NAS PRÓXIMAS
ELEIÇÕES, VOTEM EM ALI-BABÁ. PELO MENOS, SÃO SÓ 40 LADRÕES.
A história do Microsoft
se confunde com a da computação pessoal, ainda que a Empresa de Redmond não
tenha sido a pioneira na criação de sistemas operacionais nem tampouco
inventado o microcomputador, o mouse, a interface gráfica e o navegador de
Internet.
Tudo começou no início dos anos 80 (por tudo, entenda-se o sucesso da
Microsoft e a fortuna pessoal do seu
fundador), quando o estrondoso sucesso dos microcomputadores da Apple levou a IBM ― que dominava o mercado de mainframes desde meados do século ―
a lançar seu Personal Computer, cuja
arquitetura aberta e a adoção do MS-DOS
se tornariam padrão de mercado. Como não dispunha de um sistema operacional
para gerenciar a geringonça, a IBM
procurou Bill Gates, supondo
(erroneamente) que ele fosse o detentor dos direitos autorais do Control
Program for Microcomputer. Contrariando sua fama de oportunista, Gates desfez o equívoco, mas aceitou o
desafio.
Como jamais tivesse desenvolvido um SO até então, a Microsoft não se arriscou a desenvolver
o programa a partir do zero. Em vez disso, comprou o QDOS de Tim Paterson por
US$50 mil, adaptou-o ao hardware do IBM-PC,
mudou o nome para MS-DOS e com ele
ele dominou o mercado de microcomputadores compatíveis.
Observação: Todos os sistemas operacionais modernos
baseiam-se em dois programas pioneiros: o UNIX
e o XEROX PARK. O primeiro ─ que
pode ser considerado o “pai” das distribuições Linux ─ foi o precursor dos sistemas multitarefa e multiusuário, e
continua sendo largamente utilizado em servidores e máquinas de alto
desempenho. O segundo, desenvolvido por Linus
Torvalds, trouxe para o mundo da computação pessoal a primeira interface
gráfica, que incluía todas as ideias utilizadas nas versões modernas, desde a
área de trabalho exibida na tela do monitor até os ícones, janelas, botões,
menus e caixas de diálogo.
O estrondoso sucesso do Windows 3.1 liquidou a parceria entre a IBM e a Microsoft, mas ambas as empresas continuaram buscando maneiras de romper as limitações do DOS. Depois de uma disputa tumultuada entre o OS/2 WARP e o Windows 95 (já um sistema operacional autônomo), Bill Gates viu sua estrela brilhar, e o resto é história recente: a arquitetura aberta se tornou padrão de mercado e o Windows se firmou como o SO mais utilizado em todo o mundo.
O estrondoso sucesso do Windows 3.1 liquidou a parceria entre a IBM e a Microsoft, mas ambas as empresas continuaram buscando maneiras de romper as limitações do DOS. Depois de uma disputa tumultuada entre o OS/2 WARP e o Windows 95 (já um sistema operacional autônomo), Bill Gates viu sua estrela brilhar, e o resto é história recente: a arquitetura aberta se tornou padrão de mercado e o Windows se firmou como o SO mais utilizado em todo o mundo.
Continuamos na próxima postagem.
Anda difícil acompanhar o noticiário: como se não bastassem a
exploração desmedida de desgraças de toda sorte, os escândalos que brotam aos
borbotões no cenário político expõem as entranhas da podridão que se alastrou
no Congresso e se espalhou como metástase pelos mais altos escalões da
República.
Michel Temer, o
irrenunciável, delatado pelo moedor de carne bilionário e ora denunciado
formalmente pela PGR, agarra-se ao
cargo com unhas e dentes, como Dilma
antes dele e Collor antes dela (por
ocasião de seus respectivos processos de impeachment). Também como a anta
vermelha ― que em algum momento do primeiro mandato deixou de governar para “fazer
o diabo” em tempo integral, visando obter mais quatro anos para demolir o país ―,
o presidente da vez manda às favas os interesses da nação para se dedicar full time a salvar próprio rabo.
Em pronunciamentos mais que estapafúrdios, Temer usa e abusa do ataque como estratégia
para defender o indefensável, classifica de “ilações” as acusações que lhe são
feitas e acusa seus acusadores de práticas espúrias. Sem bases concretas, todavia,
suas acusações levam nada a lugar nenhum, servindo apenas para converter sua
patética figura num fator de constrangimento nacional e internacional.
Aí você liga o rádio e ouve que um ministro STF mandou soltar um assassino condenado ― caso de certo ex-goleiro
do Flamengo ― ou um estuprador em série ― caso de certo médico condenado a mais
de 100 anos de prisão ―, ou ainda o maquiavélico mentor do Mensalão, libertado a
pretexto de uma “cruzada contra as prisões preventivas excessivamente longas da
Lava-Jato”. Parabéns, meritíssimos!
Outro exemplo igualmente estarrecedor foi o “julgamento jurídico
e judicial” da chapa Dilma-Temer, em
que o TSE do presidente Gilmar Mendes reconheceu a caudalosa
enxurrada de provas colacionadas aos autos pelo ministro-relator Herman Benjamin, mas decidiu, por 4
votos a três, que elas não valiam, e assim preservou o cargo (e o direito ao
foro privilegiado) de seu amigão do peito. Parabéns, excelência!
Daí se infere que, na visão desses luminares do saber jurídico,
o que ontem era uma banana pode amanhã ser uma laranja. Entendeu? Nem eu,
mas o Brasil não é mesmo para principiantes; então, às favas com a opinião
pública e viva o compadrio!
Quer mais? Então vamos lá. Aécio Neves foi gravado em conversas altamente comprometedoras, mas
sua prisão preventiva foi negada, pois um senador da República só pode ser
preso em flagrante delito e por crime inafiançável. Chegou a ser afastado do
cargo pelo ministro Fachin, mas
acabou reconduzido a ele, na última sexta-feira, por decisão monocrática do
ministro Marco Aurélio, o sublime ―
e isso às vésperas do recesso do Judiciário, de modo que eventual recurso do MPF só será apreciado em agosto.
Aí você liga a televisão e vê o
senador tucano ― que um dia foi nossa esperança de penabundar do Planalto a
caterva vermelha ― comemorando o que, segundo ele, “reafirma a confiança de todos os brasileiros no poder Judiciário”. Em
que mundo vive essa gente? Não no nosso; talvez em algum exoplaneta onde ética na
política seja um detalhe desejável, não um pressuposto obrigatório.
Talvez não sirva de consolo, mas a PROTESTE ― associação não
governamental ligada aos órgãos de defesa do consumidor ― conseguiu
restabelecer a exibição dos canais abertos SBT, Record e Rede TV nas grades de
programação das operadoras de TV por assinatura (que haviam sido
suprimidos no final de março, aqui em Sampa, quando o sinal analógico foi
desligado). Palhaçada por palhaçada, melhor assistir ao Sílvio Santos.
De quebra, segue um clipe com o senador Justo Veríssimo, protagonizado pelo impagável Chico Anysio. Um quadro antigo, mas mais atual do que nunca.
Se o
vídeo não abrir, o link é https://youtu.be/0XFpBLE22-k.
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