SOBRE DILMA: A
PIOR COISA DO MUNDO É UMA INCOMPETENTE COM INICIATIVA.
Ninguém
precisa ser chef de cuisine para preparar uma macarronada, nem engenheiro mecânico para dirigir um
automóvel. Aos PCs, aplica-se o mesmo raciocínio, embora houve tempos em que
operar um microcomputador não era para qualquer um, notadamente quando não
havia interface gráfica e tudo era feito a partir do prompt de comando. Aliás,
se você chegou a usar o velho o velho MS-DOS,
clique aqui para matar as saudades ― se
não for dessa época, clique assim mesmo e leia também as postagens
subsequentes, pois o link em questão remete ao capítulo de abertura de uma
sequência sobre o Windows e sua
evolução através dos tempos.
Voltando à
premissa inicial, mesmo um motorista amador precisa saber que é fundamental
checar os níveis do fluído de arrefecimento e do óleo do motor regulamente, bem
como calibrar os pneus semanalmente, e que, se adquiriu um veículo popular, não
deve esperar a performance de uma Ferrari.
Mutatis mutandis, dá-se o mesmo com o
computador, daí a importância de você escolher uma máquina adequada a seu perfil
de usuário, porque levar em conta apenas no preço (no menor preço, para ser
mais exato) é insatisfação garantida sem dinheiro de volta. Mas vamos por
partes.
Chamamos computador a um dispositivo
eletrônico capaz de manipular informações sob a forma de dados digitais. E
apesar de realizar cálculos monstruosos em frações de segundo, esse prodígio da
tecnologia moderna só é capaz de “entender” linguagem de máquina ― enormes
sequências de zeros e uns ―, já que tudo o que ele processa, lê e grava (de
letras, símbolos e algarismos a músicas, imagens, vídeos e instruções
operacionais) é representado através da notação binária, onde o bit (forma
reduzida binary digit) é a menor unidade de informação que o computador
consegue manipular, e pode representar apenas dois estados opostos ― fechado/aberto,
desligado/ligado, falso/verdadeiro, etc. ―, que, por convenção, são expressos
pelos algarismos 0 e 1. Para economizar tempo e espaço, não vou
descer a detalhes sobre esse assunto; quem quiser saber mais a respeito pode
clicar aqui para acessar uma abordagem
detalhada, mas em linguagem simples, de fácil compreensão.
Deixando de
lado o informatiquês que tanto atazana a vida dos leigos e iniciantes,
podemos definir o computador como um aparelho baseado em dois segmentos
distintos, mas interdependentes: o hardware e
o software. Numa definição
jocosa que remonta aos primórdios da informática, o hardware é aquilo que o usuário chuta, e o software, aquilo que ele xinga. Colocando
de outra forma, o primeiro remete à parte física do sistema computacional (o gabinete e seus
componentes internos, periféricos como o monitor, o mouse, o teclado, etc.), e
o segundo corresponde ao sistema
operacional e demais programas (navegador de internet,
processador de textos, cliente de correio eletrônico, etc.).
No léxico da
informática, o termo programa designa
um conjunto de instruções em linguagem de máquina que descreve uma tarefa a ser
realizada pelo computador, e pode referenciar tanto o código fonte, escrito em
alguma linguagem de programação, quanto o arquivo executável que contém esse
código. O sistema operacional também
é um programa, conquanto seja tido e havido como uma espécie de software-mãe, pois cabe a ele gerenciar
o hardware e o software, prover a interface entre o usuário e a máquina (e
vice-versa) e servir como base para a execução dos demais programas
(aplicativos, utilitários, etc.).
Para evitar
que este texto se prolongue demais, a continuação fica para a próxima postagem.
LULA PRESTES A SER CONDENADO E TEMER DENUNCIADO
LULA PRESTES A SER CONDENADO E TEMER DENUNCIADO
O grande chefe da ORCRIM,
na definição do procurador Deltan Dallagnol, ficou meio que
esquecido depois que o presidente Michel Temer foi acusado de
ser o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil. Aliás, tanto ele
quanto sua nefasta pupila foram lembrados na apocalíptica delação da JBS,
notadamente pelos US$150 milhões que teriam bancado suas
campanhas. Só que as denúncias contra Temer e as benesses
concedidas a Joesley e companhia pela PGR roubaram
a cena e relegaram o deus pai da petralhada a uma posição secundária. Agora,
porém, a coisa deve mudar de figura.
Nesta segunda-feira, o juiz Moro sentenciou Antonio
Palocci a 12 anos e 2 meses de prisão, e deve julgar a qualquer
momento a ação em que Lula é acusado de receber benefícios
espúrios da OAS de Leo Pinheiro (representados
pela emblemática cobertura tríplex no Guarujá e pelo pagamento do transporte e
armazenamento da pilhagem que o ex-presidente trouxe de Brasília quando deixou
o Palácio do Planalto). Na sentença em que condenou o ex-ministro petista, Moro citou Lula 68
vezes, na maioria delas em transcrições de depoimentos usados como prova para
estipular as penas impostas aos réus. Num desses trechos, o magistrado
escreveu:
“Percebe-se ainda que ‘Italiano’ é a pessoa com acesso
ao então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que é também o
caso de Antônio Palocci Filho (...) Chama ainda a atenção a
referência de que, apesar do veto, seriam cogitadas alternativas junto ao então
Presidente, ‘tributárias e ou com a Petrobrás’, para compensar o Grupo
Odebrecht, prova da intenção de solicitação de contrapartida ilegal em
favor dele por parte do Governo Federal”.
Palocci, vale lembrar, mostrou-se propenso a municiar a Lava-Jato com
informações e documentos que, segundo ele, garantiriam mais um ano de trabalho
aos procuradores, mas ainda não formalizou seu acordo de colaboração premiada.
Na sentença, Moro mencionou que essa oferta se destinava mais
a constranger outros réus e investigados na Lava-Jato do que propriamente a
contribuir com a Justiça. Agora, porém, a condenação pode servir de estímulo
para a delação, e aí a situação dos ex-presidentes petralhas tende a se complicar.
Vale lembrar também que a defesa
de Lula, sem argumentos fáticos para contestar as acusações, tem
sido useira e vezeira em tentar desqualificar o trabalho do MPF e
em criar embaraços e protelações, chegando mesmo a pedir ― sem sucesso ― que os
processos contra seu cliente fossem retirados do juiz Sérgio Moro.
Mas talvez o magistrado seja o menor dos problemas do petralha. Segundo O
Antagonista, uma reportagem da Folha sobre os juízes
“linha-dura” da 8ª Turma do TRF-4, que revisa as decisões da 13ª
Vara Federal de Curitiba, é de fazer o molusco arrancar os cabelos. Quase
metade das penas dadas por Moro foram aumentadas na segunda
instância, algumas delas em mais de dez anos. Na quarta-feira (21), por
exemplo, o processo contra Gerson de Mello Almada, ex-sócio
da Engevix, chegou à Turma com uma condenação a 19 anos de reclusão
e saiu com uma pena de 34 anos e vinte dias. Lula é feliz
com Moro e não sabe.
Complicada, também, é a situação
de Michel Temer, a quem só resta a retórica vazia para tentar
convencer as Velhinhas de Taubaté de que seu governo está
firme e forte. “Nada nos destruirá”, disse ele, enfático, às vésperas da
denúncia de Janot.
Observação: Na noite de ontem, Janot denunciou o presidente da República e seu
ex-assessor Rodrigo Rocha Loures por
corrupção passiva. O ministro Fachin,
relator da Lava-Jato no STF, deverá enviar a acusação para a Câmara, onde será votada em plenário. Caso 342 dos 513 deputados votem contra o presidente, a denúncia voltará para o
Supremo, que decidirá se afasta o presidente ― já na condição de réu ― por até 180
dias ou até decisão final do processo, o que ocorrer primeiro.
Estrategicamente, Janot preferiu fatiar a denúncia em três partes e
apresentar as outras duas (por obstrução de justiça e organização criminosa)
nos próximos dias. Para ler na íntegra a primeira delas, clique aqui.
Quase 24 horas depois que as primeiras
informações sobre a delação de Joesley Batista vieram a
público, Temer afirmou, em
pronunciamento à nação, que o inquérito no supremo seria o território
onde surgiriam as provas de sua inocência, e que exigiria pronta e
rápida apuração dos fatos. Palavras ao vento, como se viu mais adiante,
pois o que o presidente vem fazendo desde então é usar todos os meios
disponíveis para barrar o processo, distribuindo, inclusive, cargos e verbas em
troca de apoio dos parlamentares (vale reforçar que, para se livrar desse imbróglio, Temer não
precisa de 171 votos a seu favor. O que ele precisa impedir que 342 deputados votem contra ele, o que, convenhamos, é bem
mais fácil).
Resumo da ópera: Ao que tudo indica, pela primeira vez na nossa história teremos ― e na
mesma semana ― um presidente da República formalmente denunciado pelo MPF durante
o exercício do mandato e um ex-presidente da República condenado na Justiça Penal.
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