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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

ANDROID INFECTADO? VEJA COMO RESOLVER

LAMENTAR O QUE NÃO TEMOS É DESPERDIÇAR O QUE POSSUÍMOS.

O primeiro celular capaz de acessar a Internet foi lançado pela Nokia em 1996, mas o recurso só funcionava na Finlândia, de modo que o iPhone, lançado pela Apple em 2007, é considerado o divisor de águas entre os dumbphones e os smartphones.

Depois de se tornarem verdadeiros PCs de bolso, os telefoninhos inteligentes passaram a substituir os modelos de mesa e portáteis na maioria das tarefas. No entanto, por serem comandados por um sistema operacional e rodarem os mais diversos aplicativos, eles também são vulneráveis à ação de malwares.

Por ser o sistema para PCs mais popular do planeta, o Windows é mais visado por cibercriminosos do que o macOS e as distribuições Linux. O mesmo vale para o Android, já que o código aberto, a presença em 80% dos celulares ativos no planeta e o ecossistema de apps muito maior que o da Apple o tornam o alvo preferencial dos cibercriminosos.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

No mesmo dia em que Flávio Dino disse que "anistiar crimes contra a democracia seria enviar a mensagem de que podem se repetir, seria um salvo-conduto", Hugo Motta reuniu o condomínio de líderes da Câmara para informar que só voltará a discutir o perdão dos golpistas na semana que vem, após as condenações. Síndico do Senado, Davi Alcolumbre articula uma versão lipoaspirada do mesmo vexame — em vez do perdão amplo e irrestrito, um ajuste na lei para reduzir as penas das sardinhas do 8 de janeiro —, mas evita mencionar que a lei beneficiaria também os tubarões do golpe. 

Deputados e senadores gostam de dizer que o Congresso é a casa do povo. Esquecem de lembrar que têm as mesmas obrigações de qualquer inquilino. As pesquisas indicam que a anistia não está no contrato. Como proprietário de uma fração do imóvel, todo eleitor deveria promover uma vistoria nos mandatos. Como dono da casa, o povo precisa providenciar os despejos.

Político que coloca anistia de golpista à frente da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 não merece ter o contrato renovado em 2026. A melhor maneira de fazer certos políticos trabalharem é evitar que sejam reeleitos.

Apesar do código proprietário, da instalação de apps limitada à App Store e da execução dos programas em sandboxes, o iOS não é uma fortaleza indevassável. Ainda assim, a Maçã não o equipa com uma ferramenta de segurança nativa nem recomenda o uso de soluções de terceiros. Considerando que a maioria dos ataques digitais usa engenharia social para ludibriar as vítimas — e que não existe celular "idiot proof" o bastante para proteger o usuário de si mesmo —, vale a pena contar com um antimalware com funções antiphishing e antitracking.

Observação: A oferta de apps de segurança para os sistemas da Apple é menor do que para Windows e Android, mas há boas opções (pagas e gratuitas), como Avira Mobile SecurityAvast MobileMcAfee Mobile SecurityTrendMicro Mobile Security Lookout. 

Se seu aparelho vem aquecendo anormalmente em standby, reiniciando aleatoriamente, travando sem motivo aparente ou consumindo muita carga da bateria, é hora de pôr as barbas de molho. Encontrar aplicativos que você não se lembra de ter instalado e ser bombardeado com anúncios suspeitos mesmo com os apps fechados são sinais de alerta que não devem ser ignorados.

Como é melhor prevenir do que remediar, baixe apps apenas da Play Store ou da loja oficial do fabricante do aparelho (se houver), e conceda apenas as permissões indispensáveis. Baixar arquivos APK de sites desconhecidos é uma das formas mais comuns de infectar o celular — além de abrir links suspeitos recebidos por SMS, e-mail ou redes sociais e deixar de atualizar o sistema e os apps.

Ao suspeitar de uma infecção, acesse as configurações do aparelho, toque em Apps (ou Aplicativos, ou algo parecido), em Ver todos os apps, e remova quaisquer programas que você não se recorda de ter instalado ou que pareçam suspeitos (uma pesquisa no Google ajuda a separar o joio do trigo). Feito isso, reinicie o aparelho e limpe o cache dos apps restantes. Se o problema persistir, limpe o armazenamento para restaurar as configurações-padrão do aplicativo e deletar arquivos de mídia —lembrando que isso apagará dados salvos como histórico, preferências e contas conectadas.

Se ainda não resolver, reinicie o celular no modo de segurança: pressione o botão Ligar/Desligar, toque e segure Desligar na telinha que aparecer, selecione Reiniciar em modo seguro e confirme. Caso o problema persista, desligue o celular e pressione simultaneamente os botões Diminuir volume e Ligar/Desligar. No menu que surgir, use o volume para selecionar Modo de recuperação e confirme. 

Quando o robô do Android com o ponto de exclamação aparecer, mantenha o botão Ligar/Desligar pressionado, toque uma vez no botão Aumentar volume e solte o botão Ligar/Desligar. No menu de recuperação, use o volume para localizar Limpar partição de cache e confirme. Ao final, selecione Reiniciar o sistema agora.

Se nem assim funcionar, tente um soft reset (reinicialização suave) antes de recorrer à restauração de fábrica. Se o celular for Samsung, pressione e segure Ligar/Desligar e Diminuir volume até reiniciar. Se for Motorola, segure Ligar/Desligar e Aumentar volume até o aparelho reiniciar. Persistindo o problema, faça backup dos arquivos importantes (fotos, mensagens, contatos etc.), acesse Configurações > Sistema > Avançado > Restaurar opções > Apagar todos os dados (redefinição de fábrica) e siga as instruções.

Observação: Se o aparelho não ligar corretamente ou o menu de configurações não abrir, carregue a bateria até pelo menos 30%, desligue o celular, pressione Ligar/Desligar e Diminuir volume juntos, use o volume para navegar até Wipe data/factory reset, confirme com Ligar/Desligar, selecione Factory data reset e, ao final, Reboot system now.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

O CELULAR CAIU NA PRIVADA?

É MELHOR SABER E NÃO PRECISAR USAR DO QUE PRECISAR USAR E NÃO SABER.

Credita-se a Colombo o descobrimento da América — embora os vikings da Groenlândia o tenham precedido em 500 anos — e a Cabral o do Brasil — embora Duarte Pereira tenha desembarcado dois anos antes no litoral do que hoje são os estados do Pará e do Maranhão.

 

Da mesma forma, o iPhone (lançado em 2007) é visto como o “divisor de águas”, embora o Nokia 9000 Communicator e o BlackBerry Inter@ctive Pager 8500 já oferecessem funcionalidades similares no final dos anos 1990 — o próprio termo “smartphone” foi usado pela primeira vez pela Ericsson em 1997. Mas isso não muda o fato de que a Apple e Steve Jobs foram os maiores responsáveis pela conversão dos telefones móveis sem fio de longo alcance em computadores pessoais ultraportáteis.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


No instante em que se inicia o julgamento que eleva a história da República, o chefe da organização criminosa do golpe, preso no domicílio e trancado em seus rancores, opera nos bastires para rebaixar o pé-direito da democracia.

Na sessão de ontem foram ouvidos os advogados de Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres. Faltam argumentar as defesas de Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Uma suposta crise de soluços (ou diarreia, segundo os maledicentes) impediu o “mito” de comparecer presencialmente nesta terça, e tudo indica que ele não estará presente nas quatro sessões remanescentes. Durante suas considerações iniciais, o ministro relator criticou tentativas de interferência internacional no julgamento, citou as medidas cautelares impostas a Bolsonaro e as investigações contra o filho do pai (03, o lesa-pátria) por obstrução da Justiça e declarou que a soberania nacional “jamais será vilipendiada, negociada ou extorquida”. O PGR Paulo sustentou que Bolsonaro liderou a organização criminosa responsável pelos atentados de 8 de janeiro de 2023, ataques às urnas eletrônicas, planos para assassinar autoridades, incitações de atos antidemocráticos, acampamentos em defesa de intervenção militar, uso da “Abin Paralela” para investigar opositores ao governo e aparelhamento da PRF para prejudicar as eleições.

Bolsonaro recorreu a Tarcísio de Freitas e Arthur Lira para tentar destravar no Congresso uma proposta de anistia que o inclua. Na tentativa de ser apontado como herdeiro político, o governador não só prometeu o indulto como enfiou os pés no pântano da anistia que a Câmara hesita em aprovar. 

Se o discurso de Xandão serviu para alguma coisa, foi para sinalizar que a morte judicial de Bolsonaro e seus comparsas mais graúdos é anterior a si mesma. Para alguns analistas, o ministro se afastou das normas jurídicas ao injetar política durante a leitura do relatório, que deveria ser apenas um resumo do processo, sem juízo de valor nem antecipação do voto. 

A fartura de provas tornou o discurso político desnecessário. Política numa hora dessas serve apenas para fornecer pano para o figurino de vítima de golpistas indefensáveis. Mas Moraes acertou no olho da mosca ao torpedear a anistia. Afinal, condenar e prender os culpados é fundamental, mas conviver com a articulação pró-anistia mostra que o filme do atraso não termina com os veredictos.


Ao consolidar em um único dispositivo funcionalidades até então pulverizadas em múltiplos aparelhos — telefone, PC, câmera, reprodutor de música, GPS, agenda, calculadora —, o smartphone se tornou nossa principal ferramenta de acesso à internet — um verdadeiro “canivete suíço eletrônico” que usamos par navegar na web, gerenciar e-mails, acessar redes sociais, fazer transações bancárias, compras online, tirar fotos, ouvir música, enfim, para quase tudo que até poucos anos atrás dependíamos do desktop ou do notebook para fazer. 


Se ainda mantemos um PC em casa, é porque determinadas tarefas requerem tela grande, teclado e mouse físicos, além de mais memória e poder de processamento do que os smartphones oferecem — daí o Windows vir perdendo espaço, aqui no blog, para o sistema móvel Android, que comanda aparelhos Samsung, Motorola, Xiaomi, Realme, Pixel etc., e para o iOS, cuja participação é menor porque roda somente no hardware da própria Apple, tornando a gama de modelos mais limitada e cara.


Da feita que os fabricantes de smartphones parceiros desenvolvem suas próprias UIs (interfaces de usuário) a partir do Android "bruto" que recebem do Google, ícones, botões, menus, layouts e informações na tela podem variar. Embora a maioria dos recursos seja provida pelo sistema e estar presente na maioria dos aparelhos — mesmo que com implementações diferentes —, alguns são exclusivos de modelos específicos de cada fabricante.


Nos smartphones com certificações IP (Ingress Protection), o primeiro número indica a resistência contra poeira e o segundo, contra água. Por exemplo, IP52 garante proteção contra respingos, enquanto IP68 permite imersão em água doce de até 1,5 metro de profundidade, por até 30 minutos — limites máximos que, particularmente, não recomendo testar, pois o fato de o aparelho poder lidar com situações específicas (como chuva ou queda no vaso sanitário) não significa que possamos entrar com ele na piscina ou no mar.

 

Observação: Nesta sequência sobre relógios de pulso, mencionei que a classificação WR (Water Resistant) assegura proteção contra pingos de chuva e respingos de água da torneira, que relógios classificados como 3 ATM (ou 30 m, ou 100 ft) não precisam ser tirados do pulso para lavar o carro ou dar banho no cachorro, por exemplo, mas não são Dive Watches. Disse ainda que ícones da alta relojoaria suíça oferecem modelos adequados à prática de esportes aquáticos, incluindo mergulho com ou sem tanque de ar, mas a preços estratosféricos, mas que modelos da Seiko, Orient, Technos, Timex e Magnum classificados com 10 ATM (ou 100 m, ou 300 ft) têm preços mais realistas e suportam banhos de piscina e até de mar, mas quem pratica mergulho — mesmo sem tanque de ar — deve optar por um Dive Watch com classificação 30 ATM (ou 300 m, ou 1.000 ft) e coroa rosqueada.

 

Voltando aos smartphones, o Moto G75 que comprei no ano passado para substituir meu Galaxy M23 — que estacionou no Android 14 — me conquistou por oferecer proteção IP68 e certificação MIL-STD-810H — que garante funcionamento em altitudes de até 4.570 m, sob temperaturas de -20°C a 55°C e 95% de umidade relativa do ar, resistência a vibrações intensas e quedas de até 1,5 m) — além de cinco atualizações de sistema e patches de segurança até 2029. Mesmo assim, acho arriscado entrar com ele na piscina ou no mar para tirar fotos sem protegê-lo com uma capinha à prova d’água. Aliás, vale lembrar que a Apple dotou o iPhone com proteção IP68 em 2016, mas deixou claro que danos provocados por água ou outros líquidos não são cobertos pela garantia.

 

A combinação de eletrônicos e água faz do celular molhado um pesadelo. Para piorar, quedas acidentais na piscina ou na privada são relativamente comuns, bem como a exposição a uma chuva tão inesperada quanto intensa. Nessas situações, cada segundo conta para salvar aparelhos com proteção IP65 ou inferior. 

 

O primeiro passo é desligar o aparelho — para evitar que um curto-circuito queime a placa principal —, tirar a capinha e qualquer acessório conectado, remover o chip (e o cartão de memória, se houver) e secar tudo o melhor possível com um pano macio que não solte fiapos. Limpe as aberturas — como o conector de fone de ouvido e a porta de carregamento — com um cotonete seco, mas evite chacoalhar o celular, pois isso pode espalhar a umidade para áreas internas mais sensíveis.

 

O truque do arroz até funciona, mas não tão bem quanto a sílica gel, que absorve a umidade com mais rapidez e segurança: coloque o aparelho e os sachês em um pote e mantenha-o fechado por 24 a 48 horas. Areia de gato e farinha de aveia também absorvem a umidade, mas, a exemplo do arroz, a poeira dos grãos e outras impurezas sólidas podem entrar no dispositivo, agravando ainda mais a situação. 

 

Secadores de cabelo, micro-ondas, fornos elétricos ou a gás devem ser evitados, já que o calor intenso pode deformar as peças plásticas e causar danos irreversíveis aos componentes internos. Para secar a parte interna de um celular cuja tampa não pode ser removida com facilidade, posicione-o diante de um ventilador, em um lugar arejado e abrigado do sol, e deixe secar naturalmente. Evite tentar religá-lo durante o período de secagem, pois a umidade remanescente pode causar curto-circuito.

 

Água do mar, refrigerante, sucos e outros líquidos podem acelerar a corrosão da placa-mãe. Nesse caso, recomenda-se mergulhar o celular em água limpa por um a três minutos, enxaguar e secar com um pano macio. Ao final da secagem, se o telefone não ligar ou apresentar problemas como tela piscando, manchas, som abafado etc., convém procurar ajuda especializada. Uma limpeza interna com produtos adequados evita a ocorrência de corrosão e oxidação, que podem resultar na perda temporária — ou mesmo permanente — de funcionalidades do aparelho.

 

Boa sorte.

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

SOBRE SAUDADE, SAUDOSISMO E ALIENAÇÃO.

HÁ QUE EXTIRPAR O CARCINOMA ANTES QUE SE TORNE METÁSTASE.

A palavra saudade (do latim solitas, que significa solidão) não é exclusiva da língua portuguesa. No inglês, homesickness equivale a saudades de casa, e to miss expressa o sentimento de falta de alguém. Expressões com significados semelhantes existem no espanhol — te extraño —, no francês — j’ai regret — e no alemão — Ich vermisse —, mas saudade ficou em 7º lugar entre as palavras mais difíceis de traduzir, segundo a Today Translations. 

 

Sentir saudades de algo bom que se foi é saudável, mas romantizar um passado que nunca existiu é caso de internação. Dizer que a vida era melhor quando não havia Internet nem celulares é cultuar o retrocesso, e almejar a volta da ditadura militar é passar recibo de que Einstein estava certo sobre a infinitude da estupidez humana e José Saramago, sobre o pior tipo de cegueira ser a mental.

 

Em "O Alienista", a obsessão de um psiquiatra por definir o limite entre sanidade e loucura acaba aprisionando toda uma cidade. Ao final, a única pessoa racional é o próprio alienista, que se condena como o único alienado. No mundo real, só a falta de manicômios por que tantos eleitores que expeliram o cérebro na primeira evacuação repetem a cada dois anos, nas urnas, o que Pandora fez com sua caixa uma única vez. 

 

Em momentos distintos da ditadura militar, Pelé e o general Figueiredo alertaram para o risco de misturar brasileiros com urnas em eleições presidenciais. Como ninguém os levou a sério, a vitória Collor sobre Lula na eleição de 1989 — a primeira pelo voto direto desde 1960 — resultou em um dos piores governos desde Tomé de Souza. Com impeachment do pseudocaçador de marajás, o vice Itamar Franco passou a titular, e o sucesso do Plano Real assegurou a vitória de Fernando Henrique em 1994.

 

O tucano de plumas vistosas foi o mais próximo de um estadista que presidiu o Brasil desde a redemocratização, mas sucumbiu à mosca azul e se tornou mentor, fomentador e primeiro beneficiário da PEC da Reeleição, abrindo espaço para Lula e Dilma se reelegerem. Michel Temer terminou seu mandato tampão a duras penas e não concorreu à reeleição; Bolsonaro disputou, foi derrotado e partiu para o golpe — que só não prosperou por falta de apoio das Forças Armadas.

 

Bolsonaro iniciou sua trajetória militar em 1973, mas deixou a caserna pela porta lateral depois que a revista Veja revelou que ele e outro capitão pretendiam explodir bombas em instalações militares como forma de pressionar o comando por melhores salários. Eles foram condenados por unanimidade, mas o STM os absolveu por 9 votos a 4 (mais detalhes em O Cadete e o Capitão: A Vida de Jair Bolsonaro no Quartel). Depois de deixar a caserna pela porta lateral, o futuro presidente golpista foi vereador e sete vezes deputado federal, passou por nove partidos (todos do Centrão) e acabou no PL do ex-mensaleiro e ex-presidiário Valdemar Costa Neto, onde disse estar se sentindo em casa

 

A despeito de não passar de projeto mal-ajambrado de mau militarparlamentar medíocre e admirador confesso da ditadura, ele derrotou Haddad em 2018 porque a parcela pensante do eleitorado rejeitou a ideia de ter no Planalto um bonifrate do então presidiário mais famoso do Brasil. Mas emenda ficou pior que o soneto. Bolsonaro conspirou contra o Estado Democrático de Direito em manifestações, motociatas e outros atos de cunho eminentemente golpista. Em 2021, durante um comício em Santa Catarina, referiu-se ao ministro Barroso — então presidente do TSE — como "aquele filho da puta". Discursando nas festividades de 7 de Setembro, levou seus apoiadores ao delírio xingando Moraes de canalha e afirmando que descumpriria as decisões do magistrado. 

 

Se o Brasil fosse uma democracia que se desse ao respeito, Bolsonaro teria sido impichado e processado criminalmente. Mas Rodrigo Maia e Arthur Lira engavetaram mais de 140 pedidos de impeachment, e o antiprocurador-geral Augusto Aras fez o mesmo com dezenas de denúncias por crimes comuns. Para piorar, sua indigesta gestão resultou na "descondenação" de Lula, que o derrotou em 2022. Evitar que um mandatário negacionista, sociopata e aluado se perpetuasse no poder era imperativo, mas eleger Lula era opcional — era "reconduzir o criminoso à cena do crime" (como disse Geraldo Alckmin quando ainda era tucano).  

 

Mas o que esperar de um país onde 29% da população com idades entre 15 e 64 anos é composta de analfabetos funcionais? Onde não se investe em educação porque povo ignorante é mais fácil de manipular com promessas assistencialistas, como Bolsa Família e assemelhadas? Povo instruído não se contenta com circo medíocre nem troca facilmente o voto por saco de cimento, vale gás ou selfie com seu bandido de estimação. Manter o rebanho ignorante é fundamental quando se governa com promessas vazias, slogans publicitários e programas que, em vez de emancipar, amarram.

 

Isso explica por que os brasileiros se dividem entre um ex-presidiário e um psicopata genocida de viés golpista. Mesmo inelegível até 2030 e com uma condenação esperando para acontecer, o "mito" segue liderando a extrema-direita, que o vê como um ex-presidente de mostruário perseguido por um algoz que, entre outras "injustiças", decretou sua prisão domiciliar. Também explica por que o Congresso está apinhado de parlamentares fisiologistas e corruptos, que colocam os próprios interesse acima dos interesses de quem deveriam representar, e por que nosso país é governado como uma usina de processamento de esgoto, onde a merda entra pela porta das urnas e sai reciclada, mas ainda como merda, na posse do novo governante. 

 

Quem observa o Congresso de longe fica com a impressão de que Câmara e Senado viraram hospícios, e quem vê de perto descobre que o manicômio é momentaneamente administrado pelos loucos. Entre os espasmos que marcaram a volta das férias — Bolsonaro em prisão domiciliar e seu filho posando de herói da resistência democrática —, surge a maior das excentricidades: amotinada nos plenários das duas Casas, a facção bolsonarista exige a aprovação de um "pacote da paz" — que, trocando em miúdos, seria um pacote "salva-Bolsonaro, já que busca uma lei ou emenda constitucional para um indivíduo certo. Além da anistia, a sem-vergonhice inclui o impeachment de Moraes e o fim do foro privilegiado, com a anulação do julgamento da trama golpista no Supremo e a transferência do caso para a primeira instância do Judiciário, onde tudo voltaria à estaca zero. Tudo em nome da democracia, naturalmente. 

 

É improvável que eles consigam deter a condenação de Bolsonaro em setembro, mas Hugo Motta só conseguiu voltar à mesa da presidência da Câmara na noite de quarta-feira, após longa negociação com a oposição mediada por seu antecessor, Arthur Lira. Segundo o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante, o presidente da Câmara se comprometeu a colocar em pauta os projetos da anistia e o que coloca fim ao foro privilegiado. Num abraço de afogados, Motta levou junto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. 

 

A anistia "é o esquecimento de uma ou mais infrações criminais" — ou seja, extingue totalmente a punição e os seus efeitos — e pode ser concedida antes de uma condenação. Com uma eventual anistia a crimes comuns e eleitorais, Bolsonaro sairia "zero quilômetro", pronto para concorrer à próxima eleição presidencial — mais ou menos como o STF fez com Lula ao anular suas condenações). Mas vale destacar que anistia tem natureza de lei penal, sendo da competência do Congresso Nacional. Como lei, dependerá de sanção do presidente da República — a menos que saia pela via da emenda constitucional. Por ter natureza de lei, a anistia é interpretada e aplicada pelo Poder Judiciário. E aí o buraco é mais embaixo.

 

No que tange ao processo criminal referente às imputações criminosas de golpe de Estado, atentado violento ao estado democrático de Direito, associação criminosa etc., muito já se discutiu sobre o foro competente. Alegou-se que, sem o manto da presidência nem cargo parlamentar, Bolsonaro não deveria ser julgado pelo STF. Mas a corte chamou a competência para si em razão de se tratar de imputações de crimes contra o Estado nacional e a sua constituição. Foro é matéria processual e, como tal, não se aplica retroativamente. Caso o STF condene Bolsonaro antes de uma eventual alteração legislativa processual, a decisão terá plena validade. 

 

Desde que assumiu o mandato presidencial, Bolsonaro preparou um golpe de Estado para se perpetuar no poder. A intentona não prosperou, mas o golpismo progrediu e passou a atacar a soberania nacional com condutas no estrangeiro a cargo do filho Eduardo, que convenceu Trump — seja por carta barganhando pela impunidade do pai, seja pelo tarifaço e pela arbitrária aplicação da Lei Magnitsky — a se imiscuir em nossas questões, a despeito da Carta das Nações Unidas, que garante a soberania dos Estados nacionais e autodeterminação dos povos.

 

Por tudo isso, nem com anistia, borrachas, deslocamentos de foros e alegadas nulidades e abusos, os democratas deverão jogar a toalha em favor de tiranos de plantão, que vão prosseguir com o esforço para salvar Bolsonaro, nem que isso custe colocar o Congresso e o país em polvorosa. Tiranos são tão perversos que Tomás de Aquino, doutor e santo da Igreja, defendeu a legitimidade do tiranicídio.

 

Resumo da ópera: Tudo visto e examinado, fica evidente  que o culpado por esse e outros descalabros é do populacho que o Criador designou para a porção de terra que viria a ser o país do futuro que nunca chega porque tem um imenso passado pela frente. Com um povo que tem bandidos de estimação, que reconduz criminosos à cena do crime, que canta o hino nacional para pneu de trator, envia sinais de celular para ETs e atende prontamente quando convocado para defender a anistia de um golpista, país nenhum pode dar certo.


Triste Brasil.

sábado, 24 de maio de 2025

BLOQUEANDO ANÚNCIOS INVASIVOS NO GOOGLE CHROME

NÃO VÁ AONDE NÃO TE QUEREM NEM VÁ AMIÚDE AONDE ÉS BEM-VINDO.


A Internet teve origem na ARPANET, que foi desenvolvida pelo Departamento de Defesa dos EUA durante a Guerra Fria. Inicialmente concebida para uso militar, a rede foi gradativamente estendida a instituições acadêmicas, órgãos governamentais e grandes corporações. 


Com o avanço da tecnologia e a crescente demanda por comunicação global, ela se tornou acessível ao público em geral, primeiro através de serviços como AOL, CompuServe ou Prodigy, que ofereciam conteúdo num espaço delimitado e mais algumas portas de saída que permitiam aos internautas mais arrojados um acesso mais amplo. Mas a popularização veio com o surgimento dos browsers (navegadores).   


Em meados dos anos 1990, os poucos internautas domésticos que havia usavam o Netscape Navigator. Mais adiante, a Microsoft licenciou o código do Spyglass Mosaic, criou o Internet Explorer, incluiu-o no Windows 95 Plus! e o promoveu a componente nativo do festejado Windows 98. Em 1997, o IE destronou o Navigator e liderou o mercado até meados de 2012, quando foi superado pelo Google Chrome


Atualmente, os principais navegadores se equivalem em desempenho e recursos, mas o programa do Google é o preferido de 66% dos internautas.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


No dia em que o ex-comandante da Aeronáutica confirmou ao STF a tramoia golpista de Bolsonaro, o secretário de Estado dos EUA afirmou à Comissão de Relações Exteriores da Câmara que Alexandre de Moraes pode ser enquadrado na chamada "Lei Magnitsky", que o proibiria, entre outras coisas, de entrar naquele país. Eduardo Bolsonaro — que está no Texas, sustentado pelo pai, com o propósito de cavar punições a "Xandão" —, puxou a comemoração do bolsonarismo nas redes, como se coubesse ao Tio Sam o papel de xerife global. 

Tanto Bolsonaro pai quanto os extremistas que o apoiam sabem que, mesmo que Moraes fosse proibido de entrar nos EUA, não haveria chance de o Supremo ceder à pressão, até porque não se trataria de uma agressão a um juiz em particular, mas ao Judiciário como um todo. Demais disso, se uma punição acontecesse, seria um óbvio ataque à soberania brasileira. O jogo do ex-presidente só pode prosperar na crise, na bagunça, na arruaça. Prova disso é a proposta de anistia aos golpistas que ele defende, mesmo sabendo ser inconstitucional. 

Com o depoimento devastador de Batista Júnior, o plano homicida de golpe de Estado padece de excesso de provas. Não havendo no ordenamento jurídico tupiniquim resposta possível para salvar os criminosos, os devotos do capetão, que já cantaram o Hino Nacional para pneu e enviaram sinais de celular para alienígenas, agora apelam ao "Império do Norte". 

O complexo de vira-lata rosna sabujice, ressentimento e vigarice.

 

Como publiquei uma longa sequência sobre navegadores entre 6 de maio e 16 de junho de 2020, seria redundante descer a detalhes, mesmo porque o mote desta postagem é a ferramenta nativa do Chrome que permite bloquear anúncios invasivos no PC e em smartphones. O recurso é ativado nas configurações do navegador e barra anúncios indesejados, como pop-ups e vídeos com reprodução automática. Embora não remova todas as formas de publicidade exibidas nos sites, ele proporciona uma navegação mais agradável.

 

Para configurá-lo no PC, abra o menu de opções do Chrome (clique no ícone de três pontos, no canto superior direito da tela), selecione Configurações > Privacidade e segurança (na guia no canto esquerdo da tela) > Mais configurações de conteúdo > Anúncios invasivos e, na seção Comportamento padrão, marque a opção A publicidade é bloqueada em sites que mostram anúncios invasivos ou enganosos.

 

No celular, abra o Chrome, toque no botão de três pontos, role a tela até o final, toque em Configurações > Configurações do site > Anúncios invasivos e ative a chave ao lado dessa opção para bloquear todas as publicidades que sejam invasivas ou denunciadas como enganosas.

 

Para desativar anúncios personalizados do Google, acesse as configurações de sua Conta Google e, na Central de Anúncios, desmarque a opção de anúncios personalizados. Também é possível encontrar na Google Play Store extensões para o Chrome (como uBlock Origin, Privacy Badger e AdGuard AdBlocker) e navegadores alternativos (como Opera, Brave Browser, etc.).

 

Observação: o Chrome para Android não suporta, oficialmente, o uso de extensões. O AdGuard for Android oferece bloqueio de anúncios em todo o sistema, inclusive dentro de apps e jogos, mas isso na versão paga (a gratuita bloqueia anúncios apenas no navegador). 

sábado, 16 de novembro de 2024

VOCÊ SABIA?

A DISTINÇÃO ENTRE PASSADO, PRESENTE E FUTURO NÃO PASSA DE UMA ILUSÃO TEIMOSAMENTE PERSISTENTE.

A tetravó do celular nasceu na década de 1930, quando a Alemanha Alemanha começou a testar em trens a telefonia móvel que seu exército usaria na Segunda Guerra Mundial, mas a iniciativa de levar o telefone para o carro partiu de uma parceria entre a empresas norte-americanas Motorola e a Bell

Em 1948, esse sistema já atendia 4 mil usuários em 60 cidades, mas o hardware, caro e volumoso, e o preço, proibitivo, afugentava os interessados. Em abril de 1973, um engenheiro da Motorola ligou para um colega da AT&T usando um protótipo do DynaTAC (foto). O trambolho pesava cerca de 1kg, media 25cm x 7cm, tinha autonomia de 20 minutos e demorava 10 horas para recarregar a bateria... mas funcionava. E o resto é história recente.

O celular desembarcou no Brasil nos anos 1980 e se popularizou depois que FHC privatizou as TELES, e o que era bom ficou ainda melhor quando Steve Jobs revolucionou o mercado com o iPhone (2007). E menor, já que, com a transformação dos dumbphones em microcomputadores ultraportáteis, a miniaturização deixou de fazer sentido.

ObservaçãoVale registrar que o primeiro celular capaz de acessar a Internet não foi o iPhone, mas o Nokia 9000 Communicator, lançado em 1996.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

As cabeças de direita carecem de miolos. A esquerda sofre da mesma carência, mas só tem uma cabeça (quase careca e remendada com 5 pontos). A lufada conservadora nas eleições municipais já havia acomodado o PT no divã, mas a vitória de Trump fez da autocrítica um fator de sobrevivência do grupo.
O fascismo verde-oliva sobreviveu às passeatas pacíficas e triturou a resistência armada. Lula, então crítico ferrenho do "milagre" militar, mudou a agenda da esquerda e deu aulas de pragmatismo jogando o jogo de um capitalismo que ideólogos pequeno-burgueses desprezavam, e a  proeminência sindical lhe rendeu a ascendência política — ele chegou a ensaiar uma parceria com FHC, mas um foi fundar o PT e o outro, o PSDB. 
No alvorecer da redemocratização, a derrota para Collor desenvolveu no petista um complexo social — o rico derrotou o representante da maioria pobre —, e as duas derrotas para FHC plantaram em sua alma de operário um complexo intelectual — a USP prevaleceu sobre o chão de fábrica da VW e da GM. 
Nos dois mandatos de FHC, partidos herdeiros da Arena se consolidaram como legendas de adesão e trocaram governabilidade por cargos e verbas. Lula farejou a fadiga de material do tucanato, recuperou o pragmatismo e, vestindo Armani e suavizando o discurso numa Carta aos Brasileiros, ganhou a classe média. Em seus dois primeiros mandatos, o matrimônio com o centrão evoluiu para o patrimônio. Deu em Mensalão, em Petrolão, no impeachment de Dilma, em Bolsonaro e no orçamento secreto, que manteve o grotesco no Planalto por quatro anos e transformou a palavra "governabilidade" em outro nome para corrupção. 
O retorno de Lula se deveu à formação de uma falaciosa frente ampla em defesa da democracia. Do palanque, o ex-presidiário "descondenado" prometeu um governo "para além do PT", mas o quebra-quebra do 8 de janeiro foi um aperitivo do que estava por vir: pela primeira vez na história, um presidente assumiu o Planalto com um pedaço da população pedindo intervenção militar na porta dos quartéis. 
A conspiração sobreviveu às urnas, mas a ideologia de Lula é a saudade: hoje, o petista lamenta que a realidade seja tão reacionária e pergunta a seus botões por que pregoeiros ultradireitistas do evangelho da prosperidade encantam a periferia com ilusões vendidas no templo das redes sociais. Vivo, Freud lhe recomendaria investigar seus motivos inconscientes.

O Google lança novas versões do Android anualmente, mas as novidades nem sempre saltam aos olhos. Muitos usuários desconhecem a divisão de tela, por exemplo, que foi inaugurada no Android 9. Para utilizá-la, abra os programas desejados, toque no botão que exibe os apps recentes (na barra inferior da tela), no ícone de um deles (na parte superior da janelinha) e em Abrir na opção em tela dividida.
 
Outro recurso pouco conhecido, mas útil quando você empresta seu celular a alguém, é o perfil de convidado. Tocando em Configurações > Usuários > DispositivosConvidado, você ativa um perfil que limita a acesso desse alguém a seus aplicativos e arquivos pessoais (lembrando que isso não funciona todas as marcas/modelos de smartphones Android).
 
Para definir quais aplicativos podem enviar alertas, toque em Configurações > Aplicativos > Gerenciar Permissões > Notificações e faça os ajustes desejados. 

Para não ser interrompido por mensagens, ligações etc., ative o Modo Foco  toque em Configurações > Modos e rotinas > Trabalho e estipule o tempo durante o qual somente funções como Telefone e Relógio ficarão  acessíveis (aproveite o embalo para conhecer outros "modos" que você pode ativar, como Sono, Cinema, Direção, Exercício, etc.)
 
Na maioria dos smartphones, pressionar os botões liga/desliga e diminuir volume ao mesmo tempo "printa" a tela, mas você pode escolher outras maneiras tocando em Configurações > Recursos Avançados > Tecla lateral

Em alguns aparelhos, a opção "printar a tela" do painel rápido também funciona, mas a Seleção Inteligente permite fazer capturas retangulares ou ovais da janela ativa ou de qualquer porção dela. Para habilitá-la, toque em Configurações > Visor e ligue a chavinha ao lado de Painéis Edge. 
 
O celular se tornou um microcomputador ultraportátil, mas continua servindo para fazer e receber ligações telefônicas. Se você digitar #31# antes do número a ser chamado, o número da sua linha não será exibido, mesmo que esteja na agenda de contatos do destinatário da ligação. Mas vale lembrar que muita gente não atende chamadas de "número desconhecido" ou "número não identificado".