domingo, 6 de março de 2022

O ORGULHO DE SER BRASILEIRO

No País das Maravilhas sem Alice, o STF prestou mais um “inestimável serviço” aos cidadãos de bem  avalizando o crime contra a economia popular conhecido como “fundo eleitoral” (dinheiro que é roubado de nós para ajudar a eleger quem vai nos roubar na próxima legislatura). O voto da ministra Rosa Weber formou maioria pela improcedência da ação movida pelo partido Novo contra elevação do butim para R$ 4,9 bilhões, e o placar final ficou em 9 x 2.

Ainda sobre os valorosos serviços prestados pelo STF, o ministro Lewandowski concluiu o que seu colega de toga Luís Edson Fachin começou em março do ano passado, quando anulou as condenações de Lula nos processos que tramitaram ou tramitavam na Justiça Federal do Paraná. 

O mesmo magistrado que presidia o Supremo quando Dilma foi defenestrada pelo Senado — e urdiu com o senador Renan Calheiros, então presidente Congresso, o "fatiamento do julgamento do impeachment", visando preservar os direitos políticos da gerentona de araque — agora socorre quem lhe cobriu os ombros com a suprema toga, suspendendo liminarmente a tramitação do processo em que seu benfeitor é acusado de tráfico de influência, lavagem de capitais e organização criminosa pela compra de 36 caças suecos Saab-Gripen em 2013 (leia a íntegra da decisão). 

Trata-se da última das 20 ações penais movidas contra o ex-corrupto, já que tanto o caso do tríplex quanto o do sítio de Atibaia já foram arquivados pela JF do DF

São decisões como essa que nos orgulham de ser brasileiros... ou não?

Mas não é só: segundo publicou O ANTAGONISTA, o PT gastou R$ 14 milhões de reais na defesa de Lula e seus comparsas. O escritório Teixeira Zanin Martins, que comanda a defesa de Lula nos casos da Lava-Jato, recebeu pagamentos que somam R$ 1,2 milhão desde 2019, diz a Folha de S. Paulo.

No total, os criminalistas do PT embolsaram R$ 6 milhões para defender o pessoal do petrolão. A essa quantia devem ser somados os gastos do partido com seus advogados no STF e no STJ: O escritório Aragão & Ferraro, que representa a sigla nas cortes superiores, recebeu quase 8 milhões de reais desde 2018. A banca foi fundada por Eugênio Aragão, nomeado para o Ministério da Justiça no fim do governo Dilma”.

Considerando que partidos políticos não geram recursos, nós, “contribuintes”, acabamos pagando duas vezes: com os desvios dos quadrilheiros e com o fundo partidário.

É esse tipo de gente que, a julgar pelas pesquisas de intenções de voto, o esclarecidíssimo eleitorado tupiniquim tenciona reconduzir ao poder central em 2022. Triste Brasil! 

***

Enquanto o Ocidente se mostra unido contra a invasão russa na Ucrânia, o posicionamento brasileiro oscila de forma surpreendentemente ambígua, para não dizer esquizofrênica. No Conselho de Segurança, o governo se juntou a outros países em um voto duro contra a Rússia, mas, por outro lado, não apoiou a declaração da OEA que criticava a invasão da Ucrânia. Quando se olha para as manifestações pessoais de Bolsonaro, o panorama fica ainda mais confuso. "Na própria manifestação pessoal do presidente da República, ele tem se declarado neutro. Mas uma neutralidade que interpreto como sendo sensivelmente inclinada à Rússia", diz o professor de relação internacionais Davi Magalhães, da FAAP.

Segundo Magalhães, uma divisão dentro dos grupos bolsonaristas revela diferentes visões sobre o conflito Um núcleo se inspira na extrema direita ucraniana e outro, no regime do Putin. Num panorama mais amplo, posicionar-se neste conflito coloca Bolsonaro numa grande sinuca de bico. Se ele apoiar a Ucrânia, entra na foto com líderes que os bolsonaristas chamam de "globalistas", como Justin Trudeau, Joe Biden e Emmanuel Macron. Por outro lado, há uma certa desconfiança de assumir uma postura abertamente pró-Rússia, pois isso coloca o capitão junto com a esquerda bolivariana, Cuba, Nicarágua e Venezuela, que representa de longe o inimigo número um do bolsonarismo.

Portanto, a neutralidade "esquizofrênica" de Bolsonaro, em certa medida e em partes, é produzida por esse constrangimento que vem de ambos os lados. Como saída, o Brasil tenta assumir uma postura parecida com a da Índia. O voto de ambos esses países no Conselho de Segurança foram muito parecidos, na forma e no conteúdo. 

Por outro lado, a inclinação pessoal de Bolsonaro para o lado russo gerará uma reação no Ocidente, e a imagem brasileira, que, desgraçadamente, já não era boa na comunidade internacional, só tende a piorar. Boa parte das democracias liberais no mundo rejeitam a agressão russa. E o Brasil se isola ainda mais com esse posicionamento ambíguo. 

sábado, 5 de março de 2022

SEMPRE EM BOA COMPANHIA

 

Apesar de o Brasil estar a 12 mil quilômetros da zona de confronto, a Rússia invadiu a campanha eleitoral canarinha. Numa inédita declaração conjunta, os pré-candidatos à Presidência Felipe D’Ávila, João Doria, Sergio Moro e Simone Tebet afirmaram que “não há espaço para neutralidade”. 

Ciro Gomes não participou, mas já havia se alinhado na crítica ao morubixaba de festim, que diz não ser contra nem a favor, muito pelo contrário, embora devesse se alinhar com as nações que defendem a soberania da Ucrânia e a solução pacífica do conflito. Menos mal que nosso despirocado e o descabelado premiê britânico concordem sobre a necessidade de um “cessar-fogo urgente (uma conclusão deveras impressionante!). Mas falta combinar com os russos (literalmente).

ObservaçãoA Rússia declarou um "cessar-fogo parcial" de 5 horas e disse que seu Exército pararia ataques "localizados" neste sábado. No entanto, logo em seguida chegou a informação de que a retirada dos habitantes de Mariupol  porto estratégico ucraniano cercado pelas forças russas , que deveria começar antes do meio-dia (horário local), foi adiada porque as forças russas "continuam bombardeando Mariupol e seus arredores".

Bolsonaro reza pela cartilha da “neutralidade” e uniu o discurso à ação esbaldando-se nas praias do Guarujá, enquanto os tanques de Putin atravessavam as fronteiras da Ucrânia. “Ele quis dizer equilíbrio”, repetiu ad nauseam o chanceler Carlos França, num esforço aparentemente inútil de tradução da dicotomia entre a simpatia do chefe pela guerra de Putin e os dois votos do Brasil na ONU condenando a invasão da Ucrânia. 

Bolsonaro não sofre de insanidade, desfruta de cada segundo dela, escreveu Josias de Souza em sua coluna. Em meio à guerra no leste europeu, desloca seu ritual insano do Ministério da Saúde para a pasta das Relações Exteriores — uma das graças do momento é assistir ao malabarismo que a diplomacia brasileira realiza para se ajustar à predileção do capitão por Putin sem macular os princípios seculares da política externa que estão sendo bombardeados na Ucrânia.

No Tribunal Penal de Haia, frequentado por Bolsonaro na condição de denunciado, o governo brasileiro recusou-se a aderir a uma ação solicitada por 39 países contra a Rússia. Alegou que a iniciativa não contribui para o restabelecimento da paz. Na ONU, a diplomacia brasileira votou a favor de resoluções contra a Rússia, mas com ressalvas. Na decisão mais recente, o representante do Brasil criticou as potências ocidentais por impor "sanções seletivas" à Rússia e por enviar armas ao governo ucraniano. Argumentou que essas iniciativas prolongam a crise

Bolsonaro defendeu a "neutralidade" do Brasil numa entrevista em que negou que Putin promove um massacre na Ucrânia, e ironizou o povo ucraniano por entregar o seu destino nas mãos de um presidente comediante (olha quem fala!). O chanceler Carlos França, traduzindo o bolsonarês para o português, disse que "quando o presidente usou neutralidade, é no sentido de imparcialidade, não é no sentido de indiferença." O ministro das Relações Exteriores é o novo Marcelo Queiroga da Esplanada. Sai de cena a implicância com as vacinas e sobe ao palco a simpatia por Vladimir Putin.

Há mais de três décadas, o patriota extremado que se casou com a pátria e foi morar no déficit público dispõe de tudo o que o dinheiro do contribuinte pode comprar. No Planalto, não precisou do faturamento da holding familiar da rachadinha para bancar suas despesas. Graças aos cartões corporativos, nem precisa fazer contas antes de usufruir da mordomia — como fez ao torrar R$ 900 mil numa semana de férias em Santa Catarina. 

Indagado a respeito numa entrevista, Bolsonaro disse: “Se foi R$ 900 mil, vou pegar no cangote de alguém lá. Não tem cabimento. Eu fiquei, se não me engano, seis ou sete dias". Detalhe: o capitão manifestou essa revolta com o custo da boquinha catarinense enquanto gozava novas férias — pela décima vez em três anos, sua alteza e indefectível séquito tiraram a barriga da miséria no Guarujá. Costuma-se dizer que dinheiro não traz felicidade, mas o capetão demonstra — e continuará demonstrando até o final do mandato — que essa é uma questão irrelevante quando o dinheiro é dos outros.

Lula, por sua vez, reuniu-se na Cidade do México com o presidente Manuel López Obrador, que optou manter “boas relações” com a Rússia, não aderir às sanções financeiras e criticar empresas privadas ocidentais pelo que chama de “censura” à mídia estatal russa. Na ambiguidade, os “queridinhos do eleitorado tupiniquim” estão isolados no debate público sobre um conflito com os Estados Unidos e a Europa para restauração do império desmoronado na Guerra Fria. Segundo o jornalista José Casado, Lula chegou mesmo a justificar a ação de Putin, em velada crítica aos EUA e à União Europeia: “A gente está acostumado a ver que as potências, de vez em quando, fazem isso sem pedir licença.”

Há quem veja nessa convergência traços da sedução autoritária representada por Putin, que também encanta Viktor Orbán (Hungria), Aleksandr Lukashenko (Bielorrússia), Nicolás Maduro (Venezuela), Daniel Ortega (Nicarágua) e Miguel Díaz-Canel (Cuba), entre outros. Essa ambivalência (ou neutralidade) pode custar caro, seja dentro do país — porque os eleitores irão às urnas acossados pelos efeitos da guerra de Putin (o petróleo começou o dia cotado a mais de US$ 100 por barril) — e fora das fronteiras nacionais — porque os adversários da Rússia prometem “lembrar de quem não está do nosso lado”, como avisou o vice-presidente da Comissão Europeia no Parlamento Europeu.

J.R. Guzzo pondera que, diante da assimetria de poderio bélico, a invasão da Ucrânia pela Rússia deveria ter começado e acabado no mesmo dia. Como não acabou — e a cada dia que passa o país mais fraco ganha força política e o mais forte perde gás —, a solução seria trocar a vitória inicialmente pretendida por algum arranjo que permita aos russos dizerem que a operação deu certo e, portanto, já pode ser encerrada. Mais uma vez, falta combinar com os russos.

Na segunda rodada de negociações, Rússia e Ucrânia chegaram a um entendimento sobre a criação conjunta de corredores humanitários, mas a perspectiva de uma trégua continua distante. Nas palavras do presidente da França, que conversou com o carniceiro russo, “o pior está por vir”. 

No mercado, um lado está otimista, já que a tensão geopolítica pode fazer com que o banco central americano adie as altas nos juros dos EUA. De outro, está ressabiado, com receio de o barril de petróleo chegar a US$ 120, US$ 125, o que aceleraria a inflação global (afinal, o que as pessoas consomem no dia a dia não chega às lojas e aos supermercados de bicicleta).

sexta-feira, 4 de março de 2022

O LESTE EUROPEU E A SAGA DO VICE

 

Já tive vergonha de ser brasileiro, passei a ter nojo quando Lula e PT tomaram o poder e agora já não sei como nominar minha repulsa ao desgoverno que aí está (para o qual contribuí, juntamente com outros 57 milhões de brasileiros, por absoluta falta de alternativa). Antes da pandemia, eu achava que a saída era o aeroporto; hoje, nem isso. A uma, porque Bolsonaro nos transformou em párias; a duas, porque já não resta muito para onde correr.

A melhor guerra é a que não acontece. No caso do leste europeu, existe a possibilidade de uma solução diplomática ser alcançada, mas nada leva a crer que Putin esteja propenso a fazer concessões — pelo contrário, esse сукин сын só vai sossegar quando e se anexar a Ucrânia ou, na melhor das hipóteses, substituir Volodymyr Zelenski por um fantoche pró-Rússia. Mas faltou combinar com os russos, digo, com os ucranianos.

Kiev ainda não caiu graças à surpreendente capacidade de resistência do povo ucraniano, mas retardar o inevitável só servirá para aumentar o número de baixas e o risco de uma guerra global. Além dos EUA, que lideram a Otan, outros países foram “arrastados” para o conflito, e Putin já disse que haverá “sérias consequências” se Finlândia e Suécia ingressem na Otan (sem mencionar que o artigo 5º da Aliança estabelece que um ataque contra um membro é um ataque contra todos).

Segundo o ESTADÃO, o envolvimento direto — e militar — de outras grandes potências no conflito ainda não é uma realidade. A própria China, tida e havida como a mais poderosa aliada de Moscou e que havia prometido uma “cooperação sem limites” com a Rússia às vésperas da invasão, parece tentar se distanciar do confronto. Mas Putin soou alarmes ao colocar suas forças de dissuasão nuclear em alerta máximo. Para ele, é preciso vencer essa guerra para impor limites ao ocidente. Isso nos leva a 3 considerações: 

1 — A sobrevivência da Rússia está consignada à sobrevivência de Putin (como a do PT à de Lula, mas isso é outra conversa); 

2 — Quanto mais tempo essa guerra durar, maior será o risco de ela se alastrar mundo afora; 

3 — Cachorro raivoso não se prende na corrente, sacrifica-se.

*** 

Dizia o Barão de Itararé, um dos pais do humorismo nacional, que político brasileiro é um sujeito que vive às claras, aproveitando as gemas e sem desprezar as cascas. A julgar pelos primeiros movimentos, os candidatos que ocupam o topo das pesquisas presidenciais vão à sucessão de 2022 dispostos a demonstrar que o impossível é apenas uma palavra que contém o possível dentro de si. 

Na campanha de 2018, Bolsonaro cogitou compor uma chapa com o então senador Magno Malta, do PL. Dono da legenda, o ex-presidiário do mensalão Valdemar Costa Neto preferiu entregar o seu tempo de TV à coligação de Geraldo Alckmin. Exagerando na teatralidade, Bolsonaro agradeceu ao então rival tucano por ter abrigado em sua coligação a fina flor do centrão: "Obrigado, Alckmin, por ter unido a escória da política brasileira."

Embora dispusesse de vasta vitrine televisiva, Alckmin não decolou. No desespero, autorizou que fosse levada ao ar uma mensagem sincericida. Dizia o comercial: "Pra vencer o PT e a sua turma no segundo turno, o candidato é Geraldo Alckmin, mesmo que você não simpatize tanto com ele." O que a mensagem dizia, com outras palavras, era mais ou menos o seguinte: "Se você detesta o PT e quer evitar a vitória de Fernando Haddad, outro poste do preso Lula, vote em Alckmin, mesmo que o considere uma porcaria".

Hoje, Bolsonaro está de volta ao colo do Centrão, amancebado com o PL do ex-presidiário Valdemar Costa Neto, da quadrilha do Mensalão, e articula com o PP de Ciro Nogueira e Arthur Lira, estrelas do Petrolão, a indicação do vice de sua futura chapa. 

Lula, por seu turno, deve ter como parceiro de chapa ninguém menos que... Alckmin! Num balé em que sujos se misturam a mal lavados, quem olha de longe fica com dificuldade para distinguir quem é quem. Prevalece a impressão de que em política nada se cria, nada se transforma, tudo se corrompe.

Antes de concluir esta postagem, volto rapidamente ao que dizia sobre a relevância do vice nas eleições presidenciais, dada a possibilidade nada remota de o mandato do titular ser abreviado e o vice assumir o posto.

O primeiro caso, tão antigo quanto nossa república, se deu quando Floriano Peixoto, vice de Deodoro da Fonseca, assumiu a Presidência com a “renúncia” do titular. Depois desse, houve mais sete casos — Nilo Peçanha; Delfim Moreira; Café Filho; João Goulart; José Sarney; Itamar Franco; e Michel Temer. 

Vice de Dilma em 2010 e 2014, Temer deu maior peso à candidatura do “poste” de Lula nos Estados e no Congresso, mas se tornou o mentor intelectual, articulador e principal beneficiário do impeachment da titular.

O empresário mineiro José Alencar, vice de Lula em 2002 e 2006, foi um dos avalistas do petista junto à classe empresarial, mas não chegou a assumir a Presidência.

O general Hamilton Mourão jamais conspirou contra o capetão — embora não lhe faltassem motivos, já que Bolsonaro balança, mas não cai, desde o início de seu nefasto governo.

Não fossem os vices, outros sucessores e outras formas de sucessão haveria. E aqui chegamos a um ponto de relevância para um debate sobre a real necessidade dessa figura nos tempos atuais. Para o reserva é ótimo: rende palácio à beira do lago, mordomias e, em caso de infortúnio do titular, até a Presidência. Mas para o país inexiste demonstração de que essa peça não se presta a mera decoração — quando não à conspiração.

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — PARTE IV

O AMOR É IDEAL, O CASAMENTO É REAL, E A MISTURA DO IDEAL COM O REAL JAMAIS FICA IMPUNE.

Para convocar o modo de segurança quando o Windows está carregado, pressionamos simultaneamente as teclas Win+R, digitamos msconfig na caixa do menu Executar e clicamos em OK. Com a janela do utilitário de configuração do sistema aberta, selecionamos a aba Inicialização e, no campo Opções de inicialização, assinalamos a caixa ao lado de Inicialização Segura e marcamos a alternativa desejada — sugiro escolher “Mínima”. Para temos acesso à Internet no modo de segurança, marcamos a opção Rede; se precisamos do interpretador de linha de comando, marcamos Shell alternativo. Ao final, clicamos em Aplicar, confirmamos em OK e reiniciamos o computador (vale lembrar que, independentemente da configuração escolhida, será preciso desfazer as alterações para o Windows voltar a carregar normalmente).

Observação: A aba Geral oferece as opções Inicialização de Diagnóstico e Inicialização Seletiva — clique aqui para mais detalhes. 

O problema é que não há como fazer isso quando sistema empaca durante o boot. Nas edições vetustas do Windows, acessava-se o modo de segurança ligando (ou reiniciando) o computador e pressionando a tecla F8 durante a contagem da memória, mas isso deixou de funcionar a partir do Win8 (sobretudo em máquinas com UEFI e SSD, nas quais o boot dura apenas dois décimos de segundo). 

No Windows 10, em sendo possível acessar as opções de desligamento da tela de logon, manter a tecla Shift pressionada e clicar em Reiniciar força a exibição das Opções de Inicialização Avançadas, e a partir delas podemos convocar o modo de segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização.

Supondo que o computador não conclua o boot ou empaque na tela de boas-vindas (situações nas quais não é possível acessar o utilitário de configuração do sistema para seguir os passos sugeridos anteriormente), o jeito é clicar no ícone de Energia e, mantendo pressionada a tecla Shift, clicar em Reiniciar e, em seguida, em Resolução de problemas > Opções avançadas > Configuração de Inicialização. No menu de opções que será exibido, selecionamos 4 (ou F4 ou fn+F4, conforme as instruções na tela) para convocar o Modo de Segurança.

Observação: Se precisamos de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando, devemos escolher a opção correspondente, lembrando que as opções Shell Alternativo e Rede equivalem aos nossos velhos conhecidos modo de segurança com prompt de comando e modo de segurança com rede, ao passo que a opção Reparo do Active Directory se aplica a computadores em rede com servidor central, mas isso já é outra conversa.

Se nem isso funcionar, devemos forçar o desligamento do aparelho mantendo pressionado o botão de power por mais de 5 segundos. Depois que o computador desligar, aguardamos um ou dois minutos e tornamos a ligá-lo. Em tese, o Windows tenta carregar no modo de segurança quando não consegue iniciar da maneira convencional; caso isso não ocorra, a janela do ambiente de recuperação (WinRE) será exibida. 

Se nem isso acontecer, desligamos e religamos o computador três vezes seguidas. Também em tese, a terceira tentativa nos dará acesso às opções avançadas de inicialização, a partir da qual decidimos qual caminho tomar. Na pior das hipóteses, com a janela Selecione uma opção exibida na tela do monitor, escolhemos Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, clicamos em Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, definimos Manter meus arquivos, selecionamos nossa conta de usuário e digitamos a senha, se solicitado, e então clicamos em Reiniciar e torcemos para que dê certo.

Observação: Se o modo de segurança não resolver o problema... bem, há outras possibilidades a explorar, mas talvez seja melhor reinstalar o Windows logo de uma vez: ainda no ambiente de recuperação do sistema, na sessão Solução de Problemas, selecionamos a opção Restaurar este PC, informamos se desejamos manter (ou não) os arquivos pessoais e seguimos as instruções do assistente (cruzando os dedos e torcendo para que tudo dê certo).

Continua...

quinta-feira, 3 de março de 2022

DE VOLTA À TERCEIRA VIA...

Nem só de conflito no leste europeu (Putin não admite falar em "guerra") vive o noticiário. Sobretudo em ano eleitoral. Ainda que o mundo esteja está horrorizado (para dizer o mínimo) com a truculência do сукин сын sanguinário, a vida continua.

A invasão da Ucrânia pelo carniceiro de Moscou entra hoje no sétimo dia. Ontem, as tropas russas continuavam o cerco a Kiev, enquanto bombardeios e conflitos avançavam em outras regiões. Mais de 660 mil ucranianos já deixaram o país, e a negociação entre Moscou e Kiev segue incerta. Após o impasse da última segunda-feira, uma nova rodada de negociações foi agendada, mas o Kremlin primeiro disse que ainda não havia uma nova data e, depois, que as tratativas seriam retomada ainda ontem. No momento em que escrevo este texto, a delegação ucraniana estava a caminho da região de Brest, em Belarus, onde o encontro deve acontecer. 

Segundo o negociador, a Rússia vai discutir o cessar-fogo imediato pedido pela Ucrânia. Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores do filho da Putin disse que o país busca a ‘desmilitarização’ ucraniana, mas que está pronta para discutir as garantias de segurança desejadas pelo presidente Zelenski. Do lado ucraniano, o ministro das Relações Exteriores afirmou que o país também está preparado para negociações, mas sem aceitar “os ultimatos russos”. 

AtualizaçãoEstá marcada para esta quinta-feira a segunda rodada de negociações no território de Belarus. O governo ucraniano relatou que, em sete dias de conflito, mais de 2 mil civis foram mortos. A Assembleia Geral da ONU aprovou ontem uma resolução condenando a invasão russa e que “exige” a retirada imediata de incondicional das tropas. O texto recebeu 141 votos favoráveis, incluindo o do BrasilEnquanto as atenções estão voltadas para o conflito na Ucrânia, surge uma nova pergunta: Irá o filho da Putin parar por aí?

Bolsonaro perdeu seus principais aliados com as derrotas de Trump e de Netanyahu. Lula faz acenos para o centro, embora sua candidatura seja essencialmente de esquerda. A situação periclitante dos milhões de depauperados beneficiados pelo assistencialismo populista dos governos petistas não só fomenta a polarização como põe em risco a passagem do capetão para o segundo turno, ainda que, por enquanto, não de forma irreversível. 

Para a “terceira via”, falta uma narrativa eleitoral robusta, que consiga sensibilizar o eleitorado refratário à polarização e ofereça propostas consistentes para a retomada do crescimento. O ideal seria que Sergio Moro, João Doria, Ciro Gomes, Simone Tebet, Alessandro Vieira e Rodrigo Pacheco, protagonistas da fragmentação, se empenhassem sinceramente numa composição de forças que formulasse um programa comum.

Ao menos três pré-candidatos não descartam uma união em torno do nome mais viável para a disputa ao Palácio do Planalto: Moro (Podemos); Doria (PSDB); e Simone Tebet (MDB). A expectativa é a de que um acordo seja fechado até meados de junho. Mais bem posicionado segundo a última pesquisa do Instituto QuaestMoro cogita migrar para o União Brasil (fruto da fusão entre o DEM e o PSL), que terá cerca de R$ 1 bilhão do fundão eleitoral, além de pelo menos 12 candidatos aos governos estaduais. 

Podemos vem sofrendo com baixas em seus quadros e dificuldades de construir palanques para Moro nos estados — palanques estaduais e tempo de propaganda no rádio e na TV serão primordiais para que o ex-juiz fure a polarização entre Lula e Bolsonaro e chegue ao segundo turno.

Com o desempenho ainda baixo segundo as pesquisas, Doria busca construir acordos com outros partidos. Ele fala em "convergência" com Moro e Simone e não descarta uma unificação de candidaturas entre eles. Apesar disso, já sinalizou que a pontuação em pesquisas não será o fator determinante para a escolha do candidato do grupo. 

O tucano tenta ainda atrair para o PSDB lideranças do Podemos e do MDB em outros estados do Sudeste e do Nordeste e discute ainda uma federação com o Cidadania, que tem como pré-candidato à Presidência o senador Alessandro Vieira — o ex-deputado Roberto Freire, presidente da sigla, já sinalizou que deve apoiar Doria caso a federação seja estabelecida.

Em outro campo, Doria também pretende usar as inserções da propaganda partidária para se apresentar como articulador pela vacina contra a Covid no Brasil e recorrer aos números da economia de São Paulo (aumento de 7,5%) para se contrapor ao desgoverno Bolsonaro (aumento de 1,5%). Com essa estratégia, aliados do governador acreditam que ele terá mais viabilidade entre os nomes da terceira via e esperam que haja uma união em torno de seu nome até meados de junho.

Até o momento, 20 dos 27 diretórios do MDB já teriam sinalizado apoio a Simone Tebet, que conta com 1% das intenções de voto segundo o Quaest. A senadora pretende rodar o país em prol de alavancar seu desempenho nas pesquisas. Administrando mais de 700 prefeituras pelo país, o MDB aposta nessa estratégia para ampliar visibilidade da candidata pelo interior do país. 

Tebet conta também com o apoio dos senadores tucanos Tasso Jereissati e José Aníbal, mas a cúpula do MDB tem mantido conversas com Moro e Doria, no intuito de negociar uma eventual composição de chapa. A expectativa, segundo entusiastas da senadora, é de neutralizar a candidatura dos demais nomes da terceira via até meados de maio. Seria bom que se apressassem. 

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — CONTINUAÇÃO

O CASAMENTO TRANSFORMA AS PEQUENAS LOUCURAS NUMA ENORME ESTUPIDEZ.

Se os procedimento sugeridos no capítulo anterior não resolverem seu problema, recorra ao Verificador de Arquivos do Sistema — mas lembre-se de que para isso é preciso que o Windows esteja atualizado; clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update  > Verificar se há atualizações e aguarde o download e a instalação das atualizações (se houver). Feito isso:

1) Repita os passos anteriores e, na coluna à esquerda da tela de "Atualizações e Segurança", clique em "Recuperação" e, no campo "Inicialização avançada", clique no botão "Reiniciar agora".

2) Na tela que será exibida após a reinicialização do computador, selecione "Solução de Problemas" e clique em "opções avançadas";

3) Na próxima janela, clique em "Prompt de comando" para abri-lo offline. Selecione o usuário e forneça a respectiva senha;

4) Na tela do Prompt de comando, digite "diskpart" e tecle Enter. Em seguida, escreva "list volume" e torne a teclar Enter. Localize na lista a partição em que o Windows está instalado (geralmente C:);

5) Digite "exit" e tecle Enter para sair do diskpart, digite "sfc /scannow /offbootdir=D:\ /offwindir=C:\Windows" e torne a pressionar Enter. No "offbootdir", coloque a letra correspondente à partição em que o sistema está instalado. Já no "offwinder", acrescente a letra da partição onde estão os arquivos de recuperação do Windows;

6) Feche o prompt de comando e clique em continuar. O Windows será iniciado e corrigirá todos os erros encontrados na verificação.

Alternativamente:

1) No prompt de comando, digite "findstr /c:"[SR]" %windir%\Logs\CBS\CBS.log >"%userprofile%\Desktop\sfclogs.txt" (sem aspas) e tecle Enter;

2) Pesquise por "sfclogs.txt" em e abra o arquivo editável;

3) Todos os processos da verificação serão exibidos. Pesquise pelo processo que contém a mensagem "cannot repair member file" (esse arquivo deverá ser substituído manualmente por uma cópia que você poderá encontrar na Internet, mas assegure-se de baixá-la a partir de um site confiável;

4) Após baixar o arquivo e salvá-lo na área de trabalho, torne a abrir o Prompt de comando como administrador e digite "takeown /f Caminho_e_Nome_Arquivo " (coloque a letra da partição em que o arquivo está e o nome dele, por exemplo: "takeown /f C:\windows\system32\jscript.dll") e tecle Enter.

Concluído o processo, cruze os dedos, reinicie o computador e veja se deu certo.

Via Windows Central e Suporte do Windows

quarta-feira, 2 de março de 2022

AINDA SOBRE OS BASTIDORES DA INVASÃO

 

A pandemia de Covid ainda não acabou, mas as menções a ela nos noticiários vêm escasseando desde que o caldo entornou no leste europeu. Do surto de H3N2, então, já não se ouve um pio. Sobre Bolsonaro, pipocam aqui e acolá manifestações de repudio a seu alinhamento com Putin (que alguns chamam de "indecisão" ou "falta de posicionamento"). Dizem às más-línguas que ele está de mudança para o PSDB — ficar em cima do muro, no cenário político-partidário tupiniquim, é coisa de tucano —, já tem até gente jurando que o viu de braço dado com Aécio Neves.

Observação: Segundo O Antagonista, Sergio Moro postou no Twitter: “Venezuela, Nicarágua e Cuba apoiam a agressão Russa à Ucrânia. Alinhados com estas ditaduras estão também Bolsonaro e o PT. Nós estamos do outro lado. Não apoiamos a guerra, a violência, as ditaduras e o autoritarismo. E você?

A invasão da Ucrânia já resultou na morte de centenas de militares e civis, tanto do lado invasor quanto do invadido. Putin disse que a imprensa internacional mente, que sua "operação militar" poupa vidas civis, mas, entre outras atrocidades, a Rússia bombardeou uma maternidade ucraniana.

Na manhã da última segunda-feira (28), Volodymyr Zelensky disse que a delegação de seu país “não impôs precondições” para o começo das conversas, mas exigiu que aviões, helicópteros e mísseis em Belarus permanecessem em terra até o retorno dos representantes ucranianos. Até então, o ucraniano relutava em negociar naquele país (que é aliado à Rússia), mas acabou cedendo depois que Putin pôs em alerta suas forças nucleares em resposta às retaliações econômicas aplicadas pelos Estados Unidos e a União Europeia.

Observação: Falando em aviões, no último domingo, após uma série de desmentidos, foi confirmada a destruição do Antonov An-225 (que até então era o avião do mundo) num importante centro aeronáutico em Gostomel, a 40 km da capital da Ucrânia. 

Também nesta segunda-feira teve início a sessão emergencial da Assembleia Geral da ONU (é a primeira vez desde 1982 que esse instrumento é utilizado). A Rússia foi contra a convocação (para surpresa de ninguém), mas não pôde usar seu poder de veto como fez no Conselho de Segurança. A ofensiva contra o país vizinho deve ser rechaçada pela maioria dos 193 membros (bastam dois terços de votos a favoráveis à Ucrânia para condenar a sandice do presidente russo, mas a decisão não é vinculativa, conquanto tenha peso político).

Mario Sabino diz que Putin acha que cercou Kiev, mas foi Zelensky que cercou Moscou. Diante da derrota moral, da ruína econômica que se avizinha e do risco nuclear, a Rússia tem de enxotar o carniceiro do Kremlin — que esperava fazer uma blitzkrieg na Ucrânia, mas encontrou uma resistência feroz, comandada por um presidente que conta hoje com a aprovação de 94% dos ucranianos e se tornou um símbolo de coragem e resiliência para os seus compatriotas e para o mundo. O Ocidente, temeroso de uma guerra prolongada que também lhe seria custosa, ofereceu-lhe uma rota de fuga, mas ele se recusou a abandonar a luta, como Putin esperava que fizesse — e, com o seu comportamento inspirador e impressionante capacidade de comunicação nas redes sociais, obrigou os líderes ocidentais a mostrar os dentes para a Rússia, seja na forma de sanções econômicas mais duras do que as previstas, seja por meio de ajuda militar efetiva.

Ainda que o rolo compressor russo atinja os seus objetivos militares, já está claro que os ucranianos, entre militares e civis, não se dobrarão aos invasores. Na Europa, a cifra fornecida por Kiev — de que os ucranianos mataram 3.500 soldados russos em cinco dias de conflito —, antes considerada mera propaganda, começou a ser levada a sério. A título de comparação, em 10 anos de guerra, os russos perderam 14,5 mil homens no Afeganistão.

Com um simples celular, Zelensky, um ex-comediante subestimado no Kremlin e no Ocidente, derrotou Putin e a sua máquina de censura e fake news. O carniceiro perdeu a batalha de comunicação, como demonstram as manifestações de rua (que vêm ocorrendo nos países ocidentais e na própria Rússia), os boicotes esportivos de imensa repercussão e as sanções ocidentais aos canais de notícias falsas patrocinados pelos russos, que vinham operando livremente no Ocidente. O mundo livre e moderno constata a diferença entre um presidente que transmite de lugares públicos de Kiev e sabe se comunicar pelo Twitter (quase 4 milhões de seguidores neste momento) e pelo Instagram (quase 13 milhões de seguidores), e outro presidente isolado no cavernoso Kremlin e que faz uso apenas de uma TV estatal — que lhe é inteiramente submissa —, da censura e das fake news. 

Putin, de olho em sua biografia, vê a perda da Ucrânia como inadmissível, mas deve estar se mordendo ao ver Zelensky se tornar um herói mundial, o líder forte e corajoso que se eleva moralmente sobre o pária russo (o que torna o destino do ucraniano ainda mais precário e a situação de seu país ainda mais preocupante). Ex-agente da KGB e no comando da segunda maior potência bélica do planeta, o russo achou que poderia cancelar a Ucrânia como nação com um discurso montado numa retórica velha da época da Guerra Fria, mas acabou fortalecendo o sentimento nacional ucraniano expresso admiravelmente pelo presidente ex-comediante. 

Hoje, enquanto a Ucrânia é objeto de solidariedade e ajuda financeira e militar, a Rússia se vê sob um genocida sanguinolento que, roído pela vaidade, pela inveja e pela vingança, ameaça não apenas a Ucrânia, mas a humanidade como um todo, ameaçando lançar mão de armas nucleares para liquidar um mundo que não reflete a imagem que ele acha que tem.

Só há um caminho a seguir para a Rússia depois dessa degradação da imagem do país: derrubar o carniceiro. Zelensky é um líder admirável na sua modernidade; Putin é um ditador covarde e perigoso no seu anacronismo, e foi longe demais para que a sua palavra possa ser crível em qualquer negociação.

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10

A PERSEVERANÇA É O PREÇO DA VITÓRIA.

Como vimos no post anterior, o WinME (de Millennium Edition) foi lançado a toque de caixa porque o WinXP ainda não estava maduro e a Microsoft queria aproveitar o apelo mercadológico da virada do milênio. Mas o tiro saiu pela culatra: essa encarnação de seu festejado sistema foi um fiasco retumbante, tanto de crítica quando de público (a exemplo do que ocorreria mais adiante com o Vista e os 8/8.1).

Embora não tenha correspondido às expectativas da empresa de Redmond, a nova versão inaugurou a Restauração do Sistema, que permite reverter o computador a um “ponto” criado quando tudo vai bem, evitando, assim, reinstalar o sistema do zero se um malware, uma atualização de driver malsucedida ou um aplicativo malcomportado, por exemplo, comprometer a estabilidade do sistema.

Observação: No Win98SE, essa "viagem no tempo" podia ser feita com o Scanreg, mas era preciso recorrer ao prompt de comando e escolher, por tentativa e erro, a partir de uma lista de backups do registro, a cópia capaz de recolocar o bonde nos trilhos. Para usuários iniciantes e medianos, a interface gráfica é muito mais amigável, daí a Restauração do Sistema ter sido mantida nas encarnações posteriores do Windows. Quando ativado, o recurso cria “pontos” (backups das configurações do Registro e de outros arquivos essenciais ao funcionamento do computador) que funcionam como um salva-vidas inflável em situações de naufrágio. O problema é que salva-vidas podem estar furados.

Travamentos, telas azuis, reinicializações aleatórias e assemelhados são menos frequentes atualmente do que nas versões vetustas do Windows, mas isso não significa que não ocorram. A boa notícia é que tudo é reversível no âmbito do software, ainda que isso exija reinstalar o sistema do zero. Mas não se deve chutar o pau da barraca sem antes tentar soluções “menos invasivas”.

Malwares (vírus, trojans e afins) podem causar lentidão ou comprometer a estabilidade do computador, embora o objetivo primário dessas pragas seja atualmente roubar dados pessoais/confidenciais das vítimas. Caso sua suíte de segurança não aponte nenhuma ocorrência suspeita, colha uma segunda opinião (ou terceira, ou quarta) de antimalwares baseados na Web — como HouseCallActiveScanKasperskyF-SecureBitdefender ou Microsoft Safety Scanner, entre outros —, lembrando que o uso dessas ferramentas não o desobriga de manter uma suíte de segurança instalada no computador.

Se as varreduras não encontrarem nada suspeito, puxe pela memória: o problema começou depois que você atualizou o Windows ou um driver de dispositivo? Ou depois de que um aplicativo qualquer foi adicionado ao computador?  Caso não seja essa a causa, execute o Windows PowerShell como administrador, digite sfc /scannow e tecle Enter para dar início à verificação e correção de arquivos corrompidos do sistema (não se esqueça de dar um espaço entre sfc e scannow).

O problema terá sido resolvido se, ao final da verificação, uma mensagem der conta de que arquivos corrompidos foram encontrados e reparados com êxito. Caso contrário, digite Dism / Online / Cleanup-Image / RestoreHealth e tecle Enter. O processo pode demorar um bocado e não é incomum a barra de progressão empacar em 20%, mas eu recomendo não interrompê-lo.

Se nem assim o problema for resolvido, torne a executar o DISM usando o comando Dism /Online /Cleanup-Image /RestoreHealth /Source:wim:X:\sources\install.wim:1 (substitua o X pela letra referente à partição que contém os arquivos de instalação do Windows). Ao final, execute novamente o comando sfc /scannow e torça para que dessa vez a mensagem dê conta de que está tudo OK.

Continua...