QUEM ENSINA A SI MESMO TEM UM TOLO COMO MESTRE E UM IDIOTA COMO PUPILO.
Faz pouco mais de uma semana que a Microsoft
revelou o que a gente já sabia, mas não tinha certeza: o nome da próxima versão
de seu festejado sistema operacional será mesmo Windows 11 (e não Windows
Sun Valley, como chegou a ser cogitado). Outra questão importante que foi
confirmada no evento tem a ver com a atualização, que será gratuita, a
exemplo da migração para o Windows 10. Como alegria de pobre dura pouco,
inúmeros candidatos ao update tiveram o computador reprovado pelo PC
Health Check, já que a empresa incluiu o TPM 2.0 na lista dos requisitos
mínimos (mais detalhes nas postagens de 25,
28
e 29
do mês passado), além de outros itens que dificilmente estarão presentes em
máquinas com muitos anos de estrada (acesse esta
postagem para saber mais sobre obsolescência programada).
Uma boa notícia é que a chiadeira geral pode fazer com
que a Microsoft volte atrás (aliás, não
seria a primeira vez). Outra boa notícia é que o Win10 continuará
recebendo suporte até 2025 — então, parafraseando o ex-ministro da Saúde Eduardo
Pesadelo, pra
que essa ansiedade, essa angústia? Demais disso, mesmo que o óbice à migração
seja o TPM 2.0 (com um nome desses, você queria o quê?), sempre se pode
dar um jeito, conforme vimos nas postagens retrocitadas. Mas é preciso deixar
claro que seu computador pode ser reprovado no teste mesmo que o recurso em
questão exista, bastando para isso que ele esteja desativado (mais detalhes nesta
postagem). O que me leva às seguintes considerações:
Um sistema computacional reúne dois subsistemas
distintos, mas interdependentes: o hardware, que é o conjunto de
componentes físicos (placa-mãe, CPU, módulos de memória RAM,
etc.), e o software, que é a parte lógica (sistema operacional, aplicativos,
etc.). A CPU — sigla de Central Processing Unit
— é o processador principal (ou central). A “caixa” que abriga a
placa-mãe e demais componentes internos (detalhes nesta
postagem e na seguintes) se chama gabinete, case, gabinete
do sistema ou gabinete de CPU.
Traçando um paralelo com o ser humano, a CPU está
para o “cérebro” assim como a placa-mãe
(ou placa de sistema, placa de CPU, motherboard etc.) está
para o corpo. Numa definição simplista, mas adequada aos propósitos desta
abordagem, o PC é uma placa-de-sistema instalada no interior
de um gabinete e conectada a diversos periféricos (teclado, mouse,
monitor de vídeo, impressora etc.).
Os primeiros microcomputadores eram comercializados na
forma de “kit” — a montagem “fazia parte da diversão”. Depois veio o “mercado
cinza” e, mais adiante, os modelos “de grife”, que acabaram dominando o mercado,
ainda que uma parcela minoritária de usuários não abra mão de escolher a dedo
os componentes e de proceder pessoalmente à montagem. Há também quem delegue
essa missão a um “computer
guy” de confiança), mas isso é outra conversa.
Observação: Conforme eu comentei em diversas
oportunidades, o upgrade de hardware também contribuiu para que muitos
técnicos em informática a ganhassem o pão de cada dia, mas a fonte secou com a popularização
dos portáteis — laptops, notebooks e assemelhados —, já que nessa
arquitetura o upgrade é bem
mais restritivo que nos modelos “de mesa”.
Para quem não tenciona fazer um upgrade de hardware nem
— muito menos — partir para uma integração caseira, pode parecer inútil saber a
marca e o modelo da placa-mãe. Só que não. Veremos o porquê na próxima
postagem.