As duas imagens acima são de buracos negros. Escolha a que você acha que combina melhor com a definição desse fenômeno.
OBSERVAÇÃO: Devido à ausência do ministro Marcelo Ribeiro Dantas na sessão de ontem no STJ, o julgamento do REsp de Lula pela 5ª Turma ficou para depois da Páscoa (provavelmente para o dia 23). Veja mais detalhes sobre essa interminável novela na postagem anterior.
Em condições normais, seria apenas constrangedor assistir a um governante que acabou de se eleger com a promessa de ser o coveiro de velhos hábitos políticos comprometendo seu governo com uma disputa pelo Poder que, além de prematura, pode ser paralisante. Quando isso ocorre no aniversário de 100 dias de uma Presidência decepcionante, porém, o constrangimento descamba para a aberração. Como bem salientou Josias de Souza, político que não ambiciona o Poder vira alvo, mas político que só ambiciona o Poder erra o alvo. A única ambição que Bolsonaro deveria ter no momento é a ambição de trabalhar.
O ex-governador de São Paulo e eterno picolé de chuchu, Geraldo Alckmin, disse que o governo de
Bolsonaro é improvisado,
heterogêneo, com uma pauta equivocada, uma agenda antiquíssima. “Nós estamos discutindo
se o nazismo é de esquerda ou de direita, se o golpe foi golpe ou não foi
golpe. Uma agenda velhíssima. Não temos nova e velha política, temos boa
política e má política. A boa política não envelhece”, afirmou o tucano, do alto da autoridade que lhe conferem os míseros cinco milhões de votos (4,79% do total)
que obteve ao disputar a presidência no ano passado (1,3 milhão de votos a
menos do que recebeu João Dória, que
disputou — e ganhou — o governo de São Paulo). Alckmin também reiterou que o PSDB
não fará parte da base do governo, e que o partido irá “votar os projetos que
forem importantes ao país”. Segundo O
Antagonista, sua vanguarda é o programa de Ronnie Von.
Pausa para o contraponto: O Ibope classificou os 100 primeiros dias do governo Bolsonaro como os piores primeiros 100
dias de todos os governos desde a redemocratização. Mas esse mesmo Ibope também sentenciou que, se chegasse ao segundo
turno, o deputado-capitão seria fragorosamente derrotado, independentemente de
quem fosse seu oponente. Demais disso, se todos os presidentes eleitos pelo voto popular desde 1989 se saíram melhor que o atual, é preciso não perder de vista que Collor e Dilma foram
penabundados do cargo e que Lula está preso (e FHC está senil e, cá entre nós, não tem moral para criticar Bolsonaro, mas isso é outra
conversa).
Mudando de pato para ganso: De sua cela VIP em Curitiba, Lula mandou avisara à tigrada que “Gleisi Hoffmann é sua candidata à
reeleição para a presidência nacional do partido” (a informação é praticamente
oficial, já que vem da colunista social da Folha
de S. Paulo). Aproveitando o embalo, presidiário ordenou também “que a oposição
interna a ela baixe a bola” (Lula
não admite discordâncias; o partido, afinal, é dele).
Pensando bem, ninguém
melhor que a “amante” para chefiar a ORCRIM: a loirinha apoia incondicionalmente a ditadura genocida de Maduro, lambe as botas dos mandatários cubanos e silencia diante da
misoginia, da homofobia, da perseguição às minorias étnicas e religiosas
(inclusive aos cristãos) perpetradas por seus aliados islamofascistas do Irã,
do Hamas, etc. E ainda diz que "Jesus Cristo sempre foi a referência dos petistas", e que se for preciso abandonar Lula para fazer
alianças, o PT não fará alianças.
A
questão é que ninguém mais — nem na esquerda — quer fazer aliança com o PT.