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sábado, 2 de agosto de 2025

WINDOWS 10 — FIM DO SUPORTE — A NOVELA CONTINUA

POLÍTICA É A ARTE DE ENGOLIR SAPOS, PEDIR VOTOS AOS POBRES, RECURSOS FINANCEIROS AOS RICOS, E DEPOIS MENTIR PARA AMBOS.

Em junho de 2021, a Microsoft anunciou o lançamento do Windows 11 e informou que o suporte ao Windows 10 seria encerrado em 14 de outubro de 2025. 


A expectativa era de que todos os computadores compatíveis estivessem rodando o Windows 11 em meados de 2022, mas faltou "combinar com os russos": a menos de três meses do prazo final, a versão anterior continua abocanhando 68% do mercado mundial de PCs — contra 27% da atual e 4,5% das versões 8.1, 7, Vista e XP somadas.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


A morte, em 2009, do advogado russo Sergei Magnitsky nos porões do regime de Vladimir Putin deu início a uma campanha mundial que resultou, três anos depois, na criação da lei que leva seu nome. Concebida como um mecanismo internacional para isolar financeiramente ditadores, violadores graves dos direitos humanos e corruptos em larga escala, a Magnitsky Act foi sancionada pelo então presidente Barack Obama — e transformada em arma política por Donald Trump, que a usou contra o ministro Alexandre de Moraes em retaliação ao processo contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Os discursos de desagravo em resposta à ofensiva deram à sessão de reabertura do Supremo, após o recesso de julho, um ar de reprise do day after da Festa da Selma. A diferença é que, desta vez, o mecânico Fábio Alexandre de Oliveira — que se sentou na cadeira de Xandão e gritou “é o povo que manda nessa porra” — disse à PF, depois do quebra-quebra, que era tudo “brincadeira”. Mas a Magnitsky é coisa séria.

A família Bolsonaro, em aliança com Trump, tenta novamente virar a página da história para trás — num novo surto da psicose do que ainda pode acontecer. Os fatos que levaram ao 8 de janeiro deram ao Brasil a oportunidade de um novo começo. O dilúvio de irracionalidades poderia ser interpretado como uma intervenção divina para punir o país por seus erros e forçá-lo a se repensar. O diabo é que alguns brasileiros não querem se reinventar. No caso do clã Bolsonaro, não se esperava por exames de consciência ou atos de contrição, mas ao menos se imaginava que o instinto de sobrevivência os levaria à autocontenção.

bolsotrumpismo — cruzamento do arcaísmo de Bolsonaro com o instinto imperial de Trump — restaurou momentaneamente a atmosfera de anormalidade, transformando o 8 de janeiro num dia interminável, um prólogo eterno. Para evitar novos dilúvios, o Supremo se equipa para condenar, já em setembro, o ex-presidente golpista e os cúmplices mais próximos do núcleo crucial.

É imperativo virar rapidamente essa página — só que para a frente.

 

O Windows "nasceu" em 1985 como uma interface gráfica que rodava sobre o MS-DOS e se tornou o sistema operacional para PCs mais popular do planeta — não sem amargar fiascos monumentais (Windows ME, Vista e 8/8.1) em contraste com sucessos retumbantes (Windows 95, 98/SE, XP, 7 e 10). Nenhuma versão, no entanto, teve o ciclo de vida encerrado antes que sua sucessora se consolidasse no mercado.

 

O Windows 7 levou apenas um ano para superar o Vista. Já o Windows 10, lançado como serviço em 2015, foi incumbido da missão de alcançar 1 bilhão de instalações em três anos, mas demorou cinco, e nada indica que será superado pelo Windows 11 no curto prazo, a despeito do fim da sua vida útil obrigar mais de 200 milhões de usuários a decidir se continuam usando um PC que não recebe novas atualizações de segurança, contratam um plano de suporte adicional ou trocam de sistema operacional.

 

Embora seja possível forçar a instalação do Windows 11 em máquinas que não atendem às exigências impostas pela Microsoft, nada garante que o upgrade será bem-sucedido — e que o computador não se tornará uma "carroça", o que invariavelmente ocorre com aparelhos que utilizam jurássicos drives de disco rígido.

 

Diante da perspectiva (nada alvissareira) de centenas de milhões de PCs se tornarem toneladas de lixo eletrônico, a empresa criou programas de suporte estendido e ofereceu como alternativa adotar uma versão do Win10 Enterprise — como a LTSC 2021, baseada na versão 21H2 e com suporte até janeiro de 2027 —, mas ambas as opções custam dinheiro e apenas empurram o problema com a barriga. 

 

Observação: Vale frisar que essa celeuma poderia ter sido evitada se a empresa desvinculasse o upgrade da exigência do TPM 2.0 — processador de criptografia destinado a robustecer a segurança durante a inicialização do sistema —, mas ela insiste que ele é necessário para manter o Windows 11 seguro.

 

No início deste ano, a Microsoft removeu um método oficial que permitia a instalação do Windows 11 em PCs sem TPM 2.0. Dias atrás, uma notificação via Windows Update passou a oferecer o upgrade para PCs sem TPM 2.0. A gigante do software disse que não fez mudanças nos pré-requisitos e que a exigência do TPM 2.0 continua valendo. Assim, mesmo que a atualização seja oferecida, a instalação pode falhar.

 

várias maneiras extraoficiais de fazer a migração, mas convém ter em mente que elas podem deixar seu computador instável. Como seguro morreu de velho, quem não quer comprar um PC novo nem mudar de sistema operacional pode contratar um plano de suporte estendido (ESU, na sigla em inglês), que custa US$ 30 por ano (renovável por mais um ano). De acordo com a Microsoft, essa liberação está acontecendo de modo progressivo, e os usuários receberão notificações via Windows Update ou na área de configurações do Windows 10.

 

Resumo da ópera: o que era para ser um fim de suporte virou novela — e, como toda boa novela, ainda deve render alguns capítulos extras antes do "último episódio". Enquanto isso, só me resta desejar boa sorte a quem ainda não resolveu se casa ou se compra uma escada.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

DE VOLTA AO WINDOWS 11

A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE. MAS NÃO É IMORTAL.

Microsoft começou a distribuir o Windows 11 no último dia 5, tanto para quem roda o Win10 em máquinas "elegíveis" (ou seja, que atendem aos requisitos mínimos estabelecidos pela mãe da criança) quanto para computadores novos, que passam a vir com a nova versão pré-instalada pelo fabricante.

Quem dispõe de um PC compatível será informado de que a atualização está disponível através do Windows Update. A previsão da mãe da criança é que todos esses aparelhos sejam atualizados até meados de 2022. Não sendo o seu caso, é possível continuar usando as edições Home e Pro do Win10, cujo ciclo de vida termina em outubro de 2023, mas o suporte estendido segue até outubro de 2025. Se for comprar um PC novo, não deixe de checar se o aparelho escolhido traz o Win10 pré instalado (segundo a Microsoft, máquinas novas que venham com o Win10 receberão as primeiras a receber a atualização via Windows Update).

O próprio WU posiciona o usuário acerca da "elegibilidade" do aparelho, conquanto seja recomendável buscar mais elementos com o aplicativo de Verificação de integridade do PC (mais detalhes neste vídeo). Segundo a Microsoft, em havendo alguma incompatibilidade em nível de software, o upgrade é bloqueado como medida de proteção e só volta a ser oferecido depois que o problema for solucionado. Para saber mais sobre o status da distribuição do Win11, bloqueios de proteção e retenções que poderão ser aplicados ao seu dispositivo, acesse Integridade do lançamento do Windows. Para saber mais sobre as formas de instalar a nova versão, acesse esta página.  

Máquinas com hardware compatível só receberão a atualização se rodarem a versão 2004 (ou posterior) do Win10 e contarem com atualização de serviço de 14 de setembro de 2021 (ou posterior). No caso de usuários novos, os Termos de Licença para Software Microsoft são exibidos assim que a opção “Fazer download e instalar” é selecionada, cabendo ao interessado manifestar sua concordância para dar continuidade ao processo de atualização

O upgrade de versão é um procedimento simples quando executado automaticamente, via Windows Update. Mesmo assim, o processo é demorado e exige diversas reinicializações do sistema. Manualmente, então, a coisa é ainda pior. A Microsoft disponibiliza em seu site uma ferramenta para download e instalação do Windows, que serve tanto para atualizar o computador a partir do qual o acesso é feito quanto para criar mídias de instalação para outras máquinas. O primeiro passo, portanto, é baixar a ferramenta de atualização no computador que receberá o sistema operacional. 

Até aqui, nenhuma novidade em relação a atualizações do Win10; basicamente, basta acessar o site oficial de download do Win11, clicar em "Baixar agora" e salvar o instalador na área de trabalho. Concluído o download, execute o programa de instalação. Se seu aparelho for compatível, clique em "Avançar" para dar início à instalação. O instalador permite escolher entre manter ou descartar os arquivos existentes no PC — eu recomendo fazer uma instalação limpa, do zero). Com tudo configurado, clique em "Instalar" (o computador precisará ser reiniciado diversas vezes para que o sistema seja instalado).

Você pode criar uma mídia de instalação do Win11 para atualizar outro computador. Nesse caso, é preciso que o pen drive onde serão armazenados os arquivos de instalação disponha de pelo menos 8 GB de espaço livre. Para criar um pendrive, acesse o site oficial de download e, em "Criar mídia de instalação do Windows 11", clique em "Baixar agora", salve o programa em seu computador, selecione a opção "Criar mídia de instalação (pen drive, DVD ou arquivo ISO) para outro computador" e a edição desejada do Win11, o idioma e arquitetura de sua preferência. Ao final, clique em "Avançar".

Indique se você quer criar um pen drive bootável ou um arquivo ISO e clique em "Avançar" para concluir a configuração. O pendrive deve estar conectado no computador para a realização do procedimento; para baixar a ISO diretamente, acesse o site da Microsoft e vá até a opção "Baixar a Imagem do Disco (ISO) do Windows 11".

Para fazer a instalação diretamente com o arquivo ISO em PCs com Win10, deve-se baixar ou transferir a imagem para o computador que receberá o novo sistema. O arquivo da imagem do Win11 ficará salvo no computador após o download do sistema pela ferramenta oficial da Microsoft. Além de permitir a instalação por meio de DVDs ou pendrives, essa imagem pode ser usada para aplicar o SO automaticamente no computador.

Para instalar o Win11 usando o ISO no Win10, baixe o arquivo ISO do Win11 do site da Microsoft, salve o arquivo na área de trabalho (apenas para facilitar, pois você pode salvá-lo em outro diretório qualquer, se assim o desejar), clique sobre ele com o botão direito e selecione "Montar". Caso a opção não esteja disponível, selecione "Abrir com" e "Windows Explorer", localize o aplicativo "Setup" dentro da ISO do Win 11, dê duplo clique sobre ele para iniciar a instalação e siga os passos do menu de instalação.

"Simples" assim. Boa sorte.

terça-feira, 22 de junho de 2021

FALTAM DOIS DIAS PARA O ANÚNCIO OFICIAL DO WINDOWS 11 (OU SUN VALLEY)

O DINHEIRO É A ORIGEM E A SOLUÇÃO DE (QUASE) TODOS OS PROBLEMAS

Dias atrás, a Microsoft anunciou que o suporte ao Windows10 será encerrado em 14 de outubro de 2025. De acordo com o site Thurrott, foi a primeira vez que a empresa divulgou uma data para o fim do ciclo de vida do Win10 — note que não se trata do fim do suporte a versões específicas do sistema, mas do sistema como um todo.

Esse é mais um indicativo de que a nova versão do Windows (e não apenas um update de versão do Win10) será apresentada amanhã, e deverá trazer mudanças ostensivas — como a atualização de elementos do sistema que permaneceram com o mesmo visual desde o Win95 —, bem como melhorias na interface de áudio Bluetooth e a adição do Auto HDR. Afora isso, a loja oficial do Windows deve passar a comercializar também aplicativos de terceiros.

Outros indicativos já mencionados são: 1) a sombra produzida pela luz que entra pela janela do logo do sistema, na ilustração que divulga o evento marcado para as 11 horas de amanhã (horário da costa leste dos EUA), não formar uma cruz, já que o corte horizontal não aparece, deixando visíveis somente as duas barras verticais, o que, especula-se, é uma referência ao número 11; 2) o vídeo em que a Microsoft compilou os sons de inicialização do Windows 95, XP e 7 com velocidade reduzida em 4.000% e combinou com paisagens de nuvens em um vale ensolarado durar exatos 11 minutos.

No último dia 10, a Microsoft confirmou publicamente que seu novo rebento será batizado de Windows Sun Valley, e não de Windows 11. A informação foi publicada pelo site Windows Latest, com base numa página de suporte que empresa editou remover especificamente o “Windows Sun Valley” (no código original, que fica hospedado no GitHub, a referência ainda está presente, como se pode ver na parte inferior da figura que ilustra esta postagem). O texto sugere que Windows10 e Sun Valley podem coexistir por algum tempo, inclusive em suporte, oferecimento de manutenção e dicas de desenvolvimento. Ainda assim, “Sun Valley” pode ser apenas o codinome utilizado internamente pela companhia, ou mesmo uma pista falsa para disfarçar o nome verdadeiro da novidade.

Segundo o site The Verge, o Windows11 (ou seja lá qual for o nome que ele terá) deve incorporar elementos desenvolvidos para o recém-cancelado Windows 10X, entre os quais destacam-se a Barra de Tarefas centralizada, com menos ícones. O novo menu Iniciar terá o logo do Windows renovado e perderá os blocos dinâmicos (live tiles) herdados do desditoso Win8. No topo, ficarão os aplicativos fixados, um botão para visualizar todos os apps e uma área de recomendados. As opções de energia (desligar, reiniciar e suspender) foram “escondidas” em um botão no canto inferior direito da janela. Outros elementos que compartilham esse espaço ganharam um visual minimalista e com grande distinção de cores e o Explorador de Arquivos, uma aparência mais “enxuta”. O campo de pesquisas será substituído por um botão, que abre uma interface com opções de busca.

Também chamam a atenção os cantos arredondados nas janelas e menus — coisa que a Microsoft nunca usou em versões anteriores do sistema — e o retorno dos “widgets”, ora agrupados num painel móvel à esquerda da tela. Fala-se também que haverá um novo “som de inicialização” (a célebre musiquinha que tocava durante a inicialização das versões antigas do sistema).

Cantos de todo o sistema foram arredondados, especialmente do menu de contexto (invocado pelo botão direito do mouse) sobre itens da nova versão. Entretanto, as janelas preservam seu formato original, e o menu Configurações pouco difere do que existe no Win10. Já o Painel de Controle tradicional — aquele que a Microsoft vinha prometendo substituir por uma solução mais moderna — existe em sua totalidade, segundo os vazamentos mais recentes. Recursos básicos, como Prompt de ComandoGerenciador de dispositivosGerenciador de Tarefas e Editor do Registro foram preservados e mantidos no formato com que estamos acostumados.

Em julho de 2015, quando o Win10 foi lançado, a Microsoft ofereceu o upgrade gratuito para usuários do Seven, 8 e 8.1, e anunciou que aquela seria a edição definitiva do Windows. Nos últimos meses, porém, mudanças visuais nas builds distribuídas para participantes do programa Insider, o fim prematuro do Windows 10X (cujos avanços seriam diluídos em outros produtos da marca), as declarações de executivos e pistas em materiais promocionais levam a crer que a empresa de Redmond mudou de ideia.

A estratégia de distribuição do Win11/Sun Valley não deve fugir ao modelo adotado quando do lançamento do Win10, já que a estratégia de marketing proporcionou bons frutos: no início deste ano, o Ten já contabilizava  1,3 bilhão de instalações. Como diz a velha máxima do futebol, “não se mexe em time que está ganhando”, donde se conclui-se que o sistema continuará a ser comercializado como serviço e recebendo atualizações por anos a fio, sem custo adicional para os usuários.

Como vem acontecendo há décadas, notebooks e desktops de grife trarão o novo SO instalado de fábrica, e a migração do Win10 para seu sucessor será distribuída pelo Windows Update. Já a instalação “do zero” numa máquina comprada sem sistema operacional deverá exigir a chave de licença (Product Key), que, a exemplo do que ocorre atualmente, poderá ser comprada da Microsoft ou de revenderes autorizados.

Enfim, falta pouco para a gente conferir o que vem por aí.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

DE VOLTA AO WINDOWS 11 (CONTINUAÇÃO)

MAIS VALE NÃO PROMETER DO QUE PROMETER E FALTAR.

Complementando o que vimos no post anterior, a Microsoft rebaixou o patamar de exigências para a instalação do Windows 11, ampliando, assim, a gama de computadores "elegíveis" e, consequentemente, o número de usuários do Windows 10 que poderão migrar gratuitamente para a nova versão.

A boa notícia é que não será mais necessário ter um processador compatível para rodar o novo sistema. A má notícia é que, nesse caso, a instalação deverá ser feita do zero, via imagem ISO (atualmente já disponível para download pelo Windows Insider). Em outras palavras, o caminho para migração via Windows Update só estará disponível para os computadores que passarem no teste de compatibilidade.

Uma das formas de verificar a compatibilidade será pelo antigo app Verificação de Integridade do PC, que volta hoje retrabalhado para testadores do Windows Insider. Resta saber quando ele estará disponível também para os "mortais comuns".

Depois de lembrar que a pressa é inimiga da perfeição e que os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito, aviso aos navegantes que a Microsoft anunciou (no último dia 31) que o Windows 11 será lançado oficialmente no dia 5 de outubro

A partir dessa data, computadores novos poderão ser embarcados pelo novo sistema operacional máquinas elegíveis que rodem o Win10 poderão fazer o upgrade gratuito.

Todas as novidades encontradas nas prévias do Win11 até agora — tais como interface, aplicativos nativos atualizados, Microsoft Teams retrabalhado, widgets e outros que tais — serão incluídas nessa primeira versão estável. A nova loja de aplicativos também faz parte do pacote e finalmente permitirá que o grande público confira se a proposta de ser um lar para todos os programas será cumprida.

Segundo a empresa, apps para Android e a Amazon Appstore não estarão disponíveis por enquanto — os membros do programa Windows Insider receberão a novidade primeiro, a partir das futuras prévias do sistema. As inovações para gamers estarão presentes no lançamento do Win11. O aplicativo do Xbox — com o catálogo do Xbox Game Pass, o DirectX 12 Ultimate, o DirectStorage e o Auto HDR — é outra novidade do conjunto. As ferramentas focadas em acessibilidade, antecipadas pela companhia em junho, também embarcarão no lançamento de outubro.

A atualização será distribuída gradativamente. Ainda segundo a Microsoft, os computadores compatíveis que receberam a compilação emitirão um alerta quando o pacote estiver pronto para download e instalação. A companhia pretende liberar o update para todos os PCs elegíveis até a metade de 2022.

Volto a lembrar que, por enquanto, a única forma de experimentar o Win11 oficialmente é participar do Windows Insider.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

DUAS PELO PREÇO DE UMA

QUEM AVISA AMIGO É.

Em meados de 2015, quando todo mundo achava que o sucessor do Windows 8/8.1 seria o Windows 9, a Microsoft lançou o Windows 10. Segundo a companhia, foi preciso “pular” o número 9 para evitar conflitos de compatibilidade, já que os desenvolvedores parceiros usavam a expressão “Windows 9” para diferenciar as versões 9.x/ME das que foram lançadas de 2001 em diante (WinXP e subsequentes). Coincidentemente, esse “detalhe” acabou com a farra dos cibercriminosos, que vinham oferecendo o “download gratuito do Windows 9” como com isca para induzir os incautos a clicar em links maliciosos.

Ao “promover” o Win10 a serviço (como já havia feito com a suíte MS Office), a Microsoft estabeleceu como política de atualização o lançamento de updates de conteúdo com periodicidade semestral — mas o primeiro só foi liberado em agosto do ano seguinte, quando o Win10 “soprou sua primeira velinha”, daí ele ser batizado de Windows 10 Anniversary Update.

ObservaçãoMicrosoft usa a palavra “build” (construção) para designar as atualizações mensais de qualidade que corrigem bugs, falhas críticas e brechas de segurança (elas ficaram conhecidas como “Patch Tuesday” porque são liberadas sempre na segunda terça-feira do mês). No âmbito do software, o termo “build” designa uma versão compilada de um programa, nada tendo a ver, portanto, com a versão do sistema. Por alguma razão, os usuários passaram a chamar de builds os updates semestrais de conteúdo (estes, sim, instalam as novas versões).

Especula-se que o lançamento do Windows 11 será anunciado no evento previsto para as 11h do próximo dia 24 (horário local do leste dos EUA). Até recentemente, imaginava-se que a versão 21H1 (Sun Valley), esperada para outubro deste ano, trouxesse uma porção de novidades (de cantos arredondados nas janelas dos programas a um menu Iniciar com partes flutuantes, passando por animações e ícones remodelados). 

Observação: Satya Nadella, CEO da Microsoft, disse tratar-se de “um dos updates mais significativos da última década”, e Yusuf Mehdi, executivo da big tech, que “nunca esteve tão empolgado com uma nova versão do sistema desde o Win95”. 

Como dito, a Microsoft não confirmou o lançamento do Win11, mas tampouco desmentiu os boatos. E botou mais lenha na fogueira vazando uma teaser  (que você pode ver na porção direita da figura que ilustra esta postagem) onde a sombra da janela não exibe a linha horizontal, formando duas colunas lado a lado que (para quem tem imaginação fértil) se assemelham ao número 11.

Mas há fundamento nos boatos. Quando mais não seja porque o Win10 completa seis anos em 29 de julho, o  que reforça a possibilidade de o Sun Valley ser, mais que uma atualização de versão, um sistema totalmente remodelado, o que justificaria a troca de nome para Win11, embora não se descarte a possibilidade de se chamar simplesmente Windows, sem qualquer número, e de os novos aprimoramentos serem implementados aos poucos, conforme, aliás, vem sendo feito já há algum tempo. 

Fato é que a Microsoft suspendeu o lançamento de novas builds pelo Dev Channel aos participantes do Windows Insider até a data da efeméride, talvez para realizar testes com o sistema que fornece atualizações e evitar que imprevistos aconteçam justamente na “hora H do dia D”. 

A quem interessar possa, o evento pode ser acompanhado ao vivo através deste link, lembrando que 11h00, pelo horário da costa leste dos EUA, corresponde a 12h00 no horário de Brasília.

A segunda parte desta postagem (para justificar o título) remete ao Voilà AI Artistque transforma selfies em desenhos tridimensionais e virou febre nas redes sociais. Segundo a empesa de cibersegurança Kaspersky, esse aplicativo pode comprometer a privacidade dos usuários, já que todas as fotos enviadas se tornam propriedade do desenvolvedor.

O fato de o programa dispor de um sistema de anúncios próprio sugere que a venda do material coletado não é a solução utilizada pelo desenvolvedor para monetização, mas quem utiliza esse tipo de software deve pôr as barbichas de molho: mesmo que o fabricante não utilize o material para ganho próprio, não está afastada a possibilidade de cibercriminosos invadirem seu banco de dados, e aí está feita a m***a, especialmente quando sistemas como o Internet Banking apostam cada vez mais em tecnologias de reconhecimento facial

ObservaçãoVoilà AI Artist funciona de maneira muito simples e utiliza recursos de inteligência artificial para transformar selfies em desenhos. Você precisa apenas escolher qual estilo de arte vai utilizar e enviar uma foto de sua galeria — ou mesmo tirar uma foto na câmera pelo próprio aplicativo — para obter o resultado em três versões. Aí é só salvar a arte na galeria do smartphone ou compartilhá-la nas redes sociais.

Como dizia meu avô, “quem avisa amigo é”.

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

DE VOLTA AO WINDOWS 11

A DISCÓRDIA ALMOÇA COM A ABUNDÂNCIA, JANTA COM A POBREZA, CEIA COM A MISÉRIA E DORME COM A MORTE.

Eu pretendia concluir hoje a sequência sobre o root no Android, mas o problema é que faz mais de 5 anos que rooteei um celular LG (depois que descobri que ele não seria atualizado para a versão Lollipop), de modo que o tutorial que produzi naquela época está desatualizado e o programinha que utilizei no processo foi descontinuado. Considerando que muita água rolou desde então, conto com a compreensão de todos e prometo retomar o assunto daqui a alguns dias.

Dito isso, relembro que o lançamento oficial do Windows 11 ainda não aconteceu, embora a Microsoft tenha revelado detalhes sobre a nova versão de seu festejado sistema na live realizada no finalzinho de junho. Volto ao assunto porque a ciberbandidagem vem se aproveitando da curiosidade dos mais afoitos para disseminar malwares (como eu costumo dizer, os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito).

Oficialmente, o Win11 estará disponível para o público em geral no início do ano que vem, mas é possível instalar uma compilação de pré-lançamento, inclusive em computadores que não contam com o famigerado TPM 2.0 (mais detalhes nesta postagem).

Convém ter em mente que a Microsoft simplificou o processo de download e instalação da versão de teste partir de seu site oficial, de modo que não há razão para correr riscos recorrendo a outras fontes, dadas as chances de o download incluir “recursos” maliciosos ou mesmo instalar não o Win11, mas sim uma coleção de softwares mal-intencionados.

Um executável de nome 86307_windows 11 build 21996.1 x64 + activator.exe é um bom exemplo, até porque seu volume (1,75 GB) não desperta desconfiança. Só que maior parte desse espaço é ocupado por um arquivo DLL recheado de informações inúteis, e basta o incauto abrir o executável para disparar um instalador que finge ser o assistente de instalação do Windows para baixar um software malicioso.

Outro executável — que também é um instalador e vem acompanhado do EULA (contrato de licença que praticamente ninguém se dá ao trabalho de ler) — é identificando como "gerenciador de download para 86307_windows 11 build 21996.1 x64 + ativador". Quem ler o contrato vai reparar que a instalação inclui softwares patrocinados, mas isso serve apenas para parecer mais confiável aos olhos da vítima, já que basta aceitar o contrato para uma penca de programas maliciosos ser descarregada no computador.

A curiosidade em relação ao Win11 é natural, mas eu não sei até que ponto essa ansiedade se justifica. Primeiro, porque as "novidades" são, em sua maioria, meramente estéticas, visuais; segundo, porque a Microsoft continuará dando suporte ao Win10 (ou seja, fornecendo atualizações de segurança e implementando aprimoramentos) até outubro de 2025.

Por essas e outras, se você quiser realmente antecipar sua experiência com o Win11, faça-o da maneira correta:

1) Registre-se no Windows Insider

2) No seu PC com Windows 10, clique em Iniciar > ConfiguraçõesAtualização e segurançaPrograma Windows Insider e ative o Canal Dev para obter a atualização.

Nem é preciso dizer — mas vou dizer mesmo assim — que você não deve instalar a build na sua máquina (a menos que o faça em dual-boot) a menos que disponha outro computador que possa usar caso alguma coisa não saia como deveria. Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Boa sorte.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

SOBRE A APOSENTADORIA COMPULSÓRIA DO WINDOWS 10

A INCERTEZA QUE ESVOAÇA DESGRAÇA MAIS QUE A PRÓPRIA DESGRAÇA.

O Windows 11, lançado oficialmente na última terça-feira, terá seu modelo de manutenção ajustado — uma atualização de recurso anual, com 36 meses de suporte, substituirá o antigo Windows 10 como o repositório do novo. O Win10, por seu turno, que foi originalmente apresentado como uma ruptura revolucionária com o passado na forma de manutenção, pode encerrar sua carreira, em outubro de 2025, com "a cara" do Windows 7.

Quando anunciou a nova versão de seu festejado sistema, em junho, a Microsoft fez questão de dizer aos clientes que lançará uma atualização de recursos do Windows 1021H2 — em paralelo com a distribuição dos arquivos de upgrade para o Win11.

O Windows 10 21H2 não deve ser pródigo em novos recursos e funcionalidades. Aliás, a Microsoft não deu detalhes sobre como oferecerá suporte a essa versão ao longo dos próximos quatro anos. Ela limitará as atualizações às correções mensais de segurança? Algum novo recurso aparecerá em atualizações futuras após 21H2? "The answer, my friend, is blowing in the wind".

Mas o fato é que a empresa de Redmond terá que fazer algo, porque o suporte restante garantido aos clientes se estende além do suporte fornecido por quaisquer atualizações lançadas ou anunciadas. O Windows 10 21H2 Enterprise deverá ser aposentado em maio de 2024, ao passo que as edições 21H2 Home e 21H2 Pro terão suporte até maio de 2023 — o déficit de 18 meses (Enterprise) ou 30 meses (Home & Pro) terão que ser compensados de alguma forma, e a Microsoft pode fazer isso com alguns toques no teclado: se ela não quiser lançar atualizações de recursos após o 21H2, tudo que precisa fazer é mover os prazos de suporte dos vários SKUs para outubro de 2025.

Nada impede a Microsoft de continuar atualizando o Win10, mesmo que essas atualizações não sejam exatamente pródigas em novas funcionalidades ou recursos. Mas isso iria contra "a natureza" da empresa. Quando lançou um novo Internet Explorer, por exemplo, ela continuou a corrigir as versões anteriores, mas deixou de lhe acrescer novos recurso, de maneira a "induzir" os usuários a migrar para a versão mais recente. E o mesmo deverá acontecer com o Windows 10.

O anúncio do Win11 foi uma sentença de morte para seu antecessor — ou a aposentadoria compulsória da edição lançada em 2015 como a "versão definitiva" do sistema operacional mais popular do planeta. A partir de agora, qualquer esforço de desenvolvimento focará o Win11. Nos próximos quatro anos, o Ten receberá atualizações de segurança na segunda terça-feira de cada mês (Patch Tuesday), mas dificilmente receberá novos recursos ou funcionalidades.

Esse é exatamente o modelo adotado para o Windows 7 desde sua aposentadoria, em 2009, até o início de 2020. Ironicamente, será nos próximos anos que o comportamento de serviço do Windows 10 se tornará o que alguns usuários comerciais exigiam antes mesmo do lançamento do sistema operacional, seis anos atrás. A Microsoft deu a eles o que eles queriam na forma da edição LTSB (Long-term Servicing Branch), posteriormente alterada para LTSC, com o canal substituindo o Branch. Alguns anos depois, a Microsoft arrebatou o LSTB/LTSC dos clientes, principalmente.

Com o lançamento do Win11, a Microsoft cedeu às pressões comerciais, reduzindo os lançamentos de atualização de recursos para um por ano e estendendo o suporte Enterprise/Education para 36 meses. Para quem estiver insatisfeitos com a maneira como a manutenção do Windows funcionou, o jeito será manter o Windows 10 e sua nova manutenção no estilo Seven até o final de 2025 — ou até 2028, caso a Microsoft lhe ofereça suporte estendido.

Resta saber quando virá o Windows 12 e como será sua política de atualizações. 

Quem viver verá. 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

SEM TPM

NÃO HÁ MAL EM MUDAR DE OPINIÃO, DESDE QUE SEJA PARA MELHOR.

 

Dentre as restrições que a Microsoft impôs à instalação do Windows 11 em máquinas antigas, o chip TPM 2.0 era um requisito "inegociável". Como 60% dos PCs mundo afora ainda rodam o Win 10  que deixará de ser suportado em outubro próximo —, a empresa incluiu em seu site informações detalhadas sobre como burlar essa exigência e fazer o upgrade, bem como o passo a passo para revertê-lo em caso de incompatibilidade. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Quando se ouve Lula e seus ministros falarem sobre o que se pretende fazer em Brasília para baixar o preço dos alimentos vem à mente o personagem Rolando Lero, que, quando não sabia a resposta à pergunta, enrolava o professor Raimundo com uma fieira de frases vazias. Está assim o governo desde que se deu conta do efeito nefasto da inflação no humor das pessoas. Nem se pode dizer que o Planalto dormiu no ponto, mas, ao dizer que "ainda é cedo" para a população fazer uma avaliação justa de sua (indi)gestão, Lula sugere apenas um leve despertar. A crise do Pix provocou uma perda expressiva de apoio no Nordeste, mas não foi suficiente para um alinhamento de posições. As autoridades dizem cada qual uma coisa diferente para "explicar" como vai se dar a solução e, ao final da explanação, ficamos na mesma sobre o rumo a ser seguido. O macróbio só foi assertivo ao se negar a adotar uma política mais austera nas contas a fim de assegurar a estabilidade econômica, dando de ombros para o risco inflacionário das escolhas equivocadas. Gilberto Kassab, que não é de desperdiçar palavras, foi ao ponto: "governo sem ministro da Fazenda forte é governo fraco; nas condições de hoje, Lula perderia a eleição — o que, dependendo de quem o derrotasse, seria um refrigério para o Brasil. Enfim, sonhar ainda é de graça.

 

Com o lançamento da atualização 24H2 do Win 11, a Gigante do Software suprimiu "sigilosamente" a ferramenta que criava a chave de Registro destinada a contornar a exigência do chip TMP 2.O, permitindo a instalação do sistema em máquinas mais antigas. Até então, quando o assistente de instalação exibia a tela de incompatibilidade com o Windows 11, podia-se abrir o prompt de comando com o atalho Shift + F10, digitar regedit.exe, localizar a chave  HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\Setup\MoSetup e criar uma DWORD com o nome AllowUpgradesWithUnsupportedTPMOrCPU, modificar o tipo para REG_DWORD e configurar o valor para 1.

 

Quem dormiu no ponto terá de recorrer a um método "não oficial" para instalar o Win 11 em PCs não compatíveis — ou seja, sem chip TPM 2.0 —, ou pagar US$ 30 por um ano adicional de atualizações de segurança para o Win 10 (lembrando que novos recursos, correções de bugs e suporte técnico não fazem parte do pacote), caso não possa (ou não queira) adquirir um computador novo, com a versão atual do sistema pré-instalada pelo fabricante. 
 
Vale lembrar que o Windows 12 (ou seja lá qual for o nome dele) já está no forna do empresa de Redmond, e também fará essa exigência (ou exigirá uma versão aprimorada do chip TPM).

terça-feira, 5 de abril de 2022

WINDOWS 11 — VALE A PENA MIGRAR? (PARTE 5)

NÃO HÁ MOCINHOS NA POLÍTICA, SOMENTE BANDIDOS.


O lançamento do Windows 11 virou uma minissérie que pode ganhar novas temporadas. Tudo começou em 2015, quando o Windows 10 foi promovido a serviço e lançado como “a versão definitiva” do festejado sistema operacional da Microsoft. Agora, já há rumores de que novas versões (12, 13, 14) estariam nos planos da empresa.


Devido a uma enxurrada de protestos, o Win11 vem recuperando aos poucos alguns recursos e funções que estavam presentes na versão anterior e foram suprimidos na atual. Outra reclamação dos usuários foi a restrição excessiva feita a computadores antigos — com o nítido propósito de fomentar a venda de aparelhos novos, com o novo sistema pré-instalado de fábrica. A chiadeira levou a Microsoft a permitir a instalação do Win11 em máquinas “não elegíveis”, mas é bom lembrar que nesse caso o sistema não receberá as atualizações automáticas.


De acordo com o Windows Latest, a empresa vem testando uma marca d’água no Insider Preview Build 22557, com a informação “requisitos do sistema não atendidos”. A meu ver, considerando a via-crucis que os interessados percorrem para atualizar o sistema em máquinas “não compatíveis”, essa "informação" não qualquer tem efeito prático. Demais disso, fala-se na possibilidade de atualizações/correções críticas e de segurança serem estendidas também a esse público-alvo, já que não os contemplar seria deixá-los desprotegidos contra pragas digitais e mais vulnerável a invasões. 


Como eu disse alhures, o Win11 ficou mais bonito do que seu antecessor, mas isso não significa que seja superior a ponto de tornar o upgrade indispensável. Não até outubro de 2025, quando o Win10 deixará de ser suportado pela Microsoft (a partir daí a atualização deixará de ser uma simples questão de preferência pessoal e passará a ser uma medida de segurança). 


Muita gente parece não atentar para o seguinte pormenor: o ciclo de vida do XP foi encerrado em 2014 e o do Seven, em 2020, e ambas as versões continuam sendo usadas. Ainda assim, a obsolescência programada deve cumprir seu papel, e é bom lembrar que dentro em breve a bola da vez pode ser o Win12 (ou 13, ou 14...).


Continua...

quarta-feira, 30 de abril de 2025

WINDOWS 10 — UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

OS POLÍTICOS SÃO A MENTIRA LEGITIMADA PELA VOTO POPULAR.

Quatro meses depois de anunciar o lançamento do Windows 11 e informar que o Windows 10 deixaria de receber suporte em 14 de outubro de 2025, a Microsoft começou a distribuir o upgrade para a versão pronta e acabada do novo sistema para usuários que rodassem o Ten em máquinas "elegíveis" ou que se dispusessem a comprar um computador novo, que viria com o Win11 pré-instalado ou poderia ser atualizado via Windows Update pelo próprio usuário.

Naquela ocasião, a empresa estimava que todos os aparelhos compatíveis estariam rodando o Win11 em meados de 2022, mas faltou combinar com os russos: o Win10 velho de guerra continua firme e forte, com 68% da preferência dos usuários, enquanto seu sucessor contabiliza 27%, e as versões 8.1, 7, Vista e XP somam 4,5%.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Em 2015, a PGR denunciou Fernando Collor por surrupiar R$ 20 bilhões da BR Distribuidora. Em 2023, o STF o condenou a 8 anos e 10 meses de prisão, mas seus advogados conseguiram procrastinar o cumprimento da pena até a semana passada. 

Nesse entretempo, Gilmar Mendes (atual decano da Corte e verdadeira herança maldita de FHC) votou pela absolvição e, vencido, tentou reduzir a pena à metade. Exausto das manobras protelatórias da defesa, Alexandre de Moraes, relator da encrenca, determinou a prisão imediata do Rei Sol, que, a pedido, foi envidado para uma “hospedaria especial” em Maceió. 

Moraes submeteu seu despacho ao plenário, Gilmar esboçou um pedido de destaque, mas recuou. O placar chegou a 6 a 0 pela prisão, mas o "terrivelmente evangélico" André Mendonça divergiu e foi seguido por Gilmar, Fux e o ministro-tubaína Nunes Marques. Zanin, como costuma fazer em processos da Lava-Jato, se absteve de votar. A defesa apresentou um pedido de prisão domiciliar, que ora se encontra pendente de manifestação da PGR.

Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura — e o primeiro a ser penabundado do cargo por impeachment. Sua trajetória errática e politicamente camaleônica incluiu alianças com Bolsonaro e com o PT. Em 2014, pediu votos para Dilma e até usou um trecho elogioso de Gleisi Hoffmann em sua propaganda. Em 2022, perdeu a disputa pelo governo de Alagoas com pífios 14% dos votos. Após sua prisão, o PRD o expulsou, seus aliados silenciaram e os líderes da legenda o descreveram como "distante da cúpula e irrelevante nas decisões". 

Sua prisão tardia e cercada de privilégios, representa o ocaso de um personagem que simbolizou tanto o colapso precoce da Nova República quanto a persistência das velhas práticas políticas. Já se ele vai realmente cumprir a pena, bem, eu não tenho bola de cristal, mas tampouco tenho memória de galinha. Para quem nao se lembra, em 2018 o TRF-4 aumentou de 8 para 12 anos a pena de Lula no processo do triplex e determinou sua prisão. Em 2019, numa votação apertada (6 votos a 5), o STF mudou seu entendimento sobre a "prisão em segunda instância", e Lula deixou sua cela VIP em Curitiba no dia seguinte, depois de 1 anos e 5 meses gozando da hospitalidade da PF em Curitiba. 

Em 2017, depois de procrastinar sua prisão por 4 décadas, Paulo Maluf — ex-prefeito da capital paulista (1969-1971; 1993-1996), ex-governador de São Paulo (1979-1982), candidato à Presidência em 1995 e 1989, ex-secretário dos Transportes, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, ex-vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, quatro vezes deputado federal, líder de cinco partidos políticos e réu em 70 processos — foi finalmente encarcerado na Papuda. Três meses depois, graças ao bom coração do eminente ministro Dias Toffoli — que foi presenteado por Lula com a suprema toga, mesmo tendo levado bomba duas vezes seguidas em concursos para juiz—, foi enviado para casa por "razões humanitárias" e permaneceu em prisão domiciliar até maio de 2023, quando teve a pena extinta com base no indulto natalino concedido por Bolsonaro.

Na visão de Toffoli, o turco ladrão, então com 87 anos, estava à beira do desencarne; hoje, aos 93, se ele realmente está morrendo, é de rir de quem acredita na justiça desta banânia. 


Em julho de 2015, quando deu à luz o Win10, a Microsoft previu que seu novo rebento ultrapassaria a marca de 1 bilhão de instalações em três anos. Apesar do upgrade gratuito, essa meta só foi alcançada em janeiro de 2020, quando faltavam menos de 2 anos para o lançamento oficial do Win11, que é mais exigente, em termos de hardware, e bem menos simpático que seu antecessor aos olhos dos usuários. 

Faltando menos de seis meses para o Win10 deixar de receber suporte e atualizações de segurança da Microsoft, manter o sistema em uso após o prazo final aumentará significativamente o risco de ser vítima de pragas digitais, cibercriminosos e assemelhados. 

No ambiente corporativo, máquinas desatualizadas podem facilitar ataques de ransomware, sequestro de dados, sabotagens e outros incidentes graves. E a solução vai além da simples compra de novas licenças ou realização de upgrades: é preciso avaliar a compatibilidade de hardware, a maturidade dos aplicativos que rodarão no novo sistema, as políticas de segurança e criptografia (como a exigência do TPM 2.0, por exemplo) e, principalmente, o treinamento e adaptação das equipes que usarão diariamente essas máquinas.

Sensível ao fato de que cerca de 240 milhões de computadores podem se tornar lixo eletrônico devido à incompatibilidade com o Win11, a Microsoft criou programas de suporte estendido. Mas eles custam dinheiro e são meros paliativos, já que não eliminam a necessidade da mudança sem a qual o aumento da insegurança pode minar a competitividade das empresas.

No âmbito doméstico, a solução é mais simples: quem tem um PC compatível e não migrou pode fazer o upgrade, e quem tem máquinas incompatíveis pode "forçar" a instalação do novo sistema ou migrar para o Linux, por exemplo — distribuições como o Ubuntu oferecem uma interface semelhante à do Windows, tornando o "reaprendizado" uma questão de dias ou semanas. O macOS é imbatível, mas só roda no hardware fabricado pela própria Apple, o que encarece a mudança (embora ela valha cada centavo).

Uma alternativa que a própria Microsoft oferece, ainda que discretamente, consiste em adotar uma versão do Win10 Enterprise, como a LTSC 2021, que é baseada na versão 21H2 do Windows 10 e deve receber suporte até janeiro de 2027. A IoT Enterprise LTSC 2021, também baseada na versão 21H2, se parece e funciona como o clássico sistema para desktop, embora existam diferenças pontuais em relação às edições Home ou Professional — nas versões LTSC, o usuário permanece com a versão básica (21H2, build 19044), recebendo apenas patches de segurança e estabilidade. No entanto, como não haverá novas versões importantes após a 22H2, isso não chega a ser um grande inconveniente.

Chaves de produto do Windows 10 Home ou Professional não funcionam para ativar uma edição Enterprise LTSCA adoção deve ser feita mediante um contrato de licença por volume (VLAs) para menos 5 estações de trabalho, mas é possível negociar licenças individuais com alguns revendedores. Embora existam fontes não oficiais e ferramentas de ativação circulando na Internet, seu uso viola os termos de licenciamento da Microsoft.

Migrar para uma versão Enterprise LTSC significa abrir mão da Microsoft Store, da Cortana, do OneDrive e de aplicativos pré-instalados como Weather, Mail ou Contacts. Mas o Windows Defender, o navegador Edge e acessórios clássicos, como o Bloco de Notas e o WordPad, continuam presentes. O processo de instalação é semelhante ao convencional. O sistema tenta se conectar a uma conta corporativa, mas também oferece a opção de criar uma conta local tradicional. 

A versão IoT usa o inglês americano como idioma padrão, enquanto a Enterprise LTSC oferece mais opções linguísticas. Mas ambas são soluções legítimas para quem deseja manter o Windows 10 em seu hardware atual por até sete anos após 14 de outubro.