Após as considerações conceituais expendidas no post anterior, podemos dizer que quem tenciona integrar um PC (ou comprar uma máquina montada) com tecnologia
Intel de última geração tem como opção a linha
Core 2010 (
Core i3, Core i5 e Core i7, respectivamente de entrada de linha, médio e alto desempenho).
Os
Core i3 – que substituem os modelos
Core2Duo – representam a escolha natural para usuários domésticos comuns, com dois núcleos de processamento,
Hyper-Threading (que acrescenta mais dois “núcleos virtuais”), memória cache de
4 MB compartilhada (nível L3), suporte para memória
RAM DDR3 de até
1333 MHz, controlador de vídeo integrado e controlador de memória interno com suporte para o
Dual Channel. Já os
Core i5 (com dois ou quatro núcleos e até
8MB de memória cache compartilhada) vão mais além, visando atender as necessidades dos “heavy-users”, que trabalham com aplicações mais pesadas. E para os mais exigentes, a cereja do bolo, pelo menos por enquanto (*), são os
Core i7, que possuem no mínimo
quatro núcleos (o i7-980X tem seis), memória cache L3 de
8 MB e tecnologias
Intel Turbo Boost,
Hyper-Threading,
HD Boost e
QPI, dentre outros aprimoramentos. (Para mais detalhes, cliquei
aqui).
Observação: Se sua idéia for fazer apenas um upgrade ao invés de partir para um PC zero km, tenha em mente que esses chips requerem
placas-mãe com soquete LGA 1156 (em outras palavras, ainda que seja tecnicamente possível, a “recauchutagem” certamente não será economicamente viável). O soquete faz a interface entre a CPU e a placa-mãe, e ainda que um único modelo atenda várias gerações, mudanças no projeto dos chips podem exigir a criação de novos modelos. Então, na hora de comprar um processador "avulso", verifique qual soquete sua placa-mãe oferece, de maneira a assegurar a respectiva compatibilidade.
Para quem não faz questão absoluta de ter um
PC “Intel Inside”, a
AMD oferece boas opções de microchips com preços mais em conta que os da concorrente. No início do ano passado, ela lançou os primeiros processadores
Phenom II – quad-core “Deneb” –, seguidos pelos modelos
X3 (de três núcleos) e, mais adiante, os
X4 945, de 3.0 GHz.
Se você deseja desempenho diferenciado, não ficará decepcionado com o
Phenom II X6 1090T (de 3.2GHz, seis núcleos e 45 nanômetros, que pode alcançar até 3.6GHz com o Turbo Core – tecnologia equivalente ao overlocking automático da Intel, batizado de Turbo Boost). Com cache L3 de 6 MB, esse chip oferece uma performance 20% superior ao Intel Core i7-980X, embora fique devendo uma resposta ao
hyper-threading da linha principal da concorrente. Por outro lado, sendo mais amigável em termos de compatibilidade (podendo ser instalado em qualquer placa com soquetes
AM2+ ou
AM3, a perspectiva de um simples upgrade resulta numa excelente solução para quem deseja usufruir dos benefícios de um processador novo e atualizado.
Para quem não quer gastar muito, uma boa opção é o
Phenom II X4 945: apesar de custar metade do preço do X6, ele é apenas 7% mais lento (o X6 é um parente do X4 com dois núcleos extras, mas ambos têm 6MB de cache L3 e operam em um barramento HyperTransport de 2GHz, conquanto o primeiro tenha clock de 3GHz com overclocking automático de até 3.6GHz). E se você deseja algo ainda mais em conta, o
Athlon II X4 635 oferece bom desempenho, a despeito de não dispor de cache L3 (em termos operacionais, ele é bastante semelhante ao Phenom II X4 945, embora opere numa freqüência um pouco inferior).
Para concluir, não custa relembrar que, a despeito da inegável importância do processador, os demais componentes também influenciam sobremaneira a performance do PC:
uma máquina com pouca RAM, por exemplo, obrigará o Windows a recorrer constantemente ao
swap file e à lenta memória virtual; um subsistema de vídeo sem
GPU e memória dedicada irá consumir ciclos de processamento e alocar parte da RAM para realizar a árdua tarefa de gerar as imagens exibidas no monitor – isso sem mencionar que os recursos da
placa-mãe e respectivo
chipset também são relevantes, na medida em que “intermediam” o relacionamento da CPU com os demais componentes do sistema.
(*) Devem chegar em breve ao mercado os novos
Intel Core i9 , com núcleo
Gulftown, baseados na micro arquitetura
Westmere de 6 núcleos com HT (12 núcleos no total, considerando os 6 virtuais) e fabricados no processo de 32 nanômetros.
Um bom dia a todos e até a próxima.