O FÍGADO FAZ MUITO MAL À BEBIDA.
Dias atrás, a Microsoft
anunciou a aposentadoria compulsória do simpático Paint ― editor de imagens que acompanha o Windows desde sempre. Uma pena. Mesmo não sendo uma Brastemp ― ou
melhor, um Photoshop ―, ele quebra o
galho na hora de salvar imagens e fazer com facilidade uma série de edições
despretensiosas (como redimensionar, girar, colorir, copiar, colar, salvar em
outro formato, etc.). Em vista disso, eu sugeri (nesta postagem) algumas
alternativas e salientei que serviços
online de edição de imagens estão de bom tamanho para quem não precisa de
recursos muito rebuscados, além de dispensarem instalação e, por rodarem a
partir do navegador, sacrificam menos recursos do computador que as
alternativas instaláveis. Sua grande desvantagem, por assim dizer, é depender
de uma conexão com a internet, mas hoje em dia isso não chega a ser um
problema.
Volto agora ao
assunto para acrescentar ao que foi dito alguns detalhes que certamente secarão
as lágrimas dos que relutam em dar adeus ao simpático programinha: segundo a Microsoft,
o Paint será descontinuado apenas na forma como o conhecemos ― ou seja,
ele deixará de ser um componente nativo que acompanha o Windows desde a
década de 80 ―, mas muitos dos seus recursos estarão disponíveis no Paint 3D,
que foi acrescentado ao Windows 10 por ocasião de sua última atualização
abrangente (Creators Update).
Apesar de ser mais
adequado ao uso em dispositivos com telas sensíveis ao toque, o Paint 3D
também funciona nos PCs convencionais e emula boa parte das funções de seu
predecessor em edições de imagens bidimensionais. Confesso que ainda não
explorei a fundo seus recursos, mas as poucas incursões que fiz me
surpreenderam favoravelmente.
Outro detalhe digno
de nota é que a mãe da criança promete colocar o Paint a que estamos
todos acostumados em sua loja virtual (Windows Store). Em outras
palavras, embora ele deixe de ser um componente nativo do Windows, os
interessados poderão baixar e instalá-lo gratuitamente a qualquer momento, já que,
mesmo querendo fomentar o uso do Paint 3D, a Microsoft não quer
ver os órfãos do velho Paint correndo atrás de concorrentes para
suprir a lacuna.
Mesmo assim, antes
de dizer “não gosto, não quero, não vou usar”, reserve alguns minutos para
explorar o Paint 3D. E não se acanhe: consulte a ajuda ― sem ela, será
bem mais difícil compreender como fazer com ele boa parte do que você fazia com
o Paint. Se você realmente não se acostumar, não sofra por antecipação.
Deixe o barco correr até setembro ou outubro, e quando a nova atualização
abrangente do Ten levar embora seu querido editor de imagens, veja se realmente
será possível obtê-lo na Windows Store. Se não for, aí, sim, explore as
alternativas que eu sugerir na postagem anterior (dentre outras tantas disponíveis
na Web).
AVISO AOS NAVEGANTES: Eu pretendia incluir nesta postagem um texto sobre a novela da denúncia contra Temer, cuja primeira temporada terminou na noite da última quarta-feira (deverá haver uma segunda, ou mesmo uma terceira, pois Janot já disse que vai mandar flecha enquanto houver bambu). Como o artigo ficou muito extenso, achei melhor deixá-lo para amanhã, já que, nos finais de semana, eu não atualizo minhas postagens sobre informática aqui no Blog. Para quem quiser antecipar a leitura, basta seguir o link informado no final desta postagem para acessar minha comunidade CENÁRIO POLÍTICO TUPINIQUIM, onde a matéria será publicada hoje, nas primeiras horas da manhã.
O CIRCO DA INDIGNAÇÃO SELETIVA
AVISO AOS NAVEGANTES: Eu pretendia incluir nesta postagem um texto sobre a novela da denúncia contra Temer, cuja primeira temporada terminou na noite da última quarta-feira (deverá haver uma segunda, ou mesmo uma terceira, pois Janot já disse que vai mandar flecha enquanto houver bambu). Como o artigo ficou muito extenso, achei melhor deixá-lo para amanhã, já que, nos finais de semana, eu não atualizo minhas postagens sobre informática aqui no Blog. Para quem quiser antecipar a leitura, basta seguir o link informado no final desta postagem para acessar minha comunidade CENÁRIO POLÍTICO TUPINIQUIM, onde a matéria será publicada hoje, nas primeiras horas da manhã.
O CIRCO DA INDIGNAÇÃO SELETIVA
Parceiros de Lula
afetaram indignação com Temer.
Parceiros de Temer afetaram
indignação com Lula. Assim foi o
circo da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (2) de votação da denúncia da
PGR contra o presidente.
Dois casos ilustrativos, um de cada lado, são os de Ivan Valente (PSOL-SP) e Mauro Pereira (PMDB-RS). Na votação do
impeachment de Dilma, Valente,
liderando a atuação de seu partido como linha auxiliar do PT, gritou no plenário: “Pela democracia, contra o golpe: PSOL [vota] não”. No dia em que Moro condenou Lula no caso do tríplex
do Guarujá, Valente publicou um vídeo no qual diz: “Nós entendemos que neste
caso faltam provas materiais robustas para qualquer condenação, não há
materialidade nas provas, e também porque o juiz Sérgio Moro na verdade se descredenciou ao longo do período com uma
visão muito política, politizada, incidente sobre os fatos políticos”. Nesta
quarta, porém, o mesmo Valente que
defendeu Dilma e Lula sentenciou: "Aqueles que
querem manter Temer são coniventes
com a corrupção”.
Já Mauro Pereira,
na votação do impeachment de Dilma,
gritou: “Pela dignidade, pela esperança do povo brasileiro, eu voto sim! E viva
o Brasil! E viva o Sérgio Moro”. Nesta quarta, porém, alegou que quem votasse
contra Temer estaria votando com Gleisi Hoffmann, PT e CUT: “Vamos colocar
o Lula na cadeia, Sérgio Moro. O Lula tem de estar preso”.
Se Lula é rejeitado
por 55,8% dos brasileiros e 65,5% aprovam sua condenação (Paraná Pesquisas), e Temer é reprovado por 70% e 81% são
favoráveis à abertura de processo contra ele (Ibope), um dos poucos deputados a
vocalizar o aparente sentimento do povo foi Major Olímpio (SD-SP), tirado pelo governo da CCJ porque votaria
contra o presidente. Destaco trechos de seu discurso, no qual ressaltou que
caberia à Câmara apenas dar autorização,
em nome do povo brasileiro, para que o STF possa processar e julgar Temer com base em provas materiais e laudos periciais: “Ladrão é ladrão e
tem que ser tratado como ladrão. Ladrão não tem partido, ladrão não tem
ideologia, não tem ladrão de direita, de centro ou de esquerda. Comportamento
do ladrão é comportamento do ladrão. E não adianta vir com essa conversa: Olha,
o PT roubou lá. O PT roubou lá junto com o PMDB, com sete ministérios do PMDB [no governo petista]. Eu fui um
dos 18 deputados trocados, porque o Temer
escolheu os seus juízes lá [na CCJ]. E foi fazer a troca porque, senão, já saía
derrotado. Agora vamos ver quem é que tem preço, quem é que está à venda por
causa de emendinha, de cargo e eventualmente das malas [de dinheiro]”.
A denúncia pode até ser menos apodítica do que pregou Olímpio ― embora as orientações dos
mandantes aos cúmplices (como mostrei neste vídeo) sejam geralmente sutis
―, mas, no circo do dia, seu discurso valeu a pipoca.
Por Felipe Moura
Brasil.
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