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quarta-feira, 22 de julho de 2020

PRÓXIMAS ATUALIZAÇÕES DO WINDOWS 10, UMA PITADA DE HISTÓRIA E OUTRA DE CULTURA INÚTIL

O BRASIL PRECISA MENOS DE INSULTOS E MAIS DE SOLUÇÕES.

Vimos que o Windows 10 Iron (ou versão 21H1, que parece nome de vírus de gripe) deve ser lançado no primeiro semestre de 2021 e promete vir recheado de novidades. 

O cronograma de atualizações da Microsoft prevê o lançamento de um update de recursos ainda este ano (lá pelo final de setembro ou começo de outubro), mas, até onde se sabe, ele se limitará a corrigir bugs e fazer outros ajustes internos, ou seja, não deve introduzir mudanças daquelas que saltam aos olhos dos usuários. 

Essa alternância já foi observada nas duas últimas atualizações semestrais: a versão 1909, liberada há pouco mais de um mês, trouxe uma porção de inovações, ao passo que a anterior, 1903 estava mais para um service pack de antigamente do que para um update de recursos como manda o figurino.

Observação: Ao disponibilizar o Win 10 como serviço, em junho de 2015, a Microsoft modificou significativamente sua política de atualizações: foram-se os tradicionais service packs e vieram os updates semestrais de conteúdo — o primeiro foi lançado em julho de 2016, quando o Win 10 completou um ano, e não à toa foi chamado de Anniversary Update). De se ressaltar que as atualizações de qualidade — correções de segurança e confiabilidade — foram mantidas e sua periodicidade mensal, preservada (toda segunda terça-feira de cada mês, daí elas serem conhecidas como Patch Tuesday).

Mudando de um ponto a outro, no dia 4 abril de 1975 dois jovens amigos, ambos fanáticos por tecnologia, fundaram uma empresa “de garagem” para desenvolver e comercializar interpretadores BASIC voltados ao Altair 8800 (que é tido e havido como o precursor dos computadores pessoais). 

Por interpretadores, entendem-se programas de computador que leem um código fonte a partir de uma linguagem de programação interpretada e o converte num código executável; por programa, um conjunto de instruções em linguagem de máquina que descrevem uma tarefa a ser realizada pelo computador; por instrução, uma operação única executada por um processador, que pode ser qualquer representação de um elemento num programa executável, tal como um bytecode (formato de código intermediário entre o código fonte, o texto que o programador consegue manipular e o código de máquina que o computador consegue executar); por conjunto de instruções, a representação em mnemônicos do código de máquina que facilita o acesso ao componente. 

Observação: A grande vantagem do bytecode está na combinação da portabilidade — o bytecode irá produzir o mesmo resultado em qualquer arquitetura — com a prescindibilidade do pré-processamento típico dos compiladores. Em outras palavras, ele pode ser definido como um produto final, que dispensa a validação da sintaxe (conjunto de regras que definem as sequências corretas dos elementos de uma linguagem de programação)e dos tipos de dados (entre outras funções dos compiladores).

Se a ficha ainda não caiu, os jovens que mencionei no primeiro parágrafo não são mais tão jovens assim. Willian Henry Gates III está com 64 anos e Paul Gardner Allen estaria com 67 se não tivesse morrido em 2018. A empresa que eles fundaram é a Microsoft — cujo nome advém da combinação de microcomputador e software — e o Altair 8800, uma geringonça baseada na CPU Intel 8080, vendida na forma de kit (a montagem ficava por conta de quem o comparasse) por intermédio da revista norte-americana Popular Electronics

A primeira versão dessa engenhoca não passava de uma caixa de metal repleta de luzes vermelhas, operada por chaves, e que não tinha qualquer utilidade prática, mas era fácil de montar... e as pessoas compravam porque achavam legal montar um computador (tanto assim que as vendas superaram em 10 vezes as expectativa mais otimistas de seu idealizador).

Dez anos depois de fundarem a Microsoft, Gates e Allen criaram uma interface gráfica que rodava no MS-DOS. A essa altura, os computadores pessoais já haviam evoluído um bocado, mas, salvo raríssimas exceções, não dispunham de uma interface gráfica, e operá-los exigia conhecimentos avançados de programação, além da memorização de centenas de intrincados “comandos de prompt”, baseados em texto e parâmetros. 

prompt — ponto de entrada para a digitação de comandos do DOS e outros comandos internos do computador — é geralmente representado pela letra correspondente à partição do sistema, seguida de dois pontos, uma barra invertida e o sinal de “maior que” (C:>), embora outros elementos sejam adicionados conforme se navega pelos diretórios, pastas e arquivos. Os comandos precisam ser inseridos cuidadosamente, pois um espaço a mais ou a menos, um caractere faltando ou sobrando ou qualquer erro de digitação resulta na exibição de uma mensagem de erro.

Antes de deixarmos no passado o que ao passado pertence, é bom lembrar que o DOS — ou MS-DOS, como a Microsoft batizou sua versão desse vetusto "sistema operacional baseado em disco" — foi o SO propriamente dito até  o Windows 95, que se pretendia um sistema operacional autônomo. Na verdade, ele quase chegou lá, porque o DOS continuou atuando nos bastidores e sobreviveu à virada do século. O cordão umbilical só foi cortado em outubro de 2001, com o lançamento do XP, cujo estrondoso sucesso fez dele a versão mais longeva de toda a história do Windows (seu suporte estendido foi encerrado somente em 2014).

Observação: O nome "XP" deriva de eXPerience. Foi o primeiro sistema operacional produzido pela Microsoft com vistas ao usuário final construído a partir da arquitetura e do kernel (núcleo) do Windows NT 5.1, e por isso foi considerado sucessor tanto do Windows 2000, voltado ao mercado empresarial, quando do malfadado Windows ME, focado no usuário doméstico.

Por hoje está de bom tamanho. O resto fica para os próximos capítulos.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

DE VOLTA AO UPDATE DE ABRIL DO WINDOWS 10 (FINAL)


A BURRICE MATA.
Desde o lançamento do Windows 10 que a Microsoft passou a identificar os updates semestrais de conteúdo como versões xx03, xx07 ou xx09, onde os “xx” correspondem aos dois últimos dígitos do ano de lançamento (e o número subsequente, por obvio, ao mês, embora essa correspondência nem sempre seja exata).
A primeira versão do Win 10 foi lançada oficialmente em julho de 2015 e recebeu o número 1507. Em julho de 2016, a primeira atualização de conteúdo (batizada, por motivos óbvios, de Anniversary Update) recebeu o número 1607. Na sequência vieram o Creators Update (1703), o Fall Creators Update (1709) e por aí afora.
Seguida essa cronologia, a versão atual deveria ser a v2003 (ainda que os indefectíveis bugs e a pandemia do coronavírus tenham empurrado o lançamento de março para o final de maio), mas 2003 poderia causar confusão com o vetusto Windows Server 2003, e a Microsoft optou por v2004.
Foi também para evitar problemas de compatibilidade que o Windows “pulou” do 8.1 para o 10 — isso porque os desenvolvedores de software usavam a expressão “Windows 9” para checar se a versão do sistema em que os aplicativos eram executados era a 95 ou a 98. Por tabela, a alteração frustrou os planos dos cibercriminosos de plantão, que já ofereciam falsos links para download gratuito do “Windows 9” pirata, com malwares embutidos em seus códigos.
E já que estamos no assunto, cabe aqui um esclarecimento: a Microsoft usa a palavra “build” (“construção” em inglês) para designar as atualizações mensais de qualidade do Windows, que trazem melhorias de performance, correção de bugs, falhas críticas e brechas de segurança. E por liberá-las tradicionalmente na segunda terça-feira de cada mês, a empresa batizou essas atualizações de Patch Tuesday.
A rigor, o termo build nada tem a ver com a versão do sistema. No âmbito do desenvolvimento de software, ele é usado para identificar uma versão compilada de um programa — isto é, quando as linhas de código escritas em linguagem de alto nível são traduzidas para linguagem de máquina, para que possam ser compreendidas e processadas pelo dispositivo computacional. A build pode ser completa (o software inteiro) ou parcial (partes dele).
Por alguma razão, usuários do Windows 10 — noves fora os que têm familiaridade com Programação — passaram a associar a expressão “build” às atualizações semestrais de conteúdo, quando estas resultam em novas versões, que podem ter diversas builds (compilações) até que seja lançada a versão subsequente. Portanto, as builds não alteram o número de versão do software.
Uma forma simples de entender a diferença está nos códigos de cada versão. Por padrão, elas são identificadas por um número de 4 dígitos, enquanto a build usa 7 ou 8, no formato XXXXX.XX ou XXXXX.XXX (vide figura que ilustra esta postagem, onde a versão é 2004 e a build, 19041.329).

terça-feira, 30 de junho de 2020

DE VOLTA AO UPDATE DE ABRIL DO WINDOWS 10 — VERSÃO 2004 (CONTINUAÇÃO)


O PRIMEIRO PECADO DA HUMANIDADE FOI A FÉ; A PRIMEIRA VIRTUDE FOI A DÚVIDA.
Relembrando: até a promoção do Windows a serviço (por ocasião do lançamento do Win 10), novas edições eram lançadas de tempos em tempos (detalhes no post anterior), e adotá-las exigia a aquisição dos arquivos de instalação/atualização nas lojas parceiras da Microsoft (licença FPP, como veremos em detalhes mais adiante) ou de uma cópia pirata (vendida nos melhores camelódromos do ramo por uma fração ínfima do preço da mídia original, que embute o custo da licença de uso do software), ou, ainda, de um computador novo com o sistema operacional pré-instalado pelo fabricante (distribuição em OEM).
Oferecendo o Windows em OEM, os fabricantes de PC reduzem seus custos — em lote, o preço das licenças são bem mais baixos que na modalidade FPP (de varejo) — e ainda lucram embutindo na instalação versões demo ou com prazo de licença reduzido de apps que os desenvolvedores de software estão sempre dispostos a remunerar (para saber mais, clique aqui).
A promoção do Windows a serviço também pôs fim aos Service Packs — “pacotes” que englobavam todas as atualizações/correções disponibilizadas desde o lançamento de uma determinada edição do Windows (ou de seu Service Pack anterior, conforme o ponto do ciclo de vida em que o sistema se encontrava por ocasião do lançamento do SP), além de, eventualmente, acrescentar novos recursos e funções). Mas o tradicional Patch Tuesday — pacote de atualizações de qualidade que a MS lança todo mês, sempre na segunda terça-feira — permanece.
Observação: A título de ilustração, o XP, que foi a edição mais longeva do Windows — em parte porque o Vista, lançado em janeiro de 2006 com um aparato publicitário digno do nascimento de um príncipe, foi um fiasco retumbante, tanto de crítica quanto de público — recebeu três Service Packs ao longo de seus 12 anos de existência (somente em 2014 que a Microsoft pôs fim a seu suporte estendido, embora o Windows 7, lançado em outubro de 2009 , tenha feito o sucesso que seu antecessor ficou devendo.
As modalidades de distribuição de software foram tema desta postagem. No que concerne especificamente ao Windows, a maneira mais indicada para quem ainda roda o Win 8.1, Seven, Vista ou XP — o 8.1 é único que continua sendo suportado pela Microsoft (até janeiro/23) — é a "operação casada", ou seja, a compra de PC novo com o sistema pré-carregado pelo fabricante. Isso porque o Win10 completa 5 anos daqui a um mês, donde uma máquina que veio com o Win 8.1 deve ter bem uns 5 anos, o que, do ponto de vista da evolução tecnológica, é tempo pra burro!
Caso seu hardware seja mais recente e esteja em boas condições de funcionamento e usabilidade (fico me perguntando por que, nesse caso, o sistema não seria o Win 10), nada impede que você compre uma cópia licenciada do Ten — com a possível exceção do custo da brincadeira; para a versão Home, que a mais adequada a usuários domésticos, o preço sugerido pela Microsoft é de R$ 730.
Para uso corporativo o licenciamento por volume (Open ou MOLP) implica uma economia significativa, mas só está disponível para empresas “Parceiras Microsoft” (participantes do programa Microsoft Partner). Nessa modalidade não há produtos do mercado doméstico e as licenças são totalmente digitais. Na maioria dos casos, nem a mídia de instalação é fornecida (embora possa ser baixada do site Microsoft), e as chaves, ISOs de instalação, quantidade de ativações, etc., tudo é controlado pelo painel VLSC (ou Volume Licensing Service Center).

Observação: Note que esse tipo de licença permite o downgrade do Windows 10 para o 8.1 Pro e 7 Pro (é possível voltar até 02 versões do produto adquirido), e o mesmo se aplica à suíte Office.
Diferentemente das licenças por volume, as modalidades OEM, FPP e ESD são voltadas tanto ao mercado doméstico quanto ao corporativo, e podem ser adquiridas em lojas físicas ou virtuais. Um computador com licenciamento OEM traz o software pré-instalado pelo fabricante (essas licenças não são vendidas avulsas). Para esse tipo de licença ser válido é preciso que conste da nota fiscal o equipamento mais a licença, e que o hardware traga a etiqueta com a chave do produto (ou chave de ativação gravada na BIOS/firmware do equipamento).

Dentro desse grupo ainda há o tipo COEM, que só pode ser aplicado em equipamentos novos ou que nunca tiveram um sistema operacional instalado (isso inclui qualquer versão de Windows, Linux ou qualquer outro). Basicamente, a diferença entre a COEM e a OEM é que a primeira pode ser vendida isoladamente, desacompanhado do equipamento, ao passo que a segunda só pode ser comercializada com computadores novos.
Já um produto FPP é vendido em lojas parceiras da MS (ou por qualquer revendedor de software) em caixinhas ou cartões, podendo vir ou não acompanhado da mídia de instalação. Uma variante da licença FPP é o tipo ESD, que tem regras de instalação e licenciamento muito parecidas, mas a licença é digital (ou de download), e utilizá-la requer uma conta Microsoft e, obviamente, o download do produto.
Por hoje é só. Tenhamos todos um excelente dia.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

MAIS SOBRE NAVEGADORES — PARTE XII


NADA OFENDE MAIS QUE A VERDADE.

No léxico da informática, o termo programa designa um conjunto de instruções em linguagem de máquina que descreve uma tarefa a ser realizada pelo computador, e pode referenciar tanto o código fonte — escrito em alguma linguagem de programação, como C, C #JavaScriptTypeScriptVB.NETC++ etc. — quanto o arquivo executável que contém esse código.

Navegadores de Internet (ou browsers, tanto faz) são programas como outros quaisquer, e como tal estão sujeitos a bugs (erros de programação), que são tão indesejáveis quanto inevitáveis (daí a indústria do software considerar “tolerável” a ocorrência de “x” bugs a cada “y” linhas de código).

O problema se agrava na mesma razão do agigantamento de sistemas e programas. Para que se tenha uma ideia, os arquivos de instalação do Windows 3.1 (lançado em 1992), cabiam em oito disquetes de 1.44 MB. A partir do Win 95 OSR/2 e até o Win ME, a Microsoft forneceu os arquivos em CD, e do XP em diante, em DVD. E não à toa: os arquivos do Win 7, por exemplo, se fossem armazenados em disquetes, formariam uma pilha da altura de um edifício de 9 andares. Agora imagine o Win 10, cujo código-fonte ocupa ½ terabyte e se estende por mais de 4 milhões de arquivos (para mais detalhes, siga este link).

Por óbvio, quanto mais complexo for o programa, maior será o número de linhas de código e, consequentemente, a possibilidade de ocorrerem erros de programação. Também a título de ilustração, o Office 2013 era formado por 50 milhões de linhas de código, e o Mac OS X Tiger, por quase 90 milhões. Para ocupar menos espaço em disco, o Win10 comprime automaticamente os arquivos do sistema — o nível de compressão utilizada depende de uma série de fatores, e as funções Atualizar e Restaurar utilizam os arquivos de tempo de execução, criando uma partição separada de recuperação redundante, permitindo, assim, que os patches e atualizações permaneçam instalados após as operações e uma redução de até 12 GB na quantidade de espaço requerido pelo sistema.

Mesmo partindo do projeto (fase alfa) e burilando o programa etapa por etapa (beta, closed beta, open beta, e release candidate) até a versão gold (comercial), os desenvolvedores podem cometer erros pontuais que, por sua vez, podem driblar o controle de qualidade do fabricante (sem mencionar que problemas resultantes de incompatibilidades de software ou de hardware são difíceis de antecipar).

Claro que é possível desenvolver e disponibilizar a posteriori patches (remendos) ou novas versões (conforme o ponto do ciclo de vida em que o produto se encontra quando o bug é identificado), mas isso gera custos e pode comprometer a imagem do fabricante. Sobretudo se a emenda ficar pior que o soneto — problema recorrente em updates semestrais do Win10 e em diversos "KB" distribuídos nos Patch Tuesday (atualizações mensais de qualidade que a Microsoft libera mensalmente, sempre na segunda terça-feira). 

Observação: Se você instalar um patch para corrigir um problema e descobrir que ele criou outro (ou outros) problemas, clique aqui para ver com proceder.

Continua...

sexta-feira, 8 de maio de 2020

FALHA NO WINDOWS 10 QUEBRA SEGURANÇA DE NAVEGADORES


PARA CONHECER OS AMIGOS, É NECESSÁRIO PASSAR PELO SUCESSO E PELA DESGRAÇA. NO SUCESSO, VERIFICA-SE A QUANTIDADE E NA DESGRAÇA, A QUALIDADE.

No segundo capítulo da série ERA DA INSEGURANÇA eu relembrei mais uma vez (porque já o havia feito dúzias de vezes nas quase 5.000 postagens publicadas desde a criação do Blog) que nenhum software é perfeito e nenhum dispositivo computacional é 100% seguro, e o que se pode (e se deve) fazer para minimizar os riscos é manter sistema e programas atualizados e blá, blá, blá...

Também como já disse em diversas oportunidades (a exemplo da postagem do último dia 4), updates podem ser um tiro pela culatra se o remédio que deveria curar o paciente agrava o quadro leva o infeliz a comer capim pela raiz na chácara do vigário. Feito esse preâmbulo e a devida remissão às postagens publicadas, cuja leitura recomendo, passo ao que interessa:

Em publicação no Blog do Project Zero, do Google, o pesquisador James Forshaw relatou uma falha na versão 1903 do Windows 10, lançada no primeiro semestre do ano passado, que pôs em risco a segurança de navegadores — mais especificamente ao Chrome.

recurso de sandbox do navegador tem como objetivo isolar umas das outras as páginas acessadas, impedindo que um site malicioso interfira nos outros que está sendo exibido e permitindo que o sistema operacional e outros apps se mantenham intactos. Até então, ele era totalmente dependente do Windows para funcionar corretamente, mas a atualização introduziu uma mudança na forma como o sistema encarava processos em sandbox, fazendo com que o recurso que deveria isolar o navegador não funcionasse adequadamente.

Na prática, isso significa que algum processo malicioso em execução no Chrome poderia vazar para outras partes do sistema. E como a falha era resultado de uma brecha do Windows 10, outros navegadores que dependiam da função também foram comprometidos. À Forbes, a Mozilla confirmou que o bug afetava o Firefox quando instalado no sistema da Microsoft, assim como a Opera, desenvolvedora do navegador homônimo. Segundo Forshaw, até mesmo o Edge, da própria Microsoft, estava exposto.

A vulnerabilidade passou quase um ano aberta até que fosse descoberta pelo Project Zero, que alertou a Microsoft e concitou-a a adotar medidas de segurança cabíveis. A solução criada pela empresa para fechar a brecha foi incluída no último Patch Tuesday (liberado em 14 de abril). Caso você não tenha atualizado seu sistema, faço-o sem demora, até porque agora a brecha de segurança é de conhecimento público.