Quem dá asas a cobra assume o risco de vê-la voar. E é
exatamente isso que a mídia vem fazendo com o picareta dos picaretas, ao conceder exagerada importância a seu retorno ao cenário político, por assim dizer — até porque, dele, o fiduma jamais se afastou, nem mesmo durante os 560 dias que amargou na sede da PF em Curitiba.
Melhor seria focar os holofotes em quem puxou a descarga, permitindo que o cagalhão vermelho assomasse no esgoto a céu aberto em que se transformou o cenário político tupiniquim, e espalhasse seu fedor para a patuleia ignara, que parece se alimentar disso como urubus de carniça.
Melhor seria focar os holofotes em quem puxou a descarga, permitindo que o cagalhão vermelho assomasse no esgoto a céu aberto em que se transformou o cenário político tupiniquim, e espalhasse seu fedor para a patuleia ignara, que parece se alimentar disso como urubus de carniça.
Falando no que não presta, torno a frisar que tenho o maior
respeito pelo Supremo Tribunal Federal
como instituição, mas não pela maioria de seus membros, que, noves fora
dois ou três togados, formam a pior composição de toda a
história da Corte. A começar pelos que vestiram a toga sem despir a
farda de militante petista — um dos quais, inclusive, preside atualmente o Tribunal.
Observação: Coberto pela suprema toga por Lula, em 2009, como retribuição pelos "bons serviços" prestados ao PT, a despeito de ter bombado duas vezes em concursos para juiz de primeira instância em São Paulo, ambas na fase preliminar, que testa conhecimentos gerais e noções elementares de Direito dos candidatos, Dias Toffoli é a prova provada da cabal da falta de noção do sacripanta de Garanhuns sobre a dimensão do cargo de ministro do STF, embora possa constituir (mais uma) prova cabal da conduta maquiavélica e velhaca do dito cujo, que visava aparelhar a mais alta Corte com a indicação de esbirros e apaniguados e lhes cobrar mais adiante pelo obséquio.
Observação: Coberto pela suprema toga por Lula, em 2009, como retribuição pelos "bons serviços" prestados ao PT, a despeito de ter bombado duas vezes em concursos para juiz de primeira instância em São Paulo, ambas na fase preliminar, que testa conhecimentos gerais e noções elementares de Direito dos candidatos, Dias Toffoli é a prova provada da cabal da falta de noção do sacripanta de Garanhuns sobre a dimensão do cargo de ministro do STF, embora possa constituir (mais uma) prova cabal da conduta maquiavélica e velhaca do dito cujo, que visava aparelhar a mais alta Corte com a indicação de esbirros e apaniguados e lhes cobrar mais adiante pelo obséquio.
Fato é que a suprema ala pró-crime
vem desconstruindo tijolo a tijolo a imagem de último bastião das nossas esperanças,
diante de um Legislativo eivado pela
corrupção endêmica — institucionalizada e tornada suprapartidária por Lula e seu Partido dos Trabalhadores que não trabalham, dos estudantes que não
estudam e dos intelectuais que não pensam — e de um Executivo comandado, durante 13 anos e fumaça, por esse mesmo picareta
(a gerentona de araque não passou de uma deplorável testa-de-ferro, ainda que
tenha se rebelado e ensaiado um voo solo que pôs a perder o projeto de poder de
seu abominável criador e mentor). E novas decepções nos trouxeram a versão
tupiniquim de Vlad Drakul, o (ex) vampiro do Jaburu, e, mais recentemente,
o Capitão Caverna, cujo lema "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos" recebeu o oportuno (e oportunista) adendo: "e Jair Bolsonaro e seus filhos acima de tudo isso".
O Brasil abandonou a cerimônia em
relação ao Supremo Tribunal Federal.
É um fato que está nas ruas, nas mentes, nas bocas, em toda parte. Não
aconteceu de graça ou de repente. A nossa Corte maior de Justiça vem abdicando
de sua majestade há tempos, desde que começou a se dar ao desfrute de
engajamentos e comportamentos outros para além dos restritos à interpretação
fria, coerente e consistente da Constituição.
A ausência de reverência tem duas
mãos. Se de um lado se derrubou na prática o lema de que decisão judicial não
se discute para se estabelecer país afora um ambiente de amplo debate em
relação a sentenças proferidas no âmbito do STF, de outro os ministros (salvo uma ou duas exceções) abriram
espaço para contestações ao optar por exercer protagonismo na vida nacional nem
sempre de modo educado e/ou apropriado.
Embora os magistrados se
considerem intocáveis, não são mais invioláveis no crivo da opinião pública.
Não falo aqui só dos questionamentos de especialistas publicados na imprensa.
Basta sintonizar estações de rádio no dia seguinte a um julgamento polêmico no Supremo para ouvir, mesmo nos programas
populares, críticas pesadas ou defesas apaixonadas da conduta dos magistrados.
Nunca se viu nada igual. Havia um
certo acanhamento em comentar os votos, hoje substituído por absoluto
desembaraço no julgamento dos julgadores. A questão não é a crítica, mas os
termos em que é feita. Verdade seja dita, suas excelências é que abriram a
temporada de contenciosos. Baixaram e continuam baixando a guarda.
Isso ocorreu, por exemplo, quando
um juiz se aliou ao presidente do Senado para fazer um gol de mão no processo
de impeachment de uma presidente da República. A dupla Ricardo Lewandowski-Renan Calheiros preservou os direitos políticos
de Dilma Rousseff e foi
desmoralizada pelo eleitorado de Minas Gerais, que lhe negou o mandato de
senadora.
Nessa saraivada de tiros no pé,
incluem-se as ironias e os insultos trocados entre os pares com transmissão ao
vivo, as diatribes provocativas de Gilmar
Mendes contra a Lava-Jato em
votos que nada têm a ver com a operação, as mudanças de entendimento da
Constituição sem justificativas a não ser uma circunstância política. Sem
esquecer a censura a publicações, a abertura de inquérito à margem da lei e,
para culminar, mais recentemente a atuação desastrosa de Dias Toffoli no caso do compartilhamento de dados dos órgãos de
inteligência financeira com instâncias de investigações criminais.
O conjunto dessa obra já desperta
no Congresso e no próprio STF uma
preocupação com a imagem negativa, refletida em protestos públicos e na pressão
para que andem os pedidos de impeachment (dezessete até agora) de ministros.
Tanto que há pontes de diálogo nos dois ambientes para que se reduzam a
temperatura e a intensidade das polêmicas produzidas no Supremo.
A ordem de baixar a poeira está
sinalizada no adiamento do exame do pedido de suspeição de Sergio Moro nos processos de Lula
para, se não às calendas gregas, ao menos até o Parlamento tomar uma decisão
sobre a volta ou não da prisão em segunda instância.