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segunda-feira, 10 de junho de 2024

DICAS PARA MANTER O DESEMPENHO DO CELULAR NOS TRINQUES (CONTINUAÇÃO)

A CIRURGIA FOI UM SUCESSO, SÓ QUE O PACIENTE MORREU...

Operar um PC nos anos 1980 requeria noções de programação e capacidade de memorização de centenas de comandos baseados em texto e parâmetros. Como os computadores de então não dispunham de interface gráfica, o "prompt" — geralmente representado pela letra correspondente à partição do sistema seguida de dois pontos, de uma barra invertida e do sinal de "maior que" (C\:>, por exemplo) — era o ponto de entrada para a digitação de comandos, que tinham de ser inseridos cuidadosamente; um espaço a mais ou a menos, um caractere faltando ou sobrando ou qualquer erro de digitação resultava na exibição de mensagens de erro.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Depois que a Câmara aprovou "na miúda" a PEC que privatiza a orla nacional (resta saber o que o Senado fará a respeito), um novo debate inaugurado nos subterrâneos do Legislativo merece ser acompanhado de perto, pois estão sobre a mesa excentricidades como a criação de um novo tipo de seguro de saúde que, além de inseguro, é altamente insalubre. 
A pretexto de baratear tornar seus planos "mais palatáveis", as operadoras reivindicam a criação de uma modalidade que cobriria consultas e exames, mas não internações hospitalares. Na prática, o usuário receberia o diagnóstico, mas só seria tratado se furasse a fila do SUS. 
Já existe na praça uma modalidade lipoaspirada de plano, mas ela inclui hemodiálise, fisioterapia, quimioterapia e 24 horas de hospital em casos de urgência e emergência — procedimentos que as operadoras desejam expurgar. A ideia é antiga e já foi refutada anteriormente, mas ressurgiu após o cancelamento unilateral de 35 mil planos individuais.
O imperador da Câmara trocou uma trégua na suspensão dos contratos pela inclusão de uma proposta inovadora na pauta do Legislativo, mas falta definir inovação. Para os 51 milhões usuários, uma boa novidade seria a conversão da ANS numa repartição capaz de abrir a planilha de custos das operadoras, punir violações contratuais e trazer os reajustes dos planos para dentro da curva da inflação oficial.
 
Microsoft criou o Window em 1985, inicialmente como uma interface gráfica baseada no MS-DOS. O Win95 já era um sistema operacional semi-autônomo, mas o cordão umbilical só foi cortado com o lançamento do XP, em 2001, que foi baseado no kernel do Windows NT (versão do sistema voltada ao mercado corporativo). Mesmo assim, os usuários domésticos que não fizessem um curso intensivo de informática enfrentavam sérias dificuldades para operar seus microcomputadores. 

Observação: Para dar uma ideia do tamanho da encrenca, o manual que acompanhava o Windows 3.1 tinha centenas de páginas com informações (nem sempre muito claras) que a gente precisava consultar regularmente, até porque não havia outras opções de pesquisa. Isso mudaria mais adiante com o lançamento das saudosas revistas INFO/Exame, PC WORLD, PC Magazine e PC&Cia (sem falar nas coleções Curso Dinâmico de Hardware e Guia Fácil Informática, da lavra deste humilde blogueiro).
 
Ao transformou em microcomputador ultraportátil o que até então era um telefone móvel de longo alcance, Steve Jobs obrigou a concorrência a seguir as pegadas do Apple iPhone. Hoje, a maioria dos smartphones dispõe de processamento, memória e armazenamento suficiente suficiente para suprir a maioria das necessidades da maioria dos usuários medianos, mas
 tarefas como edição de vídeo, design gráfico, jogos de alta performance e desenvolvimento de software ainda requerem telas de grandes dimensões, teclado físico, mouse e uma configuração de hardware (processador, memória RAM, armazenamento etc.) com mais "poder de fogo".
 
Reiniciar (ou desligar e tornar a ligar)
 dispositivos eletroeletrônicos que estão lentos ou travando é quase uma “regra universal” da tecnologia, pois descarrega a energia dos transístores, capacitores, indutores etc. e esvazia as memórias voláteis. No caso específico dos PCs e smartphones, esse procedimento encerra os aplicativos e o sistema operacional, eliminando, por tabela, as causas da lentidão ou do travamento

É importante manter o sistema e os programas atualizados, dispor de uma ferramenta antimalware, baixar aplicativos exclusivamente de fontes confiáveis (como a Google Play Store e as lojas oficiais dos fabricantes dos aparelhos) e conceder somente as permissões necessárias (um gravador de voz, p. ex., não tem motivo para acessar sua agenda ou sua lista de contatos). 

A configuração de hardware "ideal" depende do perfil e do bolso do usuário, mas comprar um smartphone com menos de 6GB de RAM e de 128GB de armazenamento é economia porca (clique aqui para saber mais sobre "obsolescência programada"). Considerando que modelos "premium" custam mais de R$ 10 mil, assegure-se de que o aparelho que você tem em vista traga a versão mais recente do sistema operacional

O Google atualiza o Android a cada 12 meses (em média), mas os smartphones não recebem atualizações indefinidamente. Por outro lado, um dispositivo que não recebe mais upgrades de versão pode continuar se beneficiando das atualizações de segurança liberadas para a versão do sistema em que ele "estacionou". Como não existe uma padronização, o jeito é verificar a data de lançamento do aparelho. 

Observação: A Samsung oferece até 4 anos de atualização do Android e até 5 anos de patches de segurança para os modelos mais recentes, mas os anteriores a 2021 têm direito a penas 3 anos de atualizações do sistema e 4 anos de patches de segurança. A Motorola oferece 2 atualizações de Android para a maioria dos aparelhos, e de 2 a 4 anos de atualizações de segurança. A Xiaomi oferece 3 atualizações do Android para modelos mais recentes (séries Mi e Redmi Note) e 2 anos para os demais, além de 4 anos de pacotes de segurança para todos os modelos. Consulte o site do respectivo fabricante para obter informações mais precisas
 
Continua...

quarta-feira, 10 de maio de 2023

SEGURANÇA NOS SISTEMAS DA APPLE

A CONFIANÇA DOS INGÊNUOS É O TRUNFO DOS MENTIROSOS

 

Há quem acredita que os sistemas da Apple são imunes a pragas digitais, mas, na verdade, eles são menos vulneráveis do que o Windows e o Android


Graves falhas de segurança que foram descobertas recentemente — para além daquelas que já vinham sendo exploradas — levaram a Apple a lançar atualizações, tanto para as versões mais recentes de seus sistemas quanto para as anteriores.

 

A primeira vulnerabilidade — CVE-2023-28205 (nível de ameaça alto) — diz respeito ao motor WebKit, que é a base do navegador Safari.  Ela permite aos cibercriminosos criar páginas maliciosas e usá-la na execução de códigos arbitrários nos dispositivos. A segunda — CVE-2023-28206 (nível de ameaça “alto”) —, descoberta no IOSurfaceAccelerator, permite a execução de códigos com privilégios de administrador do sistema. 

 

Observação: Em suma, a primeira brecha "abre as portas" para o invasor, permitindo-lhe usar a segunda para burlar a sandbox e fazer praticamente qualquer coisa com dispositivo infectado. E elas afetam tanto o macOS (para desktops e notebooks) quanto os sistemas móveis iOS, iPadOS e tvOS. Assim, a Apple lançou atualizações (uma após a outra) para o macOS 11, 12 e 13, iOS/iPadOS 15 e 16 e tvOS 16.

 

WebKit é o único mecanismo de navegador permitido nos sistemas operacionais mobile da Apple. Seja qual for o browser que você usa no iPhone, o WebKit é responsável para renderizar páginas da web (portanto, qualquer navegador rodando no iOS é essencialmente Safari). 


Os aplicativos dos sistemas da Apple são executados em suas próprias sandboxes (ou seja, em ambientes protegidos que isolam seus dados e evitam sua interação com arquivos de outros aplicativos e do próprio sistema operacional). Como o mesmo mecanismo é usado quando os sites são abertos a partir de outro aplicativo, o WebKit sempre está envolvido em sua exibição, donde a importância de instalar imediatamente quaisquer novas atualizações relacionadas ao Safari, mesmo quando se usa o Google Chrome ou o Mozilla Firefox, por exemplo. 


Vulnerabilidades no WebKit como a descrita acima também possibilitam a chamada infecção de "zero-click", ou seja, o dispositivo é infectado sem nenhuma ação ativa do usuário, que só precisa ser atraído para um site malicioso especialmente criado. Brechas como essas costumam ser exploradas em ataques direcionados a grandes organizações (embora usuários comuns também possam ser afetados se acessarem uma página infectada). A Apple não divulgou detalhestodos os relatos sugerem que a cadeia de vulnerabilidades descrita neste post vem sendo largamente utilizada por invasores para instalar spyware.

 

Segundo a empresa de segurança digital Kaspersky, a melhor maneira de se proteger contra as ameaças consiste em instalar imediatamente as atualizações disponibilizadas pela Apple. Assim, se você utiliza dispositivos com as versões mais recentes do iOS, iPadOS ou tvOS, atualize-os para a versão 4.1. Caso seu iPhone ou iPad seja mais antigo, atualize-o para a versão 7.5


Se seu Mac roda a versão Ventura OS mais recente, basta atualize-o para o macOS 3.1; caso utilize o Big Sur ou Monterey, atualize-o para o macOS 7.6 ou 12.6.5, respectivamente, e instale uma atualização separada para o Safari.

terça-feira, 21 de junho de 2022

Windows x macOS x Linux

QUEM NASCE BURRO NÃO MORRE CAVALO.

Montar o próprio computador era uma prática comum nos primórdios da computação pessoal que acabou caindo em desuso com a popularização das máquinas prêt à user


Embora a integração pessoal permita escolher a dedo os componentes de hardware, comprar a máquina pronta, com sistema operacional pré-instalado e garantia do fabricante, é uma opção bem mais atraente. E a redução no preço dos portáteis e a possibilidade de usar o laptop como substituto dos PCs de mesa sem abrir mão da portabilidade (talvez fosse mais correto dizer “mobilidade”) jogaram a derradeira pá de cal, sem mencionar que, hoje em dia, se a maioria dos usuários não sabe diferenciar um HDD de um SSD, que dirá montar o próprio computador?


Máquinas compradas prontas costumam trazer o Windows como “parte do pacote”, donde muita gente nem imagina que existe vida inteligente fora do Planeta Microsoft. É fato que que o Windows está presente em mais 70% dos computadores pessoais mundo afora, mas o macOS e o Linux abocanham, respectivamente, 15,4% e 2,5% desse segmento de mercado (lembrando que o sistema da maçã é restrito aos aparelhos da marca, e que o pinguim, fora de seu nicho, não passa de um ilustre desconhecido). 

 

A onipresença do Windows reedita o dilema da Tostines, mas o macOS e as distribuições Linux são alternativas interessantes. O "problema", por assim dizer, é que os produtos da Apple custam os olhos da cara, e o sistema criado por Linus Torvalds a partir do Unix é mais difícil de usar. As vantagens e desvantagens de cada um dependem do perfil e da expectativa de cada usuário. Para quem está acostumado a usar o Windows, tanto o macOS quanto as distros Linux causam estranheza num primeiro momento — como acontece quando a gente muda de casa, de emprego, de carro, de celular, etc. Mas essa sensação diminui depois de algum tempo e cessa completamente ao final do período de adaptação. 


O Windows é servido em diversos sabores, mas a versão Home — tida e havida como “mais indicada” para o âmbito doméstico por ser mais “leve” que a Pro — acompanha a maioria das máquinas de “entrada de linha”. Aliás, comprar um PC “de grife” significa aceitar tacitamente as escolhas do fabricante, tanto no âmbito do hardware quanto do software. 


Embora sejam mais restritivos que os desktops, notebooks costumam permitir upgrades de memória e troca do HDD (eletromecânico) por um SSD (baseado em memória flash), mas o molho pode custar mais caro que o peixe. Quanto ao sistema, existe a possibilidade de virtualização (que foge ao escopo desta postagem), mas trocar o Windows por uma distro Linux só faz sentido em situações personalíssimas, sem falar que o custo da licença da Microsoft vem embutido no preço do aparelho.

 

A popularidade do Windows estimula a criação de aplicativos. Muitos desses apps têm versão específica para macOS, mas nem sempre estão disponíveis na App Store — ou até estão, mas não oferecem a mesma gama de recursos ou são encontradas somente em versão shareware (paga)A título de ilustração, eu sou fã de carteirinha do MS Paint desde os tempos do Win 3.1, quando esse despretensioso editor gráfico atendia por Paintbrush, mas fiquei decepcionado com a versão para macOS, que consegue ser ainda mais espartana do que a original. 

 

Continua... 

quinta-feira, 17 de março de 2022

WINDOWS 10 — DICAS (SEXTA PARTE)

A CIÊNCIA SOA FALSA QUANDO SE TEM A MENTE TOMADA PELA PAIXÃO.

Encerrei o capítulo anterior dizendo que a memória virtual foi uma mão na roda — e continua sendo —, ainda que não passe de mero paliativo, pois falta de memória (física ou de massa) se resolve com um upgrade (de RAM ou de HDD/SSD).

A Intel adotou a “memória virtual” em seu processador 80386, lançado em 1985, que representou uma grande evolução em relação à geração anterior, tanto pela introdução de novas instruções quanto por ser capaz de operar com palavras de 32 bits e pelo suporte ao multitarefa. Claro que os sistemas operacionais da época não aproveitavam plenamente esses recursos; a versão 2.0 do OS/2 e o Windows NT 3.1, que já suportavam processadores de 32 bits, surgiram, respectivamente, em 1992 e 1993.

Até 2005 o Windows era disponibilizado apenas na versão x86 (de 32 bits). Quando a AMD, arquirrival da Intel, desenvolveu os primeiros processadores de 64 bits, a Microsoft lançou o Windows XP 64-bit Edition

Observação: Processadores x86 (32-bit) rodam somente sistemas e aplicativos de 32 bits, enquanto modelos com chip x64 (64-bit) rodam tanto sistemas e apps de 32 bits quanto de 64 bits. Já a arquitetura x86 recebeu esse “nome” porque os primeiros chips dessa “família” eram identificados por números terminados em “86”, como 8086, 80186, 80186, 8028680386 e 80486 — a partir daí a Intel passou a usar o nome Pentium. Já a relação entre x64 e 64-bit, por óbvia, dispensa explicações

A principal diferença entre as duas plataformas têm a ver com o “comprimento da palavra” (sequência de bits de tamanho fixo que o chip é capaz de processar) e com o tamanho dos “registradores” (memória temporária usada no processamento das instruções), uma vez que esses parâmetros definem a quantidade de memória RAM que o processador é capaz de endereçar e o sistema operacional, de “enxergar”.  

Tomando por base o Win10, a versão Home x86 endereça 4GB de RAM, ao passo que a versão Home x64 endereça 128GB, a Professional x64, respeitáveis 512 GB, e o Windows Server 2012 Datacenter, inacreditáveis 4 TB (Terabytes). Aliás, é fundamental ter essas limitações em mente quando se vai fazer um upgrade de RAM, já que instalar mais de 4GB de memória física e usar um sistema de 32 bits é jogar dinheiro fora. Para saber se seu Windows é 32-bit ou 64-bit, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre e, em Especificações do Windows, veja o que consta em Tipo de Sistema (se quiser informações adicionais sobre o processador e a configuração de hardware, baixe e instale o freeware CpuZ).

Computadores efetuam cálculos e processam informações utilizando o código binário, até porque é mais fácil trabalhar com dois símbolos (0 e 1) do que com dez, e bastam dois símbolos para representar um circuito aberto, no qual o fluxo de energia está interrompido, ou um circuito fechado, através do qual a corrente passa. Como não é possível assumir os dois estados simultaneamente (noves fora na computação quântica), o “valor” do bit ou é 0 ou é 1. No âmbito da programação, o zero (0) corresponde a false (falso) e o um (1), a true (verdadeiro). 

Observação: bit (forma reduzida binary digit) é menor unidade de informação que um processador é capaz de manipular, e corresponde a apenas dois estados opostos — fechado/aberto, desligado/ligado, falso/verdadeiro, etc. — que, por convenção, são representados pelos algarismos 0 e 1 (para mais detalhes, clique aqui).

Processadores de 16 bits, quando ainda eram fabricados e comercializados, limitavam-se a operar com 65.539 números diferentes (216 ). Como todos esses endereços apontam para a RAM, eles só conseguiam "enxergar" míseros 64MB de memória. Chips de 32 bits operam com 4.294.967.295 números diferentes (232), e os de 64 bits, com 18.446.744.073.309.551.616 (264), o que lhes permite endereçar muito mais memória..   

Resumo da ópera: Sistemas x86 rodam melhor em PCs com CPU de arquitetura parelha, embora possam ser instalados em máquinas equipadas com processadores x64. Já as edições x64 do Windows (e aplicativos baseados nessa arquitetura) rodam exclusivamente em PCs com CPU de 64 bits. Em meados de 2020, a Microsoft anunciou aos fabricantes de PC parceiros que passaria a fornecer somente a edição 64-bit do Win10.

Continua...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

VOCÊ SABIA? (CONTINUAÇÃO)

IMPORTUNA COISA É A FELICIDADE ALHEIA QUANDO SOMOS VÍTIMA DE ALGUM INFORTÚNIO.

Criado há cerca de 5.000 anos, o ábaco é o antepassado mais remoto da calculadora e, por extensão, do PC, já que “computar” e “calcular” têm mais ou menos o mesmo significado.

Outro antecessor distante — mas não tão distante, pois remonta ao início dos anos 1.600 —, a ”régua de cálculo” é a precursora das calculadoras de bolso, embora atribua-se a Blaise Pascal a criação da primeira calculadora mecânica da história (em meados do século XVII). Mas a Pascalina executava apenas operações previamente programadas.

Em 1801, o costureiro Joseph Marie Jacquard construiu o Tear de Jacquard  uma traquitana realmente programável, que hoje é considerada o primeiro computador do mundo. 

Mais adiante, baseando-se no conceito de cartões perfurados usados por Jacquard, o estatístico americano Hermann Hollerith desenvolveu uma geringonça que acelerou o processo de computação de dados. Anos depois, ele fundou a Tabulation Machine Company, que se tornou a Internacional Business Machine (IBM para os íntimos e Big Blue para os mais íntimos) 

Observação: Em 1943, Thomas Watson, então presidente da IBM, revelou-se um péssimo profeta: “Eu acredito que haja mercado para talvez cinco computadores”.

A Segunda Guerra Mundial estimulou o desenvolvimento de computadores — inicialmente, gigantescos mainframes que ocupavam salas inteiras, pesavam toneladas, custavam milhões de dólares e tinham menos poder de processamento que um calculadora xing-ling atual. Depois do Mark I, do Colossus e de outras monstruosidades, o mundo conheceu o ENIAC, que entrou para a história da cibernética como primeiro computador digital eletrônico. Embora fosse mil vezes mais rápido que seu contemporâneo mais rápido, esse portento era capaz de realizar apenas 5 mil somas, 357 multiplicações ou 38 divisões simultâneas por segundo — uma performance incrível para a época, mas que qualquer videogame dos anos 1990 já superava “com um pé nas costas”.

O Altair 8800, lançado em 1974, foi o precursor dos computadores pessoais e a razão de Bill Gates e Paul Allen fundarem a Microsoft. Em 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak, sócios-fundadores da Apple, concluíram o projeto do Apple I, que entrou para a história como o primeiro computador para uso pessoal. 

Em entrevista ao jornal espanhol El Pais, Wozniak foi taxativo: “aquilo não era um computador, mas a readaptação de algo que eu tinha feito antes. Era uma espécie de IKEA [rede de lojas que vende móveis em kits] dos computadores: você ia comprando peças e tinha um monte de coisas que se encaixavam” (o Apple II, lançado um ano mais tarde, foi o primeiro microcomputador vendido em escala comercial).

No ano seguinte, Ken Olson, presidente e fundador da Digital Equipment Corp. vaticinou que não havia nenhuma razão para alguém querer um computador em casa”, e em 1981, Bill Gates teria dito que "ninguém nunca vai precisar mais do que 640 quilobytes de memória em seu computador pessoal" (Gates nega a autoria do disparate, mas o fato é que qualquer PC chinfrim, atualmente, integra pelo menos 4GB de RAM).

Em 1987, Gates anotou no prefácio ao Guia do Programador do OS/2 (sistema lançado em parceria com a IBM, do qual a Microsoft desistiu três anos depois): “acredito que o OS/2 está destinado a ser o sistema operacional mais importante de todos os tempos — e possivelmente o programa mais importante também”.

Em 1989, quando a Microsoft fez a transição para os sistemas operacionais de 16-bit, Mr. Gates vaticinou: Nós nunca vamos desenvolver um sistema operacional de 32 bits (menos de quatro anos depois o Windows NT 3.1, primeiro sistema de 32-bit da empresa, foi lançado no mercado). Em 2004, o gênio fez outra profecia furada: “Daqui a dois anos, o spam estará resolvido” (a realidade dos fatos dispensa comentários).

No livro " Business @ the speed of thought“ (Negócios na velocidade do pensamento), lançado na virada do milênio, o sócio-fundador da gigante do software cravou diversas previsões sobre o futuro da tecnologia e descreveu algumas delas de maneira incrivelmente acurada. 

Gates vaticinou, por exemplo, o surgimento dos serviços automatizados de comparação de preços — que permitiriam encontrar o produto mais barato sem que a necessidade de pesquisar vários sites e lojas — e a criação de dispositivos móveis que as pessoas levariam consigo a toda parte — e usariam para fechar negócios, independentemente de onde estivessem, além de manter-se conectadas como o escritório 24/7, checar notícias, voos agendados e acompanhar as informações sobre o mercado financeiro, entre outras possibilidades.

Continua...