O atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro completa hoje seis meses,
e até o momento não há evidência da participação de outras pessoas além
de Adélio Bispo de Oliveira, o esfaqueador
misterioso.
Depois que o ministro Sérgio
Moro, a cúpula da PF e o delegado
responsável pela investigação se reuniram com o presidente, divulgou-se que o
próximo passo seria seguir o dinheiro, já que quem quer que esteja bancando os
honorários do batalhão de advogados que defendem o criminoso deve ter tido
interesse direto no atentado. Surpreendentemente, o desembargador Néviton Guedes, do TRF-1, atendendo um pleito da OAB,
determinou a suspensão da investigação que realizou buscas no escritório do
advogado Zanone Manuel de Oliveira
Júnior, o principal coordenador da defesa de Bispo, paralisando, consequentemente, a investigação.
Longe de mim fomentar teorias conspiratórias, mas me chama a
atenção o fato de OAB ser presidida
atualmente por Felipe Santa Cruz, que
tem fortes laços com políticos do PT,
de o desembargador Néviton Guedes,
que foi nomeado para o cargo pela anta sacripanta Dilma Rousseff, ter suspendido, tempos atrás, os interrogatórios de
Lula e Luleco na Operação Zelotes
e derrubado a decisão do juiz federal Ricardo
Leite, que impedia o funcionamento do Instituto
Lula, além de ser crítico figadal da Lei
da Ficha-Limpa.
Adélio era servente
de pedreiro e tinha duas passagens pela polícia. Em agosto de
2013, ele tentou invadir a casa da sogra para agredir a ex-esposa. Em outro boletim
de ocorrência, lavrado no mesmo ano, ele e outro homem brigaram e trocaram
tapas e socos. Além disso, ele teria publicado nas redes sociais, nos meses que
antecederam o atentado, diversas mensagens de ódio contra Bolsonaro, numa das
quais pedia “pena de morte” ao presidenciável, a quem chamava de “traidor”,
“judas”, e por aí afora. Entre 2007 e 2014, ele foi filiado ao PSOL de Uberaba (MG), e
incentivava protestos na cidade. Também chegou a participar de manifestações
contra a corrupção na cidade e em Brasília, em frente ao Congresso Nacional.
Publicou ainda imagens de pessoas que defendem a liberdade do
ex-presidente Lula.
Mas tudo isso é de somenos. As perguntas que não querem
calar são: Quem é, de fato, esse sujeito? O que, realmente, o motivou a atentar
contra a vida de Bolsonaro? E mais: quanto ganha um servente de pedreiro e em
quanto montam os honorários da banca de advogados que ora lhe presta
assistência jurídica?
É o que vamos tentar responder na próxima postagem, que hoje
é quarta-feira de cinzas, dia de meio expediente e, consequentemente, de “meia
postagem”.