Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta rui castro. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta rui castro. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

RISCAR PALAVRAS COM O EFEITO TACHADO




O tempo é inexorável, mas não devemos tomar sua passagem – e respectivas consequências – como ofensa pessoal. Afinal, ele nos atinge a todos, ainda que em menor ou maior grau conforme nossa capacidade de receber velhice filosoficamente.

Isso me faz lembrar de um texto impagável do cronista Rui Castro, que eu publiquei há pouco mais de dois anos e ora reproduzo como piadinha da vez. Antes, porém, esclareço que decidi criar este post devido a alguns probleminhas de memória que venho experimentado há alguns anos – como agorinha há pouco, quando quis riscar uma palavra aqui no Word e não consegui lembrar como fazê-lo.

Embora um não tenha a menor dificuldade para lembrar o telefone de casa em que eu morava quando criança e de alguns colegas de escola, nem sempre consigo gravar o nome de alguém que acaba de me ser apresentado. Como dizia minha avó, “vecchiaia è bruta”.

Observação: Parece que esse problema se deve – ao menos em parte – à maneira como nossa memória funciona. A 
memória sensorial motora recebe as informações codificadas pelo mecanismo de reconhecimento de padrões e as envia para memória de curto prazo, que as retém (por alguns segundos ou minutos) até o cérebro resolve se elas serão utilizadas, descartadas ou armazenadas na memória de longo prazo, que possui maior capacidade de armazenamento e mantém as lembranças por muito mais tempo.   

Voltando agora ao que eu dizia sobre o Word, para riscar uma palavra qualquer num documento você deve selecioná-la, abrir o menu Formatar, clicar na guia Fonte e marcar a caixa de seleção TACHADO (ou TACHADO DUPLO, a seu critério). Se preferir um caminho mais fácil, selecione palavra desejada e pressione CTRL+T

Passemos agora à crônica de Rui Castro:

Melhor idade é a puta que te pariu - a melhor idade é de 18 aos 40
anos... 


A voz em Congonhas anunciou: "Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc." Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a "melhor idade" - algo entre os 60 anos e a morte.

Para os que ainda não chegaram a ela, "melhor idade" é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.

Privilégios da "melhor idade" são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão subindo como placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da "melhor idade", estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.

Outra característica da "melhor idade" é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar. Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou: "Voltando da farra, Ruy?". Respondi, eufórico: "Que nada! Estou voltando da farmácia!". 
E esta é, de fato, uma grande vantagem da "melhor idade": você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir. 

Primeiro, a aposentadoria é pouca e você tem que continuar a trabalhar para melhorar as coisas. Depois vem a condução. Você fica exposto no ponto do ônibus com o braço levantado esperando que algum motorista de ônibus te dê uns 60 anos. A analise é rápida, leva uns 20 metros. Quando ele para, vem a discussão se você tem mais de 60 ou não.

No outro dia entrei no ônibus e fui dizendo:"Sou deficiente". O motorista me olhou de cima em baixo e perguntou: "Que deficiência você tem"? "Sou broxa"Ele deu uma gargalhada e eu entrei. Logo apareceu alguém para me indicar um remédio. Algumas mulheres curiosas ficaram me olhando e rindo... Eu disse bem baixinho para uma delas: "Uma mentirinha que me economizou R$ 3,00, não fica triste não".

Fui até o Arpoador ver o por do sol. Subi na pedra, mas velho tem mais dificuldade. E tem sempre alguém que quer ajudar a subir: "Dá a mão aqui, senhor!!!" Hum, dá a mão é o cacete, penso, mas o que sai é um risinho meio sem graça. Sento na pedra para olhar a paisagem, mas a pedra é dura e velho já perdeu a bunda; quando senta, sente os ossos em cima da pedra e tem de trocar de posição a toda hora. E para ver a paisagem não pode deixar de levar os óculos, senão nada vê. Resolvo ficar de pé para economizar os ossos da bunda e logo passa um idiota e diz: "O senhor está muito na beira pode ter uma tontura e cair." Resmungo entre dentes: "Só se cair em cima da sua mãe", mas dou um risinho e digo que esta tudo bem. 

A merda do sol esta demorando a descer, então eu é que vou descer, meus pés já estão doendo e o sol nada. Vou pensando - enquanto desço e o sol não:"Voltar de metrô é mais rápido". Já no metrô, me encaminho para a roleta dos idosos, e lá está um puto de um guarda que fez curso sabe Deus em que faculdade, mas tem olho crítico e consegue saber a idade de todo mundo. Ele olha sério para mim, segura a roleta e diz: "O senhor não tem 65 anos, precisa pagar a passagem."A esta altura do campeonato eu já me sinto com 90, mas, quando ele me reconhece mais moço, me irrompe um fio de alegria e vou todo serelepe comprar o ingresso.

Durante o trajeto, não fui suficientemente rápido para me sentar nos lugares que esvaziavam. Com os pés doendo, fico em pé, já nem lembrando se o sol baixou ou não. Só quero chegar em casa e tirar os sapatos. E aliviar a ligeira dor de barriga se prenuncia. 

Lá pelo centro da cidade, eu me segurando, dou de olhos com uma menina de uns 25 anos que me encarava... Me senti o máximo. Me aprumei todo, estufei o peito, fiz força no braço para o bíceps crescer e a pelanca ficar mais rígida, fiquei uns 3 dias mais jovem. Quando ela ameaçou falar alguma coisa, meu coração palpitou. É agora... 

Joguei um olhar 32 (aquele olhar de Zé Bonitinho), e ela pegou na minha mão e disse: "O senhor me parece tão cansado, não quer se sentar"?

Melhor Idade??? Melhor idade é a puta que te pariu!

Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

LULA E A MELHOR IDADE

 

Todo ser vivo nasce, cresce e morre. O nascimento dá início a uma viagem pelo tempo rumo a um futuro que nunca chega (o hoje é o amanhã de ontem e o ontem de amanhã). Não se saiba ao certo se o tempo existe ou se é apenas uma invenção criada para facilitar nossa compreensão do mundo, mas sabe-se que a morte é inexorável e constitui a única certeza que temos na vida. 
 
Viver para sempre é um sonho antigo. Os antigos gregos acreditavam a água de um rio que nascia no Monte Olimpo tornava os homens imortais. Em 1513, Ponce de León partiu de Porto Rico em busca da lendária Fonte da Juventude e descobriu a Flórida, mas morreu em 1521 sem jamais ter encontrado a tal fonte.
 
Em 1932, quando a expectativa de vida dos norte-americanos era de 59,7 anos, Walter B. Pitkin publicou seu livro de autoajuda "Life begins at forty" ("A vida começa aos 40"). Entre 1960 e 2014, a expectativa de vida no Brasil aumentou de 48 para 74,6 anos. Aubrey de Grey — co-fundador e CSO da SENS — acredita que é possível viver por séculos sem sofrer os transtornos da velhice, mas nossa conterrânea mais longeva completou 119 anos no dia 10 do mês passado (e está num osso danado).
 
A experiência segue as pegadas da maturidade, mas isso não significa que 
a "reta de chegada" seja a melhor parte da "viagem". Chamar a "terceira idade"  fase da vida que começa aos 60 e termina quando as luzes da ribalta se apagam — de "melhor idade" é ignorar pérolas de sabedoria como "la vecchiaia è bruta". Em resposta à nova expressão, que foi cunhada por um "influencer" infectado pelo vírus da positividade tóxica, borrifada nas redes sociais por seus seguidores "idioters" e replicada pelos meios de comunicação, o jornalista e escritor mineiro Rui Castro publicou a crônica "Melhor idade é a puta que te pariu". 

Atribui-se a Pascal a máxima: "quanto mais conheço o homem, mais gosto do meu cachorro". Trata-se de uma crítica mordas à natureza humana combinada  com uma louvação à lealdade e o amor incondicional dos cães. O filósofo francês sabia das coisas: o ser humano sempre foi um merda, e continuará sendo um merda per omnia saecula saeculorum, até porque quem nasceu pra vintém não chega a tostão. Menos mal se o desinfeliz é capaz de reconhecer as próprias limitações; embora essa "virtude" não o exclua da seleta confraria dos merdas, ao menos passa a impressão de que alguns merdas "são menos merda que os outros". 

Falando em merda, em 2018, visando impedir que país do futuro que nunca chega porque tem um imenso passado pela frente fosse governado pelo bonifrate do então presidiário mas famoso da história desta banânia, o mui esclarecido eleitor tupiniquim despachou para o Planalto um subproduto da escória da humanidade que ressuscitou a extrema-direita radical, que julgávamos sepultada com o fim da ditadura e a volta dos milicos aos quartéis. Como há males que vêm para pior, além de não empurrar o bolsonarismo boçal de volta para armário da História, a derrota do "mito" em 2022 ensejou o retorno do egum mal despachado que julgávamos exorcizado pelo impeachment de Dilma.
 
Lula foi catapultado à política liderando greves históricas que desafiaram a ditadura militar nos anos 1970. Em 2022, ele articulou a falaciosa "frente democrática" que o ajudou a se eleger pela terceira vez com a promessa de pendurar as chuteiras ao final desse mandato. Assim que tomou posse, criou dezenas de novos ministérios para acomodar os aliados de ocasião e nomeou para as pastas já existentes antigos aliados sepultados no julgamento do Mensalão ou quando a saudosa Lava-Jato expôs as entranhas pútridas do Petrolão. E como desgraça pouca é bobagem, voltou a acalentar o sonho de concorrer ao quarto mandato.

Observação: Comenta-se que o imperador da Câmara reclamou da desarticulação do governo e sugeriu a Lula que anunciasse sua candidatura à reeleição em 2026 a fim de acabar com a rivalidade entre seus ministros — principalmente Alexandre Padilha, Rui Costa e Fernando Haddad. O presidente não se fez de rogado, mas, ao contrário do que esperava Lira, essa iniciativa não inibiu as brigas e as sabotagens dentro governo, num sinal claro de que, se a orquestra oficial continua desafinando, a culpa é do regente, e de nada adianta trocar as rodas da carroça quando o problema é o burro.
 
Lula recebeu com pompa e circunstância o ditador venezuelano, presenteou Dilma com a presidência do Banco do Brics e indicou para o STF um amigo e advogado particular e um ministro socialista, comunista e marxistas. Em 15 meses de governo, passou quase 70 dias num périplo turístico por 30 países, demorou a afastar auxiliares envolvidos com corrupção, acusou o presidente do BC de travar o crescimento do país, sabotou a meta de déficit zero de seu ministro da Fazenda e tentou interferir na Petrobras e enfiar Guido Mantega na presidência da Vale. 
 
Além de reeditar erros cometidos nas gestões anteriores, o Sun Tzu de Atibaia abrilhantou sua interminável lista de asnices louvando o Nicolás Maduro, comparando Gaza ao Holocausto, defendendo a ideia de que democracia é um conceito relativo e dizendo que se orgulha de ser chamado de comunista. Seus auxiliares estão preocupados com seus "lapsos de memória", como quando ele acusou Israel de matar 12,3 milhões de crianças — um dado flagrantemente irreal.
 
Lula sempre foi entusiasta da ideia — simplista e errada — de que gasto é vida. Rui Costa, seu mais poderoso assessor no Planalto, vive a argumentar que o ajuste fiscal proposto por Haddad pode prejudicar o novo PAC, assim como o pagamento de dividendos extras pela Petrobras — rejeitado por Costa e defendido por Haddad — poderia, segundo o chefe da Casa Civil, inviabilizar o plano de investimentos da companhia, e desde então a rixa vem ganhando ritmo e temperatura. 
 
Em seu primeiro mandato, Lula assistiu a uma disputa de poder entre José Dirceu e Antonio Palocci. Tanto o então chefe da Casa Civil quanto o então ministro da Fazenda almejavam suceder ao chefe na Presidência, mas ambos foram atingidos por escândalos de corrupção e ficaram pelo caminho. A exemplo de seus antecessores, Costa e Haddad nutrem o desejo de disputar o Planalto em 2026. Lula, como de costume, prefere assistir de camarote à cizânia entre aliados e subordinados. Quando intervém, é para colocar mais lenha na fogueira — como fez quando o plenário da Câmara manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão. 
 
Lira chamou Padilha de "incompetente" e "desafeto pessoal", e o ministro reagiu dizendo que não desceria ao nível de Lira. Lula resolveu participar do tiroteio verbal tomando partido de seu auxiliar: "Só de teimosia, Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério". A ideia era mostrar quem manda — o que não é necessário nem condiz com a liturgia do cargo —, mas só conseguiu agravar a situação. O ainda imperador da Câmara tem o poder de atrasar ou destravar projetos, instalar CPIs e até fazer avançar pedidos de impeachment, e deixou a impressão de que retaliará o governo, que até hoje não conseguiu formar maioria na Casa porque depende — e muito — da ajuda dele.
 
Lula demora a perceber, mas seu grande desafio não está fora, mas dentro de sua gestão. Mesmo com a melhora do nível de emprego e a inflação "sob controle", a avaliação positiva de seu governo vem caindo, e o pessimismo da população com a economia, aumentando na mesma medida. Sem falar que o petista ora segue a cartilha ideológica de seu assessor especial, Celso Amorim, ora se baliza pelo profissionalismo da chancelaria comandada pelo ministro Mauro Vieira, afinado com a tradição nacional de conciliação e moderação. 

Esse descompasso levou o governo (entre outras coisas) a demorar para chamar de terroristas os terroristas do Hamas e para cobrar de Nicolás Maduro explicações para o veto a oposicionistas nas eleições presidenciais, marcadas para julho deste ano — vale destacar que a guinada no caso venezuelano não foi motivada por convicção, mas por pressão da opinião pública e pelo desejo de estancar a sangria nas pesquisas.
 
Desde os tempos em que liderava a oposição, Lula é tido e havido como um "animal político", um expert na arte de atrair aliados e superar adversidades. Sua desforra contra a Lava-Jato comprova isso, mas sua atuação no terceiro mandato coloca essa fama em xeque. 
Distante dos problemas da população e dos desafios da máquina pública, o ex-tudo (ex-retirante, ex-metalúrgico, ex-sindicalista, ex-presidiário e ex-corrupto) comanda um governo descoordenado, emite sinais contraditórios e permite que seus principais auxiliares sabotem uns aos outros. 

Para fazer jus à imagem do craque que imagina ser, Lula precisa entrar em campo, colocar a bola embaixo do braço e ditar o rumo da partida — que ainda tem resultado indefinido, mas, segundo os próprios petistas, pode ser perdida se juiz não tomar conta do jogo. Mas quanto mais Lula fala, mais claro fica que já passou da hora de ele encerrar seu ciclo na política. Às vésperas de completar 79 anos, o macróbio é uma usina de ideias retrógradas, ou ruins, ou retrógradas e ruins. Diante da impossibilidade de arejar uma mentalidade como essa, urge arejar o ambiente.

Há décadas que o Brasil é governado como uma usina de processamento de esgoto, onde entra merda por um lado e sai merda pelo outro. E o que mais poderia sair? Entre a porta de entrada, aberta pelas eleições, e a de saída, na troca de comando, a merda muda de aparência e de nome, recebe nova embalagem... mas continua sendo merda.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

MACRIUM, REINSTALAÇÃO DO WINDOWS SEM TRAUMAS e Humor...


Sempre existe a possibilidade de algum acidente de percurso nos impor a reinstalação do sistema – e ainda isso não aconteça, a progressiva lentidão que o PC adquire com o passar dos anos já justifica essa providência. No entanto, reinstalar tudo do zero a partir do DVD do Windows ou da “cópia de restauro” personalizada pelo fabricante do computador reverte o sistema às condições originais, obrigando o usuário a passar dias naquele calvário de atualizações, reconfigurações, reinstalação de drivers, aplicativos, e por aí vai.
Na post da última quinta-feira, vimos como recorrer ao próprio Windows para criar uma imagem do sistema (Painel de Controle > Sistema e Manutenção > Backup e Restauração > Criar uma imagem do sistema) e restaurá-lo plenamente funcional (Painel de Controle > Fazer backup do computador > Recuperar configuração do sistema ou o computador > Métodos de recuperação avançados > Usar uma imagem de sistema criada anteriormente) se e quando isso se fizer necessário. Hoje, volto ao assunto para relembrar que o mesmo pode ser feito também com ferramentas de terceiros como o MACRIUM REFLECT FREE, que é compatível com as versões XP, Vista e Seven do Windows (de 32 ou 64 bits):
1-   Instale o programinha e aguarde a conclusão do registro pela Internet;
2-   Clique em Create a backup image of na entire disk or selected parition(s) em Backup Tasks, clique em Next, selecione o HD (ou a partição) em que seu Windows se encontra instalado e torne a clicar em Next.
3-   Escolha o dispositivo de backup e clique em NextFinish e OK.
4-   Em seguida, no menu Other Taks, clique em Verify para se assegurar de que o backup não esteja corrompido.
5-   Finalmente, insira um CD/DVD gravável no drive, clique em Create Rescue CD, deixe a opção Linux padrão selecionada, clique em Advanced, marque Compatibility Mode e pressione Finish para criar o disco de instalação (que deve ser guardado em um lugar seguro).
    
Observação: Se preferir, baixe o MACRIUM do Baixaki, que oferece um resumo das características e funções do programinha (ou então clique aqui para acessar um tutorial circunstanciado).

Passemos agora ao humor desta sexta-feira:

Prazeres da melhor idade (crônica de Rui Castro):

Melhor idade é a puta que te pariu - a melhor idade é de 18 aos 40
anos...

A voz em Congonhas anunciou: "Clientes com necessidades
especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc.". Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a "melhor idade" - algo entre os 60 anos e a morte.
Para os que ainda não chegaram a ela, "melhor idade" é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.
Privilégios da "melhor idade" são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão lembrando placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da "melhor idade", estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.
Outra característica da "melhor idade" é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar.
Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo da clássica boemia carioca, o rapaz
perguntou: "Voltando da farra, Ruy?". Respondi, eufórico: "Que nada!
Estou voltando da farmácia!". E esta, de fato, é uma grande vantagem da "melhor idade": você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir.
Primeiro, a aposentadoria é pouca e você tem que continuar a trabalhar para melhorar as coisas. Depois vem a condução.
Você fica exposto no ponto do ônibus com o braço levantado esperando que algum motorista de ônibus te dê uns 60 anos.
Olha... a analise dele é rápida. Leva uns 20 metros e, quando pára, tem a discussão se você tem mais de 60 ou não.
No outro dia entrei no ônibus e fui dizendo:
- "Sou deficiente".
O motorista me olhou de cima em baixo e perguntou:
- "Que deficiência você tem?"
- "Sou broxa!"
Ele deu uma gargalhada e eu entrei.
Logo apareceu alguém para me indicar um remédio. Algumas mulheres curiosas ficaram me olhando e rindo...
Eu disse bem baixinho para uma delas:
- "Uma mentirinha que me economizou R$ 3,00, não fica triste não"
Bem... fui até a pedra do Arpoador ver o por do sol.
Subi na pedra e pensei em cumprir a frase. Logicamente velho tem mais dificuldade. Querem saber?
Primeiro, tem sempre alguém que quer te ajudar a subir: "Dá a mão aqui, senhor!!!"
Hum, dá a mão é o cacete, penso, mas o que sai é um risinho meio sem graça.
Sentar na pedra e olhar a paisagem.
É, mas a pedra é dura e velho já perdeu a bunda e quando senta sente os ossos em cima da pedra, o que me faz ter que trocar de posição a toda hora.
Para ver a paisagem não pode deixar de levar os óculos se não, nada vê.
Resolvo ficar de pé para economizar os ossos da bunda e logo passa um idiota e diz:
- "O senhor está muito na beira pode ter uma tontura e cair."
Resmungo entre dentes: ... "só se cair em cima da sua mãe"... mas, dou um risinho e digo que esta tudo bem.
Esta titica deste sol esta demorando a descer, então eu é que vou descer, meus pés já estão doendo e o sol nada.
Vou pensando - enquanto desço e o sol não - "Volto de metrô é mais rápido..."
Já no metrô, me encaminho para a roleta dos idosos, e lá esta um puto de um guarda que fez curso, sei eu em que faculdade, que tem um olho crítico de consegue saber a idade de todo mundo.
Olha sério para mim, segura a roleta e diz:
- "O senhor não tem 65 anos, tem que pagar a passagem."
A esta altura do campeonato eu já me sinto com 90, mas quando ele me reconhece mais moço, me irrompe um fio de alegria e vou todo serelepe comprar o ingresso.
Com os pés doendo fico em pé, já nem lembro do sol, se baixou ou não dane-se. Só quero chegar em casa e tirar os sapatos...
Lá estou eu mergulhado em meus profundos pensamentos, uma ligeira dor de barriga se aconchega... Durante o trajeto não fui suficientemente rápido para sentar nos lugares que esvaziavam...
Desisti... lá pelo centro da cidade, eu me segurando, dei de olhos com uma menina de uns 25 anos que me encarava... Me senti o máximo.
Me aprumei todo, estufei o peito, fiz força no braço para o bíceps crescer e a pelanca ficar mais rígida, fiquei uns 3 dias mais jovem.
Quando já contente, pelo menos com o flerte, ela ameaçou falar alguma coisa, meu coração palpitou.
É agora...
Joguei um olhar 32 (aquele olhar de Zé Bonitinho) ela pegou na minha mão e disse:
- "O senhor não quer sentar? Me parece tão cansado?"
Melhor Idade??? Melhor idade é a puta que te pariu!

Em Tempo: Domingo começa o horário de verão, não se esqueçam de adiantar em uma hora os seus relógios.

Bom final de semana a todos.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

WHATSAPP — DICAS IMPORTANTES

NÃO DIGA TUDO QUE SABE, NÃO FAÇA TUDO QUE PODE, NÃO ACREDITE EM TUDO QUE OUVE NEM GASTE TUDO QUE TEM.

 

Uma das maiores virtudes de alguém, a meu ver, é reconhecer as próprias limitações. "Terceira idade", "melhor idade", "feliz idade" e que tais são meros eufemismos para "idoso", "velho", "macróbio" — a propósito, vale a pena ler esta crônica de Rui Castro


Não lembrar o número do próprio telefone ao preencher um cadastro, por exemplo, é um lapso de memória inerente ao envelhecimento. Mas se isso se repete de forma recorrente e envolve tanto as memórias de curto e longo prazo quando a capacidade de lembrar nomes e tarefas rotineiras, é bem possível que seja Alzheimer. 


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Embora a Constituição não preveja atribuições para cônjuges de presidentes da República, a primeira-dama Janja incluiu em sua agenda diversas viagens internacionais. Isso a deixa com uma aparência de ministra sem pasta de Lula 3.0. Além disso, as despesas dos deslocamentos dessa senhora são encobertas pela falta de transparência.
No momento, Janja acompanha Lula em Nova York, onde ele participa de eventos na Assembleia Geral da ONU. A primeira-dama não voou no jato presidencial; viajou dias antes, para participar de um painel sobre fome na Universidade de Columbia – tema que, no governo, é de responsabilidade do ministro do Desenvolvimento e assistência Social.
Em março, Janja esteve em Nova York como integrante de uma comitiva do Ministério das Mulheres. Participou da 68ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, na ONU, na condição de socióloga. Valendo-se da Lei de Acesso à Informação, a Folha requisitou dados sobre o custo da viagem, mas o governo empurra o pedido com a barriga, recusando-se iluminar a totalidade das despesas.
Em julho, ela viajou a Paris como enviada às Olimpíadas – Lula preteriu o ministro dos Esportes, André Fufuca. No início deste mês, ela foi ao Qatar para um evento sobre educação – assunto da esfera do ministro Camilo Santana. Os custos são desconhecidos. O vice-presidente Geraldo Alckmin, outro substituto institucional, salpicou sua agenda de compromissos alternativas – nesse caso, informou-se à Folha que a viagem de Janja e sua comitiva custou R$ 236 mil, excluídos os seguranças, cujos valores foram sonegados.
Antes da posse de Lula, Janja se definiu como uma pessoa "propositiva", do tipo que "não fica sentada, que vai e faz." Manifestou o desejo de "ressignificar" o posto de primeira-dama. 
Quando essa a ressignificação resulta em custos para o Tesouro Nacional, a ausência de transparência de meia-tigela produz dois resultados indesejados. Num, o governo desrespeita o contribuinte. Noutro, fornece matéria prima à oposição.

 

Lapsos de memória e atos falhos se tornam preocupante quando o idoso esquece de pagar contas, se almoçou ou se tomou banho. Não lembrar de uma ou outra conversa faz parte do processo de envelhecimento, mas esquecer uma discussão acalorada só se justifica em casos de amnésia alcoólica (até porque não é possível lembrar o que a memória não registrou). 


Por outro lado, ter "na ponta da língua" o telefone de amigos de infância e não conseguir memorizar o número do celular do(a) parceiro(a) ou do(a) filho(a) é uma situação cada vez mais comum. Isso se deve em parte ao uso máquinas para buscar informações, pois inibe a construção de memórias de longo prazo. Nesse processo — conhecido como "amnésia digital" — a pessoa deixa de memorizar informações importantes porque sabe que elas estão no celular ou que elas podem ser obtidas facilmente na Internet.

 

Lembro-me de ter explicado aqui no Blog como fazer para mandar uma mensagem de WhatsApp para um número que não está na agenda sem precisar adicioná-lo. Dias atrás, no entanto, eu precisei enviar para a farmácia uma receita que recebi por mensagem e não consegui lembrar que bastava abrir o aplicativo, tocar no ícone de nova conversa (no canto superior direito no iPhone ou inferior direito no Android), tocar na lupa, digitar o número do telefone com o código de área (DDD) e tocar no botão Conversar. 

 

Vale lembrar (sem trocadilho) que podemos compartilhar nossa localização em tempo real numa mensagem de WhatsApp, mas só devemos usar esse recurso com pessoas de nossa confiança. Fazer isso é útil por razões de segurança, como manter parentes ou amigos informados sobre onde a pessoa está quando vai ao encontro de alguém que conheceu pela Web, por exemplo (note que é possível interromper o compartilhamento a qualquer momento ou simplesmente deixar o temporizador do recurso expirar).


Para enviar a localização, basta abrir uma conversa com um contato ou um grupo, tocar no botão com a figura de um clipe (anexar), depois em Localização > Compartilhar localização em tempo real, definir o tempo desejado e tocar em Enviar (cada pessoa na conversa poderá ver a localização em tempo real em um mapa).

 

Igualmente úteis são os indicadores que o WhatsApp exibe quando o usuário recebe uma mensagem de alguém que não está em sua lista de contatos. Assim, ele pode decidir se responde, salva o número ou bloqueia e denuncia a pessoa. 


Os contatos bloqueados não têm acesso a detalhes como as informações "visto por último" e "online", atualizações de status e foto do perfil, e as chamadas e atualizações de status desses contatos não são exibidas no nosso celular. 


Observação: Contatos bloqueados continuam aparecendo em nossa lista de contatos e nós, na lista deles. Após bloquearmos um contato, temos as opção de desbloqueá-lo, apagar ou arquivar a conversa (para saber como usar os recursos de bloqueio e denúncia e o que acontece ao fazer isso, clique aqui).

sábado, 1 de junho de 2024

MELHOR IDADE É A PQP!

QUALQUER IDIOTA CONSEGUE SER JOVEM, MAS ENVELHECER EXIGE TALENTO.

Ao dizer que quer viver até os 120 anos e disputar mais 10 eleições, Lula feriu de morte o apoio da "frente ampla" em 2026, caso ele ainda caminhe entre os vivo e esteja em condições de disputar a reeleição em 2026. 
Disputar eleições e vencê-las são coisas diferentes. O aspirante a Matusalém sabe que conquistou o terceiro mandato por um triz, devido ao pavor que a perspectiva  de mais 4 anos do catastrófico governo do antecessor provocava, mas parece não entender que o contingente nada desprezível de votantes antipetistas escolheu evitar o mal maior na expectativa de um governo que corrigisse os erros do passado e correspondesse ao crédito de confiança dado pelos tradicionais oponentes. Ele não precisava ter nomeado ministro extraordinário alguém sem expertise em infraestrutura e pouquíssimo afeito à diplomacia, como é o caso do "cumpanhêro" Paulo Pimenta, que, além do mais, será candidato ao governo do Rio Grande do Sul em 2026. Dizer que a intenção não foi projetar o "cumpanhêro" nem rivalizar com a figura do governador Eduardo Leite equivale a nos chamar de idiotas.

"Terceira idade", "melhor idade" e "feliz idade" não passam de eufemismos para "idoso", "velho" e "macróbio". A expressão "terceira idade" surgiu na década de 60, na França, e "melhor idade", em Baltimore, nos EUA, a partir de uma pesquisa que exaltou o óbvio ao concluir que as pessoas adquirem experiência com o passar dos anos. Mas muitos sexagenários e septuagenários discordam desse besteirol (a propósito, vale a pena ler esta crônica de Rui Castro). Segundo eles, o único aspecto positivo da velhice é a alternativa (morrer jovem) ser ainda pior.
 
Viver para sempre é um sonho tão antigo quanto utópico. Apesar de todo o progresso da ciência nos últimos anos, a morte continua tão inevitável quanto os impostos. Mas isso pode mudar no médio prazo. Ou pelo menos é o que afirma o gerontólogo inglês Aubrey de Grey, que se dedica há anos à busca da imortalidade. Segundo ele, "a primeira pessoa que vai viver mais de 1.000 anos já nasceu". 
E o professor de biogerontologia molecular português João Pedro de Magalhães é ainda mais ousado: "Se conseguirmos criar células resistentes ao câncer e imunes ao envelhecimento, nossa expectativa de vida pode chegar a 20 mil anos."

Delírios à parte, ainda não se sabe por quanto tempo um ser humano pode viver. A expectativa média de vida, que era de 47,1 anos na década de 1950, aumentou para 73,4 anos em 2023 e deve alcançar 82,1 no final deste século. Com a morte da francesa Jeanne Calment aos 122 anos e 164 dias, a espanhola Maria Branyas, que soprou sua 117ª vilinha no dia 4 de março passado, é a macróbia mais "matusalênica" da atualidade.
 
Entre os mamíferos, os mais longevos são as baleias da Groenlândia, que chegam a viver mais de 200 anos. Entre os peixes, algumas espécies de tubarões passam dos 500 anos. 
Em determinadas fases de sua existência, um hidrozoário conhecido como "medusa imortal" (turritopsis dohrnii) pode reverter a seu primeiro estado de vida e formar um novo pólipo, que gera clones da versão original. Isso significa que ele consegue "ressuscitar" se morrer de fome ou devido a um dano físico que não o destrua totalmente.

Uma esponja-do-mar do tamanho de uma minivan encontrada no Havaí pode ser o animal vivo mais antigo do mundo. Sua família, a Rossellidae, pode viver mais de 2 mil anos e possui grande importância para o ecossistema, pois é responsável por filtrar a água do mar, reciclar nutrientes e fornecer habitat para outros animais. Além de possivelmente ser o animal vivo mais antigo ainda vivo, o estudo de seus fósseis indica que podem ser os primeiros já encontraram no planeta. Em 2021, geólogos descobriram vestígios de esponjas do mar que devem ter vivido há cerca de 890 milhões de anos.  Até então, o recorde pertencia a um fóssil de espículas de esponjas encontradas no Irã, datadas de cerca de 535 milhões de anos atrás.
 
Segundo um artigo publicado na Nature Aging, cientistas conseguiram obter uma redução no número de células senescentes em camundongos. Essas células são responsáveis pelo envelhecimento, e estão presentes
 em qualquer tecido humano. O aspecto mais curioso é que, apesar de não se regenerarem, elas tampouco morrerem, impedindo o organismo de se livrar delas. E além de não repararem tecidos nem realizarem outras funções necessárias, elas propiciam o aparecimento de doenças e o desenvolvimento de tumores.
 
Os cientistas vêm buscando desenvolver uma vacina capaz de estimular o corpo a criar anticorpos que se juntem às células senescentes e sejam eliminados pelos glóbulos brancos. Uma alternativa à base senolíticos também vem sendo aperfeiçoada. Um grupo de pesquisadores britânicos já conseguiu resolver o problema dos efeitos colaterais: ao testar o tratamento em células humanas, os cientistas constataram as células senescentes foram atingidas, mas as normais escaparam ilesas.

Enfim, quem viver verá.