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sexta-feira, 20 de junho de 2025

MITOS SOBRE CELULARES, BATERIAS E RECARGAS

O FRACO TEME A MORTE, O IGNORANTE CLAMA POR ELA, O VALENTE A PROCURA E O SENSATO A ESPERA.

Os celulares surgiram como telefones sem fio de longo alcance, mas o lançamento do iPhone, em 2007, os promoveu a microcomputadores ultraportáteis — lembrando que, onze anos antes, a Nokia lançou o 9000 Communicator, que já permitia acesso à internet, desde que o usuário estivesse na Finlândia.

Os dumbphones passavam dias longe da tomada porque seu uso se restringia basicamente a chamadas de voz e mensagens de texto. Já os smartphones rodam sistemas complexos e executam uma ampla variedade de aplicativos, muitos dos quais permanecem ativos em segundo plano, razão pela qual seu consumo energético é muito maior e a autonomia, muito menor.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


As coisas não vão bem para Lula. Segundo o Datafolha, seu governo só é aprovado por apenas 28% dos entrevistados. A chance de um presidente se reeleger com esse nível de avaliação é muito baixa — mas dos petistas pode-se esperar qualquer coisa, até fazer o diabo para ganhar uma eleição. Quem não se lembra do dossiê falso contra José Serra, em 2006, ou das promessas impossíveis na campanha de 2022, como a elevação do Bolsa Família para R$ 600 mais R$ 150 para cada criança de até 6 anos, mesmo sabendo que isso não caberia no Orçamento? 

O fato é que o demiurgo de Garanhuns já não engana ninguém, sobretudo quando diz que Deus deixou o Nordeste sem água porque sabia que ele, Lula, seria presidente. Alguém em sã consciência acredita que um governo com a aprovação em queda livre tomará medidas impopulares, como promover cortes nos benefícios sociais para equilibrar as contas públicas? É mais fácil galinha criar dentes. 

Apesar da baixa escolaridade, Lula se passa por um estadista empertigado, conhecedor de todas as asperezas que impedem as nações do mundo de deslizarem em patins sobre a pista de gelo da fraternidade universal. Jacta-se de ser um sujeito de sorte — e não sem razão: o menino subnutrido, que veio de pau de arara desde o agreste pernambucano em busca de uma vida melhor, transformou-se em um nobre nascido num castelo medieval da Áustria. Sua terceira passagem pela presidência é algo inusitado: as férias compulsórias que ele gozava numa cela VIP da PF do Paraná foram interrompidas por uma insólita do STF. Lula foi praticamente intimado a ser novamente candidato à Presidência, e nem precisou se esforçar em campanha: o circo já estava montado para a sua vitória apertada (menos de 2% de vantagem sobre o adversário). 

Apesar dos garranchos verbais com que se expressa, Lula tem o dom da palavra fácil e a capacidade de um papagaio adestrado para decorar textos. Adora fazer turismo internacional sob o pretexto de tratar de assuntos diplomáticos e econômicos do país — e quem voa com ele voa tranquilo, pois seu avião parece ser imune a panes.

Lula diz ser um homem do povo e para o povo, mas está cagando e andando para o destino do País. O Orçamento da União não é da conta dele. Interessam-lhe projetos assistencialistas eminentemente eleitoreiros, como Minha Casa, Minha Vida e salário de R$ 500 para os desempregados, entre outras promessas descabidas. 

Como se nao bastasse a avalanche de necessitados no Brasil, Lula perambula pelos sete continentes, prometendo assistência aos depauperados. Sua bandeira de pregação é: onde existir um pobre no mundo, estarei junto para ajudar. Pelo bem do Brasil, torçamos para que não aconteça outro Lula.

Na Argentina, o fim de uma impostura poderia ser também o fim de uma impostora. Qualquer semelhança com nossa republiqueta de bananas não é mera coincidência. Resta saber se, por lá, não vão dar um jeitinho — tal como fazem aqui. No que me diz respeito, Cristina Kirshner já vai tarde.


Entende-se por autonomia o tempo durante o qual um dispositivo funciona sem precisar de recarga, e varia conforme a amperagem — expressa em miliampere/hora (mAh) —, o consumo energético do aparelho e o perfil do usuário. Quanto maior a amperagem, maior a autonomia — uma bateria que opera a 12 V e fornece 2 A tem uma potência instantânea de 24 W.

 

Observação: A voltagem é a "força" da corrente elétrica, e a amperagem (ou corrente), a "quantidade de eletricidade" que flui entre a bateria e o dispositivo. Para descobrir a potência do carregador, basta multiplicar um valor pelo outro. 

 

A boa notícia é que as baterias modernas (de íons ou polímeros de lítio) recarregam mais rapidamente que as antigas (de níquel-cádmio), e como não estão sujeitas ao "efeito memória", não precisam ser esgotadas totalmente antes de cada recarga. A má notícia é que mesmo uma bateria de 6.000 mAh não desobriga os heavy users de fazer um pit stop entre as recargas completas. 

 

Enquanto investem em tecnologias inovadoras — como a minibateria nuclear, que promete durar décadas, ou até milênios —, os fabricantes recorrem a paliativos, como o carregador rápido de 240 W da Realme, que promete recarga total de aparelhos compatíveis em menos de 10 minutos. Isso não deixa de ser impressionante, mas está longe de resolver o problema da autonomia. Até lá, podemos ganhar mais algumas horas longe da tomada reduzindo o brilho da tela; ativando o modo economia de energia; desativando notificações desnecessárias; encerrando aplicativos em segundo plano; desligando o Wi-Fi, o Bluetooth e a localização quando eles não forem necessários; e ajustando o tempo de bloqueio da tela para 30 segundos.

 

Embora não seja totalmente correto dizer que a memória da Internet é "permanente", uma rápida busca no Google sobre cuidados com baterias mostra que muitas recomendações vêm da era dos dumbphones — e aplicá-los aos smartphones pode comprometer a vida útil do componente. Pensando nisso, resolvi publicar algumas dicas:

 

— Carregadores e cabinhos "xing-ling" custam barato, mas fornecem voltagem inconsistente e podem danificar a interface de carregamento e/ou abreviar a vida útil da bateria. Prefira sempre os modelos originais ou de marcas homologadas pelo fabricante do seu aparelho, que operam de forma "inteligente", prevenindo superaquecimento e outros danos que os carregadores rápidos genéricos podem causar à bateria.  

 

— Muitos cabos USB se conectam fisicamente a vários dispositivos, mas isso não garante o fornecimento seguro de energia. Carregadores diferentes produzem níveis variados de energia, o que pode exceder o limite suportado por alguns dispositivos e causar avarias irreversíveis. 

 

— Segundo os especialistas, iniciar a recarga quando o indicador marcar 20% e interrompê-la aos 80% ajuda a preservar a vida útil das baterias. Embora os aparelhos sejam desligados automaticamente quando o nível de carga atinge algo entre 3% e 1%, é recomendável não deixá-los chegar a esse ponto — lembrando que, mesmo quando o indicador marca 0%, ainda resta uma pequena reserva de energia que impede a descarga completa.

 

— Usar a porta USB de um PC, notebook, power bank, ou uma tomada 12 V do carro para recarregar o celular não danifica a bateria — mas retarda consideravelmente o processo, razão pela qual essas opções só devem ser usadas na falta de uma tomada comum.

 

— Embora seja possível usar smartphone durante a recarga, recomenda-se ativar o "modo avião" ou mesmo desligar o aparelho (não só para agilizar o processo como para dar um "refresh" ao sistema operacional). Se preferir manter o aparelho ligado, deixe-o em stand-by — atividades exigentes, como jogos, vídeos e aplicativos que exigem muito do processador aumentarão substancialmente o tempo de recarga.

 

— Deixar o telefone carregado durante toda a noite não é recomendável. Embora o sistema interrompa a carga quando a bateria atinge 100%, a prática pode gerar calor desnecessário, especialmente com carregadores de baixa qualidade. Aliás, a maioria dos casos de celulares que pegaram fogo ou explodiram teve como vilão a bateria, o carregador ou o cabo de qualidade inferior, como aqueles vendidos pelos "melhores camelôs do ramo".

 

Por último, mas não menos importante: prevenir acidentes é dever de todos. 

sexta-feira, 28 de março de 2025

A SEGUIR, CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS

A MONARQUIA DEGENERA EM TIRANIA, A ARISTOCRACIA, EM OLIGARQUIA, E A DEMOCRACIA, EM ANARQUIA.

 

A péssima governança do Brasil no período pós-ditadura militar — não que as coisas fossem melhores antes do golpe de 64 — deve-se principalmente ao tipo de gente que o Criador, acusado de nepotismo e protecionismo, escalou para povoar o futuro país do futuro que nunca chega. 


Em Ensaio sobre a cegueira, o Nobel de Literatura José Saramago anotou que "a cegueira é um assunto particular entre as pessoas e os olhos com que nasceram; não há nada que se possa fazer a respeito". E com efeito: algumas pessoas não enxergam o óbvio nem que ele lhes morda a bunda, e outras parecem viver no mundo da Lua. 


No universo paralelo onde vivem Lula, Alckmin e Gleisi, o culpado pela inflação dos alimentos é um ladrão de ovos imaginário, e a solução é a população "não comprar produtos quando desconfiar que eles estão caros". Mais brilhante que essa ideia, só mesmo o Plano Cruzado, que Sarney pôs em marcha em fevereiro de 1986, acreditando que fosse possível zerar a hiperinflação por decreto.


Recém-promovida a ministra-chefe da Secretaria das Relações Institucionais, Gleisi acusou o "mercado especulativo" de conspirar contra o Brasil". Alckmin — que em passado recente comparou a reeleição de Lula à "recondução do criminoso à cena do crime” — assumiu a patética liderança do “cordão dos puxa-sacos" do chefe. Dias atrás, após dizer que luta sindical deu ao Brasil seu maior líder popular, o vice-presidente bradou: "Viva Lula, viva os trabalhadores do Brasil!"


Talvez uma troca de ideias com o Pequeno Príncipe de Saint-Exupéry tenha revelado ao ex-tucano que, para baixar a inflação, bastaria retirar da conta o que está caro. Assim, com um simples estalar de dedos, o dinheiro do trabalhador, que hoje não dá para nada, continuaria não dando para nada. Mas o mais espantoso é que nenhum economista desvairado tenha pensado nisso antes. 


Lula é uma caricatura de si mesmo, uma foto amarelada que permanece pendurada na parede do PT porque ele e o PT são uma coisa só. Tirado da cadeia e reabilitado politicamente para impedir que o verdugo do Planalto de continuasse no comando da Nau dos Insensatos, o "descondenado" conquistou seu terceiro mandato graças a um eleitorado que insiste em fazer a cada dois anos, por ignorância, o que Pandora fez uma única vez por curiosidade. 


Sem plano de governo, política de Estado ou metas para o país, Lula 3 se resume a um punhado de medidas paliativas, populistas e eleitoreiras que visam pavimentar a reeleição que, durante a campanha de 2022, ele prometeu que não iria disputar.

 

Bolsonaro iniciou sua trajetória militar em 1973. Treze anos depois, um artigo publicado pela revista Veja lhe rendeu 15 dias de prisão. No ano seguinte, depois que Veja revelou seu plano de explodir bombas em instalações militares como forma de pressionar o comando por melhores salários e condições, ele e seu comparsa foram condenados por unanimidade, mas o STM os absolveu por 9 votos a 4 (a quem interessar possa, a carreira militar do “mito” é detalhada no livro O Cadete e o Capitão: A Vida de Jair Bolsonaro no Quartel, do jornalista Luiz Maklouf Carvalho).

Depois de deixar a caserna pela porta lateral, Bolsonaro foi eleito vereador e sete vezes deputado federal. Ao longo de sua obscura trajetória política, passou por nove partidos (todos do Centrão) e acabou no PL do ex-mensaleiro e ex-presidiário Valdemar Costa Neto, onde disse “estar se sentindo em casa”. 


Cavalgando o antipetismo e prometendo sepultar a "velha política do toma lá, dá cá", o mix de mau militar e parlamentar medíocre conquistou a Presidência porque a alternativa era o bonifrate do então presidiário mais famoso desta banânia. Mas a emenda saiu pior que o soneto. Para se escudar de mais de 140 pedidos de impeachment — um recorde, considerando que Collor foi alvo de 29; Itamar, de 4, FHC, de 24; Lula, de 37; Dilma, de 68; e Temer, de 31 —, ele implementou o "orçamento secreto", que lhe assegurou a conivência de dois presidentes da Câmara (Rodrigo Maia e Arthur Lira); para se imunizar contra investigações por crimes comuns, entregou o comando da PGR ao antiprocurador Augusto Aras, que manteve sob rédea curta com a promessa (jamais cumprida) de indicá-lo para uma poltrona no STF.


Como a fruta não cai muito longo do pé, os filhos seguiram os passos do pai na política: 01, o devoto das rachadinhas, se elegeu deputado estadual pelo Rio de Janeiro em 2002 e foi reeleito três vezes antes de conquistar uma cadeira de senador; 02, o pitbull da Famiglia, se elegeu vereador pelo Rio de Janeiro em 2020 e continua abrilhantando a Câmara Municipal carioca; 03, o fritador de hambúrguer que quase virou embaixador e hoje conspira contra o STF homiziado na cueca de Donald Trump, se elegeu deputado estadual por São Paulo em 2014 e foi reeleito nos dois pleitos seguintes; 04, o caçula entre dos varões, foi o vereador mais votado em Balneário Camboriú (SC) em 2024.


Vários bolsonaristas de primeira hora que abandonaram o barco — como Alexandre Frota, Joice Hasselmann, Gustavo Bebianno, General Santos Cruz e Sergio Moro — foram prontamente rifados, atacados e tratados como comunistas, antipatriotas e traidores por milhões de convertidos que, acometidos de cegueira mental, rezam pela cartilha do Messias que não miracula e acreditam piamente que "Xandão" persegue injustamente um ex-presidente de vitrine, talvez o melhor mandatário desde Tomé de Souza.

 

Argumentar com esse tipo de gente é tão inútil quanto dar remédio a um defunto, mas o mundo é a melhor escola e a vida, a melhor professora. Que o diga Carla Zambelli, a deputada cassada e recém-promovida a ré pelo STF (por ter sacado uma pistola e perseguido um homem negro pelas ruas de São Paulo às vésperas das eleições de 2022). Mesmo acusada por seu "Bolsodeus" pela perda de mais de 2 milhões de votos em São Paulo, pela derrocada bolsonarista e pela persecução penal em curso contra os golpistas aloprados, ela disse em entrevista à CNN que "enfrentar o julgamento dos inimigos é até suportável, difícil é aguentar o julgamento das pessoas que sempre defendi e continuarei defendendo". 


Como a esperança é a última que morre e falta de amor-próprio é uma questão de foro íntimo, Zambelli aposta que o pedido de vista do ministro bolsonarista Nunes Marques mude os votos de Moraes, Cármen Lúcia, Dino, Zanin e Toffoli, que acompanharam o volto do relator. 


Na última terça-feira, Bolsonaro entrou empertigado no STF e assistiu da primeira fila o início da definição de seu destino. Impossível não traçar um paralelo com Fernando Collor, que, impichado em 1992, deixou o Planalto de nariz empinado rumo ao ostracismo. Por outro lado, para surpresa geral, o "mito" resolveu acompanhar do gabinete do filho senador o prosseguimento da sessão, quando então ele e sete comparsas foram promovidos a réus por 5 votos a 0.


Findo o julgamento, Bolsonaro convocou os repórteres e transformou a entrevista em monólogo, numa reedição dos piores momentos do cercadinho e das lives do Alvorada, com direito à ressurreição do fantasma das urnas fraudadas, defesa do voto impresso e o lero-lero segundo o qual a Justiça Eleitoral "jogou pesado contra ele e a favor do Lula". Disse ainda que se limitou a "discutir hipóteses de dispositivos constitucionais", como a decretação do estado de sítio — o que, em sua visão, não é crime. Mas o voto de Moraes conferiu importância capital a sua manifestação: "Não é normal um presidente que acabou de perder uma eleição se reunir com o comandante do Exército, o comandante da Marinha e ministro da Defesa para tratar de uma minuta de golpe". 


Quanto mais se firma a evidência de uma condenação que acrescente anos de inelegibilidade aos oito aplicados pelo TSE e sabe-se lá quantos de prisão em regime inicialmente fechado, maior é a desenvoltura dos ainda aliados no engajamento da substituição do capetão. No espaço de dois dias, Gilberto Kassab, Ricardo Nunes e André do Prado, três fidelíssimos integrantes do entorno de Tarcísio de Freitas, admitiram concorrer ao Palácio dos Bandeirantes em 2026, caso o governador decida disputar a Presidência.


Em via de desidratação desde o fim do mandato e na bica de ver seus malfeitos esmiuçados ao longo da instrução processual penal, Bolsonaro já não tem o mesmo valor como pontifex maximus da extrema-direita, e valerá ainda menos no final do ano se sua condenação, tida como líquida e certa, realmente se concretizar. E de nada adianta querer repetir a estratégia de Lula em 2018, até porque, solto ou preso, ele não tem o mesmo capital político do ex-presidiário, não domina sozinho o campo da direita emergente e tampouco conta com a contrapartida da lealdade, na medida em que jogava os seus ao mar sempre que pressentia a aproximação dos tubarões.


A denuncia aceita na última quarta-feira é um verdadeiro manual de traição à reconstrução de uma democracia que completa 40 anos. Se comprovadas as acusações que constam do libelo acusatório, não há falar em punições excessivas e muito menos em anistia. O cunho jurídico, o sentido político, a natureza simbólica, o caráter histórico, o contexto tenebroso, tudo é inédito: um ex-presidente e um magote de civis e militares da alta cúpula de seu governo passarão pelo escrutínio de um tribunal cuja casa eles e outros acusados pretenderam destruir, juntamente com as sedes dos outros Poderes. 


Enquanto começam a ser julgados os mentores e organizadores do golpe, seguem em exame as ações dos executores, cujas penas suscitam debates sobre excessos e desproporcionalidades como se ali houvesse inocentes e todos tivessem sido condenados a 17 anos de prisão. Houve modulações, sentenças muito menores, absolvições, fugas em descumprimento da lei e centenas de acordos de não persecução penal aos quais não aderiu quem não quis. 


Consumada a condenação e esgotados todos os recursos possíveis e imagináveis, não se pode correr o risco de que súplicas por abrandamento de penas estimulem a repetição de atos que tornem o Brasil vulnerável à volta de um autoritarismo que custou muitas vidas anos de atraso institucional.


Moído pela unanimidade da 1ª Turma, Bolsonaro prioriza a anistia. Atentos aos sinais de fumaça, os ministros se equipam para apagar o fogo do réu: quem admite ou não a anistia é a Constituição, e quem interpreta a Constituição é o Supremo. Nos bastidores, dá-se de barato que uma lei para perdoar condenados por crimes contra a democracia seria declarada inconstitucional por 9 votos a 2, vencidos os ministros bolsonaristas Nunes Marques e André Mendonça. 


Ciente de que a condenação pode sair em seis meses, o presidiário-to-be planeja corrigir o fiasco de Copacabana lotando a Paulista em 6 de abril, às vésperas do julgamento da denúncia contra o núcleo tático da trama golpista, que inclui 11 militares e um policial federal. Em sua prancheta, a hipotética pressão das ruas ganhará as redes sociais, dividirá o noticiário e forçará Hugo Motta a pautar a votação do projeto de anistia. Entrementes, aliados tentam fazê-lo considerar a hipótese de apoiar antes do Natal um presidenciável que se disponha a lhe conceder um indulto. Mas a estratégia subestima as dificuldades. 


Inseridos na comitiva de Lula ao Japão, os chefes e ex-chefes do Congresso parecem ter outras prioridades. Sem falar que, assim como a anistia, a recuperação dos direitos políticos e um eventual indulto também seriam submetidos ao filtro do STF, e ainda está fresca na memória das togas a decisão que derrubou, por inconstitucional, o indulto concedido por Bolsonaro ao condenado Daniel Silveira.

Enfim, quem viver verá. 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

SOBRE A LIXEIRA DO ANDROID E MENSAGENS APAGADAS DO WHATSAPP

NÃO SOMOS METADES QUE SE COMPLETAM, MAS INTEIROS QUE SE ENCAIXAM.

O conceito de Lixeira do Sistema foi introduzido pela Apple em 1982 e "copiado" pela Microsoft no Windows, que começou a ser desenvolvido em 1985. 

O popular ícone de "cestinho" é uma representação gráfica do diretório de onde os arquivos excluídos podem ser recuperados em até 30 dias — a partir daí, se o dispositivo não foi configurado para fazer backup na nuvem, pode-se tentar recuperá-los usando aplicativos de terceiros, mas para isso é preciso que o espaço que os arquivos ocupavam na memória de massa do aparelho não tenha sido sobrescrito.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Lula poderia encontrar o responsável pela inflação dos alimentos olhando-se no espelho, mas prefere transformar as vítimas em culpados e cobrar de seus ministro soluções mirabolantes. "Se você vai no supermercado e desconfia que tal produto está caro, você não compra [...], e aí quem está vendendo vai ter que baixar, senão vai estragar", lecionou o pontifex maximus da petralhada, juntando a sua a uma série de pérolas de seus ministros, que já sugeriram trocar a laranja por outras frutas mais baratas e mudar as regras sobre a data de validade dos produtos. 
O ministro-chefe da Casa Civil voltou atrás na promessa infeliz de promover intervenções para o barateamento dos alimentos, mas parece que essa perspectiva segue no horizonte — tem até senador petista propondo tabelamento de preços. Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social — enrolado num caso que envolve dois contratos milionários com ONGs ligadas a petistas da notória Tattolândia, que tem alta representatividade na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa de São Paulo — entrou na dança ao dizer que o governo estava estudando um reajuste no Bolsa Família para combater a inflação dos alimentos (como algo do gênero teria o efeito oposto, o governo correu para desmentir o plano). 
As mensagens do desgoverno petista não são muito diferentes das passadas na época de Sarney (1985-1990) por Aloízio Mercadante, hoje presidente do BNDES graças à conivência do STF com um drible na Lei das Estatais: "Esse era o Brasil da inflação, esse era o Brasil do cruzeiro. Cada vez que você ia ao supermercado fazer suas compras, os preços haviam aumentado. Agora não, nós estamos vivendo o Brasil do cruzado”, celebrava o luminar, em vídeo veiculado pela Rede TVT em 1986. 
Durante a reportagem, o economista da CUT reclamou da falta de produtos nas prateleiras — quem poderia imaginar que o controle de preços levaria a algo assim? — e a atribuiu às más intenções dos empresários, exatamente como Lula e seus ministros fazem agora. O vídeo entrou para o anedotário econômico brasileiro não apenas por cristalizar um dos equívocos que o Brasil teve de amargar para chegar ao bem-sucedido Plano Real, mas também por evidenciar incapacidade do protagonista da “reportagem” de compreender e aceitar a dinâmica de preços. 
Por mal dos nossos pecados, nem o PT, nem Lula, nem a choldra que vota nessa gente aprendeu a lição.
 
No Android, alguns
 apps têm suas próprias lixeiras, mas a "lixeira principal" fica no Gerenciador de Arquivos. No iOS, ela fica no aplicativo Arquivos, mas Fotos, MailNotas, entre outros, possuem lixeiras próprias. Para restaurar ou apagar definitivamente um arquivo deletado, toque no ícone da lata de lixo, selecione o item na lista e escolha Restaurar ou Excluir, conforme o caso. 

Observação: Aparelhos da marca Samsung permitem gerenciar fotos e vídeos apagados nos apps Galeria, da própria Samsung, e Fotos, do Google 
 
No WhatsApp, a opção Apagar para mim exclui as mensagens da tela do remetente, e a ação pode ser desfeita mediante opção Desfazer, que fica disponível por 5 segundos (a opção Apagar para todos é irreversível). O app não possui uma lixeira propriamente dita, mas o Histórico de Notificações (recurso disponível no Android a partir da versão 12) ajuda a recuperar mensagens apagadas. Para ativá-lo, toque em Configurações (do sistema) > Notificações > Configurações avançadas > Histórico de notificações. Com essa opção habilitada, as mensagens excluídas serão listadas por aplicativo e poderão ser visualizadas facilmente.
 
O freeware Notification History promete recuperar mensagens de texto ou áudio no WhatsApp, mas só funciona se as notificações de contatos e grupos não estiverem silenciadas. Para recuperar fotos e
 vídeos, é preciso reinstalar o mensageiro, mas a recuperação só será possível se o backup automático tiver sido ativado e o apagamento do conteúdo tiver ocorrido dentro do período definido em Configurações > Conversas > Backup de conversas > Frequência (quanto menor esse período, mais atualizado será o backup).

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

MINI BATERIA NUCLEAR PODE DURAR MAIS DE 7 MIL ANOS

PESSOAS QUE SABEM POUCO FALAM MUITO.

Os dumbphones eram basicamente telefones sem fio de longo alcance e serviam quase que exclusivamente para fazer e receber ligações por voz e mensagens de texto (SMS). Dependendo da frequência e da duração das chamadas, a energia das baterias à base de níquel-cádmio e hidreto metálico de níquel mantinha-os longe da tomada por vários dias. 

Nos smartphones, que são computadores pessoais ultraportáteis, o sistema operacional os aplicativos reduzem drasticamente o intervalo entre as recargas – quanto mais recursos e funções o aparelho oferecer, maior será o consumo de energia e menor a autonomia. Suas baterias à base de íons ou polímeros de lítio armazenem mais energia, recarregam rapidamente até 80% sua capacidade e não estejam sujeitas ao "efeito memória", mas não livram os heavy-users de um "pit stop" entre as recargas completas.  

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Chi dorme non piglia pesci, diz um antigo provérbio italiano. Lula dormiu no ponto e acordou tarde para a inflação. Com os índices de aprovação em queda livre, ele cobrou seus ministros pela alta nos preços dos alimentos, e Rui Costa, da Casa Civil, prometeu um conjunto de intervenções para tentar conter a escalada inflacionária. Em outras palavras, depois de contribuir para a alta do preços com sua política fiscal populista e irresponsável, o governo se deu conta de que a alta do preço dos alimentos pode prejudicar a popularidade e, consequentemente, as chances de reeleição do macróbio — porque é disso que se trata. Não admitir ser parte do problema significa que, quando der errado, a culpa será repassada para os costumeiros inimigos imaginários da petralhada

 

A autonomia se tornou um parâmetro tão ou mais importante que o armazenamento a memória RAM, e mesmo as as baterias de 5.000 mAh só proporcionam mais de 24 horas de funcionamento ininterrupto se o aparelho permanecer a maior parte desse tempo em stand-byEnquanto buscam soluções mais eficientes, ecológicas e comercialmente viáveis para esse problema, os fabricantes recorrem a paliativos como o "carregamento rápido" e softwares que otimizam o consumo (detalhes na sequência de postagens iniciada aqui). 


A boa notícia é que uma equipe de cientistas chineses está desenvolvendo uma mini bateria nucelar capaz de durar mais de 7.000 anos. A base desse avanço está em um conceito de design estrutural que combina actinídeos — elementos conhecidos por sua radioatividade — com lantanídeos — que possuem propriedades luminescentes —, criando uma arquitetura em nível molecular que converte a energia de decomposição radioativa em eletricidade. Segundo os desenvolvedores, a eficiência é até 8 mil vezes maior que a de qualquer outra tecnologia no campo de baterias nucleares.

 

Um dos grandes diferenciais das baterias micronucleares em relação às químicas é a sua longevidade — dependendo do material radioativo utilizado, elas podem funcionar por décadas ou até milênios. Demais disso, a imunidade a fatores ambientais extremos (temperatura, pressão, magnetismo etc.) permite sua utilização em locais de difícil acesso ou em missões espaciais de longa duração, onde a manutenção é impossível e a energia solar pode não ser uma opção viável.

 

Ainda há desafios consideráveis a serem superados, a começar da quantidade de energia gerada por essa nova tecnologia — seriam necessários 40 bilhões de baterias micronucleares para alimentar uma simples lâmpada de 60 watts, por exemplo. Mas não há nada como o tempo para passar.

 

A pesquisa foi publicada na revista Nature.

sábado, 14 de dezembro de 2024

iPHONE X XIAOMI

A IMAGINAÇÃO PODE NOS LEVAR A MUNDOS QUE JAMAIS EXISTIRAM, MAS SEM ELA NÃO VAMOS A LUGAR ALGUM.


obsolescência programada é um artifício que visa induzir o consumo repetitivo, como trocar o smartphone sempre que um modelo novo é lançado, mesmo que o aparelho esteja funcionando direitinho. 

Quando dinheiro não é problema, nada melhor do que ter o melhor. Mas num país onde o salário-mínimo é de R$ 1.412 e a renda média, de R$ 3.255, ter um smartphone top de linha não é para qualquer um.
 
No Brasil, a fabricante coreana Samsung abocanha 36% do mercado de celulares, seguida pelas americanas Motorola (19%) seguida e Apple (17%) e pela chinesa Xiaomi (16%). 
Depois que o malsinado Windows 10 Mobile foi sepultado, os sistemas móveis AndroidiOS disputam a preferência dos usuários (71% a 28%).

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Ao elevar a Selic em 1% e acenar com mais dois aumentos iguais nas duas próximas reuniões, o Banco Central tornou a principal aposta política de Lula — aumentar os gastos como forma de recuperar a popularidade e obter benefícios eleitoreiros — que tem plena consciência do risco de uma política fiscal expansionista resultar em mais inflação, desvalorização da moeda e, consequentemente, novos aumentos da taxa básica de juros. O cenário externo de incerteza e instabilidade também não favorece essa aposta, mas Lula parece ter certeza de que tudo vai dar certo. Talvez seja efeito do tombo.
Falando no tombo, Roberto Kalil — cardiologista dos famosos e esculápio particular do presidente — disse que o macróbio estará plenamente recuperado em duas semanas, mas a possibilidade de uma operação maior caso o sangramento intracraniano se repita não está descartada. 
Para concluir (e variar), uma boa notícia: A PF prendeu neste sábado o general Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil, da Defesa, e vice na chapa de Bolsonaro em 2022. Ele teria articulado, juntamente com o também general Augusto Heleno, a instauração de um gabinete de crise após a execução do golpe e participado da elaboração dos planos golpistas. Barbas de molho, capetão.

É possível encontrar celulares de entrada de linha anunciados por menos de R$ 500, mas um modelo minimamente aceitável custa pelo menos o dobro. Os aparelhos medianos da Xiaomi têm melhor custo-benefício que os da Apple, mas a qualidade dos produtos da marca da maçã, que lança quatro novos modelos de iPhone por ano, é indiscutivelmente superior

A Xiaomi oferece um leque de aparelhos diversificado, com baterias de longa duração, carregador rápido fornecido junto com o aparelho e suporte a cartões microSDPara quem anda curto de bolso, o Poco C65 (com 256 GB de armazenamento e 8 GB de RAM) custa R$ 909, ao passo que o iPhone SE 2022 custa a partir de R$ 4,3 mil. Para quem pode investir um pouco mais, um aparelho melhor, o intermediário Redmi Note 13 Pro 5G parte de R$ 2.029
 
Os aparelhos da fabricante chinesa têm cores vivas e marcantes, acabamento em couro vegano no Xiaomi 13 Ultra e em couro sintético no Redmi12, baterias de 5.000 mAh/h ou superiores e carregadores rápidos também nos modelos básicos — recursos que a maioria dos concorrentes limita às versões premium e nem sempre inclui o carregador rápido, como é o caso da Apple.
 
Por utilizarem o sistema Android, os celulares da Xiaomi oferecem suporte a widgets e uma série de outras personalizações. Com o lançamento do HyperOS, a empresa ampliou a gama de customizações do sistema — o que não acontece no iPhone, embora o novo iOS 18 ofereça um nível de personalização jamais visto em celulares da Apple, especialmente no que concerne às cores do smartphone. 
 
O armazenamento nativo dos modelos da Xiaomi vai de 128 GB a 1 TB, e a maioria deles permite acrescentar até 1 TB de espaço via cartão MicroSD. Os iPhones não suportam cartões de memória; se você comprar um modelo de 128 GB, terá de se virar com esse espaço até trocar o aparelho — mesmo que seja possível utilizar a nuvem, a Apple oferece míseros 5 GB gratuitos no iCloud.

Por essas e outras, seja específico quando escrever a Papai Noel pedindo um smartphone novo.