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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

DE VOLTA AOS NO-BREAKS — SEGUNDA PARTE


O TEMPO É UMA FACE NA ÁGUA.

A energia elétrica, como quase tudo mais no Brasil, não prima pela boa qualidade. Em São Paulo — a maior e mais rica cidade do país — a AES Eletropaulo (que agora atende por ENEL) ficou entre as piores concessionárias de energia em 2015, segundo ranking elaborado pela agência reguladora ANEEL. Daí ser fundamental protegermos nossos eletroeletrônicos dos distúrbios da rede elétrica.

A energia que alimenta nossas casas é de tensão alternada, ou seja, a corrente alterna entre valores positivos e negativos — por exemplo, entre 110 volts e -110 volts. A quantidade de vezes que isso acontece a cada segundo determina a frequência da rede, que no Brasil é de 60 Hz (60 alternâncias por segundo). Subtensões ocorrem quando a rede não é capaz de fornecer a tensão nominal, causando uma queda súbita, e sobretensões (ou picos de tensão), quando a tensão fornecida é superior à esperada. Ambas são prejudiciais, mas basta dispor de um estabilizador de tensão de boa qualidade para evitar maiores aborrecimentos. Vejamos isso melhor.

Como eu já disse, filtros de linha são “réguas” providas de fusíveis que se queimam durante um pico de energia, impedindo que o aumento da tensão danifique os dispositivos a eles conectados. Só que essa queima nem sempre se dá com a rapidez necessária, razão pela qual o dispositivo acaba servindo apenas para multiplicar o número de aparelhos ligados à mesma tomada, coisa que um simples também faz, e por um custo menor.

Resta-nos recorrer a estabilizador de tensão ou, melhor ainda, a um no-break. Tanto um quanto o outro filtram a energia elétrica, prevenindo danos decorrentes de distúrbios como sobretensões, subtensões, transientes e assemelhados, mas só o no-break mantém os aparelhos funcionando quando falta energia na tomada (como no caso de um apagão da rede da concessionária).

Conforme eu adiantei no post anterior, no-breaks offline (ou standby) são mais baratos, mas sua proteção deixa a desejar, pois eles apenas filtram a energia e a entregam diretamente ao equipamento protegido. Quando falta força, suas baterias entram ação, naturalmente, mas o circuito responsável pelo chaveamento demora alguns milissegundos para fazer a troca, de modo que não se deve usar esse tipo de no-break para proteger servidores, equipamentos hospitalares e outros que exerçam funções críticas. Os no-breaks online, por sua vez, alimentam os aparelhos diretamente pela bateria, isolando-os da rede elétrica e livrando-os dos efeitos danosos de variações e surtos que possam ocorrer.

Observação: Uma versão intermediária, conhecida como “interativa”, regula a tensão da rede antes de repassá-la aos equipamentos protegidos ou alimentar as baterias do próprio dispositivo. Nesse caso, o inversor fica permanentemente ligado e um circuito de monitoramento se encarrega de verificar a tensão e usar a energia do inversor em caso de queda.

Para uso doméstico, um no-break offline é melhor do que um estabilizador de tensão, que é muito melhor do que um filtro de linha. Mas investindo um pouquinho mais você leva para casa um modelo online ou, no mínimo, um offline interativo. Só tenha em mente que a escolha do modelo adequado às suas necessidades vai muito além disso, como veremos no post de amanhã. Até lá.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

DE VOLTA AOS NO-BREAKS


A POSSIBILIDADE DE ESCURIDÃO É QUE FAZ O DIA TÃO LUMINOSO.

Vimos que filtros de linha não filtram coisa nenhuma e que para proteger o computador dos distúrbios da rede elétrica deve-se usar um estabilizador de tensão ou um no-break. Ambos oferecem proteção contra surtos de tensão, transientes e assemelhados, mas só o no-break alimenta os dispositivos a ele ligados, no caso de um apagão na rede elétrica.

Vimos também que os modelos online (UPS) são preferíveis aos offline (mais baratos, mas menos eficientes), e que o aparelho precisa disponibilizar carga suficiente para alimentar o PC, o monitor, o HD externo e os demais periféricos que tencionamos proteger por pelo menos 15 minutos — tempo suficiente para fechar os arquivos e aplicativos, encerrar o Windows e desligar o computador em segurança.

Calcular a potência necessária para proteger esses aparelhos seria seria mais fácil se os fabricantes de no-breaks informassem sua capacidade não em watts (W), que é a unidade de medida usada para expressar o consumo de aparelhos elétricos e eletroeletrônicos em geral. Mas basta multiplicar o valor em volt-ampère (VA) pelo fator de potência — ambos vêm expressos na etiqueta e no manual dos no-breaks — para fazer a conversão (detalhes nas próximas postagens).

Ao escolher um no-break, assegure-se de que a potência do modelo em vista seja 30% superior ao consumo total dos aparelhos que ele deverá alimentar quando faltar energia da rede. Mas veremos tudo isso em detalhes na próxima postagem. Até lá.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

TEMPESTADES DE VERÃO — TERCEIRA PARTE (SOBRE ESTABILIZADORES DE TENSÃO E NOBREAKS)


OS INFINITAMENTE PEQUENOS TEM UM ORGULHO INFINITAMENTE GRANDE.

Como eu dizia no capítulo anterior, filtros de linha não filtram coisa alguma, pois não passam de benjamins providos de fusíveis ou LEDs que fazes as vezes de varistor. Para proteger seus eletroeletrônicos dos distúrbios da rede elétrica, use um nobreak. 

Um estabilizador de tensão custa mais barato e também quebra o galho, pois é capaz de “compensar” as variações de tensão da rede (para mais ou para menos). Mas, volto a insistir, um pico de energia de grande amplitude pode burlar a proteção de seus varistores e atingir os aparelhos que eles deveriam proteger.

Ao escolher um estabilizador, assegure-se de que ele seja certificado pelo INMETRO. Todos oferecem proteção contra surtos de tensão, naturalmente, mas alguns incluem recursos como desligamento automático (destinado a proteger os eletroeletrônicos se um pico de energia superar a tensão máxima de operação), proteção térmica adicional contra sobrecarga, aumento da faixa de tensão de entrada (45% em redes 110~127 V e 40% em 220 V) e sensor de potência (que desliga o estabilizador no caso de os equipamentos superarem sua capacidade de proteção).

Sabemos que nem tudo que é caro é bom, mas que o que é bom geralmente custa mais caro. Assim, o preço do estabilizador costuma pode ser um bom indicativo, mas seu peso também deve ser levado em conta (modelos que contam com mais componentes internos são mais pesados e, em tese, mais eficazes). Mas mesmo o melhor estabilizador deixará você na mão durante um apagão (ocorrência bastante comum durante tempestades de versão), pois não conta com baterias que alimentam o PC e os periféricos até que você os possa desligar com segurança.

Ao escolher um nobreak, prefira o tipo online — também conhecido como UPS (sigla de Uninterruptible Power Suply), que integra um retificador, um inversor e um banco de baterias. O bloco retificador “corrige” a rede elétrica e carrega as baterias, e a tensão, uma vez retificada, alimenta o bloco inversor, cuja função é alternar a tensão novamente para a carga. Quando há energia na tomada, o banco é mantido sob carga lenta, e o computador e demais periféricos são alimentados via inversor; quando não há, as baterias alimentam a carga também via inversor. Como a tensão é retificada e filtrada logo na entrada e a alimentação, provida através do circuito inversor, o dispositivo consegue eliminar a maioria dos distúrbios da rede elétrica, pois as baterias funcionam como um grande capacitor.

A autônomia do nobreak (que corresponde ao tempo durante o qual ele é capaz de alimentar o PC quando o fornecimento de energia da rede elétrica é interrompido) é um dos fatores determinantes do seu preço. De modo geral, 15 minutos são suficientes para você terminar o que está fazendo, fechar os arquivos e aplicativos, encerrar o Windows e desligar o computador da maneira adequada. Mas há modelos que mantêm tudo funcionado por horas a fio (dependendo da quantidade de energia exigida pelo conjunto de aparelhos ligados ao dispositivo, naturalmente).

Observação: Nobreaks offline custam menos do que os UPS, mas proveem proteção eficiente apenas quando não há energia na tomada (situação em que o computador e os periféricos são alimentados diretamente pelas baterias). Se puder, evite esses modelos. Se não puder... bem, é sempre melhor pingar do que secar.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

TEMPESTADES DE VERÃO E OS PERIGOS QUE ELAS PODEM ACARRETAR — CONTINUAÇÃO


O SOL QUE DESPONTA TEM QUE ANOITECER.

Como vimos no post anterior, o melhor a fazer quando uma tempestade elétrica se avizinha é desligar a chave geral do quadro de força (ou, no mínimo, desplugar das tomadas os aparelhos mais sensíveis). Mas nem sempre estamos em casa, e, quando estamos, nem sempre tomamos essas providências a tempo, daí ser importante dispor de um nobreak ou de um estabilizador de tensão de boa qualidade, que oferecem proteção responsável contra os famigerados distúrbios da rede elétrica (os também famigerados filtro de linha custam mais barato e podem ser encontrados em qualquer casa de ferragem ou hipermercado, mas não filtram coisa alguma e, portanto, são uma péssima péssima escolha, como veremos melhor mais adiante).

Chamamos subtensão transitória a uma queda de tensão inferior a 10% da tensão nominal da rede e com duração igual ou inferior a 4 ciclos. Esse fenômeno pode ocorrer tanto por culpa da concessionária de energia quanto da instalação elétrica do imóvel. Lâmpadas que “enfraquecem” momentaneamente sempre o compressor da geladeira entra em funcionamento ou quando um dispositivo elétrico é ligado em cômodo da casa, por exemplo, denunciam falta de aterramento ou fiação de bitola inadequada à demanda de energia (detalhe: ferro de passar roupas, secador de cabelos e outros utensílios vorazes não servem de parâmetro para essa avaliação).

As subtensões não transitórias (superiores a quatro ciclos e com duração de alguns minutos a muitas horas) têm basicamente as mesmas causas e sintomas das transitórias; se você notar um enfraquecimento "persistente" das lâmpadas (sobretudo em horários de pico), chame um eletricista, e caso ele não identifique problemas na fiação do imóvel, acione a concessionária de energia elétrica.

sobretensão, por sua vez, consiste na elevação (em 10% ou mais), por tempo igual ou superior a três ciclos, da tensão máxima permitida pela rede. Situação oposta às anteriores, nesta o brilho das lâmpadas aumentam de intensidade. Se a instalação estiver dentro dos padrões, especialmente o quadro de força, o problema deve ser externo e compete à concessionária de energia solucioná-lo. Mas convém checar periodicamente o estado dos fusíveis (ou disjuntores) e verificar a fixação dos cabos de energia no quadro (o afrouxamento dos parafusos é um problema comum).

Observação: Quanto às sobretensões que costumam ocorrer durante temporais com relâmpagos, vimos no post anterior que não há muito a fazer além de desligar da tomada os equipamentos mais sensíveis. Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Voltando aos filtros de linha, eles devem ser evitados por várias razões, a começar por não filtrarem coisa alguma. Apesar do nome, eles não passam de simples extensões (também conhecidas como "réguas"), mas é bom ter em mente que ligar dois ou mais aparelhos na mesma tomada da parede, dependendo de quanta energia cada um deles consome, é uma prática nada recomendável. A diferença entre esses "filtros" e as tais réguas está num pequeno fusível (ou um LED, conforme o modelo) que se rompe (ou funde) por efeito de um pico de energia, interrompendo a passagem da corrente elétrica. O problema é que essa interrupção nem sempre acontece com rapidez suficiente para impedir que a sobretensão alcance os aparelhos que o tal filtro deveria proteger, e aí está feita a caca.

Vale lembrar que as fontes de alimentação dos PCs operam entre 90 V e 240 V e suportam sobretensões de até 100% e subtensões de mais de 20% (quando ligadas a uma tomada de 110 V~127 V, evidentemente). Assim, a única vantagem do filtro de linha é facilitar a substituição do fusível (ou o próprio filtro), que nos varistores internos da fonte de alimentação do computador é uma tarefa mais complicada.

Continuamos na próxima postagem.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

TEMPESTADES DE VERÃO E OS PERIGOS QUE ELAS ACARRETAM

CONSELHO DE LULA AO MÉDIUM JOÃO DE DEUS: “FALA QUE O PINTO NÃO É SEU”.

Tempestades de verão — assim chamadas por serem frequentas na estação mais quente do ano — causam alagamentos, prejudicando ainda mais trânsito já caótico das grandes metrópoles, e quando vêm precedidas ou acompanhadas de raios e rajadas de vento, propiciam a ocorrência de distúrbios na rede elétrica, seja porque os raios a atingem diretamente, seja porque o vendaval derruba árvores sobre o respectivo cabeamento.

Dentre as poucas coisas em que o Brasil se destaca mundialmente — além da corrupção — está a quantidade absurda de descargas elétricas. A propósito: raios (ou relâmpagos, ou coriscos) não são produzidos pela “colisão” entre nuvens, e sim pela perda da capacidade do ar de isolar as cargas elétricas opostas que se acumulam no interior delas, sobretudo nos cúmulos nimbos — nuvens formadas por gotículas de água, granizo e partículas de gelo, que alcançam facilmente 20 km de altura e outros tantos de extensão.

As descargas podem ocorrer dentro das nuvens, de uma para outra ou delas para o ar, sendo as descendentes (da nuvem para o solo) as mais comuns, embora as maiores sejam as que passam de uma nuvem para outra e podem chegar a dezenas de quilômetros de extensão. O raio é formado por várias descargas com voltagem de 100.000.000 V a 1.000.000.000 V, amperagem de 20.000 A a 200.000 A e temperatura cinco vezes maior do que a da superfície do Sol. Já o trovão é causado pelo aquecimento do ar, em decorrência da corrente elétrica do raio, e seu ribombar pode alcançar 120 decibéis.

Observação: A quantidade de energia descarregada por uma tempestade pode ser superior a de uma bomba atômica; a diferença é que a bomba libera tudo numa fração de segundo, ao passo que a tempestade o faz durante um período que pode ir de vários minutos a algumas horas.

Quando atingem a rede elétrica (direta ou indiretamente), os raios produzem aumentos de tensão capazes de torrar (literalmente) a instalação dos imóveis e danificar eletrodomésticos e eletroeletrônicos no raio (sem trocadilho) de muitos quarteirões. Daí a importância do aterramento e do uso da tomada de três pontos — que se tornaram obrigatórias no Brasil, mas, curiosamente, num formato incompatível com qualquer dos modelos utilizados mundo afora.

Um aterramento como manda o figurino é feito durante a construção do imóvel, a partir de um conjunto de hastes metálicas introduzidas no solo e ligadas ao polo terra das tomadas (aquele que recebe o terceiro pino). A instalação elétrica de imóveis mais antigos nem sempre é aterrada, e há quem sugira ligar o polo terra da tomada de três pontos a um cano metálico da rede hidráulica — ou ao próprio neutro da rede elétrica, que é aterrado na estação geradora de energia —, mas é bom ter em mente que isso não passa de gambiarra.

Disjuntores e fusíveis desarmam ou se fundem em decorrência de sobretensões na rede, protegendo a fiação do imóvel e os aparelhos elétricos e eletroeletrônicos. Todavia, computadores, modens, roteadores de Internet, decodificadores de TV por assinatura e telefones sem fio são mais "sensíveis" do que lavadoras, refrigeradores e eletrodomésticos afins — via de regra, quanto mais circuitos eletrônicos o aparelho tiver, maior será o risco de ele ser danificado —; portanto, ao primeiro sinal de temporal, desconecte tudo da tomada ou deligue a chave-geral da caixa de força.

No caso de faltar energia, religue os aparelhos depois que o fornecimento for restabelecido e estabilizado. Apagões intermitentes (aqueles em que a luz acaba, volta e torna a acabar sucessivas vezes) potencializam os riscos de danos, pois é no instante em que a energia retorna que ocorrem as famigeradas quedas de fase (situação em que as lâmpadas acendem, mas ficam fraquinhas) e eventuais sobretensões — estas últimas são mais frequentes e duram alguns milésimos de segundo, mas chegam facilmente a 500V.

Amanhã a gente continua.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

AINDA AS CHUVAS DE VERÃO

DIFICILMENTE CHEGAREMOS A UM ACORDO SOBRE UM SABOR DE PIZZA QUE RESOLVA TODOS OS NOSSOS PROBLEMAS.

Tempestades de verão são causadas pelos cúmulos-nímbos – nuvens que alcançam facilmente 20 Km de altura e outros tantos de diâmetro. Essas formações decorrem da evaporação que, ao atingir as camadas mais frias da atmosfera, transforma-se em gotículas d’água, granizo e partículas de gelo. Na estratosfera, todavia, a absorção de raios ultravioleta pela camada de ozônio resulta num aumento de temperatura que barra o movimento ascendente da nuvem, levando-a a se espalhar horizontalmente e castigar quem estiver a seu alcance com chuva abundante, granizo, fortes rajadas de vento e o indefectível espetáculo pirotécnico dos relâmpagos.
É comum ouvir dizer que os raios são provocados pela colisão entre as nuvens, mas na verdade eles acontecem quando o ar deixa de ser capaz de isolar as cargas elétricas opostas que se acumulam no interior dos cúmulos-nímbos, gerando descargas que duram de alguns décimos até 2 segundos e podem ocorrer dentro das nuvens, das nuvens para o ar ou de uma nuvem para outra. As descargas mais comuns são as descendentes (nuvem-solo) e as maiores são as que passam de uma nuvem para outra (elas podem chegar a dezenas de quilômetros de extensão, embora sua espessura não vá além de alguns centímetros).

Observação: Via de regra, um raio é composto por várias descargas e sua voltagem fica entre 100.000.000 V e 1.000.000.000 V, a amperagem entre 20.000 A e 200.000 A e a temperatura é cinco vezes maior do que a da superfície do Sol. Já o trovão é causado pelo rápido aquecimento do ar produzido pela corrente elétrica do raio, e seu ribombar pode alcançar 120 decibéisA quantidade de energia descarregada por uma tempestade chega a ser maior que a de uma bomba atômica. A diferença é que a bomba libera tudo numa fração de segundo, enquanto a tempestade o faz durante um período que pode ir de vários minutos a algumas horas.

Tempestades elétricas não combinam com aparelhos elétricos e eletro-eletrônicos em geral, de modo que, quando o céu se tornar carrancudo e os trovões ribombarem ao longe, você deve desconectá-los das tomadas (ou, melhor ainda, desligue a chave geral do quadro de força) e somente religá-los depois que o temporal passar ou, em caso de apagão, quando o fornecimento de energia estabilizar, prevenindo, assim, problemas decorrentes de quedas de fase e picos de tensão.
Para avaliar a que distância a tempestade se encontra de você, conte quantos segundos separam o clarão do raio do som do trovão e divida o resultado por 3 – o relâmpago é visto em tempo real, já que a luz caminha a 300.000 Km/s, mas o trovão pode demorar um bom tempo para ser ouvido, já que a velocidade do som é cerca de um milhão de vezes menor (pouco mais de 300 m/s). 

Amanhã a gente continua; abraços e até lá.