quarta-feira, 6 de março de 2019

CONSIDERAÇÕES E LUCUBRAÇÕES DE QUARTA-FEIRA DE CINZAS



O atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro completa hoje seis meses, e até o momento não há evidência da participação de outras pessoas além de Adélio Bispo de Oliveira, o esfaqueador misterioso. 

Depois que o ministro Sérgio Moro, a cúpula da PF e o delegado responsável pela investigação se reuniram com o presidente, divulgou-se que o próximo passo seria seguir o dinheiro, já que quem quer que esteja bancando os honorários do batalhão de advogados que defendem o criminoso deve ter tido interesse direto no atentado. Surpreendentemente, o desembargador Néviton Guedes, do TRF-1, atendendo um pleito da OAB, determinou a suspensão da investigação que realizou buscas no escritório do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, o principal coordenador da defesa de Bispo, paralisando, consequentemente, a investigação.

Longe de mim fomentar teorias conspiratórias, mas me chama a atenção o fato de OAB ser presidida atualmente por Felipe Santa Cruz, que tem fortes laços com políticos do PT, de o desembargador Néviton Guedes, que foi nomeado para o cargo pela anta sacripanta Dilma Rousseff, ter suspendido, tempos atrás, os interrogatórios de Lula e Luleco na Operação Zelotes e derrubado a decisão do juiz federal Ricardo Leite, que impedia o funcionamento do Instituto Lula, além de ser crítico figadal da Lei da Ficha-Limpa.

Adélio era servente de pedreiro e tinha duas passagens pela polícia. Em agosto de 2013, ele tentou invadir a casa da sogra para agredir a ex-esposa. Em outro boletim de ocorrência, lavrado no mesmo ano, ele e outro homem brigaram e trocaram tapas e socos. Além disso, ele teria publicado nas redes sociais, nos meses que antecederam o atentado, diversas mensagens de ódio contra Bolsonaro, numa das quais pedia “pena de morte” ao presidenciável, a quem chamava de “traidor”, “judas”, e por aí afora. Entre 2007 e 2014, ele foi filiado ao PSOL de Uberaba (MG), e incentivava protestos na cidade. Também chegou a participar de manifestações contra a corrupção na cidade e em Brasília, em frente ao Congresso Nacional. Publicou ainda imagens de pessoas que defendem a liberdade do ex-presidente Lula.

Mas tudo isso é de somenos. As perguntas que não querem calar são: Quem é, de fato, esse sujeito? O que, realmente, o motivou a atentar contra a vida de Bolsonaro? E mais: quanto ganha um servente de pedreiro e em quanto montam os honorários da banca de advogados que ora lhe presta assistência jurídica?

É o que vamos tentar responder na próxima postagem, que hoje é quarta-feira de cinzas, dia de meio expediente e, consequentemente, de “meia postagem”.