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quinta-feira, 16 de julho de 2015

COMO RECALIBRAR O SENSOR DA BATERIA (TECNOLOGIAS ÍON DE LÍTIO E POLÍMERO DE LÍTIO)

PIORAR PARA DEPOIS MELHORAR É MELHOR DO QUE PIORAR PARA DEPOIS FICAR AINDA PIOR.

Ao contrário das antigas baterias à base de Níquel Cádmio e de Hidreto Metálico de Níquel, os modelos usados atualmente não estão sujeitos ao famigerado efeito memória (*), e por isso podem ser recarregados a qualquer momento, a critério do usuário, certo?

Numa única palavra, a resposta é sim, mas o assunto é controverso. A rigor, não existe unanimidade nem mesmo quanto à melhor tecnologia ─ note que concorrentes icônicos como o Galaxy e o iPhone usam baterias à base de Íon de Lítio e de Polímero de Lítio, respectivamente. No entanto, quando já se buscam alternativas comercialmente viáveis para aumentar a autonomia cada vez menor dos nossos gadgets (mais detalhes na postagem da última quinta-feira), surpreende o fato de alguns fabricantes continuarem recomendando a execução de descargas e recargas completas em intervalos regulares (note que tampouco existe consenso em relação a essa periodicidade).

Observação: Tanto o Li-Ion quanto o Li-Po têm como base o Lítio, que, dentre os metais conhecidos, é o mais leve e o que apresenta melhor potencial eletroquímico e relação peso/capacidade energética. As baterias de íon de lítio são mais baratas que as de polímero de lítio, mas estas últimas oferecem reserva de carga igual ou superior com peso e dimensões menores, conquanto suportem menos ciclos de carga ─ nada é perfeito, afinal de contas.    

Fato é que essas baterias integram um pequeno chip controlador, destinado a gerenciar sua capacidade de carga, e que, caso as recargas sejam feitas quando ainda existe energia remanescente, o percentual correspondente acaba deixando de ser "enxergado" pelo controlador, o que dá ao usuário a impressão de que a autonomia do aparelho diminuiu. Então, para tirar a cisma, alguns especialistas sugerem recalibrar o controlador, o que consiste basicamente em usar o aparelho até que ele seja desligado automaticamente, e em seguida recarregar totalmente a bateria.

Se o medidor que fica na Área de Notificação do sistema deixar de exibir corretamente o nível de carregamento da bateria, você pode recalibrar o respectivo leitor da maneira sugerida no parágrafo anterior, mas para isso você terá de modificar os parâmetros do gerenciamento de energia do Windows para permitir que a bateria seja totalmente descarregada. Em vista disso, e considerando que o processo leva algumas horas para ser concluído, sugiro levá-lo a efeito quando você não tiver nenhum trabalho pendente que exija o uso do computador. Satisfeito esse pressuposto, basta fazer o seguinte:  

·        Desligue o computador.
·        Conecte o adaptador AC (carregador) e aguarde o aviso de que a recarga foi concluída (geralmente um led indicativo acende ou muda de cor; consulte o manual do seu aparelho).
·        Pressione o botão Power (liga/desliga) para inicializar o computador.
·        Pressione a tecla F8 repetidamente para acessar as opções de inicialização avançadas.
·        Quando o menu em questão for exibido na tela, use as setas de teclado para selecionar a opção que inicia o computador no MODO DE SEGURANÇA e pressione Enter.
·        Desconecte o adaptador da tomada e deixe a bateria descarregar completamente (quando o nível de carga chegar ao mínimo estabelecido pelo fabricante, o computador será desligado automaticamente).
·        Reconecte o adaptador, aguarde o sinal indicativo de carga completa e então torne a ligar o computador, que já poderá ser usado normalmente.

Ao cabo desse processo, a bateria estará calibrada e a leitura do nível de carga deverá ser precisa. Amanhã veremos como recalibrar a bateria de um smartphone com sistema operacional Android. Abraços a todos e até lá.

(*) Chamamos "efeito memória" à redução da capacidade de armazenamento que as baterias de níquel-cádmio e hidreto metálico de níquel costumavam apresentar quando eram recarregadas sem antes serem totalmente esgotadas.  

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

DICAS SOBRE A BATERIA DO SEU CELULAR, SMARTPHONE, TABLET e NOTEBOOK


Casamento: O primeiro ano é o mais difícil; os demais são insuportáveis.

Enquanto a autonomia das baterias cresce em progressão aritmética, os recursos e funções dos gadgets aumentam exponencialmente, desafiando os desenvolvedores a encontrar maneiras de manter seus produtos funcionando longe da tomada por pelo menos um dia inteiro. Então, para não ficar na mão numa hora de necessidade, não custa lembrar que:
  •        Baterias de íons de lítio não estão sujeitas ao “efeito memória”, de modo que você pode recarregá-las total ou parcialmente quando bem entender. No entanto, há quem afirme que o primeiro ciclo de carga e descarga deve ser total, enquanto outros asseguram que descarregar totalmente a bateria é um procedimento não só inútil como também prejudicial. Mesmo assim, quase todos recomendam recalibrar o sensor de capacidade da bateria de tempos em tempos, o que é feito justamente mediante uma carga completa, um intervalo de duas horas, uma descarga completa, um intervalo de seis horas, e finalmente uma recarga total.Vai entender!
  • Há também aqueles que recomendam remover a bateria sempre que o portátil for operado ligado à tomada, como substituto do PC de mesa. Eu, particularmente, discordo dessa posição; primeiro, porque o risco de sobrecarga é inexpressivo (a bateria deixa de receber energia assim que atinge 100% de carga); segundo, porque, permanecendo carregada, a bateria estará pronta para entrar em ação se você precisar usar o PC em trânsito, por exemplo, ou mesmo para assumir as funções de no-break durante um apagão da rede elétrica, permitindo a finalização dos trabalhos e o encerramento adequado do Windows. Note porém que, no caso de uso intensivo do PC (como em games radicais, por exemplo), que propiciam um aquecimento anormal dos componentes internos do aparelho (acima dos 60ºC), aí, sim, é recomendável remover a bateria.
  • Sempre que possível, conecte seu carregador à tomada da parede. Deixe o acendedor de cigarros do carro ou a portinha USB para situações em que não haja alternativa, pois sua baixa amperagem faz com que a recarga demore muito mais tempo. 
Observação: Mesmo que seu PC disponha de uma interface USB 3.0, capaz de fornecer até 900 mA, a maioria dos smartphones opera com o padrão 2.0, limitado a 500 mA, razão pela qual essa opção de recarga demora bem mais do que a convencional. Para obter mais informações.

Prefira sempre carregadores originais – modelos genéricos, mesmo que com capacidade similar, podem levar um dia inteiro para alcançar o mesmo resultado proporcionado por um carregador dimensionado para seu tablet. Já os celulares e smartphones utilizam baterias menores e podem ser recarregados com dispositivos “não originais”, desde que de boa qualidade (evite os carregadores “Xing-ling” vendidos nos cruzamentos por camelôs, ambulantes e assemelhados).

Tanto os carregadores como as baterias modernas controlam o fluxo de energia de maneira inteligente, de modo que não há risco significativo de danos por sobrecarga se você deixar seu aparelho carregando durante a noite, por exemplo. No entanto, como seguro morreu de velho, o mais indicado é desconectar os cabos tão logo você receba o sinal de carga completa,

O uso e o passar do tempo vão reduzindo progressivamente a autonomia das baterias, mas como elas têm vida útil de aproximadamente 1.000 recargas (mais de cinco anos se carregadas dia sim, dia não), talvez você troque seu aparelho bem antes de precisar substituir esse componente. Caso isso não ocorra, prefira sempre produtos originais (ou compatíveis de boa qualidade) e procure adquiri-los no mercado forma, com nota fiscal e garantia.

Abraços e até amanhã.