domingo, 24 de junho de 2018

BARROSO DIZ QUE PROIBIÇÃO DA CONDUÇÃO COERCITIVA FOI “ESFORÇO PARA DESAUTORIZAR JUÍZES CORAJOSOS”



De acordo com o ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, o fim da condução coercitiva foi um esforço em alguma medida para atingir e desautorizar, simbolicamente, juízes corajosos e pode levar a medidas mais “drásticas”.

A condução coercitiva — situação em que o investigado ou réu é levado compulsoriamente para depor num interrogatório — foi largamente utilizada pela Lava-Jato para evitar que os depoentes combinassem versões com outros envolvidos no processo, ocultassem ou destruíssem provas. Isso até que, dezembro passado, no entanto, ela foi suspensa por decisão liminar do ministro Gilmar Mendes (sempre ele), o que levou os procuradores e investigadores da Lava-Jato a buscar alternativas, como a prisão cautelar ou temporária.

Na semana passada, por 6 votos a 5, o pleno do STF avalizou a liminar de Mendes e proibiu a condução coercitiva (vencidos os votos dos ministros Barroso, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux e Cármen Lúcia).

Barroso disse acreditar que, do ponto de vista da efetividade processual, a decisão não faz grande diferença, mas pode produzir um efeito inverso ao pretendido. Em suas próprias palavras, “A condução coercitiva é uma alternativa menos gravosa que a prisão temporária, a prisão cautelar. De modo que, ao proibir a condução coercitiva, incentiva-se a adoção de uma medida mais drástica...”.

Disse o ministro que o Brasil está vivendo uma tormenta na transição do velho para o novo, e que o Supremo desempenha um papel criminal muito amplo, que não deveria ter — porque isso joga a Corte na fogueira das paixões desordenadas da política e é devastados, na medida em que politiza o STF e cria tensão para o tribunal. “Há no STF uma divisão entre os que querem uma nova ordem e os que querem manter a velha ordem”, completou o magistrado, que também classificou sua recente briga com o colega Gilmar Mendes como um acidente de estrada: “Não é de natureza pessoal, são visões diferentes apenas. Corruptos seriais devem ser presos, e o colega tem visão diferente — em relação aos ricos.

Na rusga de março passado, Barroso perdeu a paciência e disse a Mendes: “Me deixa de fora desse seu mau sentimento, você é uma pessoa horrível, uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia”. Desde então, os dois deixaram de se falar — aliás, eles nem sequer se cumprimentam.

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sábado, 23 de junho de 2018

TEMER E A COPA DO MUNDO


Antes do assunto do dia, uma boa notícia: 

O ministro Luiz Edson Fachin julgou prejudicado o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Lula e determinou a retirada do processo da pauta da 2ª turma (ele seria julgado terça-feira, 26). 

Em sua decisão (acesse a íntegra clicando aqui), Fachin explicou que o recurso extraordinário estava pendente de juízo de admissibilidade quando a petição foi apresentada, mas agora ele foi inadmitido pela vice-presidência do TRF da 4.ª região, o que altera o quadro processual. 

Caberá à defesa apresentar agravo contra a decisão que inadmitiu a subida do RE ao Supremo.

Futebol só rende votos para candidaturas individuais, como no caso do senador Romário, do deputado Bebeto e outros mais. Nenhum governo foi reconhecido como responsável por derrotas ou vitórias da seleção brasileira de futebol.

Para corroborar essa assertiva, o jornalista Merval Pereira lembra que em 2002 o Brasil foi campeão mundial, e o então candidato governista, José Serra, perdeu a eleição; que em 2014 fomos desclassificados pela Alemanha, e Dilma foi reeleita. Assim, a Copa na Rússia não deverá mudar os índices de aprovação do governo Temer, pois ninguém irá associar o presidente nem com a derrota nem com a vitória do time brasileiro, a despeito de sua excelência tentar se capitalizar gravando um pronunciamento totalmente inócuo, na televisão, sobre o campeonato mundial.

No caso de Putin, todavia a história é um pouco diferente. Os russos sonham em voltar a ser protagonistas no cenário mundial, e nem é preciso que a seleção vá muito longe — se passar da fase de grupos, já estará de bom tamanho. Para uma autocracia que não passa de um simulacro de democracia representativa, Putin ter  sido aplaudido em grande estilo no jogo de abertura da Copa foi uma vitória relevante, pois demonstra que sua política de dar dimensão global a eventos que a Rússia protagoniza, pelo menos como organização, reflete positivamente na sua popularidade.

Para quem não se lembra, Dilma foi sonoramente vaiada na abertura da Copa passada, sediada pelo Brasil por obra e graça do molusco abjeto e sua quadrilha. Pesa a favor do Brasil, porém, o fato de sermos uma nação democrática, onde ninguém pensou em punir quem vaiou a presidente — como na Rússia de hoje, onde vaiar Putin — e até falar mal da seleção — pode resultar em multa pecuniária e outras sanções. Mas ninguém foi obrigado a aplaudir o presidente russo ou agitar orgulhosamente a bandeira do país, até porque a autocracia de Putin não chega ao extremo da ditadura da Coréia do Norte, que obriga os cidadãos a chorar em público a morte do ditador da vez — como aconteceu quando morreu o pai do “homem do foguete”.

Até Gianni Infantino teve seus quinze minutos de glória. Ao contrário de seu antecessor, Joseph Blatter, que foi vaiado ao reprovar a atitude da torcida verde-amarela em relação a Dilma, o atual presidente da FIFA foi aplaudido ao proferir meia dúzia de palavras em russo — uma coincidência: tanto Dilma quanto Blatter perderam seus cargos após a Copa de 2014.

Causa espécie o fato de os resultados do futebol no Brasil servirem para eleger jogadores como (os já citados) Romário e Bebeto, mas não ajudarem o presidente da vez. Durante a ditadura militar, alguns dos presidentes da vez tentaram tirar proveito da seleção — Médici, que gostava de futebol, intercedeu para que Dario fosse convocado e Saldanha deixasse de ser o técnico do escrete vitorioso em 1970, e Geisel, que não gostava, tentou convencer Pelé a voltar à seleção em 1974. 

Na redemocratização, as vitórias e derrotas da seleção jamais influíram nos resultados eleitorais. Em 1994, o Plano Real teve mais a ver com a eleição de Fernando Henrique do que a conquista da Copa nos Estados Unidos. Em 1998, mesmo com a derrota da seleção canarinho, o Real voltou a impulsionar a reeleição de FHC. Em 2002, o time de Felipão trouxe o pentacampeonato, com direito a cambalhota de Vampeta na rampa do Palácio do Planalto e o beijo do presidente tucano na taça. Mesmo assim, o então candidato governista a presidente, José Serra, perdeu a eleição para Lula.

Nem mesmo a derrota em casa em 2014 — pelo humilhante placar de 7 a 1 nas oitavas de final — impediu que Dilma fosse reeleita. Aliás, Lula se reelegeu em 2006 e fez Dilma sua sucessora, em 2010, a despeito das derrotas da seleção brasileira.

O banco de investimentos Goldman Sachs — que, em todas as copas, realiza uma pesquisa global sobre as chances de cada seleção — aponta o Brasil como franco favorito por ter jogadores talentosos, um bom balanço entre perdas e ganhos e o melhor índice Elo (medição utilizada em vários esportes para calcular a força relativa entre os jogadores). A GS prevê que a final será disputada entre o Brasil e a Alemanha, mas admite que a graça do futebol está justamente na imprevisibilidade, nos elementos aleatórios que não podem ser colocados dentro de um programa de computação.

Como se vê, até mesmo os algoritmos sabem que o Brasil é franco favorito, mas também que não há elementos randômicos capazes de fazer com que Temer recupere sua popularidade.

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sexta-feira, 22 de junho de 2018

UM PAÍS DESGOVERNADO


Não é de hoje que o Estado brasileiro atua exclusivamente para satisfazer ânsias de riqueza de seus mandatários e funcionários, a ponto de o verbo servir perder o sentido ativo e preservar apenas o significado passivo para a casta privilegiada e a burocracia que se presta a trabalhar só para ela.

Notícias recentes trazem a público indícios claros de que os Poderes da República, na ânsia de proteger seus privilégios corporativos, tomam o mando — que em teoria é do povo — para exercê-lo em função de uma classe social que se reproduz por via hereditária, como no ancien régime, por nomeação do chefe do Estado, por concurso público ou até pelo voto.

Essa ruptura do mais pétreo dos preceitos constitucionais — aquele segundo o qual todo o poder emana do povo e em seu nome ser exercido — teve seu apanágio retórico no julgamento do habeas corpus impetrado por um condenado por crime comum. Nele, o advogado de defesa e político profissional Roberto Battochio elegeu como símbolo da justiça que pedia para seu representado, o ex-operário Lula, o discurso do nobre advogado do monarca Luís XVI, Guillaume-Chrétien de Lamoignon de Malesherbes (atenção para a duplicação da nobiliárquica preposição de) contra o “punitivismo” jacobino na Revolução Francesa.

Agora é muito provável que estejamos em pleno paroxismo dessa lenta e inexorável tomada de poder numa democracia que se perde pela aristocracia de estamento nesta República (de res publica, no latim, coisa pública) assaltada pelos interesses privados de uma classe cínica e insaciável, que não tem espírito cívico nem dá a mínima para a moral e os bons costumes.

O presidente mais impopular da História, Michel Temer, protagonizou recentemente um dos episódios mais representativos, mas não o único, nesse sentido. Para resolver o impasse criado pela falta de rumo, autoridade e competência na gestão — o movimento organizado para defender os interesses exclusivos de caminhoneiros e empresas transportadoras —, o chefe do governo atropelou o bom senso e a lei, cedendo a tudo o que exigiam os amotinados. Com isso interrompeu a política de preços adotada para recuperar as finanças da Petrobras, quase falida pelo furto de seus ativos nos desgovernos de Lula e Dilma, restabelecendo o tabelamento de seu correligionário José Sarney para o diesel e para o frete.

Com a “bolsa caminhoneiro”, como definiu o Estado em primeira página na edição de domingo 17 de junho, o chefe do Executivo adotou uma medida ilegal, pois, conforme advertiu o CADE, violou o princípio da livre concorrência, marco basilar da economia de mercado vigente no País. Ou não é mais?

O economista Edmar Bacha, em entrevista a este blog na semana passada, lembrou que Temer teve o juízo de montar “uma equipe econômica da melhor qualidade (que) opera com relativa autonomia, dentro dos estreitos limites da atual conjuntura”. Isso só “não funcionou porque o presidente perdeu todo o seu capital político com a revelação de suas tratativas pouco republicanas na calada na noite com o empresário Joesley Batista. A partir daí o governo teve de se dedicar a barrar o impeachment, incapaz de desenvolver uma agenda econômica positiva”, disse Bacha.

O episódio lembrado pelo criador do termo “Belíndia” (para definir o Brasil como parte Bélgica e parte Índia) é um dos marcos de fundação dessa aristocracia de cartéis. Estes vão do pacto entre políticos governistas e da oposição, grandes empresários, principalmente empreiteiros, e burocratas de estatais, em particular a Petrobras, e autarquias, até o compromisso ilegal do presidente para interromper a recente pane seca e o consequente desabastecimento de derivados de petróleo e gêneros alimentícios.

Um dos lemas dessa situação surreal em que o quinteto Temer, Padilha, Moreira, Marun e Etchegoyen meteu o País é a frase com que o primeiro recebeu o meliante do abate Joesley Batista na garagem do Jaburu (mais adequado seria chamar o palácio de Guabiru) na calada da noite: “Tem que manter isso, viu?”

Apesar da desesperada tentativa dos asseclas palacianos de desqualificarem a gravação do palpite pra lá de infeliz, ela se perdeu por lembrar outro lema, que pode valer para essa classe de roedores do erário, da lavra do presidente do MDB temerário, Romero Jucá, ao correligionário que presidiu a BR Distribuidora (de derivados e propinas), Sérgio Machado: “Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria”.

A sangria ainda não foi estancada, apesar do esforço que tem sido feito pelos chefões políticos. Mas as eleições gerais de outubro não são nada promissoras em relação à atuação do combate à corrupção na polícia e na Justiça. Nenhum presidenciável deu até agora sinal de que esteja fora desse pacto. Um deles, Geraldo Alckmin, cujo PSDB foi derrotado por Dilma e Temer em 2014 e hoje é parceiro do governo, teve o descaramento de dizer que este “padece de uma questão de legitimidade”, como se o chanceler Aloysio Nunes Ferreira não fosse tucano.

As duas frases sobre as quais se sustenta a oligarquia dos cartéis nos levam, destarte, a introduzir nessa constatação da total deturpação do Estado de Direito em estágio de defeito o Poder Legislativo. Jucá, pernambucano de Roraima, onde faz praça e troça, é um bom exemplo da transformação do governo do povo em desgoverno dos polvos. Desde que o “caranguejo” Eduardo Cunha se assenhoreou do comando da produção de leis, o Congresso passou a servir apenas a “manter o que está aí” e, para isso, a procurar fórmulas legais para “estancar essa sangria”, aplicando um garrote vil contra a ação moralizadora de agentes, procuradores e juízes federais de primeira instância.
  
Essa tarefa mesquinha e traiçoeira contra o povo que deputados e senadores fingem representar começou a ser cumprida com a “lei da bengala” que mantém os compadritos (apud Jorge Luís Borges) nos tribunais superiores de Contas, Justiça e Supremo. Com a vigilância sobre propinas e caixa 2 na contabilidade das campanhas eleitorais, para garantir suas vagas e as de parentes e cupinchas, os legisladores criaram o Fundo Eleitoral, que, segundo a Folha de S. Paulo, usando dados do TSE, representa 86,5% das receitas de seus partidos.

Duas notícias, publicadas lado a lado na primeira página do Estado de segunda-feira 18, complementam a anterior. Uma dá conta de que a eleição para o Senado este ano terá número recorde de candidatos – 70% – em busca de reeleição. Em entrevista a Fausto Macedo e Ricardo Galhardo, o ex-diretor da Polícia Federal Leandro Daiello informou que “há material para mais cinco anos de operações”.

A reeleição de qualquer político que possa estar nesse “material” é uma ameaça à continuidade do combate à corrupção, sem o qual não há como o Brasil deixar de ser este trem descarrilado, cujo farol é a luz que se poderá ver saindo do túnel das urnas. O pior de tudo é que a esperança que a sociedade passou a ter na ação das operações a que Daiello se referiu está nas mãos de quem mais as põe em risco. Os seguidores de Malesherbes, representados pelo quinteto Gilmar, Lewandowski, Toffoli e a dupla Mello, continuam a atuar como garantes não da igualdade dos cidadãos perante a lei, assegurada pela Constituição vigente, mas dos caprichos e “dodóis” dos clientes abonados das bancas que abrigam mulher, genro, amigos e antigos parceiros de convescotes e salamaleques.

Vitimados pelo desemprego, pela violência e por saúde e educação de péssima qualidade, os pobres, que nem sonham poder um dia exigir seus direitos no fechadíssimo clube da impunidade dos que são mais iguais perante a lei, pagam a conta do desgoverno do Executivo, da safadeza do Legislativo e do cômodo uso da definição de Corte para seu colegiado com os mesmos frufrus e minuetos das monarquias absolutistas. A proibição da condução coercitiva de delinquentes de colarinho-branco e a tentativa de garantir a honra de políticos desonrados proibindo fake news são exemplos recentes, mas não os únicos, de como os ministros de tribunais superiores participam, sem pudor, do golpe dos “aristo-ratos” que se locupletam como dantes nos cartéis de Abrantes.

Publicado no Blog do Nêumanne

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NÃO FAÇA DO SEU COMPUTADOR UMA CARROÇA ― 3ª PARTE


O SILÊNCIO É UM AMIGO QUE NUNCA TRAI.

Vistas e compreendidas as informações elencadas nas duas primeiras partes desta sequência, veremos agora como ganhar espaço no HDD eliminando aplicativos desnecessários e removendo resíduos que ficam perdidos pelo disco (como arquivos temporários, resquícios de programas que não são eliminados durante o processo de desinstalação, e assim por diante). Claro que é bem mais fácil recorrer a uma suíte de manutenção (como o CCleaner ou o Advanced System Care, já abordados nos capítulos anteriores), mas também é possível fazer esse trabalho com as ferramentas nativas do sistema.

Primeiramente, identifique os apps que você não usa. Feito isso, digite “remover” na caixa de buscas da Barra de Tarefas ou da Cortana e abra o aplicativoAdicionar ou remover programas”, que fica nas configurações do sistema. Na lista que será exibida sob o título Aplicativos e Recursos, dê um clique sobre o programinha que você quer remover e clique no botão Desinstalar. Repita essa operação com os demais programas dispensáveis e, ao final, reinicie o computador.

Observação: O desinstalador nativo do Windows não é tão eficaz quanto o excelente IObit Uninstaller, disponível no Advanced System Care, mas que você pode baixar isoladamente do site do fabricante (a versão gratuita atende perfeitamente as necessidades da maioria dos usuários). Além de executar o desinstalador do próprio aplicativo (coisa que o utilitário nativo também faz), ele varre o computador em busca de sobras indesejáveis, exibe a lista do que pode ser removido e se propõe a realizar a tarefa mediante um simples clique do mouse (coisa que a ferramenta do Windows não faz). Além disso, o IObit Uninstaller pode ser configurado para criar automaticamente um ponto de restauração antes de remover o aplicativo, facilitando a reversão ao status quo ante no caso de a desinstalação ser malsucedida (não é comum isso acontecer, mas o fato é que pode acontecer).

Removidos os programinhas desnecessários e reiniciado o computador, o passo seguinte é fazer uma faxina em regra no HDD ― tarefa essa que também pode ser executada de maneira mais rápida, fácil e eficiente com uma suíte de manutenção, mas, para efeito deste exemplo, veremos como proceder usando o utilitário nativo do Windows.

Abra o Explorador de Arquivos, clique no link Este Computador (na coluna à esquerda da janela), dê um clique direito sobre o ícone que representa a partição do sistema (*) e clique em Propriedades. Na telinha que se abrirá em seguida, pressione o botão Limpeza de Disco, aguarde o cálculo do espaço que poderá ser recuperado e confirme em OK. Ao final, pressione novamente o botão, clique em Limpar arquivos do sistema, marque as opções desejadas (ou todas elas), confirme e aguarde a conclusão do processo.

(*) Partição de sistema e partição de inicialização são nomes atribuídos às unidades (ou volumes) que o Windows usa ao ser iniciado. Esses termos podem ser confusos, pois a partição do sistema contém os arquivos usados para inicializar o Windows, enquanto que a partição de inicialização contém os arquivos do sistema. No entanto, como o uso consagra a regra, partição do sistema, para os efeitos desta sequência de postagens, é aquela que contém o Windows (geralmente a unidade C:).

Se seu computador estiver estável, clique em Limpar arquivos do sistema e comande a exclusão dos pontos de restauração do sistema (por segurança, o ponto mais recente é preservado por padrão). Note que também nesse caso é melhor utilizar o CCleaner, que permite selecionar individualmente os pontos a serem excluídos.

Os passos seguintes são varrer o disco em busca de erros (e corrigi-los, se possível) e desfragmentar o HDD. Mas isso já é assunto para a próxima postagem.

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quinta-feira, 21 de junho de 2018

SOBRE A ABSOLVIÇÃO DE GLEISI E O EFEITO SUSPENSIVO DA CONDENAÇÃO DE LULA



Na última terça-feira, a 2ª Turma do STF avançou noite adentro para absolver, por unanimidade, a presidente da quadrilha vermelha, Gleisi Hoffmann, e seu marido, o ex-ministro petralha Paulo Bernardo, da acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e por 3 votos a 2, de falsidade ideológica eleitoral (crime popularmente conhecido como “caixa 2).

O processo contra o casal petralha chegou à Corte em março de 2015 e foi recebido pela segunda turma, também por unanimidade, no final de setembro de 2016. A denúncia, fundamentada nas delações premiadas do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, do doleiro Alberto Youssef e do advogado Antonio Pieruccini, foi considerada “insuficiente” para embasar uma condenação.

Narizinho é alvo de outras duas denúncias da PGR: uma envolvendo o núcleo político do PT, sob a acusação de que a sigla recebeu propina por meio da utilização da Petrobras, do BNDES e o Ministério do Planejamento, e outra que trata de uma linha de crédito entre Brasil e Angola, que teria servido de base financeira à corrupção na campanha da senadora ao governo do Paraná em 2014.

Na próxima terça-feira, véspera do jogo do Brasil contra a Sérvia, essa mesma turma julgará mais um recurso da defesa de Lula, que pede a concessão de efeito suspensivo da condenação que levou o molusco abjeto à prisão.

Há quem veja a absolvição de Gleisi como um ensaio derradeiro do elenco que prepara para o próximo dia 26 o ato mais audacioso da interminável ópera dos infames. Se os ministros acharam as caudalosas provas que afogaram no pântano do Petrolão a presidente do PT, o maridão e um comparsa, podem fazer de conta que Lula é mesmo a alma viva mais pura do planeta e, portanto, tirá-lo da cadeia.

De acordo com Augusto Nunes, a opção pela miopia malandra levou a bancada dos libertadores de delinquentes a atropelar o Código Penal e absolver a “menina” que, segundo Roberto Requião, “queria ser freira para ajudar os pobres”. Essa espécie de miopia não é uma disfunção visual, mas uma decorrência de fraturas no caráter. Se Lula for absolvido no dia 26, a 2ª Turma deixará de ser um tribunal para se transformar no departamento jurídico do grande Clube dos Cafajestes. Caso se consume essa afronta ao país que pensa e presta, os juízes de araque vão descobrir que podem muito, mas não podem tudo. Mesmo num Brasil infestado de vigaristas verbosos, ainda existem juízes de verdade. Existem também milhões de cidadãos honrados, todos decididos a apressar o sepultamento da canalhice hegemônica.

Para outros analistas, porém, dificilmente o pedido da defesa do criminoso de Garanhuns será acolhido, em que pese a absolvição de Gleisi. Até porque o assunto já se esgotou com a decisão do plenário da corte de negar habeas corpus ao paciente. Se o julgamento não se encerrar numa única sessão, a decisão ficará para agosto, devido ao recesso de meio de ano do Judiciário.

Gleisi se safou no STF, mas Lula deve continuar a cadeia. Uma coisa é desmontar as denúncias de Rodrigo Janot, outra coisa é reverter uma pena imposta por Sergio Moro e corroborada por todos os desembargadores do TRF-4 e todos os ministros do STJ.

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NÃO FAÇA DO SEU COMPUTADOR UMA CARROÇA ― 2ª PARTE

EXIGE MUITO DE TI E ESPERA POUCO DOS OUTROS. ASSIM, EVITARÁS MUITOS ABORRECIMENTOS.

Depois de enxugar os aplicativos que pegam carona na inicialização do Windows (assunto da primeira parte desta sequência), veja como desativar a indexação de busca do sistema, que faz PCs com processadores chinfrins se arrastarem feito carroças subindo ladeira.

O sistema de indexação do Windows varre aplicativos e outros elementos capazes de facilitar as buscas quando estas são convocadas pelo usuário, mas sua execução em segundo plano consome recursos que podem fazer falta quando rodamos aplicativos mais exigentes, sobretudo em máquinas com pouco poder de processamento.

Segundo a Microsoft, a indexação do conteúdo do computador ajuda a obter resultados mais rápidos nas pesquisas porque cria uma espécie de “lista digital dinâmica” de arquivos, mensagens de email, etc. Também segundo a empresa, quando executada pela primeira vez, a indexação leva horas para ser concluída, mas, a partir daí, somente os dados eventualmente modificados é que serão reindexados. O problema é que esse controle permanente de alterações requer a abertura dos arquivos recém-alterados, e isso degrada significativamente o desempenho do computador como um todo.

Para inibir esse apetite pantagruélico do indexador por processamento, vá ao Painel de Controle e localize as Opões de Indexação (para facilitar, digite “index”, sem aspas, na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas ― ou da Cortana, conforme a configuração do seu sistema ― e clique na melhor correspondência). Na janela que será exibida em seguida, clique em Modificar e, na próxima tela, desmarque todas as caixas de verificação, de maneira a deixar o sistema livre para pesquisar somente itens do menu Iniciar e dados dos usuários locais (o que exige bem menos do processador).

Note que esse ajuste não trará benefícios sensíveis em máquinas com SSD (drives de estado sólido), mas a maioria dos PCs de entrada de linha continua usando o velho disco rígido, de modo que fica a sugestão.

Outra dica para melhorar a performance de máquinas com subsistema gráfico onboard (ou seja, sem placa gráfica, processador e memória de vídeo independentes) é desabilitar efeitos visuais do Windows, tais como sombras, animações, transições de janelas e menus e outras “perfumarias”. Para fazer esse ajuste, digite “performance” (sem aspas) na caixa de pesquisa da Barra de Tarefas (ou da Cortana) e selecione a opção Ajustar a aparência e o desempenho do Windows.

Por padrão, o sistema vem configurado para “Deixar o Windows escolher a melhor opção para o computador”, mas é possível melhorar a performance global da máquina habilitando a opção Ajustar para obter um melhor desempenho. Feito isso, clique em Aplicar e confirme em OK ― é possível que você nem chegue a notar grandes diferenças na aparência geral do sistema, a menos que seja muito detalhista.

Observação: Você pode personalizar a seu gosto as diversas opções disponíveis, bastando marcar ou desmarcar as respectivas caixinhas de verificação. A reversão é simples, de modo que não custa nada tentar. Lembre-se apenas de clicar em Aplicar e em OK para validar as modificações, ou nem a aparência nem o desempenho do sistema será alterado.

Continuamos na próxima postagem.

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quarta-feira, 20 de junho de 2018

STF DEVE DEBATER EM AGOSTO A DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO



A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou no último dia 14, por 129 votos a favor, 125 contra e uma abstenção, o projeto de lei que descriminaliza o aborto. No Brasil, o tema será debatido nos dias 3 e 6 de agosto, em audiência pública convocada pela ministra Rosa Weber, do STF, a quem coube relatar a ação protocolada no ano passado pelo PSOL, questionando a constitucionalidade de artigos do Código Penal que preveem pena de prisão para mulheres que cometem aborto nos casos não autorizados por lei (atualmente, o aborto só é permitido em caso de estupro, de fetos anencefálicos, ou quando a gravidez oferece risco à vida da gestante).

Em 2016, por maioria de votos, a 1ª Turma do Supremo decidiu descriminalizar o aborto no primeiro trimestre da gravidez. Seguindo voto do ministro Luís Roberto Barroso, o colegiado entendeu que são inconstitucionais os artigos do Código Penal que criminalizam o aborto, mas a decisão valeu para um caso específico.

Paralelamente, uma Proposta de Emenda Constitucional em tramitação no Congresso desde 2015 visa proibir todas as formas de aborto no país, aí incluídos os casos considerados legais. Originalmente, essa PEC tratava da ampliação da licença-maternidade para mães com bebês prematuros, mas o relator resolveu incluir no texto que “os direitos constitucionais da dignidade da pessoa humana, da inviolabilidade da vida e igualdade de todos perante a lei devem ser considerados desde a concepção”— o que é visto pela oposição como uma manobra das bancadas evangélicas para reforçar a proibição do aborto no país.

Muitos defendem a proibição do aborto com base no argumento de que o embrião se torna um “ser vivo” assim que o óvulo é fecundado por um espermatozoide, mas essa interpretação nunca foi confirmada cientificamente. O entendimento mais bem aceito é de que o início da atividade elétrica do córtex central do embrião, que define o princípio da consciência mental, ocorre somente após a 20ª semana de gestação. Dessa forma, os abortos levados a efeito até a 12ª semana apenas interromperiam o crescimento de um ser inanimado.

É inadmissível, a meu ver, impor a toda a sociedade a posição dogmática de grupos religiosos, lastreados em conceitos filosóficos e/ou morais eminentemente abstratos. Demais disso, cumpre salientar que um aborto nunca é uma decisão aprazível, mas quase sempre o único caminho que se descortina para uma mulher em situação de vulnerabilidade extrema. Ao ignorarmos tal realidade, estaremos tolhendo o direito inegociável de qualquer ser humano, sobretudo das mulheres, de governar a própria vida.

Segundo a OMS, mais de 50 milhões de abortos são realizados por ano no mundo, e metade deles é executada de forma precária e insegura, notadamente em países que mantêm leis restritivas ao procedimento. No Brasil, a estimativa é de que 1,1 milhão de abortos clandestinos seja feitos anualmente, e que cerca de 11 mil mulheres morrem em decorrência de complicações no procedimento, sem mencionar que muitas mais ficam indelevelmente marcadas por sequelas psicológicas, esterilidade, lesões genitais incapacitantes ou infecções crônicas.

Leis restritivas só aumentam o número de procedimentos clandestinos e inseguros. Prova disso é que, de acordo com a ONU, em 52 países com leis liberais (quase sempre os mais desenvolvidos) o número de abortos e de mortes associadas ao procedimento é 90% menor do que em 82 nações (geralmente as mais pobres e subdesenvolvidas) que proíbem a intervenção. Nem é preciso dizer em qual categoria se enquadra a nossa Banânia. A pergunta é: o que esperar do futuro de uma gestação indesejada levada a cabo num país disfuncional como o nosso, senão uma legião indecente de crianças rejeitadas, condenadas a viver em ambientes carentes e hostis?      

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NÃO FAÇA DO SEU COMPUTADOR UMA CARROÇA


TRANSPORTAI UM PUNHADO DE TERRA TODOS OS DIAS E FAREIS UMA MONTANHA.

Quem usava computadores nos anos 1990 deve estar lembrado do sucesso retumbante do Win 3.11 (que na verdade era uma atualização da versão 3.1), lançado em 1993. Naquela época, o Windows ainda era uma interface gráfica que rodava no MS-Dos ― ele só passou a ser o sistema operacional propriamente dito dois anos mais tarde, com o lançamento do festejado Win95. Assim, que aparecia na tela quando ligávamos o computador era o prompt do DOS; para carregar o Windows, era preciso digitar win na linha de comando e pressionar a tecla Enter.

Ao contrário do que muitos podem imaginar, o Win 3.11, embora fosse bastante limitado (em comparação com as versões posteriores), era um programa “ágil”. Mesmo com as configurações de hardware modestas daquela época ― processadores operando na casa das centenas de megabytes, assessorados por uma quantidade ridícula de memória RAM (tipo 4 MB) e HDs de capacidades inferiores à de um CD ―, as tarefas eram executadas rapidamente. O que não chega a espantar, considerando que os arquivos de instalação do DOS mais os do Windows cabiam numa dúzia de disquetes (cada disquinho comportava 1.44 MB de dados).

Observação: A título de comparação, o Windows 3.x era composto por algumas centenas de milhares de linhas de código, contra 40 milhões do Windows 7 e mais de 2 bilhões do Google. 

Fato é que o Windows evoluiu significativamente ao longo do tempo e das diversas edições lançadas desde então. E a despeito de a finalidade precípua de um sistema operacional ser funcionar como ponte entre o hardware e o software e dar suporte aos aplicativos, a Microsoft recheou o seu com componentes destinados as mais diversas tarefas (de processadores de texto e calculador a jogos e ferramentas de manutenção). Se somarmos a isso o bloatware adicionado pelos fabricantes de PCs e a penca de aplicativos que os próprios usuários instalam a posteriori, fica fácil entender porque continuamos reclamando da lentidão do computador.   

Esses “extras”, somados a configurações que privilegiam a aparência e outras perfumarias ― em detrimento do desempenho ―, são os maiores responsáveis pela lentidão do aparelho. Isso sem mencionar os milhares de itens desnecessários (arquivos temporários, vestígios de aplicativos desinstalados, pastas vazias, etc.) vão se acumulando no HD com o passar do tempo e o uso normal da máquina, as indefectíveis entradas inválidas no Registro (a espinha dorsal do Windows) e a inevitável fragmentação dos dados. Por essas e outras, para resgatar o desempenho original do computador, somos obrigados, de tempos em tempos, a formatar a unidade do sistema e reinstalar o Windows “do zero”.

Uma reinstalação resgata o “viço” do sistema (e melhora significativamente a experiência de uso do computador como um todo), mas dá trabalho, toma tempo e demanda reconfigurações e reinstalações (de atualizações, aplicativos, etc.) aborrecidas. Isso sem falar que sempre acabamos perdendo alguma coisa, por mais que mantenhamos backups atualizados de nossos arquivos pessoais.

Infelizmente, não é possível evitar a reinstalação do sistema, mas podemos ao menos adiá-la por anos a fio, desde que realizemos procedimentos de manutenção preventiva (assunto abordado em dúzias de postagens aqui no Blog) e tomemos algumas providências simples, como as que serão sugeridas e comentadas a seguir. Acompanhe.

Inibir a inicialização automática de aplicativos que pegam carona com o Windows:

Todo aplicativo ocupa espaço na memória de massa do computador (HD ou SSD) e, quando em execução, também na memória física (RAM). O ideal é manter em execução somente aquilo o que é estritamente necessário, evitando o desperdício de recursos (notadamente memória e ciclos de processamento da CPU). Via de regra, o antivírus é o maior responsável pelo consumo de recursos, mas não devemos desabilitá-los (por razões óbvias). No entanto, programinhas que usamos apenas eventualmente podem ter a inicialização inibida sem problema algum ― a não ser, talvez, uma demora um pouco maior para abrir, quando precisarmos deles.

Boas suítes de manutenção (como o Advanced System Care e o CCleaner, por exemplo) facilitam o gerenciamento da inicialização, mas nada impede que você o faça usando os recursos nativos do Windows. Para tanto, dê um clique direito num espaço vazio da Barra de Tarefas e clique em Gerenciador de tarefas. Na tela do gerenciador, clique na guia INICIALIZAR (oriente-se pela figura que ilustra esta postagem) e, na lista dos aplicativos, desative aqueles que você acha dispensáveis (basta dar um clique direito sobre o item supérfluo e, no menu suspenso, clicar em Desabilitar). 

Só tome cuidado para não desativar programas necessários, como o antivírus ou o aplicativo de firewall, por exemplo, bem como drivers e outros componentes essenciais (que não aparecem nessa lista, e sim na que é exibida quando clicamos nas abas Processos e Serviços, mas isso já é outra conversa).

Continuamos na próxima postagem.

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terça-feira, 19 de junho de 2018

PT PROCURA CANDIDATO À PRESIDÊNCIA



Setores influentes do PT têm defendido em conversas internas que o partido aproveite o período de relativa tranquilidade política, durante a Copa do Mundo, para sondar cenários no caso de Lula ser impedido de disputar as eleições. O objetivo seria apenas preparar o partido para a hipótese (?!) de o criminoso condenado ser barrado, e não representaria algum tipo de questionamento à estratégia petista de manter sua candidatura até o fim. O argumento é saber qual é o perfil preferido pelos eleitores, testar nomes e a capacidade de transferência de votos do líder encarcerado.

Gleisi Hoffmann — que será julgada nesta semana por corrupção e lavagem de dinheiro — vem tentando melar o debate, mas conversas sobre estratégias sem Lula têm sido inevitáveis. Na semana passada, o tema veio à tona em reunião de uma espécie de conselho político informal criado por “narizinho” e integrado por membros da Executiva do PT e ex-ministros, como Franklin Martins, Fernando Haddad, Aloizio Mercadante e Paulo Vannuchi, e petistas históricos como Rui Falcão e José Genoino. Em conversas reservadas, vários deles admitem que a candidatura de Lula é um ativo político precioso, mas inviável do ponto de vista legal e, portanto, o PT precisa sondar cenários e, no devido tempo, iniciar o processo de substituição.

Também na semana passada, Lula deixou claro que deseja um vice de fora do PT, barrando o movimento de governadores petistas que defendiam um nome partido, que, confirmado o impedimento do chefe, assumiria a cabeça de chapa. No entanto, o plano esbarra nos nomes disponíveis. Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar, é o nome dos sonhos, mas está filiado ao PR, com aval do ex-presidente. Setores do PR apoiam a candidatura de Jair Bolsonaro, e o senador Magno Malta chegou a ser sondado para vice.

Isso está parecendo o PCC, onde os líderes comandam, de dentro dos presídios, ações criminosas dos membros da quadrilha que estão em liberdade. Só no Brasil, mesmo.

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WINDOWS 10 — INICIALIZAÇÃO EMPACADA


NÃO SE PODE MUDAR O VENTO, MAS PODE-SE AJUSTAR AS VELAS DO BARCO PARA CHEGAR ONDE SE QUER IR.

Já vimos que o Windows, diante de algum problema que o impeça de reiniciar, procura corrigir o erro, carregar a última configuração válida ou, em determinados casos, abrir a tela das opções de inicialização avançadas, que permite ao usuário restaurar o PC a um ponto anterior ou reinstalar o sistema (preservando ou não os arquivos pessoais).

Em teoria, isso é muito bonito, mas, na prática, a teoria pode ser outra, de modo que é bom saber que há dois caminhos a seguir se você tomar um chá de ampulheta e seu PC não exibir nem mesmo a tela de boas-vindas.

O primeiro é forçar o desligamento do aparelho (basta manter o botão de energia pressionado por cerca de 5 segundos) e tornar a ligá-lo em seguida. Se o Windows não carregar, repita esse procedimento por três vezes consecutivas para acessar a tela das opções de inicialização avançadas.

Se nem isso funcionar, reinicie o PC mantendo a tecla <Shift> pressionada. Em tese, isso fará com que a janela de solução de problemas seja exibida. Se der certo, clique em Solução de Problemas > Opções avançadas > Configurações de inicialização > Reiniciar e selecione a opção Modo seguro com rede.

Observação: Se você religar o aparelho mantendo a tecla <Shift> pressionada e a tela em questão não for exibida, repita o procedimento tentando <Shift+F2> ou <Shift+F11>, já que isso pode variar conforme o fabricante do computador. Não custa procurar essa informação no manual do aparelho; com um pouco de sorte, você a encontrará por lá.

A partir da tela de solução de problemas, você pode tentar executar a restauração do sistema ou outra medida que eventualmente faça o aparelho voltar a funcionar. Se não resolver, repita o procedimento para reiniciar no modo seguro, acesse o prompt de comando e execute o chkdsk (na tela de prompt, digite CHKDSK /F /R e pressione Enter). Concluída a verificação e corrigidos eventuais erros, reinicie a máquina e veja o que acontece. 

Se necessário, repita os passos sugeridos linhas atrás. Em último caso, tente usar uma unidade de resgate para reinstalar o Windows, conforme a gente viu nas postagens anteriores.

Boa sorte. 

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segunda-feira, 18 de junho de 2018

A AVERSÃO À POLÍTICA E AOS POLÍTICOS



A DEMOCRACIA É O PIOR DOS REGIMES POLÍTICOS, MAS NÃO HÁ NENHUM SISTEMA MELHOR DO QUE ELA — SIR WINSTON CHURCHILL.

Nunca fui fã do esporte bretão. Mal sei diferenciar um escanteio de um lateral, mas, parafraseando o ex-ministro Magri (da nada saudosa administração Collor), posso não saber fazer uma sopa, mas sei dizer quando ela está salgada.

A estreia do Brasil na Copa de 2018 não foi sopa, mas, convenhamos que, pelo desempenho de ambas as seleções, o empate em 1 a 1 ficou de bom tamanho. Como diz o Galvão durante as partidas, sempre que a performance da seleção brasileira deixa a desejar —, “ainda tem muito jogo pela frente”.

O empate na partida de abertura nem se compara com a vexatória derrota por 7 a 1 que desclassificou o Brasil, quatro anos atrás — que foi mais dramático porque sediamos aquela Copa (para gáudio dos muitos que enriqueceram com as faraônicas construções e reformas de estádios e dissabor da plebe ignara, a quem compete paga a conta).

Em 15 de junho de 1958, no Estádio Nya Ullevi, na Suécia, pela primeira vez Pelé e Garrincha entraram em campo com a camisa da seleção brasileira. A dupla faria 40 jogos pelo Brasil, que renderam 36 vitórias e 4 empates. Nossa seleção disputava, então sua terceira partida — depois de bater a Áustria por 3 a zero e empatar com a Inglaterra por zero a zero —, e venceu o escrete da Rússia por 2 a zero. Exatos 60 anos depois, na Rússia, começamos com um empate e um placar medíocre, mas é que se teve para ontem; há momentos em que só nos resta comer o que está no prato.

O desânimo em relação a esta Copa é inédito no “país do futebol” — menos por conta da derrota na anterior e mais pela a situação que o Brasil atravessa, com um presidente inepto, prestes a ser denunciado criminalmente pela terceira vez e cercado de assessores que se servem do poder para servir a si e aos seus. Com 13 milhões de desempregados que dependem do reaquecimento da economia para voltar ao mercado de trabalho, a quatro meses de um pleito presidencial onde um criminoso condenado e encarcerado (cuja candidatura é uma falácia) e um extremista de direta estatista, arrogante, e admirador confesso de carrascos da ditadura disputam o primeiro lugar na preferência deste “esclarecidíssmo” eleitorado, não espanta que quase não se vejam bandeiras e faixas nas janelas e adereços verde-amarelos nos carros, muros, calçadas e ruas.

Ontem, uma hora antes do início da partida, havia um corneteiro chato enchendo o saco — mas ele deve ter enfiado a corneta no saco, pois o final do jogo se deu num silêncio sepulcral, sem apitos, cornetas, buzinaços ou fogos de artifício. Durma-se com um barulho desses! 

******* 

A derrocada da política e a aversão aos políticos são fenômenos fenômeno mundiais, mas a coisa parece mais grave no Brasil porque nos atinge diretamente. Um bom exemplo é a Assembleia Legislativa de São Paulo, que, em plena crise fiscal, aprovou por 67 votos a 4 o aumento do teto do funcionalismo público estadual de R$ 22 mil para R$ 30 mil — o que produzirá um aumento de R$ 1 bilhão nas contas públicas, nos próximos 4 anos. Isso sem mencionar que nossos governantes e congressistas, em sua esmagadora maioria, vêm fazendo das tripas coração para sobreviver ao furacão investigativo.

Claro que gente como Gilmar Mendes tem dado uma forcinha. Aliás, se houvesse um mínimo de decência nesta Banânia, providências já teriam sido tomadas para afastar esse sujeito de suas funções, uma vez que os processos de impeachment protocolados no Senado foram todos ignorados solenemente — por outro lado, com Eunício Oliveira presidindo nossa Câmara Alta, seria de se esperar o quê?

Observação: Gilmar Mendes presidia o TSE em 2017, por ocasião do julgamento da chapa Dilma-Temer, e fez de bobos os ministros Herman Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber, que pareciam acreditar que o julgamento era para valer, e não um burlesco jogo de cartas marcadas. Curiosamente, o ministro-deus foi o grande responsável por ressuscitar a ação de cassação, que havia sido arquivada em 2015 por decisão monocrática da então ministra-relatora Maria Thereza de Assis, quando Dilma ainda era inquilina do Palácio do Planalto. Só que Michel Temer é amigo pessoal de Mendes, e talvez por isso sua insolência tenha mudado diametralmente de opinião — a pretexto de manter a “estabilidade”, a “governabilidade”, como fez questão de frisar em seu voto, que “mandou às favas” o tal “julgamento judicial e jurídico” que havia prometido presidir.

Como eu já comentei em outras oportunidades, o atual governo naufragou quando se tornou público o conteúdo da conversa mantida entre o presidente e Joesley Batista nos porões do Jaburu. Temer, que vinha conseguindo aprovar reformas importantes, se viu obrigado a torrar seu cacife político na compra de votos para se escudar das “flechadas” de Rodrigo Janot. Agora, mesmo sob a batuta de Raquel Dodge — que foi escolhida pelo próprio Temer para suceder a Janot —, sua insolência deve ser alvo de mais uma denúncia, mas não antes das eleições, ainda que a PGR já disponha de elementos suficientes para disparar a terceira flecha. O que de certo modo é bom, pois a situação caótica que o país atravessa se agravaria ainda mais com uma nova denúncia. Além disso, restam a Temer pouco mais de seis meses de mandato — tempo insuficiente para a tramitação e votação da denúncia e, no caso de ela ser aprovada, o consequente afastamento do presidente.     

As incertezas quanto à sucessão presidencial vêm produzindo efeitos nefastos na nossa já combalida economia. As intenções originais de votos em Lula, nos níveis do fim do século passado, sobreviveram — pelo menos é o que indicam as pesquisas —, mas, quando transplantadas para nomes do seu partido, o número de eleitores aparentemente dispostos a ressuscitar o lulopetismo cai vertiginosamente. Um desejável nome “de centro” insiste em não aparecer, e a perspectiva de um segundo turno disputado por Bolsonaro, Ciro ou Marina não anima em nada os investidores (daí as sucessivas quedas do índice Bovespa, mesmo com o Banco Central investindo pesado para conter a alta do dólar). Nas últimas semanas, Michel Temer enfraqueceu nossa combalida democracia ao usá-la para descrever a essência de sua reação à greve dos caminhoneiros, titubeante e inepta. Em grande medida, isso explica a polarização do eleitorado em torno de duas personalidades fortes, o que, por seu turno, explica a volatilidade do mercado. Mas as pesquisas de intenção de voto são um instantâneo do cenário eleitoral no momento em que elas são realizadas — daí porque postulantes à presidência como Geraldo Alkmin e Henrique Meirelles, apenas para citar os mais notórios pré-candidatos “de centro”, apostam numa mudança do cenário a partir do início oficial das campanhas, que é acompanhado do anacrônico e enervante “horário eleitoral obrigatório” no rádio e na TV. 

O mais preocupante não é exatamente a posição dos atores, e sim a situação de fundo, que parece difícil de mudar. Mesmo assim, dá uma certa agonia pensar que, sem Lula no páreo (graças à bendita Lei da Ficha-Limpa), Bolsonaro só é superado pelos votos brancos e nulos.

Não é à toa que cerca de 70 milhões de brasileiros — notadamente de São Paulo, Rio e Paraná — deixariam o Brasil se pudessem, como revela uma matéria publicada na sessão Painel da Folha de São Paulo.

Na pesquisa, feita em todo o Brasil no mês passado, 43% da população adulta manifestou desejo de sair do país. Entre os que têm de 16 a 24 anos, a porcentagem vai a 62%. São 19 milhões de jovens que deixariam o Brasil, o equivalente a toda a população de Minas Gerais.

O êxodo não fica apenas na intenção. O número de vistos para imigrantes brasileiros nos EUA, país preferido dos que querem se mudar, foi a 3.366 em 2017, o dobro de 2008, início da crise global. Os pedidos de cidadania portuguesa aceleraram. Só no consulado de São Paulo, houve 50 mil concessões desde 2016. No mesmo período, dobrou o número de vistos para estudantes, empreendedores e aposentados que pretendem fixar residência em Portugal.

As pessoas se sentem vítimas do sistema, à parte dele. Com isso, perdem a capacidade de se sentir cidadãs, seja nos direitos, seja nos deveres. O clima é de desesperança. Levantamento feito no começo deste mês pelo Datafolha mostrou que, para 32% dos brasileiros, a economia vai piorar; 46% acreditam em alta do desemprego. Nessa perspectiva, a vontade de ir embora é uma atitude racional, de busca de uma vida melhor em um mundo no qual ficou mais fácil transitar.

Triste Brasil.

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COMO RESTAURAR O WINDOWS 10 COM UMA UNIDADE DE RECUPERAÇÃO

NÃO CORRIGIR AS PRÓPRIAS FALHAS É COMETER A PIOR 
DELAS.

Já vimos como criar uma unidade de recuperação a partir do próprio Windows e com a ferramenta de criação de mídia da Microsoft. Agora, veremos como usar esse salva-vidas, mas não sem antes relembrar que, como qualquer medida profilática, é preciso criá-lo antes que o problema se manifeste ― em outras palavras, ele é como um plano de saúde: melhor ter e não precisar usar do que precisar e não ter.

Observação: Igualmente importante é identificar esse pendrive como “disco de resgate” ou outro nome qualquer que remeta à sua finalidade, evitando, assim, que ele seja usado acidentalmente para outros fins.  

Outro detalhe que eu reputo importante: ao usar um pendrive em vez de um DVD como unidade de armazenamento externo, é mais fácil recorrer aos recursos do próprio Windows (ou seja, sem baixar o assistente de criação de mídia da Microsoft). Basta seguir os passos indicados no post do último dia 14, marcar a opção “Faça backup dos arquivos do sistema na unidade de recuperação” e seguir as instruções do assistente. Note, porém, que serão necessários 16 gigabytes de espaço livre no dispositivo, que o processo demora bem mais do que quando simplesmente criamos a unidade de resgate sem incluir o backup dos arquivos do sistema e que, embora possamos continuar usando o computador durante a cópia dos arquivos, é melhor evitar, porque a execução concomitante de outros aplicativos não só retarda o processo como também aumenta o risco de os arquivos se corromperem.

Feitas essas ressalvas, vamos ao que interessa: se e quando você for usar sua unidade de recuperação para resolver problemas com seu Windows, poderá ser necessário redefinir a sequência de boot, ou seja reconfigurar a ordem de inicialização de modo que os arquivos do sistema sejam procurados primeiro na unidade mídia removível ― ou a máquina tentará iniciar a partir do HD. Esse ajuste é feito através da tela do CMOS Setup, que a gente acessa reiniciando o computador e pressionando uma tecla específica durante a contagem da memória.

Observação: Se você não sabe qual tecla pressionar para acessar o Setup, consulte o manual do aparelho ou da placa-mãe, já que isso varia conforme o fabricante e o modelo do BIOS. Na maioria dos casos, essa tecla é  <delete>, <F2> ou <F10>, mas também pode ser , , ou mesmo uma combinação de teclas como Ctrl+Esc, Ctrl+Alt+Enter ou Ctrl+Alt+F2 (para mais detalhes sobre o BIOS e o CMOS Setup, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).

Na tela inical do Setup, procure alguma referência a “boot” (ou “início”, ou ainda “inicialização”, caso os menus estejam em português). Pode ser um separador ou uma opção embutida num menu. No pé da tela, haverá informações de como navegar pelas opções (via de regra, as setas do teclado são usadas para navegar e <Enter> para selecionar, já que o mouse não costuma funcionar no CMOS Setup).

Uma vez localizada a tela, altere a sequência de modo que a unidade de mídia removível (USB) se torne o dispositivo prioritário (1st boot device). Na própria tela você encontrará informações de quais teclas usar nessa alteração (normalmente são as setas e/ou os teclas de + e). Sugiro definir a unidade USB como prioritária e manter o HD como segunda opção, pois assim não será preciso reverter à configuração anterior mais adiante, uma vez que, sem uma unidade de resgate conectada à portinha USB, o boot será feito pelo HD. Concluída a reconfiguração, pressione para salvar e sair (ou siga a indicação na tela para obter esse mesmo resultado).

Observação: Em computadores de fabricação recente, o BIOS pode ter sido substituído por um sistema chamado UEFI, que é bem mais intuitivo, mas o procedimento é basicamente o mesmo, como também as teclas usadas para alterar e salvar as configurações. Aliás, há casos em que o uso do mouse é suportado, mas isso já é outra conversa.

Para iniciar o computador a partir da unidade de resgate, conecte o pendrive numa portinha USB, ligue a máquina e siga as instruções na tela. Entre as opções disponíveis, você poderá executar a ferramenta que tenta corrigir os erros que estejam impedindo o computador de inicializar normalmente, reverter o sistema a um ponto de restauração criado previamente, retornar à versão anterior do sistema ― o que pode ser interessante se você estiver tendo problemas após ter instalado algum update abrangente fornecido pela Microsoft ― ou mesmo reinstalar o Windows preservando (ou não) seus arquivos pessoais.

Boa sorte.

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