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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

AINDA SOBRE BILL GATES

QUEM DÁ AOS POBRES EMPRESTA A DEUS. QUEM EMPRESTA AOS POBRES DÁ ADEUS.

Num livro lançado às vésperas da virada do milênio, Bill Gates fez diversas previsões sobre tecnologia que acertaram na mosca. Dentre outras coisas, ele profetizou o surgimento de serviços automatizados de comparação de preços ― que hoje são largamente utilizados, até mesmo via smartphone. 

Observação: Ressalte-se que, quando o livro foi lançado, ainda não existiam smartphones, mas Gates previu que as pessoas transportariam dispositivos pequenos, capazes de lhes permitir ler notícias, obter informações do mercado financeiro, horário de voos nos aeroportos e por aí afora. E hoje temos celulares inteligentes, tablets, smartwatches e até eletrodomésticos como geladeiras inteligentes, que ainda não estão presentes em todos os lares, mas enfim...

Também fazem parte da lista do visionário o pagamento de contas online (e está aí o net banking, que permite isso e muito mais), o agendamento remoto de consultas médicas e visualização de resultados de exames (que já são atividades corriqueiras no nosso dia a dia), as câmeras inteligentes e os “companheiros pessoais”, que interligariam e sincronizariam um sem número de dispositivos (ou seja, o que hoje conhecemos como “internet das coisas”).

Outras palpites certeiros remetem ao streaming de vídeo para uso doméstico (e isso quando o acesso à internet ainda era provido pela arcaica conexão discada), aos “sites privados para amigos e familiares” (que se traduziram no Orkut, no Facebook, no Instagram, ao WhatsApp e nas redes sociais em geral), à popularização de anúncios personalizados, de serviços e aplicativos que oferecem produtos com descontos (como Google Now e do Airbnb), à publicidade inteligente, na transmissão de programas de TV com links para conteúdos relevantes, aos fóruns comunitários, nos softwares de gerenciamento e até em serviços para procura de empregos online (caso do popular LinkedIn).

A Gates, como à maioria das pessoas que se destacam significativamente pelo que são ou pelo que fazem, atribuem-se diversas passagens que não têm qualquer fundo de verdade. Um bom exemplo é a nota de US$ 1000, que eu comentei na primeira parte desta matéria (essas cédulas foram tiradas de circulação quando o fundador da Microsoft tinha apenas 14 anos, muito antes, portanto, de ele se tornar bilionário). Outra bobagem que se popularizou na Web afirmava que a Microsoft e a AOL estariam se fundindo e quem encaminhasse determinada mensagem de email para Gates receber uma quantia considerável. Nada muito diferente do SCAM dos dias atuais, embora sem efeitos danosos (além de estimular os incautos a enviar carradas de mensagens ao bilionário).

É verdade que Gates foi detido pela polícia em 1977, quando tinha 21 anos, por dirigir em alta velocidade e não portar carteira de motorista. Todavia, a afirmação de que ele teria gasto milhões de dólares para limpar sua ficha não procede, mesmo porque a foto tirada quando ele foi fichado (que ilustra esta postagem) pode ser facilmente encontrada na Web. Por outro lado, ele gastou uma nota preta para evitar que fotografassem seu casamento com Melinda French, em 1994, quando não só alugou todos os quartos vagos do hotel em que ficou hospedado, mas também todos os helicópteros da região, evitando, assim, os cliques dos paparazzi.

Diz-se à boca pequena que o sucesso da Microsoft se deve mais ao “oportunismo” de Bill Gates do que à sua capacidade como programador. Aliás, eu mesmo cheguei a mencionar esse fato numa postagem sobre a evolução do Windows. Para resumir a história, lá pelos anos 1970, quando resolveu lançar seu Personal Computer, a IBM não dispunha de um sistema operacional, e aí procurou Gates, supondo que a Microsoft detivesse os direitos autorais do Control Program for Microcomputer. Ele desfez o equívoco, o que contraria sua fama de oportunista, mas, mesmo sem jamais ter desenvolvido um SO, aceitou o desafio. Só que, em vez de escrever o programa a partir do zero, a Microsoft adaptou o QDOS (que comprou de Tim Paterson por US$50 mil) para o hardware da IBM, rebatizou-o de MS-DOS e com ele dominou o mercado dos PCs compatíveis.

Gates prefere o Twitter ao Facebook, mas não devido à sua pretensa rivalidade com Mark Zuckerberg. No entanto, é fato que ele proibiu a entrada de produtos da Apple em sua casa, depois que seu relacionamento com Steve Jobs azedou e a concorrência da Microsoft com a turma da maçã se acirrou. Em entrevista publicada na revista Vogue, em 2009, Melinda Gates disse: “há poucas coisas na lista de proibições de nossa casa, mas duas das coisas que não damos aos nossos filhos são iPods e iPhones.

Gates se afastou da Microsoft (em 2008) para se dedicar integralmente à Bill & Melinda Gates Foundation. A instituição faz vultosas doações para caridade e para o financiamento de pesquisas visando à cura de doenças. também. Além disso, Gates tenciona distribuir sua fortuna, como já disse em diversas entrevistas. Claro que deixará os herdeiros desamparados, até porque que seu patrimônio é de quase 100 bilhões de dólares. Mas isso já é outra história.

Até a próxima.


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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

COISAS SOBRE BILL GATES QUE VOCÊ TALVEZ DESCONHEÇA

TENTE APRENDER ALGUMA COISA SOBRE TUDO E TUDO SOBRE ALGUMA COISA.

Willian Henry Gates III já foi e deixou de ser homem mais rico do mundo uma porção de vezes. Em 1999, sua fortuna superou US$ 100 bilhões. No último dia 27, com “apenas” US$ 89,8 bilhões, o fundador da Gigante do Software perdeu o posto para Jeff Bezos, fundador e presidente da gigante Amazon, mas foi reconduzido ao topo do ranking da Forbes poucas horas depois ― na manhã daquela quinta-feira, Bezos chegou a ter US$ 90,6 bilhões, mas seu patrimônio foi reduzido para US$ 88,7 bilhões naquele mesmo dia, depois que as ações da Amazon recuaram 0,65%.

Ainda que tenha retornado a “meros dois dígitos”, a fortuna de Gates supera a soma do PIB dos 40 países mais pobres do mundo. E isso depois de ele ter doado dezenas de bilhões de dólares através de sua fundação (Bill and Melinda Gates Foundation). Por outro lado, se ganhasse a vida como vidente, talvez estivesse pobre: uma das previsões mas funestas que fez ao longo de seus 62 anos de vida foi de que “640 kilobytes de RAM seriam mais memória do que qualquer um precisaria em um computador” (ele nega até hoje que teria dito isso, mas enfim...). Outra profecia foi de que o spam seria varrido da internet até o ano de 2002.

Gates não está sozinho nessa: outros próceres da tecnologia também se revelaram péssimos profetas. Thomas J. Watson, fundador da empresa que daria origem à IBM, teria afirmado que “um dia haveria mercado para talvez cinco computadores”. Quatro décadas depois, a IBM lançaria o Personal Computer, responsável por transformar a computação pessoal num produto de consumo de massa.

Voltando a Mr. Gates, consta que suas primeiras “aulas” de computação foram ministradas por Paul Allen, com quem ele viria a fundar a Microsoft. Ainda garoto, invadiu o sistema da escola onde estudava e alterou a distribuição dos alunos nas salas de aula ― supostamente porque era sempre colocado em salas com “um número desproporcional de meninas interessantes”. 

Aos 17 anos, Bill vendeu àquela mesma escola (por US$ 4.200) um sistema de calendário digital que havia criado. Já em Harvard, escreveu um algoritmo de classificação que manteve por mais de 30 anos o recorde de solução mais rápida para o problema apresentado em uma aula de análise combinatória. A um professor da Universidade, afirmou que se tornaria milionário antes dos 30 anos de idade. Errou feio: aos 31, já era bilionário. Em 2007, trinta anos depois de ter abandonado a faculdade, recebeu um doutorado “honoris causa”, cumprindo a promessa feita ao pai, de um dia obter um diploma universitário.

Gates foi amigo de Steve Jobs, com quem costumava sair com as respectivas namoradas. A amizade terminou, ao contrário de seu casamento com Melinda French. Na garagem de uma das suas mansões, avaliada em 125 U$$ milhões, o bilionário mantém uma “modesta” coleção de veículos esportivos da consagrada marca Porsche.

Amanhã eu conto o resto.

A DITADURA DE MADURO E A PATULEIA TUPINIQUIM

Política internacional não é o mote desta comunidade, mas a lamentável situação em que se encontra a Venezuela e o absurdo apoio da esquerda tupiniquim a Maduro merecem algumas linhas ― que eu convido o leitor a acompanhar, se tiver estômago para tanto.

A Venezuela começou a se transformar numa ditadura com a eleição de Hugo Chávez, e a situação se agravou com o advento de Nicolás Maduro e seus discursos inflamados, ao estilo bolchevique de outrora. Na sequência, vieram o empoderamento do Estado, o cerceamento das liberdades individuais, as estapafúrdias tentativas de conter a inflação e a utilização dos meios militares para a instauração de uma ditadura socialista-bolivariana. Quando a cotação do petróleo despencou, o dinheiro minguou e alimentos e remédios escassearam, resultando na escalada autoritária do tiranete no afã de conter as revoltas populares ― para, segundo ele, preservar “conquistas sociais” que já nem existem mais! 

De acordo com o filósofo e escritor Pedro Henrique Alves, a ditadura se sumariza basicamente na repressão ao contraditório ― que leva à ausência de uma oposição política organizada e livre no campo social ― e no cerceamento da opinião pública livre, seja nas manifestações públicas de rua, seja nas expressões políticas, tanto através dos poderes constitucionais quando da mídia.

Nicolás Maduro ignora a tripartição dos poderes, governa por decreto, controla o Judiciário e o Congresso com mão de ferro e é useiro e vezeiro em descumprir contratos, inclusive com a Petrobras ― atitude inaceitável, mas que os governos Lula e Dilma aceitaram docilmente. Aliás, Lula jamais condenou a ditadura cubana; quando da morte de Fidel, disse ele em seu pronunciamento: “o maior de todos os latino-americanos, o comandante em chefe da revolução cubana, meu amigo e companheiro”. Anos antes, quando Chávez morreu, o petralha gravou um vídeo para a campanha eleitoral de seu sucessor, a quem se referiu como “o presidente com que Chávez sempre sonhou”. Eleito, Maduro retribui o afago: “Lula, para nós, também é um pai” (talvez por isso os venezuelanos chamem seu presidente de filho da puta).

É certo que atravessamos a maior crise político-econômica da nossa história e que a situação recomenda dar atenção ao nosso quintal em vez de palpitar no do vizinho. Mas não há como negar que o governo de Maduro é uma macabra ditadura, nem como aceitar que imbecis como a senadora bolivariana corrupta Gleisi Hoffmann ― que Lula promoveu a presidente nacional da sua facção criminosa― e seus acólitos vermelhos apoiem o criminoso venezuelano, como se viu em meados do mês passado, durante o encontro comunista "Foro de São Paulo".  Aliás, o PSOL também defendeu publicamente a constituinte lunática com Maduro empalou o povo venezuelano, sem qualquer legitimidade, na base do decreto e com o apoio de sua espúria militância.

O apoio patético da patuleia tupiniquim a tamanho absurdo comprova o quanto a esquerda latino-americana é retrógrada, antidemocrática e ditatorial. Ao apoiar a ditadura venezuelana, o PT ― carro chefe dos partidos “de esquerda” tupiniquins ― deixa claro que seu plano para o Brasil não seguiria pelo viés democrático durante muito tempo, e só não derivou para o bolivarianismo porque nossas instituições ainda possuem sustentação democrática e princípios morais conservadores e contrários aos planos socialistas.

De acordo com o filósofo e escritor Pedro Henrique Alves, “para aqueles que não defendem e nem propagam ideologias como doutrinas religiosas, para aqueles que não se deixam cegar pelo evangelismo sindical, era mais do que evidente que a esquerda brasileira estava ― e está ― conchavada às ditaduras latino-americanas; o grande problema é que o apoio tolo desses partidos apenas deixaram os holofotes ainda mais focados naquilo que outrora eles tentavam esconder a todo custo, ou seja, que a esquerda bolivariana é antidemocrática e usa da ditadura como modus operandi de sua ideologia. O que outrora os opositores conservadores e liberais faziam ao mostrar as intenções ditatoriais da esquerda em suas colunas jornalísticas, agora a própria esquerda faz ao revelar sua face ditatorial de governança política. Agora podem ser comprovadas, pelas próprias palavras desses partidos, suas intenções e convicções políticas; sem mais cortinas de fumaça ou palavrórios vadios, a esquerda mostra no que acredita e como age para conseguir”.

Não ser de esquerda, hoje, é uma questão de sensatez. Mas existe tanta sensatez nas toupeiras vermelhas quanto carne e o papel higiênico nos supermercados venezuelanos. Tanto é que, em sua miopia insana, essa choldra vê o impeachment da ex-presidanta petralha como golpe, e a “constituinte” de Maduro como a mais pura expressão da democracia, a despeito de o tiranete se perpetuar no poder no melhor estilo bolchevique, usando a força militar para destruir a oposição e matando populares que ousam se insurgir contra ele.

Tudo isso é visto com a maior normalidade pelos partidos socialistas brasileiros, que chamam alguém de fascista por apoiar a reforma da previdência ou por não endossar a causa do aborto. Com gente assim na política, este país não pode mesmo dar certo.

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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A SUPREMACIA WINDOWS


Depois alguns leitores perguntam por que eu não edito o Blog nos finais de semanas e feriados... Diante da escassez de comentários e visualizações de páginas que mal se aproximam das de uma quarta-feira de bom movimento, publicar novas postagens é gastar boa vela com mau defunto, se me permitem usar uma expressão adequada ao feriado de finados. Enfim, passemos ao que interessa:

Reza a história que o computador nasceu do ábaco – criado há milhares de anos no antigo Egito – cuja desenvoltura na execução de operações aritméticas seria superada somente pela Pascalina, no século XVII. Já o “processamento de dados” só viria a tomar impulso dois séculos depois, com o Tear de Jacquard – primeira máquina mecânica programável –, que serviu de base para Herman Hollerith construir um tabulador estatístico com cartões perfurados.
Mais adiante surgiram o Analisador Diferencial de Claude Shannon, o Z1 de Konrad Zuze – tido e havido como o primeiro computador binário digital –, o Mark 1, o Z3, o Colossus, o ENIAC – portento de 18 mil válvulas e 30 toneladas, que produziu um enorme blecaute ao ser ligado, em 1946. Em seguida, vieram o EDVAC – já com memória, processador e dispositivos de entrada e saída de dados – e o UNIVAC – que utilizava fita magnética em vez de cartões perfurados –, mas foi o transistor que revolucionou a indústria dos computadores, notadamente a partir de 1954, quando seu custo de produção foi barateado pela utilização do silício como matéria prima. 
No final dos anos 1950, a IBM lançou os primeiros computadores totalmente transistorizados (IBM 1401 e 7094), mas foi a TEXAS INSTRUMENTS que deu à luz os circuitos integrados (compostos por conjuntos de transistores, resistores e capacitores), usados com total sucesso no IBM 360 (lançado em 1964).
No início dos anos 1970, a INTEL desenvolveu uma tecnologia capaz de agrupar vários CIs numa única peça, dando origem aos microprocessadores, e daí à criação de equipamentos de pequeno porte foi um passo. Em poucos anos, surgiriam o ALTAIR 8800 (vendido sob a forma de kit), o PET 2001 (considerado o primeiro microcomputador pessoal) e os Apple I e II.
O sucesso estrondoso da Apple despertou o interesse da IBM nos microcomputadores, levando-a a lançar seu PERSONAL COMPUTER, cuja arquitetura aberta e a adoção do MS-DOS estabeleceram um padrão de mercado. Em resposta, a Empresa da Maçã incorporou a interface gráfica com sistema de janelas, caixas de seleção, fontes e suporte ao uso do mouse – tecnologia de que a XEROX dispunha desde a década de 70 – num microcomputador revolucionário, que estava anos-luz à frente da IBM/Microsoft quando o Windows 2.0 chegou ao mercado.
Muita água rolou por baixa da ponte desde então. Em vez de aperfeiçoar o PC de maneira a utilizar o novo processador 80386 da INTEL, a IBM preferiu lançar o PS/2, com arquitetura fechada e proprietária. Mas a Compaq – que já vinha ameaçando destronar a rival – convenceu os fabricantes a continuar utilizando a arquitetura aberta, e o estrondoso sucesso do Windows 3.1 contribuiu para liquidar de vez a parceria Microsoft/IBM, conquanto ambas as empresas continuassem buscando desenvolver, cada qual à sua maneira, um sistema que rompesse as limitações do DOS. Depois de uma disputa tumultuada entre o OS/2 WARP e o Windows 95 (já um sistema operacional autônomo), a estrela de Bill Gates brilhou mais forte, e o lançamento do Win 98 consagrou sua empresa como a “Gigante do Software”.
O resto é história recente: a arquitetura aberta se tornou padrão de mercado, o Windows se firmou como o SO mais utilizado em todo o mundo: hoje, de acordo com a NETMARKETSHARE, as edições XP, Vista e Seven, somadas, açambarcam 92% do mercado de sistema operacionais (veja mais detalhes no gráfico ao lado).
Segundo a Microsoft, a demanda pelo Eight já superou a verificada na época de lançamento do seu predecessor, e tudo indica que seu futuro seja alvissareiro, considerando que, desde seu lançamento, em 2009, o Seven já vendeu quase 700 milhões de cópias. É mole ou quer mais?
Um ótimo dia a todos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

INCLUSÃO DIGITAL, BANDA LARGA & CIA.


Quando começaram a pipocar, os PCs eram meros símbolos de status, pois, na prática, não passavam de substitutos das máquinas de escrever e de somar. No entanto, eles logo mostraram a que vinham, notadamente após a popularização da Internet, e hoje em dia, para quem mora nas grandes metrópoles, uma máquina desconectada é tão útil quanto um carro sem combustível.
Por outro lado, segundo um estudo do Comitê Gestor da Internet, menos da metade dos lares brasileiros dispõe de computadores e, desse universo, menos da metade tem conexão em banda larga (nas áreas rurais, 90% dos usuários não têm conexão de espécie alguma).

Observação: Dentre os 5.568 municípios brasileiros, Florianópolis (SC) é o que apresenta maior índice de inclusão digital. No ranking de 160 países (envolvendo telefonia fixa, celular e Internet), Singapura ocupa o primeiro lugar, a República Centro-Africana, o último, e o Brasil fica bem no meio (80ª posição).

Falando em tecnologia, cada produto tem características, comandos e funções específicas que os manuais nem sempre detalham com maestria, não é mesmo? Mas isso não se aplica à Land Rover, que ensina os usuários a fazer fogueiras, caçar animais e se orientar pelas estrelas, e ainda fabrica os livretos a partir de farinha de batata e tinta de glicerina, de modo que eles podem ser comidos em caso de necessidade (cada unidade tem valor nutricional equivalente ao de um cheeseburger).

Bom apetite a todos e até mais ler.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Maracutaias e humor...

O tema desta postagem foge ao nosso convencional, mas é possível que, variando um pouco, a gente consiga arrancar alguns comentários dos gatos pingados que ainda nos honram com suas visitas J
Maracutaia na política não é nenhuma novidade: dizem que o nepotismo desembarcou em “Terra Brasilis” quando a esquadra de Cabral aportou na Bahia, e o escriba Pero Vaz de Caminha, na sua famosa carta, pediu ao Rei D. Manoel que interviesse em favor de um sobrinho (ou afilhado, não me lembro bem) que estava desempregado.
Não sei como estaríamos hoje se o Brasil tivesse sido colonizado pelos ingleses. Pelos espanhóis, a julgar pela situação dos nossos vizinhos, não é difícil imaginar. Demais disso, política e lisura são, tradicionalmente, conceitos mutuamente excludentes, e embora não sirva de consolo, não é só por aqui que “suas excelências” se locupletam com propinas milionárias e patrocinam orgias memoráveis com o suado dinheiro dos impostos. Isso acontece também no chamado Primeiro Mundo, como se viu recentemente na Europa – e resultou na queda do todo poderoso primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi.
Com cabelos implantados e rosto liso à custa de cirurgias plásticas, “IL CAVALIERI” não aparenta os 75 anos que tem. E o mesmo se aplica a seu apetite sexual: embora não se saiba exatamente o que se passa em seus “bunga-bungas”, fotos de uma dessas bacanais mostram septuagenários se divertindo com “jovens desinibidas” que parecem não ter idade suficiente para tirar carteira de motorista. Em setembro do ano passado, um casal preso sob acusação de chantagem admitiu que fornecia “elemento humano” para essas orgias, mas o ex-premiê afirmou que deu dinheiro a eles simplesmente para ajudar uma família em situação de extremas dificuldades. Quanta generosidade!
Tudo bem que ser mulherengo e devasso é uma coisa, ser corrupto é outra, mas só a Velhinha de Taubaté acreditaria que alguém começa a vida profissional como crooner em bares e navios e, trabalhando honestamente, constrói um império que vai da mídia aos seguros e amealha uma fortuna calculada pela revista FORBES em US$ 9 bilhões.

Observação: Para quem não sabe ou não se lembra, a Velhinha de Taubaté é um personagem caricato criado por Luis Fernando Veríssimo durante a gestão do ex-presidente Figueiredo (1979-1985). Famosa por ser a última pessoa no Brasil que acreditava no governo, ela “faleceu” em novembro de 2005, aos 90 anos, decepcionada o quadro político brasileiro, em especial com o seu ídolo, Antonio Palocci.

Conclusão dos fatos: a gestão Berlusconi colocou a Itália à beira da bancarrota e quase arrastou com ela boa parte da Europa. Guindado ao poder desde 1994 e tendo ocupado por três vezes o cargo de primeiro-ministro, mesmo acusado de corrupção e de ligações com a Máfia, ele só foi apeado do poder em novembro de 2011. O resto é história recente.
E viva o povo brasileiro!

Passemos agora ao nosso humor de sexta-feira:


Bom f.d.s. a todos.