MAIS VALE UM MAU ACORDO QUE UMA BOA DEMANDA.
Bastou que a concorrência do NETFLIX (serviço de streaming de vídeo que vem se tornando mais
popular a cada dia entre os usuários tupiniquins) começasse a incomodar as
operadoras de TV por assinatura para a TELEFONICA/VIVO implementar uma absurda limitação de consumo de dados em seus planos
de internet fixa ― pois é, pessoal, é nisso que dá deixar a raposa tomar conta
do galinheiro: as Teles, como a
empresa retrocitada, a OI TELEMAR e
outras mais, são também as principais provedoras de internet em solo
tupiniquim.
A ideia de criar “franquias” na banda larga fixa ― à
semelhança do que vinha sendo feito há tempos nos planos de internet móvel ―
não é exatamente uma novidade, embora jamais tenha sido posta em prática (até
agora), não só por ser antipática aos usuários, mas também devido à saudável
concorrência entre os provedores de link. A partir do último dia 5, no entanto,
a Telefonica/Vivo Internet Fixa (ex-Speedy) resolveu mudar as regras do
jogo: em seus novos contratos de conexão ADSL
com velocidades nominais entre 200 kbps
e 25 Mbps, a empresa resolveu
incluir uma cláusula que estabelece bloqueio do acesso ou redução da velocidade
de conexão sempre que os usuários “estourarem suas franquias” (que variam de 10 GB a 130 GB por mês).
Observação: O esquema já era adotado por outros serviços
de banda larga, como o Vírtua, que,
estabelece franquias de 30 GB (no plano de 2 Mbps) a 500 GB (no plano de 500
Mbps); quando o limite é atingido, a velocidade é reduzida e permanece a passo de tartaruga” até a date de
fechamento da fatura.
A Telefonica/Vivo
afirma que nada irá mudar até o final do ano, e que só passará a cobrar pelo
tráfego excedente ― ou reduzir a velocidade de conexão, ou ainda bloquear o
sinal ― depois de divulgar as novas regras em campanhas informativas (ufa, que
alívio, não?), e que, por enquanto, as mudanças não se aplicam a quem contratou
o serviço antes do último dia 5, embora não descarte a possibilidade de
estender essa restrição também os contratos antigos.
Os contratos da NET
incluem tradicionalmente a franquia de dados, e o consumo pode ser acompanhado
pelo site da empresa, segundo a qual, aliás, poucos clientes ultrapassam os
limites estabelecidos ― caso em que a velocidade é reduzida até o fechamento da
fatura e restabelecida a partir da zero hora do dia seguinte. A Oi também inclui a cláusula restritiva
em seus contratos, mas não pratica o corte do sinal nos planos de banda larga
fixa, ao passo que a TIM, por seu
turno, garante que não pretende adotar modelo semelhante em sua internet por
fibra, disponível em São Paulo e Rio de Janeiro, nem fazer quaisquer alterações
nos planos atuais.