TUDO QUE
NÃO É IMPOSSÍVEL PELAS LEIS DA NATUREZA É PASSÍVEL DE ACONTECER
UMA HORA QUALQUER.
Parece que a merda chegou ao beiço e que não há como sanear o esgoto em que se transformaram a política e
os políticos tupiniquins – com raras honrosas exceções, naturalmente.
No entanto, talvez você reveja seus conceitos à luz das ponderações publicadas no Estadão por Saulo Queiroz (ex-PFL e atual
PSD), prenunciando a derrota inexorável de Dilma nas eleições de outubro.
A última pesquisa Datafolha mostrou a extensão de uma
doença que avança pelo País: a rejeição ao PT e a Dilma. Como são duas
entidades diferentes, não é fácil saber qual é depositária do percentual mais
forte, mas há indícios de que a rejeição ao PT seja de controle mais difícil.
Outro aspecto que fica claro é sua susceptibilidade ao
contágio, que aumenta com maior velocidade nos grandes conglomerados urbanos,
mas avança também, mais lentamente, nas pequenas cidades e até em espaços que
pareciam imunes, como o Nordeste, onde a rejeição a Dilma alcançou incríveis
23%.
Para se ter uma ideia do que isso significa vale lembrar
que na eleição presidencial passada, em pesquisa Datafolha de 23.07.2010, a
rejeição a Dilma em todo o País era de 19%. Nesta última pesquisa já alcança
35%, quase o dobro de igual período em 2010.
Para uma identificação mais precisa do depositário da
maior taxa de rejeição, se o PT ou Dilma, é preciso uma rápida caminhada pelo
País, começando pelo Sul. O PT tem candidato nos três Estados, mas apenas no
Rio Grande do Sul seu candidato está em segundo lugar nas pesquisas.
No Paraná e Santa Catarina estão em terceiro. No Sudeste,
o desempenho é pífio em São Paulo com Alexandre Padilha, sofrível no Rio de
Janeiro, com Lindhberg Farias ,em quarto lugar, e sem expressão no Espírito
Santo.
Apenas em Minas Gerais, com Fernando Pimentel, apresenta
um desempenho satisfatório, mas a lógica é que ele não resistirá a máquina de
moer carne que o espera, com Aécio Neves crescendo nas pesquisas para
Presidente, um candidato ao governo, Pimenta da Veiga, de boa história, e um ao
Senado, com a qualidade e aprovação de Antonio Anastasia, o governo do Estado e
a maioria de deputados.
No Nordeste seu candidato na Bahia, maior colégio
eleitoral da região está muito atrás do candidato do DEM. É segundo no Ceará e
apenas no Piauí mantém folgada liderança. Nos demais Estados apoia candidatos
de outras legendas, o que significa dizer que nestes quatro anos não consolidou
personagens estaduais para concorrer ao cargo de governador, o que demonstra
fragilidade partidária.
A pergunta que fica é: que culpa cabe à presidente Dilma
por esta fragilidade do PT em seu principal reduto eleitoral, que é o Nordeste.
Penso que muito pouca. No Norte, afora o Acre onde pode reeleger o governador,
não tem presença de destaque nos principais colégios eleitorais, visto que
apoia o PMDB no Pará e Amazonas, além de fazer o mesmo em Tocantins.
No Centro Oeste tem candidato a reeleição no Distrito
Federal com baixa perspectiva, em Goiás sem nenhuma e no Mato Grosso não tem
candidato. Apenas em Mato Grosso do Sul tem perspectivas concretas de vitória
porque seu candidato, o senador Delcídio Amaral, está bem a frente nas
pesquisas e tem baixa rejeição. A questão é saber até onde ele resistirá ao
processo de contaminação, visto que o Estado é vizinho de São Paulo e Paraná,
onde é virulenta a rejeição ao PT – a maior em todo o País. Há que se vacinar
para controlar o contágio.
Finalmente, é quase chocante que um partido que comanda o
País há 12 anos, tenha favoritismo para eleger apenas três governadores, em
Estados de pequena densidade eleitoral e dois senadores. Cinco em 54 disputas
majoritárias. Quase nada. A pergunta, repetitiva, é se foi Dilma a responsável
por uma rejeição que se estendeu por todo o Pais ou se foi o PT o principal
responsável pela rejeição de Dilma. Não vale dizer que as duas se encontram.
A verdade é que estes últimos quatro anos de governo da
presidente Dilma foram marcados por dificuldades na economia, não só aqui no
Brasil, mas em quase todo mundo. Evidente que o governante paga uma conta que
nem sempre é sua, como aconteceu nas eleições realizadas na Europa, mas é do
jogo da política.
Lula presidente, a economia bombou, ele soube tirar
proveito político disso e se tornou quase um ídolo no País. E ainda arrastou
seu PT para o bom caminho da vitória nas eleições de 2010. Mas será que as
dificuldades de Dilma, a baixa avaliação de seu governo, seria a causa
principal para o desgaste do Partido em quase todos os Estados ou será que a
causa é mais além?
Com certeza, mais além. No período do governo Dilma o País
viveu o episódio que representou o maior massacre pelo qual já passou um
partido na história política desse País: o julgamento do mensalão. Meses e
meses de intensa cobertura de televisão, rádios e jornais de um julgamento onde
o principal réu acabou se tornando o PT.
Engana-se quem acha que isto não teve grande importância.
Teve sim e pensar o contrário é um menosprezo à opinião pública. Evidente que
foi determinante para criar esse vírus da rejeição ao PT, que se espalha pelo
País. A bem da verdade, nem Dilma nem seu governo têm qualquer coisa a ver com
o mensalão. Ela, como muitos outros candidatos petistas, é apenas uma vítima.
Quanto à eleição presidencial deste ano, o quadro caminha
para um desfecho trágico para o PT e sua candidata. Quem estiver olhando para
os números atuais das pesquisas e avalia que o contexto é de indefinição comete
um erro básico de julgamento.
Há um status totalmente diferente entre os competidores,
porque Dilma é conhecida por 99% dos eleitores, ao passo que 19% desconhecem Aécio e 36% nunca ouviram falar em Eduardo Campos. Todos os dados das pesquisas atuais
mostram apenas a notória rejeição da candidata à reeleição. Aécio e Campos devem ser reavaliados à luz do horário
eleitoral. Se retrocedermos até meados de 2010, veremos que havia um empate entre
Dilma e Serra, ambos com 36% da preferência dos eleitores. Em 15.09, com 25 dias de horário
eleitoral, Dilma subiu para 50% e Serra caiu para 27%.
Enfim, em meados de setembro, quando todos
conhecerem melhor Aécio e Campos, os números serão diferentes, e é bem provável que Dilma esteja preocupada em garantir sua
presença no segundo turno, já que não haverá nenhuma
perspectiva de vitória no primeiro.
Para encerrar,
nosso humor de sexta-feira:
Na Câmara, ainda no
Rio, quando seu presidente Ranieri Mazzini deu a palavra a Carlos Lacerda, o
representante do Distrito Federal, deputado Bocaiúva Cunha, gritou ao microfone:
– Lá vem o purgante! –, provocando risos no plenário. Ao que Lacerda respondeu:
– Os senhores acabaram de ouvir o efeito! –, arrancando gargalhadas até dos adversários.
Certa vez, Einstein
recebeu uma carta da Miss New Orleans, que dizia:
- Professor, nós deveríamos
ter um filho, pois ele certamente herdaria a minha beleza e a sua genialidade.
Einstein respondeu:
- Querida miss New
Orleans, o meu receio é que nosso filho viesse a ter a sua inteligência e a
minha beleza.
Quando Churchill
fez 80 anos, um jovem rpeorter foi fotografá-lo e disse:
- Sir Winston, eu espero
tornar a fotografá-lo nos seus 90 anos.
Ao que Churchill
respondeu:
- Por que não? Você
me parece bastante saudável…
Sendo homenageado
por ter vencido uma importante batalha durante a Segunda Grande Guerra, o
general Montgomery disse em seu discurso:
- Não fumo, não bebo,
não prevarico e sou herói.
- Churchill ouviu o
discurso e retrucou:
- Eu fumo, bebo,
prevarico e sou o chefe dele!
Aconteceu num
discurso de Churchill em que estava presente a deputada oposicionista Lady
Asfor, que lhe pediu um aparte. Churchill detestava que interrompessem seus
discursos, mas concedeu a palavra à deputada, que disse em alto e bom som:
- Senhor Ministro,
se V.Exa. fosse meu marido, eu colocava veneno no seu chá!
Churchill
respondeu:
- Nancy, se eu fosse
seu marido, tomaria esse chá com o maior prazer.
Telegrama de
Bernard Shaw para Churchill, seu desafeto:
"Tenho o
prazer e a honra de convidar digno Primeiro-Ministro para primeira apresentação
minha peça Pigmaleão (que se transformaria no musical My Fair Lady). Venha e traga
um amigo, se tiver.
Resposta de
Churchill:
"Agradeço
ilustre escritor honroso convite. Infelizmente não poderei comparecer primeira
apresentação. Irei à segunda, se houver.
Bernard Shaw estava
em uma festa onde discutia com amigos a prostituição, e a maioria concordava
com sua opinião, no sentido de que fazer qualquer coisa por dinheiro seria
justificável, desde que o preço fosse alto o suficiente.
- Pois eu discordo –
disse uma participante da discussão.
- Ah, sim? –
Perguntou Sir Bernard. – Quer dizer que a senhorita não iria para a cama comigo
por, digamos, um milhão de libras?
- Um milhão é uma
quantia bastante tentadora; acho que eu não teria como recusar.
- E por cinco
libras, você iria? – replicou Sir Bernard.
- Certamente que não
– respostou a mulher. – O que o senhor acha que eu sou? Uma puta?
- O que a senhorita
é nós já estabelecemos na questão anterior – respondeu Sir Bernard. – Resta
agora descobrir seu preço.
E para aqueles que misturam política com religião, aqui vai mais uma:
Bom final de semana
a todos.