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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO PC OU NO SMARTPHONE

O CONHECIMENTO PODE CRIAR PROBLEMAS, MAS NÃO É ATRAVÉS DA IGNORÂNCIA QUE IREMOS SOLUCIONÁ-LOS.

Dizem que os computadores vieram para resolver todos os problemas que a gente não tinha quando eles não existiam. Pode até ser, mas o fato é que eles existem e praticamente todo mundo os utiliza, sobretudo na encarnação ultraportátil (existem mais de 5 bilhões de linhas móveis ativas no planeta). 

Muitas tarefas ainda demandam mais poder de processamento, fartura de memória e dimensões de tela que os smartphones e tablets podem proporcionar, devendo, portanto, ser realizadas num PC convencional (de mesa ou portátil, de modo), o que nos leva a manter um pé em cada canoa.

Tanto desktops e notebooks quanto smartphones e tablets são “computadores” e utilizam memórias de diversas tecnologias. A RAM (memória física do sistema e principal ferramenta de trabalho do processador) precisa ser totalmente esvaziada de tempos em tempos, sendo a reinicialização do dispositivo uma maneira de se obter esse resultado. Mas melhor ainda é desligá-lo totalmente e tornar a ligar depois de alguns minutos.

Reiniciar um aparelho consiste basicamente em desligá-lo e tornar a ligar em seguida. O termo reinicializar não significa exatamente a mesma coisa, mas, questões semânticas à parte, interessa dizer que desligar o PC, o smartphone, o tablet ou qualquer outro equipamento eletrônico ou eletroeletrônico interrompe o fluxo de energia que alimenta seus circuitos, capacitores e demais componentes que permanecem energizados durante o funcionamento. No caso específico de dispositivos computacionais, esse provoca o "esvaziamento" das memórias voláteis.

Na reinicialização, o intervalo de tempo entre o “encerramento” do sistema e o boot subsequente é de milésimos de segundo, e sempre é suficiente para o total esgotamento das reservas de energia e, consequentemente, o esvaziamento das memórias voláteis. Portanto, em vez de reiniciar o celular ou o PC, prefira sempre que possível usar a opção desligar.

Ao contrário do PC convencional — que muita gente só lembra que existe na hora de executar uma tarefa que transcenda a capacidade dos ultraportáteis —, o smartphone acompanha o usuário o tempo todo e não raro fica ligado 24/7. Desligá-lo durante a recarga, por exemplo, “limpa” a memória RAM e reduz o tempo que a bateria leva para ser totalmente carregada.

Problemas como lentidão, instabilidade, aquecimento, travamentos ocasionais etc. costumam ser solucionados mediante uma simples reinicialização (observadas as considerações feitas linhas atrás). Se o problema persistir, a causa deve ser outra que não a sobrecarga da memória, e aí abre-se todo um leque de possibilidades que não seria possível abordar nesta postagem. Saliento apenas que, no âmbito do software, tudo é reversível, e reverter o aparelho às configurações de fábrica faz com que tudo volte a ser como antes no Quartel de Abrantes. Mas atenção:  antes de qualquer outra coisa, providencie um backup de seus arquivos e salve-o na nuvem ou num dispositivo de armazenamento removível (pendrive, HDD USB etc.);

Em linhas gerais, redefinir aparelhos Android exige apenas tocar em Configurações > Fazer backup e redefinir e selecionar Redefinir Configurações (para reimplementar os ajustes padrão); Redefinir as Configurações de Rede (Wi-Fi, Bluetooth, etc.); ou Restaurar Padrões de Fábrica (faxina total). Note que essa nomenclatura costuma variar conforme a versão do sistema e exigir procedimentos adicionais (como excluir sua conta no Google) se a ideia for passar o telefone adiante. Em qualquer caso, consulte o manual do aparelho, o site do fabricante e/ou a ajuda do Android.

Observação: O Google Play guarda o histórico dos aplicativos que você já baixou vinculado a sua conta de e-mail, o que facilita a recuperação. Selecione Play Store, selecione Apps e jogos e, no menu do seu perfil, escolha Meus apps e jogos. Lá estarão todos os seus apps. Sugiro restaurar somente aqueles que você utiliza com frequência e ignorar os “inutilitários”. Depois que o dispositivo reiniciar, atualize o sistema e recupere seus aplicativos.

No iOS, vá em Ajustes e selecione Geral; selecione Redefinir e depois Apagar Conteúdo e Ajustes; insira sua senha e clique em “Apagar iPhone, restaurando as configurações originais do aparelho.

Continua...

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

WINDOWS 10 — APLICATIVOS PADRÃO

A LOUCURA É A CIÊNCIA DO ABSURDO.

Depois de publicar oito capítulos da novela sobre o Windows e suas sutilezas, achei que era tempo de fazer um breve intervalo para tratar de outros assuntos. Assim, veremos a seguir como reconfigurar os aplicativos padrão no Win 10. 

Vale lembrar que o Windows passou a ser comercializado como serviço em 2015; que o Win 10 ganhou seu Anniversary Update em meados de 2016, e que ele a partir de então ele passou a receber atualizações semestrais de conteúdo — a primeira entre os meses de abril e maio e a segunda, entre setembro e outubro. Note que cada update implica uma atualização de versão (a mais recente é a 20H2, que a Microsoft começou a distribuir no dia 20 do mês passado).

Atualizações de versão do Windows 10 nem sempre trazem mudanças de interface ou acrescentam novos recursos e funções que “saltam aos olhos” dos usuários. A mais recente, por exemplo, destina-se a promover correções e ajustes internos no programa, embora traga algumas inovações (que eu já comentei anteriormente). A mais "visível", digamos assim, é a substituição do navegado Edge pelo “novo” Edge Chromium, que se tornou padrão do sistema (mais detalhes nesta postagem).

Cada update de versão requer um período de adaptação, já que o usuário precisa se familiarizar com as novidades. O tempo de adaptação varia caso a caso, mas dificilmente vai além de um ou dois dias. Mas tudo tende a ser mais fácil quando se conhece o "caminho das pedras", daí eu ter resolvido dedicar algumas linhas aos programas padrão do Windows 10. Acompanhe.

Quem está habituado ao vetusto Windows Media Player pode estranhar o comportamento do reprodutor de mídias Groove, por exemplo. O mesmo se aplica a quem se acostumou com a simplicidade um tanto espartana do Paint, que certamente achará o Paint 3D um tanto complicado. E quem clica num link, esperando ver o site ser exibido na janela do Google Chrome ou do Firefox, e dá de cara com o novo Edge.

Tradicionalmente, o sistema associa os arquivos a aplicativos pré-definidos, mas essa configuração padrão nem sempre vai ao encontro de nossas preferências. Felizmente, esse é um “problema” de fácil solução, como a maioria dos leitores certamente já sabe. A questão é que, para mudar esse comportamento, não se utiliza mais a opção Sistema da tela Configurações, e sim a opção Aplicativos (até porque faz mais sentido).

Então, caso você deseje redefinir os programas padrão no Win 10 20H2, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos e, no menu lateral à esquerda da janela, selecione a opção Aplicativos padrão e aguarde até que a lista seja preenchida. 

Se você prefere usar o Google Chrome como navegador padrão, clique sobre o ícone do Edge, que vem pré-definido sob Navegador da Web. Na janelinha que se abrir, selecione o navegador de sua preferência, lembrando que ele só contará da lista de opções se você o tiver instalado no computador. 

O mesmo procedimento se aplica ao programa padrão de Email, caso você prefira usar o Outlook em vez do Email do Win 10, ou do Visualizador de Fotos, se preferir o Paint em vez de Fotos ou Paint 3D. E assim por diante.    

Observação: Note que essa liste exibe apenas as opções já instaladas; se preferir usar algum aplicativo de que você ainda não dispõe, basta ir à Loja, localizar o dito-cujo, fazer o download e então proceder à alteração. Algumas categorias podem não ter um aplicativo padrão; em sendo o caso, clique em "Escolher um padrão".

Também é possível escolher os aplicativos padrão a partir da extensão dos arquivos. Basta clicar no link Escolha os aplicativos padrão por tipo de arquivo, localizar na lista a extensão que você quer associar, clicar no ícone exibido à direita dela e selecionar a opção desejada. 

Clicando em Escolher os programas padrão por protocolo, você pode definir como o sistema vai lidar com solicitações específicas de programas gerais e dispositivos de rede como Calculadora, Twitter, Xbox, Câmera etc.

Se as mudanças causarem erros no sistema, é só clicar no botão Redefinir para que tudo volte a ser como antes no Quartel de Abrantes, ou seja, todas as personalizações que você fez serão desfeitas e substituídas pela configuração estabelecida originalmente pela Microsoft.

domingo, 16 de agosto de 2020

VIVA O POVO BRASILEIRO

Conforme eu adiantei no post de ontem, Gilmar Mendes reverteu a decisão de Félix Fischer, que havia cassado a liminar do presidente do STJ — o “caso de amor à primeira vista” do autodeclarado Messias que não miracula —, que, na qualidade de plantonista daquela Corte durante o recesso de julho, converteu em domiciliar a prisão preventiva de Fabrício Queiroz e madame.

Feitas as devidas somas e subtrações e tirada a prova dos nove, tudo continua como antes no Quartel de Abrantes. O amigo longa data de Jair Bolsonaro e ex-chefe de gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro permanece em casa, sob os cuidados extremosos da esposa — que mesmo foragida foi beneficiada pela decisão do ministro Noronha. Como diria Boris Casoy, “isso é uma vergonha”.

Fabrício — como bom fantasma-chefe dos funcionários fantasmas do gabinete de zero um na Alerj — estava sumido havia mais de ano quando foi encontrado em Atibaia, mocosado num imóvel pertencente a Fred Wassef, então consultor jurídico do Presidente e advogado de seu primogênito no caso das rachadinhas. O conspícuo jurisconsulto, que conquistou seus 15 minutos de (má) fama ao dar uma série de entrevistas sem jamais repetir a mesma versão da história, acabou desaparecendo no ar como o elefante do Grande Houdini.

Mais impressionante que o prodígio de ilusionismo de Wassef foram as selfies exibidas ad nauseam nos telejornais, mostrando Queiroz, o “enfermo”, de bermuda e chinelo de dedo, com uma garrafa de cerveja na mão e um largo sorriso nas fuças, enquanto preparava um churrasquinho no quintal da casa-escritório-esconderijo em Atibaia (vide imagem que ilustra esta postagem).

Observação: Poucos dias depois de o Brasil atingir 100 mil mortos pelo coronavírus, no último dia 8, os brasileiros mostram-se divididos em relação à responsabilidade de Jair Bolsonaro pela trágica marca. De acordo com o Datafolha, 47%, dizem acreditar que o presidente não tem culpa pelos óbitos. Para 52%, Bolsonaro é o responsável; 11% o veem como principal culpado, e 41%, como um dos culpados, mas não o principal. Desde o início da pandemia, o capitão cloroquina, que na mesma pesquisa obtém a melhor avaliação do mandato, minimiza a doença e defende a reabertura de comércios e o relaxamento do isolamento social.

Talvez Bolsonaro devesse distribuir à brava gente brasileira, juntamente com a droga da qual virou garoto-propaganda, um pote de base branca para tingir o rosto, batom para a pintar uma boca engraçada e uma bola vermelha para realçar o nariz.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

DA PRAGA DA CASERNA AO CAPITÃO CAVERNA — QUARTA PARTE



Como vimos no capítulo anterior, o Brasil viveu um regime monárquico — entre a proclamação da independência, em 1822, e a da república, em 1889. O processo histórico em que se desenvolveu o fim da monarquia e a ascensão da república perpassa por uma série de transformações que levou à tomada do poder pelos militares. Em outras palavras, o país iniciou sua fase republicana a partir de um golpe militar — com a devida venia de quem possa pensar diferente, eu entendo que não há que falar em “revolução” quando não existe participação popular.

A assim chamada Velha República teve início com a proclamação, em 1889, e terminou com a chamada “Revolução de 1930”. Entre o fim do Império e a posse de Prudente de Morais, em 1894, apenas militares ocuparam a presidência, donde esse período ficou conhecido como República da Espada.

Morais foi o primeiro presidente civil do Brasil, e sua posse deu início a alternância entre representantes das oligarquias rurais do sudeste brasileiro (conhecida como política do café com leite em da aliança nas indicações para presidentes entre São Paulo e Minas Gerais), que durou até 1930, mas já vinha dando sinais de enfraquecimento desde 1914. As revoltas tenentistas no RS, em 1923, e em SP, em 1924, somadas à insatisfação das oligarquias com a eleição de Júlio Prestes, em 1930, resultaram no impedimento do presidente eleito. Assim, outro golpe militar empurrou a Velha República para a cova.

Uma “junta governista” assumiu o poder em 24 de outubro de 1930 e passou o bastão a Getúlio Vargas em 03 de novembro daquele ano, dando início ao “governo provisório” que durou até julho de 1934, quando o mesmo Vargas foi eleito indiretamente (conforme os ditames da Constituição de 1934). Iniciava-se então o assim chamado “governo constitucional”. 

No dia 10 de novembro de 1937, mediante mais um golpe de estado, Vargas instituiu o Estado Novo e assim manteve-se no poder até outubro de 1945, quando outro golpe o apeou da presidência.

Observação: Os primeiros anos da Era Vargas foram marcados pelo clima de tensão entre as oligarquias e os militares — principalmente no estado de São Paulo —, o que levou à Revolução Constitucionalista de 1932. Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora promoveu a Intentona Comunistamais uma tentativa de golpe. Vargas aproveitou o episódio para declarar estado de sítio e ampliar seus poderes políticos.

Com a queda de Vargas, o general Eurico Gaspar Dutra assumiu a presidência, e uma Assembleia Constituinte criou nossa quinta Constituição, que estabeleceu os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

 Em 1950, Vargas voltou ao cenário político e, graças a sua “postura nacionalista” venceu as eleições presidenciais com o apoio de empresários, das Forças Armadas, de grupos políticos do Congresso e da União Nacional dos Estudantes, entre outros. Mas a oposição a seu governo cresceu, e em 23 de agosto de 1954, após ser acusado de tramar um atentado contra o jornalista Carlos Lacerda — e de 27 generais exigirem publicamente a renúncia — Vargas foi suicidado, digo, encontrado morto, com um tiro no peito, na manhã do dia 24. deixando uma "carta de despedida" que será reproduzida em outra postagem, ao final desta sequência.

Após o breve governo de Café Filho (de 24.08.1954 a 11.11.1955), de Carlos Luz (que durou apenas 3 dias) e de Nereu Ramos (de 11.11.1955 a 31.01.1956), Juscelino Kubitschek de Oliveira assumiu a presidência em janeiro de 1955, prometendo realizar “cinquenta anos de progresso em cinco de governo”. E, mui mineiramente, mudou a capital federal do Rio de Janeiro para o meio do nada, digo, para o centro do país. E assim, em 21 de abril 1960 “nascia” nossa querida Brasília.

Observação: A transferência da capital federal para o interior do país era defendida desde o período colonial e passou por vontades políticas distintas e muitas mudanças de governo até se transformar em realidade. Não obstante, como em tudo mais neste país, havia objetivos escusos na mudança da sede do governo federal, mas uma análise mais detalhada terá de ficar para uma próxima oportunidade.

Mais detalhes sobre esses governos virão nas próximas postagens. No final desta novela, relembraremos as gestões abortadas, ou seja, os governos em que, por alguma razão, os mandatários deixaram o campo antes que o apito do árbitro marcasse o final da partida.

OBSERVAÇÃO: Hoje, 9 de julho, comemora-se no estado de São Paulo a Revolução Constitucionalista de 1932, que será comentada, em algum momento, ao longo das próximas postagens. Dada a situação atípica que atravessamos neste ano de 2020, o governo paulista antecipou o feriado, visando reforçar o isolamento social e conter o avanço do coronavírus. Como eu postei sobre informática no "feriado" antecipado, não o farei hoje. Amanhã tudo volta a ser como antes no Quartel de Abrantes. Pelo menos no que concerne à minha pauta de postagens.

Continua no próximo capítulo...

terça-feira, 9 de junho de 2020

MAIS SOBRE NAVEGADORES — DESEMPENHO (PARTE XVII)


ATÉ UM ESQUILO CEGO CONSEGUE EVENTUALMENTE ENCONTRAR UMA AVELÃ.

Há quem diga que o Firefox é mais veloz que os seus concorrentes diretos, e mesmo fãs do Chrome reconhecem a agilidade da "raposinha", que fica ainda melhor com alguns "ajustes finos" que pouca gente implementa porque não conhece o "caminho das pedras". E é isso que veremos a seguir.

Observação: Note que é preciso agir com cautela, pois modificações indevidas podem comprometer o funcionamento do navegador. O lado bom da história e que tudo é reversível no âmbito do software, de modo que bastar reinstalar o navegador para que tudo volte a ser como antes no quartel de Abrantes, mas é melhor prevenir do que remediar.

Como seus concorrente, o Firefox também promete consumir menos memória a cada nova versão, mas tudo fica na promessa. Então, aplica-se também a ele as dicas genéricas que eu sugeri nos posts em que foquei o Chrome, como manter abertas somente as abas necessárias, desabilitar (ou remover) extensões inúteis, e por aí afora. Dito isso, vamos em frente:

— Abra o Firefox e digite about:config na barra de endereços e tecle Enter;

— No alerta que será exibido em seguida (vide ilustração desta postagem), clique no botão com os (melodramáticos) dizeres: Aceitar o risco e continuar;

— Na caixa Pesquisar preferências por nome da janela que se abre em seguida, digite browser.sessionhistory.max_total_viewer e altere o atributo Valor do item em questão de -1 para 0 (não se esqueça de confirmar na caixa de verificação à esquerda);

Reinicie o navegador.

Para aumentar a velocidade com que o Firefox carrega as páginas, existe uma técnica, conhecida como pipelining (ou paralelismo, numa tradução livre), que consiste em forçar o navegador a requisitar as páginas ao servidor várias vezes ao mesmo tempo (em vez de fazer uma requisição por vez), o que, em última análise, permite que diversos elementos do endereço sejam “recuperados paralelamente”. Para ativar esse recurso:

— Torne a abrir a página de configurações (digitando about:config na barra de endereços);

— Na caixa Pesquisar preferências por nome, digite network.http.pipelining e mude seu valor para true.

— Reinicie navegador.

Por último, mas não menos importante, experimente limitar o consumo de RAM a 10 MB quando o Firefox estiver minimizado, independentemente do número de abas abertas. Para isso:

— Volte à página das configurações (digitando about:config na barra de endereços);

— Na caixa Pesquisar preferências por nome, digite config.trim_on_minimize, tecle Enter, selecione a opção true e clique em OK.

— Reinicie o navegador.

ObservaçãoEssa última dica limita o consumo de memória a 10MB; caso você observe eventual perda de desempenho ou dificuldade no carregamento de páginas mais pesadas, refaça os passos anteriores, torne a configurar como false o parâmetro do campo config.trim_on_minimize e reinicie o Firefox.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

AINDA SOBRE ATUALIZAÇÕES PROBLEMÁTICAS NO WINDOWS 10 (PARTE 3)


GRAVEM-SE OS BENEFÍCIOS NO BRONZE E AS INJÚRIAS NO AR.

Dizia eu no post anterior que, se a instalação de um patch "bichado" impedir o Windows de reiniciar, remover a atualização pode recolocar o bonde nos trilhos, já que alternativa é reinstalar o sistema do zero. Então, não se perde nada em tentar.

Note que há duas situações possíveis, e que cada qual deve ser tratada de um jeito. Na primeira, você liga o computador e o Windows exibe a tela de logon, mas não vai adiante; na segunda, nem essa tela aparece, inviabilizando, inclusive, o desligamento da máquina por software. Então vamos lá.

Se a tela for exibida, clique no terceiro ícone (da esquerda para a direita) que aparece no canto inferior direito da tela e, em opções de desligamento, clique em “desligar”, aguarde alguns minutos e torne a ligar o computador. Se o Windows normalmente, ele o fará no modo de segurança ou exibirá o ambiente de recuperação (WinRE).Note que a opção “reiniciar” deve ser evitada, porque nesse caso o intervalo de tempo entre o encerramento e o boot subsequente pode não ser suficiente para o esvaziamento das memórias voláteis.

Já se o computador empacar antes de exibir a tela de logon, não há como desligar como comandar o desligamento via software. Nessa situação, o jeito é foçar o desligamento mantendo o botão liga/desliga (power) pressionado por 5 segundos e seguir o roteiro retrocitado, ou seja, aguardar alguns minutos, cruzar os dedos e torne a ligar o computador... Com alguma sorte, tudo voltará a ser como antes no Quartel de Abrantes.

Observações:

1 — Evite desligar o aparelho simplesmente interrompendo o fornecimento de energia elétrica, seja desplugando o cabo de força da tomada, seja desligando o estabilizador de tensão. Nos notebooks isso de nada adianta, pois a bateria continua fornecendo energia; nos desktops até funciona, mas com grandes chances de corromper dados ou causar danos físicos ao drive de disco rígido.

2 — Em teoria, o Windows tenta carregar no modo de segurança sempre que não consegue fazê-lo da maneira convencional. Se isso não ocorrer, ele deve exibir as opções avançadas de inicialização. Se nem isso acontecer, ou seja, se a máquina simplesmente se fingir de morta, desligue-a e torne a ligar três vezes seguidas. Na terceira tentativa, a tela das opções avançadas de inicialização será exibida e você poderá avaliar o que fazer a partir daí.

3 — modo de segurança é uma modalidade de inicialização em que o sistema é carregado com um conjunto mínimo de arquivos e drivers e resolução gráfica em VGA (não estranhe, portanto, a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Se o Windows iniciar dessa maneira, você saberá ao menos que o problema não está nas configurações-padrão do sistema, e poderá desinstalar uma atualização do próprio Windows, ou de driver, ou mesmo um aplicativo que possa estar impedindo a reinicialização convencional do aparelho. Vale também executar a restauração do sistema, que, se funcionar, reverterá o Windows a um ponto criado anteriormente, quando tudo funcionava direitinho. Se der certo, você economizará tempo e trabalho.

Para convocar o modo de segurança, pressione simultaneamente as teclas Win+R, digite msconfig na caixa do menu Executar e clique em OK. Na aba Inicialização do Sistema, marque as caixas de seleção ao lado de Inicialização Segura e de Mínimo, confirme em OK e reinicie o computador. Obviamente, não ser possível fazer se o sistema empacar durante o boot. Para saber como proceder nessa situação, leia a próxima postagem.

segunda-feira, 30 de março de 2020

A ERA DA (IN)SEGURANÇA — CONTINUAÇÃO


TODA GUERRA PRODUZ MORTOS E FERIDOS.

Em atenção a quem está chegando agora, vale repetir (pela enésima vez) que nenhum software é perfeito e que nenhum dispositivo computacional é 100% seguro. O que se pode (e se deve) fazer é minimizar os riscos, e para isso basta seguir algumas dicas batidas, mas funcionais, tais como manter sistema e programas sempre atualizados, não navegar por sites suspeitos (como de hackers), evitar abrir anexos de email de origem desconhecida, jamais clicar em links que chegam por email, programas mensageiros ou posts em redes sociais, e por aí vai (digite “segurança” na caixa de buscas do Blog para acessar centenas de postagens sobre esse tema).

No âmbito dos desktops e notebooks, o Windows abocanha, atualmente, 77,2% do mercado de sistemas operacionais, e OS X, da Apple, 17,7%. Nos smartphones, 73% dos usuários têm o sistema Android, do Google, e 25,9% usam o iOS. Via de regra, quanto maior a popularidade do produto, qualquer que seja ele, mais atrativo será para os amigos do alheio e os cibercriminosos. Mas isso não significa que os sistemas da Apple e as distribuições Linux sejam imunes a incidentes de segurança, apenas que chamam menos a atenção da bandidagem digital.

A popularização do acesso doméstico à World Wide Web foi uma das maiores responsáveis pelo aumento exponencial das pragas digitais e toda sorte de golpes virtuais aplicados por cibervigaristas. Até o início dos anos 1990, os poucos vírus de computador que existiam não causavam grandes preocupações, já que se disseminavam muito lentamente (a partir de cópias infectadas de joguinhos em disquetes, na maioria das vezes). No geral, bastava reinstalar o Windows para tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes (mais detalhes na sequência de postagens iniciada aqui).

A título de curiosidade, o Brain, criado por dois irmãos paquistaneses em 1986 para identificar cópias piratas que rodavam no Apple II, foi posteriormente compatibilizado com o DOS e incorporou instruções maliciosas, sendo considerado o primeiro vírus para PCs, embora alguns apontem The Creeper, criado por Bob Thomas em 1971, que exibia no monitor da máquina infectada a mensagem I’m The Creeper, catch me if you can (“eu sou assustador, pegue-me se for capaz”), e então pulava para outro sistema e repetia o mesmo procedimento. Mais adiante, The Reaper (“o ceifador”) foi desenvolvido com a finalidade precípua de eliminar The Creeper das máquinas infectadas, e por isso é considerado o precursor dos programas antivírus.

Nos anos 1980, a União Soviética foi um verdadeiro criadouro de vírus informáticos. Lá nasceram o Yankee Doodle  que aporrinhava os usuários de computador reproduzindo uma versão esganiçada da música de mesmo nome —, o Den Zuk  que trocava o nome do disco rígido para Y.C.I.E.R.P. , o Jerusalém — que ameaçava apagar os dados do HD (mas não apagava) — e várias outras pragas incomodativas, mas inofensivas, pelo menos até o surgimento do destrutivo Casino, em janeiro de 1991, que transferia a tabela de alocação de arquivos do HD para a memória RAM (apagando a original no disco) e forçava o usuário a participar de um jogo para salvar seus arquivos — uma vez desligado, o PC só voltava a funcionar depois que o sistema fosse reinstalado.

Mais ou menos na mesma época, o Cascade e o Madman aterrorizaram muitos usuários do DOS. O primeiro “implodia” o sistema, fazendo com que os caracteres desabassem até a borda inferior da tela, e inviabilizava o uso do computador; o segundo exibia uma imagem formada pelos olhos semicerrados de um homem de rosto vermelho, seguida dos dizeres: NADA PODE SALVÁ-LO, AMIGO. AGORA VOCÊ ESTÁ EM MEU MUNDO. Para piorar, qualquer tentativa de remover a praga resultava noutra nova mensagem, que dizia: EU ESTOU VENDO VOCÊ. Mas as consequências não iam muito além disso.

Continua...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

TEMPOS ESTRANHOS




TEMPOS ESTRANHOS SÃO ESSES EM QUE VIVEMOS, QUANDO VELHOS E JOVENS SÃO ENSINADOS NA ESCOLA DA FALSIDADE. E O ÚNICO HOMEM QUE SE ATREVE A DIZER A VERDADE É CHAMADO DE UMA SÓ VEZ UM LOUCO E INSENSATO.”

O epigrama acima, atribuído a Platão, tem servido de inspiração para o vice-decano do STF demonstrar sua insatisfação com tudo e todos, mostrando-se, inclusive, irritado com uma advogada que, durante sustentação oral, dirigiu-se aos supremos togados usando o "desrespeitoso" pronome "vocês" — que na verdade é a forma sincopada de "vossas mercês": "Presidente", disse o primo de Fernando Collor e luminar do saber jurídico, "novamente um advogado se dirige aos integrantes do tribunal como 'vocês'! Há de se observar a liturgia". Faltam apenas 18 meses para a aposentadoria compulsória de sua excelência, que talvez ainda aproveite o tempo que lhe resta para propor a adoção daquelas ridículas perucas brancas, de crina de cavalo, que os juízes do Reino Unido usavam aboliram há mais de 10 anos por achá-las antiquadas e inadequadas ao tempos atuais (estranhos ou não).

Atribui-se a Aristóteles a divisão do Estado em três poderes independentes, e a Montesquieu a tripartição e as devidas atribuições do modelo mais aceito atualmente. A ideia era não deixar em uma única mão as tarefas de legislar, administrar e julgar, já que a concentração de poder tende a gerar abusos, e um poder que se serve em vez de servir é um poder que não serve. No Brasil contemporâneo, no entanto, nem o quarto poder escapa, já que parte da imprensa foi aparelhada pelos petralhas esquerdopatas, que não veem — ou fingem não ver — que o comunismo e o socialismo não produziram bons resultados em nenhum país do mundo, como comprovam a desgraça que se abateu sobre a Pérola do Caribe sob o jugo da Dinastia Castro, a calamidade que tomou conta da Venezuela sob a égide do Maduro que não cai do galho, as diferenças gritantes entre a Coreia do Sul e a do Norte.

Em Hong Kong, a ilha-­problema onde os jovens tomaram as ruas e há meses exigem, em última instância, voz ativa sobre seu destino, a única eleição mais ou menos livre permitida à população resultou em fragorosa — e aparentemente inesperada — derrota de Pequim. No mesmo dia, um consórcio de jornais publicou um relatório devastador sobre os campos de detenção na província de Xinjiang, no noroeste do país, onde 1 milhão de chineses da minoria muçulmana uigur foram internados a pretexto de combater o extremismo religioso. E por aí segue a procissão de exemplos.

Talvez por isso o PT seja o partido dos trabalhadores que não trabalham, dos estudantes que não estudam e dos intelectuais que não pensam e do ex-presidente ladrão que se ufanava (quiçá ainda se orgulhe) de ter chegado onde chegou sem jamais ter lido um livro na vida.

Falando em ex-presidentes, dos que foram eleitos pelo voto popular desde a democratização — ou que assumiram o cargo devido a impedimento do titular da vez —, somente Fernando Henrique não foi processado. Collor e Dilma não só foram penabundados do cargo (por corrupção e incompetência, respectivamente) como são réus na Justiça Penal, e ainda continuam soltos graças à morosidade e a leniência do Judiciário. Lula e Temer colecionam processos e já foram presos, mas aguardam em liberdade a tramitação das ações/julgamento dos recursos. É surreal!

No caso de Lula, a coisa é ainda pior. Embora tenha sido condenado em dois processos — por três instâncias no caso do tríplex no Guarujá e por duas no do sítio em Atibaia —, o picareta foi agraciado por uma decisão sob medida da banda podre do STF, que, por 6 votos a 5, restabeleceu o império da impunidade ao proibir que criminosos condenados em segunda instância aguardassem presos o julgamento de seus recursos nas Cortes superiores. Assim, o troçulho de Garanhuns assomou do esgoto a céu aberto em que se transformou o cenário político nacional e brinca de palanque ambulante, com total complacência do TSE, que parece achar natural candidatos a candidatos ao Palácio do Planalto fazerem comícios três anos antes das próximas eleições. Com a bênção do Judiciário, o sacripanta vermelho está liberado para mostrar ao mundo que, no País do Carnaval, um corrupto juramentado pode ofender impunemente autoridades que não têm contas a acertar com a Justiça. Mas não vai escapar da lei da Ficha Limpa. Para o dono da alma viva mais honesta do Brasil, as chances de disputar uma eleição são menores que as de ser canonizado pelo Vaticano.

Tempos estranhos, diz o ministro Marco Aurélio. Bota estranho nisso!

O óbvio ululou na tarde de ontem, quando a montanha suprema pariu o rato da vez, incluindo a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), antigo Coaf, e a Receita Federal na tese sobre o compartilhamento de dados fiscais sigilosos, para fins penais, com o Ministério Público e a Polícia Federal, dispensando prévio aval judicial. O único voto dissonante foi o do ministro Marco Aurélio — coberto com a suprema toga pelo então presidente Fernando Collor, seu primo, que foi impichado do Planalto e teve os direitos políticos cassados, mas elegeu-se senador graças ao esclarecidíssimo povo das Alagoas, terra de Renan Calheiros, de Arthur Lira e de muitas gentes boas (ficou estranho, mas rimou).

O apaniguado de Collor sempre teve predileção especial por ser voto vencido e foi a encarnação do “espírito de porco” até a ex-presidanta Dilma nomear desembargadora sua filha Letícia, em mais uma demonstração de como o nepotismo se perpetua. A partir daí, o campeão das causas perdidas abraçou cruzadas que atendem aos interesses petistas e aos de nababos da advocacia de Brasília, que, de olho no filão milionário que os corruptos representam, defendem incondicionalmente a mudança da jurisprudência que autoriza a prisão de condenados em segunda instância.

Enfim, o Supremo precisou de seis sessões para concluir que órgãos de investigação servem para investigar, que a liminar absurda do presidente da Corte era absurda e que tudo fica como antes no Quartel de Abrantes. Daí a morosidade da Justiça tupiniquim, maior responsável pela sensação de impunidade (bom seria se fosse só sensação) que fomenta a corrupção endêmica da classe política neste arremedo de república, onde processos movidos contra acusados que têm cacife para contratar criminalistas estrelados levam décadas para ser concluídos — isso quando a prescrição não frustra a pretensão punitiva do Estado. Mas isso já é outra conversa.

Enquanto isso, Senado e Câmara Federal se mobilizam para agilizar o rito das Casas e aprovar o mais rapidamente possível a prisão após segunda instância, corrigindo o supremo erro crasso que restituiu aos condenados a possibilidade de aguardar soltos a decisão de seus recursos aos tribunais superiores, como foi durante míseros (mas nefastos) sete anos das últimas oito décadas. A Câmara instalou uma comissão que visa tratar do assunto por meio de uma emenda à Constituição; no Senado, Simone Tebet, presidente da CCJ, agendou para a próxima terça-feira a votação de um projeto de lei que modifica o Código de Processo Penal, cuja tramitação é mais simples e rápida de aprovar do que a emenda constitucional que tramita na Câmara. Entretanto, ainda que os senadores o aprovem, é preciso pressão da sociedade para que o projeto não seja engavetado quando chegar à Câmara.

Enquanto isso, na Assembleia Legislativa de São Paulo, cenas de baixaria, com direito a pugilato explicito, chocam (ou divertem, dependendo do ponto de vista) os paulistas e os demais brasileiros. Confira no vídeo:



Antes de encerrar, um texto do impagável J.R. Guzzo sobre as supremas barbaridades que conspurcam este arremedo de banânia:

O planeta Terra seria um lugar perfeitamente insuportável se todo o mundo, sem nenhuma exceção, dissesse sempre a verdade, o tempo todo, para todas as outras pessoas que conhecesse. Já imaginou? É melhor não imaginar. O fato é que esta vida precisa ter os seus momentos de hipocrisia, para funcionar com um mínimo de paz — mas também é fato que as autoridades da nossa vida pública não precisavam exagerar. É a velha história: gente que manda não perde praticamente nenhuma oportunidade de ficar cega para os seus próprios desastres, mas nunca é surda, nem por um minuto, para qualquer erro que possa ser cometido pelos outros.

O hipócrita, felizmente, é um bicho que só morde de verdade quando consegue esconder que está sendo hipócrita — quando a sua hipocrisia fica na cara de todo mundo, como vive acontecendo, o mal que faz não leva a lugar nenhum. É o caso, neste preciso momento, do ministro Dias Toffoli, que acaba de compartilhar com o resto da nação suas preocupações com a má imagem que os investidores estrangeiros fariam do Brasil depois de uma declaração do ministro Paulo Guedes sobre o AI-5. Teria o ministro sugerido a ressurreição do “Ato”, que está morto há 40 anos — quatro vezes mais, aliás, que o tempo durante o qual esteve vivo? Não. Ele disse o seguinte: “Não se assustem se alguém pedir o AI-5”, no caso de haver baderna na rua, em vez de oposição na política.

É livre, obviamente, o julgamento de cada um sobre o que disse Guedes. O que não tem cabimento é imaginar que Toffoli está sendo aquilo que ele finge que é — um cidadão aflito com o futuro do investimento externo no Brasil. Se há alguém nesse País que assusta o investidor, de qualquer nacionalidade, é ele mesmo, em pessoa — junto com os seus parceiros de STF que proibiram a prisão de criminosos condenados em segunda instância. Isso sim é construir a imagem de uma nação sem lei.

Para encerrar: nos tempos de antanho, quando não havia essa absurda patrulha do "politicamente correto" e podia-se contar piadas de papagaio sem o risco de ser processado pela ave, uma anedota dizia que, numa entrevista de emprego, o entrevistador perguntou ao candidato se ele era casado. "Sim", foi a resposta. "Com quem?", perguntou o entrevistador. "Com uma mulher", respondeu o candidato. E o entrevistador, já irritado: "O senhor conhece alguém que seja casado com um homem?". "Sim", respondeu o sujeito. "Quem?", insistiu o entrevistador. "A minha mulher", disse, candidamente, o candidato.

Havendo tempo e jeito, assista ao vídeo a seguir: