sábado, 23 de agosto de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 43ª PARTE

O PIOR CEGO É AQUELE QUE SE RECUSA A ENXERGAR

Vimos que viajar no tempo se tornou o fruto mais cobiçado da árvore da relatividade depois que semente de uma tecnologia capaz de nos levar a outras épocas foi plantada por H.G. Wells em 1895, com o romance A Máquina do Tempo. 


Essa possibilidade é tratada com ceticismo por boa parte da comunidade científica, mas a história está repleta de exemplos de pioneiros que foram ridicularizados por suas ideias até que o tempo provasse que eles estavam certos. 


Foi assim com Nicolau Copérnico, que desafiou o geocentrismo, com Joseph Lister, que revolucionou a medicina com a desinfecção, e com Alfred Wegener, que propôs a teoria da deriva continental, entre tantos outros.


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“João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém”, diziam os famosos versos de Carlos Drummond de Andrade no poema intitulado “Quadrilha”, publicado em 1930 em “Alguma poesia” —, que sintetiza os desencontros da vida amorosa e as dificuldades humanas em estabelecer laços, com cada indivíduo seguindo em uma direção.

Já a “quadrilha” do bolsonarismo, revelada na noite de quarta-feira, 20 de agosto, em relatório da Polícia Federal, é menos singela: Eduardo mandava um “vá tomar no cu” para o pai “ingrato do caralho” quando era chamado de imaturo e recebia dele a orientação de esquecer “qualquer crítica” ao ministro Gilmar Mendes; dizia ao genitor que Tarcísio de Freitas “sempre esteve de braço cruzado vendo voce se fuder [sic] e se aquecendo para 2026” e era chamado de “babaca” que fala “merda” por Silas Malafaia.

Drummond contava que “João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história”. Bobi Filho, com R$ 2 milhões transferidos por Bibo Pai, ficou nos EUA com seu porta-voz Paulo Figueiredo; o “mito” tinha no celular um pedido de asilo “que viabilizaria sua evasão do Brasil em direção à República Argentina”, mas acabou em prisão domiciliar em Brasília; Malafaia, em vez de ir para o convento, virou alvo de busca e apreensão; e todos eles foram indiciados pela PF por coação no curso do processo da trama golpista, na qual o Messias que não miracula figura como réu, ao lado de outras pessoas que ele próprio colocou na história — como também R$ 2 milhões na conta de sua esposa, “Micheque”, enquanto Zero Três R$ 200 mil reais na conta da mulher, Heloisa; ambos com a finalidade de contornar possíveis bloqueios em suas próprias contas.

Enviadas 95 anos depois, as mensagens de WhatsApp trazidas reveladas pela PF ilustram os barracos da vida bolsonarista e confirmam que sacrificar os outros para salvar Jair Bolsonaro sempre foi a escolha da família. Se “a anistia light passar”, os EUA “não irão mais ajudar”, disse Eduardo ao pai. “Neste cenário vc: não teria mais amparo dos EUA, o que conseguimos a duras penas aqui, bem como estaria igualmente condenado [no] final de agosto. Eu acho que não vale a pena”, escreveu o deputado. E mais: “A narrativa de Tarcísio te sucedendo, que já há acordo para isto, está muito forte [...] Se o sistema enxergar no Tarcísio uma possibilidade de solução, eles não vão fazer o que estão pressionados a fazer.” Essa pressão foi insuflada por Malafaia em vídeo publicado nas redes sociais. 

Em privado, o líder religioso (!?) cobrava do ex-presidente golpista um “discurso maior” e o orientava a direcionar a narrativa para os interesses do grupo. Bolsonaro, em áudio enviado ao aliado, manifestava receios de escancarar a chantagem, mas dizia atuar naquele sentido, de que “se não começar votando a ANISTIA, não tem negociação sobre tarifa”. “Resolveu a anistia? Resolveu tudo. Não resolveu? Já era.”

No poema de Drummond, todos têm paixões não correspondidas, exceto Lili, que não ama ninguém, mas acaba casando com alguém de fora, de nome comercial: J. Pinto Fernandes. Na poesia bolsonarista exposta pela PF existem 50 tons de xingamentos, ameaças e chantagens, todos eles usados para lidar com a velha e incontornável paixão dos Bolsonaro pela impunidade, agora não mais correspondida.

Com “O ANTAGONISTA”


Em 1500, Cabral levou 40 dias para vir de Portugal a Pindorama; no final dos anos 1990, o Concorde cruzava o Atlântico em cerca de 3 horas. Em 1915, Einstein forneceu as equações matemáticas que mais tarde descreveriam os buracos negros, mas morreu sem ter certeza da existência desses corpos celestes — cuja imagem direta só foi capturada em 2019, quando o Event Horizon Telescope fotografou o M87.

 

Como também, ainda que a dilatação temporal prevista na Relatividade Geral seja incontestável, avançar décadas (ou séculos) no futuro, como nos filmes de ficção científica, esbarra em limitações relativísticas e exige energias muito além da capacidade das tecnologias atuais. Ainda assim, se as prosaicas caravelas evoluíram para transatlânticos, e as geringonças dos bicicleteiros Wilbur e Orville Wright para aeronaves capazes de superar a velocidade do som, a construção de espaçonaves que alcancem velocidades próximas à da luz (cerca de 1,08 bilhão de quilômetros por hora) pode ser apenas uma questão de tempo. 


Só não se pode dizer quanto tempo: a sonda mais rápida lançada até agora alcançou 692 mil quilômetros por hora (0,064% da velocidade da luz) em dezembro do ano passado. A essa velocidade, seria possível cruzar os Estados Unidos de ponta a ponta em apenas 23 segundos, chegar à Lua em meia hora, ao Sol em 9 dias (lembrando que a distância média entre a Terra e o Sol é de 150 milhões de quilômetros, percorrida pela luz em 8 minutos e 13 segundos) e ao buraco negro mais próximo do nosso sistema solar em 2,4 milhões de anos — viagem que, à velocidade da luz, levaria cerca de 1,5 mil anos. Mesmo sendo a nave mais rápida já construída pela humanidade, a PSB ainda é cerca de 1.560 vezes mais lenta do que a luz.

 

Cabe aqui abrir um parêntese para traçar um paralelo entre as viagens no tempo e a existência de seres alienígenas. Como sugeriu Carl Sagan, se não existe vida fora da terra, o Universo é um enorme desperdício de espaço. Não me refiro a bioassinaturas de gases que, na Terra, são produzidos apenas por processos biológicos (como as identificadas recentemente pelo Telescópio Espacial James Webb), nem aos "homenzinhos verdes" descritos pelos ficcionistas dos anos 1950/60, mas a seres inteligentes, capazes de realizar viagens interestelares.

 

Também nesse campo a história oferece terreno fértil para teorias da conspiração. Um exemplo clássico é a crença de que o avanço tecnológico se tornou mais expressivo a partir dos anos 1950 devido à engenharia reversa de naves alienígenas, especialmente alimentada por suposições envolvendo a Área 51. Outra suposta evidência de presença alienígena remonta à construção das pirâmides de Gizé. A maior delas, com 174 metros de altura por 230 metros de largura, é composta por mais de dois milhões de blocos de pedra de até 80 toneladas cada. 

 

Na versão oficial, dezenas de milhares de trabalhadores egípcios teriam usado cinzéis para cortar os enormes blocos de pedra, toras de madeira para rolá-los por centenas de quilômetros pelo deserto, rampas em espiral para empilhá-los, e simples ábacos para calcular o alinhamento dos monumentos com os pontos cardeais e a constelação de Orion. Curiosamente, a maior das três pirâmides (Quéops) foi erguida por volta de 2600 a.C., mas sua latitude (299.792°N) corresponde numericamente à velocidade da luz (299.792.458 m/s) — um número que só seria conhecido 4.500 anos depois. Ademais, se os antigos egípcios tivessem medido a velocidade da luz, eles a teriam registrado como 571.033.253 côvados por segundo, uma vez que o sistema métrico só foi criado em 1791 d.C.

 

Como explicar que os Contos das Mil e Uma Noites descrevessem tapetes voadores e cavernas que se abrem ao comando "Abre-te Sésamo" milhares de anos antes da invenção de aviões e portas automáticas?  De duas, uma: ou a imaginação dos "escritores das arábias" era muito mais prodigiosa que a dos ficcionistas de hoje, ou suas "fantasias" retratavam coisas que, de algum modo, eles já conheciam.


Teorias da conspiração bem construídas são cativantes, sobretudo quando as explicações que propõem parecem mais aceitáveis do que as oficiais. Até recentemente, o Pentágono negava toda e qualquer evidência de OVNIs (ou UAPs, como passaram a ser chamados), mas isso mudou nos últimos anos diante da miríade de avistamentos inexplicáveis relatados por pilotos da Força Aérea e da Marinha dos EUA, controladores civis e aeronautas dos mais diversos países. 

 

Muitos desses avistamentos envolvem objetos com capacidades que superam a tecnologia conhecida — acelerações e manobras extremas, ausência de fontes de propulsão visíveis, etc. — e são corroborados por dados de radar, infravermelho e sistemas eletro-ópticos. O governo americano continua enfatizando que "natureza não identificada" não significa necessariamente "origem alienígena" — essa hipótese só é admitida, e com relutância, quando não existe nenhuma outra explicação se sustenta.

 

Continua... 

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL — ENTRE MITOS E REALIDADES

HÁ MAIS RIQUEZA NOS LIVROS DO QUE NA ARCA QUE LONG JOHN SILVER ENTERROU NA ILHA DO TESOURO. 

 

Troncos caídos, pedras redondas e que tais eram abundantes na natureza, mas transformar a simples observação de que “coisas redondas rolam” em algo funcional — com eixo, encaixe e aplicação sistemática — foi um salto conceitual gigantesco.


A roda surgiu como tecnologia quando alguém teve a ideia de fazer um furo no centro de um objeto circular, enfiar uma vareta e colocar para rodar. Os barcos a remo só ganharam velas quando alguém pensou em usar grandes rios — como o Nilo — para escoar o excedente da produção agrícola. Já as caravelas, naus e demais embarcações à vela surgiram na “Era das Grandes Navegações” e continuaram em uso até o início dos anos 1800, quando apareceram os primeiros barcos a vapor. O motor a diesel, desenvolvido pelo engenheiro mecânico Rudolf Diesel, só começou a se popularizar no início do século XX. 


Do ponto de vista da tecnologia, o mundo evoluiu mais nos últimos 200 anos do que nos 500 séculos que separam a invenção da roda da Revolução IndustrialA IA despontou nos anos 1950, e as décadas seguintes trouxeram avanços em áreas como processamento de linguagem natural, games e redes neurais artificiais. O advento da Internet impulsionou a computação em nuvem e o deep learning, que hoje estão presentes em setores tão diversos quanto saúde, finanças, transporte e manufatura, mas ainda enfrentam desafios como interpretabilidade, viés algorítmico e questões éticas.

 

Novidades sempre geraram incertezas, e incertezas, insegurança. No tempo das cavernas, tempestades, terremotos, eclipses e outros fenômenos incompreensíveis à luz do conhecimento de então deram origem ao misticismo, que evoluiu para as religiões. Na Idade Média, a Igreja receava que a invenção da Prensa de Gutemberg ameaçaria seu controle sobre o "rebanho". No século XVIII, os Luditas destruíram fábricas e queimaram teares mecanizados, mas, no fim das contas, o aumento da produtividade gerou novos empregos e melhorou a qualidade de vida. 


Pessoas esclarecidas não só se adaptam às novas tecnologias como percebem os benefícios que elas proporcionam, ao passo que as ignorantes… A ignorância a mãe de todos os males, e a estupidez humana, infinita como o Universo. Prova disso é que, em pleno século XXI, ainda há quem acredite que os chatbots dominarão o mundo e escravizarão a humanidade.

 

Filmes como 2001: Uma Odisseia no EspaçoExterminador do Futuro e Superinteligência não são profecias, mas obras de ficção científica. Hollywood não é o Oráculo de Delfos, assim como textos bíblicos não são relatos jornalísticos baseados em evidências empíricas. É preciso desmistificar mitos, destacar os benefícios potenciais da IA e garantir que ela seja usada de forma responsável. Entusiasmo exagerado e temores infundados devem ser evitados — embora a linha entre ficção científica e planejamento responsável seja, às vezes, mais tênue do que aparenta.

 

Seguindo as pegadas da OpenAI, criadora do ChatGPT, gigantes como Microsoft e Google desenvolveram suas próprias inteligências artificiais. A Meta lançou a sua no final de 2023 e a incorporou ao WhatsApp, Facebook e Instagram. Embora a ferramenta ofereça desde sugestões para o jantar até respostas para questões científicas complexas — além de criar conteúdo visual —, a novidade dividiu os usuários.

 

A empresa admite coletar dados para aprimorar sua IA, mas garante estar em conformidade com a LGPD. Afirma também que o WhatsApp e o Messenger contam com criptografia de ponta a ponta em todas as formas de comunicação, e que o treinamento do modelo se restringe às informações coletadas durante interações com o chatbot.

 

Observação: A mim me causa espécie ver pessoas escancararem a própria intimidade nas redes sociais e, ao mesmo tempo, se dizerem incomodadas por não haver como desativar a MetaAI no WhatsApp — até porque basta manter pressionada a conversa por alguns segundos e tocar no ícone de lixeira (ou tocar na seta para baixo para arquivar).

 

Mas deixemos de lado essas questões “filosóficas” e passemos ao mote desta postagem: a criação de imagens com a ajuda da MetaAI. Tecnicamente, isso é possível graças ao recurso “Imaginar”, que permite gerar ilustrações, artes ou até fotos realistas em poucos segundos, a partir de descrições enviadas por texto. Os resultados podem ser enviados nos chats do WhatsApp e/ou salvos na galeria do celular para uso posterior.

 

Para usar, abra o mensageiro, acesse um chat, toque no ícone de adição (“+”) na parte inferior esquerda da tela e selecione “Imagens de IA”. Para aproveitar imagens pré-disponibilizadas pelo mensageiro, escolha uma categoria, selecione a foto desejada e toque no botão verde (Enviar) no canto direito para enviá-la ao contato.

 

Para criar suas próprias imagens com o recurso “Imaginar”, volte à seção “Imagens de IA”, toque em “Descreva uma imagem”, digite as características desejadas, pressione Enter, escolha o resultado que melhor corresponda ao que você imaginou e toque no botão verde para enviar. Se quiser fazer o download, abra a imagem, toque no ícone de compartilhamento (quadrado com seta para cima) e selecione “Salvar”.

 

Em tempoUma atualização recente do WhatsApp trouxe um recurso destinado a proteger a privacidade dos usuários em chats individuais ou em grupo. Para ativá-lo, abra o chat desejado, toque no nome do contato ou grupo (na parte superior da tela) e acesse a opção Privacidade avançada de conversas. A partir de então, os participantes não poderão exportar conversas, baixar arquivos automaticamente para seus dispositivos nem usar a IA nas mensagens. Segundo a Meta, novas atualizações estão sendo desenvolvidas para aprimorar ainda mais os níveis de proteção.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

MAIS DICAS PARA USUÁRIOS DE SMARTPHONES

IMPERFEIÇÃO É BELEZA E LOUCURA É GENIO. ANTES SER RIDÍCULO DO QUE ABORRECIDO. 

Android e iOS estão presentes, respectivamente, em 70% e 28% dos dispositivos móveis ativos no mundo. No Brasil, Samsung, Motorola, Xiaomi e Realme dominam o mercado de smartphones Android, com 36%, 19%, 16% e 6% de participação, respectivamente. Mas "melhor" e "pior" são conceitos relativos — o "melhor celular" é aquele que cabe no bolso — tanto no sentido literal quanto no financeiro — e entrega o que promete. 

Diferentemente dos iPhones, onde tudo é padronizado, os aparelhos Motorola e Samsung permitem personalizar quase tudo — de quais gestos usar a quão sensíveis eles serão, passando por ocultar a barra de navegação e até adicionar novos comandos. Algumas funções específicas da Samsung tornam seus smartphones mais atraentes para determinados usuários, e uma de suas principais vantagens em relação ao iPhone é a flexibilidade para personalização da interface. 

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Trump quer que Xandão libere Bolsonaro sem julgamento. Xandão disse ao Washington Post que vai julgar e condenar quem tiver que condenar e absolver, vai absolver. Bolsonaro odeia a realidade, mas já se deu conta de que ela é o único lugar onde ele pode obter um plano capaz de livrá-lo da cadeia depois da condenação. Antes de deixar a caserna pela porta lateral, sua "saúde de ferro" lhe rendeu o apelido de "cavalão"; até anteontem, ele se vangloriava de ser "imbrochável", "incomível" e "imorrível"; da noite para o dia, tornou-se um ex-saudável. No último sábado, uma bateria de exames — urina, sangue, endoscopia, tomografia, ecocardiograma, ultrassonografia e colonoscopia — apontou duas infecções pulmonares, esofagite e gastrite persistentes. Doenças que exigem tratamento contínuo, a exemplo das já diagnosticadas hipertensão, aterosclerose nas carótidas e coronárias, dislipidemia e refluxo.

Contando as duas infecções pulmonares como uma única moléstia e abstraindo o risco da broncoaspiração que pode vir com o refluxo, Bolsonaro acumula sete doenças. Com apenas três — Mal de Parkinson, apneia do sono e transtorno afetivo bipolar — a defesa de Collor alegou que o condenado necessitava de cuidados contínuos e acompanhamento médico especializado, indisponíveis na cadeia, e arrancou de Xandão uma "prisão domiciliar humanitária". 

De duas, uma: ou o Supremo tranca Bolsonaro numa unidade do Exército dotada de departamento médico ou serve ao capitão o mesmo refresco que Collor bebe desde maio em sua rica cobertura, na orla de Maceió.

 

Bateria e carregamento nunca foram pontos fortes da Apple. Enquanto o iPhone 16 Pro Max leva quase duas horas para carregar com potência máxima de 45W, o Motorola Edge 50 Ultra e o Edge 50 Pro chegam a 125W e recarregam totalmente suas baterias (4.685 mAh e 4.500 mAh, respectivamente) em cerca de 25 minutos. Claro que a autonomia depende tanto da configuração de cada aparelho quanto do perfil do usuário. Os celulares de antigamente passavam dias longe da tomada porque eram simples telefones móveis de longo alcance, ao passo que os atuais são verdadeiros microcomputadores ultraportáteis.

 

Além de oferecer um aplicativo exclusivo para isso (Good Lock), a Samsung permite instalar launchers de terceiros que modificam ícones, fontes, temas e muito mais, dando ao dispositivo a aparência que o usuário quiser. Na câmera, a IA da Motorola atua na captura e no pós-processamento, com estabilização inteligente, foco automático rastreável, longa exposição para efeitos criativos, enquanto o Action Shot evita borrões em movimento. Sm falar no zoom híbrido de até 100x e na gravação em 4K com estabilização óptica. 


Já os aparelhos Samsung contam com sensores de até 200 MP e tecnologias avançadas de zoom — como o Space Zoom, que chega a 100x nos modelos mais sofisticados — além de recursos baseados em IA que aprimoram consideravelmente as imagens, sobretudo em fotografias noturnas. Mesmo assim, os entusiastas da Apple acreditam que a câmera dos iPhones oferece resultados superiores.

 

Modelos premium da Motorola vêm com até 12 GB  de RAM — expansíveis a 24 GB com o RAM Boost, que utiliza parte do armazenamento como memória virtual. Já os iPhones de ponta têm até 8 GB de RAM, mas o Objective-C/Swift economiza até 40% de memória, de modo que o desempenho de um aparelho da Apple com 6 GB de RAM equivale ao de um Motorola com 8 GB. No armazenamento, ambas as marcas oferecem até 1 TB, mas só a Motorola permite dobrar esse espaço com um cartão microSD (e apenas em alguns modelos).


O desempenho das baterias dos aparelhos Samsung é superior ao dos iPhones, a recarga é mais rápida e eficiente, e o carregamento reverso, presente nas famílias Edge e Moto G, permite usar o celular como "power bank" par recarregar outros dispositivos da marca, incluindo smartphones. Nos iPhone 12 e posteriores, o MagSafe até funciona como carregador portátil, mas somente para uns poucos acessórios compatíveis. 


Outro ponto que diferencia os dispositivos Samsung do iPhone é a organização das notificações: embora a Apple tenha feito avanços para melhorar a exibição dos alertas, o iOS não dispõe de um recurso nativo para visualizar o histórico completo de notificações — como existe nos aparelhos da empresa coreana. Nesse caso, descartar uma notificação por engano significa perdê-la para sempre.


Embora o Face ID ofereça mais segurança aos usuários para desbloquear o iPhone, os leitores de impressão digital da Samsung possibilitam um desbloqueio mais rápido. Alguns modelos contam com reconhecimento facial, mas menos seguro que o do iOS. 

 

Resumo da ópera: A relevância desses e outros recursos depende diretamente do perfil de cada usuário, mas é importante levá-los em conta quando você for escolher seu próximo celular.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

SMARTPHONE COMPACTO COM BATERIA DE RESPONSA

O FALSO AMIGO E A SOMBRA SÓ NOS ACOMPANHAM ENQUANTO O SOL BRILHA.

A telefonia móvel começou a ser testada experimentalmente no início do século passado. Os primeiros aparelhos para automóveis surgiram nos anos 1940 — o Mobile Telephony A, lançado pela sueca Ericsson na década seguinte, pesava 40 kg e era tão grande que precisava ser acomodado no porta-malas. 

O primeiro celular comercializado no Brasil foi o Motorola PT-550 — um "tijolão" de 800g. Até a privatização das Teles, em 1998, habilitar uma linha móvel era caro e trabalhoso; a insuficiência de células (antenas) restringia o sinal às capitais e grandes centros urbanos; a profusão de "áreas de sombra" dificultava ainda mais o uso dos aparelhos; o preço das ligações era proibitivo e pagava-se tanto pelas chamadas efetuadas quanto pelas recebidas.

Até o lançamento do iPhone, em 2007, "miniaturização" era a palavra de ordem; à medida que os pequenos notáveis foram se transformando em microcomputadores ultraportáteis, as telas sensíveis ao toque e os teclados virtuais reverteram o processo de encolhimento. 

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Durante a cúpula realizada nesta segunda-feira em Washington, Trump disse a Macron, referindo-se a Putin: "Ele vai fazer um acordo por mim, mesmo que pareça loucura". Apenas Trump acredita que tudo terminará em breve. Tanto a Rússia quanto a Ucrânia, assim como os principais países europeus, estão se preparando para um longo e tortuoso processo que — talvez — leve a um acordo de cessação das hostilidades. Prova disso é que, no exato momento da reunião, a Rússia lançou contra a Ucrânia o ataque aéreo mais pesado desde julho.

Entrementes, o ministro Flávio Dino levou os bancos brasileiros de volta à estaca zero sobre o que pode ou não ser feito no relacionamento comercial com Moraes — que foi sancionado pelo maluco da Casa Branca com base Lei Global Magnitsky —, ao decidir que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros não homologadas pelo STF não têm eficácia no Brasil.

Em outras palavras, com uma única receita Chef Dino serviu dois pratos: carbonizou a pretensão da Justiça do Reino Unido de interferir nas indenizações decorrentes do desastre ambiental de Mariana e, na mesma frigideira, às vésperas do julgamento de Bolsonaro, fritou o plano de Trump de asfixiar as finanças de Xandão sem tocá-lo. 

Ao desobrigar instituições financeiras que operam no Brasil de impor as sanções de Trump contra Moraes, Dino blindou a si mesmo e aos demais togados contra os esforços de Eduardo Bolsonaro, bem como deixou subentendido que o STF não cogita pagar com a impunidade de Bolsonaro o resgate exigido por Trump.

Assim que o despacho do ministro veio a público, o Departamento de Estado americano postou nas redes que "nenhuma Corte estrangeira pode invalidar sanções dos Estados Unidos ou livrar empresas e indivíduos de consequências de eventuais violações às restrições de Washington", e que "Moraes é tóxico para todos os negócios legítimos e indivíduos que buscam acesso aos EUA e aos seus mercados".

Em casa onde falta o pão, todos gritam e ninguém tem razão.

Para quem se sente desconfortável com dispositivos quase do tamanho de uma tábua de carne, os modelos compactos — também chamados de small phones — são mais leves, fáceis de levar no bolso e podem ser usados com uma só mão. No entanto, as telas minúsculas afetam a experiência em jogos, vídeos e tarefas que exigem muita digitação, e as dimensões reduzidas da carcaça reduzem a capacidade da bateria e, consequentemente, a autonomia do dispositivo.

Como toda regra tem exceção, o Xiaomi 16 surge como o primeiro celular compacto do mundo a ter bateria de tablet, com capacidade de até 7.000 mAh, e utilizar uma tela OLED plana entre 6,3 e 6,39 polegadas. O processador Qualcomm Snapdragon 8 Elite 2 não só esbanja potência, como também oferece maior eficiência energética do que as gerações anteriores. Se os prazos habituais da marca se confirmarem, a nova família deve ser lançada na China em setembro e chegar ao mercado global até o final deste ano.

A conferir.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

AINDA SOBRE SENHAS...

O QUE MAIS PREOCUPA NÃO É A ESTRIDÊNCIA DOS MAUS, MAS O SILÊNCIO DOS BONS.

Informar o nome de usuário e a senha para acessar serviços online é algo todos fazermos no "piloto automático", e os cibercriminosos sabem disso. Para não ser pego no contrapé ao fazer login através de links recebidos por e-mail, SMS, WhatsApp etc., é fundamental verificar cuidadosamente o endereço exibido na barra do navegador. 

Usar serviços auxiliares como "Continuar com o Google", "Continuar com o Facebook" etc. agiliza o processo e dispensa a criação de senhas adicionais, mas exige conferir se o endereço da janela pop-up que está solicitando os dados pertence realmente ao Google, Facebook etc. e se a janela principal faz parte do site legítimo, já que os cibervigaristas criam formulários de login em sites "fake" muito parecidos com os verdadeiros.

Observação: Usar um bom gerenciador de senhas é uma mão na roda, já que eles conferem o endereço real da página e não inserem as credenciais do usuário em sites desconhecidos — mesmo que a aparência seja convincente.

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Para resolver um problema, primeiro é preciso reconhecer que ele existe. Para sair de um buraco, primeiro é preciso parar de cavar. Insistir no mesmo erro esperando produzir um acerto é a melhor definição de "idiotice" que conheço, mas os brasileiros repetem a cada eleição, por ignorância, o que Pandora fez com sua caixa uma única vezNão é de espantar, portanto que o Brasil seja governado como usina de processamento de esgoto, onde a merda entra pela porta das urnas e sai reciclada — mas ainda como merda — na posse do novo governante. 

Em 2018, para evitar que o país fosse governado por um bonifrate do então presidiário mais famoso da nossa história, elegeu-se um político mandrião, que aprovou dois míseros projetos em 27 anos no baixo-clero da Câmara Federal. Em 2022, para impedir que o traste permanecesse no poder, o já então ex-presidiário foi reconduzido Planalto, levando na bagagem seus cupinchas do mensalão e petrolão. 

Faltando 14 meses para as eleições, o macróbio petista segue em plena campanha, embora sua atual gestão venha se revelando a pior de todas as três. Em contrapartida, mesmo estando inelegível até 2030, o refugo da escória da humanidade posa de candidato; mesmo em prisão domiciliar, acalenta o sonho da anistia; mesmo às portas de uma condenação por tentativa de golpe e outros quatro crimes, acredita que a pressão da calopsita alaranjada que pousou na Casa Branca o salvará da guilhotina, seja influenciando a banda podre do Congresso, seja intimidando ministros do STF. 

Como se não bastasse, mesmo homiziado na cueca de Trump e conspirando contra o Brasil, o lesa-pátria filho da... filho do pai continua recebendo salário de deputado. Para piorar ainda mais, ainda que Lula desista de concorrer ao quarto mandato e Bolsonaro esteja cumprindo pena, é mais que provável que o esclarecidíssimo eleitorado tupiniquim votará nos prepostos de seus bandidos de estimação.   

Como um pais como esse pode dar certo?


Mesmo as senhas mais complexas podem ser quebradas por ataques de força bruta — que testam todas as combinações possíveis. A dupla autenticação dificulta o acesso não autorizado, mas receber o código por email ou mensagens de texto (SMS) é menos seguro do que usar um aplicativo específico, como o Google Authenticator


A FIDO Alliance promete reduzir os ataques de phishing com um sistema descomplicado, que exige apenas acessar o site desejado, inserir o identificador e confirmar o pedido no smartphone. No entanto, em caso de roubo ou perda do aparelho, transferir o sistema de um dispositivo para outro requer acesso simultâneo a ambos. 

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 42ª PARTE — UMA QUESTÃO DE TEMPO

SE O PROBLEMA TEM SOLUÇÃO, NÃO HÁ COM QUE SE PREOCUPAR. SE O PROBLEMA NÃO TEM SOLUÇÃO, A PREOCUPAÇÃO SERÁ EM VÃO. 

Antes do avanço científico, a mitologia já tentava desvendar os mistérios do mundo e da existência. No hinduísmo, a figura de Shiva — divindade da destruição e transformação na tríade sagrada com Brahma (o criador) e Vishnu (o preservador) — carrega símbolos que expressam tanto a natureza do Universo quanto a jornada humana. 

O crânio usado como adorno lembra que o Universo é cíclico; a lua crescente alude à passagem do tempo; a chama simboliza que a destruição é necessária para a renovação; o Damaru (pequeno tambor) emite o som sagrado que marca o início do Universo; o terceiro olho lança chamas que dissipam a ignorância; o Trischula (tridente) representa as três forças cósmicas — criação, preservação e destruição; e a serpente, que simboliza o Kundalini (energia latente), o controle sobre o ego e a morte. 

Observação: Shiva é uma figura ascética e meditativa, mas também uma força transformadora que limpa o caminho para o novo. O provérbio indiano "Morrer é como antes de nascer" reforça essa ideia. No entanto, sua imagem reflete um dos maiores mistérios que a ciência tenta decifrar: a verdadeira natureza do tempo.

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Na última quarta-feira, depois que as defesas de Bolsonaro e demais réus do "núcleo crucial do golpe" declararam que seus clientes são inocentes e, portanto, devem ser canonizados, digo, absolvidos, Alexandre de Moraes pediu ao presidente de turno da 1ª Turma do STF para pautar o julgamento da AP 2668, e Zanin marcou sessões extraordinárias entre os dias 2 e 12 de setembro.

Como Luiz Fux já divergiu de seus pares em outras ocasiões, os réus e seus patronos acalentam a esperança de que um pedido de "vista protelatória" postergue o julgamento para fevereiro do ano que vem.

Nas alegações finais, a defesa do general Paulo Sérgio Nogueira divergiu das demais, trocando o caminho cômodo do ataque ao delator pela tentativa (tardia) de igualar o ex-ministro da Defesa ao general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que frequenta o processo na confortável posição de testemunha que resistiu ao golpismo de Bolsonaro.

Quem lê a peça tem a impressão de que Nogueira age como um náufrago que se agarra a pedaços de depoimentos de Cid como quem confunde jacaré com tronco. Ao tentar se salvar do naufrágio, o general confirma a existência do próprio desastre que os outros réus tentam negar. Isso dificilmente o livrará da condenação, mas certamente fornece munição contra Bolsonaro e seus comparsas.

Enquanto a mitologia aborda a natureza do tempo com uma linguagem poética (a palavra "cronológico" vem de Chronos, o deus grego que devorava os próprios filhos), a ciência lida com ela em termos rigorosos, e a arte a trata com emoção — como na música Dust in the Wind, cuja letra resume a transitoriedade de tudo. Mas a pergunta é: será que a "seta do tempo" aponta sempre para o futuro? A resposta é: ainda não existe uma resposta definitiva. 

De acordo com a Teoria da Relatividade, espaço e tempo formam uma estrutura unificada chamada espaço-tempo, e a velocidade com que o tempo passa depende da velocidade do observador — e tende a ser zero quando na velocidade da luzEmbora possamos nos mover livremente nas três dimensões espaciais, na temporal podemos somente seguir em frente — pelo menos em tese, já que a ciência ainda questiona se o tempo é contínuo ou quântico, se realmente existe ou não passa de uma criação humana destinada a explicar fenômenos naturais, como o amanhecer, o entardecer e as estações do ano. 

Segundo o princípio da causalidade (não confundir com casualidade), o que aconteceu ontem impõe restrições ao que acontece hoje, e o que acontece hoje influencia diretamente o que acontecerá amanhã. Como isso dá ao Universo uma direção única, a possibilidade de voltar no tempo põe a ciência em xeque. Einstein definiu o Universo como um bloco quadridimensional estático, que contém todo o espaço e o tempo simultaneamente, sem um "agora" especial. Alguns físicos acreditam que é possível negar a existência do tempo sem afrontar a causalidade, já que o tempo é apenas uma ilusão emergente — ou seja, uma percepção derivada de mudanças na posição e nos estados das partículas. 


Em algumas interpretações da física, como a da gravidade quântica, o tempo se resume a uma dimensão secundária, que surge da interação entre eventos e partículas sem existir como entidade independente. Assim, se causa e efeito estão relacionados pela ordem dos eventos, e não pela passagem do tempo em si, então o tempo é ilusório, e a causalidade pode se manter através dessas relações ordenadas. A Relatividade Geral descreve o espaço-tempo como uma entidade única e maleável, curvada pela presença de massa e energia, e a maioria dos cientistas aceita essa premissa. 


No entanto, a aparente incompatibilidade entre a relatividade e a mecânica quântica dá margem a dúvidas quanto a Einstein estar certo em absolutamente tudo que postulou em suas famosas teorias — mesmo porque a gravidade é a única das quatro forças elementares que não se aplica ao mundo das partículas. A mecânica quântica lida com forças e partículas em escalas microscópicas, onde as outras três interações fundamentais (eletromagnetismo, força forte e força fraca) são descritas por teorias quânticas bem estabelecidas. Mas a gravidade resiste a essa quantização. A incompatibilidade com a Relatividade Geral se evidencia em singularidades como as que habitam o interior dos buracos negros, onde a gravidade se torna extremamente intensa em uma escala minúscula. 


Enquanto a teoria quântica sugere que o espaço-tempo tem uma estrutura granular em níveis extremamente pequenos, a Relatividade o trata como um continuum suave. Essa divergência estimulou a busca por uma teoria unificadora, como a gravidade quântica e a teoria das cordas, que propõem novas formas de entender o espaço-tempo e a gravidade em escalas quânticas. Algumas abordagens sugerem que o espaço-tempo pode não ser fundamental, mas emergente de interações mais profundas.


A pergunta que se coloca é: se todo o Universo pode ser explicado através das partículas fundamentais, por que a gravidade foge à regra? Supondo que exista alguma partícula fundamental da gravidade, como sustentar a tese de que gravidade, espaço e tempo estejam intrinsecamente relacionados?

Sustentar que o tempo não é necessário para explicar a gravidade (e consequentemente o espaço) leva à conclusão de que ele foi inventado para explicar eventos simples, como o alvorecer, o anoitecer e outros vinculados ao relógio e ao calendário. Mas será que somos uma simples aleatoriedade no Universo, que flui no cosmos como as ondas de um mar, indiferente à passagem das horas no relógio?  E mesmo que o tempo não exista, que os dias, horas, minutos e segundos sejam mera convenção, o princípio da causalidade leva a crer que a existência de tudo, inclusive de nós, estava pré-determinada desde o Big Bang


Como bem observou Stephen Hawking, se a evolução do Universo desde o plasma de quark-glúon até a formação de vida foi definida por uma cadeia de causas e consequências, o cosmos dar origem à matéria, às estrelas, aos planetas e a formas de vida como nós eram favas contadas.


Continua...

domingo, 17 de agosto de 2025

TAGLIOLINI AO LIMÃO

NÃO DEIXE PARA AMANHÃ A MACARRONADA QUE VOCÊ PODE COMER HOJE.

Churrasco é tudo de bom, mas macarronada e almoço de domingo ornam tão bem como pizza e jantar de sexta-feira. 

Pizzas podem ter as mais diversas coberturas, mas o que define a macarronada é o formato da massa e o molho. 

A receita de hoje requer poucos ingredientes. Para servir duas pessoas, você vai precisar de:

— 150 g de massa; 

— 2 limões-sicilianos grandes;

— 75 g de manteiga; 

— Folhas frescas de manjericão e de limoeiro; 

— Sal e pimenta a gosto. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

No final de 2022, o Brasil flertou com o abismo da ruptura institucional. A maioria do eleitorado se negou a fornecer um novo mandato ao grotesco, e paisanos e fardados que se supunham inatingíveis roçam as grades, mas o golpismo bolsonarista e a cleptocracia nutrida com as verbas federais das emendas ora se unem ostensivamente para recolocar a história na contramão.

A psicanálise ensina que é difícil curar as neuroses de quem deseja o mal que o aflige — como demonstram as eleições presidenciais de 1998 para cá. E como se não bastasse termos de votar num lunático despirocado para impedir a vitória de um bonifrate de presidiário — e depois votar no ex-presidiário para evitar mais quatro anos (ou sabe-se lá quantos) sob a égide do lunático despirocado —,  vemos Eduardo Bolsonaro, cavalgando o mandato de deputado federal como um patriota do avesso, cobrar da Casa Branca novas sanções para livrar seu papai da cadeia, e o "mito", com a pose de vítima envernizada pela chantagem tarifária, reiterar que não houve tentativa de golpe — embora venha movendo mundos e fundos em prol de uma improvável anistia. 

A minoria que não sucumbiu à polarização sabe que Lula não é a alma viva mais honesta do Brasil e que sua autoproclamada absolvição não passa de cantilena para dormitar bovinos. Alguns fazem uma boa ideia do que o país poderia ter se tornado se o golpe tivesse prosperado — uma nação desatinada para a qual nem as piores violências do passado pós-64 haviam preparado a sociedade e da qual nada a redimiria. 

À medida que se aproximam as sentenças, tenta-se criar um Brasil alternativo tão inimaginável quanto o da fantasia do golpe jamais tentado, onde se aceita a tese esdrúxula de que tudo não passou de um debate inocente sobre alternativas constitucionais para evitar a volta do bicho-papão do "comunismo". Até governadores com pretensões presidenciais decidiram atuar como coadjuvantes nessa ficção que, por inverossímil, nenhum autor de novela assinaria. 

Vitaminados pelo oportunismo da banda larápia do Congresso, os golpistas rejeitam a ideia de aceitar a soberania popular e a honestidade como valores civilizatórios, e assim testam a resistência do próprio regime democrático. Nenhuma outra democracia do mundo oferece tantas opções ideológicas como as que existem por aqui. Há espaço para quase tudo, exceto para golpistas camuflados de patriotas.

O preparo é simples:

  1. Enquanto ferve água salata come il mare para cozinhar o macarrão al dente (mais detalhes nesta postagem), lave os limões, raspe a parte amarela da casca (evite a parte branca, para não amargar), esprema e coe o sumo.

  2. Lave as folhas de limão em água fria, seque com papel-toalha, leve-as ao micro-ondas por 30 segundos na potência máxima e triture com os dedos (ou use as costas de uma colher para passá-las por uma peneira até obter um pó aromático).

  3. Derreta 2/3 da manteiga em fogo baixo, adicione as raspas de limão e uma pequena concha da água do cozimento da massa; deixe cozinhar por cerca de 1 minuto e retire as raspas com uma escumadeira.

  4. Escorra a massa, transfira para a panela do molho, junte o sumo e as raspas dos limões, os 25 g de manteiga restantes, acrescente uma concha da água do cozimento e mexa delicadamente, até formar um molho cremoso que envolva completamente a massa. Sirva em seguida, em pratos individuais.

  5. Finalize com o pó de folha de limão, as folhas de manjericão picadas e um fiozinho de azeite extravirgem. Para um toque ainda mais elegante, polvilhe pimenta-do-reino moída na hora e decore com raspas extras de limão-siciliano

Dica: O macarrão indicado para esse molho é o tagliolini — massa de ovos longa e fina, típica do norte da Itália. Mas você pode substituí-lo por fettuccine ou talharim, que são mais fáceis de encontrar nos supermercados. Se quiser fazer a massa em casa, confira as sugestões deste post.

sábado, 16 de agosto de 2025

SOBRE O MODO ECONOMIA DE BATERIA

É PRUDENTE NÃO CONHECER SEGREDOS E HONESTO NÃO OS REVELAR.

As baterias evoluíram significativamente nas últimas décadas, mas não acompanharam o aumento do consumo energético dos celulares, que cresceu exponencialmente depois que eles se tornaram microcomputadores de bolso. 

Atualmente, nem mesmo baterias com capacidade de 6.000 mAh livram os heavy users de um pit stop entre as recargas completas. Mas o carregamento rápido acelera o processo — a chinesa Realme, por exemplo, anunciou que desenvolveu uma tecnologia capaz de recarregar uma bateria de 4.000 mAh em menos de 5 minutos. Mas tenha em mente que, para se beneficiar do carregamento rápido, o aparelho precisa integrar circuitos compatíveis — do contrário, mesmo que o carregador seja de 5 V/3 A, p. ex., o celular carregará apenas na faixa para a qual ele foi projetado. Infelizmente, poucos modelos compatíveis com o recurso vêm com carregadores rápidos, e eles custam caro quando são comprados separadamente. 

Podemos economizar energia reduzindo o brilho da tela, desativando funções que não estão em uso (como Wi-Fi, Bluetooth e localização), encerrando aplicativos que rodam em segundo plano sem necessidade, e assim por diante. Mas é mais prático recorrer ao modo economia de bateria (o nome pode variar conforme a marca e o modelo do celular), que podemos ativar a qualquer momento ou configurar para entrar em ação automaticamente quando o nível de carga atingir 30%, por exemplo.

 

Além de reduzir o brilho da tela e inibir alguns visuais "supérfluos", o modo economia de bateria também reduz a velocidade do processador, restringe atualizações automáticas, desativa notificações, suspende as sincronizações de aplicativos e impede a localização em tempo real. No entanto, se mantê-lo ativado o tempo todo proporciona maior autonomia — o que é especialmente útil quando não se tem acesso fácil a tomadas ou carregadores portáteis —, também afeta o desempenho do aparelho, que pode apresentar lentidão ao abrir aplicativos ou realizar tarefas mais exigentes.

 

Não existem evidências de que o modo economia de bateria seja prejudicial ao hardware, mas usá-lo constantemente limita a experiência quando se depende de notificações em tempo e se utiliza aplicativos "pesados", por exemplo. Portanto, ative-o somente quando necessário — durante viagens longas ou quando a carga estiver baixa e não houver um carregador disponível ou uma tomada onde plugar o dito-cujo. Nas demais situações, fazer os ajustes individualmente costuma ser a melhor opção.