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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O 12º ANIVERSÁRIO DO BLOG — ANTES TARDE DO QUE NUNCA


DEUS ATÉ PODE SER BRASILEIRO, MAS O DIABO CERTAMENTE É PETISTA

No dia 9 do mês passado, nosso Blog, criado em 2006, completou 12 anos de existência. Sem festas nem grandes comemorações, até porque, pela primeira vez desde que eu criei este espaço, a data me passou despercebida. Sinal dos tempos ou da passagem do tempo? Não sei dizer. Talvez as duas coisas, pois há muito que minha memória não é mais a mesma, e há muito que o PC Windows — foco central das minhas postagens — vem sendo preterido pelos smartphones.

Embora eu use celulares desde a virada do século, nunca lhes dediquei muito espaço, pelo menos não até que eles se tornassem inteligentes e passassem a ser controlados por sistemas operacionais, adquirissem a capacidade de rodar aplicativos, acessar a internet e, mais adiante, começassem a substituir os PCs de mesa e portáteis no dia a dia dos usuários domésticos de computador.

Falando em portáteis, meu primeiro note foi um Compaq Evo n1020v, que comprei em 2003 e sobre o qual escrevi uma extensa matéria meses depois — publicada numa das últimas edições da revista CURSO DINÂMICO DE HARDWARE, que precedeu a saudosa COLEÇÃO GUIA FÁCIL INFORMÁTICA. Naquele tempo, meu parceiro Robério e eu ainda faturávamos alguns trocados com artigos sobre TI, mesmo que nossas publicações não ombreassem com gigantes como INFO, PC World, Revista do Windows, PC & Cia e outros títulos que, aos poucos, também sumiram das bancas (a maioria já não existe sequer na versão digital, mas isso é outra conversa). 

Interessa dizer que, enquanto aquele portátil me custou o equivalente a 22 salários mínimos (em valores da época), um note atual, com configuração mediana, pode ser encontrado por menos de dois salários mínimos. Mas essas belezinhas já não provocam tanto frisson nos usuários quanto os telefoninhos inteligentes — aliás, você sabia que existem mais linhas celulares ativas no Brasil do que CPFs no banco de dados da Receita Federal?

Faz algum tempo que os smartphones (e os tablets, ainda que em menor medida) tomaram o lugar dos PCs convencionais na preferência dos internautas — e não sem razão, mas isso também é outra conversa. Daí eu vir dedicando cada vez mais espaço a esses “microcomputadores de verdade”. E como o mote do Blog sempre foi a segurança digital, pode-se dizer que nada mudou (ou que mudaram as moscas, mas a merda continua a mesma). 

O que mudou foi o interesse dos internautas por matérias sobre computadores, que caiu tão vertiginosamente quanto o número de visualizações de páginas e de comentários nas minhas despretensiosas postagens — que passaram a trazer também pitacos sobre o cenário político nacional. Mas nem sei por que estou escrevendo isso.

Para concluir, gostaria de expressar meus sinceros agradecimentos aos poucos gatos pingados que me acompanham desde sempre, bem como àqueles que visitam eventualmente este espaço. Doze anos no ar é um tempo considerável, mas acho que ainda é cedo para jogar a toalha. Só não dá para dizer por quanto tempo mais a gente vai resistir antes de desistir. 

Pelo andar da carruagem nas tortuosas veredas do cenário político tupiniquim, vem se tornando cada vez mais difícil fazer previsões num país onde nem o passado é imprevisível. Demais disso, dependendo do resultado das próximas eleições, sabe-se lá se o Brasil não vai fazer o mesmo que fizeram as tradicionais publicações de informática na mídia impressa.

Deus pode ser brasileiro, mas tudo indica que o Diabo é petista.

Como presente de aniversário, meio que atrasado, uma música que eu considero magistral:


Visite minhas comunidades na Rede .Link:

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS... — PARTE XII

NA CIÊNCIA, CADA CERTEZA TRAZ OUTRA DÚVIDA; NA FÉ, CADA DÚVIDA VIRA UMA CERTEZA.

Os primeiros computadores eletrônicos surgiram em meados dos anos 1950, na forma de monstruosos mainframes que ocupavam andares inteiros, pesavam toneladas, custavam milhões de dólares, mas tinham menos poder de processamento que uma calculadora xing-ling atual, daquelas que são vendidas por R$ 10 nos melhores camelódromos do ramo (clique aqui para mais detalhes). Apenas para dar uma ideia do que isso significa, no pool de sistemas usado pela NASA na missão Apollo 11 (que levou o homem à Lua em 1969) a frequência de operação do processador era de 0,043 MHz e a quantidade de memória física era de míseros 64KB.

A computação pessoal surgiu nos anos 1970, mas os microcomputadores só começaram a se popularizar entre pessoas "comuns" na década de 90. O sucesso dos desktops — termo que significa literalmente "em cima da mesa" — propiciou o surgimento dos laptops — aglutinação dos termos em inglês lap (colo) e top (em cima), significando "em cima do colo" —, que mais adiante passou a ser chamado de “notebook” devido ao formato e dimensões semelhantes às de um caderno universitário.

Observação: A princípio, o termo laptop remetia a portáteis maiores, mais pesados e pródigos em recursos que os notebooks. Mais adiante, essa diferenciação deixou de ser observada; de algum tempo a esta parte, o termo laptop caiu em desuso, conquanto possa ser utilizado sem problema algum.

Até meados da década passada, nove em cada 10 usuários de PC sonhavam ter um PC portátil, mas o preço dessas belezinhas era um pesadelo. Meu primeiro note — um Compaq EVO n1020v comprado em meados de 2003 — custou o equivalente a 22 salários-mínimos (valor que, atualizado pelo IGP-M, corresponde a R$ 13.393,34).

Os portáteis perderam parte do encanto com a chegada dos ultraportáteis — smartphones e tablets, mas o fato é que inúmeras tarefas (de games radicais a aplicações de edição de imagens) demandam mais poder de processamento e memória do que esses pequenos notáveis oferecem. Por outro lado, o smartphone caiu no gosto do povo e se tornou onipresente, condenando ao ostracismo soluções que já tiveram seus 15 minutos de fama — como os netbooks (“net” vem de rede e, por extensão, remete à Internet), que são menores, mais leves e ainda mais espartanos (em termos de recursos de hardware) que os notebooks de entrada de linha.

Aqui cabe abrir um parêntese para dizer que “cair no gosto é uma variação da expressão “dar no goto”, e que “goto” é um sinônimo informal de glote. Segundo o Houaiss, ambas as locuções significam “ser objeto de agrado, de atenção; cair nas boas graças”, mas “cair no goto” é uma expressão antiga que, além de ser pouco conhecida, faz referência uma função corporal e, se tomada literalmente, significa “provocar engasgo ou sufocamento” (nada a ver, portanto, com o sentido de “agrado” que se pretende comunicar). 

Cultura inútil, mas, como dizia meu avô, “saber não ocupa lugar”. Ou não. Senão vejamos.

Diz-se que Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança — embora acreditar nisso fique mais difícil a cada dia, considerando o que se tem visto mundo afora nestes tempos estranhos. Enfim, interessa dizer que o homem criou o computador “à sua imagem e semelhança”, donde a semelhança entre a memória humana e as memórias física e de massa do sistema (RAM e HDD, respectivamente). 

A capacidade de armazenamento da máquina é limitada, mas pode ser ampliada por um upgrade (para mais detalhes, clique aqui)A memória humana, por sua vez, também é limitada, mas, pelo menos até onde eu sei, não há como fazer upgrade.

ObservaçãoClique aqui para detalhes sobre tipos e tecnologias de memória utilizadas pelo computador; para ler a sequência desde o primeiro capítulo, clique aqui e, ao final de cada post, clique no link Postagem mais recente uma ou mais vezes, até que o capítulo subsequente seja exibido.

Da feita que não somos eternos, mais de 1 trilhão de conexões que mais de 1 bilhão de neurônios são capazes de forma são mais que suficientes. Claro que teríamos um sério problema de espaço se cada neurônio fosse capaz de armazenar uma única lembrança, mas as combinações que são criadas expandem substancialmente nossa capacidade de armazenar recordações. 

Ainda com base na analogia entra nossa memória e a do computador, o “espaço” disponível no cérebro humano gira em torno de 2,5 PB (cada petabyte corresponde a 1.000.000 de gigabytes), o que é suficiente para armazenar a programação transmitida ininterruptamente por um canal de TV durante mais de 300 anos.

Claro que trata-se de mera especulação; medir a capacidade de chips, módulos e drives de memória é relativamente simples, mas mensurar a capacidade do cérebro humano já são outros quinhentos. Até porque algumas lembranças envolvem mais detalhes e ocupam mais espaço, enquanto outras são “deletadas”, abrindo espaço para novas lembranças.

Convém ter em mente (sem trocadilho) que a memória humana não fica localizada num determinado local do cérebro, como se imaginava até pouco tempo atrás. Na verdade, ela é formada por um grupo de sistemas onde cada um deles tem seu papel na criação, armazenamento e lembrança das informações, e todos trabalham em conjunto para fornecer um pensamento coeso.

É difícil encontrar um indivíduo com mais de 50 anos que não pague mico por esquecer o número do próprio telefone, p.ex. Esses lapsos, inerentes ao processo de envelhecimento, são mais recorrentes em fumantes, bebedores contumazes e pacientes tratados com ansiolíticos, hipnóticos de longa ação, antipsicóticos e antidepressivos. 

Esquecer eventualmente o que comeu no almoço do dia anterior — ou mesmo se almoçou no dia anterior — não significa estar desenvolvendo o Mal de Alzheimer (doença degenerativa incurável que afeta inicialmente a memória, segue pelas habilidades espaciais e visuais e acaba levando à demência cerca de 10% dos sexagenários e 25% dos octogenários), mas se esses esquecimentos se repetem de forma recorrente...

Até aqui eu não disse grande coisa, mas enchi um bocado de linguiça. Mais tarde, se ainda me lembrar qual era o assunto em pauta, verei se consigo concluir o raciocínio e publicar o texto na postagem de... Por falar nisso, que dia é hoje? 

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

WI-FI 5 GHz, REDE MÓVEL 5G E OUTROS BICHOS (CONTINUAÇÃO)

THE VINHO TRIPLICA LE CAPACITÉ DI PARLARE OTHER LANGUAGES.

Até meados da década passada, nove em cada 10 usuários de PC sonhavam ter um modelo portátil, mas o preço era proibitivo. Meu primeiro note foi um Compaq EVO n1020v, que custou, no início de 2003, "módicos" R$ 4,5 mil — valor correspondente a 22 salários-mínimos de então.

Os notebooks (ou laptops, como queiram) perderam parte de seu encanto com a popularização dos ultraportáteis — smartphones tablets —, ainda que algumas aplicações (de games radicais a softwares de edição de imagens) exijam mais processamento, memória e outros recursos que os diligentes telefoninhos ainda não são capazes de oferecer. Isso sem mencionar que é complicado digitar textos longos nos tecladinhos virtuais exibidos em touchscreens de 4 ou 5 polegadas.

Seja como for, há mais celulares ativos, no Brasil, do que habitantes. No primeiro trimestre deste ano, eram 240 milhões. Não surpreende, portanto, que o smartphone seja o dispositivo mais utilizado em compras online — 87%, chegando a alcançar 93% nas faixas etárias entre 18 e 34 anos.

Essa popularidade se deve em grande medida ao barateamento dos "planos de dados" disponibilizados pelas operadoras. Em muitos casos, o uso de alguns aplicativos  ― entre os quais o onipresente WhatsApp ― e o acesso às indefectíveis redes sociais são liberados, ou seja, não consomem dados do plano. 

Ainda assim, a experiência de navegação costuma ser melhor via rede Wi-Fi, não só porque a velocidade e a estabilidade são superiores às das redes 3G/4G, mas também porque o usuário pode assistir a filmes, atualizar aplicativos e fazer downloads e uploads mais "pesados" sem se preocupar com a franquia de dados.  

Caso o roteador e o computador (portátil ou ultraportátil) suportarem o padrão Wi-Fi de 5 GHz (não confundir com a ainda incipiente rede 5G), utilizá-lo resulta numa conexão melhor e mais rápida. 

Em tese, bastaria selecionar o nome do roteador/rede, inserir a senha e um abraço, mas na prática a teoria costuma ser outra, como veremos no post de amanhã.