A partir do momento em que se tornaram verdadeiros computadores pessoais de
tamanho reduzido, os celulares (e os tablets, convém não esquecer) ficaram
vulneráveis a pragas digitais e códigos maliciosos afins, devendo, portanto, ser
protegidos da mesma forma que os PCs convencionais. Aliás, isso não é novidade
para quem acompanha minhas despretensiosas postagens, como também não o é o
fato de antivírus específicos para esses gadgets serem menos eficientes do que
as versões desenvolvidas para computadores de mesa e notebooks. Então, vamos
pular essas explicações e apresentar uma lista de ferramentas de segurança
gratuitas testadas pelo AV TEST,
que, com base numa amostragem composta por mais de 3 mil ameaças, checou desde
o nível de detecção até a facilidade de utilização dos apps, passando pelo seu
comportamento diante de ameaças falsas e reais e pelo impacto no desempenho do
aparelho e na autonomia de sua bateria. Afinal, estamos usando cada vez mais
nossos smartphones para verificar o saldo da conta no banco, acessar redes
sociais, gerenciar emails e uma porção de outras tarefas que exigem senha e
envolvem dados pessoais e outras informações confidenciais — coisa que, até
algum tempo atrás, fazíamos exclusivamente a partir do PC.
Ainda que a proteção contra malwares seja o principal
objetivo dessas ferramentas, os recursos extras oferecidos por cada uma delas —
tais como função antirroubo, travamento remoto, limpeza dos dados e
rastreamento por GPS; bloqueio de chamadas de números específicos e/ou
desconhecidos; filtro de mensagens; navegação segura na Web; controle parental;
backup em nuvem ou cartão SD e a existência de algum tipo de encriptação — também
foram levados em consideração, e os resultados foram os seguintes:
O ESET
Mobile Security & Antivirus se saiu muito bem nos testes de
detecção, proteção, usabilidade e impacto na performance global do aparelho e
na autonomia da bateria, e não acusou falsos positivos nem reclamou durante a
instalação de apps legítimos. No âmbito dos recursos extras, ele dispõe de
bloqueador de chamadas, filtro de mensagens e navegação segura, embora não
ofereça controle parental, backup e encriptação de arquivos.
O Kaspersky
Internet Security combina agora, em um único app, os recursos do Kaspersky Mobile Security e do Kaspersky Tablet Security. Ele detectou
100% dos malwares sem comprometer o desempenho ou a autonomia da bateria ou
acusar falsos positivos, além de oferecer um respeitável conjunto de funções
extras — como travamento remoto, limpeza remota, rastreamento de localização,
bloqueador de chamadas, filtro de mensagens e a navegação segura.
O Avira
Free Android Security identificou todos os malwares da amostragem sem
degradar a performance do telefone ou aumentar o consumo de energia, não
apresentou falsos positivos, não interrompeu a utilização e instalação de
aplicativos legítimos e ainda se destacou pelo excelente módulo antifurto (com
bloqueio remoto, limpeza remota e
rastreamento do aparelho) e por permitir permitem bloquear chamadas de
estranhos ou números específicos, filtrar mensagens e navegar com segurança na
internet.
O BullGuard
Mobile Security também obteve a pontuação máxima em “eficiência” e se
saiu igualmente bem nos demais quesitos, além oferecer um número de recursos
adicionais maior que o da concorrência (com destaque para o controle parental).
O Norton Mobile Security,
da festejada Symantec, escorregou na
eficiência — seu índice de detecção ficou em 99,97% —, embora não tenha
impactado seriamente o desempenho do aparelho ou a autonomia da bateria. Ele
conta com diversos recursos extras, dentre os quais o antifurto com travamento
remoto, a limpeza remota, o rastreio de localização, o bloqueador de chamadas, o
filtro de mensagens, a navegação segura e o backup de arquivos, porém, quando
por mais não seja, o fato de ser uma solução paga (a licença válida por um ano
custa R$29,90) já o coloca final da fila das opções avaliadas.
Observação: O PSafe
apresentou o pior resultado na detecção de malwares (96,04%), ainda que tenha
obtido uma pontuação satisfatória nos demais quesitos e ofereça basicamente os
mesmos serviços e recursos adicionais que os concorrentes. O fato de não ter
apontado falsos positivos não tranquiliza, considerando que nem as ameaças
verdadeiras ele foi capaz de detectar — uma surpresa, em se tratando da
ferramenta de segurança para smartphones mais popular entre usuários tupiniquins.
E como hoje é sexta-feira:
Lula foi a NYC negociar com o FMI e desembarcou no JFK
debaixo do maior temporal. Vaidoso, ele dobrou a barra da calça e saltitou
pelas poças d’água até chegar à limusine que o levaria até o local onde se
reuniria com os banqueiros americanos. Lá pela tantas, o pau quebrando na
reunião, Mercadante, que estava na
comitiva, reparou nas calças dobradas do presidente e cochichou:
- Agora já pode baixar as calças!
Ao que Lula prontamente respondeu:
- Calma aí! Primeiro vamos tentar um acordo.
Lula estava sendo
julgado por corrupção, e aguardava em casa o resultado da ação, quando toca o
telefone. Era seu advogado, eufórico:
- Finalmente a justiça foi feita!
O petralha rebate no ato:
- Então vamos apelar, companheiro!
Bom Carnaval a todos e até quarta, se Deus quiser.