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terça-feira, 12 de julho de 2016

DE VOLTA À NOVELA DA BANDA LARGA FIXA

NUNCA TOME ATITUDES PERMANENTES BASEADO EM SENTIMENTOS TEMPORÁRIOS.

Algumas novidades sobre a limitação do tráfego de dados nos planos de banda larga fixa me levaram a reagendar (para amanhã) a conclusão da matéria sobre fones de ouvido. Vamos a elas:

Devido a notória conivência da ANATEL com a iniciativa das TELES de fixar limites no serviço de banda larga fixa, o presidente da agência, João Rezende, e diversos diretores tiveram informações pessoais (RG, CPF, data de nascimento, email corporativo e pessoal, endereço residencial e congêneres) divulgadas pela célula brasileira do grupo hacker Anonymous.

Observação: Vale lembrar que essa iniciativa das operadoras (encabeçada pela VIVO) provocou revolta entre os usuários e originou abaixo-assinados e ações judiciais promovidos por órgãos de defesa do consumidor  que resultaram na proibição temporária da implementação das franquias , e que, no fim de junho, os computadores da ANATEL foram “sequestrados”, e a liberação do acesso, vinculada pelos hackers à proibição definitiva das abomináveis franquias (para mais detalhes, clique aqui).

Enquanto a população se mobiliza para não ter seus direitos cerceados ― aliás, recente pesquisa realizada pelo site do Senado deu conta de que 99% dos entrevistados se posicionaram contra a limitação dos dadosRezende insiste na desculpa esfarrapada de que não cabe à agência interferir na forma como as empresas cobram por seus serviços ― o que levou o presidente da OAB a defender publicamente a necessidade de se “avaliar o papel do órgão regulador, que deve atuar em defesa do consumidor, e não como um sindicato das empresas de telefonia”.

Recentemente, o projeto de lei 174/2016, do senador tucano Ricardo Ferraço, recebeu parecer favorável do relator e deverá ser votado hoje (12) na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática. A proposta altera o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014) e proíbe a criação de planos de franquia de dados na banda larga fixa.

Para Ferraço, diversos aspectos do exercício da cidadania (como ensino a distância, declaração do imposto de renda e pagamento de obrigações tributárias) dependem da internet, razão pela qual ele considera a limitação do tráfego de dados na rede como um indesejável e descabido retrocesso.

Vamos continuar acompanhado. E torcendo.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

MAIS SOBRE A DEPLORÁVEL NOVELA DA LIMITAÇÃO DE TRÁFEGO NA BANDA LARGA FIXA

MUITAS VERDADES QUE TEMOS DEPENDEM DO NOSSO PONTO DE VISTA.


Conforme eu comentei anteriormente, a polêmica da limitação de dados na banda larga fixa surgiu quando a TELEFONICA/VIVO ventilou sua intenção de estabelecer franquias e cobrar pelo tráfego excedente ― ou mesmo bloquear o sinal ― dos usuários que excedem sua “cota” de dados, à semelhança do que é feito na internet móvel (via celular).

Também como já foi dito, além de despropositada, retrógrada e imoral, essa medida é também questionável do ponto de vista legal, notadamente se estendida de forma unilateral aos contratos em vigor (como pretendiam fazer a Vivo e as demais teles, com exceção da TIM, que decidiu ir na contramão das concorrentes e garantir aos usuários do TIM LIVE o direito de navegar sem se preocupar com limites e franquias, conforme foi anunciado pelo presidente da companhia, Rodrigo Abreu, em meados do mês passado.

Todavia, diante da grita geral e da contestação feita por diversos órgãos ligados à defesa do consumidor, depois de muitas idas e vindas a ANATEL ― que deveria coibir abusos das operadoras, mas aplaudiu a iniciativa ― acabou colocando a coisa em suspenso até ulterior deliberação (mais detalhes nesta postagem). 

Agora, o Governo Federal criou uma enquete no site oficial do Senado para saber a opinião dos internautas sobre o tema em preço (a data limite para participação é 15 de junho p.f.). Dentre outras questões (cretinas, a meu ver, por motivos óbvios), a enquete pede ao participante que se posicione a favor ou contra a limitação do consumo de dados na banda larga fixa; se limitar esse consumo está de acordo com os princípios do Marco Civil da Internet; se é a favor ou contra o bloqueio coletivo de aplicativos de comunicação por decisões judiciais, e por aí segue essa procissão de bobagens ― até porque todos sabemos quais serão as respostas dos usuários. 

Seja como for, não custa lembrar que ainda é possível assinar a petição oficial criada pela PROTESTE . Como eu costumo dizer, mais vale acender uma vela do que simplesmente amaldiçoar a escuridão.

Por hoje é só, pessoal. Abraços e até a próxima.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

DE VOLTA (NOVAMENTE) ÀS FRANQUIAS NA BANDA LARGA FIXA

MAIS VALE ACENDER UMA VELA DO QUE AMALDIÇOAR A ESCURIDÃO

Conforme eu ponderei logo no início dessa interminável novela das franquias, a popularização do NETFLIX foi um dos, senão o maior responsável pela iniciativa da TELEFONICA/VIVO de estender a limitação do tráfego de dados também aos contratos de banda larga fixa, à semelhança do que já faziam na internet móvel. Isso porque assistir a filmes e seriados via streaming sai bem mais barato do que contratar planos de TV por assinatura, e ainda permite escolher o que e quando se deseja ver, pausar a exibição e retomá-la a qualquer momento, e por segue a procissão.

A questão é que as empresas que comercializam pacotes de TV por assinatura são as mesmas que operam como provedores de Internet, de modo que, como seria de se esperar, meu palpite foi corroborado pela maioria dos analistas que trataram dessa polêmica nas últimas semanas.

Claro que em tempos bicudos, com a crise comendo solta, as empresas têm de inovar para auferir lucros ― ou pelo menos administrar os prejuízos. Meses atrás, num post sobre Fernando Haddad ― nosso deplorável alcaide petista ―, eu comentei que a única indústria que ainda dava lucro aqui em Sampa era a “indústria das multas de trânsito”, haja vista o grande número de radares que sua insolência adicionou aos que herdou das gestões anteriores (e o mais interessante é que esse equipamento funciona faça chuva ou faça sol, diferentemente dos semáforos, que ficam inoperantes ao menor prenúncio de temporal, mas isso já é outra história).

Enfim, volto novamente ao assunto em face do balanço financeiro da TELEFONICA/VIVO ― a operadora que primeiro suscitou a patifaria de estabelecer franquias para a banda larga fixa ―, que registrou lucro líquido de nada menos que R$1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2016 ― um aumento de quase 180% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo excluindo do cálculo os valores obtidos com a venda de torres, o crescimento foi de mais de 100%, o que, convenhamos, é impressionante num cenário como o atual.

É inadmissível que a empresa fique “regulando mixaria”, como se diz em linguagem popular, buscando maneiras de extorquir usuários que excederem as tais “franquias” (mediante cobrança de valores diferenciados para cada megabyte adicional) ou de impedi-los de usufruir plenamente do serviço a que têm direito, mediante a redução da velocidade ou do bloqueio do sinal.
É impressionante o ponto a que chega a ganância de alguns empresários ― como comprovam as investigações da Lava-Jato no âmbito das empreiteiras, que, através do propinoduto batizado de Petrolão, acarretaram um prejuízo de dezenas de bilhões de reais aos cofres da Petrobras (ou ao Erário, em última análise). É mole?

Embora uma análise isenta do contexto atual dê conta de que a população vem sendo cada vez menos tolerante ao desrespeito a seus direitos e se conscientizando de que a união faz a força (e a posição adotada pelo plenário da Câmara no julgamento da admissibilidade do impeachment da presidanta comprova o que eu estou dizendo, já que, sem a pressão das ruas, dificilmente o placar seria o que se se viu naquele domingo histórico), não podemos nos dar ao luxo de esmorecer. Portanto, assine e recomende a seus parentes, amigos e conhecidos que também assinem toda e qualquer petição online contra as arbitrárias franquias de dados

Afinal, mais vale acender uma vela do que simplesmente amaldiçoar a escuridão! 

quarta-feira, 20 de abril de 2016

AINDA SOBRE AS FRANQUIAS DE DADOS NA BANDA LARGA FIXA

NÃO HAVENDO JUSTIÇA, O QUE SÃO OS GOVERNOS SENÃO UM BANDO DE LADRÕES?

A postagem de hoje deveria concluir a sequência COMPUTADOR NOVO, mas eu achei por bem transferir reprogramá-la para a próxima segunda-feira (vale lembrar que amanhã é feriado nacional) devido à importância do tema que torno a abordar a seguir. Confira:

Depois que VIVO anunciou que passaria a estabelecer franquias de dados nos contratos de banda larga fixa ― no que foi seguida pela maioria das demais operadoras ―, choveram protestos e abaixo-assinados na Web, reclamando dessa alteração unilateral e arbitrária nas regras do jogo. A propósito, eu já abordei esse tema em diversas oportunidades, como você pode conferir clicando aqui, aqui e aqui.

Recentemente, a operadora divulgou nota dando conta de que os clientes GVT e VIVO FIBRA que adquiriram os serviços até 01/04/2016 terão seus contratos mantidos; ou seja, somente quem contratou os serviços a partir de 02/04/2016 estará sujeito às novas regras, embora, promocionalmente, não haverá bloqueio do sinal até 31/12/2016.

Segundo a PROTESTE ― associação brasileira não governamental de defesa do consumidor ― impor franquias de dados na banda larga fixa não só é ilegal como contraria o Marco Civil da Internet, segundo o qual uma operadora só pode barrar o acesso de um cliente no caso de ele deixar de pagar a conta.

A ANATEL ― que é o órgão regulamentador das Telecomunicações no Brasil ― fez de conta que deu um puxão de orelha nas TELES, publicando no Diário Oficial da União da última segunda-feira uma norma que impede a redução ou suspensão do sinal ― ou mesmo a cobrança de tarifas excedentes ― dos usuários que esgotarem suas franquias, mas autoriza a sacanagem depois de 3 meses contados a partir do momento em que as empresas passarem a disponibilizar ferramentas que permitam o acompanhamento do consumo de dados em tempo real ao longo do mês. Um descalabro, convenhamos, notadamente porque a alteração nas regras do jogo estava prevista para entrar em vigor somente no ano que vem.

O que a ANATEL fez foi bancar o mocinho e agir como o vilão. Até porque a questão não é o direito de ser avisado sobre a proximidade do esgotamento da franquia contratada, mas sim a imposição das franquias e o corte do sinal quando o limite de tráfego é excedido. Por isso, a associação de consumidores ajuizou ação judicial visando impedir que as TELES adotem o limite de dados ― o processo aguarda apreciação da 5ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ― e continua em sua luta contra essa iniciativa lesiva, mantendo no ar seu abaixo assinado contra o bloqueio do sinal de internet, que já conta com mais de 125 mil assinaturas.

Observação: O Ministério das Comunicações encaminhou recentemente um ofício à ANATEL, determinando a adoção de medidas mais firmes no sentido de impedir o desrespeito aos direitos dos consumidores. "Os contratos não podem ser alterados unilateralmente” afirmou o ministro André Figueiredo. A VIVO reiterou sua posição no sentido de que "a mudança no modelo de cobrança não interfere nos contratos celebrados até 4 de fevereiro de 2016”.

Não espere que os outros defendam seus direitos, faça você também a sua parte (para mais informações sobre esse assunto polêmico, siga este link).

Bom feriadão a todos e até segunda, se Deus quiser.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

AVISO IMPORTANTE AOS NAVEGANTES

MÉDICOS SÃO BIÓLOGOS FRUSTRADOS, POIS SE ESPECIALIZAM EM APENAS UMA ESPÉCIE.

Quem acompanha este Blog deve estar lembrado de que minhas postagens dos dias 11 e 21 do mês passado alertavam para uma maracutaia da VIVO ― que logo foi seguida pelas demais operadoras, com exceção  da TIM ―, visando estender aos planos de banda larga fixa as abomináveis cotas de dados que há tempos aporrinham os usuários de internet móvel (via celular).

Essa lamentável mudança nas regras do jogo provocou chiadeira geral e deu margem a uma profusão de abaixo-assinados contra a mudança, que, aliás, é considerada ilegal pela PROTESTE e outros órgãos de defesa do consumidor.

Observação: Desde que a adoção de franquias na banda larga fixa foi anunciada pela VivoOi e Net, os usuários iniciaram uma mobilização com o objetivo de impedir que a medida entrasse em vigor. Para tanto, inúmeras petições online foram criadas ― para ter acesso aos principais abaixo-assinados, clique aquiaqui e aqui.

Segundo as prestadoras, a medida restritiva passará a valer somente no ano que vem, e até lá muita água vai rolar. No entanto, devido a um lampejo de lucidez ou à expectativa de uma enxurrada de reclamações e ações judiciais, a VIVO informou através de nota que “CLIENTES GVT E VIVO FIBRA QUE ADQUIRIRAM OS SERVIÇOS ATÉ 01/04/2016 ESTÃO COM SEUS CONTRATOS MANTIDOS, COM USO ILIMITADO DA INTERNET FIXA. QUEM COMPROU OS SERVIÇOS A PARTIR DE 02/04/2016 ESTÁ SUJEITO AO NOVO CONTRATO, PORÉM COM CONDIÇÕES PROMOCIONAIS ATÉ 31/12/2016 DE MANUTENÇÃO DO SERVIÇO DE INTERNET SEM BLOQUEIO, MESMO APÓS O TÉRMINO DA FRANQUIA DE DADOS CONTRATADA”.

Nos planos ADSL, as franquias contemplarão somente os contratos celebrados a partir do dia 5 de fevereiro passado.

E como hoje é sexta-feira:



Na segunda-feria a gente volta a tratar do Correio Eletrônico. Bom final de semana a todos e até lá.

segunda-feira, 21 de março de 2016

DE VOLTA AO LIMITE DE DADOS NA BANDA LARGA FIXA

QUEM FALA MENOS ACERTA MAIS.

Conforme eu adiantei nesta postagem, a TELEFONICA/VIVO anunciou recentemente a intenção de associar limites de dados aos contratos de banda larga fixa, e cobrar pelo tráfego excedente ― ou reduzir a velocidade, ou ainda suspender o sinal quando o usuário esgota a franquia do mês, como é feito atualmente no acesso via telefonia móvel celular.

Observação: Curiosamente, um dos slogans da VIVO é "CONECTADOS VIVEMOS MELHOR". Sugestivo, não?

Como tudo o que não presta é rapidamente copiado por quem também não presta, a NET e a OI se apressaram a anunciar que seguirão pelo mesmo caminho, em flagrante desrespeito aos usuários de planos que vinham sendo regulados por velocidade, sem limitar o volume máximo de dados. E como nosso governo também não presta (haja vista a situação calamitosa em que deixou o país), a ANATEL, que deveria coibir abusos das operadoras, aplaudiu a iniciativa ― que achou não só justa, mas também acorde com os interesses dos usuários (sob qual ponto de vista, só Deus sabe).

Usando o Netflix como exemplo, o site Olhar Digital levantou alguns dados alarmantes sobre essa forma de cobrança: se o usuário assistir a dois episódios da sua série favorita por dia, com cerca de 50 minutos cada um, e em alta resolução, ao fim do mês terá gasto 180GB da sua franquia de dados fixa, sendo que o plano mais alto e caro da VIVO oferece apenas 130GB.

Na opinião de Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da associação de defesa do consumidor PROTESTE, esse tipo de cobrança é ilegal: "Nós entendemos que a ANATEL não pode se omitir e aceitar essa mudança, porque o consumidor é quem vai sair perdendo. Uma mudança como essa precisa passar por uma ampla discussão antes de ser aprovada. Isso é um retrocesso". Vale lembrar que a PROTESTE tem uma ação civil pública ainda em andamento na Justiça contra as operadoras OI, VIVO, CLARO, NET e TIM (mesmo que esta última não imponha limites de dados na rede fixa), visando impedir que as empresas limitem o acesso do consumidor à internet por meio de franquias, tanto no celular quanto em conexões fixas. À luz do Marco Civil da Internet, uma companhia de telecomunicações só pode impedir o acesso de um cliente à internet se este deixar de pagar a conta.

O fato é que as operadoras estão aproveitando uma brecha na legislação ― que proíbe explicitamente o modo de cobrança por franquia ― para "obrigar" o consumidor a pagar mais caro por um plano com um limite maior, mesmo que a qualidade da conexão ainda deixe a desejar em termos de estabilidade e velocidade. Isso pode acabar sendo um tiro no pé, pois estimula os consumidores a migrar para uma internet de fibra ótica. Mas numa terra em que indiciado é empossado ministro para escapar das garras da Justiça, nada mais surpreende.

A conferir.

sexta-feira, 11 de março de 2016

OLHA A SACANAGEM DA VIVO AÍ, GENTE!!!

MAIS VALE UM MAU ACORDO QUE UMA BOA DEMANDA.

Bastou que a concorrência do NETFLIX (serviço de streaming de vídeo que vem se tornando mais popular a cada dia entre os usuários tupiniquins) começasse a incomodar as operadoras de TV por assinatura para a TELEFONICA/VIVO implementar uma absurda limitação de consumo de dados em seus planos de internet fixa ― pois é, pessoal, é nisso que dá deixar a raposa tomar conta do galinheiro: as Teles, como a empresa retrocitada, a OI TELEMAR e outras mais, são também as principais provedoras de internet em solo tupiniquim. 

A ideia de criar “franquias” na banda larga fixa ― à semelhança do que vinha sendo feito há tempos nos planos de internet móvel ― não é exatamente uma novidade, embora jamais tenha sido posta em prática (até agora), não só por ser antipática aos usuários, mas também devido à saudável concorrência entre os provedores de link. A partir do último dia 5, no entanto, a Telefonica/Vivo Internet Fixa (ex-Speedy) resolveu mudar as regras do jogo: em seus novos contratos de conexão ADSL com velocidades nominais entre 200 kbps e 25 Mbps, a empresa resolveu incluir uma cláusula que estabelece bloqueio do acesso ou redução da velocidade de conexão sempre que os usuários “estourarem suas franquias” (que variam de 10 GB a 130 GB por mês).

Observação: O esquema já era adotado por outros serviços de banda larga, como o Vírtua, que, estabelece franquias de 30 GB (no plano de 2 Mbps) a 500 GB (no plano de 500 Mbps); quando o limite é atingido, a velocidade é reduzida e  permanece a passo de tartaruga” até a date de fechamento da fatura.

A Telefonica/Vivo afirma que nada irá mudar até o final do ano, e que só passará a cobrar pelo tráfego excedente ― ou reduzir a velocidade de conexão, ou ainda bloquear o sinal ― depois de divulgar as novas regras em campanhas informativas (ufa, que alívio, não?), e que, por enquanto, as mudanças não se aplicam a quem contratou o serviço antes do último dia 5, embora não descarte a possibilidade de estender essa restrição também os contratos antigos.

Os contratos da NET incluem tradicionalmente a franquia de dados, e o consumo pode ser acompanhado pelo site da empresa, segundo a qual, aliás, poucos clientes ultrapassam os limites estabelecidos ― caso em que a velocidade é reduzida até o fechamento da fatura e restabelecida a partir da zero hora do dia seguinte. A Oi também inclui a cláusula restritiva em seus contratos, mas não pratica o corte do sinal nos planos de banda larga fixa, ao passo que a TIM, por seu turno, garante que não pretende adotar modelo semelhante em sua internet por fibra, disponível em São Paulo e Rio de Janeiro, nem fazer quaisquer alterações nos planos atuais.

(Com informações da Oficina da Net e do Tecnoblog).

E como hoje é sexta-feira:





Bom f.d.s. a todos.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

CONCORRÊNCIA ENTRE OPERADORAS FAVORECE USUÁRIOS DE CELULAR

É BOM SER IMPORTANTE, MAS MAIS IMPORTANTE É SER BOM! 

A TIM anunciou há poucos dias o fim da cobrança diferenciada das chamadas feitas para celulares de outras operadoras, em que o minuto custa até 40 vezes mais do que entre usuários da mesma rede. Agora, o valor vai baixar de R$1,50 por minuto, em média, para R$0,25 — preço igual ao de uma ligação de TIM para TIM (para ler a íntegra da notícia, link é http://vai.la/iexH; para mais informações sobre como ter direito às novas tarifas, basta ligar para *222 ou *144#).

A Oi foi pelo mesmo caminho (mais detalhes neste link). Conforme a operadora anunciou ontem (3), as ligações para números de outras operadoras vão custar R$0,30 por minuto — mesmo valor das chamas de Oi para Oi. Inicialmente, a oferta chega aos clientes pré-pagos por meio do plano Oi Livre, mas, a partir do próximo dia 25, será estendida também aos clientes pós e controle. Vale notar que a adesão aos novos planos não é automática; caso queiram mudar, os clientes precisam entrar em contato com a operadora para solicitar a adesão.

Além da inegável vantagem para os assinantes, o nivelamento “por baixo” no preço das ligações deverá diminuir o número de linhas ativas, pois os usuários não precisarão mais utilizar chips das diversas operadoras para aproveitar a gratuidade ou os preços promocionais nas ligações para usuários da mesma rede. Aliás, a base de telefonia celular pré-paga no Brasil vem encolhendo há algum tempo. Segundo a ANATEL, em agosto passado o número de linhas pré-pagas foi reduzido em quase 2 milhões (em relação ao mês anterior), ao passo que o das pós-pagas aumentou 535 mil.

Com a palavra a CLARO e a VIVO, que devem seguir as concorrentes para não perder clientes.

Abraços e até mais ler. 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

SMARTPHONES - INTERNET VIA 3G/4G - ARAPUCA DAS OPERADORAS

CINQUENTA ANOS ATRÁS, EU SABIA TUDO. HOJE, SEI QUE NADA SEI. A EDUCAÇÃO É A DESCOBERTA PROGRESSIVA DA NOSSA IGNORÂNCIA.

O minuto de ligação via rede celular no Brasil está entre os mais caros do mundo, segundo um levantamento feito no ano passado pela UIT (União Internacional de Telecomunicações, órgão ligado às Nações Unidas). O SINDITELEBRASIL contesta a metodologia, alegando que a pesquisa teria sido baseada no preço-teto homologado pela ANATEL, e não no preço médio praticado pelas operadoras (em torno de US$ 0,07 por minuto de ligação), embora reconheça que as empresas inflacionam as tarifas que submetem ao órgão regulador e depois oferecem as mais variadas “promoções” para manter a competitividade de seus serviços (tais como ligações gratuitas ou ilimitadas a preço fixo entre números da mesma rede, “pacotes” de torpedos, franquias de dados para navegação na Web, e por aí vai).

A despeito do desconforto proporcionado pelas telinhas dos smartphones, a navegação móvel cativa a clientela e contribui significativamente para encher as burras das operadoras. No entanto, seja por falta de infraestrutura que lhes permitia fazer frente à crescente demanda, seja para forçar os usuários a migrar para planos mais caros, as empresas mudaram as regras do jogo, primeiro estipulando franquias miseráveis, cujo consumo integral implicava na redução da velocidade de navegação, e, mais adiante, com a pura e simples suspensão do serviço (para mais detalhes, clique aqui e aqui).

Felizmente, na última segunda-feira a Justiça do Rio de Janeiro determinou que as operadoras mantenham o acesso à Internet móvel mesmo depois que o usuário esgote a franquia de dados contratada. Em caráter liminar, essa decisão é válida para todo o estado e alcança as quatro principais operadoras de telefonia celular ─ que, em sua defesa, alegam motivos técnicos para o bloqueio do sinal, embora o PROCON classifique a medida como "má-fé", pois os princípios que regem as relações de consumo asseguram ao consumidor informações claras e adequadas sobre os produtos e serviços, bem como o protegem contra publicidade enganosa e práticas comerciais desleais ou coercitivas.

Observação: O Rio não foi o primeiro Estado brasileiro a proibir esse acinte; anteriormente, o Maranhão e o Acre já haviam feito o mesmo. Tomara que os bons ventos espalhem esse fumus boni iuris pelos demais Estados da Federação, mas como estamos no Brasil, nunca se sabe...

Para adicionar um pouco de “cor pessoal” a esta postagem, segue um breve relato da minha experiência com a telefonia celular em solo tupiniquim, que remonta ao apagar das luzes do século passado, quando me tornei cliente da TELESP CELULAR e, mais adiante, da BCP:

Quando a TIM trouxe a tecnologia GSM para São Paulo, fui um de seus primeiros clientes, e assim permaneci até meados da década passada, quando migrei para a CLARO (vale mencionar que, nesse entretempo, usei também serviços da VIVO e da OI, embora como opções secundárias e por períodos relativamente curtos). Enfim, se, com a TIM, o único problema foi alguém tentar adquirir um plano usando meus dados cadastrais (a operadora bloqueou a transação e entrou em contato comigo no primeiro dia útil consecutivo), minha relação com a CLARO foi bem mais pródiga em adversidades, a começar pelo fato de o aparelho e o SIM Card, adquiridos via telemarketing, terem sido entregues em outro endereço, o uso indevido da linha ter gerado uma conta que me foi apresentada anos depois (perdi horas e horas pendurado na linha para convencer a empresa de que a cobrança era indevida). Outro perrengue digno de nota se deu em meados de 2012, quando troquei meu plano pós-pago por um Controle 50 e a partir daí comecei a receber duas contas (para resolver o problema foi preciso pedir socorro à ANATEL). Quando minha fatura passou de R$50 para R$53,90 (sem prévio aviso), descobri pelo site da empresa que meu plano tinha sido descontinuado e que o mais parecido era (e continua sendo) o Controle R$51,90.  Com efeito, as mensagens de texto (SMS), ligações de Claro para Claro e para telefones fixos e celulares de outras operadoras têm custos semelhantes, e a franquia mensal (R$31,90) também empata, mas o valor da fatura não bate e os R$0,99 por dia, que remetem ao uso da rede 4G, são debitados mesmo quando eu não utilizo o serviço.

O jeito será buscar esclarecimentos junto à dona CLARO, mas confesso que isso não me anima, pois é preciso muita sorte e um bocado de paciência para falar com um atendente que tenha boa vontade e capacidade para prestar um atendimento eficiente, e a maioria deles não sabe sequer o que está fazendo ali. Infelizmente.

Mas como hoje é sexta-feira:

As Cinquenta Sombras de Grey (versão alentejana).

Quatro alentejanos costumavam ir pescar sempre na mesma época, montando um acampamento para o efeito. Neste ano, a mulher do João bateu o pé e disse que ele não ia. Profundamente desapontado, João telefonou aos companheiros e disse-lhes que desta vez não podia ir porque a mulher não deixava.
Dois dias depois, os outros chegaram ao local do acampamento e, muito surpreendidos, encontraram lá o João à espera deles, com a sua tenda já armada.
- Atão, João, comé que conseguisti convencer a patroa a deixar-te viri?
- Bêm, a minha mulheri tên estado a ler "As Cinquenta Sombras de Grey" e, ontem à nôte, depois de acabar a última página do livro, arrastô-me para o quarto. Na cama, havia algemas e cordas! Mandô-me algemá-la e amarrá-la à cama e opois disse: Agora, faz tudo o que quiseres...
E Ê ... VIM PESCARI !

Bom final de semana a todos e até mais ler.