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terça-feira, 21 de outubro de 2025

DO TELEFONE DE D. PEDRO AO CELULAR (4ª PARTE)

TODO MUNDO É IGNORANTE, SÓ QUE EM ASSUNTOS DIFERENTES.

Ainda sobre a questão da autonomia — que é de suma importância para quem usa smartphones 24/7 —, poucos aspectos incomodam tanto quanto a necessidade de recarregar a bateria todos os dias. Nesse contexto, a marca chinesa Oukitel oferece modelos com bateria de 18.000 mAh, que proporcionam uma semana de uso moderado ou de três a quatro dias de uso intenso, sem necessidade de recarga. 


Isso nos leva à seguinte pergunta: se é possível equipar smartphones com baterias de mais de 10.000 mAh, o que a Apple, a Samsung e a Motorola estão esperando para lançar modelos com esse "poder de fogo"? A resposta está no equilíbrio entre design e usabilidade: a maioria dos usuários prioriza aparelhos finos e leves, confortáveis no bolso e na mão, e uma bateria com tamanha capacidade exige quase o dobro da espessura de um iPhone. Isso sem falar no peso adicional, no custo de fabricação e no tempo de recarga, que pode variar entre 3 e 5 horas, mesmo com carregadores rápidos.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Dizem que burros velhos não aprendem truques novos, mas até um burro cego tropeça na cenoura por acidente. Prova disso é a indicação de Jorge Messias para a vaga do ministro Barroso, que formalizou sua aposentadoria antecipada no sábado (18).

Em junho de 2003, com apenas seis meses no cargo, coube a Lula indicar três nomes para o Supremo. Na época, o petista seguiu os conselhos de seu ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. A tríade foi composta por Cesar Peluso — desembargador de carreira de São Paulo —, Ayres Britto — poeta-advogado sergipano —, e Joaquim Barbosa — membro do MPF que se tornou o primeiro negro no STF.

Para o posto de um magistrado de carreira paulista, o molusco escolheu outro de mesmo perfil; para o lugar de um ministro de origem nordestina e de posição moderada, Ayres Britto veio como da mesma região, mas com viés mais progressista; e para a cadeira do decano e último sobrevivente das indicações do regime militar, Lula indicou Joaquim Barbosa.

No ano seguinte, foi guindado ao STF Eros Grau — advogado e ex-torturado na ditadura —; em 2006, o advogado paulista Ricardo Lewandowski e a procuradora mineira Carmen Lúcia.

A opção jurídica desenhada por Thomaz Bastos nas seis indicações se mostrou uma decepção para os petistas. Quando veio o mensalão em 2005, nenhum deles se alinhou ao grupo do ‘deixa disso’, à exceção de Lewandowski, hoje ministro da Justiça no Lula 3. Barbosa, como relator do processo, virou o algoz do grupo flagrado distribuindo dinheiro na boca do caixa do Banco Rural. Vieram outras vagas, e Lula indicou Menezes Direito e Dias Toffoli, e Dilma, a inolvidável, três “Luíses” — Fux, Barroso e Fachin.

De um tempo a esta parte, os supremos togados ganharam tal protagonismo que o chefe do Executivo de turno procura indicar nomes que não se tornarão problemas. O ex-deputado e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, que ganhou a suprema toga de FHC, chegou a ser chamado maldosamente de líder do governo no STF por conta de pedidos de vistas em processos de interesse do Executivo. 

Bolsonaro abrilhantou a Corte com o ministro-tubaína Nunes Marques e o terrivelmente evangélico André Mendonça. Se a vaga de Barroso for preenchida por Messias, também evangélico, será a prova provada de que Lula aprendeu a lição.

Triste Brasil. 


Para quem tem acesso a tomadas em casa, no trabalho, na escola e até no carro, essa autonomia pode até ser desejável, embora esteja longe de ser indispensável. No entanto, em operações de campo, trilhas longas e regiões inóspitas, sem disponibilidade de energia elétrica, não se trata de luxo — mas de necessidade.

 

Falando em celulares chineses, fabricantes como Xiaomi, Realme, OPPO, JOVI, Honor e Huawei oferecem modelos que se destacam pelo visual diferenciado, configuração parruda e bom custo-benefício. É fato que a fama de produtos xing-ling ainda deixa muita gente com a pulga atrás da orelha, o suporte técnico no Brasil nem sempre é fácil, as atualizações de sistema costumam ser mais limitadas e, em alguns casos, os aparelhos não são certificados pela Anatel, nem compatíveis com as bandas de 5G usadas em nosso país.

 

Observação: Vale destacar que "bom custo-benefício" não significa necessariamente preço baixo: o Huawei Mate XT Ultimate — o único smartphone com três telas dobráveis, capaz de se transformar em um tablet de visual futurista e acabamento premium — custa mais de R$ 30 mil. 

 

Modelos como Realme C75, Realme 14 Pro+ e OPPO Reno 13 F contam com certificação IP69, que assegura proteção contra poeira e resistência não só a mergulhos em água doce, mas também a jatos de alta pressão e temperaturas extremas. O OPPO Reno 13 F, por exemplo, funcionou normalmente depois de ser exposto a um jato contínuo de água a 80°C e ficar submerso por 30 minutos. Mas nem tudo são flores: esse nível de proteção exige carcaça robusta e vedação reforçada, sem falar que, para manter o preço competitivo, os fabricantes não integram câmeras avançadas ou processadores topo de linha, por exemplo. No entanto, se você prioriza resistência em detrimento da leveza e da maneabilidade, pode ter certeza de que esses dispositivos foram feitos para durar, mesmo nas situações mais adversas.

 

Outro diferencial dos celulares chineses é o carregamento rápido. Enquanto Apple e Samsung limitam a potência de carga na maioria dos modelos — e nem sempre incluem o carregador na caixa —, marcas como Xiaomi, Realme, OPPO e JOVI oferecem carregadores de 45 W até com os modelos intermediários. O Realme GT 7, por exemplo, vem com bateria de 7.000 mAh, suporte ao carregamento SuperVOOC de 120 W — capaz de ir de 0% a 100% em cerca de 36 minutos sem esquentar demais — e fornece o carregador junto com o aparelho.

 

Para ilustrar melhor a questão do custo-benefício, o Poco X7 Pro integra chip Dimensity 8400 Ultra, bateria de 6.000 mAh em silício-carbono, 12 GB de RAM, 512 GB de armazenamento interno, tela AMOLED de 120 Hz, e custa a partir de R$ 2 mil. Já o Realme 13+, com chip Dimensity 7300 Energy, tela AMOLED de 120 Hz e bateria de 5.000 mAh com recarga de 80 W, pode ser encontrado a partir de R$ 1,8 mil no Mercado Livre. 


Ainda que esses valores chamem atenção, sobretudo se comparados ao de modelos concorrentes com especificações parecida, a maioria dessas ofertas tentadoras vem do chamado mercado cinza, formado por celulares importados e revendidos por canais não oficiais, sem garantia de fábrica nem assistência técnica autorizada. 


Outro aspecto que desfavorece os celulares chineses são as atualizações. Mesmo com avanços recentes, modelos de entrada e intermediários costumam receber duas ou três atualizações do Android e patches de segurança por apenas dois ou três anos. Em contrapartida, a Apple oferece até seis anos de suporte para os iPhones, e a Samsung promete sete grandes atualizações do Android para modelos topo de linha.

 

Resumo da ópera: comprar um celular chinês pode valer ou não a pena, dependendo das características que você mais valoriza. Se por um lado eles se destacam pelo design inovador, resistência elevada, carregamento ultrarrápido, ficha técnica robusta e preços acessíveis — vantagens claras para quem procura tecnologia de ponta sem gastar tanto —, por outro a política de atualização de software ainda deixa a desejar, o suporte técnico é restrito e a compra no mercado cinza reduz garantias e dificulta a assistência.

 

Continua...

quarta-feira, 30 de abril de 2025

WINDOWS 10 — UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

OS POLÍTICOS SÃO A MENTIRA LEGITIMADA PELA VOTO POPULAR.

Quatro meses depois de anunciar o lançamento do Windows 11 e informar que o Windows 10 deixaria de receber suporte em 14 de outubro de 2025, a Microsoft começou a distribuir o upgrade para a versão pronta e acabada do novo sistema para usuários que rodassem o Ten em máquinas "elegíveis" ou que se dispusessem a comprar um computador novo, que viria com o Win11 pré-instalado ou poderia ser atualizado via Windows Update pelo próprio usuário.

Naquela ocasião, a empresa estimava que todos os aparelhos compatíveis estariam rodando o Win11 em meados de 2022, mas faltou combinar com os russos: o Win10 velho de guerra continua firme e forte, com 68% da preferência dos usuários, enquanto seu sucessor contabiliza 27%, e as versões 8.1, 7, Vista e XP somam 4,5%.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Em 2015, a PGR denunciou Fernando Collor por surrupiar R$ 20 bilhões da BR Distribuidora. Em 2023, o STF o condenou a 8 anos e 10 meses de prisão, mas seus advogados conseguiram procrastinar o cumprimento da pena até a semana passada. 

Nesse entretempo, Gilmar Mendes (atual decano da Corte e verdadeira herança maldita de FHC) votou pela absolvição e, vencido, tentou reduzir a pena à metade. Exausto das manobras protelatórias da defesa, Alexandre de Moraes, relator da encrenca, determinou a prisão imediata do Rei Sol, que, a pedido, foi envidado para uma “hospedaria especial” em Maceió. 

Moraes submeteu seu despacho ao plenário, Gilmar esboçou um pedido de destaque, mas recuou. O placar chegou a 6 a 0 pela prisão, mas o "terrivelmente evangélico" André Mendonça divergiu e foi seguido por Gilmar, Fux e o ministro-tubaína Nunes Marques. Zanin, como costuma fazer em processos da Lava-Jato, se absteve de votar. A defesa apresentou um pedido de prisão domiciliar, que ora se encontra pendente de manifestação da PGR.

Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura — e o primeiro a ser penabundado do cargo por impeachment. Sua trajetória errática e politicamente camaleônica incluiu alianças com Bolsonaro e com o PT. Em 2014, pediu votos para Dilma e até usou um trecho elogioso de Gleisi Hoffmann em sua propaganda. Em 2022, perdeu a disputa pelo governo de Alagoas com pífios 14% dos votos. Após sua prisão, o PRD o expulsou, seus aliados silenciaram e os líderes da legenda o descreveram como "distante da cúpula e irrelevante nas decisões". 

Sua prisão tardia e cercada de privilégios, representa o ocaso de um personagem que simbolizou tanto o colapso precoce da Nova República quanto a persistência das velhas práticas políticas. Já se ele vai realmente cumprir a pena, bem, eu não tenho bola de cristal, mas tampouco tenho memória de galinha. Para quem nao se lembra, em 2018 o TRF-4 aumentou de 8 para 12 anos a pena de Lula no processo do triplex e determinou sua prisão. Em 2019, numa votação apertada (6 votos a 5), o STF mudou seu entendimento sobre a "prisão em segunda instância", e Lula deixou sua cela VIP em Curitiba no dia seguinte, depois de 1 anos e 5 meses gozando da hospitalidade da PF em Curitiba. 

Em 2017, depois de procrastinar sua prisão por 4 décadas, Paulo Maluf — ex-prefeito da capital paulista (1969-1971; 1993-1996), ex-governador de São Paulo (1979-1982), candidato à Presidência em 1995 e 1989, ex-secretário dos Transportes, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, ex-vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, quatro vezes deputado federal, líder de cinco partidos políticos e réu em 70 processos — foi finalmente encarcerado na Papuda. Três meses depois, graças ao bom coração do eminente ministro Dias Toffoli — que foi presenteado por Lula com a suprema toga, mesmo tendo levado bomba duas vezes seguidas em concursos para juiz—, foi enviado para casa por "razões humanitárias" e permaneceu em prisão domiciliar até maio de 2023, quando teve a pena extinta com base no indulto natalino concedido por Bolsonaro.

Na visão de Toffoli, o turco ladrão, então com 87 anos, estava à beira do desencarne; hoje, aos 93, se ele realmente está morrendo, é de rir de quem acredita na justiça desta banânia. 


Em julho de 2015, quando deu à luz o Win10, a Microsoft previu que seu novo rebento ultrapassaria a marca de 1 bilhão de instalações em três anos. Apesar do upgrade gratuito, essa meta só foi alcançada em janeiro de 2020, quando faltavam menos de 2 anos para o lançamento oficial do Win11, que é mais exigente, em termos de hardware, e bem menos simpático que seu antecessor aos olhos dos usuários. 

Faltando menos de seis meses para o Win10 deixar de receber suporte e atualizações de segurança da Microsoft, manter o sistema em uso após o prazo final aumentará significativamente o risco de ser vítima de pragas digitais, cibercriminosos e assemelhados. 

No ambiente corporativo, máquinas desatualizadas podem facilitar ataques de ransomware, sequestro de dados, sabotagens e outros incidentes graves. E a solução vai além da simples compra de novas licenças ou realização de upgrades: é preciso avaliar a compatibilidade de hardware, a maturidade dos aplicativos que rodarão no novo sistema, as políticas de segurança e criptografia (como a exigência do TPM 2.0, por exemplo) e, principalmente, o treinamento e adaptação das equipes que usarão diariamente essas máquinas.

Sensível ao fato de que cerca de 240 milhões de computadores podem se tornar lixo eletrônico devido à incompatibilidade com o Win11, a Microsoft criou programas de suporte estendido. Mas eles custam dinheiro e são meros paliativos, já que não eliminam a necessidade da mudança sem a qual o aumento da insegurança pode minar a competitividade das empresas.

No âmbito doméstico, a solução é mais simples: quem tem um PC compatível e não migrou pode fazer o upgrade, e quem tem máquinas incompatíveis pode "forçar" a instalação do novo sistema ou migrar para o Linux, por exemplo — distribuições como o Ubuntu oferecem uma interface semelhante à do Windows, tornando o "reaprendizado" uma questão de dias ou semanas. O macOS é imbatível, mas só roda no hardware fabricado pela própria Apple, o que encarece a mudança (embora ela valha cada centavo).

Uma alternativa que a própria Microsoft oferece, ainda que discretamente, consiste em adotar uma versão do Win10 Enterprise, como a LTSC 2021, que é baseada na versão 21H2 do Windows 10 e deve receber suporte até janeiro de 2027. A IoT Enterprise LTSC 2021, também baseada na versão 21H2, se parece e funciona como o clássico sistema para desktop, embora existam diferenças pontuais em relação às edições Home ou Professional — nas versões LTSC, o usuário permanece com a versão básica (21H2, build 19044), recebendo apenas patches de segurança e estabilidade. No entanto, como não haverá novas versões importantes após a 22H2, isso não chega a ser um grande inconveniente.

Chaves de produto do Windows 10 Home ou Professional não funcionam para ativar uma edição Enterprise LTSCA adoção deve ser feita mediante um contrato de licença por volume (VLAs) para menos 5 estações de trabalho, mas é possível negociar licenças individuais com alguns revendedores. Embora existam fontes não oficiais e ferramentas de ativação circulando na Internet, seu uso viola os termos de licenciamento da Microsoft.

Migrar para uma versão Enterprise LTSC significa abrir mão da Microsoft Store, da Cortana, do OneDrive e de aplicativos pré-instalados como Weather, Mail ou Contacts. Mas o Windows Defender, o navegador Edge e acessórios clássicos, como o Bloco de Notas e o WordPad, continuam presentes. O processo de instalação é semelhante ao convencional. O sistema tenta se conectar a uma conta corporativa, mas também oferece a opção de criar uma conta local tradicional. 

A versão IoT usa o inglês americano como idioma padrão, enquanto a Enterprise LTSC oferece mais opções linguísticas. Mas ambas são soluções legítimas para quem deseja manter o Windows 10 em seu hardware atual por até sete anos após 14 de outubro.

quarta-feira, 26 de março de 2025

PREVISÕES E MAIS PREVISÕES

FUJA DOS POBRES ENRIQUECIDOS E DOS RICOS EMPOBRECIDOS.

 
O mundo avançou mais nos últimos dois séculos do que desde a invenção da roda até Revolução Industrial. Ainda estamos longe do futuro à la The Jetsons, onde carros voadores, faxineiras-robôs e férias em Marte fazem parte do cotidiano, mas já temos telefones celulares, relógios inteligentes e televisores com telas ultrafinas. Robôs de aparência humanóide — como a Rosinha do desenho — estão sendo desenvolvidos, e aspiradores autônomos dividem espaço com os convencionais nas prateleiras das lojas de eletrodomésticos. Quanto a carros voadores, o Genesis X1 e modelos da empresa de mobilidade aérea urbana Eve, da Embraer, devem estar disponíveis no ano que vem.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Ontem, após rejeitar as preliminares levantadas pelas defesas, a primeira turma do STF suspendeu a sessão e adiou para as 9h30 de hoje a decisão de promover Bolsonaro e outros sete denunciados a réus.
Na segunda-feira, depois de rejeitar o pedido de suspeição de Moraes, Dino e Zanin, o ministro Nunes Marques teve uma recaída de bolsonarite aguda e interrompeu o julgamento da deputada Carla Zambelli quando o placar era de 4 a 0 pela condenação a 5 anos e 3 meses de prisão por perseguição armada em outubro de 2022 (Zanin e Toffoli anteciparam seus votos, formando maioria pela condenação da parlamentar).
O pedido de vista chegou ao STF em 1997, de carona com o deputado Nelson Jobim, que ganhou a suprema toga do então presidente FHC. Em tese, sua finalidade é dar mais tempo aos magistrados para estudar os autos, mas na prática ele serve para obstruir a votação e adiar uma decisão uma decisão contrária ao entendimento do ministro que recorre a esse estratagema.
Pelo regimento interno do STF, a devolução dos autos deve ser feita até a segunda sessão subsequente à do pedido de vista, mas ninguém se atém a isso. Na maioria das vezes, o autor do pedido só devolve o processo quando vislumbra a possibilidade de um ou mais colegas mudarem o voto, ou quando a maioria formada já não faz mais diferença. O ministro Ayres Britto, aposentado em 2012, alcançou a marca de 76 pedidos de vista, dos quais 70 não haviam sido devolvidos quando ele deixou o tribunal.
O que o ministro-tubaína fez foi empurrar com a barriga uma condenação inevitável, o que só faz sentido se a intenção for não "contaminar" o julgamento da admissibilidade da denuncia contra Bolsonaro et caterva por tentativa de golpe de estado e outros crimes. Não sei se foi esse o caso, mas a mim me parece um bom palpite.

No desenho, o jetpack era o sonho de consumo dos telespectadores mirins, mas a tecnologia já existe  — em 2021, a JetPack Aviation vendeu unidades para militares de um país do sudeste asiático. No campo das viagens espaciais, um estudo científico que tomou como base o voo dos albatrozes sugere que é possível aproveitar os ventos gerados pelo Sol para alcançar até 2% da velocidade da luz, permitindo que espaçonaves ultrapassem os limites do Sistema Solar — como já fizeram as sondas Voyager, lançadas pela NASA em 1977, que já alcançaram o espaço interestelar.
 
Nem todas as previsões feitas em filmes de ficção, como a trilogia De Volta para o Futuro, se concretizam (vale a pena conferir 13 pisadas na bola  da saga criada em 1989, que previu como seria o mundo dali a 26 anos), mas mantos de invisibilidade — como o usado por Harry Potter (criação de J.K. Rowling) — não só foram desenvolvidos a partir de metamateriais que fazem a luz contornar o objeto coberto, como também vêm sendo constantemente aprimorados.
 
Quando a Apollo 11 alunissou (1969), previu-se que, em poucos anos, as viagens interplanetárias seriam corriqueiras. Mas até agora, o que conseguimos foram robôs em Marte e sondas explorando os confins do Sistema Solar — o que, convenhamos, não é pouco. Em 1995, a BBC veiculou o programa Tomorrow's World, onde pensadores renomados especulavam sobre os avanços tecnológicos das três décadas seguintes. Um desses episódios contou com o astrofísico Stephen Hawking, que afirmou que poderíamos esperar "grandes mudanças" para 2025.
 
Com uma frase tão vaga, fica difícil errar (daí o sucesso de cartomantes, videntes e horoscopistas de tabloides, que fazem previsões genéricas, como "aquarianos devem cuidar da saúde", "librianos precisam evitar investimentos arriscados" ou "piscianos terão novidades no campo sentimental"). Mas a equipe do Tomorrow’s World foi mais longe, prevendo que, até o ano 2000, a web estaria sob o controle de "barões empresariais" e grandes bancos. Embora a internet tenha permanecido de acesso livre, os maiores espaços e sites são propriedade de poucas corporações, que controlam os algoritmos e o que os usuários podem acessar. 
 
A mineração espacial, que era considerada uma grande indústria para 2025, ainda não aconteceu, e tampouco as viagens do Reino Unido para a Índia em 40 minutos, mas óculos de realidade virtual, alto-falantes inteligentes como a Alexa e até hologramas estão cada vez mais presentes. Filmes distópicos ambientados em 2025 frequentemente retratam desastres e tragédias ecológicas. Future Hunters (1986) descreve a Terra como um grande deserto. Mesmo que essa previsão apocalíptica não tenha se concretizado, a ONU estima que até 2045, 135 milhões de pessoas serão deslocadas devido à desertificação. 

Talvez o filme de ficção que mais se aproxima da realidade de 2025 seja Ela (2013), que abordou a relação crescente da sociedade com inteligências artificiais conversacionais. Hoje, já existem assistentes virtuais e chatbots que servem como companhia para muitas pessoas, seja por carência, entretenimento ou pura conveniência.
 
Continua...

terça-feira, 25 de março de 2025

ENTRE DEUSES E TOGADOS

ALEA JACTA EST.

Asgard, o equivalente nórdico do Monte Olimpo da mitologia grega, liga-se Midgard, o reino dos mortais, por Bifrost, a ponte do arco-íris. Lá, num um majestoso salão com 540 portas, fica Hlidskialf, o trono mágico de onde o todo-poderoso Odin observa tudo que acontece nos nove mundos.

 

Num certo planetinha azul, encravada no Planalto Central de uma republiqueta de almanaque, fica a mitológica Brasília da Fantasia. No extremo leste de seu Plano Piloto, as sedes do Executivo federal, do Legislativo e do Judiciário dividem a Praça dos Três Poderes


Até o início do século XIX, nossa republiqueta de bananas não tinha uma corte suprema. Com a vinda da família real portuguesa para o Rio de Janeiro, foi criada a Casa da Suplicação do Brasil, mas a função de suprema corte só se solidificou em 1829, com a criação do Supremo Tribunal de Justiça, que passou a se chamar Supremo Tribunal Federal em 1890, nas pegadas da Proclamação da República.

 

O STF ocupa uma área de 14.000 m2 (100 dos quais reservados para a sala do presidente da Corte). Seus 11 membros, chamados de ministros, são indicados pelo presidente da República e aprovados no Senado por maioria simples (41 dos 81 votos possíveis). O cargo não é vitalício, mas a aposentadoria só é compulsória quando o semideus togado completa 75 anos.

 

Diferentemente das imagens da deusa Têmis que decoram fóruns e tribunais mundo afora, a estátua de pedra erigida diante do STF está sentada. Como as demais, tem os olhos vendados e uma espada na mão, mas sua balança foi roubada por um deputado que, graças ao foro privilegiado, ainda não foi julgado. Em nossa corte suprema, uma decisão tanto pode demorar duas horas quanto vinte anos, a depender do ministro que a toma e de quem ela favorece — vide o caso de Collor, que foi condenado a mais de oito anos de prisão em 2023 e continua livre, leve e solto graças a sucessivos embargos procrastinatórios. É a prova provada de que, conforme o nível de renda, poder e influência, criminosos condenados não vão para a prisão ou a deixam pela porta da frente arrotando inocência.

 

Passados dois séculos, o STF rescende ao bolor dos tempos do Império, com seus paramentos, rapapés, salamaleques, linguagem empolada e votos repletos de citações em latim. Manter essa máquina gigantesca funcionando custa mais de R$ 1 bilhão por ano aos "contribuintes". Some essa exorbitância aos R$ 6 bilhões anuais gastos com o STJ e o TST, acrescente os salários e mordomias dos senadores, deputados federais, governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores, e a dinheirama que vasa pelo ladrão da corrupção, e você entenderá  por que um país que arrecada quase R$ 3 trilhões por ano não tem dinheiro para investir em Saúde, Educação, Segurança etc.

 

Além do papel de corte constitucional, cabe ao STF processar parlamentares, ministros de Estado, presidentes e outros detentores de foro privilegiado, bem como julgar recursos extraordinários contra decisões de outros tribunais. Os magistrados deveriam ser técnicos, impessoais e apartidários, mas tomaram gosto pela política — e quem consegue poder político não abre mão dele facilmente — e, a exemplo de 90% dos brasileiros, sucumbiram à polarização.

 

Essa sucumbência ficou evidente em 2019, quando, por 6 votos a 5, o tribunal mudou seu entendimento sobre o cumprimento antecipado da pena após a confirmação da condenação por um juízo colegiado, pavimentando o caminho para "a volta do criminoso à cena do crime" (como disse Geraldo Alckmin em 2021, quando ainda não cogitava disputar a vice-presidência na chapa encabeçada pelo xamã petista).

 

O mesmo se deu em 2021, quando, por 8 votos a 3, o tribunal anulou as condenações impostas a Lula com base na incompetência territorial da 13ª Vara de Curitiba — mal comparando, foi como determinar a soltura de um criminoso preso em flagrante pela Guarda Civil Metropolitana sob o pretexto de que a prisão caberia à Polícia Militar. Mas daí a dizer que o STF interferiu no resultado da eleição presidencial de 2022 e que o capetão vem sendo perseguido por "Xandão" e seus pares vai uma longa distância.

 

Dá-se de barato que Bolsonaro será promovido a réu entre hoje e amanhã. Ainda que a decisão coubesse ao plenário, não haveria garantias de que Kássio Nunes Marques e André Mendonça votariam a favor daquele que cobriu seus ombros com a suprema toga. O "ministro tubaína", que o ex-presidente considerava 10% dele no STF, votou com a maioria que indeferiu os pedidos de afastamento de Moraes, Dino e Zanin do julgamento da denúncia. O voto do "ministro-pastor" não reverteu a goleada, mas evitou a unanimidade. Em última análise, Mendonça ganhou a toga por serviços prestados previamente, ao passo que Marques mostrou que esperar fidelidade a posteriori é como contar com o ovo no cu da galinha.

 

Enquanto a 1ª Turma do STF decide se aceita ou não a denúncia contra Bolsonaro et caterva, partidos do Centrão já descartam o "mico" como possível candidato à presidência em 2026 e relutam em embarcar no pedido de urgência da votação da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8/1. E ainda que a proposta passasse na Câmara, o Senado certamente a barraria. Seus advogados sabem que as chances de absolvição são as mesmas de um pároco de aldeia ser ungido papa, de modo que fazem o possível para poluir a sentença com suspeitas de perseguição política. 

 

Bolsonaro chegará ao banco dos réus ainda algemado à tese da perseguição — uma fabulação que reduz tudo a uma sedutora versão de complô do sistema e da imprensa sensacionalista. Mas tudo o que salta aos olhos — indícios, documentos, mensagens, áudios e vídeos — não pode ser um conjunto de anomalias da lei das probabilidades conspirando contra um pobre inocente e seus seguidores ingênuos. Em off, ele diz a aliados que seu maior "receio" é ser surpreendido por acordos subterrâneos costurados à margem da viagem de Lula ao Japão. 

 

Com os atuais presidentes da Câmara e do Senado e seus antecessores integrando a comitiva presidencial, o projeto de anistia, apoiado com vigor pela direita bolsonarista e combatido energicamente pelos partidos de esquerda, continuará cozinhando em banho-maria. E ainda que assim não fosse, não há garantias de que eventual aprovação favoreça o ex-presidente, já que o Supremo pode considerar o projeto inconstitucional. Sem falar que ele não afetaria a inelegibilidade decorrente das prováveis condenações no STF, cujas penas podem chegar a 46 anos. 

 

Quanto ao andamento da denúncia do golpe "com a velocidade da luz", vale lembrar que no caso do tríplex do Guarujá, que resultou na prisão de Lula em abril de 2018, foram 11 meses entre o indiciamento feito pela PF e a condenação pelo então juiz Sérgio Moro. No mesmo ritmo, o destino de Bolsonaro estará selado em outubro. 


Alea jacta est

domingo, 23 de março de 2025

PICANHA — MITOS E VERDADES

QUEM VIVE DE ESPERANÇA MORRE EM JEJUM.

 

A volta da picanha à mesa dos brasileiros — uma das promessas de campanha de Lula — era mito: o preço da rainha dos churrascos continua tão indigesto quanto a terceira gestão do macróbio, cuja aprovação vem despencando até mesmo entre seus eleitores mais cativos. 
 
Deixando de lado as costumeiras más escolhas dos eleitores (que repetem a cada pleito o que Pandora fez uma única vez), a picanha é cercada por mitos e controvérsias, seja no que tange à qualidade — que varia de um frigorífico para outro — seja em relação ao preparo — há quem prefira assá-la inteira, quem prefira grelhá-la em pedaços, cortada em bifes, enfim... 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Defender o indefensável não é tarefa fácil. Sem uma defesa crível, Bolsonaro et caterva tentam mover montanhas para atingir seus objetivos (não raro escusos). 
Quando cobriu os ombros subservientes de Kássio Nunes Marques com a suprema toga, o aspirante a tiranete e futuro réu dispensou os pudores, chegando mesmo a dizer que escolheu o desembargador piauiense "com quem tomou muita tubaína") para ter "10% da corte", a despeito de os títulos de "pós-doutor" em Direito Constitucional pela Universidade de Messina e a pós-graduação em contratação pública pela Universidad de La Coruña serem, respectivamente, um ciclo um ciclo de palestras e um curso de extensão de cinco dias. 
Ainda assim, em seu penúltimo voto, o ministro "10%" deixou o padrinho 100% insatisfeito ao integrar a maioria que indeferiu os pedidos de suspeição apresentados pelas defesas, visando afastar Moraes, Dino e Zanin do julgamento da denúncia. Como se viu, nem mesmo a toga que o capetão trata como "gorjeta" comprou a tese da defesa. 
Na época em que indicou o "terrivelmente evangélico" André Mendonça para o Supremo, Bolsonaro refez as contas: "Agora são dois ministros que representam 20% daquilo que gostaríamos que fosse decidido e votado", disse. Errou na matemática — duas de onze togas correspondem a 18% —, mas logrou êxito parcial: o apadrinhado rejeitou o afastamento de Zanin, mas foi terrivelmente leal padrinho ao votar pela suspeição de Moraes e Dino, evitando, assim, a unanimidade. 
Ex-ministro da Justiça e pastor evangélico, Mendonça credenciou-se à toga por serviços prestados previamente, mas Nunes Marques demonstrou que a fidelidade a posteriori é menos garantida.
 
É importante manter a capa de gordura enquanto a carne estiver assando — pode-se retirá-la antes de servir ou deixar essa decisão a critério de cada comensal. Vale lembrar que outros cortes, como o cupim e o bife ancho, possuem maiores quantidades de marmoreio (tipo de gordura que não dá para remover) e nem por isso são menos apreciados. 

Picanha se tempera com sal grosso, lecionam os palpiteiros de plantão, mas o fato de esse corte dispensar outros temperos e marinadas não significa que você não os possa usar. Se preferir ficar com o sal grosso, aplique-o pouco antes de levar a carne à churrasqueira. Usar abacaxi como amaciante pode deixar a picanha molenga e menos saborosa; se for preparar uma marinada com abacaxi, não deixe a carne em contato com o líquido por mais de 30 minutos. E lembre-se: o jeito certo de cortar carne é no sentido contrário das fibras, que na picanha ficam do lado oposto ao da capa de gordura.
 
Assim como fazem os maus políticos, o bom churrasqueiro deve dourar a picanha por fora e "esconder" seu interior vermelho e sangrento. Selar a carne ajuda a criar uma crosta saborosa e preservar sua suculência, mas é preciso esperar que o braseiro atinja a temperatura adequada para alcançar o ponto desejado de maneira uniforme. 

Por outro lado, muito tempo de grelha pode ressecar a carne, deixando-a sem sabor (o ideal é servi-la ao ponto ou malpassada). 
 
A picanha é a queridinha do churrasco brasileiro, mas pode ser assada no forno, grelhada na frigideira em bifes, e até preparada na airfryer.
 
Bom apetite. 

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

COMO VER MENSAGENS APAGADAS NO WHATSAPP SEM O USO DE APLICATIVOS

POLÍTICA É SABER A HORA DE PUXAR O GATILHO.

Com a posse de Flávio Dino (não confundir com o chefe da família Silva Sauro), 7 dos 11 supremos togados foram nomeados durante gestões petistas. Nunes "tubaína" MarquesAndré "terrivelmente evangélico" Mendonça, que foram indicados pelo devoto da cloroquina. Gilmar Mendes é herança de FHC e Alexandre de Moraes, do "Vampiro do Jaburu". 
No discurso para quase 900 convidados, o empossado (não confundir com "empoçado", que isso é coisa de carro velho) prometeu atuar com imparcialidade e promover a harmonia entre os Poderes. 
O ministro orgulhosamente socialista, comunista e marxista de Lula abunda-se na poltrona num momento em que a PF fecha o cerco a Bolsonaro (nem tudo é tão ruim quanto parece), e, a reboque da toga e das mordomias, recebe a relatoria de 344 processos, entre os quais as apurações da CPI da Covid e a investigação do ministro Juscelino Filho por supostamente integrar uma suposta organização criminosa supostamente estruturada para promover supostas fraudes licitatórias, suposto desvio de recursos públicos e suposta lavagem de dinheiro com supostas verbas da companhia
Como o Estadão revelou meses atrás, o ministro das Comunicações de Lula não só desafia a lei da gravidade como é tão apaixonado por cavalos Quarto de Milha que se submete a "desconfortáveis voos em jatinhos da FAB" para acompanhar leilões desses animais. Lula, no melhor estilo Mr. Magoo, diz que não viu nada de mais


Para ver as mensagens apagadas no WhatsApp, não é preciso recorrer a apps de terceiros. Isso pode ser feito através do histórico de notificações dos celulares com Android 12 ou superior. Com esse recurso habilitado, você verá inclusive as mensagens apagadas pelo remetente. E a ativação é muito simples:

 

1 — Abra as configurações do aparelho, selecione "Notificações", toque em Configurações avançadas e, em Histórico de notificações, deslize a barra a direita (para ativar o recurso de notificações). 

 

2 — Toque na setinha ao lado do ícone do WhatsApp para que o recurso exiba todas as mensagens.


Observação: O WhatsApp lançou um recurso que permite enviar mensagens para números fora da agenda. Isso é útil quando se deseja conversar com alguém numa ocasião específico — para consultar o preço de um produto ou serviço, por exemplo. Para isso, basta tocar em nova conversa (no canto inferior direito), digitar o número desejado e clicar no botão "conversar" (ao lado do nome da conta com a qual se deseja iniciar um chat). Se o botão não aparecer para você — e seu WhatsApp estiver atualizado —, tente novamente dentro de alguns dias, pois o recurso está sendo distribuído de forma gradual.