Mostrando postagens classificadas por data para a consulta quartel de abrantes. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta quartel de abrantes. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

SÍNDROME DA VISÃO DE COMPUTADOR

A VIDA É CHEIA DE OBRIGAÇÕES QUE A GENTE CUMPRE POR MAIS VONTADE QUE TENHA DE AS INFRINGIR DESLAVADAMENTE.

O primeiro caso de Covid no mundo foi registrado no início de dezembro de 2019; o primeiro caso de gripezinha do capitão-cloroquina no Brasil foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020 — há onze meses, portanto.

Há ao menos 200 vacinas em diferentes fases de desenvolvimento mundo afora e cerca de 50 na fase final de testes. Os imunizantes da Moderna, AstraZeneca, Sinopharm e Sinovac devem obter os respectivos registros nas próximas semanas.

Sem embargo, a pandemia não tem data para acabar (para gáudio dos fabricantes de máscaras e álcool em gel, que estão lavando a égua). Ser ou não infectado, apresentar ou não sintomas, sobreviver ou não ao vírus assassino é como uma loteria. No entanto, em meio a tantas incertezas, uma coisa é certa: o home office veio para ficar e, com ele, a Síndrome da Visão de Computador.

Trata-se de um problema de ressecamento ocular associado à redução da frequência com que piscamos os olhos quando operamos o PC. Os sintomas clássicos são ardência, visão distorcida, vermelhidão e fadiga ocular, que podem ser minimizados com o uso de colírios tipo “lágrimas artificiais”.

É recomendável fazer pausas de 10 minutos a cada hora de trabalho, bem como manter uma distância de aproximadamente 30cm da tela do monitor — que não deve ficar nem alta demais, nem baixa demais em relação à linha dos olhos. Sem mencionar que a configuração correta de tela pode ajudar um bocado. Veja como proceder no Windows 10:

Para ajustar o tamanho do texto, dos aplicativos e demais elementos, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Vídeo e, em Ajustar escala e layout, o percentual em que a visualização dos elementos na tela for mais confortável para você.

Na mesma janela, logo abaixo, clique na setinha à direita da caixa referente ao campo Resolução. Repare que apenas uma das diversas opções de resolução disponíveis está marcada como Recomendável. Isso significa que ela exibe o número exato de pixels que a tela possui fisicamente, tornando mais nítida a exibição das imagens. Se quiser, teste outras resoluções; caso não fique satisfeito, é só não as efetivar que tudo volta a ser como antes no quartel de Abrantes.

Clique no link Configurações de escala avançadas e, em Corrigir a escala para aplicativos, ative o botão que autoriza o sistema ajustar o foco automaticamente — ou, por sua conta e risco, deligue o ajuste automático e configure manualmente um valor entre 100 e 500 (lembrando que a Microsoft não recomenda alterar essa configuração).

A exemplo dos smartphones, o Windows dispõe de um modo noturno que bloqueia a luz azul, evitando que seu ritmo circadiano (ou relógio biológico) seja afetado e interrompa produção de melatonina — o hormônio que controla o sono. Então, clique em Configurações de luz noturna para ajustar a temperatura da cor e o períodos em que o recurso deve ser ativado. Sugiro deixar que o Windows ative e desative o a luz noturno nos horários que você predefinir, mas é bom saber que você pode ativar e desativar o recurso a qualquer momento clicando no botão Luz noturna que é exibido na Central de Ações (que você acessa clicando na extremidade direita da Barra de Tarefas).

Observação: Se o botão em questão não for exibido na Central de Ações, reveja configurações desse recurso clicando em Iniciar > Configurações > Sistema > Notificações e Ações. É possível escolher as ações rápidas que você poderá acessar pela Central de Ações; ativar ou desativar notificações, barras de notificação e sons de alguns ou todos os remetentes de notificações; escolher se deseja ver notificações na tela de bloqueio; ativar ou desativar dicas, truques e sugestões sobre o Windows, e por aí afora.

Também é possível calibrar as cores exibidas no monitor, caso elas não lhe pareçam fiéis à imagem original. O próprio sistema possui uma configuração padrão, mas você pode ajustá-la de modo a deixar a visualização de imagens mais agradável. Basta digitar “calibrar cores do vídeo” na caixa de pesquisa da Barra de tarefas e executar o miniaplicativo que fica no Painel de Controle.

Concluída a calibração de cores, o “Otimizador de texto Clear Type” será exibido (se preferir, acesse esse recurso diretamente digitando “cleartype” na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas). A configuração consiste simplesmente em selecionar os textos que lhe pareçam mais nítidos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS... — PARTE IV

A GRANDE TRAGÉDIA DA CIÊNCIA: O MASSACRE DE UMA BELA HIPÓTESE POR PARTE DE UM HORRÍVEL FATO.

Sobre mensagens de erro, telas azuis, travamentos e reinicializações aleatórias do Windows, lembro ter escrito há muitos anos o haikai que você vê na ilustração ao lado. Muita coisa mudou desde então; problemas dessa natureza já não ocorrem com a mesma frequência que ocorriam nas edições 3.x/9x/ME do Windows. Mas isso não quer dizer que não possam ocorrer, mesmo no Win 10.

Imagine que um belo dia você liga o computador e nada acontece. Ou seu amigo eletrônico dá o boot mas empaca na tela de boas-vindas. Claro que isso não é bom. Mas é preciso ter em mente que sua prioridade deve ser recolocar o bonde nos trilhos. 

Então, a não ser que o incidente decorra de mau funcionamento do hardware, descobrir o culpado pelo descarrilamento pode ficar para depois. Primeiro, porque há grandes chances de você reiniciar o computador e tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes. Segundo, porque há um sem-número de possibilidades no âmbito do software, e explorá-las uma a uma é como treinar para louco.

Anedotas são versões jocosas de situações pitorescas pinçadas do quotidiano. Como este diálogo entre o usuário e o atendente do suporte técnico:

— Help desk assistência, posso ajudar?

— Sim, bem.... estou tendo um problema com o Word.

— Que tipo de problema?

— Bem, eu estava digitando e, de repente, todas as palavras sumiram.

— Defina “sumiram”.

— Desapareceram. Do nada. A tela está preta. Não aceita nada que eu digite.

 Você ainda está no Word ou já saiu?

— Como posso saber?

 Você vê o Prompt C: na tela?

— O que é esse 'promete-se'?

— Esquece. Você consegue mover o cursor pela tela?

— Não há cursor algum. Eu te disse, ele não aceita nada que eu digite.

Seu monitor tem um indicador de força?

— O que é monitor?

— É essa tela que parece com uma TV. Ele tem uma luzinha que diz quando está ligado?

— Não sei.

— Então olhe atrás do monitor e veja se cabo de força está conectado. Você consegue fazer isso?

— Acho que sim.

— Ótimo. Siga o cabo e me diga se ele está ligado na tomada.

— Tá, sim.

— Atrás do monitor, você reparou que existem dois cabos?

— Não.

— Mas eles estão lá. Preciso que você olhe e ache o outro cabo.

— Ok, achei...

— Siga-o e veja se ele está bem conectado na parte traseira do computador.

— Não posso!

— Você não consegue ver se está?

— Não.

— Nem mesmo se ajoelhar ou se debruçar sobre ele?

— Ah, não, tá muito escuro aqui!

— Escuro?

— Sim, a única luz que eu tenho vem da janela, lá do outro lado.

— Bom, acenda a luz então!

— Não posso.

— Por que não?

— Porque estamos sem energia.

Continua...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS... — PARTE III

A CIÊNCIA TRAZ AO HOMEM A INCERTEZA DE UMA CERTEZA.

A evolução do Windows ao longo do tempo vinha sendo tratada numa sequência cuja publicação eu interrompi dias atrás para focar outros assuntos (e que pretendo retomar em breve). Diante disso, podemos deixar de lado os entretantos e partir para os finalmentes, começando por lembrar que a encarnação atual do festejado sistema da Microsoft é o Win 10 20H2, que está para as jurássicas versões 3x como um Ford Bigode de 1920 para um Mustang Shelby GT500 de última geração. Todavia, por mais que tenha sido aprimorado nas últimas 3 décadas, o Windows ainda é um programa de computador e como tal está sujeito a bugs e que tais.

Mensagens de erro, telas azuis, travamentos e outras falhas exasperantes faziam parte do dia a dia dos usuários do Win 9x/ME. Com o lançamento do Win XP, baseado no kernel (núcleo) do Win NT, as aporrinhações se tornaram menos recorrentes, mas isso não significa que não ocorram também no Win 10. Vale lembrar que todos os upgrades semestrais (de conteúdo) que a Microsoft implementou no Ten desde 2016, quando o novo “sistema como serviço” soprou sua primeira velinha, atazanaram, em maior ou menor grau, a vida de um sem-número de usuários (detalhes nesta sequência).   

Observação: Se a Microsoft fabricasse carros, disse Bill Gates em algum momento dos anos 1990, eles custariam 25 dólares e rodariam 1.000 milhas com um galão de gasolina. A General Motors saiu em defesa das montadoras e, numa resposta bem humorada — e verdadeira —, afirmou que o motor dos "MS-Car" morreria frequentemente, obrigando o motorista a descer do carro, trancar as portas, destrancá-las e tornar a dar a partida para poder seguir viagem, numa evidente analogia com os constantes travamentos do Windows (vale a pena clicar aqui e ler a íntegra da resposta).

Voltando ao cerne desta abordagem, que é a solução de problemas no ambiente Windows, relembro que tudo é reversível no âmbito do software, e que não há nada como uma reinstalação do zero para o Windows voltar à velha forma. Por outro lado, essa solução “in extremis” é demorada e trabalhosa, não tanto pela reinstalação em si, mas pelas subsequentes atualizações, personalizações e reconfigurações que fazem tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes — noves fora, naturalmente, os problemas que levaram à reinstalação do sistema.

Por essas e outras, recomenda-se chutar o pau da barraca somente após de tentar (e não conseguir) resolver o imbróglio com medidas menos invasivas. Mas isso já é assunto para o próximo capítulo.     

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO PC OU NO SMARTPHONE

O CONHECIMENTO PODE CRIAR PROBLEMAS, MAS NÃO É ATRAVÉS DA IGNORÂNCIA QUE IREMOS SOLUCIONÁ-LOS.

Dizem que os computadores vieram para resolver todos os problemas que a gente não tinha quando eles não existiam. Pode até ser, mas o fato é que eles existem e praticamente todo mundo os utiliza, sobretudo na encarnação ultraportátil (existem mais de 5 bilhões de linhas móveis ativas no planeta). 

Muitas tarefas ainda demandam mais poder de processamento, fartura de memória e dimensões de tela que os smartphones e tablets podem proporcionar, devendo, portanto, ser realizadas num PC convencional (de mesa ou portátil, de modo), o que nos leva a manter um pé em cada canoa.

Tanto desktops e notebooks quanto smartphones e tablets são “computadores” e utilizam memórias de diversas tecnologias. A RAM (memória física do sistema e principal ferramenta de trabalho do processador) precisa ser totalmente esvaziada de tempos em tempos, sendo a reinicialização do dispositivo uma maneira de se obter esse resultado. Mas melhor ainda é desligá-lo totalmente e tornar a ligar depois de alguns minutos.

Reiniciar um aparelho consiste basicamente em desligá-lo e tornar a ligar em seguida. O termo reinicializar não significa exatamente a mesma coisa, mas, questões semânticas à parte, interessa dizer que desligar o PC, o smartphone, o tablet ou qualquer outro equipamento eletrônico ou eletroeletrônico interrompe o fluxo de energia que alimenta seus circuitos, capacitores e demais componentes que permanecem energizados durante o funcionamento. No caso específico de dispositivos computacionais, esse provoca o "esvaziamento" das memórias voláteis.

Na reinicialização, o intervalo de tempo entre o “encerramento” do sistema e o boot subsequente é de milésimos de segundo, e sempre é suficiente para o total esgotamento das reservas de energia e, consequentemente, o esvaziamento das memórias voláteis. Portanto, em vez de reiniciar o celular ou o PC, prefira sempre que possível usar a opção desligar.

Ao contrário do PC convencional — que muita gente só lembra que existe na hora de executar uma tarefa que transcenda a capacidade dos ultraportáteis —, o smartphone acompanha o usuário o tempo todo e não raro fica ligado 24/7. Desligá-lo durante a recarga, por exemplo, “limpa” a memória RAM e reduz o tempo que a bateria leva para ser totalmente carregada.

Problemas como lentidão, instabilidade, aquecimento, travamentos ocasionais etc. costumam ser solucionados mediante uma simples reinicialização (observadas as considerações feitas linhas atrás). Se o problema persistir, a causa deve ser outra que não a sobrecarga da memória, e aí abre-se todo um leque de possibilidades que não seria possível abordar nesta postagem. Saliento apenas que, no âmbito do software, tudo é reversível, e reverter o aparelho às configurações de fábrica faz com que tudo volte a ser como antes no Quartel de Abrantes. Mas atenção:  antes de qualquer outra coisa, providencie um backup de seus arquivos e salve-o na nuvem ou num dispositivo de armazenamento removível (pendrive, HDD USB etc.);

Em linhas gerais, redefinir aparelhos Android exige apenas tocar em Configurações > Fazer backup e redefinir e selecionar Redefinir Configurações (para reimplementar os ajustes padrão); Redefinir as Configurações de Rede (Wi-Fi, Bluetooth, etc.); ou Restaurar Padrões de Fábrica (faxina total). Note que essa nomenclatura costuma variar conforme a versão do sistema e exigir procedimentos adicionais (como excluir sua conta no Google) se a ideia for passar o telefone adiante. Em qualquer caso, consulte o manual do aparelho, o site do fabricante e/ou a ajuda do Android.

Observação: O Google Play guarda o histórico dos aplicativos que você já baixou vinculado a sua conta de e-mail, o que facilita a recuperação. Selecione Play Store, selecione Apps e jogos e, no menu do seu perfil, escolha Meus apps e jogos. Lá estarão todos os seus apps. Sugiro restaurar somente aqueles que você utiliza com frequência e ignorar os “inutilitários”. Depois que o dispositivo reiniciar, atualize o sistema e recupere seus aplicativos.

No iOS, vá em Ajustes e selecione Geral; selecione Redefinir e depois Apagar Conteúdo e Ajustes; insira sua senha e clique em “Apagar iPhone, restaurando as configurações originais do aparelho.

Continua...

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

WINDOWS 10 — APLICATIVOS PADRÃO

A LOUCURA É A CIÊNCIA DO ABSURDO.

Depois de publicar oito capítulos da novela sobre o Windows e suas sutilezas, achei que era tempo de fazer um breve intervalo para tratar de outros assuntos. Assim, veremos a seguir como reconfigurar os aplicativos padrão no Win 10. 

Vale lembrar que o Windows passou a ser comercializado como serviço em 2015; que o Win 10 ganhou seu Anniversary Update em meados de 2016, e que ele a partir de então ele passou a receber atualizações semestrais de conteúdo — a primeira entre os meses de abril e maio e a segunda, entre setembro e outubro. Note que cada update implica uma atualização de versão (a mais recente é a 20H2, que a Microsoft começou a distribuir no dia 20 do mês passado).

Atualizações de versão do Windows 10 nem sempre trazem mudanças de interface ou acrescentam novos recursos e funções que “saltam aos olhos” dos usuários. A mais recente, por exemplo, destina-se a promover correções e ajustes internos no programa, embora traga algumas inovações (que eu já comentei anteriormente). A mais "visível", digamos assim, é a substituição do navegado Edge pelo “novo” Edge Chromium, que se tornou padrão do sistema (mais detalhes nesta postagem).

Cada update de versão requer um período de adaptação, já que o usuário precisa se familiarizar com as novidades. O tempo de adaptação varia caso a caso, mas dificilmente vai além de um ou dois dias. Mas tudo tende a ser mais fácil quando se conhece o "caminho das pedras", daí eu ter resolvido dedicar algumas linhas aos programas padrão do Windows 10. Acompanhe.

Quem está habituado ao vetusto Windows Media Player pode estranhar o comportamento do reprodutor de mídias Groove, por exemplo. O mesmo se aplica a quem se acostumou com a simplicidade um tanto espartana do Paint, que certamente achará o Paint 3D um tanto complicado. E quem clica num link, esperando ver o site ser exibido na janela do Google Chrome ou do Firefox, e dá de cara com o novo Edge.

Tradicionalmente, o sistema associa os arquivos a aplicativos pré-definidos, mas essa configuração padrão nem sempre vai ao encontro de nossas preferências. Felizmente, esse é um “problema” de fácil solução, como a maioria dos leitores certamente já sabe. A questão é que, para mudar esse comportamento, não se utiliza mais a opção Sistema da tela Configurações, e sim a opção Aplicativos (até porque faz mais sentido).

Então, caso você deseje redefinir os programas padrão no Win 10 20H2, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos e, no menu lateral à esquerda da janela, selecione a opção Aplicativos padrão e aguarde até que a lista seja preenchida. 

Se você prefere usar o Google Chrome como navegador padrão, clique sobre o ícone do Edge, que vem pré-definido sob Navegador da Web. Na janelinha que se abrir, selecione o navegador de sua preferência, lembrando que ele só contará da lista de opções se você o tiver instalado no computador. 

O mesmo procedimento se aplica ao programa padrão de Email, caso você prefira usar o Outlook em vez do Email do Win 10, ou do Visualizador de Fotos, se preferir o Paint em vez de Fotos ou Paint 3D. E assim por diante.    

Observação: Note que essa liste exibe apenas as opções já instaladas; se preferir usar algum aplicativo de que você ainda não dispõe, basta ir à Loja, localizar o dito-cujo, fazer o download e então proceder à alteração. Algumas categorias podem não ter um aplicativo padrão; em sendo o caso, clique em "Escolher um padrão".

Também é possível escolher os aplicativos padrão a partir da extensão dos arquivos. Basta clicar no link Escolha os aplicativos padrão por tipo de arquivo, localizar na lista a extensão que você quer associar, clicar no ícone exibido à direita dela e selecionar a opção desejada. 

Clicando em Escolher os programas padrão por protocolo, você pode definir como o sistema vai lidar com solicitações específicas de programas gerais e dispositivos de rede como Calculadora, Twitter, Xbox, Câmera etc.

Se as mudanças causarem erros no sistema, é só clicar no botão Redefinir para que tudo volte a ser como antes no Quartel de Abrantes, ou seja, todas as personalizações que você fez serão desfeitas e substituídas pela configuração estabelecida originalmente pela Microsoft.

domingo, 16 de agosto de 2020

VIVA O POVO BRASILEIRO

Conforme eu adiantei no post de ontem, Gilmar Mendes reverteu a decisão de Félix Fischer, que havia cassado a liminar do presidente do STJ — o “caso de amor à primeira vista” do autodeclarado Messias que não miracula —, que, na qualidade de plantonista daquela Corte durante o recesso de julho, converteu em domiciliar a prisão preventiva de Fabrício Queiroz e madame.

Feitas as devidas somas e subtrações e tirada a prova dos nove, tudo continua como antes no Quartel de Abrantes. O amigo longa data de Jair Bolsonaro e ex-chefe de gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro permanece em casa, sob os cuidados extremosos da esposa — que mesmo foragida foi beneficiada pela decisão do ministro Noronha. Como diria Boris Casoy, “isso é uma vergonha”.

Fabrício — como bom fantasma-chefe dos funcionários fantasmas do gabinete de zero um na Alerj — estava sumido havia mais de ano quando foi encontrado em Atibaia, mocosado num imóvel pertencente a Fred Wassef, então consultor jurídico do Presidente e advogado de seu primogênito no caso das rachadinhas. O conspícuo jurisconsulto, que conquistou seus 15 minutos de (má) fama ao dar uma série de entrevistas sem jamais repetir a mesma versão da história, acabou desaparecendo no ar como o elefante do Grande Houdini.

Mais impressionante que o prodígio de ilusionismo de Wassef foram as selfies exibidas ad nauseam nos telejornais, mostrando Queiroz, o “enfermo”, de bermuda e chinelo de dedo, com uma garrafa de cerveja na mão e um largo sorriso nas fuças, enquanto preparava um churrasquinho no quintal da casa-escritório-esconderijo em Atibaia (vide imagem que ilustra esta postagem).

Observação: Poucos dias depois de o Brasil atingir 100 mil mortos pelo coronavírus, no último dia 8, os brasileiros mostram-se divididos em relação à responsabilidade de Jair Bolsonaro pela trágica marca. De acordo com o Datafolha, 47%, dizem acreditar que o presidente não tem culpa pelos óbitos. Para 52%, Bolsonaro é o responsável; 11% o veem como principal culpado, e 41%, como um dos culpados, mas não o principal. Desde o início da pandemia, o capitão cloroquina, que na mesma pesquisa obtém a melhor avaliação do mandato, minimiza a doença e defende a reabertura de comércios e o relaxamento do isolamento social.

Talvez Bolsonaro devesse distribuir à brava gente brasileira, juntamente com a droga da qual virou garoto-propaganda, um pote de base branca para tingir o rosto, batom para a pintar uma boca engraçada e uma bola vermelha para realçar o nariz.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

DA PRAGA DA CASERNA AO CAPITÃO CAVERNA — QUARTA PARTE



Como vimos no capítulo anterior, o Brasil viveu um regime monárquico — entre a proclamação da independência, em 1822, e a da república, em 1889. O processo histórico em que se desenvolveu o fim da monarquia e a ascensão da república perpassa por uma série de transformações que levou à tomada do poder pelos militares. Em outras palavras, o país iniciou sua fase republicana a partir de um golpe militar — com a devida venia de quem possa pensar diferente, eu entendo que não há que falar em “revolução” quando não existe participação popular.

A assim chamada Velha República teve início com a proclamação, em 1889, e terminou com a chamada “Revolução de 1930”. Entre o fim do Império e a posse de Prudente de Morais, em 1894, apenas militares ocuparam a presidência, donde esse período ficou conhecido como República da Espada.

Morais foi o primeiro presidente civil do Brasil, e sua posse deu início a alternância entre representantes das oligarquias rurais do sudeste brasileiro (conhecida como política do café com leite em da aliança nas indicações para presidentes entre São Paulo e Minas Gerais), que durou até 1930, mas já vinha dando sinais de enfraquecimento desde 1914. As revoltas tenentistas no RS, em 1923, e em SP, em 1924, somadas à insatisfação das oligarquias com a eleição de Júlio Prestes, em 1930, resultaram no impedimento do presidente eleito. Assim, outro golpe militar empurrou a Velha República para a cova.

Uma “junta governista” assumiu o poder em 24 de outubro de 1930 e passou o bastão a Getúlio Vargas em 03 de novembro daquele ano, dando início ao “governo provisório” que durou até julho de 1934, quando o mesmo Vargas foi eleito indiretamente (conforme os ditames da Constituição de 1934). Iniciava-se então o assim chamado “governo constitucional”. 

No dia 10 de novembro de 1937, mediante mais um golpe de estado, Vargas instituiu o Estado Novo e assim manteve-se no poder até outubro de 1945, quando outro golpe o apeou da presidência.

Observação: Os primeiros anos da Era Vargas foram marcados pelo clima de tensão entre as oligarquias e os militares — principalmente no estado de São Paulo —, o que levou à Revolução Constitucionalista de 1932. Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora promoveu a Intentona Comunistamais uma tentativa de golpe. Vargas aproveitou o episódio para declarar estado de sítio e ampliar seus poderes políticos.

Com a queda de Vargas, o general Eurico Gaspar Dutra assumiu a presidência, e uma Assembleia Constituinte criou nossa quinta Constituição, que estabeleceu os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

 Em 1950, Vargas voltou ao cenário político e, graças a sua “postura nacionalista” venceu as eleições presidenciais com o apoio de empresários, das Forças Armadas, de grupos políticos do Congresso e da União Nacional dos Estudantes, entre outros. Mas a oposição a seu governo cresceu, e em 23 de agosto de 1954, após ser acusado de tramar um atentado contra o jornalista Carlos Lacerda — e de 27 generais exigirem publicamente a renúncia — Vargas foi suicidado, digo, encontrado morto, com um tiro no peito, na manhã do dia 24. deixando uma "carta de despedida" que será reproduzida em outra postagem, ao final desta sequência.

Após o breve governo de Café Filho (de 24.08.1954 a 11.11.1955), de Carlos Luz (que durou apenas 3 dias) e de Nereu Ramos (de 11.11.1955 a 31.01.1956), Juscelino Kubitschek de Oliveira assumiu a presidência em janeiro de 1955, prometendo realizar “cinquenta anos de progresso em cinco de governo”. E, mui mineiramente, mudou a capital federal do Rio de Janeiro para o meio do nada, digo, para o centro do país. E assim, em 21 de abril 1960 “nascia” nossa querida Brasília.

Observação: A transferência da capital federal para o interior do país era defendida desde o período colonial e passou por vontades políticas distintas e muitas mudanças de governo até se transformar em realidade. Não obstante, como em tudo mais neste país, havia objetivos escusos na mudança da sede do governo federal, mas uma análise mais detalhada terá de ficar para uma próxima oportunidade.

Mais detalhes sobre esses governos virão nas próximas postagens. No final desta novela, relembraremos as gestões abortadas, ou seja, os governos em que, por alguma razão, os mandatários deixaram o campo antes que o apito do árbitro marcasse o final da partida.

OBSERVAÇÃO: Hoje, 9 de julho, comemora-se no estado de São Paulo a Revolução Constitucionalista de 1932, que será comentada, em algum momento, ao longo das próximas postagens. Dada a situação atípica que atravessamos neste ano de 2020, o governo paulista antecipou o feriado, visando reforçar o isolamento social e conter o avanço do coronavírus. Como eu postei sobre informática no "feriado" antecipado, não o farei hoje. Amanhã tudo volta a ser como antes no Quartel de Abrantes. Pelo menos no que concerne à minha pauta de postagens.

Continua no próximo capítulo...

terça-feira, 9 de junho de 2020

MAIS SOBRE NAVEGADORES — DESEMPENHO (PARTE XVII)


ATÉ UM ESQUILO CEGO CONSEGUE EVENTUALMENTE ENCONTRAR UMA AVELÃ.

Há quem diga que o Firefox é mais veloz que os seus concorrentes diretos, e mesmo fãs do Chrome reconhecem a agilidade da "raposinha", que fica ainda melhor com alguns "ajustes finos" que pouca gente implementa porque não conhece o "caminho das pedras". E é isso que veremos a seguir.

Observação: Note que é preciso agir com cautela, pois modificações indevidas podem comprometer o funcionamento do navegador. O lado bom da história e que tudo é reversível no âmbito do software, de modo que bastar reinstalar o navegador para que tudo volte a ser como antes no quartel de Abrantes, mas é melhor prevenir do que remediar.

Como seus concorrente, o Firefox também promete consumir menos memória a cada nova versão, mas tudo fica na promessa. Então, aplica-se também a ele as dicas genéricas que eu sugeri nos posts em que foquei o Chrome, como manter abertas somente as abas necessárias, desabilitar (ou remover) extensões inúteis, e por aí afora. Dito isso, vamos em frente:

— Abra o Firefox e digite about:config na barra de endereços e tecle Enter;

— No alerta que será exibido em seguida (vide ilustração desta postagem), clique no botão com os (melodramáticos) dizeres: Aceitar o risco e continuar;

— Na caixa Pesquisar preferências por nome da janela que se abre em seguida, digite browser.sessionhistory.max_total_viewer e altere o atributo Valor do item em questão de -1 para 0 (não se esqueça de confirmar na caixa de verificação à esquerda);

Reinicie o navegador.

Para aumentar a velocidade com que o Firefox carrega as páginas, existe uma técnica, conhecida como pipelining (ou paralelismo, numa tradução livre), que consiste em forçar o navegador a requisitar as páginas ao servidor várias vezes ao mesmo tempo (em vez de fazer uma requisição por vez), o que, em última análise, permite que diversos elementos do endereço sejam “recuperados paralelamente”. Para ativar esse recurso:

— Torne a abrir a página de configurações (digitando about:config na barra de endereços);

— Na caixa Pesquisar preferências por nome, digite network.http.pipelining e mude seu valor para true.

— Reinicie navegador.

Por último, mas não menos importante, experimente limitar o consumo de RAM a 10 MB quando o Firefox estiver minimizado, independentemente do número de abas abertas. Para isso:

— Volte à página das configurações (digitando about:config na barra de endereços);

— Na caixa Pesquisar preferências por nome, digite config.trim_on_minimize, tecle Enter, selecione a opção true e clique em OK.

— Reinicie o navegador.

ObservaçãoEssa última dica limita o consumo de memória a 10MB; caso você observe eventual perda de desempenho ou dificuldade no carregamento de páginas mais pesadas, refaça os passos anteriores, torne a configurar como false o parâmetro do campo config.trim_on_minimize e reinicie o Firefox.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

AINDA SOBRE ATUALIZAÇÕES PROBLEMÁTICAS NO WINDOWS 10 (PARTE 3)


GRAVEM-SE OS BENEFÍCIOS NO BRONZE E AS INJÚRIAS NO AR.

Dizia eu no post anterior que, se a instalação de um patch "bichado" impedir o Windows de reiniciar, remover a atualização pode recolocar o bonde nos trilhos, já que alternativa é reinstalar o sistema do zero. Então, não se perde nada em tentar.

Note que há duas situações possíveis, e que cada qual deve ser tratada de um jeito. Na primeira, você liga o computador e o Windows exibe a tela de logon, mas não vai adiante; na segunda, nem essa tela aparece, inviabilizando, inclusive, o desligamento da máquina por software. Então vamos lá.

Se a tela for exibida, clique no terceiro ícone (da esquerda para a direita) que aparece no canto inferior direito da tela e, em opções de desligamento, clique em “desligar”, aguarde alguns minutos e torne a ligar o computador. Se o Windows normalmente, ele o fará no modo de segurança ou exibirá o ambiente de recuperação (WinRE).Note que a opção “reiniciar” deve ser evitada, porque nesse caso o intervalo de tempo entre o encerramento e o boot subsequente pode não ser suficiente para o esvaziamento das memórias voláteis.

Já se o computador empacar antes de exibir a tela de logon, não há como desligar como comandar o desligamento via software. Nessa situação, o jeito é foçar o desligamento mantendo o botão liga/desliga (power) pressionado por 5 segundos e seguir o roteiro retrocitado, ou seja, aguardar alguns minutos, cruzar os dedos e torne a ligar o computador... Com alguma sorte, tudo voltará a ser como antes no Quartel de Abrantes.

Observações:

1 — Evite desligar o aparelho simplesmente interrompendo o fornecimento de energia elétrica, seja desplugando o cabo de força da tomada, seja desligando o estabilizador de tensão. Nos notebooks isso de nada adianta, pois a bateria continua fornecendo energia; nos desktops até funciona, mas com grandes chances de corromper dados ou causar danos físicos ao drive de disco rígido.

2 — Em teoria, o Windows tenta carregar no modo de segurança sempre que não consegue fazê-lo da maneira convencional. Se isso não ocorrer, ele deve exibir as opções avançadas de inicialização. Se nem isso acontecer, ou seja, se a máquina simplesmente se fingir de morta, desligue-a e torne a ligar três vezes seguidas. Na terceira tentativa, a tela das opções avançadas de inicialização será exibida e você poderá avaliar o que fazer a partir daí.

3 — modo de segurança é uma modalidade de inicialização em que o sistema é carregado com um conjunto mínimo de arquivos e drivers e resolução gráfica em VGA (não estranhe, portanto, a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Se o Windows iniciar dessa maneira, você saberá ao menos que o problema não está nas configurações-padrão do sistema, e poderá desinstalar uma atualização do próprio Windows, ou de driver, ou mesmo um aplicativo que possa estar impedindo a reinicialização convencional do aparelho. Vale também executar a restauração do sistema, que, se funcionar, reverterá o Windows a um ponto criado anteriormente, quando tudo funcionava direitinho. Se der certo, você economizará tempo e trabalho.

Para convocar o modo de segurança, pressione simultaneamente as teclas Win+R, digite msconfig na caixa do menu Executar e clique em OK. Na aba Inicialização do Sistema, marque as caixas de seleção ao lado de Inicialização Segura e de Mínimo, confirme em OK e reinicie o computador. Obviamente, não ser possível fazer se o sistema empacar durante o boot. Para saber como proceder nessa situação, leia a próxima postagem.