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sexta-feira, 11 de março de 2022

WINDOWS 10 — DICAS (CONTINUAÇÃO)

O CONTENTAMENTO TORNA OS POBRES RICOS; O DESCONTENTAMENTO TORNA OS RICOS POBRES.

Reinstalar o Windows é tão inevitável quanto a morte, os impostos, a corrupção na política e a falta de bom senso da récua de muares que se convencionou chamar de “eleitorado”. 

No caso do Windows, felizmente é possível postergar a reinstalação por anos a fio, bastando para isso aplicar todas as atualizações críticas e de segurança, eliminar o crapware, ser seletivo ao instalar aplicativos, manter o disco rígido (ou SSD) livre de arquivos desnecessários e os dados gravados no HDD, devidamente desfragmentados.

ObservaçãoSSDs utilizam memória flash em vez dos tradicionais pratos magnéticos dos discos rígidos eletromecânicos. Até não muito tempo atrás, os fabricantes desaconselhavam a desfragmentação desses dispositivos, pois o ganho de desempenho é insignificante e o número de vezes que as células de memória podem ser regravadas é limitado. Hoje em dia, tanto o utilitário nativo do Windows quanto a maioria dos desfragmentadores de terceiros identificam a tecnologia do drive e aplicam o processo adequado.

O próprio Windows conta com utilitários de limpeza de disco, correção de erros e desfragmentação de dados. Para executá-los, dê um clique direito no ícone que representa a unidade onde o sistema se encontra instalado (geralmente C:), clique em Propriedades e no botão Limpeza de Disco

Concluída a limpeza do disco, clique na aba Ferramentas da janelinha das Propriedades de Disco Local e, nos campos Verificação de erros e Otimizar e desfragmentar a unidade, pressione os botões Verificar e Otimizar.

Observação: A Microsoft não disponibiliza um utilitário nativo para limpar e compactar o Registro nem recomenda utilizar ferramentas de terceiros — como os populares CCleaner e Advanced System Care —, mas isso é outra conversa. 

Excluir arquivos temporários também é importante, tanto para economizar espaço no disco quanto para evitar a degradação do desempenho do sistema. Como a Limpeza de Disco (e suas equivalentes nas suítes de manutenção retrocitadas) não elimina todos os arquivos temporários, convém “dar o acabamento” manualmente. Para isso, abra o menu Executar (pressionando Win+R), digite “temp” (sem aspas) na caixa de diálogo e clique em OK, selecione os arquivos listados e pressione a tecla Delete. Em seguida, no mesmo menu Executar, digite “%temp%” (também sem as aspas), selecione e apague os arquivos.

Alguns procedimentos devem ser executados com muita cautela. Deletar a pasta System32, editar o registro manualmente e formatar o disco rígido do computador a partir do prompt de comando são exemplos de ações que podem comprometer o funcionamento do computador, e algumas alterações só podem ser desfeitas mediante a Restauração do Sistema (que nem sempre funciona) ou, em situações extremas, com a reinstalação do Windows.

Presente desde o Win95, a pasta System32 abriga as famosas DLL (bibliotecas do Windows), que são fundamentais para o bom funcionamento do sistema e também de uma série de programas. Portanto, nem pense em deletar manualmente ou acionar qualquer comando que elimine esse diretório. Apagar a System32 deixará o sistema instável ou impedirá sua reinicialização depois que o computador for desligado. Para corrigir esse tipo de problema, só restaurando o Windows ou reinstalando o sistema.

Continua...

quinta-feira, 10 de março de 2022

FRAUDES E MAIS FRAUDES

QUEM AVISA AMIGO É!

Kevin Mitnick, o papa dos hackers dos anos 1970/80, dizia que “computador seguro é computador desligado (e que mesmo assim um invasor competente poderia induzir o usuário a ligar a máquina). Trata-se de um frase de efeito, naturalmente. Mas... será mesmo?

O trojan de fraudes bancárias BRata, identificado pela primeira vez no Brasil em 2019, foi repaginado. Agora, além de limpar as contas, ele executa uma redefinição de fábrica no dispositivo (Android) para apagar quaisquer vestígios após uma tentativa de transferência bancária não autorizada. "Depois de realizar uma transferência bancária do aplicativo da vítima, a praga força uma redefinição de fábrica no dispositivo”, advertem os pesquisadores da Cleafy.

Não há evidências de que o BRata esteja se espalhando por meio da Google Play ou por outros canais oficiais do Android, como ocorreu no passado. Acredita-se que a disseminação se dê através de mensagens de phishing disfarçadas de alertas bancários.

Outra maracutaia para executar ataques ransomware: o internauta acessa determinados sites e é incitado a atualizar seu navegador. Quando ele clicar na mensagem, uma extensão do tipo APPX (formato lançado com o Windows 8, mas que também funciona no Win10 e Win11) é instalada no Chrome ou no Edge.  

Em segundo plano, o programa wjoiyyxzllm.exe executa a biblioteca wjoiyyxzllm.dll e baixa o malware Magniber, que, ao ser executado “sequestra” os arquivos (criptografando os dados) e exige o pagamento de "resgate".

A mensagem diz em inglês que que os arquivos não foram danificados e podem ser recuperados, mas que tentativas de liberação utilizando softwares de terceiros resultarão na destruição dos dados. Um link que funciona apenas no navegador Tor direciona a vítima para o pagamento e obtenção da chave criptográfica, que, até o momento, é a única forma de recuperação dos dados.

De nada adianta trancar a casa a sete chaves e deixar o chaveiro ao lado dos cadeados. Mas mesmo usuários "responsáveis" estão sujeitos a “atos falhos” e podem clicar inadvertidamente em notificações de atualização —e, quando se dão conta (segundos ou minutos depois de cometar a burrada), já é tarde demais.

O ransomware Magniber não é novo, conquanto venha se valendo de novos métodos para atacar dispositivos. Ele também pode baixar outros malwares durante a instalação, mas, diferentemente da maioria dos ataques deste tipo, não adota a tática de extorsão dupla — ou seja, não copia os arquivos antes de criptografar os sistemas (para chantagear novamente a vítima, ameaçando a divulgação dos dados após o pagamento do resgate).

Tanto o Google Chrome quanto o MS Edge atualizam-se automaticamente, de modo que você não precisa (e nem deve) baixar qualquer atualização, sobretudo se a origem for um site não oficial. Mas ataques baseados em phishing (que ludibriam os internautas mediante links maliciosos e aplicativos falsos travestidos de algo útil ou interessante) vitimaram 150 milhões de pessoas no Brasil em 2021, segundo dados da PSafe.

Manter os sistemas e os aplicativos atualizados e instalar uma solução de segurança baseada em Inteligência Artificial, que bloqueia as ameaças antes da instalação, são medidas preventivas importantes, mas não infalíveis, pois o elemento humano é o elo mais frágil da corrente. Ainda assim, o conhecimento, aliado à prevenção, é a nossa melhor (única?) defesa. 

quinta-feira, 3 de março de 2022

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — CONTINUAÇÃO

O CASAMENTO TRANSFORMA AS PEQUENAS LOUCURAS NUMA ENORME ESTUPIDEZ.

Se os procedimento sugeridos no capítulo anterior não resolverem seu problema, recorra ao Verificador de Arquivos do Sistema — mas lembre-se de que para isso é preciso que o Windows esteja atualizado; clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update  > Verificar se há atualizações e aguarde o download e a instalação das atualizações (se houver). Feito isso:

1) Repita os passos anteriores e, na coluna à esquerda da tela de "Atualizações e Segurança", clique em "Recuperação" e, no campo "Inicialização avançada", clique no botão "Reiniciar agora".

2) Na tela que será exibida após a reinicialização do computador, selecione "Solução de Problemas" e clique em "opções avançadas";

3) Na próxima janela, clique em "Prompt de comando" para abri-lo offline. Selecione o usuário e forneça a respectiva senha;

4) Na tela do Prompt de comando, digite "diskpart" e tecle Enter. Em seguida, escreva "list volume" e torne a teclar Enter. Localize na lista a partição em que o Windows está instalado (geralmente C:);

5) Digite "exit" e tecle Enter para sair do diskpart, digite "sfc /scannow /offbootdir=D:\ /offwindir=C:\Windows" e torne a pressionar Enter. No "offbootdir", coloque a letra correspondente à partição em que o sistema está instalado. Já no "offwinder", acrescente a letra da partição onde estão os arquivos de recuperação do Windows;

6) Feche o prompt de comando e clique em continuar. O Windows será iniciado e corrigirá todos os erros encontrados na verificação.

Alternativamente:

1) No prompt de comando, digite "findstr /c:"[SR]" %windir%\Logs\CBS\CBS.log >"%userprofile%\Desktop\sfclogs.txt" (sem aspas) e tecle Enter;

2) Pesquise por "sfclogs.txt" em e abra o arquivo editável;

3) Todos os processos da verificação serão exibidos. Pesquise pelo processo que contém a mensagem "cannot repair member file" (esse arquivo deverá ser substituído manualmente por uma cópia que você poderá encontrar na Internet, mas assegure-se de baixá-la a partir de um site confiável;

4) Após baixar o arquivo e salvá-lo na área de trabalho, torne a abrir o Prompt de comando como administrador e digite "takeown /f Caminho_e_Nome_Arquivo " (coloque a letra da partição em que o arquivo está e o nome dele, por exemplo: "takeown /f C:\windows\system32\jscript.dll") e tecle Enter.

Concluído o processo, cruze os dedos, reinicie o computador e veja se deu certo.

Via Windows Central e Suporte do Windows

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

DE VOLTA AO WINDOWS 11

A DISCÓRDIA ALMOÇA COM A ABUNDÂNCIA, JANTA COM A POBREZA, CEIA COM A MISÉRIA E DORME COM A MORTE.

Eu pretendia concluir hoje a sequência sobre o root no Android, mas o problema é que faz mais de 5 anos que rooteei um celular LG (depois que descobri que ele não seria atualizado para a versão Lollipop), de modo que o tutorial que produzi naquela época está desatualizado e o programinha que utilizei no processo foi descontinuado. Considerando que muita água rolou desde então, conto com a compreensão de todos e prometo retomar o assunto daqui a alguns dias.

Dito isso, relembro que o lançamento oficial do Windows 11 ainda não aconteceu, embora a Microsoft tenha revelado detalhes sobre a nova versão de seu festejado sistema na live realizada no finalzinho de junho. Volto ao assunto porque a ciberbandidagem vem se aproveitando da curiosidade dos mais afoitos para disseminar malwares (como eu costumo dizer, os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito).

Oficialmente, o Win11 estará disponível para o público em geral no início do ano que vem, mas é possível instalar uma compilação de pré-lançamento, inclusive em computadores que não contam com o famigerado TPM 2.0 (mais detalhes nesta postagem).

Convém ter em mente que a Microsoft simplificou o processo de download e instalação da versão de teste partir de seu site oficial, de modo que não há razão para correr riscos recorrendo a outras fontes, dadas as chances de o download incluir “recursos” maliciosos ou mesmo instalar não o Win11, mas sim uma coleção de softwares mal-intencionados.

Um executável de nome 86307_windows 11 build 21996.1 x64 + activator.exe é um bom exemplo, até porque seu volume (1,75 GB) não desperta desconfiança. Só que maior parte desse espaço é ocupado por um arquivo DLL recheado de informações inúteis, e basta o incauto abrir o executável para disparar um instalador que finge ser o assistente de instalação do Windows para baixar um software malicioso.

Outro executável — que também é um instalador e vem acompanhado do EULA (contrato de licença que praticamente ninguém se dá ao trabalho de ler) — é identificando como "gerenciador de download para 86307_windows 11 build 21996.1 x64 + ativador". Quem ler o contrato vai reparar que a instalação inclui softwares patrocinados, mas isso serve apenas para parecer mais confiável aos olhos da vítima, já que basta aceitar o contrato para uma penca de programas maliciosos ser descarregada no computador.

A curiosidade em relação ao Win11 é natural, mas eu não sei até que ponto essa ansiedade se justifica. Primeiro, porque as "novidades" são, em sua maioria, meramente estéticas, visuais; segundo, porque a Microsoft continuará dando suporte ao Win10 (ou seja, fornecendo atualizações de segurança e implementando aprimoramentos) até outubro de 2025.

Por essas e outras, se você quiser realmente antecipar sua experiência com o Win11, faça-o da maneira correta:

1) Registre-se no Windows Insider

2) No seu PC com Windows 10, clique em Iniciar > ConfiguraçõesAtualização e segurançaPrograma Windows Insider e ative o Canal Dev para obter a atualização.

Nem é preciso dizer — mas vou dizer mesmo assim — que você não deve instalar a build na sua máquina (a menos que o faça em dual-boot) a menos que disponha outro computador que possa usar caso alguma coisa não saia como deveria. Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Boa sorte.

terça-feira, 29 de junho de 2021

AINDA SOBRE O WINDOWS 11 E A “PEGADINHA” DA COMPATIBILIDADE (REQUISITOS MÍNIMOS)

OS PIONEIROS SÃO RECONHECIDOS PELA FLECHA ESPETADA NO PEITO.

Se você não leu as duas postagens anteriores, sugiro que o faça antes de prosseguir. Dito isso, vamos em frente.

Nada é eterno nesta vida. Nem a própria vida — que, aliás, a pandemia fez o favor de encurtar. 

Não me refiro às mais de 512 mil vidas ceifadas nos últimos 16 meses pela ação conjunta de um vírus maldito e de um governo imprestável. Falo da estimativa de quantos anos uma determinada população nascida em um dado ano tende a viver, e que a pandemia fez retornar ao patamar de 2013, interrompendo um ciclo de crescimento que partiu de 45,5 anos, em 1945, e vinha aumentando 5 meses por ano-calendário até 2020.

O que isso tem a ver com o Windows11

Nada. Ou tudo, conforme o ponto de vista.

Quando eu nasci, o refrigerador que havia em casa (cuja marca me foge à memória) já soprara sua décima velinha. Mas continuou prestando bons serviços até o final dos anos 1960. Depois de trocar a borracha de vedação da porta umas dez vezes e pintar a geladeira (era assim que a gente se referia ao troço) outras duas ou três, meu pai finalmente comprou um modelo de duas portas da Brastemp... que durou até a virada do século. 

Naqueles tempos, as coisas eram feitas “para durar”, contrapondo-se a uma tendência relativamente recente, abordada no curta-metragem Obsolescência Programada, que, em português do asfalto, pode ser resumida numa única frase: a obsolescência é um artifício utilizado na produção para induzir ao consumo repetitivo.

A relação entre pessoas e artefatos teve início em tempos imemoriais, mas a história do consumo remonta à Idade Média, quando a aquisição de produtos que até então visavam atender às necessidades da família ganhou um viés, digamos, hedonista. 

O consumo moderno resultou da evolução histórica da sociedade e se iniciou na Europa da século XVI, quando os nobres passaram a gastar com roupas, ornamentos e outros badulaques, criando uma competição social cujo objetivo era ganhar a atenção da realeza e em troca de prestígio. Com a Revolução Industrial, diversos produtos antes manufaturados passaram a ser produzidos em larga escala. Dito de outro modo: artefatos se transformaram em produtos, estimulando um consumismo que, mais adiante, se tornaria parte indissociável do comportamento humano.

Para estimular as “compras repetitivas”, os fabricantes lançam novas versões de seja o que for que eles fabricam em intervalos de tempo cada vez mais curtos e acompanhadas de campanhas de marketing que visam passar ao público-alvo a ideia de que as novas funcionalidades (que em muitos casos não passam de inutilidades) justificam a substituição de algo em perfeitas condições de conservação e funcionamento pelo modelo mais recente, que é supostamente “superior”. O diabo é que em economias terceiro-mundistas como a nossa o poder aquisitivo do povo raramente permite transformar em realidade o que se convencionou chamar de “sonho de consumo”. 

Para contornar esse empecilho, a indústria gestou e pariu a “obsolescência programada” — ou por outra, reduziu a “vida útil” dos assim chamados “bens duráveis” para antecipar o momento da troca por um modelo estalando de novo.

Observação: Por “vida útil”, entenda-se a durabilidade de um bem consumo, que é definida pelo período de tempo que o produto perde a validade ou deixa de apresentar o desempenho esperado; por “bem durável”, entenda-se produtos que só se deterioram ou perdem a utilidade com o uso persistente ou após um largo período de tempo, como é o caso dos automóveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e afins.

Alguns produtos parecem ser programados para deixar de funcionar no dia seguinte ao prazo limite da garantia, e o conserto chega a custar quase tanto quanto a troca por uma versão nova, fazendo com que o molho saia mais caro que o peixe. Some-se a isso as “facilidades” oferecidas pelos comércio — como o pagamento do “preço à vista” dividido em “n” parcelas — e os 12 meses de garantia contra defeitos de fabricação (que os fabricantes não raro se escusam de cobrir alegando mau uso ou outra desculpa esfarrapada qualquer) e... enfim, acho que já deu para entender.

Passando ao mote desta postagem, a Microsoft não fabrica computadores, mas seu portfólio e focado nos usuários de computador, daí e gigante do software dar “uma mãozinha” à indústria do hardware. Discutir isso em detalhes seria interessante, mas vamos deixar para uma próxima oportunidade. De momento, interessa dizer que a gratuidade do Win11 é uma reedição da estratégia de marketing usada pela mãe da criança em 2015, quando lançou o Windows10 e adotou uma modalidade de distribuição conhecida como SaaS

O Software as a Service (programa como serviço, em tradução livre) se popularizou a reboque de serviços de streaming de vídeo (como Netflix), de música (como Spotify) e de armazenagem remota de conteúdo digital (como OneDrive, Dropbox e Google Drive, só para ficar nos mais populares). Para estimular a adoção do Win10, a Microsoft ofereceu a migração gratuita pelo período de um ano a usuários que rodassem o Win7, 8 e 8.1 em computadores compatíveis

Observação: Oficialmente, o prazo para a migração gratuita terminou em meados de 2016; mas ainda é possível fazer a evolução sem custos, conforme eu mencionei nesta postagem).

SaaS não é exatamente um modelo por assinatura — no qual o cliente contrata um pacote de serviços ou seleciona individualmente os recursos que deseja acessar e paga somente por aquilo que usar —, ainda que a empresa possa se valer dessa estratégia para obter receita recorrente. 

software como serviço pode ser gratuito (caso do Gmail, p.ex.) ou pago (caso do Windows 365, também p.ex.), e há opções voltadas tanto ao uso pessoal quanto ao corporativo. De modo geral, uma fez feita a aquisição, o programa pode ser acessado de qualquer lugar, a qualquer momento, através do desktop, notebook, tablet ou smartphone, p.ex., desde que o dispositivo tenha conexão com a Internet.

Deixando de lado os entretantos e passando aos finalmentes, segue um tutorial para burlar a exigência da TPM 2.0 (Trusted Plataform Module) que a Microsoft estabeleceu como condicionante para o update do Win10 para a versão 11. Cumpre salientar que eu não testei o tutorial, seja porque muita água vai rolar até a nova versão sistema começar a ser distribuída oficialmente para toda a base de usuários, e até lá a chiadeira geral pode fazer com que a empresa reveja os requisitos mínimos; seja porque os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito; seja porque a ISO do Win11 vazada na Web ainda não instala a versão definitiva. Por essas e outras, tenha em mente que você estará por sua conta e risco se seguir roteiro abaixo. Dito isso, vamos ao que interessa. 

Há duas maneiras de resolver o problema criado pela Microsoft ao vincular a nova versão do Windows à habilitação da TPM (ou PTT, ou fTPM, conforme o UEFI do seu computador). A primeria não envolve risco, na medida em que muitas máquinas vêm com esse firmware desabilitado por padrão, bastando, portanto, ativá-lo na tela do CMOS Setup (mais detalhes na postagem anterior). Assim que você fizer o ajuste, esse elemento de segurança passará a figurar no Gerenciador de Dispositivos do Windows (oriente-se pela ilustração).

Caso seu processador/placa-mãe não ofereça o recurso em questão, recorra ao plano B (por sua conta e risco), lembrando que, por se tratar de uma “gambiarra”, podem ocorrer instabilidades ou outros problemas de funcionamento do computador. Feita essa ressalva:

1) Baixe uma ISO do Win10 e a ISO vazada do Win11

2) Abra a ISO do Win10 no Explorador de Arquivos (clicando com o botão direito do mouse e selecionando Montar).

3) Localize e copie o arquivo “appraiserres.dll” para a Area de Trabalho ou em outro local a partir do qual seja possível acessá-lo facilmente. 

4) Abra a ISO vazada do Win11 usando um programa como o WinISO (que é pago) ou o AnyBurn (que é gratuito) e substitua o arquivo “appraiserres.dll” original pela versão copiada do Win10.

5) Feche todas as telas e reinicie o computador. 

Se tudo sair como esperado, a instalação do Win11 vai transcorrer sem problemas. Mas note que “deve” não significa o mesmo que “vai”. Diz um velho ditado que se conselho fosse bom, ninguém dava de graça. Ainda assim, ouso sugerir ao leitor(a) que dê tempo ao tempo. E faço-o por pelo menos três razões:

1) Existe a possibilidade de a Microsoft voltar atrás no que concerne ao TPM 2.0 — é óbvio que o Win11 pode prescindir disso, como comprova a maracutaia descrita linhas atrás. 

2) A empresa continuará oferecendo suporte ao Windows 10 Home e Pro — incluindo as versões Pro Education e Pro for Workstations — até 14 de outubro de 2025

3) É bem possível que a obsolescência programada não demore a impor a troca do seu PC por um modelo novinho em folha, que certamente já virá com o Win11 pré-instalado de fábrica.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

SUTILEZAS DO WINDOWS (FINAL)


FREQUENTEMENTE A IMAGINAÇÃO NOS TRANSPORTA A MUNDOS QUE NUNCA EXISTIRAM, MAS SEM ELA NÃO VAMOS A PARTE ALGUMA.

Para encerrar esta sequência, vale dedicar algumas linhas à biblioteca de links dinâmicos (DLL). Trata-se de uma solução desenvolvida pela Microsoft, mediante a qual a maioria das funções utilizadas pelos aplicativos não é codificada no corpo de cada programa, mas sim armazenada em "bibliotecas" pré-compiladas e compartilhadas pelos executáveis, dando origem a arquivos menores e mais fáceis de atualizar. Para gerar o executável, o programador informa ao compilador a localização dessas bibliotecas e combina o código das funções com o do programa propriamente dito;

Observação: No alvorecer da computação, um programa era constituído apenas pelo executável, que continha todas as instruções necessárias ao seu funcionamento. Mais adiante, com a adoção generalizada da interface gráfica e o aumento de tamanho dos softwares, a simples divisão de um aplicativo em múltiplos executáveis deixou de ser uma solução viável, já que os respectivos códigos não podiam ser compartilhados. Assim, as DLL passaram a aparecer em diversos arquivos do Windows e a fornecer uma série de recursos e instruções ao sistema e demais apps executados pelo computador. 

Numa analogia rudimentar, as DLLs estão para o para o software assim como os drivers para o hardware: enquanto estes servem de “ponte” entre os dispositivos e o SO, aquelas fazem o mesmo em relação ao sistema e aplicativos. Toda DLL tem sua função específica: algumas tratam da entrada e saída de arquivos no disco (salvar, abrir etc.), outras cuidam do desenho das janelas na tela ou do tráfego de internet, e assim por diante. De certa forma, o próprio Windows é uma vasta coleção DLLs, já que sua função precípua (como a de qualquer SO) é garantir que as demais aplicações funcionem sem que tenham de "se preocupar com os detalhes de suas tarefas rotineiras". O kernel32.dll, por exemplo, é encarregado de salvar arquivos e gerenciar o uso da memória RAM, enquanto o user32.dll gerencia a área de transferência do sistema e cuida dos menus exibidos na tela, do papel de parede e do ponteiro do mouse.

As DLLs podem ter diversas versões, e um software compilado para operar com uma delas nem sempre funciona corretamente com uma versão mais nova, mais antiga, ou mesmo de idioma diferente. Embora os desenvolvedores incluam em seus programas de instalação todas as DLLs necessárias ao aplicativo — e elas possuam informações sobre suas versões, de maneira a prevenir que as mais antigas sobrescrevam as mais recentes —, sempre existe a possibilidade de programas que rodavam sem problemas passarem a apresentar comportamento errático ou mesmo deixar de funcionar.

De novo: existem inúmeros arquivos .DLL, cada qual com sua finalidade (o sistema costuma usá-los para a maioria das tarefas), sendo recomendável, portanto, evitar a instalação de programas craqueados (apps shareware adulterados para burlar a exigência do código de ativação), que alteram as DLL originais.

Por último, mas não menos importante: no léxico da informática, o termo arquivo designa um conjunto de informações representado por um ícone e identificado por um nome, um ponto (.) e uma extensão formada geralmente por três ou quatro caracteres alfanuméricos. De modo geral, podemos rebatizar a maioria dos arquivos como bem entendermos, mas isso não se aplica à extensão, pois é com base nela que o sistema “sabe” quais aplicativos utilizar para manipular os arquivos.

Por padrão, o Windows vem configurado para ocultar a extensão dos tipos de arquivos conhecidos, mas é possível rever esse ajuste abrindo uma pasta qualquer (como a do Explorador de Arquivos), clicando no respectivo menu Arquivo, depois em Opções. Feito isso, localize o itemOcultar extensões dos tipos de arquivos conhecidos e desmarque a caixa de verificação respectiva. 

Cada extensão indica o formato do arquivo e as funções que ele exerce. Assim, modificá-las pode impedir a exibição do arquivo por incompatibilizá-lo com o software através do qual ele foi criado e que é responsável por executar determinadas funções. Portanto, ao renomear arquivos, evite modificar suas extensões.

Nota: Há aplicativos e serviços online específicos para manipular formatos de arquivo, ou seja, capazes de modificar imagens com extensão .BMP em .JPG ou .DOC em PDF (e vice-versa) por exemplo. Mas isso é conversa para outra hora.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

SUTILEZAS DO WINDOWS

A VIDA PODE SER UMA EXPERIÊNCIA AMARGA E SOLITÁRIA, CORROÍDA PELA DÚVIDA QUE O PRESENTE VAZIO DESCORTINA DE UM AMANHÃ QUE NÃO SE SABE SE VAI CHEGAR.

O Windows sempre foi extremamente personalizável, mas boa parte de suas possibilidades de configuração não são acessíveis através da interface gráfica, pois o que é um parque de diversões para usuários avançados pode se tornar uma Caixa de Pandora nas mãos de leigos e iniciantes indômitos e inconsequentes, sendo o Editor do Registro um bom exemplo.

O Registro do Windows é um banco de dados dinâmico que o sistema consulta a cada inicialização, edita ao longo da sessão e salva, ao final, com as respectivas alterações. Manipulá-lo sem os devidos cuidados pode minar a estabilidade do computador, ou, em situações extremas, impedira que a máquina reinicie, sendo fundamental, portanto, criar um backup do registro e um ponto de restauração do sistema antes de se aventurar por essas águas turvas.

Para criar um ponto de restauração no Seven, consulte esta postagem; se você usa o Win 8.1 ou o Windows 10clique aqui. Para fazer um backup do Registro, pressione o atalho Windows+R, digite “regedit” (sem aspas) na caixa do menu Executar e tecle Enter. Na tela do Editor, clique no menu Arquivo e selecione Exportar; em “Intervalo de exportação”, marque TODOS (caso queira efetuar backup de todo o Registro) ou RAMIFICAÇÃO SELECIONADA (se quiser criar um backup somente de uma determinada chave). Feito isso, digite o nome da chave que você deseja exportar, dê um nome ao arquivo, indique o local onde ele deverá ser salvo (Área de Trabalho, por exemplo) e clique em Salvar. Se for preciso desfazer as modificações, dê um clique direito sobre esse arquivo de backup (que é salvo com a extensão .reg), escolha a opção “Mesclar” e confirme a restauração.

Outro “Calcanhar de Aquiles” do Windows é a pasta System32, que acompanha o sistema desde a edição 95 e contém as “bibliotecas do Windows” — arquivos com extensão DLL, fundamentais para o funcionamento do sistema — e outros arquivos vitais. Convém evitar abrir essa pasta, pois qualquer modificação indevida no seu conteúdo poderá resultar em travamentos e/ou telas azuis da morte, e uma eventual exclusão da pasta impedirá o computador de reiniciar.

Quando não é capaz de inicializar normalmente, o Windows tenta fazê-lo no modo de segurança, e, na impossibilidade, exibe as opções avançadas de inicialização. Caso nada disso aconteça, desligue e religue o computador três vezes seguidas. Na terceira tentativa, a tela das opções avançadas de inicialização será exibida e você poderá recorrer ao modo de segurança — modalidade de inicialização em que o Windows é carregado com um conjunto limitado de arquivos e drivers e resolução gráfica em VGA (não estranhe, portanto, a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Se o sistema iniciar dessa maneira, você poderá recorrer à restauração do sistema, que, se funcionar, reverterá o computador a um ponto criado quando tudo funcionava direitinho.

Para convocar o modo de segurança, pressionamos simultaneamente as teclas Win+R, digitamos msconfig na caixa do menu Executar e clicamos em OK. Na aba Inicialização do Sistema, marcamos as caixas de seleção ao lado de Inicialização Segura e de Mínimo, confirmamos em OK e reiniciamos o computador. Já quando o PC empaca durante o boot, a solução convencional — reiniciar a máquina e pressionar concomitantemente a tecla F8 durante a contagem da memória — deixou de funcionar a partir do Windows 8 e/ou em máquinas com UEFI e SSD (nas quais o boot leva cerca de dois décimos de segundo). No Windows 10, se você conseguir ao menos acessar as opções de desligamento da tela de logon, mantenha a tecla Shift pressionada e clique em Reiniciar. Se tudo correr bem, as opções de inicialização avançadas serão exibidas e você poderá convocar o modo de segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar e selecionando a modalidade desejada a partir das teclas F4 ou F5 — escolha esta última se precisar acessar a Internet enquanto estiver no modo de segurança. 
  
ObservaçãoUEFI (de Unified Extensible Firmware Interface) é uma interface de firmware padrão para PCs que representa uma sensível evolução em relação ao limitado BIOS (para mais informações, clique aqui; para saber mais sobre drives SSD, reveja esta postagem).

Se o modo de segurança não resolver o problema, há outras possibilidades a explorar, mas talvez seja melhor reinstalar o Windows logo de uma vez: ainda no ambiente de recuperação do sistema, na sessão Solução de Problemas, selecione a opção Restaurar este PC, informe se deseja ou não manter seus arquivos pessoais, siga as instruções do assistente e torça para dar certo.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

COMO DESLIGAR O WINDOWS 10 POR COMANDO DE VOZ


POR QUE UMA CENOURA É MAIS LARANJA DO QUE UMA LARANJA?

Já vimos como evitar que o Windows empaque no desligamento devido a aplicativos que deixam de responder. Agora, veremos como desligar, reiniciar, suspender ou colocar o computador em hibernação através de um comando de voz, lembrando que o tutorial a seguir é baseado no Windows 10 build 1607 ou superior e requer um microfone instalado no computador.

Observação: Desde seu lançamento como serviço, em julho de 2015, que o Win 10 vem recebendo atualizações de recursos semestrais, atualizações de qualidade mensais e correções críticas e de segurança a qualquer tempo, em caráter extraordinário. Ainda que o Anniversary Update (build 1607) tenha sido liberado quando o sistema completou um ano, os subsequentes — Creators Update (build 1703, lançado em meados de 2017), Fall Creators Update (build 1709, lançado em novembro de 2017), April Update (build 1803, lançado em abril passado) October Update (build 1809) e May Update (build 1903) — respeitaram a semestralidade definida pela Microsoft. Para saber se o seu sistema está atualizado, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre e role a tela até o final; caso sua versão não seja a 1903 e o Windows Update informar que não há atualizações disponíveis, siga este link e clique em Atualizar agora

Sem mais delongas, vamos ao tutorial:

— Clique no ícone da Cortana (ao lado do botão Iniciar), clique no ícone da engrenagem e ative a opção “Ei Cortana” (se ela não aparecer, clique no link “Começar” da opção “Microfone”, abra novamente a janela de configuração e verifique se agora ela é exibida).

— Abra a caixa de pesquisa da assistente, clique em A Cortana pode fazer muito mais > Com certeza > Entrar” e faça o login usando a sua conta da Microsoft (Hotmail, Outlook, etc.).

Como não existe um comando nativo que faça a Cortana desligar o computador, você terá de acrescentar essa função por via indireta. Para isso:

— Digite Win+R e tecle Enter para abrir o menu Executar;

— No campo “Abrir”, digite %appdata%\Microsoft\Windows\Start Menu\Programs e clique em OK

— Pouse o mouse num ponto vazio da porção direita da tela do Windows Explorer, selecione Novo > Atalho no menu suspenso e, no campo “Digite o local do item”, insira o comando shutdown.exe -s -t 60 e clique em Avançar.

O valor “60” define o tempo em segundos até o computador ser desligado. Você pode ajustar esse tempo alterando esse valor para 5, 10, 20 ou qualquer outro de sua preferência, como também criar atalhos para hibernar, suspender e reiniciar o computador usando os comandos abaixo:

Reiniciar: shutdown -r -t 0
Hibernar: shutdown -h
Bloquear: rundll32.exe user32.dll,LockWorkStation
Suspender: rundll32.exe powrprof.dll,SetSuspendState 0,1,0

Observação: O comando suspender só funciona se a hibernação estiver desligada. Para isso execute o prompt de comando como administrador e execute o comando powercfg -h off para desligar o recurso de hibernação.

Dê um nome ao atalho (Desligar, Reiniciar, etc.), localize-o na lista do menu Iniciar e dê duplo clique sobre ele para que a Cortana o reconheça como um programa, permitindo que você desligue, suspenda, hiberne ou reinicie o computador usando apenas a voz. 

Cumpridas essas etapas, basta dizer “Ei Cortana” seguido de “Abrir Desligar” (ou o nome do atalho que você criou, conforme a ação desejada) para a assistente executar o comando respectivo. Note que nem sempre a Cortana identifica corretamente o comando logo na primeira vez, já que ela precisa reconhecer a sua voz. Se for o caso, repetir o comando umas duas ou três vezes para que esse costuma resolver esse problema.