UM BATE-PAPO INFORMAL SOBRE INFORMÁTICA, POLÍTICA E OUTROS ASSUNTOS.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Cautela e canja de galinha...
Ao criar suas senhas, fuja da obviedade (data de nascimento, número de telefone, placa do carro, etc.) e evite palavras “reais”, registradas nos dicionários (alguns programinhas são capazes de checar milhões de palavras em poucos segundos). Ainda segundo os especialistas no assunto, a própria palavra “password” e suas variações (password1, passwd, p@$$w0rd ou drowssap, por exemplo), são amplamente utilizadas e, conseqüentemente, as primeiras possibilidades testadas pelos crackers. E o mesmo vale para seqüências como 123456, abc123 ou padrões como ioioioi ou querty, por exemplo, obtidos a partir de teclas contíguas.
Considerando que o maior problema das senhas fortes não está em criá-las, mas sim em lembrá-las (nem pense em escrevê-las num post-it e colá-lo na moldura do monitor), uma boa idéia partir de frases fáceis de memorizar. A título de exemplo, aproveitando as primeiras letras de “batatinha quando nasce se esparrama pelo chão", alternando maiúsculas e minúsculas e substituindo a letra “e” por “&”, teremos BqNs&PC (para testar a segurança de suas senhas, visite The Password Meter).
Alguns sites e web services que exigem login costumam disponibilizar uma “tábua de salvação” para os esquecidos (Automated Password Resetting), enviando-lhes por e-mail a senha cadastrada mediante a resposta correta a uma “pergunta secreta” previamente estabelecida. No entanto, é bom tomar cuidado com perguntas elementares (como seu time de futebol preferido ou o nome de seu bicho de estimação), já que as respostas podem ser facilmente descobertas por pessoas mal intencionadas.
Convém ter em mente que nem a mais forte das senhas oferece proteção adequada se não for mantida em segredo (se for realmente necessário escrever suas senhas, assegure-se de codificar as informações e/ou guardá-las num local ao qual ninguém mais tenha acesso). Demais disso, procure modificar as senhas regularmente (tanto mais freqüentemente quanto maior a importância dos dados que ela se destina a proteger), e evite utilizar a mesma combinação para diferentes finalidades (webmail e acesso ao net banking, por exemplo), porque sua descoberta dará ao cracker a chave para todas as portas que você pretendeu trancar.
Conforme a quantidade de senhas aumenta, torna-se cada vez mais difícil administrá-las "de memória", de modo que, nesse caso, a solução contar com a ajunda de programinhas que, mediante uma senha (a única que será preciso memorizar), gerencia todas as demais. Um bom exemplo é o RoboForm (gratuito para uso não comercial), que gerencia senhas e informações de login, preenche informações exigidas pelos sites e serviços e ainda oferece um gerenciador de anotações, um gerador de senhas e um mecanismo de busca. Outra opção interessante é o KeePass, também é gratuito, que dispensa instalação (roda direto de um pendrive ou de uma pasta no HD) e protege suas senhas com criptografia de 256 bits.
Vale lembrar que você deve redobrar os cuidados se costuma usar computadores públicos (em cybercafés e afins), devido à grande possibilidade crackers instalarem keyloggers (mais detalhes na postagem de amanhã) para capturar informações confidenciais dos incautos. Cautela e canja de galinha...
Bom dia a todos e até a próxima.
sexta-feira, 19 de junho de 2020
AINDA SOBRE A SEGURANÇA EM ÉPOCA DE ISOLAMENTO
quinta-feira, 5 de maio de 2022
DIA MUNDIAL DA SENHA
Há outras maneiras de comprovar que somos quem dizemos ser no mundo digital, mas as senhas ainda são a modalidade mais popular, mesmo que sua eficácia dependa de diversos fatores (uma senha numérica de quatro dígitos só oferece proteção quando utilizada em conjunto com um token, por exemplo).
O problema é que a dificuldade natural de memorizar dezenas de combinações alfanuméricas complexas nos leva a optar por senhas “fracas” ou criar uma senha robusta e transformá-la numa espécie de chave-mestra — para se desbloquear o smartphone, acessar o Windows no PC, confirmar a identidade no WhatsApp, fazer logon em redes sociais, serviços de webmail, e por aí afora).
Devido a sua relevância, as senhas já foram alvo de dezenas de postagens (que você pode conferir inserindo a palavra “senha” na caixa de buscas, na coluna à direita, e clicando em Pesquisar). No entanto, como hoje é o Dia Mundial da Senha, eu achei por bem revisitar o assunto e reforçar algumas dicas simples, mas funcionais.
— Evite utilizar nomes de animais de estimação, datas de nascimento, números de telefone ou de documentos, já que essas informações podem ser garimpadas facilmente pelos cibervigaristas.
— Segundo a NordPass, a senha mais utilizada no Brasil, em 2021, continua sendo 123456. Uma senha desse tipo leva menos de 1 segundo para ser quebrada. Utilize senhas com mais de 8 caracteres e combine letras maiúsculas, minúsculas, algarismos e símbolos especiais.
— Conforme dito no parágrafo de abertura, a praticidade da senha polivalente não compensa o risco de acesso irrestrito caso ela seja descoberta por pessoal mal-intencionadas (e não me consta que quem tenta quebrar senhas alheia o faça com a melhor das intenções).
— Segundo a Microsoft, 99.9% dos ataques a contas poderiam ter sido evitados mediante a simples habilitação de um segundo fator de autenticação. A maioria dos serviços baseados na Web suporta o 2FA, mas não o habilita por padrão. Como o procedimento varia caso a caso, o site Two Factor Auth ensina a configurar essa função na maioria dos webservices que a suportam.
— Salvar senhas no navegador é cômodo, mas inseguro. Prefira um gerenciador de senhas, que protege os dados com criptografia forte. Nesse caso, a única senha que você terá de memorizar é a que dá acesso à ferramenta.
— Utilizar uma VPN é fundamental, sobretudo se você se conecta a partir de redes públicas é fundamental.
— Evite compartilhar suas senhas. Em sendo necessário fazê-lo, jamais as envie por SMS ou email. A maneira menos insegura é usar a função de compartilhamento dos cofres de senhas, que envia um link (seguro e temporário) ao destinatário.
— Para verificar se os links que você acessa utilizam protocolos seguros para transmissão dos dados, use o PhishTank e o Google Safe Browsing. Clique aqui para identificar, a partir do seu e-mail, se seus dados pessoais (incluindo senhas) já apareceram em algum vazamento.
Um ataque leve levaria 63 quatriliões de anos para quebrar uma senha com 20 dígitos. Um ataque moderado reduziria esse tempo para 628 bilhões de anos. Mesmo que ninguém disponha de todo esse tempo, a diferença deixa claro que a dificuldade aumenta conforme o número de dígitos — e mais ainda se letras maiúsculas e minúsculas forem combinadas com algarismos e caracteres especiais, como %, &, $, #, @ etc.
Há quem recomende tornar as senhas tão longas quanto possível, já que o brut force attack (método que consiste em experimentar todas as combinações alfanuméricas possíveis) pode ser frustrado pela limitação da quantidade de tentativas de login permitidas. Uma senha como “país de político ladrão”, por exemplo, é mais difícil de quebrar e mais fácil de memorizar do que “Br0ub7d$r&3”, também por exemplo. A primeira levaria mais de 500 anos para ser descoberta por um invasor que usasse um computador doméstico. A segunda, que parece mais segura, poderia ser quebrada em apenas três dias.
Cuidado com o que você compartilha. Pense nas redes sociais como uma conversa na vida real e seja seletivo com solicitações de amizade. Nunca se sabe se o seguidor em potencial é alguém mal-intencionado. Redobre os cuidados com aplicativos conectados. Fazer login em plataformas usando sua conta do Google ou do Facebook pode ser prático, mas implica o risco de seus dados irem de embrulho se os servidores do site foram invadidos por hackers (ou crackers, melhor dizendo).
Para mais dicas sobre senhas, acesse a página da MCAFEE ou o serviço MAKE ME A PASSWORD. Para testar a segurança de suas senhas, acesse a CENTRAL DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA DA MICROSOFT ou o site HOW SECURE IS MY PASSWORD.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2007
Senhas - Final
Entretanto, existem senhas e senhas - algumas, até seu irmãozinho é capaz de descobrir (sua data de nascimento, por exemplo) - e se alguém mal intencionado conhecer esses dados, talvez consiga acessar seu sistema, seus e-mails e até sua conta bancária.
Como a gente sempre procura criar senhas fáceis de ser lembradas, os bisbilhoteiros de plantão não precisar ter muito trabalho para fazer um belo estrago, não é mesmo? Ainda mais quando decidimos criar um documento de texto com todas as senhas e salvá-lo na pasta Meus Documentos...
Para criar senhas seguras, complexas, difíceis de ser quebradas - mas fáceis de memorizar -primeiro é preciso analisar a importância das informações que desejamos proteger. Se queremos apenas impedir que abelhudos acessem nossa conta no Orkut, não precisamos usar uma senha altamente complexa, embora seja recomendável que ela tenha um mínimo de seis caracteres sem qualquer seqüência lógica, envolva números ou letras (maiúsculas e minúsculas, sem caracteres repetidos) misturadas com símbolos (como # , _ , @, -, / e congêneres).
Já na hora de criar um login para a conta bancária, aí convém utilizar, no mínimo, oito caracteres, privilegiando combinações que não sejam óbvias e que não figurem nos dicionários. Para o nome de usuário, devemos sempre evitar utilizar nosso próprio nome ou sobrenome, mas optar por palavras ou combinações que façam sentido apenas para nós. A Microsoft sugere criar uma frase secreta e extrair delas as iniciais de cada letra: por exemplo, do ditado popular “antes só do que mal acompanhado”, a gente extrai “asdqma”.
Nunca devemos anotar senhas em papéis, nem muito menos salvá-las em arquivos digitais sem aplicar alguma forma de criptografia: usando o próprio Word, podemos guardar informações importantes (para criar um documento com senha, basta clicar em Salvar como e, ao ser aberta a janela correspondente, clicar na setinha ao lado de Ferramentas, escolher Opções de Segurança e inserir uma senha forte).
Mesmo tomando todos esses cuidados, alguém sempre pode ser capaz de roubar nossos dados. Golpes comuns são o phishing (envio de falsos e-mails que solicitam ao usuário digitar seus dados pessoais para regularizar cadastros ou confirmar o pagamento alguma conta) e a criação de webpages falsas (mas idênticas às de bancos, empresas ou lojas online), onde o internauta acaba digitando seu login/senha, números de documentos, endereço físico e outros dados que tais. Note que empresas idôneas não costumam enviam e-mails dessa natureza a seus clientes, justamente para evitar esse tipo de transtorno.
Mas não basta criar senhas rebuscadas, guardá-las a sete chaves e manter distância dos e-mails e sites fajutos. Convém também trocá-las regularmente e evitar usar a mesma palavra secreta para logar-se em serviços diferentes (por falar nisso, há quanto tempo você não troca sua senha?).
E como é praticamente impossível ter uma senha diferente para cada site que acessamos, devemos escolher combinações mais seguras e complexas para serviços como netbanking ou pagamentos em lojas virtuais. O lado bom da história é que existem alguns programinhas que guardam senhas sem comprometer a segurança (ainda assim, será preciso memorizar uma senha: a do programa). Veja algumas sugestões - que podem ser baixadas a partir do seu site de downloads preferido:
O AI RoboForm guarda seus dados pessoais e, assim que você entra numa página com formulário, escreve as informações. Ele trabalha com diversos perfis e os dados são protegidos por senha. O programa é gratuito para o uso com até 10 senhas.
O KeePass oferece controle completo para senhas, salvando todas com criptografia de 256 bits. Você pode proteger seus dados com uma senha mestra ou usando um memory key (ou ambos). O programa dispensa a instalação, rodando direto de um drive removível ou pasta no HD.
Abraços, bom feriado a todos e até amanhã.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
PERDIDO NAS SENHAS
O TEMPO FAZ COM O CORPO O QUE A ESTUPIDEZ FAZ COM A ALMA: APODRECE.
Senhas! Tantas, tantas! Suponho que as empresas perdem
milhões por causa delas. Não digo que é culpa dos hackers. Simplesmente porque
a gente perde a paciência e desiste da compra on-line — já que senhas não
reconhecidas tornaram-se parte da vida.
É meu caso com a Amazon
Brasil. Cada vez que entro no site e vou pagar, recebo um aviso que a senha
não é válida. Só que está certa. Mesmo assim, sou obrigado a redefini-la.
Enviam um código para meu e-mail, e perco uns vinte minutos (no mínimo) para
criar a nova. É um inferno, porque cada vez exigem senhas mais complexas. E
menos duradouras.
Um amigo acaba de receber um aviso da faculdade dizendo
que sua senha expirou. Como assim, expirou? Ele não sabe se é tentativa de
golpe ou pedido da faculdade mesmo. Dá medo, porque há quadrilhas
especializadas em roubar senhas. Em razão disso, cada vez mais aumentam as
exigências para a criação de senhas seguras.
Surgiram sites de gerenciamento de senhas, como o Lumiun. Eles exigem misturas de números
e letras, às vezes uma maiúscula. O ideal é usar no mínimo catorze caracteres.
Advertência: jamais utilizar nomes, palavras reais, datas importantes, número
de documentos… Sugere alterá-las a cada noventa dias. Pior. Ninguém usa uma só
para tudo, é arriscado.
Eu tenho umas duas dezenas. Apple Store, TVs por streaming, meu próprio
computador, banco, cartões… Tudo tem de estar na minha cabeça! Suspeito que
hospitais psiquiátricos já reservam vagas para pacientes com stress causado
pelo excesso e complicação das senhas.
Horror: se dá algum problema, não há para quem ligar.
Tudo é digital. Fui fazer compras on-line e descobri que alguém havia
cadastrado meu CPF em outro email. É
impossível resolver porque enviavam códigos de segurança para um email
desconhecido. Algumas empresas, como o Magalu,
responderam à reclamação, verificaram e tudo o.k. Outras, como a Nike, igualam-se a paredes de concreto.
Senhas são tão preciosas que quadrilhas se
especializaram em roubá-las. Outro dia o Instagram
de meu irmão foi invadido e virou um site de prostitutas russas! Alguém entrou
no meu Face e fica pedindo a senha.
Não boto. E o Face trava! Recebo
também supostos avisos do Instagram
para confirmar meu cadastro. Uma amiga botou os dados e roubaram seu Insta. Foi
um custo recuperar!
É tenso. Em alguns lugares, errou a senha três vezes,
perde o cartão! Mas, como eu disse, são tantas! É fácil confundi-las! Ainda
mais porque sempre sou obrigado a mudar alguma. Arrumei uma caderneta de papel,
típica dos tempos analógicos. Iguais às que se usava uns trinta, quarenta anos
atrás para telefones, aniversários… Anotei todas as minhas senhas, devidamente
identificadas. Se troco, rabisco em cima e boto a nova do lado.
É uma solução antiga. Mas se eu anotasse no celular, ou
no computador, precisaria de senha para abrir. E se esquecesse? Na caderneta,
encontro todas as senhas importantes. Tão mais simples! Sei que estou ficando
velho. Mas às vezes sinto saudade do tempo da caneta e do papel…
Texto de Walcyr
Carrasco
quarta-feira, 14 de abril de 2021
NOVO SERVIÇO REVELA SE SUAS SENHAS FORAM VAZADAS POR CIBERCRIMINOSOS
O HOMEM QUE DIZ SOU, NÃO É, PORQUE QUEM É MESMO NÃO DIZ. O HOMEM QUE DIZ VOU, NÃO VAI, PORQUE QUANDO FOR JÁ NÃO QUER.
Um anúncio publicado por um hacker em
25 de fevereiro, num fórum virtual, levou especialistas a suspeitar de um novo
vazamento de informações de cartões de créditos e CPFs. Os dados foram
colocados à venda por US$ 50 mil e estariam relacionados a 10 milhões de
senhas de email de internautas brasileiros, expostas no âmbito do vazamento
mundial de 3,28 bilhões de senhas. Levantamento feito pela empresa brasileira
de cibersegurança Syhunt
demonstrou que, dentro desses milhões de senhas vazados (todas de e-mails com
domínio ".br"), mais de 68 mil são de órgãos governamentais, como o Congresso
Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Até a Petrobras foi
vítima, com mais de 8,8 mil senhas expostas.
O arquivo com os mais de 3 bilhões de senhas globais
foi publicado na íntegra no mesmo fórum online onde ocorreu em janeiro o
vazamento de mais de 223 milhões de CPFs de brasileiros, mas trata-se
de um outro vazamento, como explicou ao GLOBO o especialista em
segurança Felipe Daragon, fundador Syhunt, que opera no setor
desde 2003. Segundo ele, o número de vazamentos vem aumentando devido à
combinação de home office com o fato de as pessoas estarem fazendo tudo online,
além do que a pandemia tem levado as pessoas a baixar a guarda contra ameaças
digitais.
Por conta disso, a MT4 Tecnologia,
desenvolvedora de tecnologias de segurança da informação, acaba de lançar o
serviços senhasegura HUNTER,
que verifica se um email pessoal ou corporativo foi vazado e se quaisquer dados
relacionados a ele— como informações bancárias, cartões de crédito, número do
CPF, RG, CNH e seguridade social — foram comprometidos. “Nossa proposta é
ajudar as empresas e as pessoas a descobrirem se tiveram seus dados vazados,
não apenas as senhas de e-mail, mas também as senhas de login em outros
serviços em que a pessoa se cadastrou com a mesma identidade”, diz Marcus
Sachara, CEO da MT4 Tecnologia, além de assegurar que consulta é
gratuita e que o email consultado não é utilizado para qualquer outra
finalidade.
Mesmo que seu email não esteja entre os que vazaram, convém reforçar a proteção
de suas contas online e trocar imediatamente todas as credenciais eletrônicas
em serviços online que você utiliza. Para isso:
1) Utilize
senhas fortes, combinando números, caracteres e símbolos.
2) Adote a autenticação
multifator sempre que essa camada adicional de segurança for
suportada pelo provedor de serviços online.
3) Troque suas senhas e credenciais
eletrônicas periodicamente.
4) Crie
uma senha segura assim que instalar novos equipamentos, como os
roteadores domésticos, que vêm com senha padrão do fabricante.
5) Não
acesse redes Wi-Fi de vizinhos nem
de locais públicos, que, por serem “abertas” abertas, não exigem senhas,
mas o risco de elas serem invadidas é grande, e você pode entrar de gaiato
nesse “navio”.
6) Phishing:
jamais abra anexos ou siga links enviados por remetentes desconhecidos — essa
recomendação vale tanto para o correio eletrônico quanto para redes sociais,
como WhatsApp, Facebook, Instagram e Twitter, entre
outras. Sempre desconfie. Na dúvida, pergunte ao remetente se foi mesmo ele que
lhe enviou o link.
7) Bancos, instituições financeiras,
seguradoras, operadoras de telefonia e afins nunca solicitam senha por email
ou por telefone.
8) Backup: faça
cópias de segurança de seus arquivos e documentos importantes e
salve-os em mídia externa e/ou num drive virtual (lembre-se: quem tem dois, tem
um; quem tem um, não tem nenhum).
9) Smartphone e tablets são
computadores ultraportáteis e, portanto, necessitam de proteção. Desktops
e notebooks costumam trazer pacotes “Internet Security” pré-instalados,
com validade temporária. Ao final desse prazo, não deixe de renovar o serviço
(ou configure adequadamente o Microsoft
Defender e o Windows
Firewall, que são componentes nativos do próprio Windows e,
portanto, não requerem pagamento adicional).
10) Use e abuse da navegação
anônima (ou sigilosa, ou “in-private”) e considere
a ideia de recorrer a uma VPN (rede privada construída sobre uma rede
pública, que é a solução ideal para quem se preocupa com sua privacidade).
E. T. Para saber mais sobre o senhasegura, acesse www.senhasegura.com.br
segunda-feira, 27 de setembro de 2021
O FIM DAS SENHAS SEGUNDO A MICROSOFT
A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS. TODA ESCOLHA IMPLICA RENUNCIAR A PELO MENOS UMA ALTERNATIVA. SE É PARA SE ARREPENDER, ESCOLHA ARREPENDER-SE DO QUE VOCÊ FEZ, NÃO DO QUE DEIXOU DE FAZER.
Somos incentivados a criar senhas complexas e
exclusivas, a lembrar delas e alterá-las regularmente. Mas ninguém
gosta de fazer isso. Em uma pesquisa recente no Twitter da Microsoft,
uma em cada cinco pessoas relatou que preferiria “responder a todos”
acidentalmente — o que pode ser muito embaraçoso — do que redefinir uma
senha. Até porque ninguém gosta de senhas. Além de serem inconvenientes,
elas servem de porta de entrada para incidentes de segurança, mas continuam
sendo largamente utilizadas no universo digital.
Ainda segundo a Microsoft, 18 bilhões de ataques
a senhas são registrados todos os anos. Pensando nisso, a empresa anunciou no último
dia 15 que seus clientes poderão substituir a senha de suas contas Microsoft
pelo aplicativo Microsoft Authenticator, Windows Hello, chave
de segurança ou código de verificação enviado ao telefone ou e-mail do
usuário para fazer login em aplicativos e serviços como Outlook, OneDrive,
Microsoft Family Safety etc.
Para tanto, é preciso primeiro instalar o aplicativo Microsoft Authenticator, vinculá-lo à
conta pessoal da Microsoft e, em account.microsoft.com, fazer o login e escolher Advanced
Security Options (Opções avançadas de segurança). Feito isso, em "Additional
Security" (Segurança adicional), na sessão "Passwordless
Account" (Conta sem senha), selecione "Turn on"
(Ativar), siga as instruções na tela e aprove a notificação do aplicativo Authenticator.
Caso queira retomar o uso da senha, valha-se da opção de adicioná-la novamente à
sua conta.
De acordo com Bret Arsenault, Chief
Information Security Officer da Microsoft, “hackers não invadem, fazem
login”, já que senhas fracas são o ponto de entrada para a maioria dos
ataques em contas de empresas e consumidores. Com a possível exceção
das senhas geradas automaticamente, que são quase impossíveis de memorizar,
as que criamos nós mesmos valendo-nos de um sem-número de dicas (eu mesmo já
publiquei dúzias delas) dificilmente representam uma muralha intransponível.
Observação: Muitas vezes confiamos em
palavras e frases conhecidas e pessoais. Segundo um levantamento feito pela Microsoft,
15% das pessoas usam os nomes dos seus animais de estimação para inspirar a
senha. Outras respostas comuns incluíam nomes de família e datas importantes,
como aniversários. Uma em cada 10 pessoas admitiu reutilizar senhas em sites e
40% disseram que usaram uma fórmula para suas senhas, como Outono2021,
que eventualmente se torna Inverno2021, Primavera2022 e por aí
afora.
Acrescentar símbolos, números, letras maiúsculas
e minúsculas e que tais para robustecer as senhas dá margem a um calvário
que somente o uso de gerenciadores dedicados consegue mitigar. Como muitos
usuários não se dão bem com essas ferramentas, é grande o risco de esquecer
senhas complexas ou, para facilitar a memorização, optar por opções igualmente fáceis
de quebrar. Uma rápida olhada nas mídias sociais de alguém pode fornecer a um
hacker competente informações valiosas sobre como fazer login em suas
contas pessoais. E uma vez que a combinação de senha e email tenha sido
comprometida, ela é frequentemente vendida na dark
web para uso em qualquer número de ataques.
Costumo dizer que a criatividade dos cibercriminosos
não tem limites. Eles podem usar a pulverização automática da senha para tentar
muitas possibilidades rapidamente, valer-se do phishing e da engenharia social
para induzir as potenciais vítimas a colocar suas credenciais em um site falso
e por aí vai. Embora essas estratégias sejam velhas conhecidas dos internautas,
elas continuam a funcionar, até porque o elemento humano é o elo mais fraco da
corrente.
A própria Microsoft funciona como laboratório de testes, já que quase 100% de seus funcionários usam opções sem senha para fazer login em suas contas corporativas. Para saber mais sobre como habilitar a entrada sem senha com o aplicativo Microsoft Authenticator, clique aqui.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
SENHAS E MAIS SENHAS (FINAL)
SOMENTE
UM IDIOTA RESPONDE UMA PERGUNTA COM OUTRA PERGUNTA.
Há quem questione a segurança dos gerenciadores de senhas, sobretudo os freewares open-source, argumentando que qualquer um pode ter acesso ao código-fonte do programa, e aí... Aí nada. Ter acesso ao código é uma coisa, modificá-lo para fazer com ele o que bem entender é outra. Além disso, é a senha, não o código, que dá acesso aos dados criptografadas e armazenadas pelo aplicativo (para saber mais sobre código aberto e proprietário, acesse esta sequência de postagens).
O fato é que, gostemos ou não, as senhas são um mal
necessário, e como somos obrigados a ter uma coleção delas, é virtualmente
impossível memorizá-las. Em última análise, não há nada de errado em anotá-las
no melhor old fashioned way, desde que se mantenha a agenda, caderneta
ou o que for em local seguro, fora do alcance de bisbilhoteiros. De mais a
mais, usuários domésticos não são o Pentágono, a NASA ou o Fort Knox.
Claro que não se deve criar senhas absurdamente óbvias,
nem compartilhar as menos óbvias com terceiros (vale o que eu disse no post
anterior sobre casamentos, noivados, namoros, amizade e o escambau, ou por outra,
“segredo entre três, só matando dois”). Por outro lado, aquela dica sobre criar
senhas misturando letras maiúsculas, minúsculas, algarismo e caracteres
especiais está datada, segundo algumas correntes filosóficas. Até porque, dizem
os sectários dessas seitas revolucionárias, as recomendações em questão
remontam à virada do milênio.
Vinte e um anos podem não parecer muito tempo, mas, no âmbito
da evolução tecnológica, equivalem a séculos. Atualmente, boa parte dos
especialistas em segurança digital sugere tornar as senhas tão longas quanto possível, já que o brut
force attack (método que consiste em experimentar todas as
combinações alfanuméricas possíveis) pode ser mitigado mediante a limitação da
quantidade permitida de tentativas de login.
Isso parece conversa do Bolsonaro, que diz um bobagem antes do café da manhã, desdiz na
hora do almoço e volta atrás no começo da noite. Mas o fato é que usar palavras
inteiras, sem conexão entre elas, é mais seguro do que fazer as misturebas que vínhamos
fazendo há duas décadas.
Uma senha como “exceção
honesto político ladrão”, p.ex., é mais difícil de ser descoberta que “Br0ub7d$r&3” e bem mais fácil de
memorizar. A primeira poderia levar mais de 500 anos para ser adivinhada por um computador, ao passo que a
segunda, aparentemente mais segura, não duraria mais de três dias. Por outro lado...
Senhas numéricas de 4 algarismos são fáceis de lembrar
e oferecem proteção responsável, desde que
combinadas com uma segunda camada de segurança. Se você tem conta em banco,
provavelmente usa uma senha de 4 dígitos combinada com sua impressão digital ou
mapa dos vasos sanguíneos da palma da mão (autenticação por biometria). Ou um token que gera uma senha adicional
descartável.
Também chamado de OTP (de one time password), o token pode ser um dispositivo de
hardware ou app que a gente instala no smartphone, por exemplo. Ele gera uma
senha descartável que vale para um único acesso e perde a validade se não for
digitada segundos após ter sido criada. Além disso, determinados modelos
de token armazenam e
suportam certificados digitais, o que torna a conexão ainda mais segura.
Observação: Algumas
instituições financeiras utilizam a autenticação baseada em três fatores:
a Senha/PIN (o que se
sabe), o Token (o que se
tem) e métodos biométricos (o
que se é). O aumento do número de fatores no processo de autenticação dificulta
significativamente a ação dos fraudadores.
Vale também ativar a autenticação de dois fatores (2FA) em seus aplicativos e serviços. O
site Two Factor Auth ensina a configurar esta função em cada
página web — seja ela bancária ou de redes sociais. Para mais dicas sobre
senhas, acesse a página da MCAFEE ou recorra
ao serviço MAKE ME A PASSWORD. Para testar a segurança de suas senhas,
acesse a CENTRAL DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA DA
MICROSOFT ou o site HOW
SECURE IS MY PASSWORD.
terça-feira, 18 de outubro de 2022
SENHAS — É MELHOR USAR UM GERENCIADOR DEDICADO OU O DO PRÓPRIO NAVEGADOR?
Senhas óbvias não protegem, e as mais complexas são difíceis de memorizar, sobretudo quando usamos uma para cada coisa e as trocamos regularmente, seguindo as recomendações dos especialistas.
Quem se der ao trabalho de pesquisar o Blog vai encontrar diversas dicas para a criação de senhas complexas “memorizáveis”, mas eu recomento usar um gerenciador de senhas (até porque aceitar a simpática oferta dos navegadores pode ser cômodo, mas comodidade e segurança raramente andam de mãos dadas).
Se você se logar no Facebook, por exemplo, e autorizar o Chrome a memorizar suas credenciais de acesso, o DB Browser for SQLite dará acesso ao arquivo do banco de dados com sua senha no formato hexadecimal. Mas basta recorrer ao CryptUnprotectData, por exemplo, para ter a esses dados em texto plano (o que é uma mão na roda para cibercriminosos).
O gerador de senhas do Google Chrome cria passwords robustas de forma simples e fácil, e as salva em seu banco de dados de forma segura, já que, segundo a gigante de Mountain View, a palavra-chave é gerada de forma totalmente automática e disponibilizada somente para o usuário.
Observação: Para usar esse recurso, faça logon no Chrome com sua senha do Google, clique na foto de perfil (no canto direito da janela do browser), selecione o ícone de chave (que é exibido logo abaixo do seu nome) e ative (se necessário) a opção “Oferecer para salvar senhas”. Para testar, acesse qualquer rede social, clique em “Criar uma conta”, preencha os dados, clique no campo “senha” e na opção “Sugerir senha forte”. Se não ficar satisfeito, clique em qualquer lugar da tela, volte a selecionar o campo “senha” e veja se a nova sugestão de código de acesso lhe agrada. Se quiser ou precisar alterar a senha mais adiante, use o próprio gerenciador para excluir a password salva e gerar uma nova. No smartphone, o procedimento é basicamente o mesmo. A diferença é que a ferramenta aparecerá ao lado do teclado (basta clicar nela para ativá-la). Note que o gerador só irá funcionar se você estiver logado no Chrome (com sua conta do Google) e que a sugestão de gerar senha pode não aparecer de forma automática. Se for o caso, clique com o botão direito no campo respectivo e depois selecione “Sugerir senha”.
A maioria dos serviços baseados na Web que suporta o 2FA raramente o habilita por padrão, mas o site Two Factor Auth ensina a configurar essa função nos webservices que a suportam. A tal “segunda camada” pode ser um número de identificação pessoal (PIN), a resposta a uma “pergunta secreta”, um padrão específico e pressionamento de tela, uma senha de seis dígitos gerada por um token de hardware ou um aplicativo instalado no smartphone (que vale para um único acesso e expira em menos de 1 minuto) ou um padrão biométrico — impressão digital ou de voz, reconhecimento facial, varredura da íris etc.
Observação: A autenticação em três fatores combina Senha/PIN (o que se sabe) com Token (o que se tem) e métodos biométricos (o que se é) é ainda mais segura — quanto maior o número de fatores no processo de autenticação, tanto maior a segurança.
Gerenciadores de senhas baseados na Web dispensam instalação e oferecem alguns recursos adicionais, como a geração de senhas aleatórias seguras e o armazenamento de números de cartões de crédito. Tanto a codificação quanto a decodificação dos dados são feitas no próprio computador do usuário, de modo que as administradoras de cartões não têm acesso à chave criptográfica e, em tese, a privacidade dos clientes não seria comprometida por um eventual ataque a seus servidores.
Para mais dicas sobre senhas, acesse a página da MCAFEE ou recorra ao serviço MAKE ME A PASSWORD; para testar a segurança de suas senhas, acesse a CENTRAL DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA DA MICROSOFT ou o site HOW SECURE IS MY PASSWORD.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
PRIVACIDADE - SENHAS - DADOS DE LOGON e INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS
Quanto maior o número de webservices que você acessa mediante autenticação (webmail, Net Banking blogs, redes sociais etc.), fica mais difícil memorizar os logons e senhas, e a não ser que ninguém mais utilize seu PC, convém pensar duas vezes antes de permitir que seu navegador armazene esses e outros dados para automatizar o preenchimento.
O Firefox também escancara seus dados confidenciais, bastando clicar o interessado (logado com sua conta no Windows) clique no menu Firefox (no canto superior esquerdo da tela do navegador), em Opções duas vezes, em Segurança e, no campo Senhas, clique em Senhas Memorizadas e em Exibir Senhas. No entanto, a possibilidade de configurar uma senha mestra torna esse navegador tão (ou mais) seguro que o IE nesse quesito. No entanto, caso você esqueça a senha mestra, será preciso reiniciá-la (apagá-la), o que levará de embrulho todos os seus dados de logon e senhas memorizadas pelo browser. Para tanto, na barra de endereços do Firefox, digite "chrome://pippki/content/resetpassword.xul" (sem as aspas), tecle Enter e siga as instruções.
quinta-feira, 9 de junho de 2016
SENHA 100% SEGURA É CONVERSA PARA BOI DORMIR. AINDA ASSIM...
quarta-feira, 29 de junho de 2022
SENHAS E MAIS SENHAS
O QUE ARDE CURA E O QUE APERTA SEGURA.
O interesse do brasileiro pela segurança da própria senha nunca foi tão expressivo como em 2021. Segundo o Google, as pesquisas por "gerenciador de senha" saltaram 523%; por "autenticação em dois fatores", 475%; por "vazamento de senha", 299%; e por "senha forte", 239%.
A ferramenta oferece ainda a opção de completar automaticamente campos de acesso a contas em diferentes sites, bem como de realizar um exame minucioso para identificar se uma senha utilizada foi comprometida e verificar se a mesma combinação já foi usada para outra conta.
Uma novidade é o Password Import (acessível em Configurações), que permite importar facilmente até 1.000 senhas por vez. Para fortalecer ainda mais a segurança, o Google disponibiliza a verificação em duas etapas (uma segunda autenticação, que pode ser feita por meio de outros dispositivos ou aplicações).
Observação: Há anos que a gigante de Mountain View lidera a inovação na área de verificação em duas etapas (uma das formas mais confiáveis de evitar acesso não-autorizado a contas e redes). A proteção é mais forte quando combina um elemento que a pessoa "conhece" (como uma senha, por exemplo) a um elemento que a pessoa "tem" (um celular ou um chaveiro com token).
No ano passado, o Google ativou automaticamente a verificação em duas etapas em contas de pelo menos 150 milhões de usuários, e passou a exigir de cerca de 2 milhões de criadores do YouTube a ativação desse recurso.
Considerando que o que abunda não excede, não custa relembrar:
1 - Procure utilizar todas as possibilidades de caracteres na criação das senhas, como símbolos, letras maiúsculas e minúsculas e números.
2 - Evite quaisquer sequências lógicas ou que remetam a informações da sua vida. Não coloque nomes de animais, marcas de veículos ou hobbies pessoais (saiba mais neste vídeo). Opte sempre por novidades sem padrão. Se possível, grave as criações no Gerenciador de Senhas do seu Google Chrome ou Android!
3 - Crie senhas diferentes para acessos diferentes. Não repita seus códigos em sites, contas bancárias, senhas de cartão ou e-mail. Surpreenda!
4 - Use ferramentas de verificação em duas etapas. Em qualquer conta, procure por outros métodos de autenticação que acompanhem a sua senha.
5 - Não envie suas senhas por e-mail ou aplicativos de mensagem. Se possível, evite inclusive dizê-las ao telefone. Suas palavras-chave são importantes e não devem ser transferidas em nenhuma hipótese.
6 - Evite acessar seus dados ou contas em computadores, celulares e outros gadgets que não são seus, mesmo se houver verificação em duas etapas. Se o fizer, não salve seus acessos!
Para mais dicas e informações relevantes, visite a Central de Segurança do Google e o Blog do Google Brasil.