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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

AINDA SOBRE A ÁREA 45 E O CASO ROSWELL

A PRIMEIRA COISA QUE DUAS PESSOAS FAZEM QUANDO COMEÇAM UMA VIDA EM COMUM É CAMINHAR EM SENTIDOS OPOSTOS. 

Em meio à Guerra Fria, o receio de que a URSS desenvolvesse armas nucleares levou os EUA a investir em tecnologias avançadas e construir a base militar de Roswell, no Novo México. Testes de aeronaves como o U-2 fizeram com que os avistamentos de OVNIs se multiplicaram no deserto de Nevada — vale lembrar que nem todo objeto voador não identificado é necessariamente alienígena.  
 
Em meados de 1947, rancheiros avistaram luzes esquisitas nos céus do Novo México. Após uma noite de tempestade, Willian Brazel comunicou ao xerife de Chaves County que havia encontrado destroços de uma nave alienígena no seu rancho. O policial notificou o major Jesse A. Marcel, do Escritório de Inteligência do 509º Grupo de Bombardeiro, e os destroços foram prontamente recuperados pelos militares e inspecionados na Base Aérea de Roswell.
 
A notícia de que um disco voador havia sido encontrado foi largamente divulgada pela imprensa, mas desmentida pela Base Aérea Naval de Fort Worth, no Texas, onde os supostos destroços e corpos dos alienígenas foram periciados. Segundo os militares, o objeto era um balão meteorológico, e os quatro ETs pequeninos, cinzentos, com cabeças e olhos enormes, apenas bonecos de prova lançados de altitudes elevadas para avaliar os estragos causados pela queda. 
 
Décadas se passaram até o físico Stanton T. Friedman encontrar um certo major Jesse Marcel, o tenente Walter Haut admitir que não só viu o OVNI como os cadáveres dos tripulantes, e o agente da CIA Chase Brandon revelar que arquivos confidenciais o convenceram de que a nave era extraterrestre e os corpos encontrados em Roswell eram alienígenas. 
 
Haut e Marcel já faleceram, mas outras "testemunhas" alegaram ter visto a nave — como o agente funerário Glenn Dennis, que teria levado os corpos dos ETs a pedido do Exército — ou sido abduzidas. Os céticos dizem que Marcel era um mentiroso, que Haut estava caduco, e que as outras testemunhas só deram o ar da graça muitos anos depois. 
 
Ainda assim, o "Incidente de Roswell" continua dividindo opiniões, quando mais não seja porque a versão oficial soa tão patética quanto a inocência de Lula e o respeito de Bolsonaro pelo Estado Democrático de Direito. Houve, sim, uma conspiração, ainda que não exatamente a que ufólogos querem ver. Mas isso é assunto para uma próxima postagem.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

ÁREA 51

TUDO É A PONTA DE UM MISTÉRIO, INCLUSIVE OS FATOS OU A AUSÊNCIA DELES. QUANDO NADA ACONTECE, HÁ UM MILAGRE QUE NÃO ESTAMOS VENDO.

A Área 51 é uma região do deserto de Nevada (EUA) onde uma base militar, criada em meados do século passado, foi usada pela primeira vez em 1955, para testar o avião espião U2São mais de um milhão de hectares cercados por arame farpado e placas avisando que há vigilância eletrônica e guardas armados com permissão para usar força letal contra os invasores. O que acontece lá é altamente secreto, dando azo a inúmeras teorias da conspiração, como a de que a base guarda os destroços de uma nave alienígena que caiu em Roswell, em 1947, e os corpos dos respectivos tripulantes (segundo a versão oficial, o objeto era apenas um balão). 

 

O "Caso Roswell" vem sendo objeto de teorias conspiratórias há mais de sete décadas. Em 8 de julho de 1947, o jornal Roswell Daily Record publicou que os militares haviam recolhidos destroços de um disco voador, mas voltou atrás na edição do dia seguinte, afirmando que se tratava de um balão meteorológico. Informações divulgadas posteriormente deram conta de que o fazendeiro local William "Mac" Brazel havia encontrado e oferecido pedaços do tal balão a jornais locais, em troca de dinheiro. 

 

Em 1989, o físico americano Bob Lazar revelou à imprensa que trabalhou na base, e que os cientistas utilizam engenharia reversa para descobrir como os discos voadores funcionam. Poucos anos depois, o ex-agente da CIA Chase Brandon afirmou que teve acesso a um arquivo secreto, onde uma caixa etiquetada como Roswell chamou sua atenção. "Não vou contar exatamente o que eu vi, mas eram fotos e documentos que validaram todas as minhas suspeitas sobre o caso" (de que se tratava realmente de uma nave alienígena com cadáveres de extraterrestres). 

 

De acordo com o investigador britânico Philip Mantle, que continua estudando o assunto, a chave para entender o que ocorreu em 1947 é o major da inteligência do 509º Grupo de Bombardeio do Exército dos EUA  Jesse Marcel — o primeiro oficial graduado a chegar ao local do acidente —, que foi incumbido de "recolher pedaços de dispositivos e auxiliar em futuras investigações".


Observação: Uma testemunha chamada Calvin Parker, que foi apresentada a Marcel por um amigo em comum após ela próprio ter sido abduzida por alienígenas, disse que e o major guardou parte do material coletado naquele dia dentro de um aquecedor de água. "Ele me disse que recebeu ordens para dizer que era apenas um balão meteorológico".

 

Em entrevista ao Daily Mail, Jesse Marcel III e John Marcel afirmaram que o avô foi obrigado a negar que a nave encontrada no local era extraterrestre, mas escreveu em seu diário que pedaços do OVNI exibiam uma "escrita alienígena".

 

A CIA só reconheceu oficialmente a existência da Área 51 em agosto de 2013. Quatro meses depois, Barack Obama tornou-se o primeiro presidente americano a mencionar o assunto publicamente.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 50ª PARTE (AINDA SOBRE OVNIS)

ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO.

Suspeitas de que alienígenas visitam a Terra não vêm de hoje (vide capítulo 40). Há inúmeros relatos de avistamentos de OVNIs — acrônimo de "objetos voadores não identificados" —, mas faltam argumentos convincentes de que se trata de balões meteorológicos, drones ou projetos desenvolvidos em segredo pelos EUA, Rússia ou China. 

 

Observação: O acrônimo UFO — de "unidentified flying object" — deu lugar a UAP — de "unidentified anomalous phenomena" —, mas a explicação oficial ainda é a mesma na maioria dos casos, ou seja, que não necessariamente têm origem extraterrestre. Até recentemente, os UAPs eram classificados oficialmente como fenômenos atmosféricos mal interpretados ou alucinações coletivas fomentadas por teorias da conspiração, mas, aos poucos, o entendimento das autoridades vem mudando (mais detalhes no capítulo anterior).


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Quando um quer, dois brigam. Quando dois querem, aí mesmo é que o pau come. Ninguém sabe qual vai ser o resultado da próxima sucessão. Mas parece claro que a Presidência da República vai ser disputada em 2026 a paus e pedras. 

Os dois lados ruminam certas dúvidas, nenhuma delas certa. Lula subiu nas penúltimas pesquisas, mas não disparou. Os rivais estão zonzos, mas não morreram. A incerteza deveria conduzir ao diálogo, não à desavença.

A eleição presidencial ainda mora longe. O desalinho das contas nacionais mora ao lado. Seja quem for o eleito, terá que lidar com um buraco de mais de 92% de despesas obrigatórias consumindo todo quase todo o dinheiro arrecadado com impostos.

Se a briga prematura de governo e oposição serve para alguma coisa é para cavar um buraco ainda maior.

 

Eventos famosos, como o Projeto Mogul — que usava balões metálicos para espionagem — foram atribuídos a programas militares secretos. A existência de naves alienígenas acidentadas jamais foi confirmada oficialmente, mas tampouco se conseguiu explicar a capacidade de pairar no ar como helicópteros e acelerar a velocidades hipersônicas desses objetos, que parecem ser muito mais avançados que qualquer coisa construída neste planeta. 

 

O célebre Caso Roswell merece destaque especial. Em 1947, o Roswell Army Air Field reconheceu que um "disco voador" havia caído na área rural da cidade de Roswell, no Novo México (EUA). Num segundo comunicado à imprensa, a nova versão dizia tratar-se de um balão meteorológico. O episódio transformou a cidade em ícone da ufologia e a Area 51, em palco de teorias conspiratórias envolvendo naves e seres alienígenas. Décadas depois, Bill Clinton determinou uma investigação federal sobre "o que estava acontecendo lá", e a CIA finalmente reconheceu a existência da base militar no deserto de Nevada, mas assegurou que ela era usada apenas em projetos secretos de vigilância aérea. 

 

Em 2010, dezenas de oficiais norte-americanos avistaram objetos não identificados pairando sobre silos de mísseis nucleares na Base Aérea de Malmstrom, em Montana. O ex-capitão Robert Salas relatou ter ficado a poucos metros de uma nave vermelha, brilhante, que flutuava acima do portão da frente da instalação. No Brasil, o caso Trindade, a Operação Prato e o ET de Varginha são exemplos emblemáticos de contatos imediatos de diversos graus.

 

Radares não têm crença, mas, afora os documentos oficiais e fotografias de UAPs — que são alvo de escrutínio constante por meio de ferramentas de análise de imagens —, as evidências com que os ufólogos trabalham são, em sua maioria, testemunhos pessoais submetidos a testes de confiabilidade pelos próprios ufólogos, que não raro conduzem a novas perguntas. Segundo o autor da tese "Objetos intangíveis: ufologia, ciência e segredo", a ufologia toma emprestados elementos das diversas disciplinas científicas, mas utiliza seus próprios métodos e questiona a ciência por ignorar relatos sobre os avistamentos que teriam potencial para fazê-la "progredir". 

 

É fato que a NASA colocou astronautas na Lua e enviou sondas para o espaço interestelar. Mas também é fato que nenhuma tecnologia desenvolvida até agora permitiu cruzar o cosmos a velocidades próximas à da luz ou criar atalhos no espaço-tempo através dos quais seja possível percorrer milhões ou bilhões de quilômetros em questão de minutos (ao menos até onde sabemos). No entanto, já dizia o poeta que não há nada como o tempo para passar. Os físicos trabalham atualmente com modelos teóricos que incluem buracos de minhoca, dilatação temporal e até universos paralelos — ideias tão ousadas foi a possibilidade de cruzar o mar sem cair da borda do mundo durante as Grandes Navegações. Talvez ainda estejamos na era das caravelas da física temporal, mas quem sabe o que o "Concorde da cronologia" nos trará nos próximos séculos?

 

No livro Eram os Deuses Astronautas? (1968), Erich von Däniken oferece explicações intrigantes para diversos enigmas que a história não conseguiu elucidar. Segundo sua Teoria dos Antigos Astronautas, alienígenas visitam a Terra há milhares de anos, e foram tomados como "deuses" pelos antigos egípcios, gregos, maias e outros povos, como evidenciam pinturas e esculturas encontrada por arqueólogos. "Autores "sérios" como Pierre Houdin e Bob Brier atribuem ao trabalho do pesquisador suíço a pecha de “pseudociência”, mas talvez haja uma ponta de inveja nessa crítica, considerando que os livros do “pseudocientista” foram traduzidos para mais de 30 idiomas, venderam dezenas de milhões de cópias e inspiraram a popular série Alienígenas do Passado, do History Channel.

 

Cada um pode acreditar no que bem entender — da probidade da autoproclamada "alma viva mais honesta do Brasil" ao "patriotismo" do penúltimo inquilino do Palácio do Planalto; da planicidade da Terra à existência de seres reptilianos que habitam as profundezas do planeta. Eu, a exemplo de São Tomé (que só acreditou na ressureição de Cristo depois de ver e tocar em suas chagas), prefiro ver para crer. Entre narrativas religiosas que tentam explicar mistérios que as próprias religiões não entendem, e teorias baseadas em evidências levantadas pela ciência, eu prefiro estas àquelas. 

 

Entre os anos de 1948 e 1968, o Projeto Blue Book identificou 1.268 relatos de UFOs, dos quais 701 permanecem envoltos em mistério. E o mesmo se aplica a 143 dos 144 avistamentos que o Pentágono registrou nas últimas duas décadas. Um ex-diretor do AATIP — entregou ao The New York Times vídeos gravados por caças da Marinha em 2004, 2014 e 2015. Num deles, que ficou conhecido como Incidente Nimitz, um objeto oval sem asas nem propulsores visíveis executava manobras aparentemente impossíveis do ponto de vista aerodinâmico. 

 

Um relatório produzido pela ODNI catalogou 510 casos de UAPs. Dos 366 que foram investigados, 26 eram sistemas de aeronaves não tripuladas (UAS) ou drones, 163 eram balões ou "artefatos semelhantes a balões", meia dúzia foi considerada "desordem” (como pássaros, sacolas plásticas de compras flutuando no ar, e por aí vai) e 171 foram classificados como avistamentos de UAPs "não caracterizados e não atribuídos (sobretudo os que demonstram características de voo incomuns ou capacidades de desempenho que requerem análises mais aprofundadas).  

 

Em um episódio da série Unidentified com Demi Lovato, a própria apresentadora disse que foi abduzida por alienígenas. A modelo brasileira Isabeli Fontana relatou uma experiência inusitada durante a gravidez. Fábio Jr. contou à revista IstoÉ que viu duas naves pairando sobre seu carro. A ex-BBB Flávia Viana disse ter avistado um OVNI na cidade mineira de Três Pontas. O ator Rodrigo Andrade compartilhou em suas redes sociais um vídeo no qual um "objeto luminoso" acompanhou o avião em que ele viajava por cerca de 25 minutos — e que mudou de cor e de tamanho várias vezes antes de desaparecer. 

 

O jornalista e apresentador Amaury Jr contou que já avistou mais de 40 objetos esféricos e em forma de prato em sítio, no município paulista de Vinhedo. A cantora Elba Ramalho revelou ter sido "chipada" por extraterrestres enquanto dormia. Suzana Alves — mais conhecida como Tiazinha — filmou um OVNI na Marginal Pinheiros, em São Paulo, por cerca de 30 segundos. Tarcísio Meira contou que ele, a mulher e outras seis pessoas testemunharam quatro objetos voando em formação assimétrica que ficaram parados por cerca de um minuto antes de desaparecer. O cantor Xororó observou uma nave com uma luz bem forte quando dirigia por uma estrada do interior de São Paulo, e disse que teria parado e tentado um contato se sua mulher e os filhos não estivessem no carro com ele. 

 

Observação: Não sei se esses depoimentos são confiáveis, mas sei que passei por uma experiência semelhante à do sertanejo nos anos 1960, quando passava férias no sítio dos meus avós, numa bucólica cidadezinha do interior paulista. Um primo que estava comigo também viu a luz, que continuou sobre nós enquanto fugíamos em desabalada carreira, e então se tornou um pontinho no céu e desapareceu. Voltei ao sítio outras vezes em outros anos, mas nunca vi nada parecido. Reencontrei esse primo uma dezena de vezes nos últimos 60 anos, mas, curiosamente, nunca falamos no assunto.   

 

Durante um conversa descontraída com alguns colegas do Los Alamos National Laboratory, em 1950, o físico italiano Enrico Fermi levantou a seguinte questão: "Onde está todo mundo?" Um quarto de século depois, em seu único livro de ficção — Contact —, o astrofísico Carl Sagan escreveu "The universe is a pretty big place. If it's just us, seems like an awful waste of space" (O universo é um lugar muito grande. Se somos só nós, parece um terrível desperdício de espaço). E com efeito. 

 

Em condições ideais (noite sem lua, com atmosfera limpa e seca e sem poluição luminosa), conseguimos avistar de 2.500 a 3.000 estrelas no céu noturno. Considerando que enxergamos apenas metade da esfera celeste de cada vez, o total de estrelas visíveis a olho nu fica entre 5.000 e 6.000, mas estima-se que existam cerca de 100 bilhões de galáxias no Universo, as menores com alguns milhões de estrelas e as maiores com centenas de bilhões. Nem todos esses dez sextilhões de "sóis" têm planetas girando a seu redor, mas boa parte deles é orbitada.

 

Depois que o primeiro exoplaneta foi avistado (há cerca de 30 anos), outros milhares foram sendo observados não só em sistemas solares semelhantes ao nosso, mas também orbitando anãs vermelhas e estrelas de nêutrons ultradensas. Em 2022, o Projeto TESS confirmou a existência de cerca de 5.000 exoplanetas — atualmente, entre confirmados e aguardando confirmação, são mais de 8.000. Somente na Via Láctea há centenas de bilhões de "mundos" sobre os quais quase nada sabemos. 


Observação: Há desde mundos pequenos e rochosos, como a Terra, e gigantes gasosos maiores que Júpiter, como os assim chamados “Júpiteres quentes” — corpos celestes com semelhanças físicas com Júpiter, mas que orbitam muito mais próximos de suas estrelas, donde sua natureza "quente". Há ainda as “superterras” — planetas rochosos maiores que a Terra —, os "mininetunos" — versões menores que o "nosso" Netuno —, planetas que orbitam duas estrelas ao mesmo tempo ou que giram em torno de restos colapsados de estrelas mortas. O Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, cujo lançamento está previsto para 2027, descobrirá novos exoplanetas, e Missão ARIEL, prevista para 2029, analisará as atmosferas dos exoplanetas com base em suas nuvens e neblinas.

 

Se formos um pouco mais além e consideramos que algumas hipotéticas civilizações sejam mais desenvolvidas que a nossa, como negar a possibilidade de extraterrestres viajarem pelo cosmos em busca de outros mundos? O surgimento de vida (da forma como a conhecemos) é um processo complexo, que precisa superar inúmeras barreiras, sobretudo quanto tomamos a Terra como exemplo de "planeta habitável típico". Por outro lado, se outras civilizações alcançaram um estágio de desenvolvimento semelhante ao nosso, por que não conseguimos detectar sinais de rádio ou de outro tipo de tecnologia alienígena avançada, como os que somos capazes de produzir?

 

Entre o silêncio das estrelas e o burburinho das teorias, o mistério persiste. E the answer, my friend, is blowing in the wind.

 

Continua...

quarta-feira, 1 de março de 2023

AINDA SOBRE CONTATOS IMEDIATOS

O QUE É MAIS ASSUSTADOR? A IDEIA DE VIDA ALIENÍGENA OU A DE ESTARMOS SOZINHOS NA IMENSIDÃO DO UNIVERSO?

Nas primeiras semanas de fevereiro, três OVNIs e um balão de vigilância chinês foram abatidos pela Força Aérea dos EUAOficialmente, os objetos foram derrubados porque invadiram a faixa de altitude dos voos comerciais, e o balão, por ter sobrevoado bases militares como a de Malmstrom, que guarda um arsenal de mísseis intercontinentais, e a de Offutt, que sedia o comando do Departamento de Defesa encarregado do armamento nuclear americano. 

 

O presidente Joe Biden relativizou a questão da segurança nacional e o impacto do episódio nas relações com a China, mas seu secretário de Estado classificou o incidente de "inaceitável e irresponsável" e adiou uma viagem que faria a Pequim (mais detalhes na postagem do último dia 27).

 

Vale lembrar que a sigla OVNI designa qualquer objeto voador não identificado, entre os quais balões meteorológicos, aeronaves militares, veículos privados e até fenômenos naturais. Por outro lado, o Projeto Blue Book estudou mas de 12 mil avistamentos de OVNIs e não conseguiu explicar boa parte deles.

 

Em 1947, o Roswell Army Air Field reconheceu que um “disco voador” havia caído na área rural de Roswell, mas, num segundo comunicado à imprensa, disse que se tratava de um balão meteorológico. O episódio transformou a cidade em ícone da ufologia e a Area 51 em palco de teorias conspiratórias envolvendo espaçonaves e seres extraterrestres. Décadas depois, o então presidente Bill Clinton determinou uma investigação federal sobre "o que estava acontecendo lá", e a CIA finalmente reconheceu a existência da base militar no deserto de Nevada, mas garantiu que ela era usada apenas em projetos secretos de vigilância aérea. 

 

Em 2010, dezenas de oficiais norte-americanos avistaram OVNIs pairando sobre silos de mísseis nucleares na Base Aérea de Malmstrom, em Montana. O ex-capitão Robert Salas disse que ficou a menos de 10 metros de uma nave vermelha, brilhante, que flutuava acima do portão da frente da instalação. No Brasil, o caso Trindade, a Operação Prato e o ET de Varginha são exemplos emblemáticos de "contatos imediatos" de diversos graus (detalhes no post do dia 26 do mês passado).

 

Segundo o professor e pesquisador Rafael Antunes Almeida, autor da tese "Objetos intangíveis: ufologia, ciência e segredo", a ufologia toma emprestados elementos das diversas disciplinas científicas, mas utiliza seus próprios métodos e questiona a ciência por ignorar relatos sobre os avistamentos que teriam potencial para fazê-la “progredir”. 

 

Radares não têm crença, mas, afora os documentos oficiais e fotografias de OVNIs — que são alvo de escrutínio constante por meio de ferramentas de análise de imagens —, as evidências com que os ufólogos trabalham são, em sua maioria, testemunhos pessoais submetidos a testes de confiabilidade pelos próprios ufólogos, que não raro conduzem a novas perguntas.

 

Continua...

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

PROFECIAS, TRANSISTORES E OVNIS

CHAPÉU DE OTÁRIO É MARRETA.

Alcolumbre fez por Lula em menos de seis horas o que sonegou a Bolsonaro por mais de quatro meses. Dino mal havia sido indicado e sua sabatina já foi marcada (para 13 de dezembro), enquanto o pastor escolhido pelo capetão em julho de 2021 amargou uma espera de mais de quatro meses. Mas essa boa vontade não sairá barato para o Planalto. 
Alcolumbre quer o apoio de Lula para retornar à presidência do Senado e beliscar uma das 12 vice-presidências da CEF que o petista levou ao balcão do Centrão. Ele já tem apadrinhados em pelo menos oito órgãos públicos e participou da articulação que levou Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez de Góes (Integração Regional) à Esplanada dos Ministérios. Mas quer mais. Depois de afagar o bolsonarismo aprovando em 42 segundos, na CCJ, a "emenda anti-supremo" que eletrificou a Praça dos Três Poderes, dedica-se agora mimar o governo. Ele estava "de mal" com Dino, mas já ventilou que seu parecer será favorável à indicação do ex-desafeto. Operando em sintonia com o colega, Pacheco assegurou que o nome do ministro será levado ao plenário no mesmo dia em que ele for sabatinado. Tanto Pacheco quanto Alcolumbre asseguram que, em que pesem os rancores bolsonaristas, o ministro de Lula será aprovado.

Milhares de anos separam a invenção da roda das grandes navegações, mas poucos séculos bastaram para as caravelas se transformarem em imensos transatlânticos movidos a energia nuclear, e menos de 100 anos para as geringonças dos irmãos Wright serem promovidas a jatos supersônicos. 
 
Leonardo da Vinci idealizou o helicóptero em 1493, quatro séculos antes de a primeira aeronave de asa móvel ser construída. Júlio Verne descreveu a viagem à Lua com 104 anos de antecedência, e errou por apenas 20 milhas o local exato do lançamento do Saturno V. Mas são vários e diversos os "vislumbres do futuro" não se tornaram realidade. 
 
Depois que a Apollo 11 alunissou — fato que muita gente ainda contesta, a exemplo da esfericidade da Terra e do aquecimento global —, imaginou-se que as viagens interplanetárias logo se tornariam corriqueiras, que navios e trens alcançariam velocidades estonteantes e que as grandes metrópoles seriam como as cidades do desenho animado "Os Jetsons", com edificações futuristas, esteiras rolantes, automóveis voadores e pessoas usando "cinturões foguetes". No entanto, a despeito de termos colocado robôs em Marte, continuamos enfrentando monstruosos congestionamento, mesmo que já existam carros capazes de estacionar sozinhos e interagir com o motorista para evitar acidentes. 
 
No campo da computação pessoal, próceres do quilate de Thomas J. Watson e Bill Gates cometeram erros crassos. Quarenta anos antes da IBM lançar o Personal Computer, dando o primeiro passo para transformar a computação pessoal num produto de consumo de massa, o presidente da empresa profetizou que um dia haveria mercado para talvez 5 computadores. Já o criador do Windows afirmou que 640 k de memória seriam suficientes para qualquer PC — atualmente, até smartphones de entrada de linha contam com pelo menos 4 GB de RAM. Mas Gordon Moore, co-fundador da Intel, acertou na mosca ao prever que o poder de processamento dos microchips dobraria a cada 18 meses. 
 
Depois que as válvulas termiônicas — grandes, quentes e vorazes consumidoras de energia elétrica — foram substituídas pelos transistores — menores, mais confiáveis e econômicos —, a miniaturização dos componentes eletrônicos deu azo ao surgimento dos computadores modernos e a evolução tecnológica descortinou uma vasta gama de possibilidades inovadoras. 
 
Oficialmente, o transistor foi criado em 1947 por William Shockley, John Bardeen e Walter Brattain (que foram laureados com o Nobel de Física em 1956), mas os teóricos da conspiração afirmam que esse pequeno componente foi desenvolvido mediante a aplicação de engenharia reversa numa tecnologia extraterrestre obtida de uma nave alienígena que caiu em Roswell, no estado americano do Novo México, em 1947 (mais detalhes nesta postagem). 
 
A tecnológica avançou a passos de gigante desde então, mas não há provas de que isso se deveu ao fato de os três cientistas estarem envolvidos em projetos secretos relacionados a OVNIs. É sabido que a criação do transistor decorreu de pesquisas sobre o efeito de campo, o diodo e o tubo de vácuo, mas também é público e notório que os avistamentos de objetos voadores não identificados aumentaram significativamente a partir dos anos 1950 — o que, combinado com o sigilo imposto pelo governo americano sobre supostos extraterrestres e suas supostas tecnologias, levou água ao moinho dos conspirólogos, segundo os quais os cientistas teriam aproveitado a queda de uma nave alienígena para estudar e reproduzir a tecnologia usada em sua construção. A meu ver, a verdade deve estar em algum lugar entre uma coisa e a outra.
 
Continua... 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

O PROJETO BLUE BOOK E A OPERAÇÃO PRATO

UNS PENSAM, OUTROS PENSAM QUE PENSAM.


Cerca de 10% dos mais de 12 mil relatos de testemunhas, fotografias, dados astronômicos e registros meteorológico colecionados pelo projeto Blue Book foram considerados inexplicáveis por pelo menos pelo três comissões patrocinadas pela CIA e pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia.  


Divulgado no início de 1969, o Relatório Condon descartou a “hipótese extraterrestre”, e a Aeronáutica anunciou desativação do projeto. Os ufólogos consideraram essa medida mais uma tentativa de esconder a verdadeira investigação sobre a presença de alienígenas em nosso planeta. O astrofísico  Josef Allen Hynek, que era cético em relação aos alienígenas até analisar centenas de casos e chagar à conclusão de que havia fortes indícios da visita de ETs ao nosso planeta, passou a defender enfaticamente um estudo mais sério sobre UFOs.

 

Relatos de avistamentos foram registrados nas décadas seguintes, com contornos cada vez mais espetaculares e testemunhos de abduções. O mecânico Paul Villa, morador de Albuquerque (Novo México), disse que foi convocado telepaticamente para comparecer num determinado local no dia 16 de junho de 1963, que conversou com os alienígenas e fotografou sua nave. O exame das fotos demonstrou que o objeto era uma maquete de espaçonave com meio metro de diâmetro, mas Villa acreditava mesmo ter entrado em contato com ETs, e forjou as fotos para dar credibilidade a sua história.

 

O fotógrafo da guarda costeira Shell Alpert relatou o avistamento de quatro luzes brilhantes através da janela de seu escritório em Salem, Massachusetts. Elas perderam a intensidade quando ele estava prestes a fotografá-las, mas voltaram a brilhar novamente quando ele foi em busca de um colega, permitindo-lhe bater a foto antes de desaparecerem. Para os analistas, a foto foi forjada mediante dupla exposição. Onze anos depois (o episódio teria ocorrido em 16 de julho de 1952), o caso foi novamente examinado e o veredicto foi de que a câmera havia captado reflexo das luzes da sala no vidro da janela.

 

Em janeiro de 1967, os irmãos Dan e Grant Jaroslaw disseram ter visto um objeto em forma de disco voando à baixa altitude e se movimentando rapidamente nos céus de Michigan. Uma foto foi tirada, mas não ficou clara o suficiente para que o objeto fosse identificado, e os investigadores arquivaram o caso. Anos depois, os irmãos admitiram que haviam fotografado um modelo de espaçonave.

 

Uma foto tirada na Itália em 1960 na Itália, mostrando três OVNIs com cerca de 15 metros de diâmetro, foi enviada ao Projeto Blue Book. Os investigadores observaram que os objetos eram muito mais escuros que os demais elementos da imagem, e que estavam fora de foco, sugerindo que negativo poderia ter sido retocado.

 

Dezenas de oficiais da Força Aérea Brasileira estiveram envolvidos em uma missão sigilosa, no Pará, no final dos anos 1970. Denominada Operação Prato, ela é uma espécie de caso Roswell tupiniquim, com missões secretas, histórias e fenômenos sem explicação. A diferença é que, enquanto os militares americanos primeiro admitiram e depois negaram a existência dos OVNIs, os oficiais do I Comando Aéreo Regional em Belém afirmaram taxativamente que viram diversas vezes os objetos sobrevoarem a Amazônia.
 
Há 25 quilos de material, com descrições, croquis e fotos de UFOs reunidos ao longo das décadas de 1950, 60 e 70. Os arquivos mostram ainda que a Aeronáutica manteve o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (
Sioani), formado por pesquisadores civis e autoridades militares, funcionando nas instalações do IV Comar entre 1969 e 1972. O material liberado detalha a doutrina desse departamento e revela cerca de 70 casos apurados, todos retratados com desenhos feitos pelos militares.

 

Continua...

segunda-feira, 8 de maio de 2023

MAIS SOBRE OVNIS

SE OS EXTRATERRESTRES NOS VISITAREM, O RESULTADO SERÁ PARECIDO COM O QUE ACONTECEU QUANDO COLOMBO DESEMBARCOU NA AMÉRICA: NÃO FOI UMA COISA BOA PARA OS NATIVOS AMERICANOS.


Você pode não ter avistado, mas certamente conhece alguém que avistou objetos se deslocando a velocidades incríveis, emitindo luzes capazes de cegar e realizando outras proezas que fogem à nossa compreensão. Eu mesmo vivenciei essa experiência no final dos anos 1960, quando passava férias na área rural de uma bucólica cidadezinha do interior de São Paulo. Mas isso é outra conversa.

Segundo os ufólogos, 95% dos avistamentos podem ser atribuídos a fenômenos atmosféricos, balões meteorológicos e que tais, mas isso significa que ao menos 5% dos casos não têm explicação. Aliás, um dos incidentes mais investigados da história, ocorrido em 1947 na cidade de Roswell, no Novo México (EUA), permanece inexplicado. 

Outro caso emblemático: no final de 1975, quando voltavam da escola para casa Travis Walton e cinco colegas avistaram uma luz proveniente de um objeto voador em forma de disco. Após ser atingido no peito pelo facho de luz azul, Walton desapareceu — e só voltou a aparecer cinco dias depois, a 80 km do local da "abdução". No livro The Walton Experience — que deu origem ao filme Fogo no Céu —, Walton detalhou sua experiencia a bordo da nave alienígena.
 
Igualmente digno de nota, o episódio que ficou conhecido como "A noite dos OVNIs" — e foi detalhado em outras postagens — remete ao avistamento de dezenas de objetos voadores não identificados em pelo menos quatro Estados Brasileiros. Mais de duas décadas após o ocorrido, a FAB reconheceu que os objetos eram sólidos e "inteligentes", capazes de voar em formação, acompanhar e manter distância dos observadores. Foi a primeira vez que autoridades militares brasileiras admitiram a existência de OVNIs.
 
Cerca da metade dos avistamento inexplicáveis acontece nos oceanos, dentro e fora d’água. Há também registros de objetos que navegam a velocidades incríveis e interferem nos instrumentos de bordo de navios e submarinos. Em 1990, tripulantes de um contratorpedeiro russo presenciaram um UFO de dez metros de comprimento e sem janelas emergir alçar voo e desparecer. O capitão do navio, Nikolai Petrov, disse na ocasião que já havia testemunhado seis casos semelhantes.
 
Dois meses depois que a nave russa Soyuz T-4 aportou na estação orbital soviética Salyut 6, o comandante Vladimir Kovalenok e o engenheiro de voo Viktor Savinikh mantiveram contato visual com um OVNI esférico tripulado por três ETs. O caso foi revelado pelo tenente-general Beregovoy em uma reunião com líderes, cientistas e ufólogos soviéticos. Num vídeo de 45 minutos gravado pelos astronautas (que permanece secreto), os aliens podem ser vistos fora da espaçonave.
 
No final dos anos 1970, moradores da ilha de Colares (PA) avistaram luzes estranhas no céu, que "chupavam" o sangue de animais. A Aeronáutica enviou mais de 60 militares para investigar o caso, e muitos deles testemunharam os mesmos fenômenos relatados pela população local. O capitão Uyrangê Hollanda Lima, líder da operação, disse ter visto naves de vários formatos e tamanhos, algumas com dezenas de metros de diâmetro... e se suicidou dois meses depois de dar essa entrevista. Em 2009, o governo divulgou parte do relatório, mas, segundo os ufólogos, milhares de páginas e horas de vídeos continuam sob sigilo.