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sábado, 13 de julho de 2024

O ESTADISTA E O DEMAGOGO.


O ESTADISTA GOVERNA PENSANDO NAS PRÓXIMAS GERAÇÕES. 
O POPULISTA GOVERNA PENSANDO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.

Atribui-se indevidamente a Charles de Gaulle a autoria da frase "le Brésil n’est pas un pays serieux", mas esse equívoco não torna esta banânia menos banânia. A versão oficial da descoberta do Brasil é uma fraude, a independência foi comprada, a Proclamação da República foi um golpe militar (o primeiro de muitos), 8 dos 38 chefes do executivo foram apeados do cargo prematuramente (começando por Deodoro da Fonseca) e 2 dos 5 presidentes eleitos diretamente desde a redemocratização acabaram impichados — seriam 3 se Rodrigo Maia e Arthur Lira tivessem cumprido seu papel constitucional. 
 
Nosso "melhor" presidente foi Tancredo Neves, que morreu sem tomar posse. Em 1989, após quase 30 anos de jejum de urna, nosso ilustríssimo eleitorado, podendo escolher entre 22 candidatos alguém como Ulysses Guimarães, Mario Covas ou Leonel Brizola, escalou para o embate final um caçador de marajás demagogo e populista e um ex-metalúrgico populista e demagogo. E o resto é história recente. 
 
Tenho saudades do PSDB 
— falo do partido de Mário Covas, Franco Montoro e Fernando Henrique, não da agremiação anedótica que tenta se reerguer das cinzas com a candidatura de José Luiz Datena à prefeitura de São Paulo, que chega a dar pena). Mas nem os tucanos, conhecidos por mijar no corredor quando há mais de uma banheiro, nem os paulistanos, que já votaram em rinoceronte para vereador e elegeram prefeitos do quilate de Jânio Quadros, Luíza Erundina, Paulo Maluf, Celso Pitta e Fernando Haddad, merecem alguém com histórico de recuos eleitorais como o do apresentador do Brasil Urgente.
 
Datena filiou-se ao PT em 1992 e subiu no palanque para apoiar Lula em 1989. Migrou para o PP em 2016, mas desistiu de disputar a prefeitura de Sampa quando veio a público um desvio de R$ 358 milhões da Petrobras para o partido. Ingressou PRP e desfilou por outros 7 partidos (DEM, MDB, PSL, UNIÃO, PSC, PDT e PSB) até finalmente pousar no ninho dos tucanos. 
Em 2018, já no DEM, candidatou-se ao Senado e chegou se afastar da TV, mas voltou atrás: "Pensei bem, refleti, conversei muito com a minha família, com Deus, com poucos amigos, e achei que ainda não era a hora." 

Em 2020, o apresentador foi cotado para vice na chapa de Bruno Covas, mas retirou a candidatura. Em 2022, recém-filiado ao PSL, trovejou: "Desta vez é pra valer!". Apesar de ter afirmado que só lhe interessava a Presidência, preferiu concorrer ao Senado com apoio de Bolsonaro — isso depois de declarar que não votou em ninguém depois de Lula, que "apoiou Bolsonaro o cacete". Chegou a liderar as pesquisas, mas anunciou sua desistência, desistiu de desistir e desistiu de desistir de desistir no último dia do prazo para deixar a TV. 
 
Se nada mudar até outubro, o embate final pela prefeitura de Sampa será entre  Ricardo Nunes e Guilherme Boulos. O primeiro foi promovido de vice a titular com a morte de Bruno Covas e postula a reeleição com as bênçãos do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas; o segundo é o psicanalista das massas e eterno líder do MTST que conta com o apoio do xamã petista que, a exemplo da Carolina na canção de Chico Buarque, recusa-se a perceber que "o tempo passou na janela". Mas não é só.

Lula estimulou alta do dólar (que chegou a R$ 5,70) ao lançar dúvidas sobre a necessidade de cortar gastos e culpar o presidente do BC por todas as mazelas que enfrentando. Pressionado por Haddad, mudou o discurso, interrompendo a sangria do real. Para 53% dos 2 mil entrevistados ouvidos entre 5 e 8 de julho (muitos dos quais não são capazes de achar o próprio rabo usando as duas mãos e uma lanterna), as declarações irresponsáveis do xamã petista não foram a causa da alta dólar, mas 34% pensam o contrário e 13% não souberam responder (isso deixa claro em que plano o jogo político se desenrola no Brasil).
 
O discurso falacioso de Lula ressoou bem em boa parte da população. Para 87% dos entrevistados, os juros "estão muito altos" e 67%, acham que "o governo não deve satisfação ao mercado, mas aos mais pobres" (seja lá o que isso quer dizer). Interessa dizer que o fato de a maioria da população não entender o que aconteceu foi ótimo para o petista mas péssimo para o Brasil. O discurso que ele proferiu na posse da nova presidente da Petrobras deveria entrar para a história como uma das manifestações públicas mais fantasiosas e ofensivas já feitas por um presidente no Brasil. Não houve mentiras novas, mas a forma como as velhas falácias foram reunidas contribuiu para sintetizar o quadro lamentável em que o país se encontra desde que o demiurgo foi reconduzido ao Planalto após se livrar da prisão por corrupção.
 
“É sempre uma grande alegria voltar à Petrobras e ver essa empresa pujante, resistente a tantas tentativas de desmonte e dilapidação de seu patrimônio”, discursou o responsável maior pelas tentativas de desmonte e dilapidação do patrimônio da Petrobras. Segundo Lula, a culpa foi da Lava-Jato e da "elite política e econômica deste país" que não tem compromisso com a soberania do Brasil e a melhoria de vida do nosso povo". "Tentaram destruir a Petrobras antes mesmo de sua criação [...] a história jamais esquecerá os editoriais dos grandes veículos de comunicação que preferiam ver o petróleo brasileiro entregue de mão beijada a empresas estrangeiras", perorou sua excelência.
 
Lula reclamou das tentativas de privatizar a Petrobras e de mudar seu nome — o que seria, segundo ele, "negar sua origem 100% brasileira" 
—, comentou a perda de controle governamental sobre a Eletrobras e a Vale e associou a isso à demora para indenizar as vítimas das tragédias de Mariana e Brumadinho, disse que "numa empresa com muitos donos ninguém manda", e que ela "não cumpre o papel social que deveria cumprir". Em outras palavras, o que o presidente quer é ser "dono" de todas as empresas em que conseguir meter a mão.
 
Lula disse que patrocinou o maior ciclo de investimento da companhia (em 2003), exaltou as descobertas do pré-sal e louvou as ações dos governos petistas na área de petróleo. Acusou a Lava-Jato do desmonte e da privatização da Petrobras. "Se o objetivo fosse de fato combater a corrupção, que se punisse os corruptos, deixando intacto o patrimônio do nosso povo. Mas o que foi feito não foi isso. O que foi feito foi uma tentativa de destruir a imagem da empresa." Resta saber quais corruptos deveriam ser punidos depois ele próprio e mais de 100 condenados pela Lava-Jato se livraram das acusações por questões processuais. 

Observação: Ex-coordenador da força-tarefa no paraná, Deltan Dallagnol rebateu as acusações com números: "Nós punimos os corruptos: foram 533 acusados, mais de 250 condenações e um total de 2600 anos de pena. A Lava Jato recuperou mais de R$ 15 bilhões para a sociedade, sendo que R$ 6 bilhões foram devolvidos à Petrobras, que os seus governos petistas destruíram e rapinaram".
 
A alturas tantas, inebriado pela própria narrativa, Lula preparou o tereno para a própria defesa defendendo presidentes do passado. Mencionando o que chamou de "mentiras sobre a Petrobras", disse que Getúlio Vargas "se matou porque fizeram uma denúncia de corrupção contra ele, mas nunca provaram a corrupção que ele tinha feito", e que Juscelino Kubitschek "foi acusado de ter um apartamento em Copacabana, mas nunca se provou o apartamento do Juscelino". 
Na sequência, relembrou a derrota do Brasil para a Alemanha por 7×1 na final da Copa de 2014 e classificou-a como um castigo divino: "E Deus é justo, nós tomamos de 7 a 1 naquela Copa do Mundo da Alemanha. Já que é para castigar, vamos castigar". 
 
Lula é um castigo muito pior que o 7 a 1.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

DICAS ÚTEIS

MELHOR SABER FAZER E NÃO PRECISAR DO QUE PRECISAR FAZER E NÃO SABER.

1 - É comum recorrermos ao Histórico para reabrir abas do navegador que fechamos acidentalmente, mas o atalho de teclado Ctrl + Shift + T (no Mac, as teclas Cmd + Shift + T) produz o mesmo resultado de forma mais fácil e rápida. 
O truque, que funciona com os principais browsers (Chrome, Firefox, Edge etc.), pode restaurar as abas fechadas em sequência (basta repetir o comando) e até reabrir uma janela que foi fechada com várias abas ativas.
 
2 - Um vazamento envolvendo dezenas de bilhões de dados foi identificado pelo grupo de cibersegurança Security Discovery. Para conferir se seu email foi contemplado, acesse o site Have I Been Pwned?, que registra contas vítimas desse tipo de cibercrime.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Em sua 12ª edição, o Fórum Jurídico de Lisboa ganhou o apelido de Gilmarpalooza. A diferença em relação ao festival musical é que os shows mais atraentes do evento que tem o decano do STF como promoter não estão no palco principal, mas nos eventos paralelos — festas, jantares, coquetéis, e por aí vai.

Formalmente, o Gilmarpalooza começou na quarta-feira (26); informalmente, o rito inaugural foi o coquetel servido na véspera, na cobertura lisboeta do dono da Riachuelo, Flávio Rocha, onde roçaram cotovelos e interesses parlamentares, juízes e plutocratas. O orquidário emprestou seu aroma para o jantar do aniversário de 55 anos de Arthur Lira. Foi patrocinado por João Camargo, do grupo Esfera Brasil, cujo propósito é unir o privado e o público.

Há dinheiro público no custeio da revoada que deixou o Congresso às moscas. Pelo menos 160 autoridades dos Três Poderes e de governos estaduais foram para Lisboa. Quem não foi tomar vinho português está pulando fogueira de São João ou desfrutando do ócio remunerado. Para que o Gilmarpalooza alcance a perfeição falta apenas incluir um painel de debates sobre ética e decoro. Matéria-prima não falta.


3 - O pacote de recursos Galaxy AI foi o principal destaque das três versões do Galaxy S24 lançadas em 17 de janeiro. A Samsung informou que as novidades contemplarão também celulares mais antigos, como os das séries Galaxy S23, Galaxy S23 FE, Galaxy Z Fold5 e Flip5, e Galaxy Tab S9, mas não revelou se outros modelos também receberão as novas funcionalidades nem quais delas seriam eventualmente liberadas para esses dispositivos.
 
4 - Até recentemente, o Gmail para Android não contava com um botão "Selecionar tudo", o que nos obrigava a selecionar manualmente as mensagens que queríamos excluir, arquivar ou mover. Mas o botão foi criado e vem sendo implantado gradualmente, devendo estar disponível em breve para todos a base de usuários. 
 
5 - Aplicativos de bancos e de autenticação não permitem capturas de tela no Android. A medida é louvável do ponto de vista da segurança, mas isso não a torna menos incomodativa. Para burlar a proibição, podemos fotografar a tela com um segundo celular ou recorrer a aplicativos de terceiros, mas vale lembrar que podemos obter bons resultados ativando a captura de tela no Google Assistente. Para isso: a
bra o app do Google no celular Android, toque no ícone do perfil, selecione Configurações, toque em Google Assistente > Geral > Usar contexto da tela e ative a opção Usar captura de tela. Feito isso, é só dizer OK Google (ou manter o dedo sobre o botão Home), tocar no ícone de microfone, solicitar a captura da tela (perguntando em voz alta "O que está na minha tela?") e fazer o compartilhamento ou salvar o print na galeria do celular.
 
6 - Se preferir recorrer a um programa de terceiros, baixe o AZ Screen Recorder da Google Play Store e conceda-lhe permissão para se sobrepor a outros apps. Um botão flutuante repleto de opções será exibido no lado direito da tela. Para tirar o print, abra o app que restringe as screenshots, toque no botão flutuante e no ícone que representa uma maleta de ferramentas e ative a opção Captura de tela. Feito isso, toque no ícone da câmera fotográfica (que aparecerá na lateral esquerda da tela) e selecione Iniciar para tirar o print (que será salvo na pasta AzScreenRecorder criada pelo app no telefone). Outra opção é o XRecorder, que também é gratuito e funciona basicamente da mesma maneira.
 
6 - Se seu Android está lento e travando com frequência, o problema pode ser o acúmulo de dados em cache — área da memória que armazena arquivos temporários visando agilizar a execução dos aplicativos. O Google aprimorou o gerenciamento do cache nas versões mais recentes do sistema, mas a limpeza manual ainda se faz necessária, sobretudo em aparelhos com capacidade de armazenamento limitada. Para fazer a faxina, toque em Configurações > Aplicativos, selecione os apps um de cada vez e, em Armazenamento, toque em Limpar cache

Observação: Com ferramentas como o CCleaner é possível limpar o cache de todos os aplicativos com uma tacada só. 

sexta-feira, 28 de junho de 2024

VOTEM NELAS... (FINAL)

 

Misturar religião com política sempre foi má ideia em qualquer lugar do mundo, mas é ainda pior num país onde a "bancada evangélica" se locupleta com propina em ouro, via bíblia e no pneu. O projeto de lei do deputado-pastor Sóstenes Cavalcante — visando penalizar vítimas de estupro que abortam com o dobro da cana prevista para os estupradores — teve a urgência aprovada numa votação simbólica que demorou cerca de 20 segundos. 

Arthur Lira, o imperador da Câmara, aliou-se à banda fundamentalista, mas, mastigado no asfalto e nas redes sociais, achou por bem deixar a análise do mérito da proposta indecente para depois das eleições, quando os parlamentares estarão menos suscetíveis às pressões da opinião pública. Sob Lira, a Câmara sempre operou como uma espécie de monarquia onde reina a esculhambação. Surpreendido pelo desgaste, o imperador da Câmara se converteu num humilde servo da coletividade: "Somos uma Casa de 513 parlamentares. Qualquer decisão é colegiada." Pausa para as gargalhadas.

ObservaçãoLira enfrentou várias acusações ao longo de sua carreira política, mas deixou de ser réu no STF depois que a 1ª Turma acolheu um parecer da PGR favorável à anulação de uma denúncia de corrupção passiva contra ele​, mas o deputado continua enrolado com uma denúncia de sua ex-esposa, que o acusou de estupro. Gente fina é outra coisa.
 
O que marca as decisões dos pseudo-representantes do povo são seus interesses pessoais. Ideologia é história da Carochinha. Contam-se nos dedos os congressistas que mantêm sua posição apesar da pressão dos "formadores de opinião" eleitos por nichos da população. Os que não seguem a manada para não ficar isolados fazem-no por interesses cruzados — como a troca de favores entre grupos no momento em que se definem os candidatos à sucessão do presidente da Casa. Aliás, a enxurrada de projetos de lei que o chefão da Câmara desengavetou neste final de primeiro semestre é tão flagrantemente eleitoreira que desmente a postura de "grande líder" político que ele pretende transmitir. 

Fez o "L" esperando picanha? Prepare-se para a pica. Lula quer isentar de impostos o frango — que "é a carne que o povo consome" — e sobretaxar os cortes "nobres", consumidos por pessoas de "alto padrão". Escorar-se no consumo para equalizar a desigualdade social não é uma ideia brilhante, mas, vindo de quem vem, isso não causa espécie. 
A decisão foi criticada por setores do agronegócio e supermercados, que defendem uma cesta básica nacional mais ampla e foram surpreendidos pela ausência da proteína animal na lista — que inclui desde o tradicional arroz e feijão até farinha. Como se vê, além "dirigir" os olhos no retrovisor, Lula parece enxergar o Brasil como um imenso sertão nordestino.
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados, não é possível segregar os tipos de carne para reduzir a zero os cortes mais consumidos pela população de baixa renda, já que o boi é dividido em quarto dianteiro e quarto traseiro. 
Tampouco faz sentido discriminar a população com mais poder aquisitivo nem empurrar-lhe goela abaixo delícias como jabá e farinha de macaxeira.
 
A leniência com que tratam os
 próprios interesses demonstra a que vieram nossos deputados e senadores. Anistias dos mais variados graus, desde a multas partidárias por desrespeito à legislação eleitoral até a quem participou da tentativa golpista na Praça dos Três Poderes. Políticos dessa laia, que não se dão ao respeito como representantes do povo, ajudam a desacreditar as instituições. São parasitas que vivem à custa dos cidadãos comuns. Seu apetite é pantagruélico e sempre cabem mais verbas e regalias em suas gargantas sem fundo.

Ulysses Guimarães e Michel Temer dominaram a Câmara por anos a fio, mesmo quando fora da presidência, mas os atuais presidentes submergem assim que perdem o poder, razão pela qual a paga pelos favores tem de ser feita de imediato. 

A busca desesperada de Lira para se manter acima da linha-d’água provoca uma crise institucional que mina sua atuação e desgasta mais ainda a imagem do Congresso. Talvez estena na hora de votar nas putas. Está visto que votando nos filhos delas esta banânia dificilmente reencontrará seu norte.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

VOTEM NELAS. NOS FILHOS DELAS NÃO RESOLVE


O maior problema do Brasil remonta à criação do mundo segundo o Gênesis. Reza a lenda que, a alturas tantas, um anjo questionou o Criador por proteger de catástrofes naturais a região que mais adiante acomodaria o Brasil: "
Senhor, por que destinastes a essa porção de terra clima ameno, praias e florestas deslumbranes, grandes rios e belos lagos, mas não desertos, geleiras, vulcões, furações ou terremotos?" E Deus respondeu: "Espera e verás o povinho filho da puta que vou colocar lá." 

Dito e feito. Vivemos num país surreal. Nossa independência foi comprada, a Proclamação da República foi um golpe militar (o primeiro de uma série) e o voto é um "direito obrigatório" do cidadão. Em 133 anos de história republicana, três dúzias de brasileiros chegaram à Presidência pelo voto popular ou por eleição indireta, linha sucessória e golpe de Estado. Desses, oito, começando pelo primeiro (Deodoro da Fonseca), deixaram o cargo prematuramente. Entre os cinco que foram eleitos pelo voto direto desde a redemocratização, dois acabaram impichados. Se o "mito" dos cabeças-ocas não ingressou nessa seleta confraria, foi graças à conivência de Rodrigo Maia, à cumplicidade de Arthur Lira e à subserviência chapada de Augusto Aras.
 
Nossa democracia lembra aquelas fotos antigas de reis africanos que imitavam os trajes, trejeitos e enfeites dos governantes de nações mais evoluídas, mas não aprendiam suas virtudes. Na fotografia, banânia aparece como uma democracia de Primeiro Mundo, mas a realidade do dia a dia mostra pouco mais que uma cópia barata e malsucedida do artigo legítimo. 

Temos uma Constituição e até uma corte constitucional — onde os juízes, chamados de ministros, usam togas negras como os reis africanos usavam cartolas, e escrevem (às vezes até uma frase inteira) em latim. Temos procuradores gerais, parciais, federais, estaduais, municipais, especializados em acidentes do trabalho, patrimônio histórico, meio ambiente, infância, urbanismo e praticamente todas as demais áreas da atividade humana. Temas uma Câmara Federal e um Congresso Nacional. Temos eleições a cada dois anos e mais de 30 (!?) partidos políticos. Não nos falta nada, exceto a democracia, que ficou só na foto. 

Nossas eleições são subordinadas a todo tipo de patifaria, do voto obrigatório e horário eleitoral "gratuito"  às deformações propositais que entopem a Câmara Federal com políticos das regiões que têm menor número de eleitores. O resultado é um monumento à demagogia, à corrupção e à estupidez. 

Os eleitores são, em sua esmagadora maioria, ignorantes, desinformados e desinteressados, e a Justiça Eleitoral, criada para dar ao país eleições exemplares, permite a produção dos políticos mais ladrões do mundo. Temos mais de 30 legendas que se alimentam dos fundos partidário ( R$ 1,1 bilhão) e eleitoral (R$ 4,9 bilhões) bancados pelo dinheiro dos impostos pagos pelo "contribuintes". Algumas legendas não têm um miseros deputado ou senador no Congresso, mas seus donos enchem os bolsos leiloando suas cotas de tempo no horário eleitoral obrigatório. 

Mulheres e minorias são manipuladas pelas direções partidárias, que controlam quem tem acesso a financiamento público. Acordos políticos são urdidos surdina e os parlamentares (ou a maioria deles) votam com base em interesses pessoais. Milicias e fações criminosos têm representantes no Congresso, nas Assembleias Legislativas estaduais e nas Câmaras Municipais. Candidatos só entram em algumas regiões se tiverem proteção dos criminosos, e os moradores são "convidados a votar na "turma da casa". 

ObservaçãoComo se essa putaria franciscana com nosso dinheiro não bastasse, uma parcela substantiva dos trilhões achacados anualmente dos "contribuintes" escoa pelo ralo da corrupção e quase tudo que resata é usado para custear a máquina pública, de modo que nunca há recursos para investir em Saúde, Segurança Pública, Saneamento Básico, Educação etc.

Em abril, o déficit nominal atingiu o recorde de R$ 1,043 trilhão (no acumulado de 12 meses) e a mudança da meta do arcabouço fiscal para 2025 pirou o que já era ruim. Lula tem um xilique sempre que se fala em déficit fiscal em corte de gastos, forçando Haddad a inventar novas maneiras de arrancar dos "contribuintes" os bilhões que faltam para equilibrar as contas. 

Ex-poste de Lula na prefeitura de Sampa e ex-preposto do então presidiário mais famoso do Brasil no pleito presidencial de 2018, o ministro colecionou muitas vitórias como capataz da Fazenda de Lula 3, mas seu déficit zero virou ficção, o superávit tornou-se uma lenda, a estratégia da resolução da encrenca pelo aumento de arrecadação se exauriu, o dólar disparou, a inflação superou a meta de 3% prevista para o ano e o governo foi como que intimado a cortar gastos

Haddad e sua colega do Planejamento expuseram ao chefe o buraco produzido no Tesouro pelas benesses concedidas ao empresariado (somando-se as renúncias tributárias e os subsídios financeiros, a conta foi a R$ 646 bi no ano passado). Lula ficou "extremamente mal impressionado", mas não deu mostras de que pretende usar o fação. Chegou-se a cogitar que em breve a Fazenda teria outro capataz, como se trocar as rodas da carroça quando o problema está no burro adiantasse alguma coisa.

Lula "dirige" esta republiqueta de bananas com os olhos no retrovisor, mas é incapaz de ver o reflexo do responsável pelas próprias mazelas — que ele atribui ao presidende do BC que herdou de Bolsonaro. Na véspera da reunião em que o Copom decidiu pausar a sequência de cortes na Selic, o petista acusou Campos Neto de "trabalhar para prejudicar o país": "A única coisa desajustada no Brasil neste momento é a política do Banco Central

A decisão de interromper os cortes foi unânime, ou seja, os quatro diretores escalados por Lula — incluindo Gabriel Galípolo, cotado para ser o próximo presidente da instituição — também votaram a favor. Diante das críticas de petista, o Copom sinalizou que os juros estão altos por causa do desequilíbrio das contas do governo

Observação: A unanimidade deixou Lula na incômoda posição de derrotado e Campo Neto, na de bode expiatório gasto, que forneceu munição contra si ao participar do jantar oferecido (em sua homenagem) pelo governador bolsonarista de São Paulo. Em 31 de dezembro, o economista estará livre para colocar seu bolsonarismo a serviço da candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas, mas nem por isso o vermelho das contas nacionais será tingido de azul.
 
Os direitos dos cidadãos representam a área mais notável das semelhanças entre nossa democracia bananeira e os reis africanos que aparecem nas fotos-símbolo do colonialismo. Nunca houve tantos direitos escritos nas leis nem o poder público foi tão incompetente para mantê-los. O Congresso não representa a vontade soberna do povo, e há uma recusa sistemática em combater o crime por parte de nove entre dez políticos com algum peso. 
Pode passar pela cabeça de alguém que exista democracia num país como esse? 

Talvez esteja na hora de votar nas putas. Está visto que elegendo os filhos delas a trajetória ziguezagueante desta banânia dificilmente reencontrará seu norte.

Continua... 

sexta-feira, 17 de maio de 2024

O QUE É E COMO USAR O GOOGLE PASSKEY

ACTA NON VERBA.


Todo povo de merda tem os políticos de merda que merece. O ex-presidiário e dono do PL Valdemar Costa Neto levou ao baralho da sucessão interna das casas do Congresso Nacional a carta da anistia de Bolsonaro. "Vamos colocar isso na mesa, sim", disse o ex-mensaleiro à Globo. "Tanto na eleição da Câmara quanto na do Senado." 
O PL é o maior partido da Câmara e dispõe da segunda maior bancada no Senado. A ideia é que essa tropa marche para o colo dos candidatos que se dispuserem a desfraldar a bandeira da anistia do capitão — com perdão criminal e cancelamento da inelegibilidade — na sucessão de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, cujos reinados terminam em fevereiro. A proposta de reabilitação eleitoral é tão absurda quanto a ideia de um perdão preventivo na esfera criminal — aliás, trata-se de uma confissão de culpa de quem tratava a trama golpista como uma ficção. 
Em fevereiro, discursando na paulista, Bolsonaro disse que queria passar uma borracha no passado e pronunciou um vocábulo desconhecido dos seus lábios: "Conciliação". A certa altura, juntou-se aos "pobres coitados" na fila do perdão: "Nós não podemos concordar que um poder tire do palco político quem quer que seja." Valdemar retoma agora a pregação: "O Bolsonaro está inelegível por uma fala, por um encontro", diz, evocando a reunião de 2022 com embaixadores. Refere-se ao banimento das urnas por oito anos, decretado pelo TSE, como "um absurdo".
Costuma-se dizer que certos políticos têm duas caras, mas Bolsonaro tem três: a de "conciliador", que exibe quando lhe convém (uma alegoria sem amparo na realidade); a de criminoso, que sempre teve (e que foi potencializada); e a limpinha (que ele pensa que ainda pode ter), que depende de uma capitulação coletiva. 
Significa dizer que o Brasil inteiro precisaria se condenar para que esse dejeto da escória da humanidade fosse liberado de suas culpas. 
Val destacar que, segundo o Datafolha, a ideia de grudar uma anistia no 8 de janeiro não agradou a 63% dos entrevistados.

Google Passkey é uma tecnologia que permite acessar a conta Google e demais serviços a ela conectados usando um par de chaves criptográficas em vez tradicional senha alfanumérica. Grosso modo, ela funciona como o desbloqueio do celular por impressão digital, reconhecimento facial ou PIN.  Quando você se loga, o servidor da conta envia um "desafio" para o autenticador, que o soluciona e envia a resposta sem que nenhuma informação confidencial seja transmitida  para autenticar o usuário, o servidor não precisa da chave privada, apenas da chave pública e dos dados assinados. Isso torna o processo muito mais seguro, já que, sem as chaves privadas correspondentes, as chaves públicas são inúteis.
 
O Google Passkey dispensa a memorização de combinações alfanuméricas complexas. É comum as pessoas criarem senhas fáceis de lembrar (e, consequentemente, fáceis de quebrar) e usarem a mesma senha do email, por exemplo, em redes sociais, sites de compras etc. E isso é um prato cheio para os fraudadores de plantão. 

Observação: Basta usar um gerenciador de senhas para não ter de memorizar (ou anotar num post-it grudar na tela do monitor ou na capinha do celular) dezenas de combinações alfanuméricas complexasO próprio Google disponibiliza um gerenciador que sugere senhas fortes, salva-as (bem como as senhas criadas pelos usuários) num local seguro e as preenche automaticamente sempre que for necessário. Para usá-lo, bastar abrir o Chrome, clicar (ou tocar) nos três pontinhos e, em Gerenciador de senha, ativar a opção Oferecer para salvar senhas.
 
Além de serem complexas, exclusivas (para cada usuário a cada acesso) e dispensarem memorização, as passkeys não podem ser usadas em golpes de phishing, pois os cibervigaristas não têm como levar as vítimas a digitá-las num site falso. 

Google Passkey já foi ativado em mais de 400 mil contas e autenticou usuários mais de 1 bilhão de vezes nos últimos dois anos, superando as formas legadas de autenticação de dois fatores. A tecnologia foi implantada no Chrome em dezembro de 2022 e estendida a todas as contas do Google em todas as plataformas. Agora, a empresa vem ampliando a Proteção Cruzada de Conta para mais aplicativos e serviços de terceiros (para saber mais, clique aqui e/ou assista a este vídeo).
 
Ativar o Google Passkey leva menos de um minuto: basta acessar a página do Google, fazer o login com nome de usuário e senha do Gmail, abrir a sessão Segurança (no menu à direta), selecionar Chaves de Acesso > Usar chaves de acesso, e está pronto. 

Da próxima vez que se logar em sua conta do Google, você receberá uma mensagem confirmando o uso da ferramenta por meio de impressão digital, reconhecimento facial ou código de desbloqueio de tela. Para concluir o processo, será preciso ativar a conexão Bluetooth e confirmar o smartphone conectado à sua conta um gerenciador de senhas. 

Observação: Se o aparelho não estiver à mão, ainda será possível fazer o login usando a senha ou outros métodos disponibilizados em "Tente de outro jeito".

quarta-feira, 8 de maio de 2024

NOVIDADES NO GOOGLE PLAY STORE

ANTES TARDE DO QUE NUNCA.

O semipresidencialismo — sistema de governo em que o presidente partilha o poder executivo com um primeiro-ministro e um conselho de ministros (gabinete) — vigora no Brasil há décadas, e sua adoção formal é defendida por Arthur Lira há anos, mas, assim como o parlamentarismo, só é lembrado como solução para crises institucionais em anos de eleição presidencial. 
Se houvesse vontade política de debater essa alternativa e consenso em adotá-la no médio prazo, talvez se conseguisse solucionar o problemas das emendas impositivas, que na maioria das vezes só tem a ver com interesses político-eleitoreiros. O problema é que mudanças de sistema de governo no Brasil sempre ocorreram nas crises, e todas tiveram que ser "acoxambradas" para atender às peculiaridades da política tupiniquim. 
Nosso presidencialismo foi copiado por Rui Barbosa da Constituição americana em 1891, para substituir o parlamentarismo "flexibilizado" que existia no Segundo Império. Em 124 anos de história republicana, o parlamentarismo vigeu durante míseros 16 meses de 7 setembro 1961, quando foi implantado para solucionar a crise institucional resultante da renúncia de Jânio e recusa dos militares em aceitar a posse de Jango, até 3 de janeiro de 1963, quando foi extinto por decisão tomada pelo povo em plebiscito.
Desde o governo Michel Temer (que também é defensor do semipresidencialismo), o aumento da influência do Congresso no governo culminou com o simulacro de semipresidencialismo identificado por Arthur Lira como nosso sistema de fato. Talvez fosse o caso oficializá-lo de uma vez por todas.

Em 2019, o Google namorou com o download simultâneo de dois ou mais apps na Play Store — que, aliás, é uma solicitação antiga dos usuários. O casamento nunca aconteceu, mas o blog TheSpAndroid revelou recentemente que a funcionalidade está sendo testada na versão 40.0.13 da Play Store.

Nos moldes atuais, o gerenciador de downloads do sistema organiza os apps numa fila e atende às demandas uma de cada vez. No novo, será possível fazer dois downloads simultâneos, mas qualquer pedido que envolvendo mais de dois apps fará com que o terceiro seja colocado na fila de espera. Além disso, os downloads paralelos não funcionarão nas atualizações de aplicativos instalados, que continuarão sendo baixadas individualmente. 
 
No último dia 29, nova postagem do blog supracitado revelou que a novidade em assunto foi incluída na versão 40.6.31 da Play Store dentro do Android 14, mas que a liberação está sendo feita de forma gradual, e ainda não se sabe ela será estendida ao Android 13 e às versões anteriores do robozinho verde. 

Melhor seria o Google agilizar as atualizações dos apps — que são bem mais frequentes do que as instalações. Enfim, quem viver verá.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

QUEM VIVER VERÁ

A ÚNICA MANEIRA DE SEGUIR EM FRENTE É SEGUINDO EM FRENTE.

A conversa entre "dois seres humanos" que Lula manteve com Arthur Lira foi insuficiente para normalizar as relações do Planalto com o Congresso. Para piorar, nem bem desobstruiu sua relações com o imperador da Câmara, o petista foi intimado pelas circunstâncias a se reunir com o presidente no Senado. 

Em agosto de 2011, ignorando a máxima segundo a qual nada é mais permanente do que um programa temporário do Estado, Dilma concedeu um alívio tributário a empresas em troca da promessa de manutenção de empregos, que duraria até dezembro de 2012, mas ganhou a perenidade de um fantasma e continua favorecendo empresas de 17 setores da economia. 

Na semana passada, Pacheco insinuou que o governo deveria reduzir gastos em vez de recorrer ao STF contra o benefício tributário que o Congresso renovou até 2027. Haddad cobrou responsabilidade fiscal do Legislativo. Pacheco disse que o ministro foi "injusto", e  que o zelo com as contas nacionais não inclui uma adesão à agenda do Poder Executivo. 

Dilma reconheceu que a desoneração tributária foi um erro. Ironicamente, o mesmo Congresso que a defenestrou sob a alegação de que praticara ciclismo fiscal pega em lanças por uma assombração tributária que sobreviveu ao impeachment e a todos os governos que vieram depois dele.


O termo Q-Day remete ao dia em que um computador quântico se tornará capaz de quebrar as chaves criptográficas que governos e empresas vêm utilizando há décadas para proteger informações sensíveis. Quando (e se) isso acontecer, a segurança dos sistemas financeiro, de tráfego aéreo, usinas nucleares e rede elétrica, entre outros, poderá ser quebrada em poucos minutos. 

A ameaça não se limita apenas a futuras violações. Dados criptografados coletados agora e nos próximos anos poderão ser desbloqueados após o Q-Day, e autoridades de inteligência dos EUA afirmam que a China e a Rússia vêm armazenando esses dados na esperança de decodificá-los no futuro. Joe Biden sancionou a Lei de Preparação para a Segurança Cibernética da Computação Quântica, mas os novos protocolos de criptografia levarão mais de uma década para substituir os atuais, e isso pode ser tempo demais para evitar uma catástrofe.

Os computadores convencionais mais poderosos, capazes de fazer 1 trilhão de tentativas por segundo, levariam trilhões de anos para quebrar chaves de 256 bits — daí esse protocolo ser considerado seguro e ser largamente utilizado em sistemas criptográficos modernos, como o AES. Mas o detalhe (e o diabo mora nos detalhes) é que a segurança da criptografia não se baseia somente na quantidade de bits da chave, mas também no algoritmo utilizado.
 
Apesar de estarmos habituados com a base decimal, podemos escrever qualquer número inteiro usando a base binária, na qual o computador "enxerga" uma sequência de dígitos e multiplica cada potência de 2 (da esquerda para direita) por 0 ou 1 para chegar ao resultado. A sequência "10", por exemplo, tem dois bits e equivale a 0x20 + 1x21; a sequência "111" tem três bits e equivale a 1x20 + 1x21 + 1x22, e assim por diante. Já os qubits (bits quânticos) podem assumir os valores 0, 1 ou 0 e 1 ao mesmo tempo, o que aumenta astronomicamente a velocidade de processamento dos computadores quânticos, que executam em poucos minutos tarefas que os supercomputadores atuais levariam milhares de anos para concluir.

A Atom Computing criou o primeiro computador quântico capaz de alcançar a marca dos 1180 qubits, deixando no chinelo os 433 qubits do Osprey, da IBM. Mas s IBM e o Google vêm criando modelos cada vez mais poderosos, e tudo indica que um avanço significativo poderá ser alcançado ainda nesta década. Todavia, mesmo que o avanço seja notável, o novo recordista ainda não é capaz de executar operações usando todos os qubits ao mesmo tempo.
 
Na década passada, anteviram-se a possibilidade de um salto substancial na computação quântica e os riscos que isso representa para a segurança, que, até então, vinham sendo solenemente ignorados. O senso de urgência foi intensificado pela consciência de quão difícil e demorada seria a implementação de novos padrões. A julgar por migrações passadas, estima-se que, mesmo depois de se estabelecer uma nova geração de algoritmos, a implementação pode levar mais 10 ou 15 anos. 
De acordo com NIST, o governo americano estabeleceu uma meta geral de migrar o máximo possível para algoritmos resistentes ao quantum até 2035 — projeto que muitos pesquisadores reconhecem ser ambicioso.
 
Apesar dos sérios desafios da transição para esses novos algoritmos, os EUA se beneficiaram da experiência de migrações anteriores, como a que foi feita para solucionar o chamado bug do milênio e as mudanças anteriores para novos padrões de criptografia. O tamanho alcançado por gigantes como Amazon, Apple, Google e Microsoft, que controlam grandes faixas de tráfego da internet, sugere que alguns poucos participantes poderiam realizar grande parte da transição com relativa agilidade, mas os estrategistas alertam que a maneira como um adversário pode se comportar depois de obter um grande avanço torna a ameaça diferente de qualquer outra que a comunidade de defesa já enfrentou. 

Quem viver verá.