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segunda-feira, 26 de julho de 2010

De volta ao processador

Fuçando aqui nos meus alfarrábios, encontrei numa edição antiga do saudoso Curso Dinâmico de Hardware uma matéria sobre microprocessadores que eu redigi lá pela virada do século. Com a sensação de quem reencontra um velho amigo, li o texto de cabo a rabo e constatei que ele continua “atual”, embora tenha sido escrito na época áurea dos Intel Pentium. Cheguei a pensar até em transcrevê-lo na íntegra, mas desisti devido ao tamanho (8 páginas da revista). Entretanto, nada me impede de usá-lo como base para criar uma ou duas postagens sobre o processador mais adequado às nossas necessidades, já que isso é uma questão complicada: embora as opções se restrinjam basicamente a chips da Intel e da AMD, cada um desses fabricantes dispõe de várias famílias com arquiteturas, especificações e recursos distintos.

O microprocessador (ou CPU, ou simplesmente processador) é cantado em prosa e verso como sendo o “cérebro” do computador. No entanto, da mesma forma que um cérebro precisa de um corpo que o abrigue e de um coração que o alimente, a performance de um sistema computacional depende de cada um dos elementos que o integram. Parafraseando o Mestre Carlos Morimoto, todo PC é tão rápido quanto seu dispositivo mais lento.

Observação: A “velocidade” da CPU não deve ser vista como única referência de performance – nem do processador nem (muito menos) do sistema. Essa idéia talvez fosse admissível nos primórdios da informática, mas não hoje, quando outras variáveis se tornaram tão ou mais importantes do que o clock: embora ele espelhe o número de operações executadas a cada segundo, o que o processador é capaz de fazer em cada operação é outra história. Ainda que a “velocidade” da CPU seja tomada como parâmetro de desempenho, ela expressa somente o número de operações executadas pelo chip a cada segundo – uma CPU que opere a 3 GHz, por exemplo, executa três bilhões de operações por segundo.

Para entender melhor essa questão, podemos comparar o sistema computacional a uma orquestra, onde o maestro e os músicos devem atuar em perfeita harmonia para proporcionar um bom espetáculo – músicos gabaritados até podem mascarar a incompetência de um regente chinfrim, mas a recíproca quase nunca é verdadeira. Reproduzindo um exemplo que eu citei na matéria original, o desempenho de um jurássico 486 de 100 MHz era 50% inferior ao de um Pentium de mesma frequência, mas se abastecido com 32 MB de RAM, ele era capaz de rodar o Win95 com mais desenvoltura do que um Pentium III de 1 GHz com apenas 8 MB.

Conquanto fosse interessante detalhar o processo de fabricação dos microchips, sua evolução, formatos, soquetes e outros que tais, isso não teria grande relevância para quem precisa escolher o “maestro que irá reger sua “orquestra”, de modo que fica para outra oportunidade. De momento, cumpre ressalvar apenas que diversos aprimoramentos (aumento do número de transistores, incorporação do coprocessador matemático e da memória cache, dentre outras coisas) tiveram enorme impacto no desempenho e na maneira como as CPUs passaram a decodificar e processar as instruções. Para se ter uma ideia da importância do cache do processador, no final do século passado, quando estava perdendo parte do mercado de PCs de baixo custo para a AMD, a Intel resolveu lançar uma linha de chips mais baratos – que eram basicamente modelos Pentium II desprovidos de cache L2 integrado, com desempenho 40% inferior. Por conta disso, o Celeron não teve boa aceitação e foi severamente criticado pela imprensa especializada. Mesmo que a burrada tenha sido corrigida mais adiante, muitos usuários até hoje torcem o nariz para os integrantes dessa família de microchips.

Amanhã a gente conclui; abraços e até lá.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Formatação e outras sutilezas do HD

Numa postagem publicada recentemente em O Blog do seu PC, o Kevin desmitificou uma crença (comum entre usuários domésticos) segundo a qual formatações freqüentes supotamente causam danos ao disco rígido. Pegando um gancho nesse tema, resolvi acrescentar algumas considerações, começando por salientar que o HD é formatado de duas maneiras: física e lógica. A formatação física, feita na fábrica, cria as trilhas (círculos concêntricos numerados da borda para o centro (0, 1, 2, 3, e assim sucessivamente), os setores (pequenas subdivisões dessas trilhas) e os cilindros (que correspondem aos conjuntos de trilhas de mesmo número nos vários pratos) necessários ao funcionamento dos discos.
Drives antigos podiam – e precisavam – ser reformatados fisicamente (pois a contração/expansão dos pratos e a utilização de um prosaico motor de passo acabavam alterando a disposição das trilhas e comprometendo a leitura dos dados). Mas os modelos atuais não apresentam esse tipo de problema – e nem podem ser reformatados fisicamente pelo usuário; ainda que existam softwares tidos e havidos como utilitários para formatação física dos discos, eles não passam de simples ferramentas de diagnóstico um pouco mais eficientes que o chkdsk do XP, e olhe lá.
A formatação lógica, por seu turno, serve para "inicializar" o drive, e pode ser feita, desfeita e refeita sempre que necessário, já que não altera a estrutura física dos discos nem interfere na forma como a controladora os utiliza (ela apenas permite que o SO "enxergue" as partições e define os parâmetros necessários para o gerenciamento do espaço disponível).
Convém ter em mente que os HDs são dispositivos eletromecânicos sensíveis e delicados. Como qualquer outro componente do PC, eles têm uma vida útil limitada, mas que pode ser prolongada ou abreviada conforme as condições de trabalho e a forma como são tratados pelos usuários.
Para manter seu HD saudável por mais tempo, assegure-se de que ele esteja instalado na vertical ou na horizontal (nunca inclinado) e fixado na baia do gabinete com todos os parafusos (de modo a eliminar vibrações indesejáveis). Evite submetê-lo a impactos e solavancos e proteja-o de distúrbios da rede elétrica utilizando um no-break (para mais detalhes, clique http://fernandomelis.blogspot.com/2006/09/onde-ligar-o-computador.html e aqui aqui  e leia os posts subseqüentes).

Observação: As cabeças magnéticas que fazem a leitura e a gravação dos dados atuam sobre pratos que giram em altíssimas velocidades, criando um “colchão de ar” que as mantêm afastadas micrometricamente da superfície dos discos. Assim, uma interrupção abrupta no fornecimento de energia pode ser fatal. Ainda que HDs modernos recolham automaticamente as cabeças nessas circunstâncias, isso não evita a perda de dados, já que os arquivos em execução são salvos primeiramente no cache de disco e no buffer de memória do próprio HD, para depois serem gravados nos discos. Então, é recomendável usar um no-break, que provê energia suficiente para você salvar adequadamente seu trabalho, fechar os aplicativos, encerrar o Windows e desligar corretamente o computador.

Para finalizar, mantendo o sistema livre de malwares e fazendo manutenções preventivas regulares (com auxílio de softwares apropriados, conforme já comentamos em outras postagens), você assegura o que o desempenho do computador permaneça em patamares aceitáveis por anos a fio. Considerando que o preço do hardware vem caindo progressivamente, e que novas soluções tecnológicas estimulam os usuários a modernizar seus equipamentos em intervalos cada vez menores, talvez nem seja preciso reformatar o HD e reinstalar o Windows antes de passar sua máquina adiante.
Abraços a todos e até mais ler.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Dicas

Nem sei quantas vezes já comentei que o passar do tempo e o uso normal do PC degradam o desempenho do sistema, razão pela qual alguns procedimentos básicos de manutenção preventivo-corretiva são essenciais para contornar esse problema e manter a máquina “nos trinques”. No entanto, mesmo rodando regularmente as ferramentas nativas do Windows (para limpeza de disco e correção e desfragmentação dos dados) ou, preferencialmente, utilizando suítes de utilitários como o Adevanced System Care, o WinUtilities, o CCleaner (ou outra das muitas opções já sugeridas em nosso Blog), ninguém está livre de uma eventual reinstalação do sistema.
Por conta disso, é bom saber que o CompuApps SwissKnife é um aplicativo gratuito para gerenciamento do HD, que se propõe não só a criar, modificar e apagar partições, mas também a formatar o disco mais rapidamente do que as ferramentas nativas dos sistemas operacionais (como o "format.exe", do Windows). Para conhecer melhor o programa – e fazer o download, se for o caso, cluique aqui aqui. Vale lembrar que o Baixaki também disponibiliza esse programa (em http://baixaki.ig.com.br/download/CompuApps-SwissKnife.htm) , além de oferecer uma adaptação traduzida das informações existentes no site original.
O Driver Magician Lite , igualmente gratuito, serve para identificar os componentes de hardware do computador, extrair os drivers respectivos e fazer um backup num local à escolha do usuário. O programinha pode ser muito útil quando, após a reinstalação do sistema, o usuário não consegue localizar os disquetes e/ou CDs de drivers que vieram junto com a máquina e/ou com seus componentes (vale lembrar que sempre é possível pesquisar e baixar os drivers pela Internet, mas isso leva bem mais tempo e dá bem mais trabalho). O software também é oferecido pelo Baixaki (http://baixaki.ig.com.br/download/Driver-Magician-Lite.htm), com um resumo traduzido das informações de praxe.
Um bom dia a todos e até mais ler.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Problemas e soluções

Todo aparelho está sujeito a panes, e o computador não é exceção. Se até mesmo nosso corpo – tido como criação divina e havido como a mais perfeita das “máquinas” – requer visitas regulares ao médico, o que seria de se esperar de geringonças projetadas e construídas por seres humanos, sabidamente falíveis?
No entanto, embora os técnicos também precisem comer, antes de gastar dinheiro levando seu PC para o conserto é bom saber que muitos problemas podem ser resolvidos em questão de minutos e com um mínimo de esforço. Confira a seguir algumas dicas e estratégias que cobrem os defeitos mais comuns:

Se você ligar o PC e ele se fingir de morto, verifique primeiramente o fornecimento de energia elétrica (estabilizador de tensão, filtro de linha e a própria tomada, que pode ser testada com um multímetro ou simplesmente ligando a ela um abajur, rádio ou coisa parecida). Caso tudo esteja normal, remova a tampa do gabinete e certifique-se de que todos os conectores e componentes – placas de vídeo, memória RAM, etc. – estejam bem encaixados. Se nem assim a máquina ligar, é possível que o problema esteja relacionado com a fonte de alimentação ou, pior, com placa-mãe (e a não ser que você seja um usuário experiente e disponha de peças sobressalentes, o melhor a fazer será procurar ajuda especializada).

Observação: Se você ouvir alguns bipes “estranhos” durante a inicialização, é sinal de que o BIOS está tentando dar pistas do problema. Todavia, como esses códigos não são padronizados, será preciso consultar o manual do aparelho ou acessar o site do fabricante (através de outra máquina, evidentemente) para obter mais informações a propósito.

Supondo que o computador ligue, mas o Windows não carregue corretamente, reinicie o sistema e tecle F8 repetidamente durante o boot. No menu que surgir na tela, escolha “Última configuração válida”, tecle ENTER e torça para dar certo. Se não funcionar, escolha a opção "Modo de Segurança com Prompt de Comando", faça login como administrador, digite windows\system32\restore\rstrui.exe na linha de comando, tecle ENTER e siga as instruções exibidas na tela. Se nem isso resolver, volte ao Modo de Segurança, clique em Iniciar, Todos os Programas, Acessórios, Ferramentas do Sistema e, em Restauração do Sistema, tente reverter o sistema para o último ponto de restauração criado. Se ainda assim o Windows não carregar, experimente desinstalar o último aplicativo que você instalou e/ou reverter uma eventual atualização de drivers.

Observação: Se nem o Modo de Segurança funcionar, é possível que seu HD esteja falhando. Tente dar o boot com auxílio do CD/DVD de recuperação fornecido pelo fabricante para, pelo menos, salvar seus arquivos pessoais (alternativamente, você pode instalar seu disco como Slave em outro computador e, a partir dali, copiar os arquivos para um DVD-R ou um pendrive).

Se o Windows iniciar e der pau logo em seguida, certifique-se de que seu antivírus esteja atualizado e faça uma varredura completa. Na dúvida, obtenha uma segunda opinião sobre a saúde do sistema com um serviço online (como os oferecidos nos sites da Kaspersky, McAfee, Panda, Symantec e TrendMicro). Se nada de estranho for encontrado, vale checar a inicialização (clique em Iniciar, Executar, digite msconfig e dê OK; selecione a aba Iniciar, desmarque as opções suspeitas e reinicie o computador), os processos que rodam em segundo plano (abra o Gerenciador de Tarefas, clique na aba Processos e use o site ProcessLibrary.com como referência para descobrir o significado dos itens obscuros) Para mais informações sobre como tentar solucionar problemas dessa natureza, clique aqui.

Se nada disso resolver o problema, talvez seja o caso de formatar o HD e reinstalar o Windows a partir do zero (ou de dar o braço a torcer e procurar ajuda especializada).

Observação: Em alguns casos, instabilidades e travamentos do sistema podem ser solucionados com a atualização do BIOS (para mais detalhes, clique aqui).

Bom dia a todos e até mais ler.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Víurs "retrô"

Para encerrar (temporariamente) o assunto iniciado com a postagem da última segunda-feira, vale lembrar que, a despeito de as pragas digitais atuais terem como objetivo coletar informações das vítimas (notadamente senhas bancárias e números de cartões de crédito), um malware identificado recentemente pela empresa de segurança SOPHOS vem agindo como as ameaças de antigamente; ou seja, destruindo arquivos do sistema infectado e comprometendo o funcionamento do computador.
O W32/Scar-H apaga todos os arquivos executáveis do PC infectado, grava seu código sobre eles e se dissemina por drives compartilhados (que são muito comuns em redes de computadores) e dispositivos de armazenamento portáteis, como discos rígidos externos e pendrives. Ao ser executado pela primeira vez, ele cria cópias personalizadas dos arquivos System>\ntldr.exe, \WinNT.exe e \AutoRun.inf, com as quais substitui todos os arquivos do drive C: com extensão .exe. Assim, ao religar a máquina, o usuário recebe a mensagem “Windows could not start because the following file is missing or corrupt: “Windows root>\system32\ntoskrnl.exe. Please re-install a copy of the above file” (o Windows não conseguiu carregar porque um arquivo não está acessível ou foi corrompido. Por favor, reinstale o arquivo).
É possível – e até provável – que a maioria dos fabricantes de antivírus já tenha disponibilizado uma vacina contra essa peste, mas não custa pôr as barbas de molho. Ferramentas como o Norton 360, por exemplo, atualizam-se várias vezes por dia, mas diversos antivírus (notadamente os gratuitos) não baixam novas definições com a mesma freqüência. Alguns, aliás, só atualizam seus bancos de dados por demanda (manualmente), deixando os usuários mais vulneráveis às chamadas “ameaças do dia zero”, onde “dia zero” corresponde ao tempo que uma nova praga leva para ser identificada, e as empresas de segurança, para criar a respectiva vacina.
Bom dia a todos.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Memória flash

Não faz muito tempo, um PC com boa capacidade de espaço integrava um disco rígido de algumas centenas de megabytes, e os disquetes de 1.44MB eram o principal recurso de que os usuários domésticos dispunham para armazenamento externo e transporte de arquivos.
Hoje em dia, qualquer computador de entrada de linha oferece centenas de gigabytes de espaço em disco, e os dispositivos externos baseados em memória flash (pendrives) permitem levar no bolso uma quantidade absurda de arquivos – toda a nossa coleção de músicas ou mesmo alguns filmes em alta definição, já que os modelos mais recentes comportam até 64 GB de dados.
A memória flash foi desenvolvida pela Toshiba na década de 80, e seus bits trabalham de forma semelhante à dos transistores dentro dos microprocessadores (uma tensão aplicada à base atua sobre os elétrons e produz as funções “ligar” ou “desligar”, correspondente aos binários 1 e 0). Diferentemente da RAM, esse tipo de memória não é volátil (ou seja, os dados são gravados de forma persistente), mas suas características a tornam mais lenta do que os HDs e limitam sua capacidade de regravação a algo entre 10.000 e 100.000 vezes. Para piorar, sua densidade de armazenamento (um bit de informação requer 40 nanômetros em dispositivos comerciais) dificulta a miniaturização, de modo que, para armazenar terabytes de dados num único chip, os fabricantes vêm pesquisando outras soluções, mas isso já é outra história e fica para uma próxima postagem.
Bom dia a todos e até amanhã.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Rápidas...

Para quem não se dá bem com o desfragmentador nativo do Windows – ou deseja experimentar outras ferramentas que façam o mesmo serviço –, tanto o Auslogics Disk Defrag quanto o  Defraggler são programinhas simples e gratuitos, mas que funcionam bem e fazem seu trabalho de maneira rápida e eficaz.

Aproveitando o embalo, considerando ser muito importante ficar de olho na “saúde” do disco rígido, o HD Tune – que também é gratuito para uso doméstico – monitora as informações do SMART, realiza testes de velocidade no HD e verifica erros no sistema de arquivos (para mais informações e download clique aqui).

Para quem tem ojeriza a backups devido à demora na cópia dos arquivos para drives externos ou pendrives, aqui vai uma boa notícia: o USB 3.0 promete oferecer velocidade cerca de dez vezes maior do que a da versão 2.0, além de consumir menos energia e manter a compatibilidade com o protocolo atual. Isso significa que será possível usar dispositivos com USB 3.0 em computadores com interface USB 2.0 e vice-versa (ainda que sem ganho de performance), pois, a despeito das duas linhas de dados adicionais e de mais um sinal de aterramento, o formato do conector se mantém inalterado (a diferença fica por conta da cor azul na parte interna e pela etiqueta com o logotipo SuperSpeed USB 3.0).

Por último, mas não menos importante: quem comprar o pacote MS Office 2007 - no varejo ou pré-instalado num computador novo - poderá atualizá-lo gratuitamente para a versão 2010. Segundo a Microsoft, o upgrade estará disponível a partir do lançamento da nova versão (previsto para segundo semestre deste ano). Para garantir a evolução gratuita, o usuário deverá comprar e ativar o Office 2007 entre abril e setembro (e guardar a nota fiscal), abrir uma conta do Windows Live ID e fazer o download até 30/09/10. Para mais informações, clique aqui.

Um ótimo dia a todos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Rapidinho...

Sensível à insatisfação dos usuários com a demora na inicialização do Windows, a Microsoft promete reduzir esse tempo a cada lançamento de um nova versão, mas, na prática, a teoria é outra.
A despeito da rapidez vertiginosa com os PCs vêm evoluindo, somente as próximas gerações (de usuários) deverão contar com modelos capazes de “acender” tão rapidamente quanto uma lâmpada. Enquanto o anacrônico disco rígido (dispositivo eletromecânico milhares de vezes mais lento do que a já relativamente lenta memória RAM) for o responsável pelo armazenamento persistente dos dados, nem pensar. E mesmo com as perspectivas alvissareiras do SSD, os apressadinhos continuarão amargando um intervalo de muitos segundos a vários minutos entre o instante em que pressionam o “Power” e o momento em que o sistema termina de carregar.
Vale lembrar que outros fatores (recursos da máquina, versão do Windows, quantidade de softwares que pegam carona na inicialização e o próprio processo de BOOT  também concorrem para essa “lentidão”. E ainda que programinhas como o StartupDelayer  e o Bootvis  (combinados com alguns ajustes no sistema e desejáveis manutenções preventivas regulares) possam ajudar a reduzir o tempo de inicialização, não espere milagres; os ganhos são de apenas uns míseros segundos, e olhe lá.
Passando ao que interessa, parece que uma luz já bruxuleia no fim do túnel: Pesquisadores da IBM estão a um passo de desenvolver chips que, utilizando pulsos de luz, alcançarão velocidades de até 40 Gbps. Baseados na tecnologia dos semicondutores, esses dispositivos deverão propiciar a construção de computadores com desempenho na casa dos Exaflops (1 Exaflop equivale a 1.000.000.000.000.000.000 de operações de ponto flutuante por segundo), cerca de 600 vezes mais rápidos do que o computador atual mais poderoso do mundo (um Cray XT5, que atinge 1.75 Petaflops, ou 0.0175 Exaflop).
Quem viver verá...
Fui.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

E-READERS

Dias atrás, comentei com alguns amigos que não estava encontrando nas livrarias o livro “A ARTE DE ENGANAR” (de Kevin Mitnick, conhecido na década de 90 como “o maior hacker de todos os tempos"). Na mesma noite, recebi do Joshua (que trabalha com segurança digital) o PDF da obra, e alguns dias depois, um exemplar em papel que o Carlão “garimpou” num sebo do centro da cidade (a ambos os meus profundos agradecimentos). Seria de se esperar que eu já houvesse concluído a leitura da cópia digitalizada quando recebi a impressa, mas ler centenas de páginas no monitor do PC não é uma das tarefas mais agradáveis – particularmente, prefiro fazê-lo no sofá da sala, na espreguiçadeira da varanda, na cama ou – por que não dizer? – na intimidade do banheiro (risos).
Talvez a coisa fosse um pouco diferente se eu dispusesse de um e-reader como o Kindle (http://amazon.com/Kindle), cujas pequenas dimensões facilitam o transporte e permitam utilizar o aparelho praticamente qualquer lugar. Sua tela de 6 polegadas propicia uma navegação agradável, embora não exiba cores, não ofereça suporte ao touchscreen e seja lenta no avanço e retrocesso das páginas (especialmente na reprodução de imagens). Para quem não sabe, esse gadget funciona atrelado à Amazon (a compra dos títulos é feita diretamente no dispositivo, e o download vem por 3G ou EDGE/GPRS com conexão paga pela própria Amazon), suporta diversos formatos de arquivos de texto e toca música em Audible e MP3. Sua última encarnação inclui um leitor nativo de PDF – dependendo da formatação e do tamanho da fonte, a leitura é dificultada pela ausência de zoom.
Outra opção interessante é o Coll-er, fabricado pela Interead e comercializado no Brasil pela livraria virtual Gato Sabido. Igualmente pequeno, leve, fácil de transportar e utilizar, ele tem menos recursos que o concorrente, mas é mais barato e integra o Adobe Reader Mobile 9, que permite modificar a formatação dos arquivos e aumentar o tamanho das letras (mais informações e aquisição do aparelhinho em http://www.gatosabido.com.br/leitor/).
Já os fãs incondicionais da Apple talvez prefiram esperar pelo iPad – uma versão gigante do smartphone com vocação para e-reader e aparência de iPhone. Além de ouvir música, ler livros, navegar na Web e visualizar fotos e vídeos (mas não tirá-las e nem gravá-los), você terá uma tela de 9,7 polegadas com sensor de toque, chip A4 de 1 GHz, controles gráfico e de memória embarcados armazenamento de 16 a 64 Gb. Nos Estados Unidos, a versão básica de 16 GB e equipada apenas com conexão Wi-Fi custa US$ 499 (com conexão 3G, o preço sobe US$ 130 e o peso aumenta 45 gramas). Mais informações em http://www.apple.com/br/;

Observação: Antes de sacar seu poderoso cartão de crédito, não deixe de conferir cuidadosamente o preço desses "brinquedinhos" e cotejar os recursos e funções que cada um deles oferece, especialmente no que concerne à disponibilidade de títulos em português e possibilidade (ou não) de transferir para o reader arquivos previamente descarregados em seu computador (é pra isso que os links estão aí).

Bom dia a todos e até mais ler.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

SSD e humor de sexta-feira

Já dissemos que os drives SSD (Solid State Drives) tendem a substituir, no médio prazo, os HDs eletromecânicos convencionais – aliás, eles já vêm sendo utilizados há algum tempo por diversos fabricantes de notebooks.
A quem interessar possa, existe um vídeo muito interessante no YouTube, publicado pela Intel, que exibe as principais vantagens dessa tecnologia.
Para acessá-lo, clique em http://www.youtube.com/watch?v=oZ_IsCe0Bhg.

Passemos agora à nossa tradicional piadinha de sexta-feira:

Um índio vai ao bordel e diz:
- Índio qué mulhé. Índio tem dinheiro!
A dona do bordel pergunta:
- Índio tem experiência? Já fez sexo antes?
O índio responde:
- Primeira vez.
A dona do bordel pondera:
- Então, índio vai no mato, procura um buraco numa árvore, aprende como se faz e depois volta aqui.
Uma semana depois, o índio volta ao bordel:
- Índio qué mulhé. Índio tem dinheiro. Índio já aprendeu.
A dona do bordel manda o índio subir para um quarto, onde uma moça já está esperando. O índio manda-a tirar a roupa e ficar de quatro, pega um pedaço de pau e começa a espancar as nádegas dela.
- Índio tá maluco? O que você está fazendo?
Ele responde:
- Índio tá vendo primeiro se tem formiga no buraco!

Bom final de semana a todos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ainda sobre os portáteis

Dando prosseguimento ao assunto da postagem anterior, suponhamos agora que Papai Noel, ciente de seus (dele) limitados conhecimentos tecnológicos, resolva lhe oferecer supedâneo financeiro para a aquisição do tão sonhado note, ao invés de presenteá-lo com o aparelho propriamente dito (menos mal). Entretanto, antes de correr para as lojas, atente para algumas considerações que evitam uma compra por impulso e suas prováveis conseqüências desagradáveis.
Antes de qualquer coisa, considere as principais tarefas que você pretende executar no portátil: se for apenas para criar textos e planilhas e navegar na Web, por exemplo, não faz sentido investir pesado num modelo de topo de linha; escolha um netbook ou um note simples (como aquele que Papai Noel certamente escolheria para você). Entretanto, quem viaja regularmente e precisa usar a máquina para substituir o desktop deve investir num modelo leve (em termos de peso), com boa autonomia (duração da bateria), mas cuja configuração e recursos não deixem a desejar na hora de utilizá-lo em hotéis, aeroportos, etc.
Definidos os aspectos referentes ao processador, tamanho do HD, quantidade de memória e disponibilidade (ou não) de um drive óptico, vale lembrar que laptops baratos costumam trazer telas de 14 polegadas (nos netbooks, o tamanho é ainda menor). Se você for fã de games e estiver acostumado com um monitor widescreen de grandes proporções, irá penar um bocado no novo ambiente de trabalho (claro que sempre existe a possibilidade de conectar um monitor convencional na hora de jogar ou rodar aplicativos que exijam mais espaço, mas enfim...).
O teclado também costuma ser um detalhe solenemente ignorado na hora da compra, e muita gente só repara em casa que seu novo computador utiliza o padrão internacional, que dificulta sobremaneira a acentuação das palavras (prefira modelos do padrão ABNT2 e fuja dos chamados “teclados econômicos”, que apresentam funcionalidades reduzidas).
Atente também para as portas disponibilizadas pelo aparelho. Se você costuma transferir fotos de sua câmera digital ou músicas para seu MP3 Player, assegure-se de que haja pelo menos duas portas USB 2.0. E se a Internet for prioridade, enquanto a tecnologia 3G não se tornar padrão nos portáteis, convém ter um modem analógico para “quebrar o galho” em situações que não exista conexão rápida disponível.
Por último, mas não menos importante, convém tomar muito cuidado em relação à garantia (se você acha que computador novo não quebra, é provável que acredite realmente em Papai Noel). Fabricantes renomados costumam oferecer uma ampla rede de assistência técnica, mas se você adquirir a máquina de um importador independente, a solução de eventuais problemas ficará restrita às oficinas credenciadas pelo lojista, mesmo que a marca tenha representação local. Nesse caso, um reparo mais complicado poderá exigir o envio do aparelho para o país de origem, e sabe lá Deus quanto tempo ele demorará a voltar.
Boas compras.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Upgrade em notebooks

O Natal está chegando, e se você se comportou direitinho durante o ano, talvez Papai Noel lhe traga aquele tão sonhado notebook (afinal, milagres acontecem). Entretanto, como o Bom Velhinho parece ter hábitos antiquados – há séculos que ele dirige o mesmo trenó puxado a renas, e não se tem notícia de que sua fábrica de brinquedos já tenha sido informatizada –, é possível que a configuração do portátil não seja das melhores. Então, antes de pensar em negociar o “mico” no Mercado Livre, considere a possibilidade de um upgrade de hardware.
Devido a questões de arquitetura, upgrades “combinam” bem menos com computadores portáteis do que com desktops, até porque as possibilidades de modificação são limitadas, os componentes custam caro e o procedimento é mais complicado. Via de regra, só é possível aumentar a memória e trocar o disco rígido (embora alguns modelos permitam substituir também o drive óptico – e até o processador, notadamente na linha AMD –, mas isso já é outra história).
Enfim, caso a idéia lhe interesse, assegure-se primeiramente de que a evolução pretendida é tecnicamente possível e economicamente viável. Consulte o manual do computador ou o website do fabricante – ou rode o PC Wizard (mais informações e download em http://superdownloads.uol.com.br/download/85/pc-wizard-2006/) – para saber que tipo de memória é utilizada, qual a quantidade máxima suportada e o número de soquetes disponíveis. Notebooks trabalham com módulos SODIMM, que têm aproximadamente a metade do tamanho dos utilizados em desktops, embora custem bem mais caro. Memórias antigas (DDR) são mais difíceis de encontrar do que as atuais (DDR2 e DDR3), e se você tiver de comprá-las a peso de ouro, o upgrade deixará de fazer sentido.
Para piorar, existe a questão do mau aproveitamento dos soquetes: um modelo que disponha de dois soquetes e suporte 1 GB, por exemplo, pode vir com 512 MB distribuídos em dois módulos de 256 MB. Nesse caso, em vez de simplesmente acrescentar um novo pente, você terá de substituir os originais (o que custará bem mais caro). Demais disso, se já houver 1 GB de memória instalada, o jeito será esquecer o assunto.
Presumindo que a evolução seja possível e que você já tenha adquirido os módulos adequados, o próximo passo é desconectar o note da tomada e remover a bateria. Nos modelos mais antigos, os soquetes de memória ficavam sob o teclado; nos mais recentes, eles costumam ser facilmente acessíveis através de um painel localizado na parte inferior do aparelho. Removido esse painel, basta liberar as presilhas que fixam os pentes nos slots – empurre-as para fora e as memórias saltarão em diagonal –, inserir os novos módulos (também em diagonal e respeitando a posição dos contatos) e pressioná-los delicadamente contra o encaixe, até sentir o “clique” das presilhas.
Já se a idéia for partir para um HD mais “espaçoso”, rápido e com mais cache, a coisa é um pouco mais complicada. Isso porque não é possível acrescentar um segundo disco num computador portátil; você terá de substituir o disquinho atual pelo novo e copiar todo o seu conteúdo (a maneira mais simples de se fazer isso é utilizando um “case” para notebooks, que permite “transformar” um disco interno em externo e conectá-lo a uma porta USB).
O PC Wizard irá lhe indicar a marca e o modelo do drive instalado. Atente especialmente para o tipo de conexão – se SATA ou IDE –, já que, nesse aspecto, vale o mesmo que foi dito em relação a memórias antigas (ou seja, que a dificuldade de encontrar o componente adequado a preço razoável pode tornar a evolução inviável). Além disso, é preciso que o novo drive caiba no espaço disponível; você só deve adquiri-lo depois de se certificar que a instalação física é possível.
No mais, basta expor o HD (removendo um painel lateral ou tampa inferior do note, conforme o caso), desconectá-lo, desparafusá-lo e instalar o novo em seu lugar, fazendo a operação inversa. Preste muita atenção à fiação: laptops têm canais específicos por onde os fios devem correr, e se fiação for acomodada de forma imprecisa, ela pode ser pinçada ou impedir que outros componentes se encaixem corretamente.
Concluída a instalação, resta particionar e formatar o novo disco, instalar o sistema e programas e transferir todos os seus arquivos importantes.

Observações: Tenha em mente que essas modificações podem anular a garantia e até mesmo danificar o aparelho; se você não se sentir seguro para realizar os procedimentos, recorra à assistência técnica ou a um profissional de sua confiança. Note também que o design dos portáteis varia muito; até modelos de um mesmo fabricante podem ter características distintas e métodos de desmontagem diferentes, razão pela qual esta postagem deve ser vista apenas como uma simples referência.

Um bom dia a todos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Desfragmentar é preciso... e fácil!

Dias atrás, recebi um e-mail com uma dica sobre como adicionar o comando “Desfragmentar” no menu de contexto que aparece quando a gente clica com o botão direito do mouse sobre uma unidade de disco.
Para tanto, primeiro é preciso abrir o Bloco de Notas e copiar os comandos abaixo:

[version]
signature=“$CHICAGO$”
[DefaultInstall]
AddReg=AddMe
[AddMe]
HKCR,“Drive\Shell\Desfragmentar\command”,,,“DEFRAG.EXE %1”

Feito isso, salve o arquivo com o nome “desfragmentar.inf”, clique nele com o botão direito e escolha a opção "Instalar". Terminada a instalação, abra a pasta "Meu Computador", dê um clique direito sobre a unidade de disco desejada e clique na opção "Desfragmentar" (que agora deverá constar do menu) para que seja executada a versão não gráfica do Defrag. Quando a desfragmentação terminar, a janela será fechada automaticamente.

Bom dia a todos e até mais ler.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Check Disk

O Check Disk (chkdsk.exe) do XP é o "sucessor" do ScanDisk presente nas versões 9x/ME do Windows. As informações sobre esse programinha são um tanto nebulosas, mas, em síntese, ele é uma ferramenta nativa do sistema que serve para identificar e corrigir erros no HD. Para executá-lo, localize a unidade desejada em Meu Computador, dê um clique direito sobre o ícone correspondente, escolha "Propriedades" e clique na aba "Ferramentas". Feito isso, no campo "Verificação de Erros", pressione o botão "Verificar agora", marque as duas caixas de verificação e clique em "Iniciar".
Também é possível convocar a ferramenta clicando em Inicar > Executar e digitando chkdsk na caixa de diálogo. Quando executado sem parâmetros, ela exibe o status do disco na unidade atual (volume), mas não faz correções - caso haja algum arquivo a ser corrigido, será apresentada uma mensagem a propósito. Já se acrescentarmos o parâmetro /f (chkdsk /f), o utilitário irá localizar (e tentará corrigir) eventuais erros existentes no disco.
Quanto aos demais parâmetros, /v exibe o nome de todos os arquivos contidos em cada pasta à medida que o disco é verificado; /r localiza setores defeituosos e recupera informações legíveis; /x força a desmontagem do volume (essa opção inclui também a funcionalidade da opção /f); /i efetua uma verificação menos rígida das entradas de índice, reduzindo o tempo necessário para a execução de chkdsk; /c ignora a verificação de ciclos dentro da estrutura de pastas, e /? exibe informações de ajuda no prompt de comando.
Somente membros do grupo Administradores podem rodar esse programa, e para que ele seja capaz de corrigir erros, os arquivos não podem estar abertos na unidade. Se estiverem, será exibida a seguinte mensagem:

"Não é possível executar CHKDSK porque o volume está em uso por outro processo. Deseja agendar a verificação deste volume para a próxima vez em que o sistema for reiniciado? (S/N)".

Nesse caso, o usuário deve digitar S e reiniciar o computador, para que a verificação (e eventual correção dos erros) seja feita automaticamente durante o boot (em se tratando de uma partição de inicialização, o PC será novamente reiniciado após a conclusão do processo).
Convém rodar o ChkDsk regularmente - pelo menos uma vez por mês -, preferencialmente logo após aquela faxina básica nos arquivos dispensáveis , conforme já comentamos em outras postagens. Concluída a verificação e correção dos erros, também é conveniente desfragmentar os dados gravados no disco rígido.
Note que esse procedimento, quando executado em HDs grandes (ou que contenham uma quantidade expressiva de arquivos) pode demorar muitas horas, e que o computador fica indisponível durante todo esse período.

Um ótimo dia a todos e até mais ler.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

SSDs

Pegando um “gancho” nas postagens de ontem e anteontem, vale dizer que os HDs baseados em memória flash – Solid State Drives, ou simplesmente SSDs – prometem substituir o disco rígido convencional dentro de pouco tempo: fabricantes como Asus, Samsung, SanDisk, Sony e Dell já estão produzindo netbooks ou componentes que aproveitam essa nova solução de armazenamento, cuja principal vantagem consiste em não possuir partes móveis, o que torna os drives mais resistente a impactos.
Grosso modo, os SSDs são “HDs” que não utilizam discos magnéticos, mas sim chips de memória Flash, e a despeito de terem taxas de transferência comparáveis às dos HDs tradicionais, seu tempo de acesso extremamente baixo reduz o tempo de boot e melhora consideravelmente o desempenho do computador em um vasto leque de aplicações, sem mencionar que são mais silenciosos e consomem menos energia.
Por conta de sua agilidade na transferência de dados e capacidade de executar inúmeras gravações e regravações, as memórias Flash são amplamente utilizadas em pendrives e cartões de memória de câmeras digitais e telefones celulares. O tipo usado nos SSDs (NAND) é uma versão adaptada para dispositivos de grandes capacidades, e deve substituir gradativamente o disco rígido de notebooks, netbooks, desktops e filmadoras equipados com disco rígido ou memória flash comum.
Até algum tempo atrás, essa solução esbarrava no pouco espaço oferecido pelos dispositivos de memória flash, mas parece que o problema foi superado, já que a Asus e a pureSilocon lançaram, respectivamente, dispositivos de 512GB e de 1TB de capacidade, comprovando que a nova tecnologia não só é capaz não de igualar, mas também de superar os discos rígidos comuns. Por outro lado, ainda resta a questão do preço – notebooks com SSD são, em média, 400 dólares mais caros do que equipados com discos rígidos –, mas as empresas estão construindo novas linhas de produção e aperfeiçoando a tecnologia das já existentes, de maneira que logo, logo os SSDs se tornarão acessíveis para o usuário doméstico (o preço do Gigabyte, que era de 5 dólares em 2007, está atualmente na casa dos 80 cents).
Vamos esperar para ver.

EM TEMPO: Nossa tradiconal "frase de pé de página" fica agora logo abaixo do cabeçalho do Blog, permitindo que os visitantes a visualizem mais facilmente e me lembrando de trocá-la mais amiúde

Até mais ler.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Pendrives, HDs externos... (conclusão)

Dando seqüência à postagem de ontem – e conforme eu sugeri ao Ricardo, em resposta ao comentário que ele deixou na matéria do último dia 23 – quem realmente precisa de muuuuuuuito espaço e não está disposto a esperar até que o surgimento de pendrives ainda mais “espaçosos” derrube o preço das versões “inferiores”, um HD externo pode ser a solução – esses drives costumam ser tão eficientes e fáceis de utilizar quanto os pendrives, embora não sejam tão práticos, já que suas dimensões e peso não permitem carregá-los no bolso ou pendurados no chaveiro.
Os HDs externos podem ser portáteis ou de mesa (desktop). Os primeiros são mais leves, medem menos de 15 centímetros (em sua parte mais larga) e se alimentam pela porta USB (2.0) do computador; já os de mesa tendem a ser mais rápidos, mais espaçosos e proporcionalmente mais baratos (ou seja, oferecem menor custo por gigabyte).
Quem tenciona carregar o drive para todo lado deve dar preferência a um modelo portátil – como o LG USB 500.0 GB XD2 por exemplo, que custa entre 500 e 600 reais –, mas se a idéia for usar o dispositivo como unidade de backup (ou para guardar a coleção de vídeos em alta definição, por exemplo), é melhor escolher um modelo de mesa – como o IOMEGA HD EXTERNO 500GB USB PRESTIGE (que está na mesma faixa de preço). Não custa lembrar que é possível economizar um bom dinheiro adquirindo um HD interno (que custa bem mais barato do que um modelo externo) e instalando-o num case USB (o procedimento é simples, mesmo para quem não tem muita familiaridade com hardware, mas é importante atentar para o padrão do disco, já que os mais modernos são do tipo SATA, e muitos cases suportam apenas modelos ATA/IDE).

Observação: Computadores muito antigos podem não reconhecer discos rígidos de grandes capacidades sem uma atualização do BIOS (veja mais detalhes sobre upgrade do BIOS na postagem de 17 de abril do ano passado).

Um bom dia a todos e até mais ler.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pendrives, HDs externos e outros que tais...

Um dos aspectos mais fascinantes da tecnologia, a meu ver, é a rapidez com que ela evolui (dizem até que o mundo evoluiu mais nos últimos 100 anos do que nos 40 séculos anteriores).
Se pararmos para pensar, veremos que é cada vez menor o tempo que os desenvolvedores levam para substituir produtos de ponta por modelos ainda mais avançados. Os mais jovens podem achar estranho, mas meus contemporâneos ainda devem estar lembrados de quando a programação da TV era em preto e branco, as ligações interurbanas eram feitas via telefonista (com direito a horas de espera para que fossem completadas), os telefones móveis eram coisa de ficção científica e os PCs, meros e caros símbolos de status que mal e porcamente substituíam a máquina de escrever e de somar.
Falando em PCs, houve um tempo em que eles nem sequer tinham disco rígido – tanto o sistema quanto os programas eram carregados a partir dos prosaicos disquetes, que reinavam absolutos no âmbito do armazenamento, transporte e transferência de dados. Mas à medida que os softwares foram se agigantando, novas soluções... enfim, acho que vocês já conhecem essa história, de modo que vamos deixar as reminiscências de lado e passar logo ao que interessa.
A despeito da fartura de espaço disponibilizado pelos HDs modernos (alguns modelos já beiram o TB), é sempre recomendável fazer backups de arquivos importantes em dispositivos externos, bem como transferir para eles aquelas toneladas de fotos e carradas de músicas em .mp3, clipes, filmes e coisas do gênero que, de outra forma, acabariam entupindo o disco rígido e comprometendo o desempenho do sistema. Claro que qualquer computador atual que se preze conta com um gravador de DVDs, mas o aumento progressivo da capacidade dos pendrives faz deles uma solução bastante interessante para armazenamento, transporte e transferência de dados (para mais informações sobre esse utilíssimo dispositivo e sugestões de programas gratuitos que podem ser rodados diretamente, utilize o recurso Pesquisar Blog e insira "pendrive" como palavra-chave).
Não faz muito tempo, pendrives de 1GB custavam “os olhos da cara”; hoje, modelos de capacidade bem superior já estão, digamos, “palatáveis” – se você pesquisar em http://www.bondfaro.com.br/, irá encontrar o Kingston DT100, de 16GB, por R$108,60, mas se quiser realmente “chutar o pau da barraca” e levar para casa o DT300, também da Kingston, de 256GB (cuja imagem ilustra esta postagem), terá de desembolsar cerca de US$ 900!
Para que este texto não fique grande demais, vamos deixar os HDs externos para a postagem de amanhã. Abraços e até lá.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Revisitando o Pendrive

Muita gente talvez nem se lembre dos velhos PCs 286/386, cuja freqüência de operação da CPU ficava na casa das dezenas de megahertz, e os HDs ofereciam menos espaço do que um simples CD. Aliás, alguns nem imaginam que, nos primórdios da computação pessoal, os computadores não tinham disco rígido, e tanto o sistema quanto os programas e os arquivos eram carregados e manipulados através de prosaicos disquetes – algumas máquinas dispunham de até cinco Floppy Disk Drives (unidades de disquete).
Vale lembrar que o disquete foi concebido há quase três décadas, e foi durante um bom tempo a opção primária para instalação de softwares, realização de backups e transporte de dados, mas o “inchaço” dos sistemas e programas, a popularização dos gravadores de CD/DVD e o surgimento dos “chaveirinhos de memória” acabaram tornando essa solução totalmente inviável. Hoje, se a maioria dos desktops ainda conta um drive de disquete, isso se dá mais por uma questão protocolar do que por real necessidade.

Observação: Até meados da década passada, os softwares vinham em disquetes (o próprio Windows 95 chegou a ser disponibilizado dessa maneira), mas bastava um único disco embolorar ou desmagnetizar para comprometer todo o conjunto. Além disso, imagine quantos disquinhos seriam necessários para fazer um backup completo de um HD moderno, ou para armazenar os arquivos de instalação de um sistema do porte do Windows Vista, já que cada unidade comporta módicos 1.44MB – espaço que mal dá para gravar um minuto e meio de música em MP3.

O lado bom da história é que os pendrives - chips de memória flash (um tipo de RAM não volátil) que são plugado numa entrada USB do PC e reconhecidos automaticamente pelo sistema como unidades externas de armazenamento) evoluíram barbaramente nos últimos tempos, resultando no lançamento de modelos cada vez maiores (em termos de capacidade, não de tamanho) e mais baratos. Quando a gente publicou uma matéria sobre mídias removíveis no saudoso Curso Dinâmico de Hardware, lá pelo início de 2004, um modelo de 32MB custava mais de R$100; hoje, é possível encontrar pendrives de 1GB por 1/5 desse valor.
Existem diversas marcas e inúmeros modelos (até integrados a canivetes suíços, relógios de pulso, e por aí vai), com capacidades entre 1 e 64GB (1GB equivale a quase 700 disquetes, espaço mais do que suficiente para armazenar documentos de texto, planilhas, arquivos PDFs e apresentações). Entretanto, se você deseja (ou precisa) transportar grandes quantidades de músicas, fotos ou vídeos, é melhor optar por um dispositivo de 4 ou 8 GB – a partir daí, o preço já fica bem mais salgado (um pendrive de 16GB custa em torno de R$250).
Ao comprar seu chaveirinho de memória, escolha uma marca conhecida (Corsair, Kingston, Samsung e SanDisk, por exemplo) e assegure-se de que ele seja suportado pelo sistema operacional que você utiliza (alguns funcionam em Windows, Mac e Linux, mas nem sempre são compatíveis com todas as versões desses sistemas). Com a plataforma U3, fica mais fácil rodar programas a partir do dispositivo em qualquer computador, um recurso altamente interessante para quem acessa a Web em lan houses ou prefere utilizar um navegador alternativo.

Observação: A imagem que ilustra esta postagem é do MegaWatch, um dublê de relógio de pulso e pendrive da Gotec - empresa do grupo Leadership - que a gente apresentou na matéria sobre mídias removíveis publicada na edição #9 do CDH. Bons tempos...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Dicas (continuação)

Ainda no assunto da postagem anterior:

– Caso a empresa não tenha desabilitado as portas USB de seu computador de trabalho, você poderá rodar programas “proibidos” através de um “chaveirinho de memória” previamente carregado com os softwares desejados. Em sites como http://www.portablefreeware.com/ e http://portableapps.com/, por exemplo, é possível baixar inúmeros aplicativos que são executados diretamente – ou seja, você não precisa copiá-los para o HD. Outra opção interessante é o Liberkey Ultimate, que engloba mais de 200 softwares para reprodução e edição de multimídia, recursos para escritório, internet e redes – todos gratuitos. O "pacote" pode ser obtido em http://superdownloads.uol.com.br/download/85/liberkey-ultimate/.

– Algumas equipes de TI bloqueiam o acesso a determinados sites - não só de pornografia, mas também de jogos, webmail e outras atividades que possam interferir na produtividade dos funcionários -, mas quase sempre é possível chegar até eles por caminhos alternativos - ou seja, através um site não bloqueado que permita acessar conteúdos bloqueados. Em http://proxy.org/ você encontra centenas de links de sites substitutos (note que a transmissão das informações do site original para o servidor do site substituto pode acarretar certa lentidão na abertura das páginas). Outra maneira de desbloquear um site é usar a página de tradução do Google – cujo objetivo original é fazer traduções, mas que também funciona como site substituto se você escrever na barra de endereços do navegador http://www.google.com/translate?langpair=enen&u=www.site.com e substituir “www.site.com” pelo endereço do site desejado.

– As empresas têm o direito de monitorar os e-mails corporativos dos funcionários, mas alguns chefes se aproveitam dessa prerrogativa para fuçar também seus webmails. Assim, o melhor a fazer é manter endereços diferentes para assuntos particulares e de trabalho (se você tiver de enviar mensagens e manter o conteúdo fora do alcance dos abelhudos de plantão, espere até chegar em casa e use seu próprio computador). Mas vale lembrar que, em alguns serviços de webmail, se você acrescentar um “s” depois do “p” ao digitar o “HTTP” na barra de endereços (por exemplo, https://mail.google.com/), criará uma conexão segura na qual somente você poderá ler seus e-mails recebidos, e só os respectivos destinatários poderão ler as mensagens que você lhes enviar (esse truque não funciona com o Yahoo! Mail).

Bom dia a todos e até mais ler.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Windows File Protector

Para evitar alterações indevidas em seus arquivos de sistema, o XP incorpora uma proteção que só permite modifições "legítimas" (como as implementadas por atualizações, patches", hotfixes e Service Paks). De outra forma, se algum dos arquivos protegidos for modificado, o WPF recupera automaticamente a versão original a partir de cópias que o sistema mantém na “pasta de cache” \WINDOWS\system32\dllcache - na qual, aliás, você nunca deve mexer!
Mesmo assim, sempre existe a possibilidade de algum desses arquivos se corromper, o “Verificador de arquivos de sistema” (ou SFC, de “System File Checker”) pode ser sua tábua de salvação. Então, se você achar que algum de seus arquivos de sistema foi alterado indevidamente, faça logon como administrador, insira o disco original de Windows no drive, clique em Iniciar > Executar, digite “sfc /scannow” (sem as aspas), tecle ENTER e espere aparecer a mensagem “Aguarde enquanto o Windows verifica se todos os arquivos protegidos do Windows estão intactos em suas versões originais”. Essa tela será fechada quando a verificação for concluída, e se alguma alteração indevida for detectada, a substituição será feita automaticamente.
Bom dia a todos e até mais ler.