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quarta-feira, 23 de julho de 2025

COMO CRIAR UMA LISTA DE REMETENTES CONFIÁVEIS NO GMAIL

PELA LÓGICA, NÃO DÁ PARA AGRADAR A TODOS; POR MIM, NÃO FAÇO A MENOR QUESTÃO DE AGRADAR A QUEM QUER QUE SEJA.

Aplicativos de mensagens como o WhatsApp e o Telegram substituem o correio eletrônico em diversas situações, mas isso não significa que o email tenha sido aposentado. 
 
A exemplo de outras plataformas de email, o Gmail filtra automaticamente conteúdos irrelevantes e possivelmente infestados de malwares, mantendo 99,9% (segundo a empresa) do junk mail na caixa de spam. Como esse filtro não é perfeito, sempre existe a possibilidade de mensagens importantes serem bloqueadas. Para evitar que isso aconteça, o serviço do Google permite criar uma lista de remetentes confiáveis. 


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


A primeira coisa a fazer quando se cai num buraco é parar de cavar. Incrivelmente, o filho do pai faz exatamente o contrário ao afirmar que não renunciará ao mandato, chamar Moraes de "medíocre" e um delegado da PF de "cachorrinho". Já o pai do filho precisa sincronizar seu relógio com o Centrão. Para ele, definir um Plano B antes da hora é inaceitável para o Centrão, inaceitável é a demora em lançar a candidatura de Tarcísio de Freitas.

Depois de se recusar a expor sua tornozeleira — "não vou mostrar porque é uma humilhação" —, Bolsonaro arrastou o adereço pelos corredores da Câmara sob um coro de "mito, mito, mito". Como era de esperar, a cena se espalhou em perfis de aliados e de meios de comunicação nas redes sociais. Como também era de esperar, Xandão intimou a defesa do capetão a justificar o descumprimento da medida cautelar, sob pena de prisão preventiva.

Aos 70 anos, inelegível, doente quando lhe convém, com uma condenação por tentativa de golpe de Estado esperando para acontecer, proibido de usar as redes sociais e com um dos filhos homiziado na cueca de Trump, o "mito" despencou de sua realidade paralela e caiu na merda do mundo real. Nem Trump conseguiu salvá-lo — ao contrário, só piorou a situação. Só lhe resta sair de cena melancolicamente e arrastar a tornozeleira e a pecha de traidor da pátria até o STF selar seu destino.

Quando deixamos de olhar para a árvore e passamos a olhar a floresta, perguntamo-nos como foi possível o Brasil sobreviver quatro anos sob um governo insano, comandado por uma organização criminosa de militares e civis, cujo modus operandi foi esmiuçado nas mais de 500 páginas do relatório final em que o PGR pediu a condenação do capetão-golpista e seus cúmplices?

Em momentos distintos da ditadura militar, o general Ernesto Geisel qualificou Bolsonaro como "anormal e mau militar", e Pelé e o general Figueiredo alertaram para o perigo de misturar brasileiros com urnas em eleições presidenciais. Mas nenhum dos três fazia ideia da extensão do desastre que estava por vir.

Em 2021, o empresário Paulo Marinho — que transformou a própria casa em estúdio para a campanha bolsonarista de 2018 — revelou que o então presidente sabia que seria preso pelos crimes cometidos — e pelos que ainda cometeria até o fim do mandato — e planejava “virar a mesa”. Meses depois, farejando a derrota nas urnas, o sacripanta rosnou que só haveria eleições se houvesse voto impresso.

Durante sua passagem pelo Planalto, Bolsonaro incitou e participou pessoalmente de manifestações pró-ditadura, promoveu “motociatas”, cavalgou pela Esplanada dos Ministérios e articulou um desfile de tanques em frente ao Congresso —visando constranger parlamentares durante a votação da PEC do voto impresso. Sempre que foi ameaçado, fingiu recuar. Mas pau que nasce torto morre torto, e ele logo reencarnava o "anormal e mau militar" que, numa democracia séria, seria inexoravelmente apeado do cargo. Nesta republiqueta de bananas, porém, o antiprocurador-geral, o imperador da Câmara e o próprio STF fingiram não ver o que o pior mandatário desde Tomé de Souza fazia.

Antes de se tornar réu, o Messias que não miracula admitiu que se refugiaria em alguma embaixada se sua prisão preventiva fosse decretada — como realmente se homiziou na Embaixada da Hungria, em fevereiro do ano passado, quando teve o passaporte apreendido.

Mauro Cid montou um plano de fuga em slides e produziu fake news sobre hackers terem encontrado vulnerabilidades nas urnas. A célebre “minuta do golpe” foi apresentada aos comandantes, e o plano Punhal Verde e Amarelo impresso no Palácio do Planalto pelo general Mário Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência. Agora, correndo o risco de aguardar em prisão preventiva seu julgamento e a provável condenado a mais de 40 anos de prisão, o aspirante a golpista ainda tem a audácia de falar em anistia e indulto!

A lambança bolsotrumpista — urdida pelo filho do pai que quase foi nomeado embaixador nos EUA por ter morado no Maine e fritado hambúrgueres numa rede de fast food que só servia frango frito — deixou a direita e a extrema-direita sem rumo, levando junto os possíveis substitutos do pai do filho em 2026. Como não poderia deixar de ser, essa pantomima tirou das cordas o despresidente de turno, que voltou a liderar todos os cenários nas pesquisas para as próximas eleições.

Triste Brasil.

 
1) Abra o navegador e faça login no Google;
 
2) Acesse https://mail.google.com/mail/ e clique no ícone de engrenagem, no canto superior direito;
 
3) Clique no botão Mostrar todas as configurações  e, na aba Filtros e endereços bloqueados (na parte superior), clique no botão Criar novo filtro;
 
4) No campo "De", digite o endereço de email que você quer adicionar na lista de remetentes seguros e clique em Criar filtro;
 
5) Marque a caixa Nunca enviar para Spam e depois conforme em Criar filtro.
 
Vale lembrar que o Gmail oferece outros recursos que podem melhorar a experiência de uso, como ativar o modo confidencial, marcar todos os e-mails como lidos e até agendar mails, como veremos oportunamente. 

segunda-feira, 21 de julho de 2025

TRISTE BRASIL!

HÁ TRÊS ESPÉCIES DE CÉREBROS: UNS ENTENDEM POR SI PRÓPRIOS; OUTROS DISCERNEM O QUE OS PRIMEIROS ENTENDEM; E OS DEMAIS NÃO ENTENDEM NEM POR SI PRÓPRIOS NEM PELOS OUTROS; OS PRIMEIROS SÃO EXCELENTÍSSIMOS; OS SEGUNDOS, EXCELENTES; E OS TERCEIROS, TOTALMENTE INÚTEIS.

Em 1993, o general Ernesto Geisel qualificou Bolsonaro como “anormal e mau militar”. Em momentos distintos da ditadura, Pelé e o general Figueiredo alertaram para o perigo de misturar brasileiros com urnas em eleições presidenciais. Geisel era um sábio; Pelé e Figueiredo, profetas que não sabiam.

Em 2021, o empresário Paulo Marinho — que transformou a própria casa em estúdio de programa eleitoral para a campanha bolsonarista de 2018 — disse que o então presidente sabia que seria preso pelos crimes que havia cometido (e ainda cometeria até o fim do mandato) e planejava “virar a mesa”. Meses depois, farejando a derrota nas urnas, Bolsonaro rosnou que só haveria eleições se houvesse voto impresso.

Ao longo de sua passagem pelo Planalto, o refugo da escória da humanidade incitou — ou participou pessoalmente de — manifestações pró-ditadura, promoveu "motociatas", cavalgou pela Esplanada dos Ministérios (mimetizando o ex-chefe do SNI, Newton Cruz) e articulou um desfile de tanques defronte ao Congresso para pressionar os parlamentares a aprovar a PEC do voto impresso.

Sempre que se via ameaçado, o capetão fingia recuar. Mas pau que nasce torto morre torto, e ele logo reencarnava o “anormal e mau militar” que, numa democracia séria, seria inexoravelmente apeado do cargo. Como o Brasil é uma republiqueta de bananas, o antiprocurador-geral, o imperador da Câmara e o próprio STF fingiram não ver o que o pior mandatário desde Tomé de Souza estava fazendo.

Antes de se tornar réu, Bolsonaro admitiu em entrevista ao UOL que, se sua prisão fosse decretada, ele se refugiaria em alguma embaixada (como fez em fevereiro do ano passado, quando passou dois dias na embaixada da Hungria após ter o passaporte apreendido). Mauro Cid montou em slides um plano de fuga para o chefe e produziu fake news sobre hackers terem encontrado vulnerabilidades nas urnas. A célebre “minuta do golpe” foi apresentada aos comandantes, e o plano Punhal Verde e Amarelo foi impresso no Palácio do Planalto pelo então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, general Mário Fernandes.

Os militares golpistas não têm do que se queixar, pois o golpe veio. Não na forma da ditadura que eles desejavam, mas como um conto do vigário no qual acabaram caindo. Tudo o que parecia ser deixou de ser quando Bolsonaro, já indiciado, negou ter discutido o golpe e classificou o plano de assassinar Lula, Alckmin e Moraes como “papo de quem tem minhoca na cabeça”. E como o Brasil é o país da piada pronta, estamos sob ataque do POTUS — também conhecido como “calopsita do penacho alaranjado.”

O abantesma do Planalto assombrou a democracia por quatro anos com o bordão do “meu Exército”. Se ele e seus acólitos fardados não concordavam em tudo, ao menos não discordavam no golpismo. A tentativa de instrumentalizar as FFAA falhou no atacado; no varejo, seu ex-comandante-em-chefe arrastou para o rol de indiciados 25 fardados (67,5% do total de candidatos à tranca).

A caminho do patíbulo supremo, o verdugo do Planalto se apega ao cinismo como um náufrago se agarra a um jacaré, pensando ser um tronco, enquanto seu rebento número três se torna uma prova ambulante de que dinheiro não tem pátria. O medo da prisão o impede de voltar, mas ele não cogita renunciar ao mandato. A partir de amanhã, voltará a receber salário mensal de R$ 46,3 mil. Se nada for feito, será remunerado pela pátria para traí-la em tempo integral.

Pela lógica, o filho do pai deveria ser cassado por atentar contra o artigo do regimento da Câmara que impõe aos deputados o dever de “promover a defesa do interesse público e da soberania nacional”. Mas a Câmara é uma Casa ilógica. Excluída a hipótese da cassação, aliados do conspirador empinam duas propostas para impedir a perda do mandato por excesso de faltas: numa, o deputado Evair Mello sugere que o traidor passe a exercer o mandato à distância, votando remotamente; noutra, Sóstenes Cavalcante propõe esticar a licença por mais 120 dias.

Adaptado aos tempos de tornozeleira, o slogan do bolsonarismo ficou assim: “Anistia acima de tudo, Trump acima de todos.” A velha tríade que o integralismo nacional importou do fascismo europeu — Deus, pátria e família — ganhou novos sentidos. Deus é um imperador laranja chocado com a “caça às bruxas”. A pátria deslocou-se para o Norte. E a família Bolsonaro, a única que importa, virou célula-mártir de uma conspiração antipatriótica desde que Eduardo escolheu os Estados Unidos como terra mortal.

Mantidos o mandato e o salário do deputado, o contribuinte brasileiro entra nesse enredo no papel de idiota involuntário.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

O PAÍS DA CORRUPÇÃO — 9ª PARTE

PIOR QUE O BANDIDO TRAVESTIDO DE POLÍTICO É O IDIOTA TRAVESTIDO DE ELEITOR, QUE VOTA NESSE TIPO DE GENTE.

Em momentos distintos da ditadura, Pelé e o general Figueiredo alertaram para o risco de misturar brasileiros e urnas em eleições presidenciais — e foram duramente criticados. Mas como contestá-los, se lutamos tanto pelo direito de votar para presidente e elegemos Collor, Lula, Dilma e Bolsonaro?


Nunca saberemos como estaria o Brasil se o golpe de Estado de 1889 não tivesse ocorrido. Ou se a renúncia de Jânio não tivesse levado ao golpe de 64. Ou se nosso primeiro presidente civil — eleito indiretamente após 21 anos de ditadura — não tivesse levado para o túmulo a esperança de milhões e deixado um neto que envergonharia o país e um vice que pavimentaria a vitória de um pseudo caçador de marajás sobre um desempregado que deu certo na primeira eleição direta desde 1960.

 

Muita coisa podia dar errado no capítulo final da novela da ditadura. Em 1984, o último dos cinco generais presidentes da ditadura — que, entre outros dislates, disse preferir o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo e que "daria um tiro no coco" se fosse criança e seu pai ganhasse salário-mínimo — confidenciou a Henry Kissinger, então secretário de Estado dos EUA, que uma parte das Forças Armadas apoiava a volta do governo civil, e a outra estava disposta a tudo para evitar que "os esquerdistas tomassem o país". Figueiredo considerava Tancredo uma pessoa capaz e moderada, mas cercada por muitos radicais de esquerda que talvez não conseguisse controlar.

 

No imaginário nacional, Tancredo foi o melhor de todos os presidentes — mas só porque, a exemplo da Viúva Porcina (personagem da novela Roque Santeiro), "foi sem nunca ter sido". Por uma trapaça do destino, ele baixou ao hospital horas antes da cerimônia de posse e morreu 38 dias e sete cirurgias depois — ironicamente, no feriado que homenageia o Mártir da Independência. Também não dá para saber o que aconteceria se ele tivesse governado, mas sabe-se que a posse de José Sarney ecoou como a gargalhada do diabo nos estertores da ditadura. 

 

Sarney  não tinha ideia do tamanho do "abacaxi" que seria assumir a presidência sem ter indicado seus ministros e herdando uma inflação de 220% ao ano. Cinco anos depois, entregou a Collor a faixa presidencial e uma superinflação de 1.800%, mudou seu domicílio eleitoral do Maranhão para o recém-criado estado do Amapá e conseguiu se eleger senador. Conta-se que, depois que pendurou as chuteiras, ao ser informado pela filha Roseana — então governadora do Maranhão — de que um dilúvio deixara metade do estado debaixo d’água, ele perguntou: "A sua metade ou a minha?"

 

Ao lado de Ulysses Guimarães, Mário Covas, Franco Montoro e Fernando Henrique, Tancredo liderou a campanha pelas "Diretas Já". A despeito da maior adesão popular da história, a Câmara sepultou a emenda Dante de Oliveira, que estabelecia a volta das eleições diretas para presidente. Ainda assim, a comoção social foi tamanha forçou a convocação do colégio eleitoral formado por 686 deputados, senadores e delegados estaduais. Em 15 de janeiro de 1985, Tancredo venceu Maluf — que era apoiado pelos militares — 480 a 180 votos.

 

 Ulysses chegou a cogitar disputar mas foi preterido pela chapa mista formada com o PFL de José Sarney Sr. Diretas e entregou a Tancredo o programa denominado Nova República, que previa eleições diretas em todos os níveis, educação gratuita, congelamento dos preços da cesta básica e dos transportes, entre outras benesses. Se tivesse sido ele o escolhido pelo colégio eleitoral, talvez disputasse — e vencesse — a eleição solteira de 1989. Sem Collor no Planalto e Zélia no Ministério da Fazenda, não teria havido sequestro dos ativos financeiros, congelamento da poupança e a sequência de planos econômicos fracassados que precederam o Plano Real. Assim, talvez a redução da miséria brasileira tivesse começado muito antes e hoje houvesse mais gente com salário digno e casa para morar.

 

Nada garante que teria sido assim, mas, mesmo que fosse, o Brasil — esse eterno laboratório de desilusões políticas — ainda teria muito chão para tropeçar. A eleição direta de 1989, com 22 candidatos e uma população faminta por mudanças, virou palco de um espetáculo grotesco que consolidou a crença de que o próximo salvador da pátria viria embalado em promessas vazias, frases de efeito e, claro, uma bela embalagem televisiva. E assim seguimos, entre urnas e urros, tropeçando em nossas escolhas.

 

Continua...

segunda-feira, 5 de maio de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 24ª PARTE

A GRANDE DIFERENÇA ENTRE A GENIALIDADE E A ESTUPIDEZ É QUE A GENIALIDADE TEM LIMITES.

Para aceitar novas hipóteses sobre a natureza da realidade, precisamos abandonar a visão de que tudo gira em torno de nós. 

Multiverso de Nível 4 propõe que os multiversos de níveis anteriores integrem uma única estrutura matemática infinita, com pelo menos quatro dimensões (três espaciais e uma temporal), geometrias distintas e leis físicas completamente diferentes das que conhecemos. Já a Teoria dos Multiversos nos desloca de qualquer posição central ou privilegiada, deixando claro que nosso universo — e nós mesmos — não somos especiais.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

O Gênesis não conta, mas, ao ser acusado de favorecer a porção de terra que se tornaria o Brasil, Deus respondeu: “Esperem para ver o povinho de merda que eu vou colocar ali.” Essa passagem pouco conhecida fornece pistas valiosas para quem se pergunta se este país tem jeito. Afinal, esperar o quê de um eleitorado que repete a cada dois anos, por ignorância, o que Pandora fez uma única vez por curiosidade? Um povo despreparado até para votar em assembleia de condomínio tende a ser ludibriado por qualquer demagogo — e o demagogo que mente melhor vence as eleições.
Em momentos distintos da ditadura militar, Pelé e o general Figueiredo alertaram para o risco de misturar brasileiros e urnas em pleitos presidenciais. Ambos foram muito criticados, mas como contestá-los, se lutamos tanto por eleições diretas e elegemos Collor, Lula, Dilma e Bolsonaro?
Todo mundo mente, mas o problema é quando o mentiroso acredita nas próprias mentiras. Confrontado com o mensalão e, mais adiante, com o petrolão, Lula disse que “não sabia de nada”. E um presidente que não sabe o que está acontecendo bem debaixo de suas barbas ou é conivente, ou é incompetente.
Em 2022, a cinco dias do segundo turno, Lula prometeu que, se eleito, seria presidente de um mandato só. Mal se aboletou no trono e já deixou claro que pretende disputar a reeleição.
No final do ano passado, com a popularidade em queda e uma hemorragia cerebral, ventilou que dependeria do cenário político e de sua saúde. Passado o susto, prometeu cumprir as promessas que não honrou — e passou a fazer novas, mirando um horizonte que vai muito além do fim do seu mandato. Em fevereiro, produziu a seguinte pérola: “Quando terminar o meu mandato, vocês vão dizer: ‘Lulinha, Lulinha, fica, porque nós precisamos de um presidente que goste de nós’”, disse.
Em abril, o petista capitaneou o evento “O Brasil dando a volta por cima”, orquestrado pelo marqueteiro Sidônio Palmeira para vender a ideia de que, nos primeiros dois anos, foi preciso reconstruir o que Bolsonaro destruiu. Prometeu que, até 2030 (não por acaso o último ano de um eventual quarto mandato), todas as crianças brasileiras estarão alfabetizadas até o segundo ano. Discursando na inauguração de um campus da Universidade Federal Fluminense, disse que “precisou um torneiro mecânico sem diploma universitário governar este país para ser o presidente que mais fez universidades na história”.
Visando conquistar a simpatia da classe média, o mandatário de meio-expediente mascateia medidas populistas como a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil mensais e a ampliação da faixa de renda do “Minha Casa, Minha Dívida”, além de assumir a paternidade de programas eleitoreiros como o Bolsa Família, Mais Médicos e Samu. Age como candidato, não como presidente. Usa dinheiro público para tentar se reeleger. Nos últimos meses, esteve quatro vezes em Minas Gerais e viajou para São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pará — todos estados entre os dez maiores colégios eleitorais do país.
Internamente, os líderes de esquerda não trabalham com outra opção que não seja Lula. Mesmo no PT, onde várias correntes se digladiam pelo comando do partido em julho, o candidato é Lula. Mas querer nem sempre é poder — sobretudo quando o que se quer é o poder. 
Nas pesquisas para o segundo turno, ele aparece atrás de Bolsonaro, da ex-primeira-dama e do governador bolsonarista de São Paulo, além de ostentar a maior rejeição: 51,9% dos entrevistados disseram que não votariam nele de jeito nenhum, e 57,4% desaprovam seu governo.
Lula deve anunciar oficialmente o que todo mundo já sabe em julho, logo após a eleição interna do PT. Até lá, terá de pegar em lanças para mudar o humor do eleitorado. E de nada adianta citar o PIB e outros dados macroeconômicos quando a alta no preço dos alimentos leva o povo à inevitável conclusão de que o país piorou.

Dentro da comunidade científica, alguns defendem que um extraordinário equilíbrio cósmico levou o Big Bang a produzir um universo ajustado às condições necessárias para nossa existência, enquanto outros sustentam que existem inúmeros universos físicos e que nós habitamos aquele cujas leis permitiram o surgimento da vida. Muitos argumentam que não há como comprovar a existência de um número infinito de universos universos-bolha, já que, por definição, eles seriam independentes do nosso. No entanto, a detecção de universos paralelos talvez seja apenas uma questão de tempo; afinal, a ciência já derrubou inúmeras barreiras antes, e não há por que acreditar que essa seja intransponível.

Algumas teorias encontram maior aceitação, mas, como bem disse Carl Sagan sobre a busca por vida extraterrestre, "ausência de evidência não é evidência de ausência". Muito do que era ficção há um ou dois séculos se tornou realidade, e o mesmo pode acontecer com ideias que hoje nos parecem especulativas. A história da ciência está repleta de exemplos de pioneiros ridicularizados em sua época, como Nicolau Copérnico, que desafiou o geocentrismo, Joseph Lister, que revolucionou a medicina com a desinfecção, e Alfred Wegener, que propôs a teoria da deriva continental. Todos foram desacreditados até que o tempo provasse que estavam certos. 
Isso não significa que qualquer ideia contestada hoje será confirmada no futuro, mas nos lembra de que manter a mente aberta é essencial para o progresso do conhecimento. 

Estudos de física, da mecânica quântica sugerem que multiversos paralelos ao nosso podem existir no mesmo espaço-tempo, e que, à medida que se realiza um experimento quântico com diferentes resultados possíveis, cada resultado ocorre em um universo paralelo. Outra teoria sobre multiversos sustenta que nosso universo é uma bolha, e que existem inúmeros universos-bolha semelhantes, imersos em um mar energizado e em eterna expansão. Entretanto, nenhuma dessas teorias conseguiu prever com precisão em que tipo de universo estamos inseridos.

Por enquanto.

Continua...

terça-feira, 15 de abril de 2025

A REPUBLIQUETA DE BANANAS E A PIRA COLETIVA

A HISTÓRIA ACONTECE COMO TRAGÉDIA E SE REPETE COMO FARSA.

A célebre frase "Le Brésil n’est pas un pays sérieux" é indevidamente atribuída a Charles de Gaulle, mas isso não muda o fato de que a descoberta de Pindorama foi uma fraude, a independência, comprada e a Proclamação da República, o primeiro de uma série golpes militares. 

 

Oito dos 40 presidentes não concluíram seus mandatos (começando pelo próprio Deodoro da Fonseca); dos cinco que foram eleitos diretamente desde o fim da ditadura, dois acabaram impichados (seriam três se Rodrigo Maia e Arthur Lira não tivessem blindado o capetão golpista dos mais de 140 pedidos de impeachment protocolados na Câmara). 


Nosso "melhor" mandatário foi Tancredo Neves, mas apenas porque morreu sem tomar posse. Mas sua herança foi maldita: o vice José Sarney um neto que envergonharia o país. Ao final da intragável gestão do oligarca maranhense, o esclarecidíssimo eleitorado, podendo escolher Ulysses GuimarãesMario Covas ou Leonel Brizola entre os 22 candidatos ao trono, optou por despachar para o segundo turno um caçador de marajás demagogo e populista e um ex-metalúrgico populista e demagogo.

 

Collor derrotou Lula, tomou posse em março de 1990 e foi penabundado em dezembro de1992. Condenado em 2023 a mais 8 anos de reclusão, o sevandija segue livre, leve e solto graças a sucessivos embargos procrastinatórios. Já seu ex-adversário foi eleito em 2002, reeleito 2006, preso em 2018 e libertado 580 dias depois, a pretexto de nos livrar do refugo da escória da humanidade e pior mandatário desde Tomé de Souza, que ora responde por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.

 

Em diferentes momentos da ditadura, Pelé e o general Figueiredo advertiram sobre os riscos de misturar brasileiros com urnas em eleições presidenciais. Ambos foram duramente criticados, mas o tempo lhes deu razão. Ignorante e despreparado, o eleitorado tupiniquim repete a cada dois anos, por estupidez, o que Pandora fez apenas uma vez, movida pela curiosidade. E como ninguém revogou a lei da causalidade, o país segue prisioneiro de dois populistas abjetos, que se valem do mandato para corromper, saquear e posar de salvadores da pátria.

 

A história ensina a não confiar em políticos, mas a maioria dos brasileiros, cega pelo fanatismo e lobotomizada pela polarização, insiste em idolatrar bandidos travestidos de agentes públicos. Não surpreende, portanto, que o Brasil seja governado como uma usina de processamento de esgoto, onde entra merda por um lado e sai merda pelo outro. 


Entre a porta de entrada (as eleições) e a de saída (a troca de comando), a merda muda de aparência, de nome, de embalagem — mas continua sendo merda. Reprocessou-se o governo Lula e deu no governo Dilma; reprocessou-se o de Dilma e deu no de Temer; a péssima gestão de Bolsonaro ensejou a volta do xamã petista numa versão macróbia e piorada. Desde 2003, o conteúdo da usina não mudou. O que muda — quando muito — são as moscas.

 

Em Ensaio sobre a cegueira, o escritor português José Saramago anotou que "a pior cegueira é a mental", pois torna as pessoas incapazes de reconhecer o que está diante de seus olhos. Isso explica por que milhões de cegos mentais acreditam que Lula é a "alma viva mais honesta do Brasil" e outros tantos que Bolsonaro é um patriota de mostruário perseguido injustamente por "Xandão" e seus pares de toga. A despeito de tudo que fez, o capetão ainda conta com o apoio de milhares de anencéfalos, que bebem seus garranchos verbais em português sofrível — e, mais recentemente, em inglês macarrônico. 


Lula e Bolsonaro só continuam vivos politicamente porque se retroalimentam e porque os brasileiros se comportam como gado tocado dos currais para ao matadouro. Mas o que seria de esperar da escumalha abjeta que o Criador, acusado de nepotismo, escalou para povoar a terra onde "em se plantando, tudo dá"? 


Assim como o "Führer" dos nazistas, a calopsita alaranjada, o molusco eneadáctilo e o capetão golpista deixaram claro o que pretendiam fazer, e foram aplaudidos, pois o populismo autoritário entra pela porta da frente, ovacionado. Hitler dizimou a Europa; Trump atacou criminosamente a economia global; e Lula bateu asas da cadeia e voou para o Planalto, onde posa de "parteiro do Brasil Maravilha". 


Marx ensinou que "a história acontece como tragédia e se repete como farsa". Os populistas anunciam o caos, mas a multidão primeiro os aplaude e depois diz que "não sabia". Eleitores dessa catadura não deveriam votar sequer em assembleia de condomínio.


O populismo é uma pira coletiva onde todos acham que só os outros vão arder.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

PONTOS A PONDERAR...

DE PENSAR MORREU UM BURRO.

Quem leu O Príncipe sabe que o bem deve ser feito aos poucos e mal, de uma só vez. Mas a récua de muares que atende por "eleitorado" certamente não leu, e repete a cada dois anos o que Pandora fez uma única vez.
 
Churchill ensinou que a democracia é a pior forma de governo, exceto por todas as outras já tentadas, mas ressaltou que o melhor argumento contra ela é uma conversa de cinco minutos com um eleitor mediano. Se tivesse conhecido o eleitor brasileiro, o estadista britânico certamente reduziria esse tempo para 30 segundos.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Em entrevista publicada pelo The New York Times, Bolsonaro disse que estava tão animado com o convite do Trump que nem ia mais tomar Viagra. Mas tomou na tarraqueta: horas depois, alegando que em diversas ocasiões o indiciado manifestou-se favoravelmente à fuga de condenados no caso do 8 de janeiro e admitiu em entrevista a UOL a hipótese de ele próprio "evadir-se e solicitar asilo político para evitar eventual responsabilização penal no Brasil", Moraes indeferiu o pedido de liberação de seu passaporte
O ministro anotou ainda que Zero Três, intermediário do convite da família Trump ao pai, também endossou a defesa da fuga de condenados. Na véspera, a PGR havia se manifestado contra a ida do capetão à posse de seu ídolo, sustentando que a viagem serve ao "interesse privado" do ex-presidente, em contraposição ao "interesse público", que "se opõe à saída do requerente do país". A defesa de Bolsonaro recorreu, mas Moraes manteve sua decisão
A manifestação de Gonet e as decisões de Xandão são prenúncios do que vem pela frente na excursão do refugo da escória da humanidade pelos nove círculos do inferno. Em outras palavras, o que o PGR e o supremo togado disseram foi que não convém fornecer material para a fuga de um ex-presidente da República que frequenta o inquérito do golpe como uma condenação criminal esperando na fila par acontecer. Nesse entretempoBolsonaro escalou Celso Vilardi, um dos criminalistas mais experientes do país, reforçar o time de defensores do indefensável.
 
Em momentos distintos da ditadura, Pelé Figueiredo alertaram para o risco de misturar brasileiros e urnas em eleições presidenciais. Ambos foram muito criticados, mas como contestá-los se lutamos tanto pelo direito de votar para Presidente e elegemos gente como Lula, Dilma, Bolsonaro?
 
Não se sabe como o Brasil estaria hoje se golpe de Estado de 1889 não acontecesse, Ou se a renúncia de Jânio Quadros não levasse ao golpe de 64 e subsequentes 21 anos de ditadura militar. Ou se Tancredo Neves não fosse internado horas antes de tomar posse e batesse as botas 38 dias e 7 cirurgias depois, levando para a sepultura a esperança de milhões de brasileiros e deixando de herança um neto que envergonharia o país e um vice que promoveu a anarquia econômica e administrativa que levou à vitória de um pseudo caçador de marajás sobre um desempregado que deu certo na eleição solteira de 1989.
 
Usamos o tempo verbal "futuro do pretérito" (chamado de "condicional" até 1959) para falar de eventos cuja concretização depende de uma condição ou para fazer pedidos de forma educada. Embora usemos as palavras "pretérito" e "passado" de forma intercambiável no dia a dia, elas possuem nuances diferentes. Assim, o futuro do pretérito é um futuro que poderia ter acontecido, mas não aconteceu porque estava condicionado a algo que não se concretizou. 
 
No imaginário nacional, Tancredo foi o melhor de todos os presidentes, já que, a exemplo da Viúva Porcina no folhetim Roque Santeiro, "foi sem nunca ter sido" — mutatis mutandis, é como nos discursos fúnebres, onde virtudes que o falecido nunca teve são exaltadas. Conta-se que um padre recém-ordenado assumiu sua paróquia um dia antes da morte do prefeito, que era corrupto, rabugento e malquisto pelos locais. Sem elementos para embasar a homília fúnebre, o batina exortou os presentes a relembrar as qualidades do "nosso querido alcaide". Como ninguém se manifestou, a viúva, constrangida, ponderou: "O pai dele era ainda pior."
 
Muita coisa podia dar errado no capítulo final da novela da ditadura. Em 1984, numa conversa com Henry Kissinger, o ainda presidente João Figueiredo confidenciou que uma parte das Forças Armadas apoiava a volta do governo civil e a outra parte estava disposta a tudo para evitar que "os esquerdistas tomassem o país". Figueiredo considerava Tancredo uma pessoa capaz e moderada, mas cercada e apoiada por muitos radicais de esquerda que talvez não conseguisse controlar. 
 
Como estaríamos hoje se Tancredo tivesse presidido o Brasil? The answer, my friends, is blowing in the wind. De 15 de janeiro de 1985 — quando a raposa mineira derrotou o turco lalau, que era apoiado pelos militares, por 480 a 180 votos de um Colégio Eleitoral composto por deputados federais, senadores e delegados das Assembleias Legislativas dos Estados — até 14 de março, quando baixou ao hospital, ecoaram rumores de que os militares não deixariam o presidente eleito tomar posse, e os boatos ganharam força depois o general Newton Cruz revelou que, a três meses da votação, Maluf o havia procurado para propor um golpe 
 
Alguns conspirólogos alardearam que Tancredo havia sido baleado enquanto assistia a uma missa na Catedral de Brasília (faltou luz durante a cerimônia, e alguns presentes disseram ter ouvido um tiro), outros, que ele havia sido envenenado por militares apoiados pela CIA (por uma estranha coincidência, seu mordomo morreu dias depois, vítima de complicações gastrointestinais). A alteração da causa mortis de "infecção generalizada" para "síndrome da resposta inflamatória sistêmica" deixou muita gente com a pulga atrás da orelha — lembrando que alguns anos antes o papa João Paulo I, com apenas 33 dias de pontificado, foi encontrado morto em seus aposentos (após tomar uma mui suspeita xícara de chá0.
 
Observação: No livro "In God's Name", David Yallop popularizou a tese de envenenamento, mas as evidências em que ele se escorou não foram confirmadas pelas investigações, que apontaram "infarto fulminante" como causa mortis. Outras teorias sugerem que o assassinato foi orquestrado por grupos maçônicos ou resultou de uma conspiração envolvendo cardeais que se opunham a suas ideias e às reformas que ele pretendia implementar no Banco do Vaticano. A falta de autópsia e de uma investigação transparente alimentou as teorias conspiratórias, mas a maioria delas se baseia em especulações, rumores e testemunhos duvidosos.
 
A posse de Sarney ecoou como a "gargalhada do diabo" nos estertores da ditadura — que só terminou três anos depois, com a promulgação da Constituição Cidadã, que distribuiu diretos a rodo sem apontar de onde viriam os recursos para bancá-los (e que foi remendada mais de uma centena de vezes em 136 anos, enquanto a constituição norte-americana, que tem apenas 7 artigos, recebeu 27 emendas em 237 anos).
 
Observação: A palavra "direito" é mencionada 76 vezes na Carta, enquanto "dever" aparece apenas quatro e "produtividade" e "eficiência". duas e uma vez, respectivamente. O que esperar de um país que tem 76 direitos, 4 deveres, 2 produtividades e 1 eficiência? Na melhor das hipóteses, uma política pública de produção de leis, regras e regulamentos que quase nunca guardam relação com o mundo real.
 
O último dos 5 generais-presidentes da ditadura — que dizia preferir o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo e que daria um tiro no coco se fosse criança e seu pai ganhasse salário-mínimo — se recusou a transferir a faixa para Sarney (faixa a gente transfere para presidente, não para vice, e esse é um impostor), lembrando que o obelisco da política de cabresto nordestina trocou a ARENA pelo MDB para integrar a chapa de oposição.

Sarney nem imaginava o tamanho da encrenca que seria assumir a presidência sem ter indicado os ministros nem participado da elaboração do plano de governo, mas herdado dos militares uma inflação de 220% a.a. Durante sua aziaga gestão, ele enfrentou mais de 12 mil greves e foi vítima de pelo menos um atentado. Em março de 1990, além da faixa presidencial, ele entregou a Collor uma superinflação de 1.800% a.a. e mudou seu domicílio eleitoral do Maranhão para o recém-criado estado do Amapá, onde conseguiu se eleger senador. Em 2014, aos 83 anos, deixou a vida pública para se dedicar à literatura em tempo integral — conta-se que um belo dia a governadora Roseana Sarney telefonou para informar que um dilúvio havia deixado metade do Maranhão debaixo d’água, e ouviu do pai a singela pergunta: "Sua metade ou a minha?
 
Tancredo, Ulysses e Covas lideraram a campanha pelas "Diretas Já", que reuniu mais de 1 milhão de pessoas no Anhangabaú em 1984. O movimento fracassou, mas o político mineiro foi escolhido pelo Colégio Eleitoral. Se ele, e não Sarney, tivesse presidido o Brasil de abril de 1985 a março de 1990, talvez a estabilidade econômica alcançada em 1994 com o Plano Real (conquista que Lula 3 vem tentando reverter) tivesse chegado mais cedo, livrando-nos dos nefastos planos Cruzado, Bresser, Verão e Collor.

Talvez Collor não se elegesse presidente e Lula assistisse à visita de Obama ao Brasil pela TV — sem à oposição ao "Rei-Sol", é possível que xamã da petralhada continuasse como deputado federal (cargo para o qual ele foi eleito em 1986) ou se aboletasse no Senado. Sem Collor, sem Zélia nem sequestro dos ativos financeiros e o congelamento da poupança, que derrubou quase à metade a venda de imóveis residenciais. 
Sem essas medidas heterodoxas e a sucessão de planos econômicos escorados no congelamento de preços e salários, a redução da miséria brasileira poderia ter começado muito antes, e hoje mais gente teria casa para morar.

Nada garante que seria assim, mas poderia ter sido. Só que não foi. 

Triste Brasil.