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sexta-feira, 7 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD — FINAL


NÃO HÁ FLORESTA. SÓ ARVORES.

Conforme vimos nos capítulos anteriores, smartphones de fabricação recente, com exceção do iPhone e de alguns modelos Android de topo de linha, possuem slot para cartão de memória e suportam versões de até 64 GB, que são fáceis de encontrar e têm preços palatáveis — mesmo as de classe 10 (detalhes no post anterior). Assim, quem não pode ou não quer gastar uma pequena fortuna num aparelho com 128 GB (ou mais) consegue se virar bem com um modelo de 16/32 GB e um micro SD de 32/64 GB de classe 6 ou superior. 

O pulo do gato é fundir o espaço do cartão com o da memória interna, de modo que sistema “enxergue” tudo como uma coisa só. Mas note que isso só se tornou possível no Android a partir da versão Marshmallow — a não ser que o aparelho seja “rooteado” (o root dá o usuário privilégios administrativos e acesso a recursos avançados do sistema; para mais detalhes, acesse a sequência iniciada por esta postagem). Mas mesmo alguns alguns smartphones com Android 6 ou posterior dificultam essa configuração, obrigando o usuário a se valer do cartão apenas para armazenar músicas, fotos, vídeos e outros arquivos volumosos e, eventualmente, transferi-los para o computador, tablet ou outro aparelho com suporte a essa tecnologia. 

Observação: Há dezenas de tutoriais na Web que ensinam a burlar essa restrição sem rootear o aparelho. Basicamente, você precisa habilitar as opções do desenvolvedor e a depuração USB no smartphone, conectá-lo a um PC com Windows (no qual devem ser instalados o Android SDK e o Fastboot) e percorrer uma via crucis que pode ou não levar até o destino desejado. 

Não sendo esse o caso do seu smartphone, para fundir os espaços você precisa apenas inserir o micro SD no slot correspondente (siga as instruções do fabricante), tocar no ícone da engrenagem para abrir o menu de Configurações do Android, acessar a seção Armazenamento, selecionar o Micro SD, tocar nos três pontinhos à direita da barra de título da janela e, em Configurações de Armazenamento, escolher Formatar com interno > Limpar e Formatar. Concluído esse processo, você pode mover os arquivos da memória interna para o cartão (embora também possa fazê-lo posteriormente, ou mesmo não fazer, porque não se trata de um procedimento obrigatório). Ao final, clique em Concluído e confira o resultado.

Se quiser voltar a usar o cartão como dispositivo de armazenamento removível, basta refazer os passos acima e selecionar a opção Formatar como portátil.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD — PARTE 3

IN MEDIO STAT VIRTUS

Mesmo com um smartphone dotado de 32 GB ou 64 GB de memória interna, alguns usuários tendem a ficar rapidamente sem espaço. É certo que existem versões com 128 GB e 1 TB, mas o preço costuma ser castigante. No geral, um modelo com sistema Android de 16 GB ou 32 GB pode ser mais que suficiente para a maioria dos usuários "comuns", desde que possua um slot para cartão e que suporte até 64 GB.

Cartões de 128 GB — capazes de armazenar até 16 horas de vídeos em Full HD, 7.500 músicas, 3.200 fotos e mais de 125 aplicativos — e superiores são caros e difíceis de encontrar, e podem não funcionar no seu aparelho (consulte o manual do proprietário para saber até onde é possível ir). Às vezes eles até funcionam, mas o mais provável é que não sejam reconhecidos, ou apresentarem erros de leitura e gravação. Nenhum iPhone suporta cartão, a exemplo do que ocorre com alguns modelos top de linha da Samsung e da Motorola. Portanto, se você não abre mão da excelência e do status associados à marca da maçã e não tem cacife para bancar um iPhone XS MAX de 512 GB, vai ter de recorrer à nuvem ou transferir para o computador de casa tudo que não for absolutamente necessário manter na memória interna do telefoninho.

Após essa breve introdução, cumpre salientar que os cartões de memória diferem pelo formato (o micro SD é atualmente o mais popular) e são divididos em categorias, conforme o tamanho (quantidade de espaço) e a velocidade (taxa de transferência de dados). A classificação segundo o tamanho já foi explicada no capítulo anterior; quanto à velocidade, as classes são 2, 4, 6, 10 e UHS 1 e 3 (confira na tabelinha que ilustra esta postagem as respectivas velocidades mínimas e aplicações recomendadas).

A SanDisk lançou recentemente um micro SD de 1 TB, leitura sequencial de 90 MB/s, escrita de 60 MB/s e suporte para gravação em Full HD4K Ultra HD, mas ao preço de US$ 499,99 — o que corresponde a cerca de R$ 2 mil pela cotação atual da moeda norte-americana. Por esse valor, dá para comprar um Samsung Galaxy A9 Dual Chip Android 8.0, que oferece tela de 6.3", processador Octa-Core a 2.2GHz, 128 GB de memória interna (expansível via nano SD), 6GB de RAM e câmera de 24 MP, dentre outros atrativos. E ainda sobra troco para o estacionamento do shopping.

Evita cartões de fabricantes desconhecidos. Prefira os produtos da SanDisk, Kingston ou Samsung e atente para a capacidade e a velocidade, que devem ser adequadas aos seus propósitos. A velocidade corresponde às taxas de transferência na escrita e leitura dos dados, e pode não fazer muita diferença se você usar o dispositivo para salvar fotos, músicas e documentos, mas se a ideia for expandir a memória interna do telefone (fazer com que o sistema “enxergue” o espaço da memória e do cartão como uma coisa só), aí a coisa muda de figura.

Os cartões são mais lentos que a memória nativa, mas um modelo de classe 6 ou superior agiliza a execução de tarefas que dependem dos dados nele armazenados (como abrir fotos, músicas e vídeos ou carregar apps). Já um cartão mais lento ou falsificado prejudica a performance, pois faz com que o processador desperdice ciclos preciosos enquanto aguarda a transferência dos dados, além de acarretar travamentos e, em casos extremos, perda de fotos, vídeos etc.

Se seu aparelho e a versão do Android que ele roda forem antigos, talvez não seja possível fundir o espaço do cartão com o da memória nativa — ou mesmo mover aplicativos ou instalá-los diretamente no cartão. Nesse caso, mesmo contando com vários gigabytes ociosos na memória “externa”, você só conseguirá instalar novos apps depois de desinstalar outros que não sejam exatamente indispensáveis.

Amanhã terminamos esta sequência.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD — PARTE 2


NOVENTA POR CENTO DO SUCESSO SE BASEIA SIMPLESMENTE EM INSISTIR.

Como vimos no post anterior, a memória interna dos smartphones de preços acessíveis (não confunda “memória interna” com “memória RAM”; ainda que ambas sejam sejam expressas em gigabytes, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa) costuma ser medíocre, sobretudo para quem utiliza o aparelho como substituto do computador tradicional . Para piorar, parte desse espaço é ocupado pelo sistema operacional e pelos apps instalados de fábrica. Então, se você baixa tudo que vê pela frente e não se dá ao trabalho de excluir regularmente fotos, vídeos, mensagens de WhatsApp etc., certamente ficará sem espaço, mesmo com um aparelho de 32 GB ou 64 GB.    

Também como já foi dito, o iPhone e alguns modelos de topo de linha da Samsung e da Motorola não suportam cartões de memória, em parte devido à ganância dos fabricantes, que não têm como justificar um aumento significativo no preço de seus produtos pela pura e simples inclusão de um slot para cartão, mas podem cobrar 100 ou 200 dólares a mais por alguns gigabytes extras de memória interna. Então, se você é fã dos produtos da Apple e precisa de fartura de espaço para armazenar arquivos no seu iPhone, prepare o bolso, pois as opções com 64, 128 e 259 GB são (ainda) mais caras. 

Observação: Claro que sempre se pode contornar esse inconveniente recorrendo ao armazenamento na nuvem ou transferindo para o computador de casa suas fotos, vídeos e outros arquivos volumosos, mas aí o que deveria ser uma opção passa a ser uma imposição.  

A maioria dos telefoninhos baseados no Android permitem expandir a memória mediante a instalação de um Micro SD. Isso significa que você pode economizar um bom dinheiro comprando um aparelho de 16 GB, por exemplo, e instalando um cartão de 64 GB, também por exemplo, que custa entre 60 e 120 reais (conforme a marca, a classe e o revendedor). Mas note que esses cartões, a exemplo dos pendrives, devem ser adquiridos preferencialmente em lojas de departamento ou hipermercados. Fuja de camelôs e de sites de compras que alardeiam preços muito abaixo da média, pois até mesmo modelos de marcas confiáveis, como a popular SanDisk, podem ser falsificados ou manipulados para exibir capacidades superiores à real.

Embora o preço dos cartões seja proporcional à quantidade de espaço, modelos igual capacidade e “classes” distintas costumam ter preços diferentes. Modelos de 64 GB custam entre 60 e 120 reais — para usuários “normais”, isso é um bocado de espaço, embora existam versões de 128, 256 e 512 GB e de até 1 TB, elas são difíceis de encontrar, e seu preço assusta o mais intrépido consumidor. Mas importante mesmo é poder usar capacidade do cartão para ampliar a memória interna do aparelho (dependendo da versão do Android, só é possível salvar fotos, vídeos e outros arquivos volumosos, o que ajuda, mas está longe de ser a solução ideal).

Ao adquirir um smartphone com slot para cartão, consulte o manual para saber qual o limite suportado. Leia também as instruções de como como instalar o cartãozinho, já que o procedimento varia conforme a marca e o modelo do celular. Alguns aparelhos dual-SIM têm slots "híbridos" — ou seja, você tanto pode habilitar duas linhas quanto usar um dos slots para inserir um cartão de memória.

Observação: Manter duas ou três linhas de operadoras diferentes no mesmo aparelho já foi uma boa ideia, pois permitia economizar nas chamadas por voz — que, entre números da mesma operadora, tinham preços diferenciados. Hoje em dia, no entanto, a maioria dos planos oferece ligações ilimitadas para linhas fixas e móveis de qualquer operadora, de modo que a conclusão é óbvia.

Os cartões podem ser classificados quanto à capacidade de armazenamento e velocidade de transmissão. Cartões classificados apenas como SD (sigla para Secure Digital) possuem capacidades de até 4 GB e praticamente sumiram das prateleiras. Modelos classificados como SDHC (Secure Digital High Capacity) vão de 4 GB a 32 GB e oferecem a melhor relação custo-benefício. Os SDXC (Secure Digital Extended Capacity) vão de 64 GB a 2 TB e os SDUC (Secure Digital Ultra Capacity) podem chegar a 128 TB (embora seja possível encontrar cartões com capacidades ainda maiores, mas a preços que você não vai querer pagar, sem mencionar que eles dificilmente funcionariam no seu aparelho). 

Para além da capacidade, importa — e muito — a velocidade (ou taxa de transferência de dados), que varia conforma a "classe" do cartão. Porém, visando evitar que este texto fique ainda mais longo, vou deixar para discorrer sobre essa questão no próximo post.

terça-feira, 4 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD


QUANDO A IGNORÂNCIA FALA, A INTELIGÊNCIA NÃO DÁ PALPITES.

A telefonia móvel celular desembarcou no Brasil no final do século passado, mas, devido ao preço elevado do hardware, às faturas salgadas (num primeiro momento, pagava-se também pelas chamadas recebidas), à área de cobertura restrita e aos malabarismos que o usuário precisava fazer para evitar a perda do sinal e a queda das ligações, andar com um tijolão pendurado no cinto era mais uma questão de status do que de real necessidade. Felizmente, a evolução tecnológica cumpriu seu papel, e aparelhos recheados de recursos e funções inovadoras foram sendo lançados em intervalos de tempo cada vez mais curtos, para gáudio da seleta confraria que não abre mão de estar up-to-date com o que há de mais moderno.

Em 2007, Steve Jobs lançou o primeiro iPhone, o que levou a concorrência a produzir aparelhos igualmente capazes de acessar a internet e cada vez mais pródigos em recursos. Assim, o que nasceu como telefone móvel se transformou em computador de bolso, e só não aposentou desktops e notebooks porque determinadas tarefas demandam mais poder de processamento e memória (tanto física quanto de massa) do que os diligentes telefoninhos oferecem — com a possível exceção de modelos caríssimos, que poucos podem comprar, e, entre os que podem, a maioria não se sente confortável digitando textos, editando imagens ou criando planilhas, por exemplo, num dispositivo de dimensões reduzidas, com teclado virtual e tela de míseras 5 polegadas.

Nos dumbphones, novos recursos e funções eram providos pelos próprios aparelhos; nos smartphones, essa responsabilidade fica com o sistema operacional (Android ou iOS) e o sem-número de aplicativos disponíveis no Google Play e na App Store. Claro que os fabricantes investem, por exemplo, em câmeras cada vez mais sofisticadas, telas com resolução cada vez melhor e aprimoramentos em nível de processador e memórias — o que é fundamental para rodar com folga programas exigentes e armazenar toneladas de fotos, músicas, vídeos e um sem-número de outros arquivos volumosos — mas isso já é outra conversa.

Ao comprar um smartphone, atente para a quantidade de memória física e de espaço para armazenamento interno disponíveis. Fuja de modelos com menos de 4 GB de RAM, a não ser que você não se importe com lentidão e travamentos constantes. Por outro lado, não penhore as cuecas para adquirir um dispositivo com 64 ou 128 GB de memória interna, já que 16 GB estão de bom tamanho — desde que se possa expandir esse espaço usando um cartão de memória. 

Observação: Se você não acha normal gastar cerca de R$ 10 mil num iPhone XS Max ou num Samsung Galaxy 10+ (que oferecem 512 GB e 1 TB de memória interna, respectivamente), eu o saúdo, caríssimo leitor. Afinal, quando dinheiro não é problema, nada melhor que ter o melhor. Mas num país em recessão, com quase 14 milhões de desempregados e um salário mínimo de fome (R$ 998), pessoas como você  sobretudo fora de Brasília, onde, se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão  não são a regra, mas a exceção que a confirma.

A má notícia é que nenhum iPhone permite o uso de cartão de memória — coisas da Apple, que também impede a remoção da bateria, por exemplo (o que pode ser frustrante no caso de um travamento não permitir a reinicialização do dispositivo via botão de Power). A boa notícia é que um Motorola/Lenovo moto e4 com 16 GB de memória interna custa cerca de R$ 600, e com mais uns R$ 50 é possível comprar um SD Card de 64 GB e expandir a memória interna para consideráveis 80 GB.

Se você não tira muitas fotos, raramente grava vídeos e se limita a instalar apps essenciais, 16 GB de memória interna estariam de bom tamanho, não fosse o fato de uma parte desse espaço ser alocada pelo sistema operacional e pelos apps pré-instalados de fábrica, e outra, ser reservada para agenda de contatos, SMS etc. (isso se destina e evitar que o usuário esgote totalmente o espaço livre com inutilitários e arquivos multimídia, por exemplo, e fique impedido de inserir novos contatos na agenda ou receber mensagens de texto, também por exemplo).

Em face do exposto, ter suporte a SD Cards é fundamental, sobretudo se for possível gerenciar o espaço do cartão de modo a ampliar efetivamente a memória interna, e não apenas poder salvar ali fotos, vídeos e outros arquivos volumosos. Mas isso já é conversa para o próximo post. Até lá.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

AINDA SOBRE SMARTPHONES

TODOS QUEREM VIVER NO TOPO DA MONTANHA, MAS A FELICIDADE E 0 CRESCIMENTO OCORREM QUANDO SE A ESTÁ ESCALANDO.
Os primeiros celulares eram burros (dumbphones). Para aumentar sua gama de recursos e funções, os fabricantes promoviam constantes aprimoramentos de hardware, e os novos modelos, lançados em intervalos cada vez mais curtos, vendiam feito pão quente. O primeiro celular inteligente (o iPhone), idealizado por Steve Jobs, foi lançado no final de 2007 e se tornou um paradigma para a concorrência.
Hoje, smartphones (smart = esperto) baseados no sistema operacional móvel desenvolvido pelo Google dominam o mercado, ainda que os modelos da Apple, por sua excelência, sejam o sonho de consumo da maioria dos usuários. Sem embargo, a maioria dos aparelhos que encontramos no mercado é capaz de tirar fotos, gravar vídeos, acessar a Internet via redes 3G/4G e Wi-Fi, e por aí afora. Claro que os aprimoramentos de hardware continuam sendo implementados, e telas de maiores dimensões e melhor definição, maior capacidade de armazenamento interno e quantidade de memória RAM, resolução da(s) câmera(s), autonomia da bateria e outros detalhes que tais continuam estimulando os consumidores a migrar para os modelos mais recentes, ainda que a “versatilidade” dos aparelhos dependa em grande medida do sistema operacional (Android e iOS) e dos aplicativos desenvolvidos para cada plataforma.
Smartphones de última geração costumam dividir espaço nas prateleiras com modelos não tão recentes, mas é bom ter em mente preço baixo e boa qualidade quase nunca andam de mãos dadas, e que uma escolha mal feita pode se tornar uma usina de arrependimentos. Quando comprarmos um aparelho, geralmente supervalorizamos a marca, o design e o tamanho da tela, por exemplo, e ignoramos detalhes como a capacidade de armazenamento (e a possibilidade de expandi-lo com um SD Card), a quantidade de RAM (detalhes nesta postagem) e a versão do sistema operacional
Ofertas “imperdíveis” quase sempre vêm com software ultrapassado, memórias em quantidade aquém do desejável, câmera de má qualidade, e assim por diante. Em última análise, quem paga mal paga duas vezes. A edição mais recente do Android é a Oreo (8), mas a anterior (Nougat) ainda dá bom caldo. Fuja, porém, de modelos ultrapassados: as limitações hardware podem inviabilizar a atualização do sistema de atualizar o sistema, e você pode descobrir tarde demais que entrou numa fria, ao tentar tentar instalar o app do seu banco, por exemplo, ou o popular WhatsApp, que só roda nas versões posteriores à 2.3.3. do Android e 6 do iOS.
Por mais convidativo que seja o preço, não é bom negócio comprar um smartphone novo com configuração de hardware superada — a menos que você tencione usá-lo como dumbphone, ou seja, apenas para fazer e receber ligações por voz em mensagens por SMS. E o mesmo se aplica ao software, que, se desfasado, não lhe dará acesso às melhorias de usabilidade implementadas nas edições mais recentes e o sujeitará a falhas de segurança corrigidas a posteriori.
Comprar smartphones com menos de 2 GB de RAM (o mínimo aceitável, atualmente, é de 3 ou 4 giga) é o caminho mais curto para amargar lentidão e/ou travamentos ao rodar determinados apps ou vários apps simultaneamente. Aliás, pouca memória também pode impedir updates de software, já que as versões mais recentes do Android são bastante gulosas. Quanto ao processador, mais importante que sua frequência de operação é o número de núcleos — quanto mais, melhor; se possível, opte por um modelo com chip quad-core ou superior.
No que concerne ao armazenamento interno, fuja de modelos com menos de 16 GB (se possível, opte por 32/64 giga), até porque o sistema operacional e os penduricalhos instalados de fábrica já consomem boa parte desse espaço. Mesmo com 32 GB, se não for possível adicionar um cartão de memória, é recomendável utilizar serviços de armazenamento em nuvem, sobretudo para salvar suas fotos e vídeos. E falando em fotos e vídeos, quem valoriza essa função do telefoninho deve analisar as características da câmera, sobretudo a quantidade de megapixels (não aceite nada menos que 8 MP), a qualidade do sensor e a abertura da lente (quanto maior a abertura — ou seja, menor o número “F” — mais clara ela é, o que garante mais qualidade, fotos melhores em ambientes com baixa luminosidade e até cliques mais rápidos).
Não atentar para as as limitações da bateria pode levá-lo a descobrir — da pior maneira possível — o quanto é chato ter de levar o carregador para toda parte e não poder ficar muito longe de uma tomada. Verifique se a capacidade nominal da bateria — expresso em mA (miliampere-hora) — é compatível com a eficiência energética do telefone, lembrando que esse valor é um submúltiplo do Ah (ampère/hora) e corresponde a 3,6 coulomb (ou seja, a quantidade de carga elétrica transferida por uma corrente estável de um milésimo de ampère durante uma hora). Note que, tecnicamente, esse parâmetro não corresponde exatamente à "potência" da bateria, que que é expressa em joule ou watt/hora, mas a sua autonomia, ou seja, sua capacidade de fornecer energia ao aparelho que ela alimenta.
Confira atentamente as especificações técnicas na documentação do aparelho ou no site fabricante e não se deixe levar pela conversa-mole do vendedor, que não está ali para lhe servir de consultor (embora devesse), e sim para realizar a venda e embolsar a comissão.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

AGENDA DE CONTATOS DO SMARTPHONE ANDROID

PODE HAVER UM MILAGRE ESPERANDO DEPOIS DA PRÓXIMA CURVA, MAS A GENTE NÃO VAI SABER ANTES DE CHEGAR LÁ.

Depois que a Apple lançou o iPhone e os demais fabricantes de celulares tornaram seus modelos igualmente “inteligentes”, muita gente passou a ver esses “pequenos notáveis” como substitutos do PC, embora alguns usuários — como é o meu caso — os tenham na conta de simples complemento. Em sendo igualmente o seu caso, não há por que você escarafunchar as configurações avançadas em busca de soluções mirabolantes para problemas que uma simples reinicialização não seja capaz de solucionar; basta reverter o aparelho às configurações de fábrica e tocar a vida adiante.

A questão é que, dependendo da versão do Android, pode não ser possível ressetar o dispositivo sem perder personalizações, aplicativos e arquivos pessoais, o que não costuma ser um grande inconveniente para quem não salva conteúdo sensível na memória do telefone, pois aplicativos podem ser reinstalados e configurações, refeitas. Mas é um problema quando se trata da agenda de contatos.

Até algum tempo atrás, eu mantinha (e recomendava manter) a agenda no "chip da operadora" (SIM-Card), o que a preserva num eventual reset e facilita a transferência na troca do aparelho por um modelo novo. Todavia, no Moto E4 com Android Nougat que venho usando há pouco mais de um ano a opção importar/exportar contatos permite transferi-los do SIM-Card para a memória do telefone, mas não deste para o cartão. A alternativa é salvar uma cópia da agenda no Google Drive — basta tocar no ícone do telefone (aquele que a gente usa para fazer ligações e acessar a agenda), nos três pontinhos (no canto superior direito da janelinha), em Importar/Exportar e escolher Exportar para arquivo .vcf).

Observação: Se você usa um SD-Card para expandir a memória interna do seu telefone e, ao seguir os passos sugeridos no parágrafo anterior, se deparou com a opção Exportar para o cartão de memória, não custa nada salvar uma cópia da agenda também ali; afinal, quem tem dois tem um; quem tem um não tem nenhum.

Caso tenha configurado o Gmail no seu celular, assegure-se de que a sincronização esteja habilitada — na tela do telefoninho, toque em Configurações > Contas > Google e faça os ajustes desejados (usando os servidores do Google para armazenar seus contatos, você precisará somente acessar sua conta para recuperar a agenda quando mudar de aparelho).

Voltaremos a falar sobre cartões de memória daqui a alguns dias.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

SMARTPHONE — O VERDADEIRO MICROCOMPUTADOR


O ESTADO DE PAIXÃO É MONOGÂMICO POR NATUREZA. DEPOIS, FICA DIFÍCIL CONTENTAR-SE COM A MESMA PESSOA DURANTE ANOS A FIO.

Embora o Windows seja o sistema operacional mais bem-sucedido da história da computação pessoal — só o Ten contabiliza 700 milhões de usuários —, as pessoas vêm preferindo cada vez mais navegar na Web, gerenciar emails e acessar redes sociais a partir de seus smartphones, relegando o PC convencional para outras atividades (geralmente de trabalho).

Inicialmente chamados de “celulares”, os telefones móveis desembarcaram no Brasil no final do século passado, mas só se popularizaram depois que encolher de tamanho, crescer em recursos e se tornar “inteligentes” (daí o smart). Segundo dados da Anatel, existem hoje no Brasil 220 milhões de linhas móveis (o que dá mais de um celular por pessoa, considerado que o país tem 208,5 milhões de habitantes).

A despeito de uma linha fixa ser instalada em não mais que 48 horas e o consumidor pagar somente pelo serviço (um cenário bem diferente do que nos tempos do famigerado Sistema Telebras, conforme a gente viu no post do último dia 4), a procura anda em queda livre: também segundo a ANATEL, há no Brasil 40.459.554 telefones fixos em operação, e a redução nos últimos 12 meses foi de consideráveis 1.208.833 unidades.

Por essas e outras, não é de estranhar que o Android supere o Windows em número de usuários. Segundo estimativa da Statcounter Global Stats, o sistema do Google abocanha 41,66% do mercado, enquanto o da Microsoft fica com 35,93% (aí somados as versões 10, 8.1, 7, Vista e XP do Windows). Trata-se de uma comparação “indireta”, naturalmente, já que o Android só opera smartphones e tablets, enquanto o Windows comanda PCs tradicionais (sua versão móvel descontinuada em 2015, depois do fiasco do Lumia 950, mas a Microsoft só reconheceu a derrota oficialmente em meados do ano passado).

Fato é que as ameaças digitais continuam crescendo, tanto para usuários de smartphones e tablets quanto de desktops e notebooks. No primeiro segmento, o Android é o alvo preferido pela ciberbandidagem; no segundo, o Windows é o sistema mais visado, até porque costuma ser mais rentável escrever códigos maliciosos que afetem bilhões de usuários em vez de “meia dúzia de gatos pingados”. 

Observação: A participação do iOS no mercado de sistemas móveis é de 13,5%; o OS X, que é concorrente direto do Windows, abocanha míseros 5,47% dos computadores “tradicionais”, ao passo que as distribuições Linux, somadas, não chegam a 1%, e sistemas móveis como Windows Phone, Blackberry OS, Ubuntu Phone OS, Sailfish OS e Firefox OS são coisa do passado.

Smartphones são computadores em miniatura. Claro que eles perdem para seus “irmãos maiores” em capacidade de processamento, quantidade de memória e espaço para armazenamento de dados, e que digitar textos longos em seus minúsculos teclados virtuais é tão chato quanto assistir a vídeos nas telinhas de 5”. Por outro lado, eles podem ser levados a toda parte, e o número crescente de aplicativos desenvolvidos para Android e iOS ampliam ad infinitum a gama de recursos e funções dos diligentes telefoninhos.

Voltando ao Windows Phone, é curioso que o festejado sistema operacional da Microsoft tenha dado tão certo nos PCs e tão errado nos smartphones. Mas isso já é conversa para a próxima postagem.

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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

AINDA SOBRE CELULARES

DEVEMOS JULGAR UM HOMEM MAIS POR SUAS PERGUNTAS DO QUE POR SUAS RESPOSTAS.


Muita gente não sabe — ou já nem se lembra — que até meados dos anos 1970 as ligações interurbanas tinham de ser pedidas à telefonista e demoravam horas para ser completadas. Ou que até a privatização do famigerado Sistema Telebras, no finalzinho do século XX, ter um telefone fixo exigia aderir a “Plano de Expansão” e esperar meses (ou anos) pela instalação da linha, ou então recorrer ao mercado paralelo, onde uma linha chegava a custar tanto quanto um carro popular.

Observação: Para ilustrar o que eu estou dizendo, na cidade marajoara de Cachoeira do Arari, no Pará, dez munícipes que aderiram ao plano de expansão da Telepará esperaram 15 anos pela ligação da linha, e alguns nem tiveram o gostinho de fazer uma ligação, pois faleceram muito antes de a empresa cumprir sua parte no contrato.

Depois da “virada” do século, a saudável concorrência entre as operadoras barateou a telefonia celular e reduziu expressivamente o interesse dos usuários por linhas fixas. Hoje em dia, a não ser em regiões inóspitas, um telefone residencial é instalado um ou dois dias depois da solicitação, e paga-se somente pelo serviço utilizado (na pior das hipóteses, uma pequena taxa de instalação é cobrada na primeira conta). Além disso, as ligações interurbanas e internacionais são completadas com a mesma facilidade e qualidade das chamadas locais, e a tarifa já não assusta — ou assusta bem menos do que até alguns anos atrás.

Para atrair novos clientes e fidelizar os já conquistados, as operadoras vêm oferecendo uma vasta gama de promoções, incluindo pacotes de dados de internet, já que os celulares foram promovidos a smartphones em meados da década passada, quando se tornaram verdadeiros computadores de bolso. No entanto, aproveitar algumas dessas vantagens — como ligações gratuitas ou com preços diferenciados entre números da mesma rede — obrigava muita gente a andar com dois ou mais aparelhos celulares ou a adquirir modelos com suporte a dois ou mais SD-Cards.

Com um “chip” da Claro e outro da Vivo no mesmo aparelho, por exemplo, você fala de graça (ou a preços bem mais em conta) com telefones da mesma operadora, mas a portabilidade numérica dificultou a vida dos usuários, já que não é mais possível saber a qual operadora determinada linha pertence a partir do respectivo prefixo. 

É certo que de uns tempos para cá as principais operadoras passaram a cobrar um valor fixo por chamada, independentemente do tempo de ligação — isso quando não oferecem ligações ilimitadas para números de qualquer operadora, tanto de telefones fixas quanto móveis. Assim, identificar qual a operadora do destinatário antes de fazer a ligação tornou-se uma questão de somenos, mas é bom saber que é possível descobrir isso facilmente a partir do site https://www.qualoperadora.net/.

Por último, mas não menos importante, tenha em mente que ligações para outros municípios (códigos de área diferentes do seu) costumam ser tarifadas como chamadas locais, mas desde que você utilize o código de longa distância indicado pela sua operadora. Então, anote aí: se sua linha for da Vivo/Telefônica, use o código 15; se for da CTBC/Algar, use o 12; se for da TIM, use o 45; se for da Claro/NET/Embratel, use o 21; se for da Oi, use o 31 (ou 14, se você estiver no sul do país); se for da Nextel, use o 99, e se for da Sercomtel, o 43.

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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

AINDA SOBRE COMO PROTEGER SEU SMARTPHONE


NÃO JULGUE OS POLÍTICOS PELO QUE ELES FALAM, MAS PELO QUE ELES FAZEM.

A popularização das linhas móveis deveu-se, inicialmente, ao preço promocional (ou à gratuidade, em certos casos) de ligações e mensagens de texto trocadas entre usuários da mesma operadora, o que também estimulou a venda de aparelhos com suporte a dois ou mais SIM Cards. Mas o fato é que os diligentes telefoninhos conquistaram a simpatia geral e proliferaram como coelhos: hoje em dia, há mais celulares habilitados no Brasil do que CPFs ativos no banco de dados da Receita. Mas nem tudo são flores nesse jardim.

Comodidade não combina com segurança, e popularidade chama a atenção da bandidagem. Ainda que aparelhos de marcas estreladas e configurações “top”, que custam rios de dinheiro (veja o caso do iPhone X, por exemplo), sejam mais visados pelos amigos do alheio, ninguém está livre de ter um celular chinfrim furtado ou roubado. Isso sem mencionar que, por acompanhar o usuário para toda parte, o telefoninho pode  acabar esquecido no táxi, no balcão da padoca ou na mesa do restaurante.   

Por ser o sistema móvel mais popular, o Android se tornou o alvo preferido dos cibercriminosos — embora o iPhone não seja imune a malwares, phishing e outras ameaças digitais. Diante desse cenário, venho publicando uma série de dicas que visam minimizar o risco de o leitor entrar para o lado escuro das estatísticas.

Bom seria se houvesse uma fórmula mágica que nos blindasse contra furtos e roubos, mas o que há são paliativos capazes de, na melhor das hipóteses, tornar os smartphones menos interessantes para os receptadores, como é o caso do bloqueio do hardware pelo IMEI (sigla de International Mobile Equipment Identidade).

Da mesma forma que cada contribuinte tupiniquim tem um número de CPF, cada celular é identificado individualmente pelo IMEI, que vem impresso tanto na carcaça quanto na embalagem original do telefone, além de constar obrigatoriamente da nota fiscal de compra. Mas é possível visualizá-lo facilmente no display do próprio telefone, bastando para isso digitar o comando *#06#.

Em caso de perda, furto ou roubo, além de pedir à operadora o cancelamento do SIM Card, o usuário — ou a autoridade policial, por ocasião da lavratura do B.O. — pode solicitar o bloqueio do aparelho em nível de hardware, impedindo o ladrão ou o receptador (ao menos em tese) de usar alegremente o produto do ilícito mediante a pura e simples inserção de um novo SIM Card.

Diante do exposto:

— Anote o IMEI do seu aparelho e guarde essa informação em local seguro.

— Use senhas em tudo que puder, inclusive para desbloquear tela inicial (veja detalhes na postagem do último dia 26). No mínimo, isso ajuda a inibir a ação dos abelhudos de plantão.

— Ative a autenticação em duas etapas (ou duas camadas) das suas contas no Google, Facebook, WhatsApp, Instagram e onde mais for possível.

— Evite fazer jailbreak no seu iPhone ou rootear seu smartphone Android (para saber mais, reveja a sequência iniciada por esta postagem). Relatos de usuários inexperientes que se arriscaram e transformaram o aparelho em peso de papel são tão comuns quanto os de quem até logrou êxito, mas não conseguiu mais atualizar o sistema operacional.

— Instale somente os aplicativos que sejam úteis para você e baixe-os preferivelmente da Google Play Store ou da App Store, conforme o caso — não vou entrar em detalhes porque já o fiz nas postagens anteriores.

— Reúna o maior número possível de informações sobre os aplicativos que você tem em vista e analise as impressões de outros usuários — não se limite às informações exibidas na página de downloads da loja virtual, faça uma pesquisa mais ampla usando o Google ou outro mecanismo de busca de sua preferência.

— Atente para as permissões que os apps solicitam (para saber mais, clique aqui).

— Faça backup. É chato, mas mais chato é não ter uma cópia de segurança dos dados pessoais e outras informações importantes quando se precisa dela.

— Manter o sistema e os aplicativos atualizados torna o dispositivo mais seguro e, em determinados casos, agrega novas funções e recursos. Portanto, mantenha seu software sempre up-to-date.

— Acessar a Web através de uma rede Wi-Fi proporciona — pelo menos na maior parte das vezes — melhor velocidade e estabilidade de navegação, além de poupar o seu plano de dados. Por outro lado, redes públicas não oferecem segurança alguma, devendo ser evitadas ou usadas somente em casos de real necessidade.  

— Invasões via Bluetooth são mais raras, mas vêm crescendo de uns tempos a esta parte, sobretudo devida à popularização de smartwatches e outros dispositivos que se comunicam como o smartphone. Deixar conexão ativa o tempo todo é um convite para crackers e cibervigaristas de plantão.

Por hoje é só, pessoal. Até a próxima.

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terça-feira, 2 de outubro de 2018

AINDA SOBRE A SEGURANÇA EM SMARTPHONES


NÃO IMPORTA O LADO PELO QUAL VOCÊ ABRE A CAIXA DO REMÉDIO, A BULA SEMPRE ESTARÁ LÁ PARA ATRAPALHAR.

Não custa repetir que os apps maliciosos não são a única ameaça online que podem comprometer seu smartphone; páginas da internet estão recheadas de spywares, e anexos de email e links maliciosos estão sempre prontos para desfechar um ataque de “phishing”.

Segurança total é cantilena para dormitar bovinos, mas é possível minimizar os riscos, conforme a gente viu ao longo desta sequência de postagens. Aliás, a navegação segura também pode ajudar (para mais informações, clique aqui), e está disponível na versão mobile do Chrome. Para ativá-la, basta abrir o navegador, tocar nos três pontinhos (no canto superior direito da tela), em Configurações > Privacidade, e então marcar a opção Navegação segura.

Ferramentas antivírus não são um remédio para todos os males, mas é o que temos e teremos até que surja alguma solução melhor. Basta pesquisar o Blog para encontra dezenas de postagens sobre esse tema e dúzias de sugestões de suítes de segurança, tanto pagas quanto gratuitas. Eu uso o Avast Premier (pago) no PC e o AhnLab V3 Mobile Security (gratuito) no celular — este último, mesmo não sendo muito conhecido no Brasil, foi considerado pela AVTEST como um dos melhores antivírus para smartphone.

Observação: Outra opção interessante é o Kaspersky Internet Security para Android, que não só protege o aparelho da ação de malwares, mas também oferece soluções para bloqueios de apps e ferramentas para melhorar o desempenho do telefoninho.

Por hoje é só, pessoal.

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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

SMARTPHONE — APPS MALICIOSOS — MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR


VIVER É UM NEGÓCIO MUITO PERIGOSO.

Embora os aplicativos sejam os grandes responsáveis por infeções virais nos smartphones Android (e nos iPhone, ainda que em menor medida), é comum a gente os instalar e lhes conceder permissões sem adotar as cautelas mais elementares. E o mesmo vale para anexos de email e links recebidos via Twitter, Facebook, WhatsApp, que são potencialmente perigosos, mas costumam ser acessados como se fossem a quintessência da segurança.

Embora o Google monitore os apps que distribui e exclua os que contêm ameaças, o volume astronômico de novos programinhas propicia o risco de alguém baixar algo que ainda não foi checado. Demais disso, na maioria das vezes essa verificação utiliza métodos de garantia de qualidade puramente mecânicos, com algoritmos que analisam os apps e atualizações como um antivírus faz num PC com Windows, e quando o alerta automático dispara, o programinha problemático é rejeitado e devolvido ao desenvolvedor. 

É certo que esses algoritmos vêm se tornando mais e mais inteligentes (graças ao Machine Learning, 99% dos apps mal-intencionados não chegam aos usuários), a empresa tem de lidar com identidades falsas, conteúdo impróprio e novos tipos de malware, para não mencionar falsos comentários positivos, compras de rankings elevados e uma profusão de cópias enganosas de programinhas seguros.

Algumas categorias de apps e games são mais propensos a apresentar problemas. Apenas para citar um exemplo, no ano passado havia um grande número de aplicativos de lanterna que pediam permissão para enviar SMS (?!), quando não precisariam ter acesso senão à câmera do aparelho. Mas a maioria dos usuários não se dá ao trabalho de examinar essas permissões durante a instalação, e aí está feita a m... (para mais detalhes nas postagens anteriores).

Um aplicativo honesto deve informar com clareza se, como e o que o usuário paga para utilizá-lo. Demais disso, seus pedidos de autorização devem ter um propósito — uma lanterna não precisa enviar mensagens de texto, por exemplo, ou um atirador de bolhas não tem por que acessar a câmera, o microfone ou, muito menos, sua lista de contatos.

Portanto, olho vivo para não ser tosquiado, pois inúmeros programinhas são instruídos a fazer compras não aprovadas com os números de cartões de créditos cadastrados, desviar dinheiro por meio de fraudes bancárias, e por aí vai. O mais desalentador é que os usuários são useiros e vezeiros em instalar arquivos “recomendados” por sites maliciosos, quando bastaria uma simples pesquisa para encontrar o link que remete ao servidor verdadeiro.

Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

COMO DEIXAR SEU SMARTPHONE MAIS SEGURO (SEXTA PARTE)


NÃO SE FIE NO QUE OS POLÍTICOS PROMETEM, MAS SIM NO QUE FIZERAM EM SUA VIDA PREGRESSA NA POLÍTICA.

Como se não bastasse o cibercrime, os índices de roubo e furto de celulares vêm crescendo escandalosamente. Supondo que você tenha seu aparelho subtraído — ou que o esqueça em local incerto e não sabido —, o Gerenciador de Dispositivos Android é uma mão na roda, pois permite não só localizar telefoninho, mas também apagar remotamente todos os dados nele armazenados.

Para se valer desse recurso, primeiro é preciso habilitá-lo no seu aparelho. Basta acessar o menu de Configurações, tocar em Google > Segurança e marcar as opções Localizar remotamente o dispositivo e Permitir bloqueio e limpeza remotos. Quando e se for preciso utilizar o Gerenciador, você só precisará acessar o site partir de um PC, tablet ou outro smartphone, logar-se com a conta do Google e fazer o bloqueio e/ou apagar os dados.

No caso de você não saber onde deixou seu smartphone e não tiver outro telefone à mão para ligar para o seu número, repita os passos anteriores para acessar o Gerenciador e clique em Reproduzir som. Seu aparelho emitirá um som, no volume máximo, por cinco minutos (mesmo que esteja no modo silencioso). Mas tenha em mente que esses recursos dependem de conexão com a internet, ou seja, se o celular estiver desligado ou com o Wi-Fi ou o 3G/4G desativado, você receberá uma mensagem dando conta de que “o aparelho está fora de alcance”.

Aplicativos infectados são os grandes responsáveis por incidentes de segurança em smartphones, embora não sejam os únicos (detalhes mais adiante). Fazer o download a partir de sites confiáveis, como a própria Play Store, minimiza os riscos, mas não garante 100% de segurança. Ainda assim, sugiro acessar o menu de Configurações, tocar em Segurança e desmarcar a opção Fontes desconhecidas. Isso limitará a instalação de aplicativos à loja oficial do Google, que, conforme já discutimos nesta sequência de postagens, são menos propensos a conter malware

Observação: Se você precisar instalar um app que não esteja disponível na Play Store, mas que possa ser baixado da Amazon, por exemplo, que é considerada segura, basta seguir os mesmos passos e reverter a configuração. 

Páginas da internet falsas — ou mesmo legítimas, mas “sequestradas” — podem disparar ataques de phishing, a exemplo de emails maliciosos e links fraudulentos. A boa notícia é que o modo de navegação segura do Google Chrome também está disponível na versão mobile do navegador. Para ativá-la, abra o browser, clique nos três pontinhos no canto superior direito da tela, acesse Configurações > Privacidade e marque a opção Navegação segura. Também nesse caso não há 100% de garantia, mas os riscos de você ser pego no contrapé por um site suspeito serão bem menores.

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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

COMO DEIXAR SEU SMARTPHONE MAIS SEGURO (QUINTA PARTE)


A POLÍTICA TALVEZ SEJA A ÚNICA PROFISSÃO PARA A QUAL NÃO SE JULGA NECESSÁRIA UMA PREPARAÇÃO.

Pode parecer a mais pura exaltação do óbvio, mas manter um antivírus no smartphone é tão importante quanto no computador — há uma série de opções na Play Store, muitas delas sem custo algum (saiba mais nesta postagem).

Outra medida aparentemente banal, mas igualmente funcional, é bloquear o telefoninho. Para isso, toque em Configurações > Segurança > Bloqueio de tela e escolha uma das opções de desbloqueio — digitar uma senha, criar um número de identificação pessoal (PIN) ou ligar uma sequência de pontos. Caso seu aparelho conte com a opção de desbloqueio por leitura de impressão digital, ative-o.

Se a versão do seu Android for a Lollipop (5.0) ou posterior, uma boa ideia é ativar o Smart Lock, que oferece cinco maneiras de manter o telefone desbloqueado enquanto ele estiver com você (para tanto, é só tacar em Configurar > Segurança > Smart Lock). Vamos aos detalhes.

Detecção no bolso usa os sensores do smartphone para detectar quando ele está na sua mão ou seu bolso e mantê-lo desbloqueado. Quando você o colocar sobre a mesa, por exemplo, o bloqueio de tela volta a entrar em ação. Mas é importante ressaltar que esse recurso não é totalmente à prova de xeretas: se outra pessoa qualquer pegar o aparelho, e ele estiver desbloqueado, o desbloqueio permanecerá enquanto o telefoninho estiver nas mãos ou no bolso dessa pessoa.

A opção Lugares confiáveis utiliza o GPS para manter o desbloqueio enquanto o smartphone estiver num “lugar confiável” — como sua casa ou escritório, por exemplo. A questão é que a precisão é de aproximadamente 80 metros, ou seja, o aparelho permanecerá desbloqueado num raio de 80 metros do endereço que você indicar — na prática, isso equivale a quase um quarteirão. Enfim, se você achar que vale a pena usar esse recurso, toque em Adicionar lugar confiável e digite o endereço desejado.

A opção Dispositivos confiáveis desbloqueia o celular quando ele está conectado a um “acessório confiável” — como um Smart Watch ou uma porta USB do carro. Para habilitá-lo, toque em Adicionar dispositivo confiável e siga as instruções na tela. Assim como nos lugares confiáveis, fique atento ao alcance: o alcance do Bluetooth pode chegar a 100 metros (em condições ideais, porque na prática ele fica em 10% disso, e olhe lá), e o aparelho ficará “aberto” dentro desta área.

Rosto de confiança: Como o nome sugere, esse recurso se vale do reconhecimento facial (com a câmera frontal do smartphone) para desbloquear o telefone, mas não funciona bem com pouca luz e pode não reconhecer seu rosto se você deixar raspar a barba, por exemplo. Além disso, os falsos positivos são comuns, ou seja, alguém parecido com você pode enganar o sistema e desbloquear o aparelho, embora não seja mais possível desbloqueá-lo exibindo uma foto dono do aparelho, como acontecia nas versões mais antigas do Android.

Voz de confiança desbloqueia seu smartphone usando sua voz como senha. Para isso, ative as opções Em qualquer tela e Voz de confiança e registre sua voz dizendo OK Google três vezes. A partir daí, basta dizer OK Google sempre que a tela estiver acesa ou o aparelho estiver carregando para desbloqueá-lo. Como nada é perfeito, esse recurso pode falhar em locais barulhentos ou ser enganado por pessoas que tenham um timbre vocal semelhante ao seu.

Por hoje é só. Até a próxima.

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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

COMO DEIXAR SEU SMARTPHONE MAIS SEGURO (CONTINUAÇÃO)


HÁ LIVROS ESCRITOS PARA EVITAR ESPAÇOS VAZIOS NA ESTANTE.

Nenhum programa de computador — de um simples plugin para navegador a um monstruoso sistema operacional — está livre de bugs (erros de programação que podem ou não ter a ver com segurança). A própria indústria do software considera “aceitável” a ocorrência de uma falha a cada 10 mil linhas de código, e como os sistemas e programas atuais são monstruosas obras de engenharia computacional — o Office 2013 é composto de 50 milhões de linhas e o Mac OS X Tiger, de quase 90 milhões —, não é difícil imaginar o tamanho da encrenca.

O Windows sempre foi considerado inseguro, sobretudo pelos linuxistas — notórios defensores do software livre, de código aberto —, mas seu maior problema é justamente a popularidade, pois é sempre mais produtivo desenvolver malwares ou exploits para um produto que abocanha 90% do seu segmento de mercado do que para outro que mal chega a 10%, como o Mac OS, ou a míseros 1,7%, como as distribuições Linux. E o mesmo raciocínio vale para smartphones baseados no sistema móvel Android, embora o iPhone não seja imune a ameaças digitais.

Não caia na conversa de que atualizações de software servem apenas para ocupar espaço no HDD do computador — e, por extensão, na memória interna do smartphone. Manter o sistema o os aplicativos up to date é fundamental. E em se tratando de aplicativos, volto a lembrar que menos é mais: instale somente aquilo que você realmente vai usar e faça o download a partir de fontes confiáveis, como a Google Play e a App Store, conforme o seu aparelho (mais detalhes na postagem anterior).

Diversos websites e webservices permitem que o internauta faça logon usando a conta do Facebook ou do Gmail, mas comodidade não combina com segurança: se por um lado essa facilidade poupa tempo e trabalho, por outro permite que terceiros tenham acesso, ainda que parcialmente, aos dados da conta. E só Deus sabe o que eles farão com suas informações. Evite, portanto.

Originalmente, os sistemas operacionais eram monotarefa — isso significa que você mandava um documento para impressão, por exemplo, e ficava esperando o processo terminar para poder realizar outra atividade qualquer no computador. No Windows, esse problema começou a ser solucionado com o lançamento do Win 95, que já era um sistema operacional autônomo (até então, o Windows era uma interface gráfica baseada no DOS) e suportava a multitarefa real — embora em máquinas com pouca RAM essa função provocasse lentidão e obrigasse o usuário a encerrar um ou mais aplicativos para poder rodar outro (embora isso seja "coisa do passado", rodar múltiplos aplicativos ao mesmo tempo continua sendo um problema em dispositivos com pouca memória RAM). 

Interessa mesmo é dizer que você até pode fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas dificilmente conseguirá prestar atenção a tudo que estiver fazendo. No PC ou no smartphone, manter diversas abas do navegador abertas pode levá-lo a clicar em algo inapropriado ou enviar mensagens em massa quando a ideia era encaminhá-las para um destinatário específico, por exemplo. Barbas de molho, portanto.

Amanhã a gente conclui.

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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

COMO DEIXAR SEU SMARTPHONE MAIS SEGURO


PENSAR MAL DOS OUTROS PODE ATÉ SER REPROVÁVEL, MAS RARAMENTE É ENGANO.

Nos primórdios da computação pessoal, os vírus eletrônicos eram transmitidos por disquetes infectados, mas não iam além de pregar peças nos incautos — reproduzindo, por exemplo, imagens e/ou sons engraçados ou pornográficos. 

Com o uso doméstico da internet e do correio eletrônico, no entanto, essas pragas não só passaram a se disseminar mais rapidamente, como também se tornaram “agressivas”, sem mencionar que um belo dia os hackers “do mal” perceberam o quanto elas poderiam lhes ser úteis. E o resto é história.

A popularização dos smartphones estimulou os criadores de malware a adaptar suas obras aos sistemas móveis, e o número de usuários afetados cresce a passos de gigante, principalmente entre os que utilizam o Android (por ser mais popular e, portanto, mais visado), embora os iPhones não sejam imunes a ataques.

O fato é que segurança e comodidade são como água e azeite. Por conta de sua versatilidade e dimensões reduzidas, o smartphone acompanha o usuário a toda parte, mas, na correria do dia a dia, a maioria de nós não age com cautela ao revisar notificações em redes sociais e verificar emails. E é aí que mora o perigo, embora o risco de infeção nas plataformas móveis tenha mais a ver com a instalação de apps maliciosos.

Por essas e outras, a primeira dica que você deve seguir para manter seu telefoninho seguro é ser prudente na hora de instalar novos aplicativos. Primeiro, porque podemos passar muito bem sem a maioria deles; segundo, porque, uma vez instalados, eles passarão a consumir espaço nas memórias (interna e RAM) e disputar ciclos de processamento com os apps que a gente realmente usa. 

Se o programinha for realmente útil para você, faça o download a partir da loja do fabricante do aparelho ou do sistema operacional (Google Play ou App Store) e só toque no botão “Aceito” depois de conferir o que está realmente aceitando, ou você acabará concedendo toda sorte de permissões, e algumas delas podem ter consequências danosas.

Amanhã a gente continua.

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