente, 77,2% do
mercado de sistemas operacionais, e OS X,
da Apple, 17,7%. Nos smartphones, 73% dos usuários têm o
sistema Android, do Google, e 25,9% usam o iOS. Via de regra, quanto maior a
popularidade do produto, qualquer que seja ele, mais atrativo será para os amigos do alheio e os cibercriminosos. Mas
isso não significa que os sistemas da Apple
e as distribuições Linux sejam imunes
a incidentes de segurança, apenas que chamam menos a atenção da bandidagem
digital.
A popularização do acesso doméstico à World Wide Web foi uma das maiores responsáveis pelo aumento exponencial das pragas
digitais e toda sorte de golpes virtuais aplicados por cibervigaristas. Até o
início dos anos 1990, os poucos vírus de computador que existiam
não causavam grandes preocupações, já que se disseminavam muito lentamente (a partir de cópias infectadas de
joguinhos em disquetes, na maioria das vezes). No geral, bastava reinstalar o Windows para tudo voltar a ser como antes
no Quartel de Abrantes (mais detalhes na sequência de postagens iniciada aqui).
A título de curiosidade, o Brain, criado por dois irmãos
paquistaneses em 1986 para identificar cópias piratas que rodavam no Apple II, foi posteriormente compatibilizado
com o DOS e incorporou instruções
maliciosas, sendo considerado o primeiro vírus para PCs, embora alguns apontem The Creeper, criado porBob
Thomas em 1971, que exibia no monitor da máquina infectada a
mensagem I’m The Creeper, catch me if you can (“eu sou assustador, pegue-me se for capaz”), e então pulava
para outro sistema e repetia o mesmo procedimento. Mais adiante, The Reaper (“o ceifador”) foi desenvolvido
com a finalidade precípua de eliminar The
Creeper das máquinas infectadas, e por isso é considerado o precursor
dos programas antivírus.
Nos anos 1980, a União Soviética foi um verdadeiro criadouro
de vírus informáticos.
Lá nasceram o Yankee Doodle— que aporrinhava os usuários de computador
reproduzindo uma versão
esganiçada damúsica de mesmo nome —, oDen Zuk— que trocava o nome do
disco rígido para
Y.C.I.E.R.P. —, oJerusalém — que ameaçava apagar os dados do
HD (mas não
apagava) — e várias
outras pragas incomodativas, mas inofensivas, pelo menos até o surgimento do
destrutivoCasino, em janeiro de 1991, que transferia
a tabela de alocação de arquivos do HD para a memória RAM (apagando a
original no disco) e forçava o usuário a participar de um jogo para salvar seus
arquivos — uma vez desligado, o PC só voltava a funcionar depois que o sistema
fosse reinstalado.
Mais ou menos na mesma época, o Cascade e o Madman aterrorizaram muitos usuários do DOS. O primeiro “implodia” o sistema, fazendo com que os caracteres
desabassem até a
borda inferior da tela, e inviabilizava o uso do computador; o segundo exibia
uma imagem formada pelos olhos semicerrados de um homem de rosto vermelho,
seguida dos dizeres: NADA PODE
SALVÁ-LO, AMIGO. AGORA VOCÊ ESTÁ EM MEU MUNDO. Para piorar, qualquer
tentativa de remover a praga resultava noutra nova mensagem, que dizia: EU ESTOU VENDO VOCÊ. Mas as
consequências não iam muito além disso.
“TEMPOS ESTRANHOS SÃO ESSES EM QUE VIVEMOS, QUANDO VELHOS E JOVENS SÃO
ENSINADOS NA ESCOLA DA FALSIDADE. E O ÚNICO HOMEM QUE SE ATREVE A DIZER A
VERDADE É CHAMADO DE UMA SÓ VEZ UM LOUCO E INSENSATO.”
O epigrama acima, atribuído a Platão, tem servido de inspiração para o vice-decano do STF demonstrar sua insatisfação com
tudo e todos, mostrando-se, inclusive, irritado com uma advogada que, durante
sustentação oral, dirigiu-se aos supremos togados usando o "desrespeitoso"
pronome "vocês" — que na verdade é a forma sincopada de "vossas
mercês": "Presidente",
disse o primo de Fernando Collor e luminar do saber jurídico, "novamente um advogado se dirige aos
integrantes do tribunal como 'vocês'! Há de se observar a liturgia". Faltam
apenas 18 meses para a aposentadoria compulsória de sua excelência, que talvez
ainda aproveite o tempo que lhe resta para propor a adoção daquelas ridículas
perucas brancas, de crina de cavalo, que os juízes do Reino Unido usavam aboliram
há mais de 10 anos por achá-las antiquadas e inadequadas ao tempos atuais
(estranhos ou não).
Atribui-se a Aristóteles
a divisão do Estado em três poderes independentes, e a Montesquieu a tripartição e as devidas atribuições do modelo mais
aceito atualmente. A ideia era não deixar em uma única mão as tarefas de legislar, administrar e julgar, já que a concentração de poder
tende a gerar abusos, e um poder que se serve em vez de servir é um poder que
não serve. No Brasil contemporâneo, no entanto, nem o quarto poder escapa, já
que parte da imprensa foi aparelhada pelos petralhas esquerdopatas, que não
veem — ou fingem não ver — que o comunismo e o socialismo não produziram bons
resultados em nenhum país do mundo, como comprovam a desgraça que se abateu
sobre a Pérola do Caribe sob o jugo da Dinastia
Castro, a calamidade que tomou conta da Venezuela sob a égide do Maduro que não cai do galho, as
diferenças gritantes entre a Coreia do Sul e a do Norte.
Em Hong Kong, a ilha-problema onde os jovens tomaram as ruas e há meses exigem, em última instância, voz ativa sobre seu destino, a única eleição mais ou menos livre permitida à população resultou em fragorosa — e aparentemente inesperada — derrota de Pequim. No mesmo dia, um consórcio de jornais publicou um relatório devastador sobre os campos de detenção na província de Xinjiang, no noroeste do país, onde 1 milhão de chineses da minoria muçulmana uigur foram internados a pretexto de combater o extremismo religioso. E por aí segue a
procissão de exemplos.
Talvez por isso o PT
seja o partido dos trabalhadores que não trabalham, dos estudantes que não
estudam e dos intelectuais que não pensam e do ex-presidente ladrão que se ufanava
(quiçá ainda se orgulhe) de ter chegado onde chegou sem jamais ter lido um
livro na vida.
Falando em ex-presidentes, dos que foram eleitos
pelo voto popular desde a democratização — ou que assumiram o cargo devido a
impedimento do titular da vez —, somente Fernando
Henrique não foi processado. Collor e Dilma não só foram penabundados do cargo (por
corrupção e incompetência, respectivamente) como são réus na Justiça Penal, e ainda
continuam soltos graças à morosidade e a leniência do Judiciário. Lula e Temer colecionam processos e já foram presos, mas aguardam em liberdade a tramitação das ações/julgamento dos recursos. É
surreal!
No caso de Lula,
a coisa é ainda pior. Embora tenha sido condenado em dois processos — por três
instâncias no caso do tríplex no Guarujá e por duas no do sítio em Atibaia —, o
picareta foi agraciado por uma decisão sob medida da banda podre do STF, que, por 6 votos a 5, restabeleceu
o império da impunidade ao proibir que criminosos condenados em segunda
instância aguardassem presos o julgamento de seus recursos nas Cortes superiores.
Assim, o troçulho de Garanhuns assomou do esgoto a céu aberto em que se
transformou o cenário político nacional e brinca de palanque ambulante, com
total complacência do TSE, que parece
achar natural candidatos a candidatos ao Palácio do Planalto fazerem comícios três
anos antes das próximas eleições. Com a bênção do Judiciário, o sacripanta
vermelho está liberado para mostrar ao mundo que, no País do Carnaval, um
corrupto juramentado pode ofender impunemente autoridades que não têm contas a
acertar com a Justiça. Mas não vai escapar da lei da Ficha Limpa. Para o dono
da alma viva mais honesta do Brasil, as chances de disputar uma eleição são
menores que as de ser canonizado pelo Vaticano.
Tempos estranhos, diz o ministro Marco Aurélio. Bota estranho nisso!
O óbvio ululou na tarde de ontem, quando a montanha suprema
pariu o rato da vez, incluindo a Unidade
de Inteligência Financeira (UIF), antigo Coaf, e a Receita Federal
na tese sobre o compartilhamento de dados fiscais sigilosos, para fins penais,
com o Ministério Público e a Polícia Federal, dispensando prévio
aval judicial. O único voto dissonante foi o do ministro Marco Aurélio — coberto com a suprema toga pelo então presidente Fernando Collor, seu primo, que foi
impichado do Planalto e teve os direitos políticos cassados, mas elegeu-se
senador graças ao esclarecidíssimo povo das Alagoas, terra de Renan Calheiros, de Arthur Lira e de muitas gentes boas (ficou estranho, mas rimou).
O apaniguado de Collor sempre
teve predileção especial por ser voto vencido e foi a encarnação do “espírito
de porco” até a ex-presidanta Dilma nomear
desembargadora sua filha Letícia,
em mais uma demonstração de como o nepotismo se perpetua. A partir daí, o
campeão das causas perdidas abraçou cruzadas que atendem aos interesses
petistas e aos de nababos da advocacia de Brasília, que, de olho no filão
milionário que os corruptos representam, defendem incondicionalmente a mudança
da jurisprudência que autoriza a prisão de condenados em segunda instância.
Enfim, o Supremo precisou
de seis sessões para concluir que órgãos de investigação servem para
investigar, que a liminar absurda do presidente da Corte era absurda e que tudo
fica como antes no Quartel de Abrantes. Daí a morosidade da Justiça tupiniquim,
maior responsável pela sensação de impunidade (bom seria se fosse só sensação)
que fomenta a corrupção endêmica da classe política neste arremedo de república,
onde processos movidos contra acusados que têm cacife para contratar
criminalistas estrelados levam décadas para ser concluídos — isso quando a
prescrição não frustra a pretensão punitiva do Estado. Mas isso já é outra
conversa.
Enquanto isso, Senado e Câmara Federal se mobilizam para
agilizar o rito das Casas e aprovar o mais rapidamente possível a prisão após
segunda instância, corrigindo o supremo erro crasso que restituiu aos
condenados a possibilidade de aguardar soltos a decisão de seus recursos aos
tribunais superiores, como foi durante míseros (mas nefastos) sete anos das últimas
oito décadas. A Câmara instalou uma comissão que visa tratar do assunto por
meio de uma emenda à Constituição; no Senado, Simone Tebet, presidente da CCJ,
agendou para a próxima terça-feira a votação de um projeto de lei que modifica
o Código de Processo Penal, cuja
tramitação é mais simples e rápida de aprovar do que a emenda constitucional
que tramita na Câmara. Entretanto, ainda que os senadores o aprovem, é preciso pressão
da sociedade para que o projeto não seja engavetado quando chegar à Câmara.
Enquanto isso, na Assembleia Legislativa de São Paulo, cenas
de baixaria, com direito a pugilato explicito, chocam (ou divertem, dependendo
do ponto de vista) os paulistas e os demais brasileiros. Confira no vídeo:
Antes de encerrar, um texto do impagável J.R. Guzzo sobre as supremas barbaridades
que conspurcam este arremedo de banânia:
O planeta Terra seria
um lugar perfeitamente insuportável se todo o mundo, sem nenhuma exceção,
dissesse sempre a verdade, o tempo todo, para todas as outras pessoas que
conhecesse. Já imaginou? É melhor não imaginar. O fato é que esta vida precisa
ter os seus momentos de hipocrisia, para funcionar com um mínimo de paz — mas
também é fato que as autoridades da nossa vida pública não precisavam exagerar.
É a velha história: gente que manda não perde praticamente nenhuma oportunidade
de ficar cega para os seus próprios desastres, mas nunca é surda, nem por um
minuto, para qualquer erro que possa ser cometido pelos outros.
O hipócrita,
felizmente, é um bicho que só morde de verdade quando consegue esconder que
está sendo hipócrita — quando a sua hipocrisia fica na cara de todo mundo, como
vive acontecendo, o mal que faz não leva a lugar nenhum. É o caso, neste
preciso momento, do ministro Dias
Toffoli, que acaba de compartilhar com o resto da nação suas preocupações
com a má imagem que os investidores estrangeiros fariam do Brasil depois de uma
declaração do ministro Paulo Guedes
sobre o AI-5. Teria o ministro
sugerido a ressurreição do “Ato”, que está morto há 40 anos — quatro vezes
mais, aliás, que o tempo durante o qual esteve vivo? Não. Ele disse o seguinte:
“Não se assustem se alguém pedir o AI-5”,
no caso de haver baderna na rua, em vez de oposição na política.
É livre, obviamente, o
julgamento de cada um sobre o que disse Guedes.
O que não tem cabimento é imaginar que Toffoli
está sendo aquilo que ele finge que é — um cidadão aflito com o futuro do
investimento externo no Brasil. Se há alguém nesse País que assusta o
investidor, de qualquer nacionalidade, é ele mesmo, em pessoa — junto com os
seus parceiros de STF que proibiram a prisão de criminosos condenados em
segunda instância. Isso sim é construir a imagem de uma nação sem lei.
Para encerrar: nos tempos de antanho, quando não havia essa
absurda patrulha do "politicamente correto" e podia-se contar piadas
de papagaio sem o risco de ser processado pela ave, uma anedota dizia que, numa
entrevista de emprego, o entrevistador perguntou ao candidato se ele era
casado. "Sim", foi a resposta. "Com quem?", perguntou o
entrevistador. "Com uma mulher", respondeu o candidato. E o
entrevistador, já irritado: "O senhor conhece alguém que seja casado com
um homem?". "Sim", respondeu o sujeito. "Quem?",
insistiu o entrevistador. "A minha mulher", disse, candidamente, o
candidato.