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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

WINDOWS 10 UPDATE DE NOVEMBRO


QUEM ESPERA DESESPERA.

Parece que a Microsoft concluiu sem atrasos a mais recente atualização semestral de conteúdo do Windows 10 — o que é uma vitória, considerando que todos os updates lançados desde a promoção do sistema a serviço apresentaram problemas em maior ou menor grau. 

A previsão é de que o pacote de arquivos de atualização chegue pelo Windows Update até o final de novembro, ainda que, como nas vezes anteriores, a distribuição esteja sendo feita gradativamente. E não espere algo do outro mundo, pois as alterações foram poucas e focaram quase que exclusivamente a correção de bugs. É possível checar a disponibilidade da nova versão clicando em Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update e, por fim, verifique as atualizações disponíveis.

Entre as alterações visíveis, as mais interessantes são o novo botão da área de notificações, responsável por organizá-la pelo momento que surgiram, e a criação de eventos pelo calendário do sistema, no inferior esquerdo, agilizando a tarefa significativamente.

Talvez já nos próximos meses tenhamos outra grande atualização, mas é bom não contar com o ovo na cloaca da galinha, já que o lançamento deve ser feito junto com os novos produtos da Microsoft — e isso possa demorar um pouco mais.

Com Tecmundo.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

AINDA SOBRE O BLOATWARE


A RELIGIÃO É COMPARÁVEL A UMA NEUROSE DA INFÂNCIA.

Como eu adiantei na abertura desta sequência, o Windows não facilita a remoção do crapware, mas tampouco impede de fazê-lo um usuário que conheça o caminho das pedras. Já nos smartphones com sistema Android a história é outra, pois a maioria das ferramentas desenvolvidas para desinstalar os inutilitários demanda privilégios de superusuário, ou seja, ter acesso ao root do aparelho.  

Não faltam tutoriais na Web — inclusive em vídeo — ensinando a rootear smartphones. Basicamente, o procedimento consiste em baixar e instalar num PC com Windows os drivers do smartphone e o aplicativo que será utilizado no processo (há miríades de programinhas, tanto pagos quanto gratuitos, mas é importante escolher um que seja adequado à marca e ao modelo do seu telefone e respectiva versão do sistema). Ao final, é só conectar o telefone ao computador via cabo de dados e seguir as instruções do tutorial. Por outro lado, o root não só anula a garantia do smartphone com também pode transformar o dispositivo num caríssimo peso de papel. Pense bem, portanto, antes de se aventurar por águas turvas.

Veremos agora como remover apps inúteis ou indesejáveis — ou pelo menos fazer com que eles desapareçam do menu. Acompanhe:

·         Desbloqueie a tela e toque no botão Aplicativos (ilustração acima, à esquerda).

·         No painel seguinte, selecione a aba Aplicativos e o ícone Ajustar (ilustração à esquerda).

·         Role a tela até o campo Dispositivo, selecione Aplicativos e role os painéis, da direita para esquerda, até o último (TODOS).

·         Identifique o crapware e demais inutilitários que você deseja eliminar, toque neles, um por vez, e repare que a próxima janela exibe os dados do dito-cujo (ícone, nome e versão) e, logo abaixo, dois botões virtuais.

Observação: Se você não usa seu smartphone para jogar, por exemplo, comece a faxina pelos games; se não tem conta no Facebook ou no Twitter, elimine também esses itens; se ficar em dúvida em relação a algum aplicativo de nome estranho, faça uma busca no Google ou deixe-o como está, mas mantenha distância das entradas com o ícone do Bugdroid (robozinho verde que simboliza o Android).

O botão da esquerda (Forçar interrupção) encerra o app – desde que ele esteja sendo executado, naturalmente –, mas permite reabilitá-lo a qualquer momento. Já o botão direito oferece três possibilidades: Desinstalar, Desabilitar ou Desinstalar atualizações

A primeira remove programinhas baixados e instalados pelo usuário; a segunda desativa aplicativos pré-carregados ou que fazem parte do sistema, e a terceira reverte-os às condições de fábrica e, em determinados casos, possibilita sua desabilitação. Note que apps desinstalados são eliminados (conquanto possam ser baixados e reinstalados a qualquer tempo), ao passo que os desabilitados continuam ocupando espaço na memória interna do aparelho – para removê-los em definitivo, só mesmo mediante o root (mais detalhes na postagem anterior).

Ainda assim, se o que o incomoda é a profusão de ícones desnecessários na tela Aplicativos, pouse o dedo na tecla virtual Menu, selecione Ocultar/Exibir Aplicativos e faça os ajustes desejados.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

DE VOLTA AO BLOATWARE (PARTE 3)


SE OS BANDIDOS COMBINARAM COMO ROUBAR O BRASIL, POR QUE OS MOCINHOS NÃO PODERIAM COMBINAR COMO PRENDÊ-LOS?

Se você achou muito complicado o caminho sugerido na postagem anterior, saiba que a renomada suíte de manutenção CCleaner, da Piriform, facilita a remoção do bloatware e ainda oferece uma porção de ferramentas muito úteis, como você pode conferir nesta postagem.

O software é disponibilizado tanto como shareware quanto como freeware. A versão paga dispõe de alguns recursos adicionais, mas a gratuita (para uso não-comercial) atende perfeitamente às necessidades do usuário doméstico. Feito o download e concluída a instalação do programa, faça o seguinte:

— Execute o CCleaner e selecione a opção Ferramentas e clique em Desinstalar;

— Na aba Editor, você poderá identificar os aplicativo Microsoft, incluindo os nativos do Windows 10. Dê um clique direito sobre o item que você deseja remover e, no menu suspenso, selecione a opção Desinstalar;

— Será exibida uma mensagem de confirmação. Clique em OK.

Simples assim.

Na próxima postagem, focaremos a remoção de crapware em smartphones Android.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

DE VOLTA AO BLOATWARE (CONTINUAÇÃO)

QUEM PARIU MATEUS QUE O EMBALE.

Vimos que bloatwares (ou crapwares) são inutilitários que os fabricantes de PC e smartphone — e até as operadoras de telefonia celular — atocham em seus produtos para engordar os lucros, que só ocupam espaço e disputam memória e processamento com apps úteis e necessários, mas que nem sempre são fáceis de remover. Mas difícil não é impossível, como vermos a seguir, tanto em PCs com Windows quanto em smartphones baseados no Android.

No Win10 é possível remover essa craca com ou sem o auxílio de ferramentas de terceiros. Sugiro tentar primeiro a maneira mais fácil, lembrando que ela não garante 100% de sucesso em todos os casos. Basicamente, basta você acessar o menu Iniciar, dar um clique direito sobre o app que se quer remover, selecionar a opção Desinstalar e, na mensagem de confirmação, clicar no botão Desinstalar.

Se você não conseguir remover algum inutilitário com esse método, retorne ao menu Iniciar, clique em Configurações (ícone da engrenagem) e depois em Aplicativos. Localize na lista o programa desejado (ou indesejável, melhor dizendo), selecione-o e clique em Desinstalar. Também nesse caso uma mensagem de confirmação será exibida; pressione o botão Desinstalar para concluir o processo.

Se nem assim der certo, antes de recorrer a uma ferramenta de terceiros vale fazer uma tentativa com o Windows PowerShell (versão aprimorada do velho e bom prompt de comando)

Observação: Mesmo após ter sido promovido a sistema operacional autônomo, em 1995, o Windows manteve um interpretador de linha de comando. Com o lançamento da edição XP  baseada no kernel do WinNT , o command.com do velho DOS, que integrava as edições 3.x e 9x/ME, foi substituído pelo cmd.exe. Mais adiante, este cedeu o lugar ao PowerShell, que está para o Prompt de comando assim como o MS-Word para o Bloco de Notas que serve para automação de scripts e pode ajuda-lo a desinstalar aplicativos nativos que se recusam a dar adeus.

Com o PowerShell, qualquer aplicativo pode ser removido, mas, a exemplo do Editor do Registro do Windows, que permite reconfigurar manualmente esse importante banco dinâmico de dados, é preciso tomar cuidado ao utilizá-lo Portanto, não deixe criar um backup do Registro e um ponto de restauração do sistema antes de seguir os passos sugeridos mais adiante (para mais detalhes sobre o Registro e respectivo backup, releia a sequência de postagens iniciada por esta aqui; para saber como criar um ponto de restauração do sistemaclique aqui).

Tomadas essas precauções, pressione o atalho Win+X e clique na opção Windows PowerShell (Adimin). Caso ela não esteja visível, digite PowerShell no campo de buscas do Windows, clique com o botão direito do mouse sobre o resultado Windows PowerShell e selecione a opção Executar como administrador. Na caixa de diálogo que pergunta se você deseja permitir que esse aplicativo faça alterações no seu dispositivo, clique em SimFeito isso, copie e cole na tela do PowerShell o comando correspondente ao app que você quer desinstalar e pressione Enter. Confira a lista a seguir:

Para desinstalar o app 3D Builder: Get-AppxPackage *3dbuilder* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Adquira o Office (ou Get Office): Get-AppxPackage *officehub* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Alarmes e Relógio: Get-AppxPackage *windowsalarms* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Calculadora: Get-AppxPackage *windowscalculator* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Calendário e o Email: Get-AppxPackage *windowscommunicationsapps* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Câmera: Get-AppxPackage *windowscamera* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Clima: Get-AppxPackage *bingweather* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Complemento para o Telefone: Get-AppxPackage *windowsphone* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Dinheiro: Get-AppxPackage *bingfinance* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Esportes: Get-AppxPackage *bingsports* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Filmes e TV: Get-AppxPackage *zunevideo* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Fotos: Get-AppxPackage *photos* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Get Skype: Get-AppxPackage *skypeapp* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Gravador de Voz: Get-AppxPackage *soundrecorder* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Groove Música: Get-AppxPackage *zunemusic* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Introdução: Get-AppxPackage *getstarted* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar Leitor: Get-AppxPackage *reader* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Loja: Get-AppxPackage *windowsstore* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Mapas: Get-AppxPackage *windowsmaps* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Microsoft Solitaire Collection: Get-AppxPackage *solitairecollection* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Notícias: Get-AppxPackage *bingnews* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar OneNote: Get-AppxPackage *onenote* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Pessoas: Get-AppxPackage *people* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar Xbox: Get-AppxPackage *xboxapp* | Remove-AppxPackage;

Uma barra na cor verde confirmará a desinstalação, que pode demorar alguns minutos para ser concluída. Ao final, reinicie o computador e confira o resultado.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

SEU PC NOVO DE NOVO — OU QUASE (FINAL)


NÃO É FÁCIL. MAS TAMBÉM NÃO É IMPOSSÍVEL.

Para concluir esta sequência, relembro que, com exceção do antivírus e do firewall — que precisam iniciar assim que ligamos o computador e permanecer rodando em segundo plano ao longo de toda a sessão —, a maioria dos aplicativos que pegam carona na inicialização do Windows pode ser removida da lista de inicialização automática sem problema algum. É possível que eles passem a demorar um pouco mais para responder quando você os convocar, mas um ou dois segundos de delay é um preço baixo a pagar se comparado ao custo (em termos de processamento e memória) de manter os programinhas desnecessariamente em stand-by.

No Seven e encarnações anteriores do Windows, o gerenciamento da inicialização era feito através do msconfig (detalhes nesta postagem). No Eight e no Win10, esse ajuste é feito a partir do Gerenciador de Tarefas. Para convocá-lo, basta teclar Ctrl+Shift+Esc ou dar um clique num ponto vazio da Barra de Tarefas e escolher a opção respectiva. Na janela do Gerenciador, clique na aba Inicializar, no item cuja inicialização automática você deseja inibir e em Desabilitar (note que boas suítes de manutenção, como o Cleaner ou o IObit Advanced System Care, costumam facilitar esse procedimento).
  
A aba Processos exibe os processos e serviços que estão sendo executados nos bastidores. Processos são conjuntos de instruções criadas com um determinado propósito; alguns programas se subdividem em vários processos, mas há processos que não correspondem a programas, como é o caso dos serviços, que servem para dar suporte ao sistema operacional. Como eles são listados pelo nome de seus executáveis, nem sempre é fácil saber a que se referem ou se realmente deveriam estar ali.

Nomes como explorer.exe, firefox.exe, por exemplo, são fáceis de identificar, mas outros, como ctfmon.exe, svchost.exe e oodag.exe, não são nem um pouco intuitivos, favorecendo a suspeita (não raro infundada) de que eles têm a ver com vírus ou outras pragas digitais. Para não encerrar uma thread legítima, necessária ao funcionamento do Windows ou de algum aplicativo que a tenha convocado, o recomendável é recorrer ao nosso oráculo de todas as horas (falo do Google) ou pesquisar o nome do arquivo suspeito diretamente neste site.

Note que os efeitos desse ajuste costumam ser mais perceptíveis em máquinas de configuração de hardware espartana, a exemplo da desfragmentação do HDD, sobre a qual falamos no capítulo anterior. No entanto, mesmo que seu PC conte com um processador poderoso e fartura de RAM, não há razão para você gastar boa vela com mau defunto.

Tenha em mente também que convém manter abertos quaisquer programas estranhos às tarefas que você estiver realizando, bem como evitar iniciar diversas sessões simultâneas de navegação ou manter abertas várias abas do navegador ao mesmo tempo. Se, durante seu périplos pela Web, você encontrar um site que tenciona revisitar mais adiante, melhor que mantê-lo carregado é adicioná-lo aos favoritos (ou bookmarks, conforme a nomenclatura adotada pelo navegador que você utiliza) ou copar o hyperlink exibido na barra de endereços do browser e colar num documento de texto, por exemplo.

Mesmo tomando todos esses cuidados, mais cedo ou mais tarde será preciso reinstalar o Windows para reconverter em guepardo o cágado perneta que você chama de computador. Claro que o procedimento e trabalhoso — nem tanto o processo em si, mas as demais providências necessárias, pois o sistema volta exatamente como se encontrava quando foi instalado pelo fabricante, de modo que você terá de rodar o Windows Update para baixar e instalar todas as atualizações e correções liberada pela Microsoft ao longo do tempo, além de reinstalar os aplicativos não-Microsoft.  Isso sem mencionar que alguma coisa sempre acaba se perdendo, porque quase ninguém se dá ao trabalho de manter backups atualizados de arquivos importantes de difícil recuperação nem guarda em local certo e sabido chaves de ativação de programas pagos... Enfim, é a vida.

Recomendo reinstalar sua suíte de segurança antes mesmo de atualizar o Windows, pois manter-se conectado à Internet sem proteção é procurar sarna para se coçar.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

SEU PC NOVO DE NOVO — OU QUASE (PARTE 3)


AS PESSOAS NÃO MUDAM, NUNCA SE TORNAM NADA ALÉM DO QUE SEMPRE FORAM.

Uma das muitas funções do sistema operacional — que é tido e havido como o software-mãe do computador, já que sem ele o hardware e o software "não conversariam" — é dar suporte aos aplicativos que usamos nas tarefas do dia a dia. O Windows, no entanto, vai mais além. 

Além de integrar dois navegadores (o Edge e o obsoleto Internet Explorer), dois editores de texto (Bloco de Notas e WordPad), ferramentas de proteção (Windows Firewall e Windows Defender), diversos utilitários de manutenção e até um cliente de email nativo, o Win10 disponibiliza um sem-número de apps na Microsoft Store (muitos dos quais podem ser instalados gratuitamente). Mas muita gente não abre mão de navegar com Google Chrome, de proteger o computador com aplicativos de segurança da Symantec, de manter a máquina nos trinques com utilitários de manutenção como o CCleaner, de usar o MS Word para criar seus textos e o IncrediMail para gerenciar sua correspondência eletrônica, por exemplo.

Não há problema em instalar aplicativos, desde que limitados àquilo que seja realmente necessário. No entanto, como se não bastasse o crapware que o fabricante do PC instala junto com sistema (para embolsar alguns centavos a cada instalação), a maioria de nós não resiste ao canto da sereia dos programinhas freeware disponíveis na Web. E quanto mais aplicativos instalamos, maiores são as chances de incompatibilidades, mensagens de erro e travamentos, sem falar que muitos programinhas gratuitos nada mais são que veículos de transporte para pragas digitais (spyware, na maioria das vezes). Além disso, da feita que a maioria dos apps é instruída a pegar carona na inicialização do sistema, não demora para que a capacidade de processamento da CPU e o espaço na memória RAM se tornem insuficientes para os aplicativos úteis, ou seja, aqueles que realmente usamos em nossas tarefas cotidianas.

Para checar o que está instalado no seu computador, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e Recursos, revise a lista dos softwares instalados, selecione (um por vez) os que você deseja remover e clique em Desinstalar (note que melhores resultados serão obtidos com ferramentas de terceiros (pode até parecer um contrassenso, mas não é), como o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo do Windows costuma a deixar para trás. Concluída a desinstalação, reinicie o computador e faça uma faxina em regra no HDD. Se quiser usar as ferramentas nativas do Windows, clique em Iniciar, expanda as Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Limpeza do Disco e siga os passos indicados pelo assistente. Ao final, supondo que seu PC tenha um disco rígido convencional (eletromecânico), volte às Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Desfragmentar e Otimizar Unidades, selecione a unidade em que o sistema se encontra instalado e dê início ao procedimento. 

Observação: A desfragmentação pode demorar de alguns minutos a horas, dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos gravados e do índice de fragmentação dos dados; se você executar o procedimento semanal ou quinzenalmente, as desfragmentações subsequentes levarão bem menos tempo para ser concluídas. Note que drives de memória sólida (SSD) não precisam — e nem devem — ser desfragmentados.

Da mesma forma que na desinstalação, melhores resultados podem ser obtidos com o Smart Defrag, que integra a suíte de manutenção IObit Advanced SystemCare mas pode ser baixado e instalado isoladamente. Mas note que, a despeito de ser possível continuar trabalhando com o computador durante a desfragmentação, é recomendável rodar a ferramenta quando a máquina estiver ociosa, a menos que você não se importe em amargar uma lentidão irritante — e, de quebra, aumentar o tempo que a ferramenta levará para concluir a desfragmentação.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

SEU PC NOVO DE NOVO — OU QUASE (CONTINUAÇÃO)

A MASSA MANTÉM A MARCA, A MARCA MANTÉM A MÍDIA E A MÍDIA CONTROLA A MASSA.

Ainda que os sistemas operacionais atuais sejam multitarefa, sua capacidade de executar várias coisas a um só tempo depende diretamente da configuração de hardware, sobretudo da quantidade de RAM disponível (na verdade, o processador alterna de um processo para outro, só que o faz tão rapidamente que parece estar fazendo tudo ao mesmo tempo).

O problema é que apenas máquinas top de linha (e preços nas alturas) vêm com mais de 4 gigabytes de RAM, o que é pouco para quem quer jogar games radicais, trabalhar com aplicações mais exigentes (como editores de vídeo), ou mesmo continuar operando o PC enquanto o antivírus faz uma varredura completa ou o defrag bota ordem no disco rígido.

Além do próprio sistema operacional, os aplicativos que executamos e os arquivos abrimos são carregados na RAM (mais detalhes no capítulo anterior, no tópico sobre o disco rígido). Quando essa memória é pouca, o processador recorre a um estratagema criado pela Intel nos tempos de antanho — e conhecido desde sempre como memória virtual —, mas a questão é que essa "memória adicional" corresponde a um espaço no drive de disco rígido, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM.

Observação: Falta de memória se resolve instalando mais memória — mas há paliativos que ajudam a minimizar o problema, caso você não queira (ou não possa) fazer um upgrade de RAM (acesse esta postagem para mais detalhes).

Netbooks e notes de entrada de linha se desincumbem das tarefas mais corriqueiras, da mesma forma que um carro "popular" 1.0 leva você ao trabalho, seu filho à escola e sua avó à igreja, por exemplo, mas não se pode esperar dele desempenho parecido com o do Mustang Shelby GT 500 V8 32v, cujo propulsor gera inacreditáveis 770 cv que leva o esse muscle car de 1.730 kg a 100 km/h em apenas 3 segundos.

Quando tiramos da caixa um PC novinho em folha e o ligamos pela primeira vez, somente o sistema operacional e uns poucos programinhas adicionados pelo fabricante ocupam o latifúndio de espaço disponível no HDD. Depois que configuramos e personalizamos o Windows, instalamos nossa suíte de segurança preferida, o MS Office (completo, mesmo que só precisemos  do Word), o Chrome e o Firefox (embora o Edge e o IE sejam componentes nativos do Windows 10), o Adobe Reader (a despeito de qualquer navegador ser capaz, atualmente, de exibir documentos .PDF) e mais uma profusão de inutilitários gratuitos, o sistema, antes veloz como um guepardo, ora se arrasta como um cágado perneta.

Um computador sem software é como um corpo sem alma, e o Windows, mesmo sendo pródigo em recursos, não oferece tudo de que precisamos para realizar nossas tarefas do dia a dia (até porque isso não se inclui na lista de funções de um sistema operacional). A questão é que muita gente instala todo tipo de freeware que encontra na Web, e a maioria desses programinhas tem o péssimo hábito de modificar a homepage e o mecanismo de buscas padrão e adicionar ao navegador barras de ferramentas e outros penduricalhos, e isso quando não servem também como meio de transporte para programinhas espiões (spyware) que monitoram a navegação, capturam informações de login, senhas, números de cartões de crédito etc., e ao cabo de meses (ou semanas) o computador que era veloz como um guepardo passa a se comportar como um cágado perneta.

Amanhã eu conto o resto.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

SMARTPHONE COM PROBLEMAS? VEJA O QUE FAZER ANTES DE REINSTALAR O SISTEMA OU PROCURAR A ASSISTÊNCIA TÉCNICA


O TEMPO DEVORA TODAS AS COISAS.

Como qualquer máquina, o computador está sujeito a panes. Ou duplamente sujeito, já que é formado por dois elementos distintos (o hardware e o software), e ambos podem causar lentidão, mensagens de erro, travamentos etc.

Identificar o causador do problema é importante. Se seu carro falha devido ao mau funcionamento de uma vela de ignição, por exemplo, você só a substituirá quando — e se — descobrir que ela é a vilã da história. Em dispositivos computacionais, porém, em muitos casos é possível recolocar o bonde nos trilhos simplesmente reiniciando o sistema. Se a aparelho voltar a funcionar normalmente depois de ter sido desligado e religado (saiba mais sobre esse "milagre" nesta postagem), você terá poupado tempo e trabalho.

No caso específico do smartphone — que, em última análise, é um computador ultraportátil —, uma dica elementar, mas que pode salvar a pátria se a reinicialização não resolver, é desligar o aparelho, remover a bateria e o SIM Card (o cartãozinho da operadora).

Às vezes, basta aguardar um ou dois minutos, recolocar os componentes em seus devidos lugares e tornar a ligar o telefone. Mas já que você está com a mão na massa, passe uma borracha (daquelas de apagar lápis) no microchip do SIM Card (aquele quadradinho com textura metálica e cor dourada). Aliás, isso vale também para trilhas de contato de módulos de memória e de placas de expansão do PC, por exemplo.  

Ao manusear o SIM Card ou qualquer componente que tenha trilhas de contato, evite tocar diretamente a parte dourada. Além do risco de descargas eletrostáticas — que é real, como você pode conferir nesta postagem —, o suor e a gordura dos dedos podem "isolar" o contato e comprometer o funcionamento do componente.

Como é sempre melhor prevenir do que remediar, envolva os dedos num paninho antiestático (aqueles de microfibra, usados para limpar lentes de óculos, servem perfeitamente) para segurar o cartãozinho e, depois de passar a borracha, use um pincel macio para remover eventuais resíduos (que são mais comuns nas trilhas de contato de placas e módulos, mas enfim...). Feito isso, reinstale o cartão e a bateria e religue o celular.

Com esse procedimento simples e rápido, o Wi-Fi do meu smartphone voltou a funcionar depois de, sem nenhum motivo aparente, exibir uma mensagem de que a rede havia sido conectada, mas sem acesso à Internet. Se não esse "truque"  não resolver o seu problema, reverta o celular às configurações de fábrica.

Nos modelos que utilizam o sistema Android, toque no ícone de engrenagem (Configurações), selecione Backup e reset e escolha a opção redefinir dados de fábrica. Nas versões 4.0 e anteriores, pressione Menu a partir da tela inicial, selecione Configurações > Privacidade > Restaurar configurações de fábrica, role a tela de aviso até o final e selecione Redefinir telefone.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

WORD — FORMATAÇÃO — FERRAMENTA PINCEL


MELHOR A ILUSÃO DE UMA COMPANHIA QUE A CERTEZA DE UMA CAMA VAZIA.

Às vezes, colamos num arquivo do Word porções de texto copiadas de websites ou arquivos PDF, entre outros, e a formatação original é preservada mesmo que selecionemos na colagem a opção "mesclar formatação". 

Em situações como essa, a primeira coisa a fazer é selecionar o texto rebelde e clicar no botão "Limpar Toda a Formação" (figura acima e à esquerda). Se não resolver, vale tentar o Pincel de Formatação, uma ferramenta que permite aplicar rapidamente a mesma formatação — cor, estilo e tamanho da fonte e estilo de borda — a várias partes do texto ou de elementos gráficos. Para defini-la em poucas palavras, podemos dizer que funciona como nosso velho conhecido Copiar e Colar (Ctrl+C e Ctrl+V), só que atua sobre a formatação do texto, e não sobre o texto em si. Utilizá-la é muito simples:

1) Na barra de menus do arquivo do Word em que você está trabalhando, clique em Página Inicial.

2) Selecione uma porção do texto cuja formatação deseja copiar (para copiar a formatação de texto, selecione um trecho do parágrafo; para copiar o texto e a formatação de parágrafo, selecione todo o parágrafo, inclusive a marca de parágrafo).

3) Ainda na Página Inicial, localize a ferramenta Pincel de Formatação (oriente-se pela figura à direita) e clique sobre ela. Repare que o cursor do mouse se transforma num pequeno pincel.

4) Use esse pincel para "pintar" o texto cuja formatação você quer mudar, e pronto. Mas note que isso funciona só uma vez. Para alterar a formatação de várias seleções no documento, você deve clicar duas vezes em Pincel de Formatação.  

5) Para interromper a formatação, basta pressionar a tecla Esc.

Observações:

1) Para copiar e colar formatações, você poder usar os atalhos Ctrl+Shift+C e Ctrl+Shift+V;

2) Em elementos gráficos, o Pincel de Formatação funciona melhor com objetos de desenho, como as AutoFormas, mas é possível copiar a formatação de uma imagem (sua a borda, por exemplo);

3) Às vezes o pincel não funciona ou só funciona depois de várias tentativas. Para tentar contornar esse problema, antes de colar o texto copiado da Web ou de outra fonte qualquer, experimente colá-lo num arquivo criado com um editor básico de textos e depois transferi-lo para arquivo do Word.

A diferença entre um editor de textos e um processador de textos consiste basicamente na gama de recursos que cada qual oferece. O Windows dispõe desde sempre do Bloco de Notas, que é um editor básico, mais indicado para lidar com determinadas linguagens de programação do que para a edição de arquivos de texto propriamente ditos, e do WordPad, mais rebuscado, que oferece opções (rudimentares, é verdade) de formatação e suporta a adição de imagens.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

ATAQUES HACKER A DISPOSITIVOS IoT


NÃO BASTA VOCÊ BURLAR AS REGRAS, É PRECISO CRIAR AS SUAS PRÓPRIAS REGRAS E TER PODER PARA PUNIR QUEM AS DESOBEDECER.

As postagens publicadas do último dia 24 até ontem focaram os efeitos da evolução tecnológica no universo dos automóveis, a exemplo de dezenas de outras que eu venho publicando há algum tempo. Mas chegou a hora de fazer mais um intervalo e retomar os posts sobre TI, que são o carro chefe deste Blog desde quando eu o criei em 2006. Ainda há o que dizer sobre comandos variáreis, e essa lacuna será preenchida antes de passarmos à sobrealimentação, que, conforme já adiantei, é o pulo do gato quando se trata de melhorar o desempenho de um motor de combustão interna sem alterar seu deslocamento volumétrico. Feito esse rápido preâmbulo, vamos ao assunto do dia.

A empresa russa Kaspersky, referência mundial em cibersegurança, registrou no primeiro semestre deste ano cerca de 105 milhões de ataques contra dispositivos IoT (sigla em inglês para Internet das Coisas) provenientes de 276 mil endereços exclusivos IP. O número é quase dez vezes maior que o do primeiro semestre de 2018, quando foram identificados cerca de 12 milhões de ataques oriundos de 69.000 endereços IP.

O levantamento, feito com ajuda de honeypotspote de mel, em tradução literal, mas que no jargão da cibersegurança designa "armadilhas" que simulam brechas num um sistema para colher informações sobre os invasores —, dá conta de que o Brasil figura entre os países mais atacados, mas o problema é mundial, já que ciberataques a dispositivos conectados se tornam cada vez mais frequentes à medida que a IoT se populariza, ao passo que usuários de dispositivos "inteligentes" — como roteadores, câmeras de segurança com gravação de vídeo et al — parecem não se convencer de que é preciso protegê-los.

De acordo com os dados coletados pela equipe da Kaspersky, os ataques contra dispositivos IoT não são sofisticados, mas tendem a passar despercebidos aos olhos dos usuários. A família de malwares Mirai, responsável por 39% das ofensivas, utiliza exploits para, através de vulnerabilidades não corrigidas nos sistemas, assumir o controle do dispositivo. Ataques de força bruta (modalidade que tenta descobrir senhas/logins através de processos manuais ou automatizados) é o método escolhido pelo Nyadrop, segundo colocado na lista das famílias de malwares mais atuantes (ele foi identificado em 38,57% dos ataques e não raro propicia o download do Mirai), seguido pelo Gafgyt, com 2,12%, que também se vale de ataques brut force.

A pesquisa também apurou que as regiões atingidas com mais frequência no primeiro semestre de 2019 são China, com 30% de todos os ataques ocorridos no país; Brasil, com 19%, e Egito, com 12%. No mesmo período do ano anterior, o Brasil liderava a lista com 28% dos ataques, a China estava em segundo lugar com 14% e o Japão vinha em seguida com 11%.

Para manter seus dispositivos seguros, a Kaspersky recomenda:

— Instalar atualizações de firmware sempre que possível. Quando uma vulnerabilidade é detectada, ela pode ser corrigida por meio de pacotes de correções contidos nessas atualizações.

— Usar senhas fortes, que combinem letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais (&, %, #, @, *, §, entre outros).

— Reiniciar o dispositivo sempre que achar que ele apresenta um comportamento estranho.

— Assegurar-se de que o software de todos os dispositivos esteja sempre atualizado.

Para mais dicas de segurança, digite no campo de buscas do Blog palavras chave como segurança, vírus, malware, spyware e antivírus, entre outras. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE VI


AO FINAL DA PARTIDA, REI E PEÃO VOLTAM PARA A MESMA CAIXA.

Sistemas e programas se agigantaram ao longo dos anos. Se os arquivos de instalação do Windows 7, por exemplo, fossem fornecidos em disquetes, como a Microsoft fazia até o Win95, a quantidade de disquinhos de 1.44 MB necessários para abrigá-los formaria uma pilha da altura de um prédio de 9 andares.

Win10, que foi lançado em meados de 2015 com a ambiciosa missão de atingir a marca de 1 bilhão de usuários em 3 anos, já foi instalado em 800 milhões de computadores (o que representa uma participação de 50% em seu segmento de mercado). A maior parte do seu kernel (núcleo do sistema) é escrita em C, mas outras linguagens de programação, como C #, JavaScript, TypeScript, VB.NET e C++ também são utilizadas (à medida que nos aproximamos do modo de usuário e de desenvolvimentos mais recentes, encontramos menos C e mais C++).

A árvore completa, com tudo que constitui o "código-fonte do Windows 10" tem mais de meio terabyte de tamanho, com dados espalhados em mais de 4 milhões de arquivos (para ter uma ideia do tamanho desse imbróglio, siga este link). Em nível de código, um programador levaria cerca de um ano para localizar manualmente uma pasta específica (são mais de 500 mil) e “uma vida inteira” para ler tudo.

Ao transformar o Windows em "serviço" — como já havia feito com o MS Office —, a Microsoft definiu uma política de atualizações semestrais de conteúdo (foram 6 até agora) disponibilizadas gratuitamente. Assim, o usuário "migra para um sistema novo a cada 6 meses" sem precisar comprar a mídia de instalação e atualizar o computador, como fazia até então sempre que uma nova edição do Windows era lançada no mercado.

A despeito de alguns acidentes de percurso durante as atualizações, o Win10 revelou-se um excelente sistema operacional, embora você possa preferir uma distribuição Linux — como o festejado Ubuntu, que é bastante semelhante ao Windows — ou mesmo uma máquina da Apple, que vem com o Mac OS (se dinheiro não for problema, naturalmente).

Erros de programação são tão indesejáveis quanto comuns, e inevitáveis em programas com milhões de linhas de código. Tanto para corrigi-los quanto para fechar eventuais brechas de segurança descobertas após o lançamento comercial de um programa, qualquer que seja ele, desenvolvedores responsáveis disponibilizam correções e, em alguns casos, novas versões. Daí a importância de manter o PC sempre atualizado.

Para saber se o seu Win10 está em dia, clique em Iniciar > Configurações > Sistema, role a tela até o final e verifique se a versão é 1903 e a compilação, 18362.387. Se não for, retorne à tela das configurações, clique em Atualização e Segurança e rode o Windows Update.

O Windows Update (para acessá-lo, clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update) facilita a atualização do sistema e seus componentes, mas não contempla produtos "não-Microsoft". Até algum tempo atrás, atualizar esses aplicativos era trabalhoso, pois exigia acessar o site do fabricante de cada programa para ver se havia uma nova versão disponível. Mais adiante, uma entrada no menu Configurações (ou em Ferramentas, ou ainda na Ajuda) simplificou a tarefa na maioria dos casos (procure algo como "Atualizar", "Verificar atualizações" ou algo parecido).

Alguns apps, mais camaradas, atualizam-se automaticamente ou avisam o usuário de que uma nova versão está disponível para download. Mas o melhor é você pode recorrer a uma ferramenta dedicada. Como a checagem individual é trabalhosa, convém você instalar uma ferramenta dedicada. Entre as muitas opções disponíveis, sugiro o IObit Software Updater, o Patch My PC, o Software Updater Monitor, o UCheck e o Glary Software Updater.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE IV


A VIDA É COMO O GELO FINO SOBRE O QUAL PATINAMOS ATÉ O DIA EM QUE CAÍMOS.

Recapitulando: se você não abre mão de desempenho deve investir num PC de ponta, com CPU poderosa, fartura de RAM e SSD com um latifúndio de espaço, mas tenha em mente que um processador Intel Core i9 Extreme custa mais de R$ 10 mil (note que não estou falando num PC equipado com esse portento, pura e simplesmente no processador).

Quem não está com essa bola toda deve buscar uma configuração que privilegie a memória RAM (atualmente, a quantidade recomendada é de 8 GB), mesmo que isso imponha a escolha de um processador menos poderoso — mas nada inferior a um Intel Core i5. Lembre-se: de nada adianta gastar rios de dinheiro num chip ultraveloz se os subsistemas de memória (física e de massa) não lhe oferecerem a necessária contrapartida.

Observação: Por memória de massa, entenda-se o dispositivo onde os dados são armazenados de forma persistente (não confundir com permanente), e por memória física, a RAM, para onde sistema, aplicativos e arquivos são transferidos (a partir da memória de massa) para serem executados e processados — claro que não integralmente, ou não haveria RAM que bastasse, mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes).

Como vimos, a memória virtual — solução paliativa (desenvolvida pela Intel no tempo dos 386, se bem me lembro) — emula memória física a partir de um arquivo de troca (swap file) criado no disco rígido, para onde o Gerenciador de Memória Virtual remete as sessões que não são prioritárias naquele momento, abrindo espaço na RAM, e as traz de volta quando necessário. Esse recurso foi aprimorado ao longo dos anos e é usado até hoje, mas o problema é que, por ele ser baseado no HDD, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM, seu impacto no desempenho global do computador é significativo.

Embora o preço da memória RAM tenha sofrido uma queda expressiva ao longo dos anos — um módulo de 8 GB de memória DDR-4 da Kingston custa, atualmente, pouco mais de US$ 50; no tempo dos vetustos PC 386, que vinham com míseros 2 MB de RAM (você leu certo: megabytes), pelo que se pagaria por 1 Gigabyte de RAM (claro que naquela época ninguém sequer sonhava que módulos com essa capacidade seriam vendidos um dia), daria para comprar, hoje, um carro popular zero quilômetro — PCs de entrada (leia-se de baixo custo) integram míseros 2 ou 3 gigabytes de RAM, o que não dá nem para o começo.   

Também como vimos, não é boa ideia entupir o computador de inutilitários; limite-se a instalar somente aquilo que você realmente for usar faça uma faxina de tempos em tempos. Aplicativos inúteis ou ociosos podem ser removidos com a ferramenta nativa do Windows — no Win10, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e Recursos —, mas eu sugiro utilizar ferramentas dedicadas, como o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo do sistema costuma a deixar para trás.

Terminada a faxina, reinicie o computador e, no Windows 10, clique em Iniciar, expanda as Ferramentas Administrativas do Windows e clique em Limpeza do Disco. Feito isso, supondo que seu drive de armazenamento persistente seja eletromecânico, volte às Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Desfragmentar e Otimizar Unidades, selecione a unidade em que o sistema se encontra instalado e dê início ao procedimento (que pode demorar de alguns minutos a horas e horas, dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos gravados e do índice de fragmentação dos dados; se você rodar o desfragmentador semanal ou quinzenalmente, as desfragmentações subsequentes demorarão bem menos tempo para ser concluídas).

Observação: Melhores resultados poderão ser obtidos também nesse caso com ferramentas de terceiros, como o Smart Defrag, que integra a suíte de manutenção IObit Advanced SystemCare, mas pode ser baixado e instalado isoladamente. Note que, a despeito de ser possível continuar trabalhando com o computador durante a desfragmentação, prefira executar a ferramenta quando a máquina estiver ociosa, a menos que não se importe em amargar uma lentidão irritante e aumentar expressivamente o tempo necessário para a conclusão da tarefa.

Desinstalados os aplicativos inúteis ou simplesmente dispensáveis e concluídas as etapas complementares sugeridas nos parágrafos anteriores, o próximo passo será checar quais programas remanescentes precisam realmente pegar carona na inicialização do Windows. Veremos isso em detalhes no próximo capítulo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE III


OS SONHOS SÃO A FORMA COMO TOCAMOS O MUNDO INVISÍVEL.

Hoje em dia, qualquer PC de mesa ou portátil oferece um latifúndio de espaço em disco (ou memória de massa), mas isso não deve estimular o usuário a esgotá-lo no menor tempo possível. Até porque, para trabalhar com folga, o Windows precisa de pelo menos 20% de espaço livre na unidade em que se encontra instalado. 

Instalar freewares inúteis simplesmente porque você não paga por eles (na verdade, quando não pagamos por um produto é porque o produto somos nós) não é boa política: não bastasse o espaço que eles ocupam e os recursos que alocam (a maioria pega carona com a inicialização do sistema e roda em segundo plano durante toda a sessão do Windows), alguns ainda embutem códigos maliciosos (geralmente spyware). Portanto, a regra é: menos é mais. Quanto menos inutilitários você instalar, menos processos serão executados nos bastidores e menor será o risco de conflitos, instabilidades, lentidão e, em situações extremas, travamento do sistema.

Muita gente ainda confunde memória com espaço em disco. Ambos são "memória", é verdade. Aliás, computadores usam memória de diversos tipos — RAM, Cache, Flash etc. No entanto, quando falamos simplesmente "memória", estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do sistema, onde os programas são carregados e as informações, processadas (desde o próprio sistema operacional até um simples documento de texto). 

Nenhum dispositivo computacional atual, de um grande mainframe a uma simples calculadora de bolso, funciona sem uma quantidade mínima de RAM. A questão é que o gigabyte de RAM custa bem mais caro que o gigabyte de memória massa (leia-se espaço no HDD). Assim, máquinas de entrada de linha que oferecem entre 500 GB e 1 TB de espaço no disco costumam trazer míseros 2 ou 3 GB de RAM, quando a quantidade recomendável para os padrões atuais seja de 8 GB

Sem memória física suficiente, o processador desperdiça ciclos e mais ciclos de processamento enquanto espera pelos dados armazenados na memória virtual, que é baseada no HDD e, portanto, milhares e milhares de vezes mais lenta que a já relativamente lenta memória RAM.

Explicando melhor: Até o lançamento do Win95, o MS-DOS era o sistema operacional propriamente dito, e uma de seus maiores inconvenientes era ser monotarefa. Ainda que o Windows se valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, o usuário mandar um documento de texto para a impressora e usar a calculadora enquanto a impressão não terminasse. 

O "pulo do gato" da Microsoft (como é considerado o lançamento do Win95) trouxe a multitarefa, e com ela os problemas de falta de memória física. Mas nem tudo são flores nesse jardim. Quando executamos um processador de textos, um editor de imagens, um navegador da Internet e um cliente de e-mail, por exemplo, e nosso antivírus resolve fazer uma varredura em segundo plano, a quantidade de RAM disponível pode ser insuficiente para atender toda essa demanda. 

Vale lembrar que, quando convocamos um app qualquer, a CPU copia para a RAM (a partir da unidade de armazenamento persistente, ou seja, do HDD ou SSD) os respectivos executáveis, DLLs (bibliotecas de ligação dinâmica), arquivos de dados, etc. (se os programas fossem copiados inteiros, não haveria memória física que bastasse). Para evitar as irritantes mensagens de "memória insuficiente" — que eram comuns nas edições vetustas do Windows —, a Intel criou a "memória virtual" (ou swap file, ou arquivo de troca). Mas é preciso ter em mente que se trata de um mero paliativo. A regra é clara: Falta de memória se resolve instalando mais memória, O resto é conversa mole para boi dormir (embora o ReadyBoost possa ajudar em alguns casos).

Continua no próximo capítulo.