Na primeira pesquisa do Datafolha
sobre as intenções de voto no segundo turno do pleito presidencial, Bolsonaro superou o fantoche lulista por 16 pontos percentuais (58%
a 42% dos votos válidos). Claro que faltam duas semanas para o escrutínio, que no
Brasil até o passado é imprevisível, que a abominável propaganda política
obrigatória recomeça hoje e que os institutos de pesquisa são como biquínis: mostram
tudo, menos o que realmente interessa. E às vezes erram escandalosamente: na
noite de sexta-feira, 6, o UOL publicou:
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) mantém
a liderança na disputa para o Senado em Minas Gerais com a maior
porcentagem de intenção de votos válidos, apontam as pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas neste sábado (6)...
Observação: A eleição da anta vermelha era prioridade para o PT, que investiu mais de R$ 4 milhões em sua campanha. Mesmo
assim, a ex-grande-chefa-toura-sentada-penabundada amargou um inexpressivo
quarto lugar, com cerca de 15% dos votos válidos. A título de comparação, a
advogada Janaína Pascoal, uma das
signatárias do pedido de impeachment que defenestrou a calamidade do Planalto,
elegeu-se deputada estadual com mais de 2 milhões de votos, embora sua campanha
tenha custado módicos R$ 44 mil.
O próximo debate entre os presidenciáveis na TV, que seria realizado
pela Rede Bandeirantes nesta sexta-feira, foi adiado sine die porque, além de não liberarem
a participação de Bolsonaro, os
médicos do Hospital Albert Einstein desaconselharam-no a realizar qualquer ato de campanha na rua até o próximo
dia 18, quando seu estado de saúde será reavaliado. Assim, armar o circo unicamente para o títere do presidiário de
Curitiba não caracterizaria um debate, mas uma entrevista individual, o que foge aos propósitos do programa e contraria o disposto pela legislação eleitoral.
O Capitão Caverna não é o primeiro candidato a presidente a faltar em debates televisivos — em 1989, Collor não foi
a nenhum dos seis que foram realizado no primeiro turno —, mas é o único, pelo menos até agora, a faltar também
no segundo turno.
Observação: Em 1994, FHC faltou a dois dos três debates, mas ganhou no primeiro turno. Em 1998, ele foi reeleito, também no primeiro turno sem participar de nenhum debate na TV. Na Era PT, o molusco abjeto participou de todos os debates em 2002, mas em 2006 só debateu com Alckmin no segundo turno. Dilma faltou a dois debates no primeiro turno em 2010, mas compareceu a todos em 2014.
Observação: Em 1994, FHC faltou a dois dos três debates, mas ganhou no primeiro turno. Em 1998, ele foi reeleito, também no primeiro turno sem participar de nenhum debate na TV. Na Era PT, o molusco abjeto participou de todos os debates em 2002, mas em 2006 só debateu com Alckmin no segundo turno. Dilma faltou a dois debates no primeiro turno em 2010, mas compareceu a todos em 2014.
Falando no PT, a campanha do poste ora travestido de “socialdemocrata” abandonou o vermelho e a
imagem do presidiário de Curitiba, desistiu (ou disse que desistiu) de reescrever a
Constituição e desmentiu que José Dirceu — que está solto devido a mais uma decisão estapafúrdia da ala
garantista do STF — teria espaço no seu governo (nem é preciso dizer que o objetivo dessa palhaçada é
ganhar a simpatia de um eleitorado mais ao centro, que tenciona votar em branco,
anular o voto ou se abster de ir às urnas no próximo dia 28).
Mesmo não sendo o candidato dos nossos sonhos, Bolsonaro é a única alternativa ao retrocesso representado pela volta da
antiga matriz populista, responsável por mazelas como desemprego, inflação e
total desajuste das contas públicas. Ainda que eu não concorde 100% com o que
ele diz, sou 1000% contrário a volta do PT. Quando mais não seja porque me lembro perfeitamente de Dilma, que durante a campanha à reeleição, em 2014, ludibriou boa parte do eleitorado mediante o maior estelionato eleitoral da história deste país. E o resultado foi
catastrófico.
O ex-governador baiano Jaques
Wagner, que não aceitou o convite para substituir o demiurgo de Garanhuns na disputa presidencial (ele era primeiro plano B do PT, mas preferiu concorrer a uma cadeira
no Senado a se sujeitar ao papel de marionete), passa agora a integrar a coordenação
do comitê de Luladdad. Segundo o político baiano,
o slogan “Haddad é Lula” já deu o
que tinha que dar. “…Agora as pessoas querem saber mais da personalidade do
próprio candidato. Então, é essa tarefa que a gente tem agora.”
Para que a “frente democrática” do PT tivesse alguma chance de vingar, o partido teria de fazer um mea-culpa pelo mensalão e o petrolão, mas o que tem feito é dizer que a recessão e o desemprego não advieram da funesta gestão da
gerentona de araque, e sim de sabotagens dos tucanos, que se uniram a Eduardo Cunha para implodir a gestão da
estocadora de vento. Na condição de vassalo, esbirro ou bobo-da-corte, o títere lulista se nega a ver seu mentor como um corrupto condenado
em segunda instância, preferindo classificá-lo como um inocente perseguido pela Procuradoria e pelo
Judiciário. A essa altura, pondera Josias de Souza
em seu Blog, Bolsonaro já deve
ter acendido uma vela pelo sucesso do plano do PT de trocar o “nós contra eles” pelo “todos contra ele”.
Para encerrar: O autodeclarado preposto do
Criador na disputa presidencial tupiniquim, que afirma ter sido informado pelo Todo-poderoso em pessoa que seria eleito presidente no
primeiro turno, ficou em sexto lugar (por incrível que pareça, Daciolo teve
mais votos que Meirelles e Marina), e agora não só o resultado como reivindica o cancelamento das eleições e exige cédulas
de papel, pois Deus escreve certo por linhas tortas. Tomara que os ministros do TSE concluam que a urna eletrônica é um
porta-voz mais confiável de Deus do que o manequim de camisa-de-força que atende por Cabo
Daciolo.
Bom dia de Nossa Senhora Aparecida a todos e um ótimo
feriadão.
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