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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ano novo, máquina nova...


Houve um tempo em que cada nova versão do Windows era prontamente adotada pelos usuários, mas o custo do upgrade e “fiascos” como os do Millennium e do Vista deixaram muita gente “de pé atrás”: em que pese o sucesso retumbante do Seven (tanto de público quanto de crítica), há quem continue relutante em abandonar o velho e confiável XP – que continuará sendo suportado pela Microsoft até o início de 2014.
Seja como for, a fila tem que andar, e a evolução justifica o custo e o desconforto inerente ao período de adaptação, mesmo que você seja obrigado a fazê-la mediante a aquisição de uma máquina nova, com o sistema pré-instalado pelo fabricante integrador independente de confiança.
Um ótimo inicio de ano a todos e até a próxima, se Deus quiser.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Upgrade de CPU (conclusão)

Conforme dissemos na postagem anterior, o upgrade de processador só é uma opção viável quando “o molho não sai mais caro que o peixe”. Primeiramente, da mesma forma que em relação às memórias, você terá de identificar a marca e modelo da sua placa-mãe e as opções de processadores que ela suporta (não espere compatibilidade com nada de última geração), lembrando que só poderá trocar o dispositivo por outro que use o mesmo tipo de soquete, ou então terá de trocar também a placa-mãe e outros componentes (como as memórias), mas isso já foge a esta nossa abordagem.
Identificado o processador compatível que lhe agradar, pesquise preços e coloque tudo na ponta do lápis: além do chip – e do cooler, já que o mercado informal geralmente não comercializa versões “boxed” –, adicione o custo da mão de obra do técnico (a menos que você se sinta capacitado a fazer o serviço por conta própria). Se ainda assim compensar, leia as dicas a seguir, mas siga as instruções do fabricante para a instalação da peça (a diversidade de modelos inviabiliza a apresentação de um tutorial detalhado que cubra cada caso).

1.       Para prevenir dores de cabeça, adquira as peças em lojas idôneas e exija nota fiscal. Evite comprar componentes de revendedores desconhecidos (por telefone ou pela internet) e resista à tentação de realizar o upgrade assim que chegar da loja com o processador novo. Deixe para fazê-lo quando dispuser de tempo e não tiver qualquer tarefa pendente que exija o uso do computador.
2.      Antes de substituir o processador, talvez convenha fazer um upgrade de BIOS (pesquise o Blog para saber mais sobre esse assunto), de modo a garantir que o novo seja reconhecido e funcione adequadamente. Claro que nada o impede de fazer isso posteriormente, no caso de a nova CPU não funcionar, mas aí o trabalho será dobrado.
3.      Leia atentamente – e siga religiosamente – as instruções do fabricante para a instalação do chip, até porque produtos de marcas e modelos distintos podem requerer procedimentos diferentes. Escolha um local tranqüilo para trabalhar — livre de crianças, animais de estimação, curiosos e palpiteiros (muito faz quem não atrapalha), remova qualquer coisa estranha à montagem (cinzeiros, copos e xícaras de café, por exemplo) e mantenha os componentes e as ferramentas numa posição de fácil acesso, mas que não ofereça risco de quedas. Tome especial cuidado com parafusos e outros objetos de dimensões reduzidas, que parecem ter vocação para cair e desaparecer (pior ainda se dentro do gabinete).
4.      Depois de desligar o cabo de energia, desconectar o teclado, o mouse, a impressora, as caixas de som e os demais periféricos, deite o gabinete sobre a mesa, retire os parafusos de fixação e remova a tampa lateral. Para retirar a CPU original, geralmente basta percorrer o caminho inverso sugerido pelo fabricante para a instalação da nova.

A partir dos PC 486, o exaustor da fonte de alimentação deixou de ser suficiente para garantir a refrigeração do gabinete, e os processadores passaram a integrar coolers combinados com pequenas ventoinhas. Atualmente, tanto a AMD quanto a Intel oferecem dissipadores térmicos homologados e devidamente projetados para seus produtos, mas você pode encontrar modelos compatíveis mais eficientes e mais silenciosos – capazes, inclusive, de aumentar ou diminuir a rotação das hélices de acordo com a necessidade.

5.      Uma camada lisa e uniforme de pasta térmica deve ser aplicada entre o dissipador e o processador. Alguns coolers trazem fitas térmicas (elastômero) que geralmente não proporcionam bons resultados, sendo recomendável substituí-las por pasta de boa qualidade. E se você for reaproveitar o cooler original (só o faça se tiver certeza que ele dará conta do recado), limpe a pasta antiga com um cotonete embebido em álcool isopropílico e aplique uma camada nova (sem exageros) em ambos os componentes. Feito isso, siga as instruções do fabricante para fixar o cooler sobre o processador e religue o conector de energia da ventoinha.

Os chips são encaixados nos soquetes através de “perninhas” (pinos) sensíveis a descargas eletrostáticas e que podem ser facilmente entortadas ou quebradas durante o manuseio ou por ocasião da instalação. Se a peça não encaixar perfeitamente, não force; assegure-se de que os pinos estejam alinhados com o soquete, que a alavanca (ou outro mecanismo de trave) esteja totalmente levantada, e só então tente novamente. Caso um pino esteja torto, use um cartão de crédito para empurrá-lo de volta à posição original sem danificar os demais.

6.      Concluído o trabalho, assegure-se de que nenhum corpo estranho ficou perdido entre os componentes da placa, feche o gabinete, recoloque os parafusos, reconecte os periféricos, religue o cabo de força, cruze os dedos e ligue o computador. Se o Windows reiniciar sem problemas, bom sinal, mas não deixe de rodar um programa de identificação de hardware (como o  CPU-Z) para conferir se o novo processador está rodando com o clock correto. Se não estiver, você precisará acessar o CMOS Setup e ajustar as configurações respectivas (isso costuma ser necessário quando você troca o chip por um modelo que opere com um clock externo maior).

Era isso, pessoal.
Abraços e até mais ler.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Upgrade de CPU

Depois do upgrade da memória e do HD, é hora de tecermos algumas considerações sobre o processador – tido e havido (muito apropriadamente) como o cérebro do computador. Antes, porém, vale lembrar que cada dispositivo tem sua importância (tanto relativa quanto absoluta), e que o PC é como uma orquestra, onde músicos de boa estirpe até conseguem mascarar a incompetência de um regente chinfrim, conquanto a recíproca não seja verdadeira.
No alvorecer da computação pessoal, o desempenho do sistema dependia diretamente da freqüência de operação da CPU, mas a demanda por poder de processamento exigiu a adoção de novas soluções (como a integração do co-processador aritmético ao chip principal, a multiplicação de clock e a introdução da memória cache, dentre tantos outros). Desde então, a “velocidade” do chip deixou de ser a referência primária de desempenho, pois expressa somente a quantidade de operações que ele é capaz de executar a cada segundo. Uma CPU que opere a 3 GHz, por exemplo, realiza três bilhões de operações por segundo, mas o que ela é capaz de fazer em cada operação já é outra história.
Demais disso, conforme o aumento da freqüência de operação foi se tornando inviável, os fabricantes buscaram soluções alternativas (como o multiprocessamento lógico e a inclusão de dois ou mais núcleos numa mesma pastilha de silício, por exemplo), que permitem a chips com clock inferior a 2 GHz darem de lavada em modelos de 3 ou mais GHz de alguns anos atrás.

Observação: No final do século passado, quando estava perdendo parte do mercado de PCs de baixo custo para a AMD, a Intel resolveu lançar uma linha de chips mais baratos. Os Celeron eram basicamente modelos Pentium II desprovidos de cache L2 integrado, mas não tiveram boa aceitação, pois seu desempenho era 40% inferior ao dos PII de mesmo clock. Ainda que a burrada tenha sido corrigida mais adiante, muita gente ainda torce o nariz para essa família de processadores.

Passando ao que interessa, os portões para o upgrade de processador se abriram quando esse componente deixou de vir soldado nos circuitos da placa-mãe e passou a ser encaixado num soquete apropriado. Conforme surgiam modelos mais velozes, bastava remover o antigo e espetar o novo – notadamente durante o “reinado” do o festejado “Socket7”, que suportava uma vasta gama de processadores, inclusive de fabricantes diferentes. Mas essa “festa” acabou quando o desenvolvimento de novas arquiteturas e tecnologias resultou numa expressiva interdependência entre a CPU, o chipset e as memórias (o “trio calafrio”, como dizia meu velho amigo e parceiro Robério), limitando, conseqüentemente, as possibilidades de upgrade. A título de ilustração, quando a Intel lançou o P4, o único chipset que lhe oferecia suporte era o i850, da própria Intel, que usava módulos de memória RIMM (da malfadada e cara tecnologia RAMBUS).
Em face do exposto, não é difícil entender por que o upgrade de processador pode ser economicamente inviável. Se, para implementá-lo, você precisar substituir também a placa-mãe e os módulos de memória (que dependem essencialmente do FSB da CPU e das opções suportadas pelo chipset da placa), talvez seja melhor gastar um pouco mais e comprar um PC novo.
Não obstante, há casos em que é possível obter ganhos consideráveis com a pura e simples troca do chip por outro que integre mais memória cache ou opere em velocidade superior, desde que utilize o mesmo soquete, mas isso já é assunto para o post de amanhã.
Abraços e até lá.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Upgrade de Disco

O upgrade de HD também pode trazer grandes benefícios, tanto em termos de espaço quanto no que diz respeito ao desempenho do computador, pois quanto maior for a sua taxa de transferência e mais rápido o acesso às informações, melhor será a performance do sistema como um todo.
Atualmente, é possível encontrar modelos de até 3 TB, de modo que, em situações normais, um único drive já dá conta do recado, notadamente devido à popularização dos pendrives de grandes capacidades e ao barateamento dos HDs externos. No entanto, toda essa fartura de espaço cobra seu tributo, pois somente PCs de fabricação recente estão preparados para lidar com eles . Demais disso, com o preço de um drive de 3 TB (cerca de R$ 700), você pode comprar dois HDs de 2 TB cada, e ainda se livrar dos problemas de compatibilidade.
Para que o HD possa ser acessado pelo processador, é preciso que haja uma interface de comunicação. Até algum tempo atrás (e desde o lançamento dos PCs 386), o padrão IDE ATA reinava absoluto e as placas-mãe traziam nativamente duas controladoras, cada qual capaz de controlar até dois dispositivos (devidamente configurados como MASTER e SLAVE).
Devido à crescente demanda por desempenho, o padrão SATA passou a ser utilizado com vantagens, dentre as quais a compatibilidade com a tecnologia anterior, a fácil instalação (que dispensa a configuração MASTER/SLAVE) e o suporte ao Plug and Play real. Isso sem mencionar seus cabos e conectores de apenas 7 vias – mais finos e maleáveis que os cabos flat de 80 vias dos IDE ATA – ocupam menos espaço e permitem melhor circulação de ar dentro do gabinete.
Na hora de escolher um HD, prefira modelos de marcas tradicionais e que ofereçam espaço adequado às suas necessidades. Atente para a densidade da mídia e rotação dos discos (quanto maiores esses valores, melhores serão as taxas de transferência e o desempenho do dispositivo); já o tempo médio de acesso, quanto menor, melhor.
Do ponto de vista do hardware, adicionar um HD ou substituir o original é um procedimento é bastante simples; a maior dificuldade geralmente consiste em remover e recolocar todos os parafusos de fixação – pode ser necessário abrir o gabinete de ambos os lados e, eventualmente, desinstalar algum componente que dificulte a introdução da chave Philips. No entanto, é fundamental fixar o drive com todos os parafusos (vibração excessiva não só resulta em barulho como também abrevia a vida útil do componente).
Cada interface IDE é composta por dois canais, identificados como IDE 0 e IDE 1 ou IDE 1 e IDE 2, conforme a placa. Os cabos flat geralmente têm três conectores; se você for ligar um único dispositivo, use os plugues das extremidades (o intermediário deve ser reservado para um segundo dispositivo que compartilhe a mesma interface IDE). Nunca ligue o conector central a um dispositivo quando não houver outro drive usando o conector da extremidade do cabo. Nos cabos de 80 vias, o plugue preto é ligado no drive, e o azul, na placa-mãe.
Na prática, o mais comum é encontrar PCs com um HD e um drive de CD/DVD (em controladoras separadas, para evitar degradação do desempenho). No caso de dois HDs, o melhor é manter o principal sozinho, na controladora primária, e o adicional na controladora secundária, junto com o drive de mídia óptica (devidamente configurados como MASTER e SLAVE através dos jumpers existentes em suas faces posteriores). Alguns modelos apresentam a opção DRIVE IS MASTER, SLAVE PRESENT (use-a sempre que existir uma unidade Slave compartilhando a mesma interface), enquanto que outros oferecem suporte ao CABLE SELECT (a configuração é feita automaticamente, de acordo com a posição do cabo flat). Os cabos de energia que alimentam esses dispositivos têm plugues idênticos e intercambiáveis (com quatro furos e formato hexagonal), intercambiáveis e que só encaixam na posição correta.
Já os discos SATA dispensam configuração MASTER/SLAVE, mas requerem interfaces e cabos apropriados – diferentes dos utilizados no padrão IDE/ATA, tanto para dados quanto para energia. Cada interface permite controlar apenas um disco, embora as placas-mãe costumem oferecer entre duas e quatro delas (note que, embora seja tecnicamente possível “adaptar” um modelo SATA numa placa-mãe antiga, que ofereça suporte nativo exclusivo ao IDE ATA, esse procedimento é lá muito recomendável).
Tome muito cuidado ao escolher os parafusos para fixação dos HDs: modelos 6-32 (ligeiramente mais grossos e de maior espaçamento que os M3) podem danificar as roscas e, em situações extremas, perfurar a carcaça dos drives. Temperatura máxima de operação, nível de ruído e consumo de energia também são detalhes que devem ser analisados à luz da capacidade da sua fonte de alimentação (na dúvida, utilize a calculadora da  ASUS). Vale lembrar ainda que adição de componentes ou sua substituição por modelos mais “poderosos” resulta em mais calor, o que por vezes exige a instalação de ventoinhas adicionais. Paralelamente, não deixe de juntar os cabos, atá-los com braçadeiras plásticas e orientá-los de maneira a não comprometer o fluxo de ar no interior do gabinete.
Amanhã a gente continua, focando então o upgrade de processador.
Abraços e até lá. 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pra frente... (conclusão)

Ao comprar um note novinho em folha, é natural que você queira colocá-lo em uso imediatamente, o que, em tese, requer apenas plugar o cabo de energia na tomada, levantar a tampa e pressionar o botão Power. Na prática, todavia, ainda que o aparelho venha pronto para uso, há toda uma série de procedimentos que você deve adotar antes de aposentar definitivamente seu velho companheiro.
O sistema operacional pré-instalado (OEM) pelos fabricantes de computadores costuma incluir personalizações e acréscimos nem sempre muito bem-vindos: é provável que você encontre uma porção de inutilitários, versões demo de aplicativos e outros que tais que só servem para ocupar espaço em disco e degradar a performance do sistema. Então, para pôr a casa em ordem, recorra ao freeware SlimComputer, que não só sugere o que pode ser desinstalado com segurança ou removido da inicialização, mas também faz o serviço para você em poucos cliques.
Concluída essa faxina, você terá de “importar” todos os arquivos pessoais que deseja preservar. Para tanto, em vez de gravar uma pilha de CDs, o melhor é plugar um HD externo (ou um pendrive de grande capacidade) ao seu velho computador, criar uma pasta para o backup e copiar para lá suas músicas, fotos, vídeos, documentos, favoritos, e-mail, e por aí vai. Ao final, basta plugar o HD (ou o pendrive) no computador novo e transferir tudo para seus devidos lugares.
Antes de se arriscar a navegar na Web com seu novo computador, é importante protegê-lo com um antivírus responsável e revisar as configurações do firewall nativo do Windows (caso não tencione usar um produto de terceiros). Se a máquina já dispuser de ferramentas de segurança pré-instaladas – e você for mantê-las – bastará atualizá-las.
Tomadas essas precauções, rode o Windows Update e aplique todas as atualizações críticas e de segurança disponíveis para a sua versão. Feito isso, atualize os drivers (da placa-mãe/chipset e de dispositivos) e reinstale os demais aplicativos.
A título de sugestão, supondo que seu novo PC não disponha de uma ferramenta para atualização automática de drivers, vá ao site do fabricante e pesquise pelo modelo na seção “Suporte” (uma máquina nova deveria vir com as versões mais recentes dos drivers, do BIOS e de outros componentes do sistema, mas isso nem sempre acontece). Se sua placa gráfica for da NVIDIA, obtenha os drivers mais recentes em http://www.nvidia.com.br/Download/index.aspx?lang=br (basta indicar o modelo e o sistema operacional ou deixar o site detectar automaticamente). No caso da AMD/ATI, baixe a versão atual do pacote de drivers Catalyst (http://sites.amd.com/us/game/downloads/Pages/downloads.aspx).
Na hora de reinstalar programas licenciados, mesmo que você disponha das respectivas mídias e chaves de ativação, talvez seja preciso, antes, desativá-los ou desautorizá-los na máquina antiga (em caso de dúvida sobre como proceder, consulte a ajuda dos programas ou busque informações nos sites dos fabricantes).
Já para reinstalar a sua coleção de freewares preferidos, esqueça os arquivos de instalação que você possa ter guardado cuidadosamente durante anos (até porque eles certamente já estarão desatualizados) e recorra ao Ninite, que permite instalar programas “em lote”, de uma vez só de forma automática, sem intervenção do usuário. Basta acessar o site, marcar as opções desejadas, clicar no botão Get Installer (no rodapé da página) para receber um pequeno executável que irá baixar todos os aplicativos de seus servidores oficiais e instalá-los com a configuração padrão. Além de dispensar barras de ferramentas para o navegador e outros complementos de utilidade duvidosa que acompanha muitos freewares, o Ninite é capaz também de escolher versões x64 dos programas, caso o sistema do usuário seja de 64 Bits.
Por último, mas nem por isso menos importante, espere algumas semanas para formatar seu PC antigo e passá-lo adiante. Apesar de cuidado na migração dos dados, alguma coisa sempre pode acabar ficando para trás.
Divirta-se.
Abraços e até a próxima.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pra frente é que se anda...

O Blogger começou a apresentar intermitências após uma manutenção programada realizada na madrugada da última quinta-feira, e o problema foi se agravando paulatinamente, até que o serviço saiu do ar e as postagens e comentários publicados nesse entretempo se tornaram indisponíveis. Lá pelo meio da tarde da sexta-feira (13), o Google divulgou a seguinte nota:

“Que dia frustrante. Lamentamos muito que você não tenha conseguido publicar no Blogger durante as últimas 20.5 horas. Estamos quase de volta ao normal – você pode publicar de novo, e nas próximas horas as postagens e comentários que foram temporariamente removidos devem ser restaurados. Obrigado pela sua paciência enquanto estamos resolvendo esta situação. Nós usamos o Blogger para os nossos próprios blogs, por isso compreendemos o que vocês estão sentindo.”

Feita essa remissão, passamos agora ao assunto do dia:
A constante evolução da tecnologia impõe a substituição dos nossos “velhos” computadores – mesmo que bem conservados e funcionando direitinho – por modelos mais modernos em espaços de tempo cada vez mais curtos. Configurações concebidas há três ou quatro anos já não são capazes de atender as exigências dos sistemas e programas atuais e, resguardadas as devidas proporções, o mesmo vale para o SO: se você for aguardar (indefinidamente) pela “última versão” do Windows apenas porque o Vista frustrou suas expectativas, pode acabar perdendo o bonde da história. Aliás, conforme comentamos em diversas oportunidades, o Seven já esteja maduro o bastante para ser adotado sem mais aquela, e retardar o processo evolutivo apenas porque a Microsoft prometeu lançar o Eight no ano que vem talvez não seja a melhor política. No entanto, como o XP deve continuar recebendo suporte até o segundo trimestre de 2014, fica a critério de cada um.
Um upgrade do XP para o Seven tem mais chances de ser bem sucedido numa operação casada (software e hardware), e com a sensível redução no preço dos portáteis, o momento atual é mais que propício para você substituir seu velho PC de mesa (caso ela já tenha 3 ou 4 anos de estrada) por um laptop de configuração compatível. Além do preço atraente, os notes de última geração oferecem recursos bem mais aprimorados que os modelos de dois ou três anos atrás, a começar pelos processadores, que apresentam um significativo ganho de desempenho, recursos gráficos e autonomia de bateria. No entanto, convém tomar cuidado para não levar gato por lebre, já que máquinas ultrapassadas ainda disputam espaço nas prateleiras das lojas (afinal, sempre existe um chinelo velho para um pé cansado), e como a perspectiva de poupar algumas centenas de Reais é um atrativo irresistível para muitos consumidores... Bom, acho que deu para entender.

DICA: Os processadores Intel da geração anterior têm três dígitos (como “Intel Core i3-350M”), enquanto os atuais, quatro dígitos (como “Intel Core i3-2310M”). Já nos novos chips AMD Fusion são chamados de AMD C-Series APU, AMD E-Series APU ou AMD A-Series APU.

Outro aspecto digno de atenção é a capacidade dos HDs, que vem crescendo a passos de gigante. Se você puder investir uns trocados a mais, considere a aquisição de um modelo SSD (saiba mais em http://fernandomelis.blogspot.com/2007/06/memria-flash-x-disco-rgido.html), cujo desempenho, durabilidade e economia de energia dão de lavada nos tradicionais discos eletromecânicos. Na pior das hipóteses, opte por um drive híbrido, que combina desempenho com fartura de espaço a um preço menor que o de um SSD puro.
Amanhã a gente continua.
Abraços e até lá.

terça-feira, 1 de março de 2011

Fontes de alimentação

Um comentário anônimo na postagem do último dia 22 (no qual o leitor relatava a ocorrência de travamentos e deficiência no áudio sempre que rodava games) me leva a rabiscar algumas linhas sobre as fontes de alimentação dos PCs. Tanto as máquinas de grife como os "frankenstains" montados por integradores independentes deveriam oferecer fontes compatíveis com a demanda da somatória de seus componentes. No entanto, além de isso nem sempre ocorrer, é comum o usuário fazer upgrades de hardware sem levar em conta o aumento do consumo de energia e a elevação da temperatura no interior do gabinete – o que pode acarretar problemas de desempenho, travamentos, reinicializações aleatórias e outras anormalidades.
O consumo de um aparelho é expresso pela sua "potência" – grandeza que remete à quantidade de energia consumida num determinado espaço de tempo. Assim, basta multiplicar esse fator pelo tempo de utilização para obter a quantidade de energia consumida. Por exemplo, uma lâmpada de 100 W que fique acesa durante quatro horas por dia será responsável por 12 quilowatts/hora na sua “conta de luz” (100 W x 4 horas x 30 dias = 12.000 W/h = 12 kW/h).
No caso dos computadores, todavia, existem outras variáveis a considerar, até porque dois modelos "semelhantes" podem demandar diferentes quantidades de energia, seja por conta das características de cada máquina (tecnologias e modelos dos dispositivos embarcados, tipo e tamanho do monitor de vídeo, e por aí vai), seja pelas tarefas executadas.
Para evitar que sua fonte de alimentação se transforme numa fonte de dor de cabeça, o ideal é dispor de um modelo cuja potência real supra (com folga) as necessidades do sistema. Hoje em dia, uma fonte de 500 W (reais) costuma ser suficiente para a maioria dos usuários domésticos, mas é bom lembrar que somente produtos de fabricantes conceituados oferecem potências reais próximas dos valores declarados (é comum encontrarmos no mercado fontes de 400 ou 500 W que, na realidade, não suportam mais que 300 W de carga).
Outro fator a ser levado em conta é o PFC (POWER FACTOR CORRECTION), cujo objetivo é proporcionar baixa distorção na rede de alimentação (entrada da fonte). Modelos com PFC ativo (existe também o PFC passivo, mas isso já é outra história) apresentam eficiência entre 95% e 99%, ao passo que fontes sem PFC não passam dos 60% – em última análise, isso significa que estas últimas consomem mais energia para gerar a mesma potência de saída, o que acaba refletindo no bolso do usuário via conta de luz.
Para finalizar, vale lembrar que além de entregar uma potência real “honesta”, uma boa fonte deve também oferecer proteção contra curtos e sobrevoltagem (procure nas especificações algo como OVP, OCP e SCP), ventoinha automática (com rotação variável controlado por sensor térmico integrado), operação silenciosa, facilidade de instalação e garantia no Brasil.
Bom dia a todos e até amanhã, se Deus quiser.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

R-Updater

Nem vou repetir aqui a importância de manter o sistema e os programas atualizados, mas apenas relembrar que o Windows Update não contempla softwares “não-Microsoft”, e como nem todos os programas possuem esquemas nativos para avisar o usuário da existência de atualizações ou novas versões, uma boa idéia é visitar regularmente o site da SECUNIA (para mais detalhes, clique aqui ).
Outra opção interessante, no entanto, é o utilitário R-UPDATER, também gratuito e disponível tanto na forma portátil quanto instalável. Ele verifica os softwares no computador, lista as versões instaladas e as novas, disponíveis na lista de updates. Basta você escolher o que deseja atualizar e clicar no botão UPDATE para ser redirecionado à página da R-TOOLS, onde estão os links para as versões mais recentes dos aplicativos selecionados.
Bom dia a todos e até mais ler.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Custo x Benefício

No tempo em que os PCs “de grife” custavam “os olhos da cara”, muitos usuários recorriam à “integração caseira” (ou seja, compravam os componentes e montavam a máquina por conta própria ou com auxílio de um “Computer Guy). Hoje, conquanto não possam ser considerados baratos, os computadores de marca estão bem mais acessíveis e, da mesma forma que aparelhos de TV, refrigeradores e outros “eletrodomésticos comuns”, podem ser adquiridos em hipermercados e grandes magazines e pagos em “suaves prestações”.
Claro que montar sua própria máquina (ou encomendá-la a um integrador independente) tem lá suas vantagens: dentre outras coisas, você pode escolher os componentes item por item, do gabinete e fonte de alimentação à placa-mãe, do processador à aceleradora gráfica, dos módulos de memória aos drives de HD e mídia óptica. No entanto, se você não se sente à vontade para pôr a mão na massa, é bom saber que empresas como a  Dell  permitem personalizar diversos itens de seus produtos, proporcionando um “meio termo” entre a montagem e a aquisição da máquina pronta (e ainda contar com a garantia do fabricante).
Já para quem prefere comprar o produto na loja, vale lembrar que preço e qualidade geralmente “não andam de mãos dadas”. Embora seja possível encontrar PCs (inclusive portáteis) por menos de 1 mil reais, suas características quase sempre deixam a desejar, e um upgrade posterior pode fazer o molho custar mais caro do que o peixe. Então, dependendo das suas necessidades e possibilidades, quem sabe não seja o caso de gastar um pouco mais e levar para casa um modelo de configuração robusta e que dê margem a evoluções posteriores (para prolongar a vida útil do equipamento e tirar melhor proveito do investimento inicial).
A Positivo – que tem fábricas em Curitiba, Manaus e Ilhéus e rede autorizada de abrangência nacional – conta com uma linha de Desktops chamada Plus, composta por 16 modelos. Para quem pode gastar cerca de R$ 2.5 mil num computador para uso doméstico com desempenho acima da média, o F497PX é uma boa escolha – embora não seja a versão de topo de linha, sua configuração é respeitável.
A Placa-mãe MSI H55M-E33 (com chipset Intel H55) é compatível com processadores Intel Core i3, i5 e i7 e suporta até 16 GB de RAM DDR3 2333. No entanto, o chip Core i5 de 3,2 GHz e os 4 GB de memória (DDR3 1333) integrados pelo fabricante são mais que suficientes para rodar o Windows 7 Home Premium de 64 bits, que vem pré-instalado no HD Sata II de 1 TB (o gabinete tem espaço físico para mais um drive, embora a placa suporte um total de seis). Os recursos de vídeo ficam por conta do Intel Graphics Media Accelerator HD, os de som, pelo o Intel 5 Series/3400 Series Family High Definition Áudio com saída 7.1.
Como se vê, os pontos fortes do conjunto são o poder de processamento, a capacidade de upgrade, o HD com fartura de espaço (que, aliás, poderia vir dividido em pelo menos duas partições) e o funcionamento silencioso das ventoinhas. Também merecem elogios a profusão de portas USB 2.0 (6 na traseira e 2 na parte frontal), as saídas de vídeo VGA, DVI e HDMI e a leitora para cartões de memória MS, MS PRO, SD, MMC e Compact Flash.
O ponto fraco, por assim dizer, é o subsistema gráfico on-board, insuficiente para rodar games radicais (ainda que a placa-mãe traga um slot PCI-e x16, não existe espaço físico para instalar uma aceleradora gráfica de última geração, sem mencionar que a fonte de alimentação fornece apenas 235 watts). Demais disso, o fato de a Positivo não comercializar esse PC sem o (excelente) Samsung LCD de 20 polegadas impede o consumidor de economizar um bom dinheiro, caso disponha de um monitor em boas condições de uso.
Tenham todos um ótimo dia.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Mais sobre segurança


Costumo dizer que a audiência aqui do Blog é “rotativa”; ainda que alguns leitores nos acompanhem diariamente, a maioria tem hábitos, digamos, eventuais, e poucos (além de mim, evidentemente) leram todas as quase 1.000 postagens publicadas desde a inauguração do site. Por conta disso, embora seja um tanto aborrecido, tenho por hábito revisitar periodicamente alguns assuntos, notadamente aqueles relacionados à segurança digital. Até porque, embora nenhum software seja 100% livre de bugs e brechas de segurança, a popularidade do Windows o torna um alvo atraente para hackers, crackers e aparentados (ainda que a Microsoft faça a parte dela, cabe aos usuários fazer a deles, baixando e instalando as atualizações e correções destinadas a aprimorar a segurança do sistema).
Para os mais “esquecidos”, uma boa idéia ativar as atualizações automáticas – basta dar um clique direito em Meu Computador, selecionar Propriedades e clicar na guia Atualizações Automáticas, que oferece quatro opções. No modo “Automático” (recomendado), o Windows localiza, descarrega e instala as atualizações em segundo plano; o usuário não é notificado e nem interrompido em seu trabalho. Com a opção “Baixar atualizações, mas eu decidirei quando instalá-las”, o download é feito automaticamente e, ao final, basta clicar no ícone do Windows Update que aparece na área de notificação para completar o processo. “Notificar-me de atualizações, mas não baixá-las ou instalá-las automaticamente” faz com que o Windows se limite a verificar e informar a existência de atualizações (nesse caso, quando o ícone do Windows Update aparecer na área de notificação, você precisará comandar manualmente o download e a instalação). Finalmente, escolhendo “Desativar Atualizações Automáticas”, você terá de rodar o Windows Update regularmente, ou seu sistema ficará desatualizado e vulnerável a ameaças de segurança.
Note que as atualizações automáticas descarregam apenas correções críticas para o Windows e demais produtos Microsoft (os aplicativos da suíte Office, por exemplo); para obter soluções opcionais, rode o Windows Update – ou visite www.update.microsoft.com/microsoftupdate/v6/default.aspx?ln=pt-br – e pressione o botão “Personalizadas”.
Já para atualizar os demais programas (de terceiros), localize a opção correspondente no menu Ferramentas ou Ajuda; caso ela não exista, se você não quiser visitar o website de cada fabricante, recorra ao excelente serviço on-line oferecido pela Secunia (http://secunia.com/vulnerability_scanning/online/).
Para encerrar, vale lembrar que determinadas atualizações só surtem efeito após a reinicialização do sistema, o que é um aborrecimento quando estamos fazendo alguma coisa importante que não desejamos interromper, ou quando temos diversos programas em execução e uma porção de janelas abertas. Para minimizar esse inconveniente, uma boa idéia é instalar o freeware “CACHE MY WORK”, que restaura tudo do jeitinho que estava antes da reinicialização. Para mais informações, acesse a postagem que meu amigo Victor Faria publicou em seu Blog, no último dia 19 (http://papodeinformatica.blogspot.com/2010/01/reinicie-o-computador-sem-perder-o-que.html).
Bom dia a todos e até mais ler.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

De volta ao upgrade (final)

Realizados (ou descartados) os procedimentos sugeridos nas postagens anteriores, convém ter em mente que um PC lento e com um HD entupido de arquivos pode ganhar novo fôlego e lhe servir por mais algum tempo sem que você precise gastar um centavo sequer.
Comece dando uma geral no sistema com Advanced System Care, da Iobit (http://www.iobit.com/), que varre PC em busca de spywares, elimina arquivos desnecessários, identifica (e corrige) problemas no Registro do Windows e muito mais. Alternativamente (ou adicionalmente), baixe e instale Glary Utilities (http://www.glaryutilities.com/gu.html), que tem um bom limpador de Registro e de HD, além de reparador de atalhos, gerenciador de inicialização e de menu de contexto, dentre outros recursos interessantes.
Embora os softwares retro citados atuem também sobre o Registro do Windows, existem programas dedicados especificamente a essa delicada tarefa – como o excelente MV RegClean, desenvolvido pelo brasileiro Marcos Velasco (mais informações e download em http://www.velasco.com.br/mvregclean_informations.php).

Observação: À medida que componentes e programas são instalados e desinstalados, o Registro tende a acumular resquícios que acabam minando o desempenho do sistema. Todavia, ainda que essas ferramentas realizem uma faxina responsável e desobriguem o usuário de fazer perigosas modificações manuais, é recomendável criar um ponto de restauração e fazer um backup do registro antes de implementar qualquer modificação nesse importante banco de dados.

Se você tem uma grande quantidade aplicativos instalados em seu computador, é bem provável que muitos deles estejam configurados (desnecessariamente) para pegar carona na inicialização do Windows, deixando o boot mais lento e ocupando espaço na memória. Embora seja possível redefinir essa configuração com o MSConfig, o Autoruns faz um trabalho melhor, já que oferece detalhes sobre cada entrada (mais informações e download em http://technet.microsoft.com/pt-br/sysinternals/bb963902.aspx). Note, porém, que desmarcar ou deletar entradas é um procedimento delicado, de maneira que convém criar um backup e um ponto de restauração do sistema antes de sair apagando tudo o que você vir pela frente.

Observação: Entradas como iTunesHelper.exe ou QTTask.exe, por exemplo, podem ser desmarcadas sem problema algum, mas o mesmo não se aplica ao executável do seu antivírus ou de outros programas que precisam ser iniciados automaticamente junto com o sistema. Então, caso tenha dúvidas sobre o que alguns deles fazem, use o Google ou outro buscador de sua preferência para descobrir o impacto que sua desativação ou retardo na carga podem acarretar.

Além dos programas que rodam na inicialização, uma porção de processos e serviços também interferem no desempenho do computador, e ainda que vários deles precisem ser iniciados automaticamente, alguns podem ser desabilitados ou reconfigurados para inicialização manual. Para visualizar a lista completa, clique em Iniciar > Executar, digite “services.msc” (sem as aspas) e pressione a tecla Enter. Para identificar o que pode ou não ser desativado, visite www.blackviper.com/WinXP/servicecfg.htm - caso seu sistema seja o XP x86 (32-bit) SP3; se você utiliza outra versão do Windows, clique em Home e selecione a opção correspondente em “Features”, na coluna à esquerda da página.
Não custa relembrar (embora nossos leitores habituais já estejam cansados de saber) a importância de se manter o sistema e os demais aplicativos devidamente atualizados. Para o Windows, seus componentes e outros produtos Microsoft, você tanto pode rodar o Windows Update regularmente quanto recorrer às atualizações automáticas (clique com o botão direito em Meu computador, escolha Propriedades, abra a guia Atualizações automáticas e faça os ajustes desejados). Já os demais programas requerem atualizações manuais individualizadas a partir dos websites de seus respectivos fabricantes; para facilitar, você pode pesquisá-los de uma tacada só com o serviço de varredura online oferecido pela Secunia (http://secunia.com/vulnerability_scanning/).
Por falar nisso, além das correções de segurança que a Microsoft disponibilizou no Patch Tuesday de anteontem, a Adobe corrigiu uma vulnerabilidade do Reader que vinha sendo explorada desde as festas de fim de ano; caso você utilize esse leitor gratuito de PDF (e quem não o faz?), atualize-o para a versão mais recente (disponível em http://www.adobe.com/br/).
Cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

De volta ao upgrade (2ª parte)

Uma vez que o processador é o “cérebro” do computador, é comum os usuário imaginarem que basta substituí-lo por um modelo mais poderoso para obterem uma expressiva melhoria no desempenho global da máquina – o que faz sentido, pelo menos em tese (na prática, todavia, a teoria é outra).
Para entender isso melhor, seria interessante recuarmos no tempo até a década de 70 – quando surgiram os jurássicos 4040, 8008, 8080 e 8086 – e retornarmos paulatinamente, dedicando algumas linhas aos 286, 386, 486, e assim por diante, até chegarmos aos sofisticados modelos atuais, com seus dois, três e quatro núcleos. No entanto, considerando o escopo e as possibilidades desta postagem, vamos deixar essas firulas para outra oportunidade.
Nos primórdios da computação pessoal, a CPU vinha soldada nos circuitos da placas-mãe; mais adiante, os projetistas de hardware resolveram conectá-la à placa através de um soquete, e com isso abriram as portas para o upgrade – que se tornou extremamente popular na década de 90, com o festejado “socket7”, que suportava uma vasta gama de processadores, inclusive de fabricantes diferentes.

Como “não há mal que sempre dure ou bem que nunca termine”, o acirramento da disputa entre a Intel e a AMD propiciou o surgimento de novas arquiteturas e tecnologias que deram origem a chips cada vez mais velozes. Por outro lado, essa evolução fez aumentar expressivamente a interdependência entre o processador, o chipset e o subsistema de memória (o “trio-calafrio”, como diz meu parceiro e amigo Robério), limitando, conseqüentemente, as possibilidades de upgrade.

Observação: Lá pela virada do século, quando a Intel lançou o P4 para combater os Athlon da arqui-rival AMD, o único chipset que lhe oferecia suporte era o i850, da própria Intel, que exigia módulos de memória RIMM (da malfadada e cara tecnologia RAMBUS) e elevava consideravelmente o preço final do produto.

Diante do exposto, fica fácil entender por que a troca da CPU pode requerer, concomitantemente, a substituição da placa-mãe e dos módulos de memória (que dependem essencialmente do FSB do processador e das opções suportadas pelo chipset da placa). E como todo upgrade que se preze deve ser economicamente viável, quem estiver pensando em adequar uma máquina antiga às exigências do Windows 7, por exemplo, deve ter em mente que “o molho pode sair mais caro do que o peixe”.
Embora pareça um contra-senso, os melhores candidatos a upgrade de processador não são os PCs mais antigos, mas sim os de fabricação relativamente recente. Se você montou (ou comprou) seu computador há uns dois ou três anos, com uma CPU na casa dos 1.5 GHz, obterá ganhos consideráveis de performance simplesmente substituindo o chip por outro da mesma “família”, mas com o dobro da velocidade; na época, talvez ele custasse os olhos da cara, mas agora deve estar bem mais barato, face ao constante lançamento de novas versões.
Por outro lado, uma máquina fabricada lá pela virada do século – época áurea dos Pentium – fica limitada aos PIII da última safra (com freqüência de 1 GHz, ou um pouco mais). Dentro da mesma arquitetura – como a dos Intel Celeron/Pentium II e III e AMD Duron/Athlon, por exemplo – CPUs diferentes, mas de séries vizinhas, costumam utilizar o mesmo soquete. Todavia, caso sua idéia seja migrar de um PIII para um P4, as modificações serão bem mais abrangentes, sem mencionar que talvez não seja fácil encontrar os componentes e, se você os encontrar, o preço pode não ser nada razoável.

Observação: Embora ainda existam PCs 286/386 ativos e operantes, essas “relíquias” são como carros de coleção: bonitos de se ver numa exposição, mas totalmente e inadequados ao uso quotidiano.

Para concluir, vale dizer que o upgrade de processador segue basicamente os mesmos passos sugeridos para o de memória (postagem anterior): além de saber qual a CPU que equipa seu aparelho, você precisará identificar a marca e modelo da placa-mãe e as opções que o respectivo chipset permite instalar.
Além do preço do chip – e do cooler, já que o mercado informal geralmente não comercializa versões “boxed” –, considere também o custo da mão de obra do técnico (a menos que você seja um usuário avançado e se sinta capacitado a fazer esse delicado serviço por conta própria). Feito isso, compare o resultado com o preço de uma máquina nova: se a coisa passar de 40%, o melhor é esquecer o assunto.
Amanhã a gente conclui.
Abraços e até lá.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

De volta ao upgrade

Houve um tempo em que montar pessoalmente um computador (integração caseira) proporcionava uma expressiva economia em relação à aquisição de uma máquina de grife; hoje, a maior vantagem desse procedimento consiste na possibilidade de escolher “a dedo” os componentes, de acordo com as preferências, necessidades e possibilidades do usuário.
Na esteira desse raciocínio e diante da considerável redução no preço das máquinas prontas, o upgrade de hardware meio que caiu em desuso, já que o investimento necessário para uma evolução abrangente nem sempre justifica os benefícios resultantes. Mesmo assim, há casos em que compensa dar uma recauchutada na máquina, especialmente se você não estiver em condições de substituí-la no curto prazo.
Conforme a gente já disse em outras oportunidades, um upgrade relativamente fácil e barato – mas que apresenta bons resultados – é o de memória, já que os sistemas e programas estão cada vez mais exigentes, e um computador projetado e construído quatro ou cinco anos atrás dificilmente veio de fábrica com mais de 512 MB de RAM.
Então, depois de verificar – no manual do aparelho, no site do fabricante ou com auxílio de programas como o Hwinfo (http://www.hwinfo.com/) ou o PC Wizard (http://www.cpuid.com/pcwizard.php) – qual o tipo de memória apropriado e a quantidade suportada, é só comprar os módulos e instalá-los nos soquetes vagos (ou substituir os pré-existentes, se for o caso) seguindo os passos que já apresentamos em outras postagens.
Outro upgrade que pode resultar em benefícios expressivos tem a ver com a placa gráfica. Mesmo que você não seja adepto de games radicais, PCs com alguns anos de estrada não são capazes de exibir filmes em alta definição com fluidez, por exemplo. Mas vale lembrar que, embora não seja preciso gastar rios de dinheiro numa aceleradora gráfica de topo de linha – para assistir a vídeos em full HD, existem excelentes opções na faixa de 200 reais - é importante comprar a placa nova somente depois de ter certeza de que ela é compatível com seu equipamento, já que os modelos mais recentes requerem slots PCI-E 16x, e o padrão utilizado em máquinas anteriores a 2005 é o AGP (mais detalhes no post do último dia 05).
Na sequência, falaremos do ugrade de processador (CPU) - que, por questões de espaço, ficará para o post de amanhã.
Abraços e até lá.

EM TEMPO: Hoje, segunda terça-feira do mês, teremos o primeiro PATCH TUESDAY da Microsft em 2010. Caso você não tenha configurado as atualizações automáticas para seu Windows, não deixe de rodar o Microsoft Update (preferencialmente no finalzinho da tarde ou início da noite, já que antes disso as atualizações podem ainda não estar disponíveis).

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ainda sobre os portáteis

Dando prosseguimento ao assunto da postagem anterior, suponhamos agora que Papai Noel, ciente de seus (dele) limitados conhecimentos tecnológicos, resolva lhe oferecer supedâneo financeiro para a aquisição do tão sonhado note, ao invés de presenteá-lo com o aparelho propriamente dito (menos mal). Entretanto, antes de correr para as lojas, atente para algumas considerações que evitam uma compra por impulso e suas prováveis conseqüências desagradáveis.
Antes de qualquer coisa, considere as principais tarefas que você pretende executar no portátil: se for apenas para criar textos e planilhas e navegar na Web, por exemplo, não faz sentido investir pesado num modelo de topo de linha; escolha um netbook ou um note simples (como aquele que Papai Noel certamente escolheria para você). Entretanto, quem viaja regularmente e precisa usar a máquina para substituir o desktop deve investir num modelo leve (em termos de peso), com boa autonomia (duração da bateria), mas cuja configuração e recursos não deixem a desejar na hora de utilizá-lo em hotéis, aeroportos, etc.
Definidos os aspectos referentes ao processador, tamanho do HD, quantidade de memória e disponibilidade (ou não) de um drive óptico, vale lembrar que laptops baratos costumam trazer telas de 14 polegadas (nos netbooks, o tamanho é ainda menor). Se você for fã de games e estiver acostumado com um monitor widescreen de grandes proporções, irá penar um bocado no novo ambiente de trabalho (claro que sempre existe a possibilidade de conectar um monitor convencional na hora de jogar ou rodar aplicativos que exijam mais espaço, mas enfim...).
O teclado também costuma ser um detalhe solenemente ignorado na hora da compra, e muita gente só repara em casa que seu novo computador utiliza o padrão internacional, que dificulta sobremaneira a acentuação das palavras (prefira modelos do padrão ABNT2 e fuja dos chamados “teclados econômicos”, que apresentam funcionalidades reduzidas).
Atente também para as portas disponibilizadas pelo aparelho. Se você costuma transferir fotos de sua câmera digital ou músicas para seu MP3 Player, assegure-se de que haja pelo menos duas portas USB 2.0. E se a Internet for prioridade, enquanto a tecnologia 3G não se tornar padrão nos portáteis, convém ter um modem analógico para “quebrar o galho” em situações que não exista conexão rápida disponível.
Por último, mas não menos importante, convém tomar muito cuidado em relação à garantia (se você acha que computador novo não quebra, é provável que acredite realmente em Papai Noel). Fabricantes renomados costumam oferecer uma ampla rede de assistência técnica, mas se você adquirir a máquina de um importador independente, a solução de eventuais problemas ficará restrita às oficinas credenciadas pelo lojista, mesmo que a marca tenha representação local. Nesse caso, um reparo mais complicado poderá exigir o envio do aparelho para o país de origem, e sabe lá Deus quanto tempo ele demorará a voltar.
Boas compras.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Upgrade em notebooks

O Natal está chegando, e se você se comportou direitinho durante o ano, talvez Papai Noel lhe traga aquele tão sonhado notebook (afinal, milagres acontecem). Entretanto, como o Bom Velhinho parece ter hábitos antiquados – há séculos que ele dirige o mesmo trenó puxado a renas, e não se tem notícia de que sua fábrica de brinquedos já tenha sido informatizada –, é possível que a configuração do portátil não seja das melhores. Então, antes de pensar em negociar o “mico” no Mercado Livre, considere a possibilidade de um upgrade de hardware.
Devido a questões de arquitetura, upgrades “combinam” bem menos com computadores portáteis do que com desktops, até porque as possibilidades de modificação são limitadas, os componentes custam caro e o procedimento é mais complicado. Via de regra, só é possível aumentar a memória e trocar o disco rígido (embora alguns modelos permitam substituir também o drive óptico – e até o processador, notadamente na linha AMD –, mas isso já é outra história).
Enfim, caso a idéia lhe interesse, assegure-se primeiramente de que a evolução pretendida é tecnicamente possível e economicamente viável. Consulte o manual do computador ou o website do fabricante – ou rode o PC Wizard (mais informações e download em http://superdownloads.uol.com.br/download/85/pc-wizard-2006/) – para saber que tipo de memória é utilizada, qual a quantidade máxima suportada e o número de soquetes disponíveis. Notebooks trabalham com módulos SODIMM, que têm aproximadamente a metade do tamanho dos utilizados em desktops, embora custem bem mais caro. Memórias antigas (DDR) são mais difíceis de encontrar do que as atuais (DDR2 e DDR3), e se você tiver de comprá-las a peso de ouro, o upgrade deixará de fazer sentido.
Para piorar, existe a questão do mau aproveitamento dos soquetes: um modelo que disponha de dois soquetes e suporte 1 GB, por exemplo, pode vir com 512 MB distribuídos em dois módulos de 256 MB. Nesse caso, em vez de simplesmente acrescentar um novo pente, você terá de substituir os originais (o que custará bem mais caro). Demais disso, se já houver 1 GB de memória instalada, o jeito será esquecer o assunto.
Presumindo que a evolução seja possível e que você já tenha adquirido os módulos adequados, o próximo passo é desconectar o note da tomada e remover a bateria. Nos modelos mais antigos, os soquetes de memória ficavam sob o teclado; nos mais recentes, eles costumam ser facilmente acessíveis através de um painel localizado na parte inferior do aparelho. Removido esse painel, basta liberar as presilhas que fixam os pentes nos slots – empurre-as para fora e as memórias saltarão em diagonal –, inserir os novos módulos (também em diagonal e respeitando a posição dos contatos) e pressioná-los delicadamente contra o encaixe, até sentir o “clique” das presilhas.
Já se a idéia for partir para um HD mais “espaçoso”, rápido e com mais cache, a coisa é um pouco mais complicada. Isso porque não é possível acrescentar um segundo disco num computador portátil; você terá de substituir o disquinho atual pelo novo e copiar todo o seu conteúdo (a maneira mais simples de se fazer isso é utilizando um “case” para notebooks, que permite “transformar” um disco interno em externo e conectá-lo a uma porta USB).
O PC Wizard irá lhe indicar a marca e o modelo do drive instalado. Atente especialmente para o tipo de conexão – se SATA ou IDE –, já que, nesse aspecto, vale o mesmo que foi dito em relação a memórias antigas (ou seja, que a dificuldade de encontrar o componente adequado a preço razoável pode tornar a evolução inviável). Além disso, é preciso que o novo drive caiba no espaço disponível; você só deve adquiri-lo depois de se certificar que a instalação física é possível.
No mais, basta expor o HD (removendo um painel lateral ou tampa inferior do note, conforme o caso), desconectá-lo, desparafusá-lo e instalar o novo em seu lugar, fazendo a operação inversa. Preste muita atenção à fiação: laptops têm canais específicos por onde os fios devem correr, e se fiação for acomodada de forma imprecisa, ela pode ser pinçada ou impedir que outros componentes se encaixem corretamente.
Concluída a instalação, resta particionar e formatar o novo disco, instalar o sistema e programas e transferir todos os seus arquivos importantes.

Observações: Tenha em mente que essas modificações podem anular a garantia e até mesmo danificar o aparelho; se você não se sentir seguro para realizar os procedimentos, recorra à assistência técnica ou a um profissional de sua confiança. Note também que o design dos portáteis varia muito; até modelos de um mesmo fabricante podem ter características distintas e métodos de desmontagem diferentes, razão pela qual esta postagem deve ser vista apenas como uma simples referência.

Um bom dia a todos.