Parece que o Réveillon foi ontem e o Natal, anteontem, mas o
fato é que estamos às portas da Carnaval. Como o brasileiro esquece da vida
durante o reinado de Momo, investir em textos rebuscados, nesta época, é gastar
boa vela com mau defunto. Aliás, foi por isso que eu resolvi, há mais de uma
década, deixar de publicar minhas dicas de informática nos finais de semana e
feriados nacionais, quando a audiência no Blog cai a níveis abissais. Enfim,
deixemos de lado as reminiscências e vamos ao que interessa:
Na seção “ME ENGANA
QUE EU GOSTO” — ou “ACREDITE SE
QUISER”, para quem se lembra da saudosa série
apresentada por Jack Palance —, a PF concluiu que não há, até o momento, evidência da participação de outras
pessoas no ataque além de Adélio (para os que acabam de chegar
de Marte, esclareço que se trata do atentado contra Jair Bolsonaro durante um evento de campanha em setembro passado).
Outra: O coordenador de Programação
da Atividade Fiscal da Receita Federal informou à PGR que a suspeita de crimes apontadas
em um relatório do órgão em relação ao patrimônio do ministro
supremo Gilmar Mendes é "genérica",
e que houve vazamento ilegal do procedimento (que foi revelado pela revista
"Veja"). Como revelou
o Estado, a Receita criou a EEP
Fraude com o objetivo de fazer uma devassa em dados fiscais,
tributários e bancários de agentes públicos ou relacionados a eles, e, a partir
de critérios predefinidos, chegou a 134 nomes, entre os quais Blairo Maggi, ex-senador e ex-ministro
da Agricultura no governo Michel Temer,
o desembargador Luiz Zveiter e o
ex-ministro do TSE Marcelo Ribeiro. A
inclusão na lista não significa que o agente público tenha cometido
irregularidade, mas que passará por uma análise mais acurada dos auditores
fiscais. Além de Gilmar, também está na mira de um grupo especial da Receita
a advogada Roberta Maria Rangel,
mulher de Dias Toffoli, de quem o atual
presidente do Supremo foi sócio no escritório de advocacia Toffoli
& Rangel Associados, em Brasília, até 2007. Enfim, o fato é que a Receita não investigará Gilmar Mendes. Ave, César!
Mais uma (esta, nem a Velhinha
de Taubaté engoliria): O jesuíta
brasileiro conhecido como “padre Kiko”
usou as redes sociais para fazer o que chamou de “contrapropaganda” sobre a
situação na Venezuela (clique aqui para assistir
ao vídeo onde esse imbecil culpa os Estados Unidos e a mídia por criarem “um show midiático para gerar pressão e
instabilidade” no país vizinho). “Eles
querem derrotar o governo para pôr a mão no petróleo. Não é uma questão
humanitária. O povo não está morrendo. Acho que no Brasil tem muito mais
miserável do que aqui. Se há país que tem violência, fome e miséria, não é aqui
na Venezuela.”, diz o pedaço de merda — desculpem o meu francês, mas achei
pouco classificar esse mentecapto como a versão de batina de Gleisi Hoffmann — que “a vida está normal” na ditadura de Nicolás Maduro, e que “não tem nenhum problema”. Juan Guaidó, presidente autodeclarado
do país vizinho, concedeu uma entrevista exclusiva à revista eletrônica Crusoé e fez revelações contundentes
que só o jornalismo independente e sem rabo preso é capaz de publicar (veja aqui).
Na seção “O VELHO, O
MENINO E O BURRO” — clique aqui caso não conheça essa fábula, que eu
uso para ilustrar as críticas dirigidas hodiernamente a Jair Bolsonaro, mesmo quando ele acerta —, a anulação do polêmico
decreto sobre sigilo de dados (decreto esse assinado pelo vice, General Mourão, quando o Presidente
estava em Davos) foi noticiada como um recuo para evitar que a derrota na
Câmara se
repetisse no Senado. Salvo
melhor juízo, o que o Presidente fez, nesse caso, foi pôr ordem no galinheiro.
Falando em galinheiro, o Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez (mais um “colosso”
da equipe ministerial que abrilhanta este com decisões estapafúrdias, como se o
Presidente não fosse capaz de produzir uma quantidade alarmante delas) admitiu que errou ao enviar e-mail contendo
slogan do governo e pedir que escolas filmassem crianças durante a execução do
Hino Nacional. "Eu percebi o erro.
Tirei essa frase (com slogan do
governo). Tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização
dos pais. Evidentemente se alguma coisa for publicada será dentro da lei, com a
autorização dos pais. Saiu hoje (terça-feira)de
circulação", disse o ministro aos jornalistas, depois que o MPF deu prazo de 24 para o lunático
justificar a asnice. Aliás, a bestagem de Rodríguez
foi sopa no mel para a patuleia: PT
e PSOL protocolaram uma ação popular
contra Bolsonaro e seu ministro por violação da moralidade pública e do
princípio da impessoalidade. Capitanearam esse “nobilíssimo ato em defesa dos
interesses nacionais” o deputado petista Paulo
Pimenta (sempre pronto a fazer o que não presta) e psolista Ivan Valente. Precisa dizer mais alguma
coisa?
Na seção “VAMOS VER
QUE BICHO DÁ”, a deputada federal Joice
Hasselmann publicou no Diário Extraoficial da União (também conhecido como Twitter) a notícia de que foi escolhida
líder do governo no Congresso. Paralelamente
(embora um coisa nada tenha a ver com a outra), o ministro supremo Luiz Fux negou a reclamação do ministro
do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, para
responder no STF a uma investigação
sobre o laranjal do PSL nas eleições de 2018 (irregularidade que, pelo menos em
tese, foi responsável pela exoneração de Gustavo Bebianno da secretaria-geral
da Presidência da Banânia.
Na seção “OH! PASMEM!”,
Sérgio Cabral, notório colecionador
de processos e condenado (até agora) a 198 anos de prisão, mudou de advogado e
de estratégia de defesa: agora, o ex-governador lalau atribui ao “apego ao
poder e ao dinheiro” seu “erro de postura” à frente do governo do Estado Rio de
Janeiro e afirma estar arrependido por não ter falado de propinas anteriormente.
Para encerrar, a seção “QUEM
PROCURA ACHA”: Jean Wyllys, que
se notabilizou por ter cuspido no então deputado Jair Bolsonaro, foi “ovacionado” ao discursar num evento em Portugal,
a convite do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. O ilustre ex-deputado
já havia aberto a matraca quando dois homens se levantaram da plateia e tentaram acertá-lo com
ovos.
E assim encerramos esta postagem de véspera de
sexta-feira gorda (e o mês de fevereiro).