Venho dizendo que o suporte estendido até abril de 2014 fará do
XP a
edição mais longeva do
Windows –
aspecto que o
Seven dificilmente conseguirá superar, embora deva coexistir durante algum tempo com o
Eight.
A propósito, alguns comerciantes vêm afirmando que as vendas do
Seven estão encerradas, e que a única maneira de obtê-lo seria mediante a aquisição do sucessor e posterior downgrade. No entanto, essa questão ainda foi definida pela
Microsoft, mas se nada mudar na política do
ciclo de vida de seus produtos, o
Seven continuará a ser comercializado no
varejo por mais um ano e os fabricantes de PCs poderão continuar a pré-instalá-lo por mais dois anos (para saber mais, clique
aqui).
A
Dell já
anunciou que continuará disponibilizando PCs com o
Windows 7 – embora ofereça seu sucessor como alternativa em seus modelos
XPS,
Inspiron,
Latitude,
OptiPlex e
Precision –, e é bem possível (e até provável) que os demais fabricantes
façam o mesmo. Já os
notebooks híbridos
– aparelhos que combinam tablets com telas sensíveis ao toque e teclados
convencionais – não devem sobreviver por muito tempo, devido especialmente ao seu baixo poder de processamento, pouco espaço em disco e quantidade insuficiente de memória RAM, mas isso é uma história que fica para outra vez.
**********************************************
Mudando agora de pato para ganso, caso o leitor não seja paulistano
e não venha observando o cenário político fora dos limites do seu município,
Sampa escolherá, depois de amanhã, quem irá ocupar a cadeira de prefeito pelos próximos quatro anos. Eu, particularmente, não tenho
predileção especial por nenhum dos dois candidatos que continuam no páreo,
mas confesso que o fato de
Fernando
Haddad ser petista me basta para rejeitá-lo – aliás, se
Cristo ressuscitasse e fosse candidato a qualquer cargo
eletivo pelo
PT, certamente não seria eleito com o meu voto. E enumero alguns dos muitos motivos que me levam a pensar dessa maneira:
- Enquanto oposição, o PT sempre posou de obelisco da moralidade, mas bastou assumir o poder para se revelar a quintessência da corrupção: numa formidável sucessão de maracutaias (que fizeram o “Plano Collor” parecer coisa de punguista de feira), o então ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e acólitos como José Genoíno e Delúbio Soares protagonizaram o que acabou ficando conhecido como o escândalo do mensalão - cuja intenção precípua era perpetuar no poder o lulopetismo com Dirceu sucedendo nosso populista ex-presidente, mas isso é uma história e fica para outra vez.
Observação:
O presidencialismo de coalizão propicia o loteamento de cargos na administração pública em troca de apoio da chamada base aliada, sem o qual, como dizia FHC, “o presidente reina, mas não governa”. No entanto, o Brasil conta com nada menos que 30 legendas (ávidas por abocanhar uma fatia do bolo), o que propicia práticas espúrias, corrupção e roubalheira em todas as esferas da política nacional. Bons exemplos disso foram as maracutaias envolvendo o quinto ano de mandato do ex-presidente Sarney, o impeachment de Collor e a aprovação da emenda da reeleição por FHC.
- Inicialmente, Lula alegou não ter participado – e nem ter tido conhecimento, pasmem! – dos desmandos perpetrados pelos PTralhas. Humilde quando lhe convém, nosso então mais alto mandatário se resignou a pôr de lado seu ego imenso e pedir desculpas ao povo brasileiro em rede nacional de televisão. Mais adiante, valendo-se de seu inegável carisma e da memória curta dos eleitores tupiniquins, sua insolência não só conseguiu se reeleger, mas também dar à luz nossa primeira presidente (ops, presidenta), cujo desempenho no cargo será avaliado em momento oportuno.
- Nada indica (infelizmente) que os 153 milhões de reais surrupiados dos cofres públicos (valores oficiais) serão ressarcidos, ou que os culpados ficarão realmente atrás das das grades, pois isso pode variar conforme o cálculo das penas que lhes serão impostas e da vasta gama de embargos que seus patronos, contratados a peso de ouro, irão impetrar. Na última quarta-feira, o relator e o revisor do processo acusaram-se de “advogar
em favor dos réus” e “fazer parte do ministério público”, respectivamente, e da feita que o Ministro Joaquim Barbosa deverá se ausentar do país por motivos de saúde, o apenamento dos réus será retomado no próximo
dia 05 de novembro.
Curiosamente, a caca ainda não respingou (pelo menos não diretamente) no "FILHO DO BRASIL", cuja habilidade de tirar o seu da reta rivaliza com a do incrível
Houdini. No ano passado, em Washington (EUA), Lula vaticinou que o processo do mensalão não seria julgado antes de 2050; semanas atrás, desdenhou a importância do julgamento nas eleições 2012, afirmando que os paulistas estão mais preocupados com o rebaixamento do Palmeiras do que com o cenário político nacional. Aliás, sua excelência vem dizendo aos quatro ventos que o capítulo final da sua biografia não será escrito pelos ministros do STF, mas sim pelo povo brasileiro, e que a condenação dos mensaleiros e consequente derrocada do PT não decretarão o fim de sua carreira política.
Observação:
Embora não goste de política, eu venho abrindo mão de horas de sono para
assistir à retransmissão do julgamento do processo
do mensalão (ação penal 470) pela TV Justiça – canal 184 pela VIVO TV –,
que já está em sua fase final. No frigir dos ovos, foram julgados e condenados
os mentores do mensalão e a maioria dos envolvidos nesse escândalo – de longe o
maior da história política do Brasil. O prazo para publicação do acórdão é de
60 dias, mas deverá ser dilatado devido ao recesso do judiciário (de fins de
dezembro ao início de fevereiro).
Ao fim e ao cabo, haveria bem mais a dizer, mas não pretendo abusar da paciência de que tem cérebro entre as orelhas exaltando o óbvio ululante. A quem interessar possa, recomendo assistir com atenção ao
depoimento do jurista (petista)
Hélio Bicudo e aos demais clipes que podem ser acessados na mesma página.
Um ótimo final de semana a todos. Caso haja segundo turno em seu município, vote conscientemente (ou anule se voto conscientemente).