terça-feira, 6 de julho de 2021

DE VOLTA AO WINDOWS 11 — OUTRA VEZ

QUEM ENSINA A SI MESMO TEM UM TOLO COMO MESTRE E UM IDIOTA COMO PUPILO. 

Faz pouco mais de uma semana que a Microsoft revelou o que a gente já sabia, mas não tinha certeza: o nome da próxima versão de seu festejado sistema operacional será mesmo Windows 11 (e não Windows Sun Valley, como chegou a ser cogitado). Outra questão importante que foi confirmada no evento tem a ver com a atualização, que será gratuita, a exemplo da migração para o Windows 10. Como alegria de pobre dura pouco, inúmeros candidatos ao update tiveram o computador reprovado pelo PC Health Check, já que a empresa incluiu o TPM 2.0 na lista dos requisitos mínimos (mais detalhes nas postagens de 25, 28 e 29 do mês passado), além de outros itens que dificilmente estarão presentes em máquinas com muitos anos de estrada (acesse esta postagem para saber mais sobre obsolescência programada).

Uma boa notícia é que a chiadeira geral pode fazer com que a Microsoft volte atrás (aliás, não seria a primeira vez). Outra boa notícia é que o Win10 continuará recebendo suporte até 2025 — então, parafraseando o ex-ministro da Saúde Eduardo Pesadelo, pra que essa ansiedade, essa angústia?  Demais disso, mesmo que o óbice à migração seja o TPM 2.0 (com um nome desses, você queria o quê?), sempre se pode dar um jeito, conforme vimos nas postagens retrocitadas. Mas é preciso deixar claro que seu computador pode ser reprovado no teste mesmo que o recurso em questão exista, bastando para isso que ele esteja desativado (mais detalhes nesta postagem). O que me leva às seguintes considerações:

Um sistema computacional reúne dois subsistemas distintos, mas interdependentes: o hardware, que é o conjunto de componentes físicos (placa-mãe, CPU, módulos de memória RAM, etc.), e o software, que é a parte lógica (sistema operacional, aplicativos, etc.). A CPU — sigla de Central Processing Unit — é o processador principal (ou central). A “caixa” que abriga a placa-mãe e demais componentes internos (detalhes nesta postagem e na seguintes) se chama gabinete, case, gabinete do sistema ou gabinete de CPU.

Traçando um paralelo com o ser humano, a CPU está para o  “cérebro” assim como a placa-mãe (ou placa de sistema, placa de CPU, motherboard etc.) está para o corpo. Numa definição simplista, mas adequada aos propósitos desta abordagem, o PC é uma placa-de-sistema instalada no interior de um gabinete e conectada a diversos periféricos (teclado, mouse, monitor de vídeo, impressora etc.).

Os primeiros microcomputadores eram comercializados na forma de “kit” — a montagem “fazia parte da diversão”. Depois veio o “mercado cinza” e, mais adiante, os modelos “de grife”, que acabaram dominando o mercado, ainda que uma parcela minoritária de usuários não abra mão de escolher a dedo os componentes e de proceder pessoalmente à montagem. Há também quem delegue essa missão a um “computer guy” de confiança), mas isso é outra conversa.

Observação: Conforme eu comentei em diversas oportunidades, o upgrade de hardware também contribuiu para que muitos técnicos em informática a ganhassem o pão de cada dia, mas a fonte secou com a popularização dos portáteis — laptops, notebooks e assemelhados —, já que nessa arquitetura o upgrade é bem mais restritivo que nos modelos “de mesa”.   

Para quem não tenciona fazer um upgrade de hardware nem — muito menos — partir para uma integração caseira, pode parecer inútil saber a marca e o modelo da placa-mãe. Só que não. Veremos o porquê na próxima postagem.