Mostrando postagens classificadas por data para a consulta mafioso de comédia. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta mafioso de comédia. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O 8 DE JANEIRO E A POLARIZAÇÃO (QUARTA PARTE)

O que se vê no Brasil de hoje é basicamente uma divisão entre sectários do lulopetismo e adeptos do bolsonarismo. Para os que têm o imbrochável insuportável na conta de "mito", o deus pai da Petelândia é o exemplo pronto e acabado do desempregado que deu certo. Faz sentido: o ex-tudo deixou de ser operário quando fundou do PT (1980), mas já não dava expediente em chão de fábrica desde 1972, quando se tornou dirigente sindical. Numa conta de padeiro, dois terços de seus 78 anos recém-completados foram dedicados à "arte da política", não ao batente diário que consome o tempo de milhões de brasileiros. 

O mentecapto mefistofélico com vocação para tiranete também nunca foi fã do batente. Quando assumiu a Presidência, seu expediente diário era de, em média, 5,6 horas; no segundo ano de mandato, de 4,7 horas; no terceiro, de 4,3 horas; no último, de pouco mais de 3 horas. Depois da derrota nas urnas, a média caiu para ridículos 36 minutos por dia. Isso também também faz sentido: se o capetão nunca foi pegar no pesado, por que mudaria seus hábitos a 2 meses de deixar o cargo? 

Observação: O estudo Deixa o homem trabalhar? apontou que o mandrião trabalhava 18 horas semanais a menos que um trabalhador celetista e 14 horas a menos que um servidor público federal da administração direta. Que gastava mais tempo em almoços (média de 1,3 hora) do que em reuniões com ministros de Estado (menos de 1 hora). Que participou de apenas cinco eventos "envolvendo explicitamente o tema vacina", nos quais investiu, em média, 0,9 hora por compromisso. Sua média diária só ultrapassava 4 horas quando ele estava em trânsito (como em 18 novembro de 2012, quando regressou do Catar). Mas esse critério nos levaria a considerar o tempo como "jornada de trabalho" o tempo gasto em motociatas pelo país, comendo farofa nas ruas de Brasília ou passeando de jet-ski no Guarujá e no litoral catarinense. 
 
Pendurado no erário desde os tempos da caserna, o dublê de mau militar e parlamentar medíocre sempre gostou mais de dinheiro que de ideologia. E se valeu desta como instrumento para obter aquele. Quando percebeu que havia mercado para a parolagem estúpida e brutalista, rendeu-se a ela. E ela lhe rendeu — a ele e sua prole — votos, dinheiro e patrimônio. E assim tornou-se um homem de muitos milhões. S
ob o escudo de uma impunidade quase absoluta, fez da Presidência sua Disneylândia particular, que tentou perpetuar através de um golpe Estado. O golpe fracassou, mas o golpista jamais descuidou do caixa. Nem mesmo quando fingia lutar uma cruzada moral e patriótica. 
 
Derrotado pelo ex-presidiário mais famoso do Brasil, o mandrana sacripanta se encastelou no Planalto, de onde assistiu aos protestos antidemocráticos protagonizados por fanáticos acampados em portas de quartéis. A dois dias de entregar a faixa, homiziou-se na cueca do Pateta, onde ficou
 o final de março de 2023. Inelegível até 2030 por decisão do TSE, passou a posar de vítima enquanto explora seus devotos — um bando de imbecis travestidos de militantes, comandado por um imbecil travestido de ex-presidente — que, cegos pelo fanatismo ou por interesses ocultos, parecem não se constranger com suas desculpas esfarrapadas. 
 
O naufrágio do Titanic tornou-se a melhor metáfora para o ponto final de qualquer enredo trágico. No papel de maestro da orquestra da célebre embarcação, o capitão deveria ser o primeiro a notar que um script que evolui do patriotismo épico para um reles caso de roubo de joias é o roteiro de um desastre. A imagem mais fascinante é a dos militares deslizando pelo salão como músicos fieis de uma banda marcial a caminho do fundo. Ao arrastar para o epicentro do escândalo o general Cid, a PF mostrou que a água invadiu os trombones: o pai do tenente-coronel enrolado migrou da condição de estrelado de mostruário para a de contrabandista de joias quatro estrelas
 
A tradicional família militar dividiu a ribalta com um mafioso de comédia e criminalista de estimação da Famiglia Bolsonaro. Com as caldeiras explodindo, os fardados continuam tocando sem desafinar, evitando incluir no fundo musical a partitura de uma delação. É como se, com a água pelos beiços, o futre mandasse a orquestra tocar com brio. 
Expurgado do Poder, já não podia mandar cortar o salário dos músicos, mas eles continuam a postos e, parecendo enxergar virtude na depravação, mostravam-se dispostos a executar a partitura do abantesma da ditadura até o último glub-glub, quando já não haveria mais botes salva-vidas à disposição.

Continua...

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

FUGIR OU NÃO FUGIR, EIS A QUESTÃO

 

Nos depoimentos à PF e à CPMI, o hacker redneck Walter Delgatti Neto deixou claro que Bolsonaro o incentivou a forjar provas de que as urnas eram fraudáveis, prometeu indultá-lo se ele assumisse aautoria do suposto grampo no telefone de Alexandre de Moraes e ordenou ao coronel Marcelo Câmara, então assessor especial da Presidência, que levasse "o garoto" ao Ministério da Defesa, onde ele foi recebido pelo general Paulo Sérgio Nogueira em pessoa.
 
Seguindo os passos trôpegos do mafioso de comédia Fred Wasséfalo, o advogado Cezar Bitencourt — contratado após Rodrigo Roca e Bernardo Fenelon deixarem caso — apresentou versões contraditórias sobre a participação de Mauro Cid no furdunço das joias sauditas. Emulando o saudoso Abelardo "Chacrinha" Barbosa (não vim para explicar, vim para confundir), o criminalista disse em entrevista à GloboNews, no último dia 16, que desconhecia detalhes porque acabara de ser contratado, mas adiantou que seu constituinte era um assessor, e "assessor cumpre ordens do chefe"
No dia seguinte, em entrevista à Folha, Bitencourt afirmou que seu cliente "não deixava de ter uma certa autonomia".

Na quinta-feira, Veja revelou que Cid confessaria ter "cometido o crime por ordem de Bolsonaro". Na sexta, Bitencourt enviou mensagem ao Estadão afirmando que "não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Vejs (sic) não se falou em joias!". À GloboNews, o advogado informou que "seria somente o Rolex, que "a confissão seria apenas um 'esclarecimento' aos investigadores'" e que "houve má-fé, o Cid não vai dedurar o Bolsonaro". Agora pela manhã, disse à CNN que "É uma confissão. [Cid] vai admitir. As provas estão aí, ele vai admitir". 

Ainda na última sexta-feira, falando com a boca cheia de pão e tomando café com leite numa padaria do município goiano de Abadiânia, Bolsonaro concedeu uma entrevista ao Estadão. A tática é recorrente na carreira política do ex-presidente, anotou Leonardo Sakamoto em sua coluna no Uol. Dar uma entrevista nessa condição, em um vídeo que inevitavelmente terá grande repercussão na imprensa, visa passar a imagem de um homem de hábitos humildes. 
 
A questão é que esse "homem humilde" e seu clã adquiriram mais 100 imóveis, metade dos quais pagos com dinheiro vivo. Sobre esse monumento à humildade, pairam suspeitas de lavagem de recursos públicos, uso ilegal do cartão corporativo em benefício próprio e de sua família, além, naturalmente, da venda nos Estados Unidos as joias presenteadas pelo governo saudita. Esse "homem humilde" recebeu mais de R$ 17 milhões em doações via PIX, para pagar multas eleitorais e judiciais, e aplicou o dinheiro num fundo de renda fixa.
 
Aos olhos dos convertidos, o esquema da venda das joias pode causar mais danos à imagem do "mito" do que seu negacionismo na pandemia e seu golpismo eleitoral, donde a necessidade de ele reforçar a narrativa do "homem comum", cuidadosamente cultivada com vídeos em que aparecia comendo pão com leite condensado ou com a roupa suja de farofa do frango, e com lives onde se viam bandeiras coladas com fita crepe. 
 
O embuste convenceu muita gente, embora Bolsonaro tenha passado 3 décadas parasitando o erário e embolsando os salários de funcionários-fantasmas que apinhavam seu gabinete e os gabinetes de seus bem-ensinados filhos. Mas acabou pego num esquema (que contou com a participação de militares de diversas patentes) urdido para surrupiar joias presenteadas por um ditador saudita e usar o peso do governo para pressionar auditores da Receita Federal a liberá-las. Segundo a PF e o ministro Alexandre de Moraes, era o ex-presidente quem determinava os rumos criminosos da operação e se beneficiava dos dólares obtidos. 
 
Na avaliação do colunista do Uol Walter Maierovitch, as chances de Bolsonaro não cumprir alguma pena diminuíram drasticamente em face do depoimento de Delgatti — menos pela oferta de indulto individual e mais pela tentativa de violação do sistema eleitoral, que pode configurar crime contra o Estado Democrático de Direito. Se restar confirmado que agiu como mandante, sua excelência responderá pelos mesmos crimes que o hacker, na qualidade de coautor ou participe. Mas a temperatura, que havia subido muito, deu uma leve arrefecida com a desistência de
Cid confessar (segundo a versão mais recente apresentada por seu mais recente advogado).
 
Ao dizer "corre risco" no Brasil, Bolsonaro acendeu um sinal de alerta para os integrantes da CPMI, que encaminharam ao STF um pedido de medida cautela determinando a retenção de seu passaporte. Especula-se que uma possível rota de fuga passaria por países do Golfo Pérsico, com os quais ele manteve relações próximas ao longo de seu mandato. Além disso, ele recebeu a cidadania honorária no norte da Itália em 2021 — o que não passa de uma homenagem feita pela cidade de seus antepassados, mas poderia facilitar a concessão de um eventual pedido de nacionalidade italiana. Segundo o Itamaraty, eventual fuga obrigaria o Brasil a pedir a extradição do imbrochável, o que poderia resultar numa crise diplomática. 
 
Bolsonaro e seu ex-ajudante decidiram trilhar caminhos diferentes, com destinos inconciliáveis e conflituosos. Segundo ser advogado, Cid abdicou da condição de fâmulo subserviente e recebeu do "mito" uma resposta que jamais havia imaginado: "Ele tinha autonomia"; "eu não mandei ninguém fazer nada". 
 
Observação: Ajudantes de ordens não possuem iniciativa para dar ordens da alçada e competência exclusiva de um chefe de poder. Cid tinha por obrigação seguir as ordens recebidas, mas a lei diz que ordens manifestamente ilegais devem ter o cumprimento recusado. Além disso, ele não tinha atribuição legal para vender joias no Brasil ou no exterior, e o artigo 21 do Código Penal deixa claro que ninguém está livre de punição em razão de desconhecer a lei.
 
Para tentar se isentar dos crimes de peculato continuado, lavagem de dinheiro e associação delinquencial, Bolsonaro recorre à negativa da autoria e culpa o ex-factótum. Mesmo sem consistência legal nem visos de juridicidade,
a narrativa mantém os seguidores que ele não deseja perder enquanto planeja sua possível fuga da Justiça brasileira. 
 
Fugir ou ir para a cadeia é o dilema que o ex-presidente já carrega desde sua condenação à perda de cidadania passiva — ou seja, impossibilidade de concorrer e ser votado por oito anos. Dependendo do país de escolha, um autoexílio lhe permitiria continuar influindo remotamente na política brasileira e manobrando os cordéis aos quais estão atados os bolsonaristas de raiz. Cid, por sua vez, parece não escolha. 

Mesmo confesse e parta para a delação premiada, o tenente-coronel continuará vítima da crença cega num mentiroso e, diferentemente dele, não poderá fugir. Por pisotear a Constituição, o fardado vem sendo considerado como um militar que desonrou a farda por conduta lesiva à pátria. Fontes ouvidas pela Folha dão conta de que sua expulsão da caserna são favas contadas.
 
ObservaçãoConfissão é alguém assumir um ato como seu. Réus confessos podem ter a pena reduzida em 1/6. Na delação, além da confissão, há a "entrega" de outras pessoas e provas, e o delator pode obter até um perdão total.
 
Diz o ditado que "quando se encontra muito pelo de gato, é porque o gato está por perto". Tudo aponta para o que já se presumia, mas, em se tratando de líderes populares, é preciso ir devagar com o andor para evitar reação ou acusação de injustiça. Lula só foi pego depois que os demais envolvidos nos esquemas de corrupção foram apanhados — o STF anulou as provas e o "descondenou", mas isso é outra história. 
 
Carlos Bolsonaro pediu aos apoiadores que parem de comentar sobre uma possível prisão do pai. "É óbvio que o Brasil vive uma situação semelhante à da Venezuela, que os canalhas estão carecas de saber disso e estão utilizando sua psique para você validar algo que querem!”, escreveu 02 no Telegram. Já Bolsonaro pai diz que será anistiado pelo próximo presidente. 

À luz do que vem acontecendo nesta banânia, nos últimos anos, nada é impossível. 

sábado, 19 de agosto de 2023

CONVÉM NÃO DISCUTIR COM ESPECIALISTA


Preso desde 3 de maio, Mauro Cid já contabiliza três advogados. O primeiro rodou porque soava mais interessado em salvar o pescoço de Bolsonaro do que em afastar seu cliente da forca, e o segundo, especialista em delações, abdicou da defesa sem converter o vassalo do suserano em colaborador. 

O causídico recém-contratado tenta vestir farda nos crimes do fardado. Tão logo assumiu, afirmou que, por sua formação militar, seu cliente "sempre prezou pelo respeito a chefia, pela obediência hierárquica, e é exatamente essa obediência a um superior militar que há de afastar a culpabilidade dele",  parecendo buscar inspiração no ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que cunhou o lema: "Um manda e outro obedece". 

AtualizaçãoO advogado Cezar Roberto Bitencourt deu declarações confusas e divergentes sobre a suposta decisão de Cidinho no caso da venda de joias. Na quarta, disse que não sabia detalhes das acusações porque havia recém-assumido a defesa e ainda não tinha encontrado seu cliente, mas adiantou  que "assessor cumpre ordens do chefe". Depois do primeiro encontro com Cid, o criminalista disse que já havia concedido muitas entrevistas e que a atitude poderia "irritar o outro lado também". Questionado sobre quem seria o "outro lado", ele respondeu: "O chefe dele, é claro". Disse ainda que o objetivo da PF era chegar até Bolsonaro, e que a chance de seu cliente partir para uma delação premiada era "nula". Horas depois, em mais uma nova versão, o doutor afirmou que Cid decidira confessar a atuação na venda das joias e declarar que havia cometido o crime por ordem de Bolsonaro. "Ele vai confessar o que ele praticou, comprou e vendeu, o atestado das vacinas. Ele vai confessar", completou. Ontem, outra reviravolta: "Não, não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Vejs (sic) não se falou em joias!", escreveu Bitencourt na mensagem. Mais tarde, ele disse que o caso não se trata de joias, mas de somente uma: um relógio Rolex, e que não se trataria de uma confissão, mas "esclarecimentos" a serem feitos aos investigadores, e que Cid não ia culpar o ex-presidente: "Tem muitas coisas que não tem nada a ver. Na realidade houve um equívoco, houve má-fé. Em primeiro lugar [é um equívoco] que o Cid vai dedurar o Bolsonaro".

Mesmo sem delatar, Cidinho pode mijar no chope do capetão, e sua defesa se arrisca a tropeçar numa obviedade: o militar não responde a inquéritos militares, mas por crimes ordinários em extraordinários processos que correm no STF. O general Santos Cruz, expurgado por Bolsonaro de um ministério palaciano por se recusar a ser um Pazuello, já ensinou que "farda não é pano de chão; hierarquia e disciplina são princípios nobres, não significam subserviência e nem podem ser resumidos a uma coisa 'simples assim, como um manda e o outro obedece', como mandar varrer a porta do quartel."
 
Até a semana passada, Bolsonaro tinha: 1) o general Lourena Cid para segurar a língua do filho; 2) a cumplicidade muda de Frederick Wassef; 3) as orações de Michelle e 4) a solidariedade dos seus milicianos políticos. Hoje, ele precisa se certificar da fidelidade do mensaleiro ex-presidiário Valdemar Costa Neto, que pode ser a última coisa que lhe resta. 
 
Tratado pela PF como membro da "organização criminosa" das joias, o Cidão parece mais preocupado com sua autodefesa do que com a autocombustão do filho — cujo novo advogado realça uma obviedade: a quadrilha não é acéfala, e Cidinho, militar disciplinado, apenas interpretou ao pé da letra o nome do seu cargo. Nessa versão, quem deve pagar pelos crimes é o chefe, não o ajudante cumpridor de ordens.
 
O dublê de advogado e mafioso de comédia
 apelidado de "Wacéfalo— por ter transformado a operação de recompra de um Rolex numa lambança com aparência de confissão — adicionou um drama novo à rotina do defensor do ex-presidente. Cada vez que o perdigueiro jurídico da família da rachadinha rosna, o causídico precisa explicar por que seu cliente é amigo dele. 

Fred perdeu as prerrogativas de associado da OAB. Autoconvertido de advogado em delinquente, sofre batida policial em público e tem 4 celulares apreendidos pela PF numa churrascaria. Michelle já não tem tanto tempo livre para as preces: com as contas pessoais em desalinho, prestes a ser intimada a prestar depoimento, precisa construir uma defesa. Madame ainda acredita que Deus existe, mas começa a suspeitar que Ele não é full-time. 

O lixo que vaza pelas bordas do tapete que Cid filho hesita em levantar expõe varrições que estão mais próximas do Código Penal do que da porta do quartel. É improvável que a nova pregação da defesa alivie suas culpas, mas a lealdade, já bem extenuada, parece chegar ao limite. 

Bolsonaro precisa examinar periodicamente a rigidez do dedo indicador da esposa, pois delações domésticas não são incomuns na política brasileira. No final de 2021, ele disse que havia três alternativas para seu futuro: a prisão, a morte ou a vitória. Como não obteve a vitória e nem morreu, só lhe resta a prisão. Em privado, até Costa Neto já o vê atrás das grades. 

Convém não discutir com um especialista.

Com Josias de Souza

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

VALE A PENA USAR O WHATSAPP?

DÁ PARA APRESENTAR CULUTRA A UM IDIOTA, MAS NÃO DÁ PARA FAZÊ-LO ASSIMILAR..

Com a viagem ao Paraguai na última segunda-feira, Lula contabiliza 38 dias fora do Brasil em 7 ½ meses de governo. Por mim, sua excelência poderia ir de vez — e levar Bolsonaro junto com ele. Holding hands and skimming stones
Dias atrás, Donald Trump foi denunciado criminalmente por manobras ilegais para tentar reverter sua derrota para Joe Biden — é seu quarto indiciamento em menos de cinco meses. 
A PF encontrou o nome de Fred Wassef — causídico de estimação de Bolsonaro — no recibo de recompra do famoso Rolex "supostamente" vendido a uma joalheria norte-americana — o relógio foi recomprado para ser entregue ao TCU, que determinou sua incorporação ao patrimônio da União. Questionado pelo jornalista Valdo Cruz, do portal g1, ele alegou ter sido vítima de uma armação da PF. “Nada. Nunca vi esse relógio. Nunca vi joia nenhuma... Nunca na minha vida. Desafio a provarem isso. Falo e garanto”, asseverou o mafioso de comédia.
Com a descoberta do recibo assinado por ele, Wassef foi obrigado a admitir que fez a recompra do relógio. Mas sua penúlima versão dos fatos, inventada para tentar livrar Bolsonaro, foi considerada “fantasiosa” e “hilária” pela PF, que já tem provas de que o advogado sacou US$ 49 mil em dinheiro vivo de sua conta em Miami para pagar pelo relógio. Haja óleo de peroba!

O fato de ser um dos apps mensageiros mais populares do mundo não significa que o WhatsApp seja o melhor. Alguns de seus concorrentes oferecem uma experiência superior em vários aspectos, como é o caso do Telegram, por exemplo, que supera o queridinho dos brasileiros tanto nas opções de conversas quanto em funções como figurinhas, emojis e reações, GIFs animados, envio de documentos, mensagens autodestrutivas e áudio acelerado, entre outras.

 

Normalmente, a Meta lança novas funções para o Zap depois de elas terem sido disponibilizadas pelos concorrentes, e restringe aos usuários pagantes (do WhatsApp Premium) recursos como conectar até 10 dispositivos por conta, por exemplo (na versão gratuita, o limite é de 4 dispositivos extras). Essa limitação não existe nas demais plataformas, o que pode fazer diferença quando um mesmo perfil precisa ser gerenciado por mais de uma pessoa simultaneamente.

 

O fato de o Zap estar presente em praticamente todos os celulares brasileiros é uma vantagem quando se trata de facilitar o contato entre pessoas — por ser líder absoluto do mercado, ele costuma ser instalado mesmo quando não é usado como ferramenta de comunicação principal. Além disso, a sincronização com o WhatsApp Web ou Desktop é capenga, levando muitos usuários a desistirem de usar o computador para se comunicar. Nesse ponto, o Telegram também se destaca, e rivais como o Facebook Messenger e as mensagens diretas do Instagram se saem melhor do que ele.

 

Diferentemente do Telegram, o Zap exige que o usuário tenha um número de telefone disponível para criar uma conta, e não oferece formas para evitar previamente contatos indesejados. Assim, qualquer pessoa com acesso a seu número (seja por participação em grupo ou pelo seu número de telefone salvo na agenda) pode mandar mensagens e aporrinhá-lo com mídias indesejadas.

 

O WhatsApp é um aplicativo de mensagens... e só. Ao contrário dos rivais, ele não oferece maneiras de encontrar conteúdo novo (grupos e comunidades). Para alguns usuários, isso faz uma baita diferença, especialmente se eles buscam uma plataforma interessante para criar e cultivar uma comunidade de um determinado assunto, como cinema, jogos, música ou culinária.

 

Por outro lado...

 

Continua...

quarta-feira, 14 de junho de 2023

DE VOLTA AO NEGÓCIO DO JAIR


Um pedido mui particular que Pero Vaz de Caminha incluiu na famosa carta a El-Rey plantou a semente do nepotismo em Pindorama. Séculos depois, a "rachadinha" se tornou tão comum para alguns parlamentares quanto o ato de respirar. 

Em "O Negócio do Jair — A História Proibida do Clã Bolsonaro", Juliana Dal Piva relata que o ex-presidente lançou mão dessa prática tão logo se elegeu deputado federal, fazendo escola para os filhos Flávio, na Alerj, e Carlos, na Câmara Municipal do Rio. Mas a maracutaia só ganhou destaque no final de 2018, quando o Estadão publicou que o Coaf havia identificado movimentações atípicas na conta de Fabrício Queiroz.
 
Queiroz se tornou íntimo de Jair nos anos 1980 e prestou serviços ao clã até outubro de 2018, quando Zero Um, informado por um delegado da PF de que a Operação Furna da Onça seria "segurada" para não respingar na campanha presidencial, exonerou o assessor e recomendou ao pai que fizesse o mesmo com Natália Queiroz, filha de Fabrício, que figurava na folha de pagamento do gabinete de Jair na Câmara, mas trabalhava como personal trainer no Rio de Janeiro.
 
Em entrevista a Veja, "Jacaré" — outro velho amigo de Jair — revelou que 
Ana Cristina Valle, segunda esposa do então deputado e mãe de Jair Renan, era responsável pela contratação de "funcionários fantasmas" no gabinete do marido e dos filhos. A separação do casal produziu montes de dinheiro: entre 2019 e 2022, madame movimentou R$ 9,3 milhões e comprou uma mansão em Brasília avaliada em R$ 2,9 milhões, embora seu salário fosse de R$ 6,2 mil mensais.
 
A novela Flávio/Queiroz teve inúmeros desdobramentos e foi interrompida diversas vezes — tanto por intervenções diretas do então presidente quanto por decisões de magistrados camaradas. Entre os episódios mais emocionantes, vale relembrar as explicações estapafúrdias dos envolvidos, o vídeo em que Queiroz aparece dançando no quarto do Hospital Albert Einstein (onde estava internado para tratar de um câncer no intestino) e o pagamento em dinheiro vivo de R$ 133,6 mil (referentes aos honorários médicos e serviços de hotelaria) feito pelo sambista de enfermaria. 

Observação: Queiroz passou três semanas em Bangú, mas sua mulher nem chegou a ser presa. No capítulo em que a novela virou comédia, o casal teve a prisão preventiva convertida em domiciliar pelo então presidente do STJ (com quem Jair Bolsonaro disse ter um caso de amor à primeira vista). 
 
O inquérito que sobre as rachadinhas foi arquivado com base no "mandato cruzado" — quando o parlamentar deixa de ocupar um cargo eletivo para assumir outro em uma casa legislativa diferente (o
 STJ anulou as provas e o STF manteve a decisão). Consta que a investigação prossegue, mas em sigilo, e que o primogênito do ex-presidente tinha planos de disputar a prefeitura do Rio no ano que vem, mas foi demovido por seu papai.

Após receber alta, Queiroz foi visto novamente seis meses depois, quando uma equipe de Veja o flagrou na lanchonete do hospital onde fora operado, e descobriu que ele estava morando a poucas quadras dali. Mas o fantasminha tornou a desaparecer e ficou invisível até ser preso no simulacro de escritório de advocacia de Frederick Wassef — o mafioso de comédia que, pego com batom na cueca, insultou a inteligência alheia ajustando sua narrativa em tempo real, como quem troca um pneu com o carro em movimento.
 
A eclosão de escândalos por atacado — marca registrada do governo Bolsonaro — levou a mídia a perder o interesse por Queiroz, que disputou a uma cadeira na Alerj, mas não conseguiu se eleger — o que é surpreendente, considerando à vocação inata do eleitorado tupiniquim para fazer sempre as piores escolhas (vide Damares, Mourão, Pazuello, Tiririca etc.).

E vamos que vamos!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

FRITO NA PRÓPRIA GORDURA (FINAL)

Bolsonaro continua escondido na cueca do Pateta e postando em suas redes sociais, mesmo após sua inclusão no inquérito 4.921, acusado de instigação e autoria intelectual dos atos antidemocráticos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Para seus apoiadores, a decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre o compartilhamento do post publicado originalmente pelo procurador Felipe Gimenez foi injusta, pois o filho 02 é o guardião das senhas do pai nas redes sociais.
 
Flávio Dino disse que daria voz de prisão a qualquer pessoa que lhe entregasse um documento como o que a PF encontrou na casa de Anderson Torreso primeiro brasileiro a voltar de Miami sem trazer celular novo e, como se não bastasse, deixar o velho por lá. O advogado Rodrigo Roca — que defendeu Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas — negou que Torres tenha culpa no cartório, embora ele tenha mudado o comando da secretaria de Segurança Pública de Brasília antes de viajar para a Florida. 

"Jair Bolsonaro sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos, disse publicamente que era contra tais condutas ilícitas e que foi um defensor da Constituição e da democracia", declarou o dublê de causídico e mafioso de comédia Frederick Wassef. "O presidente (sic) repudia veementemente os atos de vandalismo e depredação do patrimônio público cometido (sic) pelos infiltrados na manifestação. Ele jamais teve qualquer relação ou participação nestes movimentos sociais espontâneos realizados pela população”, acrescentou o doutor, que deve achar que o país inteiro é idiota.
 
Depois da oitiva de Torres, Bolsonaro adiou sine die seu retorno ao Brasil, pois receia que os ataques terroristas no DF, o vídeo questionando o sistema eleitoral e a minuta do decreto golpista encontrado na casa de seu ex-ministro complique ainda mais sua situação. Alem de ser investigado no TSE e no STF, o ex-presidente corre o risco de ser alvo de um pedido de prisão preventiva

Nas redes sociais e aplicativos de troca de mensagem, ambientes onde sempre se movimentou com destreza, o capitão vê sua situação tem se deteriorar desde a derrota nas urnas, mas são as ameaças jurídicas que mais o assustam. Com base em ataques às instituições democráticas e no vídeo publicado e apagado horas depois, um grupo de 80 procuradores do MPF pediu à PGR a abertura de mais uma investigação criminal contra ele.  
 
Na avaliação da alta cúpula do Exército, o que houve no último dia 8 não foi uma tentativa de golpe, mas "uma manifestação que saiu do controle", o que é ridículo. As FFAA foram cúmplices de Bolsonaro na criação desse furdunço. Permitir que os fardados saiam de fininho seria um erro imperdoável

Segundo o jornal The Washington Post, os militares foram coniventes com as hostes terroristas. O ex-comandante da PM do DF Fábio Augusto Vieira, preso no último dia 10, disse que não pode prender os arruaceiros refugiados nos acampamentos bolsonaristas porque havia por lá militares reformados e familiares de fardados da ativa. 
 
Observação: No apagar de 2022, os bolsonaristas acampados defronte ao QG do Exército no DF recebera a vista da mulher do general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército e apoiador de carteirinha de Bolsonaro. 
 
O ministro Benedito Gonçalves, corregedor da Justiça Eleitoral, determinou que a minuta do tal decreto golpista seja incluída numa ação de investigação contra Bolsonaro e Braga Netto e deu 3 dias de prazo para que os investigados se manifestem. Mas a apuração da responsabilidade dos fardados tropeça em seu próprio tamanho e pode resultar em impunidade. 
 
STF está dividido sobre considerar que houve terrorismo nos atos do dia 8. Três dias depois do episódio, o plenário virtual manteve (por 9 votos a 2) as decisões de Moraes — somente os dois ministros nomeados por Bolsonaro divergiram do relator. 
Uma ala da corte defende a transferência dos inquéritos que envolvem réus sem foro privilegiado para instâncias inferiores, o que seria um convite à frustração. Ou as togas assumem a tarefa de julgar todos os golpistas, ou sua campanha publicitária alardeando que a democracia brasileira permanece "inabalada" será mera propaganda enganosa. 
 
Transferir para instâncias inferiores o julgamento do maior ataque contra a democracia desde o fim da ditadura favoreceria as falanges golpistas e levaria ao aprofundamento de um fenômeno cavalgado nos últimos anos por Bolsonaro e pelo bolsonarismo: a corrosão da supremacia do Judiciário.

terça-feira, 5 de julho de 2022

SERGIO MORO DE VOLTA ÀS ORIGENS

 

Em 1º de novembro de 2018, quando aceitou o convite para ser “superministro” da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro embarcou numa canoa que deveria saber furadaNo encontro que teve com o então presidente eleito, o então juiz da Lava-Jato disse que aceitava o cargo "com certo pesar”, pois teria que pedir a exoneração da Justiça Federal. Mas a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado e a promessa de uma cadeira no STF levaram-no a abandonar 22 anos de magistratura para integrar aquele que viria a ser o pior governo da história desta banânia.

 

Como juiz linha-dura, Moro enquadrou poderosos. Trabalhou em casos de grande repercussão, como o escândalo do Banestado, a Operação Farol da Colina e a Operação Fênix. Também assessorou a ministra Rosa Weber no julgamento do mensalão. Titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou figuras do alto escalão da política e do empresariado, como o ex-ministro José Dirceu, o ex-governador Sérgio Cabral e o empreiteiro Marcelo OdebrechtEm 16 de março de 2016, derrubou o sigilo do áudio em que Dilma dizia a Lula que lhe enviaria o termo de posse como ministro, na tentativa de evitar sua prisão — a nomeação foi impedida pelo ministro Gilmar Mendes, que viu desvio de finalidade na nomeação por causa do áudio.


No governo, Moro foi traído pelo presidente. Na política, filiou-se ao Podemosmigrou para o União Brasilfoi sabotado e teve a pré-candidatura à Presidência sepultada por Luciano Bivar (aquele do laranjal, lembram-se?), que fingiu interesse em concorrer ao Planalto para tirá-lo do jogo depois de o ter tirado do Podemos. 


A falaciosa candidatura do dono do UB visava: 1) favorecer a polarização Lula x Bolsonaro; 2) criar um biombo para deixar os filiados livres, em suas regiões, para apoiar qualquer um dos dois; 3) investir o dinheiro do fundão na eleição de volumosa bancada de deputados federais — lembrando que a participação das legendas nos fundos partidário e eleitoral é diretamente proporcional ao tamanho de suas bancadas, e o sistema proporcional transformaria Moro em puxador de votos. 


Moro condenou Lula a 9 anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Somente depois que a decisão foi confirmada por unanimidade no TRF-4 — e a pena, aumentada para 12 anos e um mês — que ele determinou, a mando do tribunal, a prisão do condenado. Lula se encastelou por dois dias na sede do Sindicato do Metalúrgicos do ABC, onde discursou a apoiadores contra decisões do Judiciário e de onde finalmente foi levado para uma cela VIP na Superintendência da PF em Curitiba, na qual gozou férias compulsórias por míseros 580 dias.


Em 13 de fevereiro de 2019, já como “superministro”, Moro montou uma operação de guerra que culminou com a transferência de Marcola e outros 21 presos ligados ao PCC da penitenciária de Presidente Venceslau para penitenciárias federais (só no primeiro semestre daquele ano, 113 chefes de facções criminosas de quatro estados diferentes foram transferidos para presídios de segurança máxima). 


Uma de suas primeiras derrotas no governo foi a transferência do Coaf do Ministério da Justiça para a Economia, depois que o órgão identificou “movimentações financeiras atípicas” e mal explicadas na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, amigo de longa data do presidente e factótum da Famiglia Bolsonaro. Depois de tomar chá de sumiço e ficar desaparecido por mais de um ano, Queiroz foi localizado e preso numa propriedade do mafioso de comédia Frederick Wassef, que acontece de ser um dos causídicos que atendem o clã presidencial (ou Famiglia Bolsonaro, como queiram).  

 

Observação: Bolsonaro & filhos atuavam de forma tão coesa que era virtualmente impossível dizer onde terminava um gabinete e começava o outro — e, portanto, as responsabilidades de cada um. Desde que vieram a público as primeiras notícias sobre as movimentações financeiras atípicas do factótum, o presidente e seu clã passaram a tratar os brasileiros como um bando de idiotas. Queiroz é um lembrete da falta de transparência de uma família com quatro homens públicos que influenciam os destinos do país pelo fato de o presidente governar como um patriarca de clã e perder a linha (força de expressão; ninguém perde algo que nunca teve) quando era questionado sobre o paradeiro do “espírito que anda”. Queiroz se prontificou a ir para o sacrifício, mas somente se sua família — notadamente a mulher e a filha, que também trabalharam em gabinetes dos Bolsonaro — ficassem protegidas. No dia 16 do mês passado, o TJ-RJ rejeitou a denúncia envolvendo Zero Um no caso das chamadas “rachadinhas”, depois que boa parte das provas de acusação foram invalidadas pelo STJ e pelo STF. Triste Brasil!

 

Acabou que Moro viu sua principal bandeira — o pacote anticrime — ser desfigurada pelo Congresso e sancionada pelo chefe do Executivo sem os vetos recomendados (isso aconteceu entre 9 de maio e 25 de dezembro de 2019). Em 24 de abril de 2020, depois de 14 meses engolindo sapos e sorvendo água pútrida da lagoa, desembarcou do governo e disse à imprensa que havia tomado tal decisão devido às diuturnas tentativas de Bolsonaro de interferir politicamente na PF


Na folclórica reunião ministerial de 22 de abril, o mandatário disse (litteris): "Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar foder minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estruturaVai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira(a quem interessar possa, segue o vídeo da tal reunião).

 

O desembarque de Moro criou uma crise no governo e levou à abertura de um inquérito a pedido da Procuradoria-Geral (com um “empurrãozinho” dado pelo então decano do STF). Este ano, no entanto, a PF concluiu que não houve crime na conduta de Bolsonaro.


Moro tinha uma biografia respeitável, estabilidade no emprego, um olho na toga e outro no Planalto, uma mulher chamada Rosângela e a vida a lhe sorrir. Desde que rompeu com Bolsonaro e ensaiou uma pré-candidatura presidencial, passou a acumular derrotas. Depois de ser moído politicamente e de ter sua transferência de domicílio eleitoral negada pelo TRE-SPRosângela é tudo que lhe restouNo último dia 14, ele anunciou que seu futuro político está no Paraná e será decidido “mais adiante” (antes tarde do que nunca).

 

Continua...