A física clássica se aplica ao mundo macro, onde tudo, desde maçãs hipotéticas caindo sob a ação da gravidade a gigantes gasosos no espaço, funciona em três dimensões. Ou funcionava, já que não há nada como o tempo para passar — falando nele, a Teoria da Relatividade adicionou uma quarta dimensão (o tempo), criou o conceito de "espaço-tempo" e definiu a velocidade da luz — 299.792.458 metros por segundo no vácuo — como limite universal.
Nada pode superar a velocidade com que a luz se propaga no vácuo, exceto o próprio Universo, que se expande a uma velocidade maior que a da luz. Mas esse "limite" não se aplica às físicas quântica e de partículas, segundo as quais fótons, elétrons e neutrinos podem viajar mais rápido que a luz sem contrariar as teorias de Einstein. No entrelaçamento quântico, a informação parece ser transmitida instantaneamente; na teoria quântica de campos, partículas podem interagir e se influenciar mutuamente de maneiras que desafiam a intuição clássica sobre velocidades e limites.
Tanto o governo quanto o mandatário dão sinais claros de decadência senil. Lula está mais preocupado em criar fatos que lhe garantam vantagens eleitorais — como se estivéssemos em julho de 2026 — do que em tomar as decisões qualquer governo responsável deveria tomar. Resta saber que sucumbirá primeiro e torcer para que a volta da extrema direita não seja vista pelo eleitorado como solução para recolocar banânia nos trilhos.
Triste Brasil
Ainda segundo as equações de Einstein (e até prova em contrário), o tempo é relativo. Aliás, a maneira como percebemos a passagem do tempo depende de diversas variáveis. Quando você está prestes a borrar as calças e ouve de quem está no banheiro o tradicional “só um minuto!”, esse minuto parece durar horas para você. Claro que isso é apenas uma sensação: o ponteiro dos segundos do relógio continua avançando normalmente. Mas o fato é que a velocidade com que o tempo passa varia conforme a velocidade do observador. Isso é praticamente imperceptível no nosso cotidiano, mas 30 segundos a 180 km/h são na verdade 29,99999999999952 segundos.
Como nossos carros mais velozes não ultrapassam os 400 km/h e o jatos comerciais singram os céus a cerca de 900 km/h, a diferença é pífia, mas existe. Tanto existe que os relógios internos dos satélites que orbitam a Terra a cerca 28.000 km/h atrasarem 0,000007 s/dia — e adiantam 0,0045 s/dia devido à gravidade, que é menor a 20.000 km de altitude. Se não fossem feitas as devidas compensações, a precisão dos sistemas GPS ficaria comprometida.
A nave espacial mais veloz lançada pela Nasa atingiu 11.854 km/h (ou 3,3 km/s), mas a sonda espacial Parker Solar Probe chegou a 635 mil km/h (ou 176 km/s) numa viagem em torno do Sol. A essa velocidade, seria possível ir da Terra à Lua em cerca de meia hora, mas levaria quase 10 dias para chegar até o Sol — distância que a luz percorre em 8 minutos e 13 segundos viajando a 1,08 bilhão km/h.
Observação: A Nasa produziu uma animação que mostra de uma maneira didática e divertida como seria viajar bem próximo da velocidade da luz. Vale a pena assistir.
Toda essa "neura" em relação à velocidade da luz se explica porque ela é um dos pilares das tão sonhadas viagens no tempo, já que o tempo passa mais devagar conforme a velocidade aumenta. Em outras palavras, conforme a velocidade de uma hipotética espaçonave aumenta, o tempo reduz sua na mesma proporção — e para quando a velocidade da luz é alcançada. Nas pegadas desse pressuposto, o relógio passaria a "andar para trás" quando a espaçonave superasse a velocidade da luz.
Observação: Uma parte "menos lembrada" da famosa equação de Einstein descreve como a massa de um objeto muda quando há movimento envolvido: E = mc² (isto é, energia é igual a massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz). A equação completa é E²=(mc²)²+(pc)², onde a parte final descreve como a massa do objeto muda quando há movimento envolvido.
Em 2011, pesquisadores lançaram neutrinos do CERN, na Suíça, em direção ao laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália, e descobriram que eles percorreram os 730 quilómetros em 2,43 milésimos de segundo, ou seja 60 bilionésimos de segundo mais rápido do que a própria luz, mas verificou-se mais adiante que o resultado se deveu a uma falha nos instrumentos de medição.
A pergunta que se coloca é: será que observadores superluminais poderiam vivenciar dimensões espaciais e temporais acompanhando fenômenos quânticos? The answer, my friend, is blowing in the wind, como veremos no próximo capítulo.