Mostrando postagens com marcador Windows. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Windows. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

SEU PC NOVO DE NOVO — OU QUASE (PARTE 3)


AS PESSOAS NÃO MUDAM, NUNCA SE TORNAM NADA ALÉM DO QUE SEMPRE FORAM.

Uma das muitas funções do sistema operacional — que é tido e havido como o software-mãe do computador, já que sem ele o hardware e o software "não conversariam" — é dar suporte aos aplicativos que usamos nas tarefas do dia a dia. O Windows, no entanto, vai mais além. 

Além de integrar dois navegadores (o Edge e o obsoleto Internet Explorer), dois editores de texto (Bloco de Notas e WordPad), ferramentas de proteção (Windows Firewall e Windows Defender), diversos utilitários de manutenção e até um cliente de email nativo, o Win10 disponibiliza um sem-número de apps na Microsoft Store (muitos dos quais podem ser instalados gratuitamente). Mas muita gente não abre mão de navegar com Google Chrome, de proteger o computador com aplicativos de segurança da Symantec, de manter a máquina nos trinques com utilitários de manutenção como o CCleaner, de usar o MS Word para criar seus textos e o IncrediMail para gerenciar sua correspondência eletrônica, por exemplo.

Não há problema em instalar aplicativos, desde que limitados àquilo que seja realmente necessário. No entanto, como se não bastasse o crapware que o fabricante do PC instala junto com sistema (para embolsar alguns centavos a cada instalação), a maioria de nós não resiste ao canto da sereia dos programinhas freeware disponíveis na Web. E quanto mais aplicativos instalamos, maiores são as chances de incompatibilidades, mensagens de erro e travamentos, sem falar que muitos programinhas gratuitos nada mais são que veículos de transporte para pragas digitais (spyware, na maioria das vezes). Além disso, da feita que a maioria dos apps é instruída a pegar carona na inicialização do sistema, não demora para que a capacidade de processamento da CPU e o espaço na memória RAM se tornem insuficientes para os aplicativos úteis, ou seja, aqueles que realmente usamos em nossas tarefas cotidianas.

Para checar o que está instalado no seu computador, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e Recursos, revise a lista dos softwares instalados, selecione (um por vez) os que você deseja remover e clique em Desinstalar (note que melhores resultados serão obtidos com ferramentas de terceiros (pode até parecer um contrassenso, mas não é), como o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo do Windows costuma a deixar para trás. Concluída a desinstalação, reinicie o computador e faça uma faxina em regra no HDD. Se quiser usar as ferramentas nativas do Windows, clique em Iniciar, expanda as Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Limpeza do Disco e siga os passos indicados pelo assistente. Ao final, supondo que seu PC tenha um disco rígido convencional (eletromecânico), volte às Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Desfragmentar e Otimizar Unidades, selecione a unidade em que o sistema se encontra instalado e dê início ao procedimento. 

Observação: A desfragmentação pode demorar de alguns minutos a horas, dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos gravados e do índice de fragmentação dos dados; se você executar o procedimento semanal ou quinzenalmente, as desfragmentações subsequentes levarão bem menos tempo para ser concluídas. Note que drives de memória sólida (SSD) não precisam — e nem devem — ser desfragmentados.

Da mesma forma que na desinstalação, melhores resultados podem ser obtidos com o Smart Defrag, que integra a suíte de manutenção IObit Advanced SystemCare mas pode ser baixado e instalado isoladamente. Mas note que, a despeito de ser possível continuar trabalhando com o computador durante a desfragmentação, é recomendável rodar a ferramenta quando a máquina estiver ociosa, a menos que você não se importe em amargar uma lentidão irritante — e, de quebra, aumentar o tempo que a ferramenta levará para concluir a desfragmentação.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

SEU PC NOVO DE NOVO — OU QUASE (CONTINUAÇÃO)

A MASSA MANTÉM A MARCA, A MARCA MANTÉM A MÍDIA E A MÍDIA CONTROLA A MASSA.

Ainda que os sistemas operacionais atuais sejam multitarefa, sua capacidade de executar várias coisas a um só tempo depende diretamente da configuração de hardware, sobretudo da quantidade de RAM disponível (na verdade, o processador alterna de um processo para outro, só que o faz tão rapidamente que parece estar fazendo tudo ao mesmo tempo).

O problema é que apenas máquinas top de linha (e preços nas alturas) vêm com mais de 4 gigabytes de RAM, o que é pouco para quem quer jogar games radicais, trabalhar com aplicações mais exigentes (como editores de vídeo), ou mesmo continuar operando o PC enquanto o antivírus faz uma varredura completa ou o defrag bota ordem no disco rígido.

Além do próprio sistema operacional, os aplicativos que executamos e os arquivos abrimos são carregados na RAM (mais detalhes no capítulo anterior, no tópico sobre o disco rígido). Quando essa memória é pouca, o processador recorre a um estratagema criado pela Intel nos tempos de antanho — e conhecido desde sempre como memória virtual —, mas a questão é que essa "memória adicional" corresponde a um espaço no drive de disco rígido, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM.

Observação: Falta de memória se resolve instalando mais memória — mas há paliativos que ajudam a minimizar o problema, caso você não queira (ou não possa) fazer um upgrade de RAM (acesse esta postagem para mais detalhes).

Netbooks e notes de entrada de linha se desincumbem das tarefas mais corriqueiras, da mesma forma que um carro "popular" 1.0 leva você ao trabalho, seu filho à escola e sua avó à igreja, por exemplo, mas não se pode esperar dele desempenho parecido com o do Mustang Shelby GT 500 V8 32v, cujo propulsor gera inacreditáveis 770 cv que leva o esse muscle car de 1.730 kg a 100 km/h em apenas 3 segundos.

Quando tiramos da caixa um PC novinho em folha e o ligamos pela primeira vez, somente o sistema operacional e uns poucos programinhas adicionados pelo fabricante ocupam o latifúndio de espaço disponível no HDD. Depois que configuramos e personalizamos o Windows, instalamos nossa suíte de segurança preferida, o MS Office (completo, mesmo que só precisemos  do Word), o Chrome e o Firefox (embora o Edge e o IE sejam componentes nativos do Windows 10), o Adobe Reader (a despeito de qualquer navegador ser capaz, atualmente, de exibir documentos .PDF) e mais uma profusão de inutilitários gratuitos, o sistema, antes veloz como um guepardo, ora se arrasta como um cágado perneta.

Um computador sem software é como um corpo sem alma, e o Windows, mesmo sendo pródigo em recursos, não oferece tudo de que precisamos para realizar nossas tarefas do dia a dia (até porque isso não se inclui na lista de funções de um sistema operacional). A questão é que muita gente instala todo tipo de freeware que encontra na Web, e a maioria desses programinhas tem o péssimo hábito de modificar a homepage e o mecanismo de buscas padrão e adicionar ao navegador barras de ferramentas e outros penduricalhos, e isso quando não servem também como meio de transporte para programinhas espiões (spyware) que monitoram a navegação, capturam informações de login, senhas, números de cartões de crédito etc., e ao cabo de meses (ou semanas) o computador que era veloz como um guepardo passa a se comportar como um cágado perneta.

Amanhã eu conto o resto.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE VI


AO FINAL DA PARTIDA, REI E PEÃO VOLTAM PARA A MESMA CAIXA.

Sistemas e programas se agigantaram ao longo dos anos. Se os arquivos de instalação do Windows 7, por exemplo, fossem fornecidos em disquetes, como a Microsoft fazia até o Win95, a quantidade de disquinhos de 1.44 MB necessários para abrigá-los formaria uma pilha da altura de um prédio de 9 andares.

Win10, que foi lançado em meados de 2015 com a ambiciosa missão de atingir a marca de 1 bilhão de usuários em 3 anos, já foi instalado em 800 milhões de computadores (o que representa uma participação de 50% em seu segmento de mercado). A maior parte do seu kernel (núcleo do sistema) é escrita em C, mas outras linguagens de programação, como C #, JavaScript, TypeScript, VB.NET e C++ também são utilizadas (à medida que nos aproximamos do modo de usuário e de desenvolvimentos mais recentes, encontramos menos C e mais C++).

A árvore completa, com tudo que constitui o "código-fonte do Windows 10" tem mais de meio terabyte de tamanho, com dados espalhados em mais de 4 milhões de arquivos (para ter uma ideia do tamanho desse imbróglio, siga este link). Em nível de código, um programador levaria cerca de um ano para localizar manualmente uma pasta específica (são mais de 500 mil) e “uma vida inteira” para ler tudo.

Ao transformar o Windows em "serviço" — como já havia feito com o MS Office —, a Microsoft definiu uma política de atualizações semestrais de conteúdo (foram 6 até agora) disponibilizadas gratuitamente. Assim, o usuário "migra para um sistema novo a cada 6 meses" sem precisar comprar a mídia de instalação e atualizar o computador, como fazia até então sempre que uma nova edição do Windows era lançada no mercado.

A despeito de alguns acidentes de percurso durante as atualizações, o Win10 revelou-se um excelente sistema operacional, embora você possa preferir uma distribuição Linux — como o festejado Ubuntu, que é bastante semelhante ao Windows — ou mesmo uma máquina da Apple, que vem com o Mac OS (se dinheiro não for problema, naturalmente).

Erros de programação são tão indesejáveis quanto comuns, e inevitáveis em programas com milhões de linhas de código. Tanto para corrigi-los quanto para fechar eventuais brechas de segurança descobertas após o lançamento comercial de um programa, qualquer que seja ele, desenvolvedores responsáveis disponibilizam correções e, em alguns casos, novas versões. Daí a importância de manter o PC sempre atualizado.

Para saber se o seu Win10 está em dia, clique em Iniciar > Configurações > Sistema, role a tela até o final e verifique se a versão é 1903 e a compilação, 18362.387. Se não for, retorne à tela das configurações, clique em Atualização e Segurança e rode o Windows Update.

O Windows Update (para acessá-lo, clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update) facilita a atualização do sistema e seus componentes, mas não contempla produtos "não-Microsoft". Até algum tempo atrás, atualizar esses aplicativos era trabalhoso, pois exigia acessar o site do fabricante de cada programa para ver se havia uma nova versão disponível. Mais adiante, uma entrada no menu Configurações (ou em Ferramentas, ou ainda na Ajuda) simplificou a tarefa na maioria dos casos (procure algo como "Atualizar", "Verificar atualizações" ou algo parecido).

Alguns apps, mais camaradas, atualizam-se automaticamente ou avisam o usuário de que uma nova versão está disponível para download. Mas o melhor é você pode recorrer a uma ferramenta dedicada. Como a checagem individual é trabalhosa, convém você instalar uma ferramenta dedicada. Entre as muitas opções disponíveis, sugiro o IObit Software Updater, o Patch My PC, o Software Updater Monitor, o UCheck e o Glary Software Updater.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE IV


A VIDA É COMO O GELO FINO SOBRE O QUAL PATINAMOS ATÉ O DIA EM QUE CAÍMOS.

Recapitulando: se você não abre mão de desempenho deve investir num PC de ponta, com CPU poderosa, fartura de RAM e SSD com um latifúndio de espaço, mas tenha em mente que um processador Intel Core i9 Extreme custa mais de R$ 10 mil (note que não estou falando num PC equipado com esse portento, pura e simplesmente no processador).

Quem não está com essa bola toda deve buscar uma configuração que privilegie a memória RAM (atualmente, a quantidade recomendada é de 8 GB), mesmo que isso imponha a escolha de um processador menos poderoso — mas nada inferior a um Intel Core i5. Lembre-se: de nada adianta gastar rios de dinheiro num chip ultraveloz se os subsistemas de memória (física e de massa) não lhe oferecerem a necessária contrapartida.

Observação: Por memória de massa, entenda-se o dispositivo onde os dados são armazenados de forma persistente (não confundir com permanente), e por memória física, a RAM, para onde sistema, aplicativos e arquivos são transferidos (a partir da memória de massa) para serem executados e processados — claro que não integralmente, ou não haveria RAM que bastasse, mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes).

Como vimos, a memória virtual — solução paliativa (desenvolvida pela Intel no tempo dos 386, se bem me lembro) — emula memória física a partir de um arquivo de troca (swap file) criado no disco rígido, para onde o Gerenciador de Memória Virtual remete as sessões que não são prioritárias naquele momento, abrindo espaço na RAM, e as traz de volta quando necessário. Esse recurso foi aprimorado ao longo dos anos e é usado até hoje, mas o problema é que, por ele ser baseado no HDD, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM, seu impacto no desempenho global do computador é significativo.

Embora o preço da memória RAM tenha sofrido uma queda expressiva ao longo dos anos — um módulo de 8 GB de memória DDR-4 da Kingston custa, atualmente, pouco mais de US$ 50; no tempo dos vetustos PC 386, que vinham com míseros 2 MB de RAM (você leu certo: megabytes), pelo que se pagaria por 1 Gigabyte de RAM (claro que naquela época ninguém sequer sonhava que módulos com essa capacidade seriam vendidos um dia), daria para comprar, hoje, um carro popular zero quilômetro — PCs de entrada (leia-se de baixo custo) integram míseros 2 ou 3 gigabytes de RAM, o que não dá nem para o começo.   

Também como vimos, não é boa ideia entupir o computador de inutilitários; limite-se a instalar somente aquilo que você realmente for usar faça uma faxina de tempos em tempos. Aplicativos inúteis ou ociosos podem ser removidos com a ferramenta nativa do Windows — no Win10, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e Recursos —, mas eu sugiro utilizar ferramentas dedicadas, como o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo do sistema costuma a deixar para trás.

Terminada a faxina, reinicie o computador e, no Windows 10, clique em Iniciar, expanda as Ferramentas Administrativas do Windows e clique em Limpeza do Disco. Feito isso, supondo que seu drive de armazenamento persistente seja eletromecânico, volte às Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Desfragmentar e Otimizar Unidades, selecione a unidade em que o sistema se encontra instalado e dê início ao procedimento (que pode demorar de alguns minutos a horas e horas, dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos gravados e do índice de fragmentação dos dados; se você rodar o desfragmentador semanal ou quinzenalmente, as desfragmentações subsequentes demorarão bem menos tempo para ser concluídas).

Observação: Melhores resultados poderão ser obtidos também nesse caso com ferramentas de terceiros, como o Smart Defrag, que integra a suíte de manutenção IObit Advanced SystemCare, mas pode ser baixado e instalado isoladamente. Note que, a despeito de ser possível continuar trabalhando com o computador durante a desfragmentação, prefira executar a ferramenta quando a máquina estiver ociosa, a menos que não se importe em amargar uma lentidão irritante e aumentar expressivamente o tempo necessário para a conclusão da tarefa.

Desinstalados os aplicativos inúteis ou simplesmente dispensáveis e concluídas as etapas complementares sugeridas nos parágrafos anteriores, o próximo passo será checar quais programas remanescentes precisam realmente pegar carona na inicialização do Windows. Veremos isso em detalhes no próximo capítulo.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

COPIANDO IMAGENS DE WEBSITES


NEM TUDO É O QUE PARECE. NA VERDADE, QUASE NUNCA É. NA POLÍTICA, NUNCA É.

Por uma série de motivos (ilustrar um trabalho escolar ou uma postagem no Blog, por exemplo), podemos querer salvar uma foto ou figura de um site da Web no nosso PC.

Geralmente, fazemos isso clicando com o botão direito do mouse sobre a imagem em questão e selecionando a opção Copiar no menu suspenso (ou pressionando em conjunto as teclas Ctrl+C). No entanto, dependendo de como configuramos nosso computador, essa cópia é salva na pasta Imagens (ou outra qualquer que tenhamos definido anteriormente), levando-nos a abrir o Explorador de Arquivos e pasta em questão para só então localizar e transferir para o local de destino a figura que copiamos (ou, caso desejemos enviá-la por email, precisamos clicar no menu Inserir Imagem na mensagem que vamos enviar e informar ao programa a localização da dita-cuja em nosso computador).

Isso não é um bicho de sete cabeças, naturalmente, mas, convenhamos: é bem mais rápido e prático clicarmos sobre a imagem que queremos copiar e simplesmente arrastá-la para a Área de Trabalho (ou Desktop, como queiram).

Notem que isso só é possível quando a janela do navegador não ocupa totalmente a tela. Se ocupar, clique no ícone do quadradinho (na extremidade direita da barra superior da tela do navegador, entre o "X" que fecha a janela e o "" que a minimiza. Isso reduzirá as dimensões da janela, deixando visível uma parte da Área de Trabalho.

Observação: Se você apontar o mouse para uma das bordas da janela (vertical ou horizonta), verá que o ponteiro do mouse assumirá a forma de uma seta com duas pontas. Clique com o botão direito e, mantendo esse botão pressionado, arraste a borda para fora, se quiser aumentar o tamanho da janela, ou para dentro, se quiser diminuí-lo.

Depois de redimensionar a tela do navegador de modo a deixar visível por trás dela uma porção da Área de Trabalho (dois centímetros são suficientes), basta você clicar com o botão direito na imagem que deseja copiar do site e, mantendo o botão pressionado, arrastá-la para o espaço visível do Desktop. Quando vir uma linha horizontal no ponto de inserção, solte o botão e a figura que você arrastou será salva naquele local. Simples assim.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

SUTILEZAS DO MOUSE


QUEM SABE LER E ESCREVER E TEM ACESSO À INTERNET SÓ VOTA NO PT SE FOR DAQUELE TIPO DE CEGO QUE SE RECUSA A ENXERGAR.

É provável que você faça uso frequente do botão direito do mouse (para acessar menus de contexto e agilizar uma porção de funções), mas talvez não saiba que, em determinadas situações, as opções se multiplicam se você mantiver a tecla Shift pressionada enquanto dá o clique direito.

Outras possibilidades pouco exploradas podem ser acessadas na tela das Propriedades de Mouse (no Painel de Controle). Dependendo do dispositivo e do respectivo driver, é possível fazer bem mais do que simplesmente inverter as funções dos botões (recurso útil para canhotos) e personalizar os ponteiros.

Além dessas “opções nativas”, diversos programinhas gratuitos ajudam a “turbinar” o prestativo camundongo, como é o caso do versátil X-Mouse Button Control. Aliás, além de oferecer uma excelente seleção, o Baixaki inclui informações/tutoriais sobre os aplicativos que disponibiliza.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

O ÍCONE DA BATERIA SUMIU DA ÁREA DE NOTIFICAÇÃO? VEJA COMO RESOLVER

DESINFORMAÇÃO ACIMA DE TUDO; IGNORÂNCIA ACIMA DE TODOS.

Como dizia minha finada avó (quando era viva, naturalmente), tudo que é demais enche. Assim, em homenagem à sábia senhora, achei por bem intercalar alguns posts sobre informática na sequência em que vinha focando a evolução tecnológica no segmento automotivo.

Começo relembrando como solucionar um problema bastante comum em notebooks, que é o desaparecimento do ícone da bateria da Área de Notificação do Windows (ou Bandeja do Sistema, como queiram). Ele está ali para permitir que o usuário tenha uma ideia aproximada do nível de carga e/ou tempo durante o qual será possível usar computador desconectado da rede elétrica. Para isso, basta pousar o cursor do mouse sobre a figurinha que representa a bateria (vide ilustração), desde que ela esteja visível, naturalmente. 

Observação: Dependendo de como seu Windows foi configurado, pode ser preciso clicar na pequena seta para cima (Mostrar ícones ocultos), na extremidade esquerda da Área de Notificação, para visualizar o ícone da bateria (que, por óbvio, só é exibido em computadores portáteis).

Sumiços parecem estar na moda hoje em dia. Some dinheiro do Erário, some vergonha da cara de ministros supremos, some o apoio do presidente da Banânia a seu ministro da Justiça, some Fabrício Queiroz, o fantasminha camarada... ah, peraí, esse a revista Veja achou, talvez porque ele tenha baixado a guarda depois que Toffoli suspendeu as investigações baseadas em dados do Coaf. Mas isso é assunto para nossa seção de política. Vejamos, pois, como fazer o ícone da bateria reaparecer no lugar de onde jamais deveria ter saído.

A primeira coisa que você deve fazer é conferir se a exibição não foi desativada: clique em Iniciar >  Configurações > Personalização > Barra de tarefas, desça pela tela até o campo Área de notificação e clique no link Ativar ou desativar ícones do sistema. Se o ícone da bateria não estiver listado, clique no link Selecione quais ícones devem aparecer na barra de tarefas e faça o ajuste necessário.

Se isso não resolver o problema, você pode reiniciar o computador, mas não custa nada tentar, antes, reiniciar somente o Windows Explorer: dê um clique direito num ponto vazio da Barra de Tarefas, clique em Gerenciador de Tarefas, e, na aba Processos, desça pela tela até encontrar o item Windows Explorer (ou explorer.exe, conforme a versão do Windows), selecione-o e clique no botão Reiniciar.

Se nem assim resolver, tecle Ctrl+Alt+Del, clique em Sair e torne a fazer o logon. Se não funcionar, desligue e religue o computador. Se não der certo, restam pelo menos mais duas possibilidades:

A primeira consiste em abrir o menu Executar(tecle Win+R), digitar regedit, pressionar Enter, navegar até HKEY_CURRENT_USER\Software\Classes\Local\Settings\Software\Microsoft\Windows\CurrentVersion\TrayNotify Settings\Software\Microsoft\Windows\CurrentVersion\TrayNotify, deletar os valores IconStreams e PastIconsStream e reiniciar o computador (isso fará com que todas as configurações das opções de notificação retornem à configuração padrão e permitirá ativar o ícone de bateria novamente).

A segunda é digitar gerenciador na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas (ou da Cortana, conforme a configuração do seu sistema), selecionar a opção Gerenciador de Dispositivos, expandir a entrada Baterias, dar um clique direito em Bateria de Método de Controle Compatível com ACPI da Microsoft, clicar em Desativar e depois em Ativar.

Observação: Note que esses nomes podem estar em inglês, e que, conforme o build do seu Windows, pode ser preciso clicar em Desinstalar e depois em Verificar se há alterações no Hardware para reinstalá-los.

Feito isso, repita o processo em Adaptador de CA da Microsoft e veja se o ícone reapareceu.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

COMO AUTOMATIZAR O DESLIGAMENTO DO PC E ALGUMAS NOÇÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DO COMPUTADOR, OS PADRÕES AT, ATX E DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO DE DADOS.


IDEOLOGIA MATA. BURRICE TAMBÉM.

As sutilezas do desligamento do computador foram assunto das últimas 3 postagens. Minha ideia era explicar na de hoje como configurar o Windows para automatizar esse processo, que só se tornou possível depois que o padrão ATX para placas de sistema, gabinetes e fontes de alimentação aposentou o obsoleto AT e introduziu o conceito de fonte inteligente, permitindo o desligamento do aparelho por software — isto é, sem que seja preciso mudar o Power Switch (botão liga/desliga) da posição ligado para desligado depois de o Windows ser finalizado. No entanto, achei por bem tecer algumas considerações conceituais, que eu convido o caro leitor a acompanhar.

Anos-luz de evolução tecnológica separam os desktops e notebooks atuais dos primeiros PCs. Quem trabalhou com os pré-históricos 286, 386 e 486 das décadas de 80/90 mal lhes reconhece o DNA, sobretudo nos smartphones, que são comandados por um sistema operacional, acessam a Internet e rodam aplicativos, o que os torna computadores pessoais ultraportáteis. Raras vezes paramos para pensar nisso, mas, quando o fazemos, custa acreditar que os monstruosos "cérebros eletrônicos dos anos 1950, que ocupavam prédios inteiros e tinham menos poder de processamento que uma calculadora de bolso xing ling atual, diminuíram de tamanho a ponto de caber no bolso ou na bolsa. Isso sem mencionar que seus recursos crescerem em progressão geométrica.

Em meados dos anos 1960, Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, profetizou que o número de transistores dos chips dobraria a cada 18 meses sem que isso aumentasse o custo de produção. Já o primeiro HDD (drive de disco rígido) de que se tem notícia, construído pela IBM em 1956, era uma monstruosidade composta de 50 pratos de 24 polegadas de diâmetro, que apesar de ter o tamanho de uma geladeira doméstica e pesar mais de uma tonelada, armazenava míseros 4.36 MB (espaço que mal dá para armazenar uma faixa musical no formato .MP3) e custava mais de US$ 30 mil dólares.

Ao longo das últimas três décadas, o custo do gigabyte de armazenamento despencou de US$ 100 mil para apenas alguns centavos. O tamanho do hardware também diminuiu: em 2005, 0 Toshiba MK2001MTN entrou para o Guinness como "o menor HD do mundo", com capacidade de 2 GB e discos de menos de 2 cm de diâmetro — no ano seguinte, quando ele começou a ser produzido em escala comercial, sua capacidade já havia dobrado. Mais adiante, os pendrives (dispositivos de armazenamento removíveis baseados em memória flash) aposentaram os obsoletos floppy disks (discos flexíveis, mais conhecidos como disquetes) e os SSD prometeram fazer o mesmo como os drives de HD eletromecânicos — se ainda não o fizeram, é porque o preço dos modelos de altas capacidades continua proibitivo. O primeiro disco de estado sólido foi desenvolvido em 1976, mas a tecnologia só começaria a se popularizar mais de 3 décadas depois. Em 2006, a coreana Samsung lançou sua primeira unidade de 2.5 polegadas e 32 GB de capacidade, que podia substituir diretamente o HDD em notebooks, sendo seguida pela norte-americana SanDisk, que lançou um produto semelhante cerca de um ano depois.

Rápidos e silenciosos, esses dispositivos são sopa no mel para quem não se incomoda em pagar mais para ter o que há de melhor: enquanto um drive eletromecânico de 7.200 RPM lê dados a 200 megabits por segundo, modelos de memória sólida podem alcançar taxas de leitura de 550 Mbps ou mais, reduzindo à metade o tempo de carregamento do sistema e dos aplicativos. Demais disso, por não possuírem partes móveis, modelos SSD são menos sujeitos a danos decorrentes de quedas acidentais ou vibrações e não precisam de manutenção frequente — desfragmentação, algo comum em HDs com sistema operacional Windows, não são necessários e podem até prejudicar o drive sólido.

Substituir um HD de 1 TB por um SSD de igual capacidade pode custar mais do que um computador de configuração mediana. Uma alternativa é comprar SSD com algumas dezenas de gigabytes de espaço e instalar nele somente o sistema e os aplicativos mais usados. Outra opção é recorrer a um drive híbrido, que alia o melhor dos dois mundos com uma parte em memória flash e outra que funciona como um disco rígido comum. A vantagem é aliar a velocidade do SSD à grande capacidade de armazenamento do HDD convencional. Modelos com 128 GB em memória sólida e 1 TB em discos magnéticos já são encontrados por menos de R$ 1 mil. Antes de sacar seu poderoso cartão de crédito, assegure-se de que o tamanho do novo drive é compatível com o gabinete do seu desktop ou notebook, bem como se o formato do SSD ou do drive híbrido é suportado pela placa-mãe.

O resto fica para a próxima postagem.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

COMO EVITAR QUE O DESLIGAMENTO DO WINDOWS SEJA RETARDADO DEVIDO A APPS QUE DEIXAM DE RESPONDER


O SEGUNDO SEMPRE VEM ATRÁS DO PRIMEIRO.

Sempre que reinstalamos o sistema do zero ou trocamos o computador por um modelo novinho em folha, o ganho de performance é notável (claro que isso também tem a ver com os recursos de hardware, mas aí já é outra conversa). Depois de alguns meses ao longo dos quais é comum instalarmos toda sorte de aplicativos inúteis, muitos dos quais pegam carona na inicialização do Windows —, o que "voava baixo" como uma Ferrari se arrasta como uma carroça puxada por um burro perneta.

O próprio Windows oferece ferramentas para limpeza do disco, correção de erros e desfragmentação dos dados, mas melhores resultados são obtidos com uma boa suíte de manutenção como o Advanced System Care, da IObit, ou o CCleaner, da Piriform, mesmo na versão gratuita (para mais detalhes, leia o comparativo que eu publiquei nesta postagem).

Manutenções regulares ajudam, mas não fazem milagre nem têm o condão de atrasar o relógio do tempo. Constantes criações, edições e exclusões de arquivos, instalações e remoções de aplicativos, sessões intermináveis de navegação na Web, enfim, tudo o que fazemos no computador impacta de alguma maneira na inicialização, na performance e no encerramento do sistema operacional.  Para piorar, além de retardar a inicialização pegando carona com o Windows, alguns programinhas deixam de responder durante o desligamento.

Quando isso acontece, costuma aparecer um ampulheta que não para de girar ou uma mensagem dando conta de que aplicativo deixou de responder. A questão é que o programa insurreto não é citado nominalmente, de modo que seguir a sugestão do Windows — de suspender o desligamento e encerrar manualmente o aplicativo — pode não ser de grande ajuda. 

Para contornar esse inconveniente, configure o sistema para fechar automaticamente os programas que não estão respondendo. O procedimento é simples, mas passa pela edição manual do Registro do Windows, e como qualquer modificação indevida ou malsucedida nesse esse importante banco de dados dinâmico pode trazer sérios problemas, convém criar um backup da chave que será modificada e um ponto de restauração do sistema (para mais detalhes sobre o Registro e respectivo backup, releia a sequência de postagens iniciada por esta aqui; para saber como criar um ponto de restauração do sistemaclique aqui).

Tomadas essas providências:

— Tecle Win+R para convocar o menu Executar, digite regedit no campo respectivo e clique em OK

— Na porção direita da tela do Editor, navegue até HKEY_CURRENT_USER  >  Control Panel e dê duplo clique sobre Desktop

— Clique em Editar na barra de menus e, no menu suspenso que surgirá em seguida, clique em Novo > DWORD 64 bits, nomeie a entrada recém-criada como AutoEndTasks, dê duplo clique sobre ela e, em Dados do valor, digite o valor 1 (assegure-se de que, no campo “Base”, a opção Hexadecimal esteja marcada) e clique em OK para confirmar.

— Feche todas as janelas e reinicie o computador para validar a alteração.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

BACKUP E CANJA DE GALINHA NUNCA FIZERAM MAL A NINGUÉM


NEM TUDO QUE ACABA NECESSARIAMENTE TERMINA.

Nos primórdios da computação pessoal, era comum ouvirmos dizer que hardware era a parte do PC que a gente chutava e o software, a que a gente xingava. Ouvíamos também que os usuários de computador se dividam entre os que já haviam perdido um HD e a dos que ainda iam perder. Brincadeiras à parte, esses “clichês” continuam valendo, mesmo depois que a evolução tecnológica aprimorou sobremaneira os dispositivos computacionais.

É fato que os HDs e SSDs atuais não são tão susceptíveis aos distúrbios da rede elétrica quanto os modelos fabricados 10 anos atrás, mas isso não nos desobriga de usar um nobreak, pois, além de estabilizar a tensão, esse aparelho nos protege de um apagão inesperado e do subsequente pico de tensão que tende a ocorrer quando o fornecimento de energia é restabelecido. Isso não só evita danos físicos nos delicados circuitos eletrônicos do computador, mas também previne a perda de dados se, por exemplo, a gente não configurou o salvamento automático dos arquivos em que está trabalhando nem tomou o cuidado de fazê-lo manualmente (no Word, basta pressionar Ctrl+B de tempos em tempos).

Nunca é demais lembrar que os famigerados filtros de linha não filtram coisa alguma, já que não passam de benjamins providos de fusíveis ou LEDs que fazem as vezes de varistor. O estabilizador de tensão é mais eficiente, pois “compensa” as variações de tensão da rede (para mais ou para menos), embora, de novo, a melhor solução é o nobreak, de preferência do tipo online — também conhecido como UPS —, que integra um retificador, um inversor e um banco de baterias. O bloco retificador “corrige” a rede elétrica e carrega as baterias, e a tensão, uma vez retificada, alimenta o bloco inversor, cuja função é alternar a tensão novamente para a carga. Quando há energia na tomada, as baterias são mantidas em carga lenta, e o computador e demais periféricos são alimentados via inversor; quando falta força, as baterias alimentam a carga também via inversor, e da feita que a tensão é retificada e filtrada logo na entrada, e a alimentação, provida através do circuito inversor, o nobreak elimina a maioria dos distúrbios da rede elétrica, pois suas baterias funcionam como um grande capacitor.

Como a Lei de Murphy ainda não foi revogada, ninguém está livre de, um belo dia, ligar o computador e o Windows se recusar a carregar porque um arquivo importante do sistema se corrompeu, por exemplo. Mesmo que a possibilidade de isso ocorrer seja menor do que há 5 ou 10 anos, e que o Win10, ao detectar alterações nos arquivos protegidos do sistema, aciona o Windows Resource Protector (que até o WinXP atendia por Windows File Protector) para recuperar automaticamente as versões originais a partir de cópias armazenadas numa pasta oculta, ou, ainda, que o Win10, diante de uma falha que o impede iniciar normalmente, tenta se recuperar automaticamente e, se não conseguir, reinicia no modo de segurança ou no ambiente de recuperação, cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Sem embargo, a melhor maneira de evitar surpresas desagradáveis como o sequestro de dados por ransomware, por exemplo é manter backups atualizados dos arquivos importantes. Não estou falando do sistema operacional em si, nem dos aplicativos que usamos no dia a dia, até porque tudo isso é recuperável. Falo daquela foto antiga de alguém que já se foi, e cujo negativo ou cópia em papel foi parar não se sabe onde. Ou do vídeo do batizado do caçula, do parto da cadelinha de estimação, enfim, de tudo que foi armazenado no HD e que, se uma hora se perder, fo... digo, danou-se.

Usuários de computador sempre foram avessos a fazer backup, e houve um tempo que isso era compreensível: até meados dos anos 90, praticamente não havia alternativa aos frágeis disquetes, que desmagnetizavam e emboloravam com facilidade e não comportavam sequer para uma faixa musical no formato .mp3. Eles chegaram ao mercado no final de 1971, e suas primeiras versões tinham 8” (cerca de 20 cm) e míseros 8 kilobytes de capacidade. Mais adiante, vieram os modelos de 5 ¼” polegadas e 160 kilobytes, e em 1984, quando sua produção foi descontinuada, já armazenavam 1,2 MB.

Os disquetes que mais se popularizaram foram os de 3 ½” e 1,44 MB (versões de 2,88 MB e 5,76 MB chegaram a ser lançados, mas por alguma razão não emplacaram). Até a edição 95, os arquivos de instalação do Windows eram fornecidos nesse tipo de mídia (primeiro a gente instalava o MS-DOS e depois o Windows propriamente dito, que até então era apenas uma interface gráfica). Naquela época, a maioria dos PCs contava com dois ou mais floppy drives meu primeiro 286 tinha um drive para floppy de 5 ¼” e dois para 3 ½”, o que facilitava bastante a cópia de dados. A título de curiosidade, para armazenar em disquetes o conteúdo de um pendrive de 16 GB, seriam necessárias 11.111 unidades de 1,44 MB (uma pilha de respeitáveis 36 metros de altura).
       
Atualmente não existe desculpa para você não criar cópias de segurança de seus arquivos importantes e de difícil recuperação. De uns anos a esta parte, os fabricantes deixaram de equipar notebooks e desktops com drives de disquete, e são bem poucos os modelos que ainda trazem um gravador/leitor de mídia óptica, já que HDs externos (com interface USB) e pendrives de grandes capacidades custam relativamente barato e oferecem um latifúndio de espaço. Isso sem mencionar que os disco rígidos nativos também se tornaram bastante camaradas: qualquer PC de entrada de linha conta atualmente com algo entre 500 GB e 1 TB. A questão é que, se não dividirmos esse espaço em pelo menos duas unidades lógicas, nossos arquivos serão apagados se e quando formatarmos o HD para reinstalar o Windows do zero. E ainda que o particionemos e salvemos nossos backups fora da partição do sistema, os arquivos podem ficar indisponíveis se uma falha física comprometer o funcionamento do dispositivo (para mais detalhes sobre particionamento do HD, reveja esta sequência de postagens).  

De novo: não há desculpa para não criarmos cópias de segurança dos dados importantes e de difícil recuperação. O procedimento não tem mistério, pois consiste basicamente em copiar arquivos do drive C para outra partição do HD ou para mídias removíveis. Simples assim. Agora, se você quiser fazer backups em grande estilo, o Windows lhe dá uma forcinha, como veremos em detalhes na próxima postagem.

quarta-feira, 31 de julho de 2019

SOBRE O MODO DE SEGURANÇA


O PAPA, OS BISPOS E OS PADRES NÃO SÃO PRÍNCIPES, MAS SERVIDORES DO POVO (DE DEUS). MUTATIS MUTANDIS, O MESMO RACIOCÍNIO SE APLICA A POLÍTICOS E, PRINCIPALMENTE, AOS CHEFES DOS TRÊS PODERES, EM RELAÇÃO AO POVO QUE OS ELEGEU. 

O Modo de Segurança (que também é chamado de Modo Seguro) é uma modalidade de inicialização na qual o sistema é carregado com os recursos estritamente necessários para funcionar. Assim, é possível identificar o responsável por um eventual mau funcionamento do computador, bem como realizar procedimentos de manutenção que precisam ter acesso a arquivos que o sistema bloqueia quando está carregado.

Até o Win7, bastava pressionar repetidamente a tecla F8 no momento do boot para iniciar no modo seguro, mas isso deixou de funcionar nas edições subsequentes e em PCs com UEFI e SSD, nos quais o boot leva cerca de dois décimos de segundo.

Observação: UEFI (sigla de Unified Extensible Firmware Interface) remete a uma interface de firmware padrão que, aos poucos, vem substituindo o anacrônico BIOS (para mais informações, clique aqui; para saber mais sobre drives SSD, reveja esta postagem).

No Windows 10, se você precisar acessar o modo de segurança e o sistema estiver carregado, pressione simultaneamente as teclas Win+R, digite msconfig na caixa do menu Executar, clique em OK e, na aba Inicialização do Sistema, marque as caixas de seleção ao lado de Inicialização Segura e de Mínimo, confirme em OK e reinicie o computador.

Quando o Windows se recusa a carregar, mas chega ao menos até a tela de logon, mantenha a tecla Shift pressionada, clique no ícone que abre as opções de desligamento (no canto inferior direito da tela, conforme se vê na ilustração acima) e clique em Reiniciar. Com alguma sorte, a janela das opções de inicialização avançadas será exibida e a partir dela você poderá clicar em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar e selecionar a modalidade de inicialização segura desejada pressionando F4 ou F5 (escolha F5 somente se precisar acessar a Internet no modo de segurança).

Nos smartphones (e nos tablets) dá-se mais ou menos o mesmo; embora sejam ultraportáteis, eles são comandados por um sistema operacional e rodam aplicativos, o que os torna "irmãos menores" dos desktops e notebooks, mas, mesmo assim, computadores como eles. Felizmente, acessar o modo de segurança nesses dispositivos é bem mais simples do que nos PCs convencionais, mas isso é assunto para a próxima postagem.