quinta-feira, 10 de julho de 2025

GMAIL — COMO USAR O MODO CONFIDENCIAL

SEGREDO ENTRE TRÊS, SÓ MATANDO DOIS.

Se você deseja enviar mensagens ou conteúdos sigilosos utilizando o Gmail, o "modo confidencial" pode ser bastante útil, pois impede que o destinatário compartilhe o email com outras pessoas e até mesmo exige uma senha para visualizar o material recebido. 


Vale lembrar que o modo confidencial do Gmail não impede que o destinatário realize capturas de tela ou tire fotos do material.

 

Para isso, abra o Gmail, pressione o botão Escrever, clique no ícone de cadeado no menu inferior, escolha a data de expiração e como o destinatário receberá a senha, e então clique em Salvar. Feito isso, escreva o conteúdo da mensagem e clique em Enviar.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Depois que o slogan "ricos contra pobres" tirou a militância petista das cordas nas redes sociais, alguma coisa subiu à cabeça de Lula. Além de vaticinar que "se acontecer tudo que eu estou pensando, este país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes", o petista já nem se dá ao trabalho de fingir apreço pelas contas: "o modelo da austeridade não deu certo em nenhum país do mundo". Por outro lado, até um relógio quebrado acerta a hora duas vezes por dia: em resposta a Donald Trump — para quem o Judiciário brasileiro está fazendo uma "caça às bruxas" e "Bolsonaro não é culpado de nada, exceto de ter lutado pelo povo brasileiro" —, o macróbio mandou dizer que "a defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros", e que "o país é soberano e não aceita interferência ou tutela de quem quer que seja". É como se não houvesse problemas bem mais preocupantes, tanto lá quanto cá.

O destinatário receberá a mensagem com os botões de copiar, colar, baixar, imprimir e encaminhar desativados. A mensagem estará disponível até a data de validade estipulada, mas você pode revogar o acesso ao conteúdo a qualquer momento.

Como diz o ditado, "segredo entre três, só matando dois".

quarta-feira, 9 de julho de 2025

SALVE-SE QUEM PUDER (CONTINUAÇÃO)


VOCÊ NUNCA VAI CHEGAR A SEU DESTINO SE PARAR PARA ATIRAR PEDRAS EM CADA CÃO QUE LATE.

No post do último sábado, vimos que Lula se casou em primeiras núpcias em 1969, enviuvou três anos depois, teve um caso — e uma filha — com Míriam Cordeiro e se casou com Maria Letícia da Silva, que lhe três filhos — além de Marcos Cláudio, do primeiro casamento dela. Marisa morreu em 2017, cinco meses antes de Sergio Moro sentenciar Lula por corrupção e lavagem de dinheiro. 

No velório, o viúvo inconsolável proferiu um discurso lacrimoso; nas redes sociais, mensagens de solidariedade se misturaram a posts que oscilavam entre o mau gosto e o grotesco. Militantes e puxa-sacos relembraram a infância pobre da finada, mas ninguém mencionou que ela "fechava os olhos" (metaforicamente falando) para Rosemary Noronha, com quem seu marido tinha um caso desde anos 1990 (mas que só veio a público em 2012, quando a PF deflagrou a Operação Porto Seguro).

A "segunda-dama" acompanhou o petista (a quem ela se referia como "Deus") em nada menos que 32 viagens oficiais. Seu nome não constava do manifesto de voo e ela não se hospedava na mesma suíte do chefe — mas ficava nos melhores hotéis, frequentava restaurantes estrelados e recebia uma mesada de R$ 50 mil da OAS, segundo a delação de Leo Pinheiro. Quando o escândalo veio a público, o repórter Thiago Herdy e o jornal O Globo entraram na Justiça para obter a quebra do sigilo dos gastos de Rose nos cartões corporativos da Presidência, mas o STJ varreu o imbróglio para debaixo do tapete.

Em 2014, quando o movimento "Volta, Lula" começou a ganhar tração, Dilma — fiel à promessa de "fazer o diabo para se reeleger" — ameaçou divulgar as despesas da concubina real, forçando seu criador e mentor a sair do caminho. Segundo o blog Diário do Poder, os gastos com cartões corporativos durante os governos petistas giraram em torno de R$ 50 milhões por ano, em média, contra R$ 3 milhões no último ano de FHC. 

Em setembro de 2013, Augusto Nunes escreveu em sua coluna na revista Veja que Lula completava 288 dias de silêncio sobre o escândalo que transformou o escritório da Presidência da República em São Paulo em esconderijo de quadrilheiros chefiados pela amante. Na mesma edição, Felipe Moura Brasil revelou que, além da reforma do sítio e da conclusão do triplex à beira-mar, Leo Pinheiro concedeu um terceiro "favor" a Lula: calar sua amásia, que ameaçava abrir o bico ao se sentir abandonada — pouco tempo depois, o marido de Rose passou a constar na folha de pagamento da empreiteira.

Nunca se soube quem pagou os honorários dos 38 advogados que defenderam madame quando a PF desmantelou a quadrilha que aproximava autoridades de empresários em troca de propinas. Segundo a investigação, Rose ocupava posição de destaque na organização e jamais conseguiu explicar como comprou tanto com o pouco que ganhava.

Em nome da intimidade com o "chefe", a assessora dos cabelos vermelhos e dos vestidos e óculos sempre exuberantes fazia valer suas vontades, mesmo que afrontasse superiores ou humilhasse subordinados. Nos eventos palacianos, ela colecionou tantos desafetos (começando pela primeira-da­ma, que a detestava) que acabou sendo transferida para São Paulo, onde viveu dias de soberana até a PF acabar com a festa. Demitida, banida do serviço público e indiciada por formação de quadrilha e corrupção, chegou a ameaçar envolver Lula no escândalo.

Voltando ao velório: Lula trombeteou que a esposa morreu "triste com a maldade que fizeram com ela". Que foi mãe, foi pai, foi tia, foi tudo; que eles nunca brigaram; que ela jamais pediu um vestido, um anel. E concluiu, emocionado, que continuaria grato a ela até o dia da própria morte, quando voltaria a encontrá-la usando o mesmo traje vermelho escolhido para o enterro: "A gente não tinha medo de vermelho quando era vivo, e a gente não tem medo do vermelho quando morre".

Em um vídeo de 6 minutos, Joice Hasselmann sintetizou a desfaçatez do viúvo que transformou o esquife da mulher em palanque e foi aplaudido pelos micos amestrados de sempre, embora muitos tenham lido nas entrelinhas a monstruosidade moral de um safardana nauseabundo, capaz de usar a morte da esposa como palanque para proselitismo político.

Lula e Rosângela da Silva (hoje Rosângela Lula da Silva) se conheceram nos anos 1990. Filiada ao PT desde os 17 anos, ela trabalhou na Itaipu Binacional e na Eletrobras. O namoro começou em 2017, durante a inauguração do campo de futebol "Dr. Sócrates Brasileiro", em Guararema (SP). 

Quando Lula foi preso, Janja se tornou uma figura constante nas vigílias em frente da Superintendência da PF em Curitiba. Foi ela quem puxou o "Parabéns para Você" no microfone e soprou as velinhas de 74 anos do petista, e era dela a casa que ele usou como QG provisório para entrevistas quando saiu da prisão. 

Eles se casaram em maio de 2022, durante a pré-campanha presidencial do petista, e a união repercutiu internacionalmente.

Conclui no post de sexta-feira.

terça-feira, 8 de julho de 2025

BYE-BYE META

O PENSAMENTO É O ENSAIO DA AÇÃO. 

Depois que Elon Musk comprou o Twitter, muita gente migrou para o Bluesky ou manteve apenas o Facebook, o Instagram e o WhatsApp — que, juntos, têm mais de 3 bilhões de usuários. 

 

O apoio público de Mark Zuckerberg a Donald Trump (que era vidro e se quebrou) e as mudanças políticas que reduziram a verificação de fatos afrouxaram as regras no Face, desagradando a muita gente. Mas livrar-se dos produtos da Meta pode ser um problema para quem é fã de carteirinha das redes ou usa o WhatsApp para trabalhar e/ou se comunicar com familiares. 


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Falta pouco para a paz armada virar guerra declarada. Em meio à beligerância que eletrifica as relações entre governo e Congresso, Lula fez uma tímida concessão: Em entrevista à TV Bahia nesta quarta-feira, disse que vai conversar com os presidentes da Câmara e do Senado depois que retornar da viagem à Argentina e de participar da reunião de cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro. "Vamos voltar à normalidade política nesse país", rosnou o macróbio, com o dedo em riste, a voz roufenha e os garranchos verbais que se tornaram sua marca registrada.

A "normalidade" de que fala Lula é material indisponível no Congresso. Ao assumir o controle de R$ 50 bilhões do orçamento federal, deputados e senadores conquistaram a autossuficiência. Quem tem o dinheiro tem o poder, e quem pode mais chora menos. No anos de chumbo, quando queriam subjugar os congressistas, os generais fechavam o Congresso. De lá para cá, o sistema se tornou mais sofisticado. O Legislativo ora se vendia, ora se rendia — ou se rendia depois de se vender. 

Até o governo FHC, o Planalto comprava governabilidade liberando verbas a conta-gotas. Nos seus primeiros mandatos, Lula comprou o apoio parlamentar com o mensalão e o petrolão. Na gestão Dilma, o Congresso começou a tornar impositivos pagamentos de emendas que eram opcionais. Sob Bolsonaro, o melado passou a escorrer pelo ladrão das emendas secretas. 

Hoje, os parlamentares mandam e, sobretudo, demandam em cerca de 25% do pedaço do Orçamento disponível para investimentos. Nesse contexto, a governabilidade idealizada por Lula já não depende de acertos do Executivo com os chefes da Câmara e do Senado. No limite, o apoio às iniciativas do governo depende de acertos com cada um dos 513 deputados e dos 81 senadores. 

O novo normal é a falência do presidencialismo de coalizão (ou de cooptação). Algo profundamente anormal precisaria acontecer para que o país e o orçamento público sejam salvos.

 

Para "ensaiar um desembarque" antes de excluir definitivamente suas contas, desinstale os aplicativos do celular — isso não afeta as contas nem os dados, que continuarão acessíveis caso você reinstale os apps futuramente. Já se a ideia for chutar o balde"No Facebook: 


Acesse sua conta, siga este link e clique em Excluir minha conta. A partir desse momento, você terá até 30 dias para se arrepender; basta fazer login dentro desse prazo para a conta ser automaticamente reativada. Note que fotos em que você foi marcado por terceiros não serão removidas. Para isso será preciso solicitar a exclusão a quem as publicou ou recorrer à plataforma, alegando que a postagem não foi autorizada

No Twitter (X): 

— Vá às de configurações de conta e selecione Desativar a minha conta  a exclusão definitiva ocorrerá em algumas semanas. 

No LinkedIn

— O processo é semelhante, faça logon na rede, vá à aba Conta e selecione a opção Encerrar sua conta.

No Instagram:

— Use o navegador para acessar página de exclusão, insira seus dados de login, selecione um motivo, digite sua senha novamente e toque em "Excluir (nome do usuário)". A conta poderá recuperada em até 30 dias; caso não se logue nesse prazo, a exclusão pode levar até 90 dias (período em que a plataforma mantém uma cópia dos dados por motivos legais, violações de termos e prevenção de danos). 


Antes de tomar qualquer decisão, baixe uma cópia dos comentários, curtidas, mensagens, publicações e fotos salvas. Ter uma lista de amigos ou seguidores também facilita a criação de contas em outras plataformas. No caso do Instagram e do Threads, talvez seja necessário baixar dois conjuntos distintos de informações. 


Para baixar seus dados:

 

No Face:


— Acesse Menu > Configurações e privacidade > Configurações > Central de contas > Suas informações e permissões > Baixar suas informações > Baixar ou transferir informações e escolha entre Informações disponíveis (tudo) e Tipos específicos de informações (personalizado). Indique o local de destino, defina o intervalo de datas, marque HTML como formato, toque em Criar arquivos e aguarde a notificação de conclusão do processo.

 

Observação: Você pode salvar os arquivos no seu dispositivo ou na nuvem, mas terá de abrir o arquivo Start here no navegador para visualizar os dados. 

 

No Insta, acesse seu perfil, toque nas três linhas verticais (no canto superior direito), entre em Central de contas, selecione Suas informações e permissões e siga os mesmos passos do Face. Se quiser baixar apenas os dados do Threads, siga os mesmos passos para chegar à página Download your information > Download current activity > Algumas de suas informações > Threads.

 

Os dados do Messenger estão incluídos no download do Face, mas você pode acessá-los diretamente tocando em Menu > Configurações > Central de contas e seguindo os mesmo passos do Face.

 

No WhatsApp, acesse Configurações > Conta > Solicitar informações da conta > Solicitar relatório da conta. O relatório final pode levar até três dias e não incluirá suas mensagens, mas trará uma lista de números de telefone sem nenhum nome. Você será avisado quando ele estiver disponível para download. 

 

Também é possível transferir alguns dados para o Google Photos, Dropbox e outros serviços de armazenamento. No Face ou no Insta, acesse a Central de contas Meta > Suas informações e permissões > Transferir uma cópia de suas informações, selecione a conta desejada, os arquivos que quer transferir e o respectivo destino. 


Por último, mas não menos importante: trocar o WhatsApp pelo Telegram ou pelo Signal pode ser interessante, desde que você consiga convencer seus contatos a fazerem o mesmo. Caso resolva continuar com os apps da Meta, restrinja as informações que a plataforma coleta/divulga.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 35ª PARTE

TUDO QUE RESPIRA TAMBÉM CONSPIRA.

Embora nasça das experiências humanas e influencie a maneira como percebemos a realidade, a arte inspira mudanças culturais e antecipa avanços científicos. Parafraseando Oscar Wilde, "a vida imita a arte", mas a recíproca também é verdadeira.

 

No livro Da Terra à Lua (1865), Júlio Verne descreveu em detalhes a proeza que a Apollo 11 realizaria dali a 104 anos, errando por poucas milhas o local de lançamento do Saturno V. O filme Star Trek (1964) previu celulares e impressoras 3D, e o profético desenho animado Os Jetsons (1962) antecipou de videochamadas e aspiradores de pó inteligentes a carros voadores e mochilas a jato.


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Lula venceu o pleito de 2022 graças a uma minoria de eleitores (1,8% do total de votos válidos) que queria mandar Bolsonaro para o diabo que o carregue. Agora, com a popularidade em patamares abissais, em paz armada com o Congresso e na bica de uma campanha que promete ser dura de roer, o macróbio não pode se dar ao luxo de rifar o voto dos "isentões". 

A guinada à esquerda e a ressurreição do slogan "nós contra eles" que animou a patuleia nas redes e levou a militância às ruas pode afugentar a minoria conservadora do eleitorado, que, por absoluta falta de opção, guindou o ex-presidiário ao Planalto pela terceira vez, e o fato de o capetão ter sido expulso de campo não significa que a extrema-direita não tenha alternativas tão imprestáveis quanto ele e dispostas a trocar seu apoio pela promessa de anistiá-lo em caso de vitória. 

Triste Brasil.

 

Filmes como De Volta para o Futuro (1985), Se Eu Não Tivesse Te Conhecido (2018) e Questão de Tempo (2013) nos levam a especular não se, mas quando o fruto mais cobiçado da árvore da relatividade será colhido. São inúmeros os obstáculos a superar, mas não custa lembrar que, no final dos anos 1990, o Concorde fazia em menos de três horas o que a esquadra de Cabral levou 44 dias para fazer. 

 

Tudo somado e subtraído, viajar no tempo pode ser... uma questão de tempo. E a chave pode estar nas hipotéticas cordas cósmicas — fios invisíveis ao olho nu, mas com massa equivalente à de milhares de estrelas e formatos variados, de tubos que se estendem ao infinito a laços fechados sobre si mesmos. 


teoria das cordas sugere que as partículas fundamentais do universo são cordas vibrantes que surgiram durante as transições cósmicas ocorridas nas primeiras fases do universo. Movendo-se a velocidades próximas à da luz, essas cordas cósmicas poderiam criar um loop no espaço-tempo que abriria uma passagem para o passado ou o futuro. No entanto, estudos recentes indicam que elas podem ser menos densas do que se pensava — e ainda mais difíceis de identificar. Uma alternativa seria observar o fenômeno de microlente gravitacional em estrelas individuais: ao passar diante de uma estrela, uma corda cósmica dobraria temporariamente seu brilho, criando pistas para sua identificação e ajudando a desvendar como viajar no tempo sem criar paradoxos.

 

Novas pesquisas sobre os loops temporais sugerem que as leis da mecânica quântica impõem uma autoconsistência capaz de anular incongruências como o famoso "paradoxo do avô", e estudos recentes indicam que a entropia dentro de um loop temporal pode se resetar ao estado original, permitindo que o tempo se inverta dentro do ciclo. Mas os buracos negros continuam sendo os candidatos mais promissores para a distorção temporal. Regiões próximas a esses corpos celestes podem criar efeitos de dilatação temporal extremos, e um viajante espacial que orbitasse um buraco negro supermassivo experimentaria o tempo de forma diferente de alguém longe dessa influência gravitacional. 


Isso pode parecer roteiro de filme de ficção científica, mas Einstein ensinou que o impossível só é impossível até que alguém duvide e prove o contrário; Carl Sagan, que ausência de evidência não é evidência de ausência; e Arthur C. Clarke, que desafiar limites é o único caminho para superá-los. Se a ficção já previu tantas revoluções, pode ser apenas uma questão de tempo até que uma descoberta que nos leve não só mais longe, mas também para trás e para frente no tempo.


Continua...

domingo, 6 de julho de 2025

BAURU E CROQUETES DE CARNE

RELEMBRAR O PASSADO É VIVER DUAS VEZES

Duas coisas do tempo em que eu trabalhei no centro da cidade deixaram saudades: o bauru (de rosbife, naturalmente) e o croquete de carne da Leiteria Lírico, que ficava rua Líbero Badaró, pertinho da Praça do Patriarca.

 

Para quem não sabe, bauru não é simplesmente um misto-quente acrescido de uma rodela de tomate, nem foi criado na cidade homônima do interior paulista. Ele é feito com rosbife (de filé mignon ou lagarto, conforme o bolso do freguês) e surgiu no século passado, quando o radialista Casemiro Pinto Neto, conhecido pelos amigos como Baurupediu o lanche pela primeira vez no popular Ponto Chic, na região central de Sampa. 


O sucesso foi tamanho que a receita acabou entrando para o cardápio do restaurante, mas só chegou ao município de Bauru em 1973, quando o fundador do Skinão, de passagem pela capital, provou o lanche e passou a oferecê-lo em seu bar. A aceitação foi tão boa que o sanduíche se tornou o carro chefe da casa, que ficou conhecida por vender "o verdadeiro bauru".


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A um ano e meio de terminar a terceira encarnação, o desgoverno Lula , movido pela crise do IOF, adotou o bordão "justiça social" como marca registrada e partiu para a ofensiva nas redes

O PT lançou a campanha "Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets. Mais justiça tributária e menos desigualdades", que defende a taxação de 140 mil super-ricos e de apostas online para, supostamente, isentar 25 milhões de brasileiros do Imposto de Renda. Na prática, porém, trata-se de um pretexto para gastar ainda mais em assistencialismo como forma de frear o aumento exponencial dos índices de aprovação do ex-campeão de popularidade e senhor das urnas, que se jactava de ser capaz de eleger qualquer "poste" para qualquer cargo.

Nos píncaros da impopularidade, Lula não pode arcar sozinho com o ônus de não conseguir fechar as contas, mesmo porque o Congresso se recusa a cortar gastos. Assim, ressuscita o velho bordão do“nós contra eles” e de promove uma “polarização social” que pode sair caro.  

Em seus dois primeiros mandatos, o petista criou programas sociais populistas, como Fome Zero, Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida; neste, tenta ressuscitar o PAC e aposta num pacote de medidas tributárias eleitoreiras voltadas à população de baixa renda. Se a estratégia dará certo ou não, só as urnas dirão. 

Lula vive um dilema hamletiano: ser ou não ser presidente da República. Para sê-lo de fato, ele precisaria vetar o aumento de cadeiras na Câmara dos Deputados; abstendo-se, joga no colo do Congresso o ônus da promulgação, como se omissão também não fosse pecado — o pecado de não fazer.

Os nobres deputados sustentam que as 18 cadeiras adicionais custarão "apenas" R$ 65 milhões a mais por ano, e que o custo será absorvido pelo orçamento da Câmara. Balela: cada deputado tem direito a R$ 38 milhões em emendas; somados os custos administrativos e operacionais, o acréscimo pode chegar a R$ 749 milhões anuais. 

Alguém deveria lembrar essa caterva de que o Brasil não precisa de mais deputados, mas de menos impostos e políticos com vergonha na cara.

 

Para o rosbife, você vai precisar de:

 

— 1 peça de lagarto extralimpo (uma peça de 1,5 kg rende cerca de 10 sanduíches); 

— ½ xícara (chá) de mostarda amarela;

— 4 dentes de alho grandes, bem socados;

— 1 cebola grande, picada;

— 1 colher (sopa) de ketchup;

— ½ xícara (chá) de molho inglês;

— Sal, pimenta-do-reino e molho pimenta (tipo Tabasco) a gosto.

 

Bata bem a carne e amarre com um barbante, de modo que ela assuma um formato arredondado. Unte com a mistura de temperos e deixe na geladeira por pelo menos 12 horas. Caso não disponha de um saco de marinada, use um recipiente com tampa, mas vire a peça de tempos em tempos, para que os condimentos sejam absorvidos por igual.

 

Sele a carne numa panela com óleo fervente. Quando ela estiver corada por todos os lados, leve ao forno por 1 ½ hora e borrife molho de mostarda diluído em 1/2 xícara chá de água a cada 15 ou 20 minutos. Deixe esfriar, coloque de volta na panela e regue com o restante do molho, adicionando água fervente até que todo o tempero que sobrou no fundo seja incorporado. 


Deixe o rosbife no congelador por cerca de uma hora antes de cortá-lo em fatias bem fininhas, usando um fatiador de frios ou uma faca elétrica. Nesse entretempo, misture uma colher (sopa) de manteiga e outra de vinagre de vinho branco numa panelinha com um pouco de água quente, derreta quantidades iguais de queijo prato, suíço, gruyère e estepe (calcule 30 g de cada tipo por sanduíche) e corte pãezinhos franceses ao meio (no sentido horizontal).


Depois de fatiar o rosbife, retire o miolo da "canoa" superior, cubra a inferior com 5 ou 6 fatias de carne (cerca de 75 g) alinhadas no sentido transversal, coloque sobre elas 3 rodelas finas de tomate e 3 de pepino em conserva, encha a "canoa" superior com a pasta de queijo derretido, salpique orégano e corte os lanches ao meio, pela diagonal.

 

Os croquetes ficam para domingo que vem. 

sábado, 5 de julho de 2025

SALVE-SE QUEM PUDER!

O ASNO SE CONHECE PELAS ORELHAS, E O TOLO, PELA LÍNGUA.

Sétimo filho de um casal de lavradores (sem contar outros quatro que não "vingaram"), Luiz Inácio da Silva nasceu em 27 de outubro de 1945 num casebre depauperado do sítio Várzea Comprida, em Caetés (então município de Garanhuns - PE). A mãe, D. Lindu, não foi assistida por uma parteira (a comadre corpulenta caiu do jegue a caminho do sítio) nem pelo marido, Aristides, que havia "retirado" dois meses antes, deixando esposa grávida e levando a reboque uma prima adolescente de D. Lindu, que ele havia engravidado. 


Lula só conheceu o pai aos cinco anos, quando Aristides voltou de visita à terra natal e, no embalo, engravidou D. Lindu de uma menina — que seria registrada como Ruth porque o cartorário achou Sebastiana um nome muito feioAos sete anos, o projeto de petista foi mordido na barriga por uma jumenta, e só não morreu porque alguém enfiou uma peixeira no pescoço do animal (esse episódio consta do livro Lula, o Filho do Brasil, de Denise Paraná, que foi base da cinebiografia homônima).

 

Aristides era um homem rude e ignorante, que bebia muito e tratava melhor seus 20 cachorros do que a mulher, as amantes (ele teve várias) e os 25 filhos que espalhou pelo Brasil afora antes de morrer de cirrose e ser sepultado numa vala comum do cemitério da Consolação, sem túmulo, sem epitáfio e sem despedidas dos filhos e das viúvas. Por ser analfabeto, ele ditava para o primogênito — que morava com ele e a prima da mulher — cartas nas quais dizia que a vida em Vicente de Carvalho estava difícil e que D. Lindu deveria permanecer no Nordeste. Numa dessas cartas, no entanto, o menino incluiu um trecho dizendo que o pai queria que a mãe e os irmãos viessem morar com eles. 

 

Castigada pelo seca de 1952, D. Lindú vendeu o barraco e seus parcos pertences, reuniu a filharada, sacolejou 13 dias num caminhão "pau-de-arara", desembarcou no Brás (bairro da capital paulista) e seguiu de trem rumo à baixada santista, onde o marido morava com a concubina. O reencontro se deu na antevéspera do Natal, mas não foi nada caloroso. Aristides passou a dividir a semana entre as duas famílias, mas tratava D. Lindu e os filhos nas patas do coice. 


Depois de ser espancada com uma mangueira de jardim, ela subiu a serra (literalmente) e passou a morar nos fundos de um boteco na Vila Carioca (bairro da zona sul da capital paulista). Lula ainda morou algum tempo com o pai, mas se juntou à mãe na capital, onde trabalhou como auxiliar de tinturaria, engraxate e office-boy até se formar torneiro mecânico pelo Senai e conseguir emprego numa metalúrgica — onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda num acidente de trabalho até hoje mal explicado. 


Depois de seis meses desempregado, Lula foi contratado pela Villares. Instigado pelo irmão Frei Chico (que era ateu, comunista, e se chamava José Ferreira da Silva), iniciou sua trajetória sindicalista. Foi sob sua liderança que o ciclo de greves em prol da recomposição salarial dos metalúrgicos teve início. Em 1969, casou-se com Maria de Lourdes da Silva, que contraiu hepatite e foi submetida a uma cesariana de emergência da qual nem ela nem o bebê sobreviveram. Em 1974, ano em que casou com Marisa Letícia, Lula já era pai de Lurian, fruto de um caso com a enfermeira Míriam Cordeiro. Desse casamento nasceram Fábio Luiz, Sandro Luíz e Luiz Cláudio a mulher já tinha um filho do primeiro casamento, que Lula adotou formalmente). 


Como dirigente sindical, Lula participou de assembleias e reuniões em várias cidades — e até no Japão a convite da Toyota. Foi cassado em 1979, mas recuperou o cargo com o fim da greve. Em abril de 1980 — mesmo ano da fundação do PT —, passou 31 dias detido no DOPS por incitar greves, mas não foi torturado. A primeira bandeira do partido foi costurada por Marisa, que pouco apareceria nas campanhas eleitorais do marido até 2002. Ela morreu em 2017, vítima de um aneurisma cerebral, cinco meses antes de Moro sentenciar Lula no caso do triplex no Guarujá. 


Lula dizia ter ojeriza à política e aos políticos, mas deixou o chão de fábrica em 1972, ao se tornar dirigente sindical, e abandonou o batente de vez quando fundou o partido que "faria política sem roubar nem deixar roubar". Desde então, dedicou-se à "arte da política" e desfrutou dos confortos que o poder e o dinheiro podem proporcionar. Sempre cultivou a imagem de operário honesto e defensor da justiça social, mas trocou a pinga vagabunda e os cigarros baratos por vinhos premiados, uísques caríssimos e charutos de cem dólares assim que encontrou quem pagasse a conta. Em conversa com o empreiteiro Emílio Odebrecht, o general Golbery do Couto e Silva (vulgo "Bruxo") teria dito que Lula posava de esquerdista, mas não passava de um bon vivant. 


Na primeira eleição presidencial direta desde 1960, o xamã petista foi derrotado por Collor. Em 1994 e 1998 Fernando Henrique foi eleito em primeiro turno. Em 2002, quando faltaram ao tucano de plumas vistosas novos coelhos para tirar da velha cartola, Lula finalmente conseguiu se eleger — e se reeleger em 2006, a despeito do escândalo do mensalão. Em janeiro de 2011, transferiu a faixa para seu "poste" e deixou o Palácio com o ego inflado e a popularidade nas alturas. Em 2012, a despeito de boa parte da alta cúpula petista ter ido parar na cadeia, o chefe sequer foi indiciado na ação penal 470

 

Observação: Durante um jantar regado a Romanée-Conti — vinho da Borgonha que custa US$ 25 mil a garrafa —, Lula tirou uma baforada da cigarrilha cubana (acesa pelo diligente vassalo Delúbio Soares) e se vangloriou: "Sem falsa modéstia, companheiros, eu elejo até um poste para governar o Brasil." E elegeu mesmo. Mas a criatura fez o diabo para se reeleger em 2014, e o criador, sem o manto da Presidência e escudo do foro privilegiado, foi condenado em 2017 e preso em 2018. 


Com a candidatura barrada pelo TSE e o "companheiro" Jaques Wagner declinando do o papel de fantoche, Lula escalou Fernando Haddad para representá-lo no pleito de 2018, mas o ex-prefeito paulistano perdeu para Bolsonaro no segundo turno por 55,13% a 44,87% dos votos válidos. E o resto é história recente: apesar da concorrência acirrada, Bolsonaro sagrou-se o pior mandatário desde Tomé de Souza. Ao longo de sua aziaga gestão, foi alvo de mais de 140 pedidos de impeachment (todos engavetados por Rodrigo Maia e Arthur Lira) e dezenas de denúncias por crimes comuns (que o antiprocurador-geral Augusto Aras matou no peito). 


Como que antevendo a necessidade de defenestrar Bolsonaro em 2022, o STF libertou o então presidiário mais famoso do Brasil — como um delegado que determina a soltura de um ladrão detido pela Guarda Civil Metropolitana sob o pretexto de que o flagrante caberia à PM — e anulou suas suas duas condenações (que somavam quase 25 anos de prisão e haviam transitado em julgado no STJ) e o reabilitou politicamente. De vota ao tabuleiro eleitoral, a "alma viva mais honesta do Brasil" derrotou o refugo da escória da humanidade, no segundo turno, por uma diferença de 1,8% dos votos válidos.


Como aspirante a golpista, Bolsonaro conseguiu ser pior do que foi como presidente. Embora continue sendo o maior exponente da direita radical, as manifestações em seu favor vêm encolhendo: a mais recente, em 28 de junho, reuniu 12,4 mil pessoas no pico do ato — contra 44,5 mil em abril e 185 mil em fevereiro. Mesmo estando inelegível até 2030 e na iminência de ser condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e grave ameaça contra o patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado, segue entoando a velha cantilena da perseguição política e posando de candidato ao Planalto, enquanto articula com a banda podre do Congresso uma improvável anistia.

 

Com o país polarizado (cerca de 80% dos eleitores divididos entre nhô-ruim e nhô-pior) e a popularidade do pseudo "Parteiro do Brasil Maravilha" em queda livre, o cenário eleitoral permanece uma incógnita. Pesa contra o macróbio a idade, a saúde precária e o desgaste com o eleitorado. Por outro lado, por ele nunca ter deixado crescer uma arvorezinha que pudesse fazer sombra em seu quintal, a esquerda carece de um "plano B". 


A situação do capetão-golpista é ainda pior: somam-se às pendências judiciais as sequelas da facada que levou em setembro de 2018, a crescente perda de apoio e o discurso de palanque cada vez menos convincente. Ainda assim, e a despeito das candidaturas alternativas à direita — como as de Ronaldo Caiado e Gusttavo Lima —, sua força gravitacional mantém os governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Romeu Zema, de Minas Gerais, orbitando a seu redor.

 

Candidatos à reeleição têm a máquina pública e o erário a seu favor, e Lula vem gastando bilhões (dinheiro dos nossos impostos) em projetos assistencialistas para tentar se manter competitivo. Mas o clima com o Congresso azedou de vez — como demonstrou a derrubada do decreto que aumentava o IOF. Isso sem mencionar que o próximo presidente, seja ele quem for, terá de dar nó em pingo d'água para manter o país adimplente. Em entrevista à TV Bahia, ele disse que pretende conversar com Hugo Motta e Davi Alcolumbre para resgatar a "normalidade política nesse país", mas a governabilidade idealizada por ele não depende mais de acertos com os chefes da Câmara e do Senado, mas de acordos miúdos com cada um dos 513 deputados e dos 81 senadores, numa evidencia clara de que o presidencialismo de coalizão está agonizante — e o pior é que não há nada melhor à vista.

 

Nem à direita nem à esquerda tem interesse num embate cujo desfecho é imprevisível. Lula diz estar candidatíssimo, mas já não tem certeza se vale a pena tentar a reeleição, e Bolsonaro precisa decidir o que fará quando e se for condenado (o que deve acontecer entre setembro e outubro). Até o início de 2026, esquerda e direita devem seguir em ritmo de morde e assopra, com governo e oposição ensaiando ataques e recuso conforme a direção dos ventos. Nenhum dos lados está pronto para uma guerra em que um passo em falso pode dar vantagem ao adversário. 


A ressurreição do slogan "nós contra eles" representa uma guinada de Lula à esquerda, e pode afugentar os eleitores nem-nem (nem Lula nem Bolsonaro) que levaram o levaram ao Planalto pela terceira vez. Mas alguma coisa profundamente anormal precisa acontecer para salvar o país e o orçamento, e a única luz visível no horizonte é o reflexo da lua sobre o iceberg em direção ao qual o Titanic tupiniquim segue a toda velocidade. 


Salve-se quem puder.