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segunda-feira, 7 de março de 2022

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — PARTE V

SER BOM O SUFICIENTE É MAIS DO QUE ACEITÁVEL, E PERCEBER ISSO NOS LIVRA DA PRESSÃO DA BUSCA INCESSANTE PELA PERFEIÇÃO. LEMBRE-SE: O ÓTIMO É INIMIGO DO BOM.

É possível reatribuir à tecla F8 a função que ela exercia nas versões do Windows anteriores ao Win8.1, qual seja de interromper o boot e convocar o Modo de Segurança. Para isso, abra o Prompt de Comando com privilégios de Administrador, digite “bcdedit /set {default} bootmenupolicy legacy” (sem aspas), pressione Enter, digite "exit" (sem aspas)" para sair do Prompt e reinicie o computador. 

Observação: Note que os boots subsequentes (falo dos normais) irão demorar um pouco mais, até porque a ideia é a retardar a inicialização de modo a possibilitar a ação da tecla F8. Caso queira desabilitar o acesso ao Modo de Segurança via tecla F8, torne a abrir o Prompt como administrador, escreva “bcdedit /set {default} bootmenupolicy standard” (sem aspas), tecle Enter, encerre o programa e reinicie o computador.

No Win XP, o command.com do velho MS-DOS, presente nas edições 3.x e 9x/ME, deu lugar ao cmd.exe. Na prática, o DOS foi reduzido a um interpretador de linha de comando (útil apenas em procedimentos de manutenção e outras tarefas específicas). Ao lançar o Win 8, a Microsoft substituiu o prompt tradicional pelo Power Shell, mas o modelo antigo pode ser acessado até hoje pelo menu Executar (basta digitar cmd.exe e teclar Enter).

Se você quiser restabelecer a condição de interpretador padrão do velho Prompt, clique em Iniciar > Configurações > Personalização > Barra de tarefas e desligue o botão ao lado de Substituir Prompt de Comando pelo Windows PowerShell no menu quando eu clicar com o botão direito do mouse no botão Iniciar ou pressionar Windows + X.

Observação: Note que nem todos os comandos que funcionavam no command.com das versões 3.x/9x/ME funcionam no cmd.exe das versões XP/Vista/7 ou no PowerShell do Win10. E vice-versa (esta postagem traz diversas informações sobre o MS-DOS e esta, sobre o Windows Power Shell).

Veremos no próximo capítulo como acessar o modo de segurança nos smartphones — que são microcomputadores ultraportáteis e, a exemplo de seus irmãos maiores, controlados por um sistema operacional sujeito instabilidades, panes e travamentos causados por apps malcomportados ou mal-intencionados (malwares). Como nem sempre é possível remover um aplicativo problemático com sistema carregado, não custa nada você saber como reiniciar o telefone no modo seguro.

sexta-feira, 4 de março de 2022

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — PARTE IV

O AMOR É IDEAL, O CASAMENTO É REAL, E A MISTURA DO IDEAL COM O REAL JAMAIS FICA IMPUNE.

Para convocar o modo de segurança quando o Windows está carregado, pressionamos simultaneamente as teclas Win+R, digitamos msconfig na caixa do menu Executar e clicamos em OK. Com a janela do utilitário de configuração do sistema aberta, selecionamos a aba Inicialização e, no campo Opções de inicialização, assinalamos a caixa ao lado de Inicialização Segura e marcamos a alternativa desejada — sugiro escolher “Mínima”. Para temos acesso à Internet no modo de segurança, marcamos a opção Rede; se precisamos do interpretador de linha de comando, marcamos Shell alternativo. Ao final, clicamos em Aplicar, confirmamos em OK e reiniciamos o computador (vale lembrar que, independentemente da configuração escolhida, será preciso desfazer as alterações para o Windows voltar a carregar normalmente).

Observação: A aba Geral oferece as opções Inicialização de Diagnóstico e Inicialização Seletiva — clique aqui para mais detalhes. 

O problema é que não há como fazer isso quando sistema empaca durante o boot. Nas edições vetustas do Windows, acessava-se o modo de segurança ligando (ou reiniciando) o computador e pressionando a tecla F8 durante a contagem da memória, mas isso deixou de funcionar a partir do Win8 (sobretudo em máquinas com UEFI e SSD, nas quais o boot dura apenas dois décimos de segundo). 

No Windows 10, em sendo possível acessar as opções de desligamento da tela de logon, manter a tecla Shift pressionada e clicar em Reiniciar força a exibição das Opções de Inicialização Avançadas, e a partir delas podemos convocar o modo de segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização.

Supondo que o computador não conclua o boot ou empaque na tela de boas-vindas (situações nas quais não é possível acessar o utilitário de configuração do sistema para seguir os passos sugeridos anteriormente), o jeito é clicar no ícone de Energia e, mantendo pressionada a tecla Shift, clicar em Reiniciar e, em seguida, em Resolução de problemas > Opções avançadas > Configuração de Inicialização. No menu de opções que será exibido, selecionamos 4 (ou F4 ou fn+F4, conforme as instruções na tela) para convocar o Modo de Segurança.

Observação: Se precisamos de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando, devemos escolher a opção correspondente, lembrando que as opções Shell Alternativo e Rede equivalem aos nossos velhos conhecidos modo de segurança com prompt de comando e modo de segurança com rede, ao passo que a opção Reparo do Active Directory se aplica a computadores em rede com servidor central, mas isso já é outra conversa.

Se nem isso funcionar, devemos forçar o desligamento do aparelho mantendo pressionado o botão de power por mais de 5 segundos. Depois que o computador desligar, aguardamos um ou dois minutos e tornamos a ligá-lo. Em tese, o Windows tenta carregar no modo de segurança quando não consegue iniciar da maneira convencional; caso isso não ocorra, a janela do ambiente de recuperação (WinRE) será exibida. 

Se nem isso acontecer, desligamos e religamos o computador três vezes seguidas. Também em tese, a terceira tentativa nos dará acesso às opções avançadas de inicialização, a partir da qual decidimos qual caminho tomar. Na pior das hipóteses, com a janela Selecione uma opção exibida na tela do monitor, escolhemos Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, clicamos em Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, definimos Manter meus arquivos, selecionamos nossa conta de usuário e digitamos a senha, se solicitado, e então clicamos em Reiniciar e torcemos para que dê certo.

Observação: Se o modo de segurança não resolver o problema... bem, há outras possibilidades a explorar, mas talvez seja melhor reinstalar o Windows logo de uma vez: ainda no ambiente de recuperação do sistema, na sessão Solução de Problemas, selecionamos a opção Restaurar este PC, informamos se desejamos manter (ou não) os arquivos pessoais e seguimos as instruções do assistente (cruzando os dedos e torcendo para que tudo dê certo).

Continua...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

WINDOWS 10 — MAIS DICAS QUE VALE A PENA CONHECER

A PROBABILIDADE DE O PÃO CAIR COM O LAD0 DA MANTEIGA PARA BAIXO É PROPORCIONAL AO VALOR DO CARPETE. E NÃO ADIANTA AMARRAR O PÃO NAS COSTAS DO GATO E JOGAR O BICHANO NO CARPETE, POIS ELE PROVAVELMENTE COMERÁ O PÃO ANTES DE CAIR EM PÉ.

Seguem mais algumas dicas que eu reputo interessantes, a começar pelas conversões de moedas, pesos, temperaturas e até distâncias que a calculadora do Windows é capaz de fazer. Sem mencionar que permite também comparar quantas semanas e dias existem entre datas, além de uma porção de outras coisas. 

Para ter acesso à lista de opções disponíveis, abra a calculadora e clique no menu que fica no canto superior esquerdo da janelinha. A parte de conversão de moedas conta com uma ferramenta embutida que atualiza as taxas automaticamente. E se você quiser explorar fusos horários, acesse o aplicativo Alarmes e Relógios, selecione Relógio Mundial e adicione, a partir do mapa-múndi, as cidades de seu interesse. 

Se você trabalha com dois monitores, pressionar a tecla com o logo do Windows combinada com as setas (esquerda, direita, acima ou abaixo) indica o lado para o qual você quer direcionar a janela ativa. Para mandá-la para outro monitor, basta arrastá-la ou usar os atalhos Win+Shift+Seta (como dito, o sentido da seta define o movimento que você deseja realizar). Caso as funções não funcionem no seu computador, certifique-se de que o Windows “sabe” que há outro monitor conectado (clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Vídeo e, na seção Vários monitores, escolha a opção "Estender estes vídeos").

A assistente virtual Cortana é pouco usada, mas basta fuçar os recursos que ela oferece para se tornar fã de carteirinha. Quando a gente a convoca (ela fica ao lado do botão do menu Iniciar e também responde a comandos de voz), os resultados das pesquisas são apresentados num espaço dedicado, com informações bem claras e de fácil acesso.

Falando em Iniciar, é possível fazer diversos ajustes nesse menu, como criar pastas e seções para aplicações específicas, redimensionar as live tiles (blocos dinâmicos) e o próprio menu. Para mudar o tamanho de um bloco, clique nele com o botão direito e selecione as dimensões desejadas, lembrando que as opções de tamanho variam de acordo com os blocos. Se quiser mudar a posição dos blocos, clique neles e arraste-os até local de destino. Clique em Iniciar > Configurações > Personalização > Iniciar e explore outras possibilidades.

Nas edições vetustas do Windows, o prompt de comando, então chamado de prompt do DOS, era fundamental na operação do PC, já que o DOS era o sistema operacional propriamente dito. Até o Win95, o software que se tornaria o sistema operacional mais popular do planeta não passava de uma simples gráfica que a gente convocava digitando Win+Enter à direita do cursor piscante da linha de comando. Para evitar repetições desnecessárias, esta postagem traz diversas informações sobre o MS-DOS, e esta, sobre o Windows Power Shell, que passou a ser o interpretador de linha de comando padrão nas edições mais recentes do sistema.

Observação: Uma atualização de versão do Win10 acrescentou ao velho prompt suporte aos comandos Ctrl+C/Ctrl+V (copiar/colar). Para ativar esse recurso, basta digitar cmd na caixa de diálogo do menu Executar, pressionar Enter, dar um clique direito na barra de título da janela do prompt, clicar em “Propriedades” e marcar todos os itens da seção “Opções de Edição”.

Continua...

quarta-feira, 26 de maio de 2021

SOBRE SISTEMAS E APLICATIVOS

TUDO PARECE IMPOSSÍVEL ATÉ QUE SEJA FEITO.

Hoje em dia, qualquer computador, seja ele de grande porte, de mesa, portátil ou ultraportátil, é controlado por um sistema operacional. Até porque, sem esse “software-mãe”, o aparelho é como um corpo sem vida. Mas nem sempre foi assim. 

Os mastodontes eletrônicos que povoaram a Terra na pré-história da cibernética não possuíam sistemas operacionais, e por um motivo muito simples: naquela época, não existiam sistemas operacionais. Consequentemente, operar aqueles jurássicos monstrengos era extremamente trabalhoso, pois exigia “abastecer” o hardware manualmente com as informações necessárias à realização de cada tarefa.

Observação:  Um sistema computacional é formado por dois subsistemas distintos, mas complementares e interdependentes: o hardware — que corresponde à parte física do conjunto (gabinete, teclado, monitor, placa-mãe, placas de expansão, memórias etc.) — e o software — a parte lógica do computador (sistema operacional, aplicativos, drivers de dispositivos, BIOS, etc.).

No que concerne à linguagem de programação, os vetustos computadores dos anos 1950/60 operavam com dois tipos de linguagem: a linguagem de máquina, a partir do qual toda a programação era feita, e a lógica digital, a partir da qual os programas eram efetivamente executados. Até que um belo dia alguém teve a ideia de criar um interpretador, que passou a executar os programas escritos em linguagem de máquina. Com isso, o hardware passou a executar apenas um pequeno conjunto de microinstruções armazenadas, o que não só permitiu reduzir significativamente a quantidade de circuitos eletrônicos, como também facilitou bastante o trabalho dos operadores/programadores.

Observação: Em linhas gerais, o interpretador é um programa que lê um código-fonte a partir de uma linguagem de programação interpretada e o converte num código executável.

No que concerne à tecnologia, pode-se dizer que os primeiros sistemas operacionais estão para os atuais como o Ford T para o Mustang Mach1. De início, cada computador tinha um sistema específico (que só rodava nele e que só ele era capaz de rodar), o que resultava numa pluralidade de arquiteturas que, por sua vez, exigia que os operadores se familiarizassem com as diversas variantes disponíveis no mercado. Mas isso são águas passadas.

Dentre outras funções essenciais ao funcionamento do computador, o sistema operacional gerencia o hardware, atua como elemento de ligação entre os componentes físicos e o software, provê a interface usuário/máquina, serve de base para a execução dos aplicativos, etc. No entanto, a despeito de sua relevância, ele é um programa como outro qualquer. Demais disso, por mais “eclético” que um sistema seja (como é o caso do Windows), ele não é capaz de suprir todas as necessidades do usuário nas tarefas do dia a dia, até porque não foi projetado para isso. O que nos leva aos aplicativos.

Aplicativos nada mais são que programas desenvolvidos com vistas à execução de tarefas específicas. No âmbito da informática, um programa é um conjunto de instruções em linguagem de máquina que descreve uma tarefa a ser realizada pelo computador. Instrução, no caso, é o nome que se dá a uma operação única executada por um processador — que pode ser qualquer representação de um elemento num programa executável, tal como um bytecode (formato de código intermediário entre o código fonte, o texto que o programador consegue manipular e o código de máquina que o computador consegue executar). Por conjunto de instruções, entende-se a representação do código de máquina  em mnemônicos

Se um computador sem sistema operacional é como um corpo sem vida, um sistema sem aplicativos é um ser vivo, mas sem alma. Ou quase isso, já que tanto Windows quanto o MacOS, as distribuições Linux, o Android, o iOS e outros que tais passaram a integrar, a cada nova versão, mais e mais recursos nativos que lhes permitem realizar uma vasta gama de tarefas que até então dependiam de programas de terceiros. Por outro lado, o que se espera atualmente de um computador vai muito além do que se esperava anos atrás, sobretudo depois que o acesso à Internet se popularizou entre os usuários domésticos de PCs, smartphones, tablets e que tais.

Continua na próxima postagem.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS... — PARTE V

NA CIÊNCIA, CADA CERTEZA TRAZ OUTRA DÚVIDA; NA FÉ, CADA DÚVIDA VIRA UMA CERTEZA.

Se Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, certamente não incluiu “perfeição” na receita, visto que todo vivente não só tem “prazo de validade” como está sujeito a adoecer, se acidentar, enfim... E se pessoas são seres falíveis, suas criações não são perfeitas. 

Carros enguiçam, eletrodomésticos pifam, móveis se deterioram... Assim, um belo dia você liga seu PC e ele se recusa a funcionar.

PC é a sigla de “personal computer” (computador pessoal, numa tradução literal). Nos anos 1980, quando essas geringonças começaram a popularizar, os usuários chamavam-nas carinhosamente de “micro” (abreviação de “microcomputador”). 

Micro vem do grego μικρός, que significa pequeno. Também é o prefixo do Sistema Internacional de Unidades que denota um fator de 10−6 (um milionésimo).

O nome não deixa de fazer sentido, considerando que o ENIAC, construído por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia em meados do século passado (ao custo de US$ 500 mil, valor que, atualizado, corresponde a US$ 6,7 milhões), era um monstrengo de 30 toneladas que ocupava uma área de 180 m² e integrava 70 mil resistores e 18 mil válvulas de vácuo, que queimavam à razão de uma a cada 2 minutos. Da primeira vez que foi ligado, esse portento causou um blackout de proporções épicas.

Embora não fosse capaz de realizar mais de 5 mil somas, 357 multiplicações ou 38 divisões simultâneas por segundo — uma performance incrível para a época, mas que qualquer videogame dos anos 1990 já superava “com um pé nas costas” — e de sua memória interna ser suficiente apenas para manipular dados envolvidos na tarefa em execução — qualquer modificação exigia que os programadores corressem de um lado para outro da sala, desligando e religando centenas de fios —, em 10 anos de operação o ENIAC realizou mais contas do que os seres humanos fizeram desde o início dos tempos. 

Observação: Quando o ENIAC foi finalmente aposentado, já existiam mainframes dez vezes menores, mas com o dobro do seu poder de processamento e preço muito inferior.

O Altair 8800, lançado em meados dos anos 1970 e comercializado na forma de kit (ou seja, a montagem ficava a cargo do consumidor), é considerado o precursor do PC dos nossos dias. Inicialmente, era mais uma curiosidade do que algo realmente útil, mas isso mudou quando Bill Gates e Paul Allen criaram um interpretador BASIC pare ele. O programa, batizado de Microsoft-BASIC, não era exatamente um sistema operacional como os que eram usados nos mainframes de então, mas se tornou o precursor dos sistemas operacionais para computadores pessoais.

Muita gente considera o ábaco como o antepassado mais remoto dos computadores, quando na verdade ele foi o precursor das máquinas de calcular. Por outro lado, “computar” é sinônimo de “fazer cálculos”, daí o computador ser uma máquina de calcular. Mas uma máquina de calcular capaz de realizar uma quantidade absurda de operações por segundo.

Continua. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 VIA TECLA F8 (FINAL)

É PRECISO ESCOLHER UM CAMINHO QUE NÃO TENHA FIM, MAS, AINDA ASSIM, CAMINHAR SEMPRE NA EXPECTATIVA DE ENCONTRÁ-LO.

Passando agora à dica que me fez publicar esta sequência — resgatar a função que a tecla F8 cumpria, nas versões do Windows anteriores ao Eight, quando era pressionada durante o boot —, o caminho é o seguinte:

1 — Acesse o Prompt de comando com privilégios de administrador (na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas, digite cmd e, entre as opções que serão exibidas do lado direito da janelinha, clique em Executar como administrador).

Observação: O interpretador de linha de comando padrão do Win10 é o PowerShell, que tomou o lugar do Prompt tradicional no menu que é exibido quando damos um clique direito no botão Iniciar (detalhes nesta postagem). Nem todos os comandos que funcionavam no jurássico command.com, que era o utilitário padrão nas versões 3.x/9x/ME do Windows, funcionam no cmd.exe (que o substituiu nas versões XP/Vista/7) ou no PowerShell. E vice-versa.

2 — Na tela do Prompt de comando, digite “bcdedit /set {default} bootmenupolicy legacy” (desconsidere as aspas) e pressione Enter

Uma mensagem dando conta de que a operação foi concluída com sucesso será exibida em seguida. Se em vez disso surgir uma mensagem de comando inválido — algo como The set command specified is not valid. Run "bcdedit /?" for command line assistance. —, feche a janela e refaça os passos desde o início.

Pode ser preciso reiniciar o computador para validar a configuração, e talvez os boots subsequentes (falo dos normais) demorem alguns segundos a mais do que demoravam antes de você fazer a alteração. Isso se explica pelo fato de a reconfiguração se destinar a retardar a inicialização, de modo a permitir que o processo seja interrompido pela tecla F8

Se, por algum motivo, você quiser retornar ao status quo ante, bastará repetir os mesmo passos e, na tela do Prompt de comando, digitar “bcdedit /set {default} bootmenupolicy standard” (sem aspas), pressionar Enter e reiniciar o computador. 

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 VIA TECLA F8 (TERCEIRA PARTE)



SE PUDERES OLHAR, VÊ. SE PUDERES VER, REPARA.

Continuando de onde paramos no capítulo anterior:

Para acessar o menu Executar, dê um clique direito no botão Iniciar e selecione a opção respectiva na lista. Se preferir, pressione tecla com o logo do Windows juntamente com a da letra R (atalho Win+R).

Com a janela do utilitário aberta na tela, selecione a aba Inicialização. No campo Opções de inicialização, marque a caixa ao lado de Inicialização Segura e assinale a alternativa desejada.

Observação: Sugiro escolher a opção “Mínima”, a menos que você vá precisar de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando (nesses casos, as opções que você deve marcar são, respectivamente, Rede e Shell alternativo). 

Feito isso, clique em Aplicar, confirme em OK e reinicie o computador.

Não custa lembrar que a aba Geral disponibiliza as opções Inicialização de Diagnóstico e Inicialização Seletiva (clique aqui para mais detalhes). Note que, independentemente da configuração escolhida, você terá de desfazer as modificações para que o computador volte a iniciar no modo normal.

Vejamos agora como fazer para acessar o Modo de Segurança se, ao ser ligado, o computador não concluir o boot ou empacar na tela de boas-vindas do Windows (situações em que não haverá como acessar o utilitário de configuração do sistema para seguir os passos sugeridos anteriormente). 

1 - Na tela de boas-vindas do Windows, clique no ícone de Energia e, mantendo pressionada a tecla Shift, clique em Reiniciar e selecione Resolução de problemas > Opções avançadas > Configuração de Inicialização

2 - No menu de opções que será exibido, selecione 4 (ou F4 ou fn+F4, conforme as instruções na tela) para convocar o Modo de Segurança (se for precisar de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando, escolha a opção correspondente).

Observação: As opções Shell Alternativo e Rede equivalem aos nossos velhos conhecidos modo de segurança com prompt de comando e modo de segurança com rede; já a opção Reparo do Active Directory se aplica a computadores em rede com servidor central, mas isso é assunto para outra

Supondo que nem a tela de boas-vindas seja exibida, experimente acessar as opções de inicialização avançadas mantendo a tecla Shift pressionada enquanto liga ou reinicia o computador, e acesse o Modo de Segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar e selecionando a opção desejada.

Se nem isso funcionar, o jeito será forçar o desligamento do aparelho. Mantenha pressionada a tecla power (falo do botão físico) por cerca de 5 segundos. Depois que o computador desligar, aguarde um ou dois minutos e torne a ligá-lo. Em tese, o Windows tenta carregar no modo de segurança quando não é capaz de iniciar da maneira convencional; se nem isso ele conseguir fazer, a janela do ambiente de recuperação (WinRE) será exibida e, a partir dela, você poderá decidir o que fazer.

Se o resultado não for o desejado, desligue o computador e torne a ligá-lo, depois desligue e ligue de novo e repita essa operação uma terceira vez. Também em tese, na terceira tentativa você terá acesso às opções avançadas de inicialização e poderá decidir o que fazer a partir daí. 

Na pior das hipóteses, com a janela Selecione uma opção exibida na tela do monitor, escolha Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, selecione Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, defina Manter meus arquivos, selecione sua conta de usuário e digite a senha, se solicitado, clique em Reiniciar e torça para que dê certo.

Faltou explicar como fazer para a tecla F8 voltar a convocar o Modo de Segurança. É o que farei no próximo capítulo.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 VIA TECLA F8

SE ELES ARTICULARAM, FOI GOLPE, SE NÓS, FOI MEDIDA SANEADORA.

O Win 98 foi considerado o “melhor Windows de todos os tempos” (no seu tempo, naturalmente). O XP foi o mais longevo, e o Seven, o que mais deixou saudades. As edições ME, Vista e 8/8.1, retumbantes fiascos de crítica e de público, dispensam comentários.

O Win10 — a primeira encarnação do sistema a ser comercializada como serviço — é “o que temos para hoje”, como se costuma dizer. E “hoje” é que é o dia do presente, a ser vivido plenamente e vivenciado intensamente. O ontem não volta mais, e o amanhã, quando e se chegar, já será “hoje”.

A versão lançada 1995, considerada o “pulo do gato” da Microsoft, foi um divisor de águas na história do Windows, que a partir de então deixou de ser uma simples interface gráfica que rodava no MS-DOS e passou à condição de sistema operacional autônomo. Ou quase, porque o DOS continuou atuando nos bastidores nas versões seguintes, até que o XP — desenvolvido a partir do kernel (núcleo) do WinNT e lançado em outubro de 2001 — cortou o cordão umbilical, embora a Microsoft continue incluindo um interpretador de linha de comando no leque de componentes nativos do sistema (dois, melhor dizendo, porque o PowerShell foi introduzido no Win8 e mantido no Win10, a despeito de o Prompt de comando continuar presente).

Observação: A exemplo da Eva, que nasceu de uma costela do Adão (Gênesis 2:21,22 ), o MS-DOS nasceu o QDOS, que a Microsoft comprou de Tim Paterson, da Seattle Computer Products, adaptou ao hardware do IBM-PC e licenciou para a Gigante do Computadores. O termo DOS é o acrônimo de Disk Operating Disk e integra o nome de diversos sistemas (Free DOSPTS-DOSDR-DOS etc.), dos quais o mais emblemático é o MS-DOS (o “MS” vem de Microsoft). O principal problema do DOS — para além da dificuldade inerente à memorização de seus intrincados comandos — era o limitado sistema de arquivos de 16-bit e o fato de ser monotarefa; ainda que o Windows de valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, usar a calculadora enquanto um documento de texto estivesse sendo impresso. Mesmo assim, ele teve seis versões e outras tantas atualizações até deixar de ser oferecido na modalidade stand-alone.

O Win95 veio recheado de inovações, como o Menu Iniciar, a Barra de Tarefas e o suporte a tecnologias como UDMA, Plug'n'Play, USB, ao sistema de arquivos FAT-32 e ao multitarefa, além do navegador Internet Explorer e do Modo de Segurança (alguns aprimoramentos foram introduzidos na versão OSR 2 e mediante o pacote de complementos Windows 95 Plus!).

Feita essa breve contextualização, passo a tratar do Modo de Segurança no ambiente Windows, que é o mote desta postagem — faço a ressalva porque esse recurso está presente na maioria dos sistemas operacionais (caso do Android e do iOS, por exemplo) e até em alguns aplicativos (como o navegador de Internet Firefox, também por exemplo).

No Modo de Segurança, somente arquivos, drivers e serviços essenciais ao funcionamento do computador são carregados, e a resolução gráfica em VGA possibilita a exibição das imagens em qualquer monitor (portanto, não estranhe a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Isso é particularmente útil quando precisamos pesquisar a origem de um problema de software (como um aplicativo ou driver mal comportado) ou desfazer uma atualização/atualização que esteja impedindo o computador de reiniciar, embora sirva também para realizar configurações avançadas e outras tarefas que precisam ter acesso a arquivos que o sistema bloqueia quando é carregado normalmente.

Se o dispositivo funcionar no modo seguro, o problema não está nas configurações-padrão do sistema. Todavia, identificar o culpado pelo método da tentativa e erro pode ser demorado e trabalhoso, além de exigir alguma expertise. Para encontrar o vilão da história, será necessário desinstalar um aplicativo — ou reverter uma atualização —, reiniciar o computador normalmente e observar como ele se comporta. Caso o problema se repita, será preciso repetir o procedimento com o próximo suspeito, e assim por diante.

É bem mais fácil e rápido executar a restauração do sistema, que pode ser acessada no modo seguro. Com alguma sorte, o Windows “voltará no tempo” até um ponto criado quando tudo funcionava direitinho, e o problema estará resolvido.

Continua...

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

SISTEMA OPERACIONAL, APLICATIVOS E INUTILITÁRIOS — PARTE 11

TUDO QUE SE VÊ NÃO É IGUAL AO QUE A GENTE VIU HÁ UM SEGUNDO; TUDO MUDA O TEMPO TODO NO MUNDO

Deixemos de lado por um momento a discussão sobre a segurança dos sistemas móveis Android e iOS e voltemos à questão dos aplicativos

A título de contextualização, relembro que a degradação do desempenho do sistema em razão da profusão de “inutilitários” que vêm instalados de fábrica e/ou são instalados pelos usuários (quase sempre porque são gratuitos, foi objeto do 4º capítulo desta sequência. 

Naquela oportunidade, eu sugeri desinstalar o bloatware usando ferramentas dedicadas, pois elas removem sobras indesejáveis (pastas vazias, atalhos inválidos e chaves criadas no Registro do Windows durante a instalação, entre outros resíduos) que o utilitário do próprio aplicativo e a ferramenta disponibilizada pelo Windows não costumam eliminar (mais detalhes nesta postagem).

Faltou tratar dos “componentes nativos”, ou seja, dos programinhas que vêm com o próprio sistema — e o Windows 10 traz uma porção deles, mas nem sempre facilita a remoção. E isso pode ser um problema quando não se conhece o caminho das pedras. Ou “os caminhos”, melhor dizendo.

Há pelo menos quatro maneiras de remover essa craca, e três delas dispensam o auxílio de ferramentas dedicadas. Ainda que nenhuma garanta sucesso em 100% dos casos, o resultado costuma ser bom, de modo que vale a pena tentar. Por motivos óbvios, sugiro começar pela mais simples, que consiste em abrir o menu Iniciar, localizar na lista de aplicativos o item que se quer remover, dar um clique direito sobre ele e, no menu suspenso, clicar na opção “Desinstalar” e confirmar a ação na caixa de diálogo que é exibida. 

Se a opção Desinstalar não estiver presente, o próximo passo é abrir o menu Iniciar, selecionar Configurações > Aplicativos, aguardar até que a lista seja preenchida, localizar o programa a ser removido, selecioná-lo, clicar em Desinstalar e repetir essa ação na caixa de diálogo que pede a confirmação.  

Se você não obtiver sucesso seguindo esses passos e não quiser recorrer a um software de terceiros antes de queimar seu último cartucho, dê um clique direito sobre o botão Iniciar e clique em Windows PowerShell.

Observação: O PowerShell é o interpretador de linha de comando que Microsoft introduziu no Windows 8 e manteve no Win 10. Trata-se de uma “evolução” do velho prompt de comando — que continua presente, mas não é mais o utilitário padrão (mais detalhes nesta postagem). Pela linha de comando é possível desinstalar qualquer aplicativo, mas, a exemplo do Regedit (editor do Registro do Windows), o uso desse recurso requer certa expertise, razão pela qual eu recomendo enfaticamente que você faça um backup do Registro e crie um ponto de restauração do sistema antes de seguir os passos sugeridos mais adiante (para mais detalhes sobre o Registro e respectivo backup, releia a sequência de postagens iniciada por esta aqui; para saber como criar um ponto de restauração do sistemaclique aqui).

1 - Acesse o PowerShell com privilégios de administrador. Para isso, dê um clique direito no botão Iniciar e, no menu suspenso que será exibido, selecione a opção Windows PowerShell (Admin)

Observação: Se preferir, pressione o atalho Win+X e clique na opção Windows PowerShell (Admin). Caso ela não esteja visível, digite PowerShell no campo de buscas do Windows, clique com o botão direito sobre o resultado Windows PowerShell e selecione Executar como administrador

2 - Na caixa de diálogo que pergunta se você deseja permitir que o aplicativo faça alterações no seu dispositivo, clique em Sim

3 - Feito isso, copie e cole na tela do PowerShell o comando correspondente ao app que você quer desinstalar e pressione Enter. Confira a lista a seguir:

Para desinstalar o app 3D Builder: Get-AppxPackage *3dbuilder* | Remove-AppxPackage;


Para desinstalar Adquira o Office (ou Get Office): Get-AppxPackage *officehub* | Remove-AppxPackage;


Para desinstalar Alarmes e Relógio: Get-AppxPackage *windowsalarms* | Remove-AppxPackage;


Para desinstalar Calculadora: Get-AppxPackage *windowscalculator* | Remove-AppxPackage;


Para desinstalar Calendário e o Email: Get-AppxPackage *windowscommunicationsapps* | Remove-AppxPackage;


Para desinstalar Câmera: Get-AppxPackage *windowscamera* | Remove-AppxPackage


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Uma barra na cor verde confirmará a desinstalação, que pode demorar alguns minutos para ser concluída. Ao final, reinicie o computador e confira o resultado.