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sexta-feira, 24 de julho de 2020

ATUALIZAÇÕES DO WINDOWS 10, UMA PITADA DE HISTÓRIA E OUTRA DE CULTURA INÚTIL — 3ª PARTE

A MILITÂNCIA BOLSONARISTA É COMO A TORCIDA CUJO TIME GANHA COM UM PÊNALTI INEXISTENTE, MAS CONTINUA DEFENDENDO SUAS CORES.

No alvorecer da computação pessoal as máquinas não tinham disco rígido nem sistema operacional. Tampouco havia interface gráfica ou mouse. Operar os PCs de então exigia conhecimentos de programação, expertise e boa memória para decorar centenas de comandos de prompt e digitá-los corretamente, pois qualquer letra, cifra, espaço ou caractere a mais ou faltando resultava em mensagens de erro.

A GUI — sigla de Graphical User Interface, ou interface gráfica do usuário —, desenvolvida pela Xerox nos longínquos anos 1970 e popularizada pela Apple na década seguinte, pôs ordem no caos ao permitir a interação com a máquina através de um dispositivo apontador (mouse), combinado com elementos gráficos e outros indicadores visuais (janelas, menus, ícones, caixas de seleção etc.). 

Windows, que nasceu em 1985 como uma interface gráfica que rodava no MS-DOS, só se popularizou a partir da edição 3.0, lançada em 1990, que podia ser usada por qualquer pessoa, mesmo que não tivesse conhecimentos de programação.

ObservaçãoA interface gráfica se baseia numa combinação de tecnologias e dispositivos para fornecer a plataforma a partir da qual o usuário interage com o sistema. Nos PCs, a combinação mais conhecida é o WIMP, baseada em janelas, ícones, menus e ponteiros, onde o mouse é utilizado para movimentar o cursor pela tela e efetuar os comandos através de seleções e “cliques”.

Como nos ensinou o oncologista Nelson Teich na coletiva que concedeu à imprensa por ocasião de sua demissão do ministério da Saúde, “a vida é feita de escolhas”. E a Xerox, pioneira no desenvolvimento de interfaces gráficas, não explorou devidamente a inovação que desenvolveu porque não escolheu não fabricar computadores de pequeno porte. Assim, a companhia cujo nome se tornou sinônimo de cópia reprográfica no Brasil vale, hoje, uma fração do que valia nas décadas de 80/90, embora tenha desenvolvido e fabricado computadores e impressoras a laser, criado a Ethernet, o peer-to-peer, o desktop, o mouse e por aí afora.

Steve Jobs
, pioneiro no uso da interface gráfica em seus microcomputadores, só desenvolveu sua versão depois de "fazer uma visita" à Xerox, no Vale do Silício. E ele não foi o único a “copiar” uma tecnologia da empresa com o intuito de lucrar, mas isso é outra história e fica para uma outra vez. Aliás, quando Microsoft lançou o Windows, a Apple já estava anos-luz à sua frente.

Observação: Jobs não conheceu Teich e, portanto, não aprendeu a lição que o ministro ministrou em seu discurso de adeus. Por apostar na arquitetura fechada e no software proprietário, a Apple, a despeito da excelência de seus produtos (e dos preços estratosféricos, sobretudo no Brasil), sempre vendeu menos computadores do que a concorrência. Seu sistema macOS alcança 17,7% dos computadores pessoais (no âmbito mundial), enquanto a quota-parte que toca ao Windows é de 77,6%. Aliás, o mesmo quadro se delineia com os ultraportáteis: enquanto sistema móvel Android (do Google) alcança 74,14% dos usuários de smartphones, o iOS mal passa dos 25%.

Como vimos anteriormente, até a versão 95 do WindowsMS-DOS era o sistema operacional propriamente dito, e uma de seus maiores inconvenientes era ser monotarefa. Ainda que a interface se valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação do sistema, era impossível, por exemplo, mandar um documento de texto para a impressora e usar a calculadora enquanto a impressão não terminasse. 

Mas não há bem que sempre dure nem mal que nunca termine, e o DOS foi perdendo o protagonismo com o passar do tempo. Depois de seis versões e outras tantas atualizações, o sistema deixou de ser oferecido na modalidade stand alone, embora continuasse atuando nos bastidores do Windows 9.x/ME, até que, com o lançamento do Windows XP, baseado na plataforma e no kernel do Win NT, esse cordão umbilical fosse finalmente cortado.

Embora seja bem mais fácil, rápido e cômodo operar o computador através da interface gráfica, usando o mouse para selecionar e clicar ícones, botões, menus e caixas de diálogo, as versões mais recentes do Windows, a atual inclusive, ainda contam com um interpretador de linha de comando, até porque determinadas tarefas requerem acesso diferenciado aos recursos do computador (como é o caso de diagnósticos de rede, manutenções avançadas do sistema e por aí vai) e não podem ser executadas através da interface gráfica. Aliás, a partir do Windows 8/8.1 a Microsoft passou a oferecer dois interpretadores de linha de comando: o prompt de comando tradicional e o Windows Power Shell.

Para acessar o DOS nas edições 9.x do Windows, bastava pressionar o botão Desligar e selecionar a opção Reiniciar o computador em modo MS-DOS (ou equivalente). A partir da edição XP, o que passou a ser exibido em vez do DOS propriamente dito foi um prompt de comando capaz de emular as funcionalidades do velho sistema. Um dos caminhos para acessá-lo é clicar em Iniciar > Todos os Programas > Acessórios > Prompt de Comando ou simplesmente teclar WIN+R e digitar cmd na caixa de diálogo do menu Executar

Note que nem todos os comandos usados com o jurássico command.com (interpretador padrão do Windows 3.x/9x ME) funcionam com o cmd.exe (seu equivalente no XP/Vista/7) ou com o "novo" PowerShell (substituto do prompt tradicional no Windows 8.1 e 10). E recíproca é verdadeira.

Continua...

quarta-feira, 17 de abril de 2024

É HORA DE APOSENTAR O WINDOWS 10?

A VERDADE É UMA MENTIRA EM QUE AS PESSOAS ACREDITAM.

Não bastassem os entreveros envolvendo Rússia e Ucrânia e Israel e Hamas, as investidas do tiranete venezuelano contra a Guiana e de Pequim contra Taiwan, a tensão entre as Coreias, o bolsonarismo boçal versus o lulopetismo lalau e a guerra de egos entre Musk e Xandão, vem o Irã e ataca Israel com centenas de drones. 
Em meio ao furdunço, Netanyahu defende um contra-ataque, a comunidade internacional tenta evitar uma escalada do conflito e Khamenei — que trata o ataque como uma resposta ao bombardeio à embaixada iraniana na Síria, no último dia 1º — dá o assunto por encerrado, mas ameaça uma ofensiva ainda maior se Israel contra-atacar.
Os EUA avisaram que não apoiarão uma retaliação, e a ONU e o G7 vêm tentando botar água na fervura, mas o excesso de irracionalidade desestimula o otimismo. Uma insânia gera a outra, a loucura seguinte atropela a anterior, os desatinos se multiplicam em outros.
Os dois lados fazem pose de vitoriosos. A teocracia iraniana esclarece que não é um tigre de cera, enquanto Israel força potências que retiravam o pé de sua canoa a darem meia-volta. Tenta-se agora evitar um contra-ataque que Israel diz ser incontornável. Diante de tanta insânia, o Oriente Médio deixa de ser uma região sujeita a escaladas bélicas e passa a ser um pedaço do mapa condenado ao descenso eterno das opções pacíficas. 
Nas últimas 72 horas, sumiram do noticiário até a destruição de Gaza, com suas mais de 30 mil covas palestinas e os mais de 100 reféns que Israel não consegue resgatar.
Não há humanismo que resista à insanidade.

Windows nasceu em 1985  dez anos depois de Bill Gates e Paul Allen fundarem a Microsoft — e levou uma década para ser promovido de interface gráfica a sistema operacional autônomo. Mesmo assim, o MS-DOS continuou atuando nos bastidores até 2001, quando o XP cortou o cordão umbilical. 

O Windows Vista foi lançado me 2007 (com um aparato publicitário digno do nascimento de um rei), mas foi um fiasco monumental de crítica e de público  a exemplo do Millennium antes dele e dos Win8/8.1 depois dele. Em contrapartida, as edições XP e Seven continuam populares até hoje, a despeito de seus ciclos de vida terem terminado em 2014 e 2024, respectivamente. 
 
Win10 foi
 primeira encarnação do sistema na modalidade serviço. Ele foi lançado em julho de 2015 e incumbido de conquistar 1 bilhão de usuários em 3 anos. Para estimular a adesão, a Microsoft liberou o upgrade para todos os usuários que rodavam cópias licenciadas do Seven SP2 e dos 8/8.1 em máquinas com hardware compatível. Mesmo assim, a ambiciosa missão só foi cumprida em janeiro de 2020, cerca de 20 meses antes do lançamento oficial do Win11 (em outubro de 2021).

O suporte ao Win10 termina em outubro do ano que vem. Como os requisitos mínimos para a instalação da versão atual são bastante restritivos, cerca de 250 milhões de usuários terão de decidir se continuam usando um PC que não recebe atualizações de segurança, se contratam um plano de suporte adicional (US$ 61 por ano pelo período de 3 anos) ou se migram para outra plataforma (como o Linux ou o ChromeOS Flex). 
 
Adequar um computador antigo a novas exigências nem sempre é viável tecnicamente e pode não compensar economicamente, sobretudo quando se trata de
 notebooks, que são pouco amigáveis a upgrades de hardware. Você pode simplesmente ignorar os alertas de incompatibilidade e seguir com a instalação do Win11 — quando feito via Windows Update a atualização dispensa formatação —, mas eu recomendo uma instalação limpa, e lembro que em ambos os casos você estará por sua conta e risco.

Migrar para o Linux é uma opção interessante. As distros são gratuitas, rodam em máquinas de configuração modesta, compatíveis com apps populares como Firefox, ChromeSpotify etc. e bem mais fáceis de usar do que antigamente. E se você não não se der bem com o LibreOffice ou o OpenOffice para editar documentos, planilhas e apresentações, poderá recorrer ao Google Docs ou â versão web do Microsoft 365.
 
Caso decida trocar seu computador velho de guerra, por que não fazê-lo em grande estilo? O macOS é compatível com boa parte dos programas do Windows — incluindo o Word, PowerPoint, Excel, Photoshop e afins — e orna perfeitamente com o iPhone, o iPad e o IWatch. Quem muda para a Apple raramente se arrepende, mas convém ter em mente que tanto o hardware quanto o software são proprietários, e os produtos da Maçã não não são propriamente baratos. 

Observação: Usar o StartAllBack para mudar o formato do Menu Iniciar do Win11 de modo que ele assuma vários aspectos e funções das versões 7 e 10 pode bloquear as atualizações via Windows Update. A mensagem exibida sugere buscar uma atualização do app para resolver o problema, mas essa atualização não existe. Para contornar esse problema, desinstale o StartAllBack, rode o Windows Update e, ao final da atualizaçao, reinstale o app com outro nome.

terça-feira, 7 de junho de 2022

DO ÁBACO AO SMARTPHONE (TERCEIRA PARTE)

QUEM FALA MUITO DÁ BOM DIA A CAVALO.

Falta de memória é um problema que se resolve através de um upgrade de memória, que é tido e havido como o mais fácil de implementar e que mais benefícios proporciona  desde que o gargalo seja causado realmente por insuficiência de memória. 


Por outro lado, para além do preço (que anda pela hora da morte), há que observar as limitações impostas pela placa-mãe e pelo próprio sistema operacional. Mesmo que haja slots vagos para acomodar mais módulos, ultrapassar a quantidade suportada pela placa é jogar dinheiro fora.

 

Quanto ao sistema, começo por relembrar que o Windows “nasceu” em 1985 como uma interface gráfica que rodava no MS-DOS, que, por sua vez, era um sistema monousuário e monotarefa de 16 bits. Depois de ser promovido a sistema operacional autônomo (com o Win95) e até 2005, o Windows era oferecido exclusivamente na versão de 32 bits. Quando a AMD anunciou o lançamento do Athlon 64 — primeiro processador de 64 bits compatível com Windows —, a Microsoft criou o WinXP 64-bit Edition. A partir de então e até o Win10, lançado em 2015, o sistema foi servido nos sabores x86 (de 32bits) e x64 (de 64 bits). Aliás, a Apple foi pioneira no uso da arquitetura 64-bit em smartphones, mas isso é outra conversa.


Computadores utilizam o código binário para processar informações, até porque é mais fácil (para eles) trabalhar com dois símbolos do que com dez, já que 0 (zero) e 1 (um) bastam para representar um circuito aberto ou fechado. O bit (de binary digit) corresponde à menor unidade de informação que o processador é capaz de manipular. No âmbito da programação, o “valor” do bit zero corresponde a false (falso), e o do bit um, a true (verdadeiro). 

 

Ao contrário dos processadores x64, chips x86 rodam somente sistemas e aplicativos de 32 bits — a arquitetura recebeu essa denominação porque, antes de lançar o Pentium, a Intel identificava os chips por números terminados em “86” (8086, 80186, 80286, 80386 e 80486). As principais diferenças entre as duas arquiteturas x86 e x64 são o “comprimento da palavra” (sequência de bits de tamanho fixo que o chip é capaz de processar) e o “tamanho dos registradores” (memória temporária usada no processamento das instruções). 

 

Observação: Chips de 16 bits (que não são mais fabricados) operam com 65.539 números diferentes (216). Como todos esses endereços apontam para a RAM, processadores dessa arquitetura só endereçavam 64 megabytes de memória. Chips de 32 bits operam com 4.294.967.295 números diferentes (232), e os de 64 bits, com 18.446.744.073.309.551.616 (264), o que lhes permite endereçar muito mais memória

 

A quantidade de RAM suportada pelo computador depende tanto do processador quanto do sistema operacional. A título de ilustração, o Win10 Home x86 endereça 4GB de RAM, enquanto a edição x64 endereça 128GB. Assim, instalar mais de 4GB de memória no aparelho que roda um sistema de 32-bit é gastar boa vela com mau defunto. 

 

Observação: Para saber se seu Windows é de 32 bits ou de 64 bits, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre e, em Especificações do Windows, veja o que consta em Tipo de Sistema (para obter informações adicionais sobre o processador e a configuração de hardware, experimente o freeware CpuZ).

 

Sistemas x86 rodam melhor com processadores de arquitetura parelha, embora sejam compatíveis com chips de 64-bit. Já as edições x64 do Windows (e aplicativos baseados nessa arquitetura) exigem processadores de 64 bits. Em meados de 2020, a Microsoft anunciou que passaria a fornecer somente a edição 64-bit do Win10, e o Win11, que foi lançado em outubro do ano passado, só é disponibilizado em edição x64.

 

Em termos de arquitetura de computadores, a expressão “64 bits” é usada para descrever endereços de memória ou qualquer outro tipo de dado cujo tamanho seja 64 bits, bem como arquiteturas de CPU e ALU baseadas em registradores, barramentos de dados e endereços de 64 bits — o que não significa necessariamente que o chip não suporte barramentos de tamanhos maiores ou menores.  

 

Continua...


quarta-feira, 7 de junho de 2017

O WINDOWS 10 AINDA MELHOR

MANIA DE GRANDEZA É A DESSES SUPLEMENTOS LITERÁRIOS QUE TÊM UM AVISO DIZENDO QUE É PROIBIDO VENDER SEPARADAMENTE.


Sempre que lança uma nova edição do Windows, a Microsoft procura vender a ideia de que o que já era bom ficou ainda melhor. Na prática, todavia, a teoria costuma ser outra, e nem todos os usuários têm a mesma percepção, até porque que algumas mudanças podem não agradar a muitos, como foi o caso do consumo exagerados de recursos do Windows 8 e do navegador Edge, dentre uma porção de outros exemplos.

O Windows nasceu em 1985, mas não como um sistema operacional autônomo, e sim como uma interface gráfica que rodava no MS-DOS (clique aqui para mais detalhes). E assim permaneceu até o lançamento do festejado Win95, que já dependia bem menos do DOS. Embora ainda não fosse o sistema pronto e acabado que se tornaria a partir da edição 98, ele trouxe inovações memoráveis ― como a tecnologia Plug’n’Play, o menu Iniciar e o Internet Explorer ― e vendeu barbaridades. 

Três anos depois, foi a vez do Win98, que chegou a ser considerado o melhor Windows de todos os tempos ― e era mesmo, pelo menos na sua época. Já o Windows Millennium Edition foi um fiasco retumbante de crítica e de público; ao contrário do XP, que conquistou os usuários e se tornou a edição mais longeva da história do Windows ― embora seu suporte estendido tenha sido suspenso em 2104, o velho guerreiro ainda comanda 140 milhões de máquinas mundo afora. 

O Vista foi outro mico; o Seven, outro sucesso; o Eight decepcionou, mas o 10 agradou ― e vem conquistando mais usuários a cada dia que passa: no mês passado, ele comemorou 500.000.000 instalações, embora precise “comer muito feijão” para atingir a ambiciosa meta de 1 bilhão de máquinas (que a Microsoft esperava alcançar já no primeiro ano com a estratégia do upgrade gratuito).

A despeito de alguns deslizes, o Ten ficou ainda melhor depois de dois updates abrangentes (Anniversary, de agosto do ano passado, e Creators, lançado dois meses atrás). Mas você pode obter resultados ainda melhores com alguns truques simples e reconfigurações fáceis de implementar, como veremos na próxima postagem.

Até lá. 

JULGAMENTO DA CHAPA DIMA TEMER JÁ NO SEGUNDO DIA

Assunto mais “quente” é a situação do presidente Temer no TSE, até porque a cassação da chapa vem sendo vista como a melhor solução para afastá-lo de maneira mais ou menos honrosa e causar o menor abalo possível à governabilidade do país. Na sessão de reabertura do julgamento, ontem à noite, marcada pela leitura do relatório com o resumo do processo, o ministro-relator Herman Benjamin recomendou a rejeição de quatro preliminares (que envolviam a impossibilidade do TSE cassar diploma do presidente, a extensão de uma das ações que foram aglutinadas na ação julgada nesta terça, a perda do objeto da ação em virtude da cassação pelo processo de impeachment, e a inversão de ordem de testemunhas), sendo seguido pelos demais ministros da Corte. A sessão foi retomada nesta manhã, quando deverão ser analisadas outras seis questões (para ler a íntegra da matéria, siga o link http://cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/caderno/janot-temer-henrique-alves-e-o-2-dia-de-julgamento-no-tse-125298.html).


LENHA NA FOGUEIRA QUE A QUADRILHA VAI DANÇAR

Antes de deixar o cargo, em setembro, Rodrigo Janot vai brindar o assim chamado “Quadrilhão” com denúncias contra 23 integrantes da organização criminosa, de Lula a Palocci, de Renan Calheiros a Jucá, passando por Cunha, Henrique Alves, Benedito Lira, Mário Negromonte; enfim, uma cáfila de políticos corruptos dos três principais partidos da base aliada do (igualmente corrupto) governo federal.

De acordo com a PGR, o PT, o PMDB e o PP se associaram para saquear os cofres públicos, formando uma teia criminosa única, mas com núcleos políticos diferentes, que dividiu entre seus membros as diretorias de Abastecimento, Serviços e Internacional de Petrobras.

O PT, por exemplo, tinha o controle da Diretoria de Serviços, comandada por Renato Duque; o PMDB controlava a área Internacional ― a cargo de Nestor Cerveró e Jorge Zelada ― e o PP, o setor de Abastecimento, dirigido por Paulo Roberto Costa.

No PT, quem exercia esse papel era o ex-tesoureiro João Vaccari, que já acumula penas que somam mais 33 anos de prisão. No PP, o principal arrecadador era o doleiro Alberto Youssef, que só está em prisão domiciliar devido a um acordo de colaboração premiada. No PMDB, esse papel era feito pelos lobistas Fernando Soares, Milton Lyra e Jorge Luz, que repassavam o dinheiro para os senadores e deputados peemedebistas.

Como se vê, tudo gente da melhor qualidade, de reputação ilibada e honestidade acima de qualquer suspeita. Enfim, dizem que o exemplo vem de cima. Considerando que foram e como agiram os três últimos presidentes da República, não dá para estranhar o comportamento dessa gentalha.

Leia a íntegra da matéria em http://istoe.com.br/o-quadrilhao-em-apuros/

Para encerrar, assista ao vídeo a seguir (são só 6 minutinhos, mais vale a pena ver).


Se você não estiver lendo a postagem diretamente no meu Blog, o link para o vídeo é: https://youtu.be/SXXzZXK22Ow

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

SOBRE O MENU INICIAR E O PAINEL DE CONTROLE NO WINDOWS 10

NUNCA ATRIBUA A MÁS INTENÇÕES O QUE É DEVIDAMENTE EXPLICADO PELA BURRICE.

O Menu Iniciar e do Painel de Controle estão para o ambiente Windows como móveis e utensílios para o ativo fixo de uma empresa.

O sistema operacional mais bem sucedido da história “nasceu” em 1985, dez anos depois que Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft, e recebeu o nome (provisório) de Interface ManagerWindows significa “janelas” e, por ser um termo de uso corrente no idioma do Tio Sam, a Microsoft teve algum trabalho para registrá-lo como marca.

Mais 10 anos se passaram até a interface gráfica baseada no  MS-DOS ser promovida a sistema operacional autônomo — ou “quase”, já que o DOS continuou presente, ainda que atuando nos bastidores, até 2001, quando o lançamento do Windows XP, desenvolvido a partir do kernel do Win NT, cortou o cordão umbilical. Outras duas décadas se passaram até o Windows ser convertido a serviço, e nesse entretempo a Microsoft alcançou sucessos retumbantes (com as versões 98SE, XP e Seven) e amargou fiascos acachapantes (com as versões ME, Vista e Eight). Mas o Menu Iniciar e o Painel de Controle resistiram bravamente às intempéries. Ou quase.

Ao lançar o malsinado Windows 8, em outubro de 2012, a Microsoft apostou suas fichas na famigerada interface Metro, que privilegiava aparelhos com telas sensíveis ao toque, em detrimento dos modelos operados via mouse e teclado. Além disso, o sumiço do Menu Iniciar na versão definitiva e a supressão da chave de Registro que permitia ressuscitá-lo na versão de testes, o desaparecimento do botão Desligar e a confusa tela inicial do Eight — que ficava ainda mais poluída porque não havia como agrupar os blocos dinâmicos em pastas —, produziram uma enxurrada de reclamações. 

A Microsoft demorou a se dar por achada e só resolveu parte dos problemas um ano depois, com a atualização do sistema para a versão 8.1. A essa altura, porém, muitos usuários já haviam feito o downgrade para o Windows 7 ou recorrido a ferramentas de terceiros para emular o menu clássico no 8. E assim (não só por isso, mas também por isso), o que poderia ter sido um sucesso tornou-se mais um fiasco de público e de crítica — como foram o Vista e Millennium Edition.  

Continua...

quarta-feira, 30 de março de 2022

WINDOWS 11 — VALE A PENA MIGRAR?

PEDRA QUE ROLA NÃO CRIA LIMO.

Windows “nasceu” em novembro de 1985 como uma interface gráfica. As versões anteriores à 3.0 (1990) foram “cabeças de bacalhau” (a gente sabe que existiram, mas quase ninguém viu). O sucesso veio com o Win3.1 (1992) e o “pulo do gato”, com o Win95 — já então um sistema operacional (quase) autônomo. Mas o “divisor de águas” foi o Win10, lançado em 2015 e comercializado como serviço. 


Até 2015, a Microsoft lançava novas encarnações do sistema a cada três anos (em média), e elas eram prontamente adotadas pelos usuários (não necessariamente via cópias licenciadas). Mas nem tudo foram flores: o Win98/SE foi um sucesso retumbante que o XP (2001) não só repetiu como se tornou a versão mais longeva do sistema (13 anos). O Win7 (2009), igualmente bem sucedido, continua sendo usado por muita gente, mesmo depois de seu ciclo de vida ter sido encerrado (em 2020). Já o WinME — lançado em 2000 para aproveitar o apelo comercial da virada do milênio —, o Vista (2006) e o Win8 (2012) foram fiascos monumentais.


Win10 — que, segundo a Microsoft, seria a "versão definitiva" — foi oferecido gratuitamente para usuários do Win7 SP1 e do Win8.1 que dispusessem de “computadores compatíveis”. Sua primeira atualização (Anniversary Update) foi lançada em agosto de 2016 e a partir daí os upgrades de versão, também gratuitos, passaram a ser semestrais. A ambiciosa meta de um bilhão de instalações em três anos foi atingida com um atraso de 18 meses, mas festejada mesmo assim, com um pacote de wallpapers comemorativo.


Numa live exibida em meados do ano passado, a Microsoft confirmou o boato de que o Win11 chegaria em outubro e a migração seria gratuita para usuários do Win10 que dispusessem de computadores compatíveis. Mas seus “requisitos mínimos” (notadamente o processador de 8ª geração e o software de criptografia TPM 2.0) excluíram boa parte das máquinas com mais de 5 anos de uso. A despeito da grita geral, a Microsoft não voltou atrás (embora tenha feito algumas concessões), mas assegurou que o Win10 continuará recebendo suporte até outubro de 2025.


A pergunta de um milhão é: vale a pena fazer a migração? A resposta é: depende. Se a configuração de hardware não satisfaz as exigências do Win11, eu recomendo continuar com o Win10. E mesmo quem dispõe de um PC compatível pode ser pego no contrapé por bugs e assemelhados — como foi o caso de "intrépidos pioneiros" que acabaram recorrendo ao rollback  (recurso que desfaz a atualização quando é executado até 10 dias após o upgrade) ou reinstalando o Win10 do zero. 


ObservaçãoBugs existem desde a pré-história da computação e marcaram presença em todas as atualizações de versão do Win10. Até 2015, eu recomendava migrar para uma nova encarnação do sistema quando a Microsoft liberava o primeiro Service Pack, mas esses pacotes de atualizações e correções foram descontinuados depois que o software passou a ser comercializado como serviço. Felizmente, é possível adiar a instalação de atualizações por até 5 semanas (tempo supostamente suficiente para que bugs descobertos a posteriori sejam corrigidos).


A melhor maneira de adotar o Win11 é comprando um PC novo, que vem com o sistema pré-instalado de fábrica (ou com o Win10, mas com uma configuração de hardware que não inviabilize a evolução). Migrar a partir da versão anterior dá um trabalho danado, e nada garante que o resultado seja o esperado. É por isso que o Windows Update só descarrega os arquivos de atualização em máquinas compatíveis. 


CPU de dois núcleos operando a 1GHz, 4GB de RAM, 64GB de espaço livre no disco, DirectX 12 ou posterior, driver WDDM 2.0, tela de alta definição de 9” ou superior e 8 bits por canal de cor, acesso à Internet e conta da Microsoft são exigências que a maioria das máquinas atende. Mas o mesmo não se aplica ao processador de 8ª geração ou superior, TPM 2.0 e UEFI. Na dúvida, execute o utilitário “verificação de integridade do PC”.


Ainda que esses obstáculos não sejam "intransponíveis", contorná-los é gambiarra. Em teoria, pode-se adequar o hardware de qualquer PC às exigências do Win11, mas modificações tecnicamente possíveis podem não ser viáveis à luz do custo-benefício (quando é preciso trocar a placa-mãe, por exemplo, o molho costuma custar mais caro que o peixe). 


Volto a frisar que o Win10 continuará recebendo atualizações e correções até outubro de 2025, quando então a obsolescência programada terá levado a maioria dos usuários de máquinas "incompatíveis" a trocá-las por aparelhos novos. Sem mencionar que as novidades trazidas pelo o Win11 não são a quintessência das maravilhas, como eu descobri depois que um “acidente de percurso” me levou a atualizar meu notebook. Então, por que a pressa?


Continua...