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terça-feira, 5 de julho de 2022

A IRRITANTE DEMORA NA INICIALIZAÇÃO DO PC (CONTINUAÇÃO)

QUEM NASCE BURRO NÃO MORRE CAVALO.


A título de curiosidade, transcrevo abaixo um resumo elementar da inicialização do computador, lembrando cada máquina será tão rápida quanto o for seu componente mais lento — ou o componente mais lento envolvido num determinado processo (para entender melhor essa questão clique aqui).

 

Quando pressionamos o botão “power” (liga/desliga), o BIOS acessa a memória CMOS (o tal circuito integrado que grava informações referentes ao hardware), reconhece os componentes (memórias, placas gráfica e de som, etc.), faz o autoteste (para saber se tudo foi inicializado da maneira correta) e, se tudo estiver nos conformes, procura os arquivos de inicialização do sistema operacional a partir da memória de massa (HDD ou SSD) ou de um dispositivo externo (pendrive, DVD, etc.), de acordo a ordem pré-configurada no CMOS Setup. Em seguida, o BIOS lê o setor zero (ou trilha zero) do HDD, onde fica armazenado o Master Boot Record (um arquivo de apenas 512 bytes), responsável pela inicialização do sistema operacional. 


Observação: Note que pendrives, DVDs, CDs e os jurássicos disquetes de boot emulam esse setor zero; no caso do Windows, o MBR verifica qual partição do disco rígido está ativa (configurada como Master) e inicializa o “setor um” dessa unidade lógica, cuja “missão” se resume a carregar o “setor dois”.

 

A etapa seguinte consiste na leitura de um arquivo de configuração de boot (Boot Loader ou, no caso específico do WindowsNTLDR), a partir do qual o kernel (núcleo) do sistema é iniciado. Da mesma forma que o BIOS funciona como um elo de ligação entre hardware e sistema, o kernel serve para estabelecer a comunicação entre hardware e software, e nessa fase é ele quem assume o controle do computador. kernel carrega os arquivos principais e as informações básicas do sistema, incluindo o Registro do Windows (ou Registry, como queiram), e relaciona os componentes de hardware aos respectivos drivers e o software às DLLs, mas limitando-se às operações essenciais para a inicialização do sistema, de modo a não sobrecarregar a memória primária e forçar o uso da memória virtual. Depois que a tela de logon é exibida e o usuário insere suas credenciais, os aplicativos configurados para pegar iniciar junto com o sistema são carregados. 

 

Antes de encerrar esta breve exposição, torno a frisar que que o tempo de inicialização depende diretamente do hardware (notadamente da RAM, do processador e do HDD), mas também pode variar por conta do inchaço do nosso perfil de usuário, da quantidade de drivers e processos que são iniciados com o sistema e do número de programas instalados (cada novo aplicativo que instalamos cria novas entradas no Registro e nem sempre as elimina quando são desinstalados). 


Embora ofereça ferramentas para limpeza, desfragmentação dos dados e correção de erros no disco, o Windows não incluiu um utilitário para limpeza do Registro, e a Microsoft não recomenda o uso de soluções de terceiros. Eu sempre usei o CCleaner e o Advanced System Care e obtive bons resultados, mas até aí morreu o Neves.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

CRAPWARE, BLOATWARE E OUTROS INUTILITÁRIOS (CONTINUAÇÃO)

ESCOLHE UM TRABALHO DE QUE GOSTES E NÃO TERÁS QUE TRABALHAR NEM UM DIA NA TUA VIDA.

Vimos que o crapware ocupa espaço e consome recursos preciosos do computador, e que manter inutilitários ativos e operantes é gastar boa vela com mau defunto. Remover essa caca é possível, tanto no Android quanto no Windows, mas nem sempre é uma tarefa fácil. 


Win11 e seus antecessores contam com um utilitário nativo para desinstalação de programas, mas que não faz um trabalho tão primoroso quanto ferramentas dedicadas como as sugeridas no post anterior. Sem embargo, caso você queira remover o crapware com os recursos do próprio sistema, localize a app desejado na lista de programas do menu Iniciar do Windows, dê um clique direito sobre o dito-cujo, clique em Desinstalar e confirme. 


Outra maneira (para o caso de a primeira não funcionar) é abrir o menu Iniciar, clicar no ícone da engrenagem, selecionar Aplicativos, localizar o item desejado (ou indesejado, melhor dizendo), clicar sobre ele e selecionar Desinstalar (também nesse caso uma mensagem de confirmação será exibida, sendo necessário clicar novamente em Desinstalar para concluir o processo).


Se nem assim funcionar, o Windows PowerShell (versão aprimorada do bom e velho prompt de comando) pode ser a solução. Mas note que, a exemplo do famoso Editor do Registro do Windows, o PowerShell deve ser usado com cuidado e somente após a criação de um backup do Registro e um ponto de restauração do sistema (para mais detalhes sobre o Registro e respectivo backup, releia a sequência de postagens iniciada por esta aqui; para saber como criar um ponto de restauração do sistemaclique aqui).


Feito isso, copie (a partir da lista reproduzida a seguir) o comando correspondente ao app que você quer desinstalar, abra o PowerShell como administrador, cole o comando copiado e pressione a tecla Enter.

Para desinstalar o app 
3D Builder: Get-AppxPackage *3dbuilder* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Adquira o Office (ou Get Office): Get-AppxPackage *officehub* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Alarmes e Relógio: Get-AppxPackage *windowsalarms* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Calculadora: Get-AppxPackage *windowscalculator* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Calendário e o Email: Get-AppxPackage *windowscommunicationsapps* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Câmera: Get-AppxPackage *windowscamera* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar 
Clima: Get-AppxPackage *bingweather* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar 
Complemento para o Telefone: Get-AppxPackage *windowsphone* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Dinheiro: Get-AppxPackage *bingfinance* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar 
Esportes: Get-AppxPackage *bingsports* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar 
Filmes e TV: Get-AppxPackage *zunevideo* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar 
Fotos: Get-AppxPackage *photos* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Get Skype: Get-AppxPackage *skypeapp* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar 
Gravador de Voz: Get-AppxPackage *soundrecorder* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Groove Música: Get-AppxPackage *zunemusic* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Introdução: Get-AppxPackage *getstarted* | Remove-AppxPackage

Para desinstalar 
Leitor: Get-AppxPackage *reader* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Loja: Get-AppxPackage *windowsstore* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Mapas: Get-AppxPackage *windowsmaps* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Microsoft Solitaire Collection: Get-AppxPackage *solitairecollection* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Notícias: Get-AppxPackage *bingnews* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar
 OneNote: Get-AppxPackage *onenote* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Pessoas: Get-AppxPackage *people* | Remove-AppxPackage;

Para desinstalar 
Xbox: Get-AppxPackage *xboxapp* | Remove-AppxPackage;

Uma barra na cor verde confirmará a desinstalação, que pode demorar alguns minutos para ser concluída. Ao final, reinicie o computador e confira o resultado.

segunda-feira, 4 de abril de 2022

WINDOWS 11 - VALE A PENA MIGRAR? (PARTE 4)

UM AMOR LÚCIDO, QUE VÊ COM CLAREZA, É SEMPRE UM AMOR TERRÍVEL.

Depois que meu notebook parou de brigar com o Win11 (detalhes nos capítulos anteriores) eu pude analisar melhor as novidades, e as que mais me chamaram a atenção foram a nova barra de tarefas — muito parecida com a do macOS — e os efeitos de transparência e cantos arredondados nas janelas e ícones. 


Na nova versão, a barra de tarefas, seus botões e o menu Iniciar — que ficavam à esquerda desde o Win95 — estão centralizados. Esteticamente falando, isso não deixa de ser interessante, mas “old habits die hard”. Quem usa o Windows há mais de duas décadas, como é o deste humilde escriba, vai continuar buscando o botão Iniciar no canto esquerdo da barra e, consequentemente, abrindo sem querer o painel “notícias e interesses” — que, no Win10, aparecia no canto inferior direito da tela. 


A boa notícia é que é possível reverter ao status quo ante dando um clique direito num ponto vazio da barra de tarefas, clicando em Configurações da barra de tarefas > Comportamentos da barra de tarefas > Alinhamento da barra de tarefas e mudando o ajuste padrão de “Centro” para “Esquerda”.


No Win10, bastava abrir menu Iniciar para visualizar a lista dos programas instalados no computador; na versão atual, é preciso clicar também em Todos os aplicativos. Aliás, muitos recursos e funções que ficavam ao alcance de um clique do mouse exigem agora dois ou mais cliques.


Arrastar ícones para a barra de tarefas já não resulta em atalhos para lançamento rápido, e tampouco é possível arrastar a barra para alinhá-la com a borda superior ou as laterais da tela, nem reduzir sua altura e o tamanho dos botões sem editar manualmente o Registro do Windows


Quem vasculhar a Web encontrará trocentas dicas sobre como remover o botão de Widgets da barra de tarefas, fazer o menu Iniciar abrir como na versão anterior, mudar os ícones do sistema, restaurar o antigo menu de contexto, enfim, “deixar o Win11 com ‘a cara’ do Win10”. A pergunta é: se for para ter todo esse trabalho, por que, então, fazer a migração? Não seria melhor esperar mais um pouco e adotar o Win12, ou o Win13, ou o Win14


Em tese, o que é definitivo não tem sucessor. Segundo a Microsoft, o Win10 era a versão “definitiva” do sistema, mas ela lançou o Win11 e já circulam rumores de que o Win12 está no forno (relatos do Swift on Security nesse sentido foram reforçados por sites como o Deskmodder). 


Não há qualquer informação oficial sobre novas versões, e o fato de a atual ter sido lançada comercialmente há menos de seis meses contribui para desmentir essa boataria. Porém, se essa história se confirmar, a coisa pode não parar por aí.


Continua... 

sexta-feira, 1 de abril de 2022

WINDOWS 11 — VALE A PENA MIGRAR? (PARTE 3)

O POVO DIZ QUERER HONESTIDADE NA POLÍTICA, MAS AS PESSOAS NÃO SABEM VOTAR NEM SER HONESTAS COM O PRÓXIMO. COMO A POLÍTICA É O REFLEXO DO SEU POVO, CADA POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE.


O Windows 11 ficou mais bonito  e mais “palatável” para quem ingressou no universo digital através do smartphone. Mas efeitos de transparência e cantos arredondados nas janelas passam despercebidos para usuários menos atentos. Barra de Tarefas centralizada (como no iOS), com o widget do clima posicionado na extremidade esquerda (onde tradicionalmente ficava o botão Iniciar) desagradou a muita gente, quando mais não seja porque basta “esbarrar” o cursor sobre o ícone do tempo para 1/3 da área de trabalho ser obstruído pelo painel “notícias e interesses”. 

A tendência é deixamos de cometer esse "erro" depois que nos acostumamos com a nova localização do botão Iniciar, mas é possível contornar o problema a qualquer tempo acessando as Configurações da barra de tarefas e selecionando “Esquerda” em Alinhamento da barra de tarefas (não é necessário reiniciar o computador para efetivar esse ajuste). 

Outro detalhe que merece menção é o "sumiço" de diversas funções providas pela Barra de Tarefas que nos habituamos a usar nas versões anteriores do sistema. Arrastar ícones com o mouse para criar atalhos na área de lançamento rápido da barra, por exemplo, não é mais possível. Também não se pode mais arrastar a própria barra para alinhá-la à borda superior ou às laterais da tela, nem reduzir sua altura ou modificar o tamanho dos botões. 

Claro que usuários tarimbados podem fazer tudo isso e muito mais editando o Registro do Windows, mas é bom lembrar aos mais afoitos que qualquer alteração indevida ou mal sucedida nesse importante banco de dados dinâmico pode desestabilizar o sistema ou mesmo impedir a reinicialização do computador. 

Considerando que algumas das funções suprimidas serão restabelecidas ao longo das próximas atualizações, o risco inerente à manipulação do Registro não justifica o benefício. Por outro lado, reduzir o consumo de memória RAM é um procedimento simples e produz resultados que compensam o trabalho, sobretudo em sistemas que dispõe de menos de 8GB de memória, como é o caso da maioria dos computadores de "entrada de linha". Para isso, basta pressionar as teclas Win+I para acessar as Configurações, clicar em Personalização > Barra de Tarefas e desativar as funções Widgets e Bate-papo. Sugiro aproveitar o embalo para desativar o início rápido do MS Edge: com o navegador aberto, clique nos três pontinhos, depois em Configurações e, em Sistema e Desempenho, desligue a chavinha que controla o Início rápido.

Para além das atualizações de qualidade (Patch Tuesday) que a Microsoft libera todos os meses, (sempre na segunda terça-feira), espera-se para breve uma atualização de conteúdo com grandes mudanças e novos recursos. Segundo o Windows Latest, a nomenclatura 22H2 indica que o lançamento será no segundo semestre. Quem não quer esperar até lá — e não se importa com o fato de os pioneiros serem reconhecidos pela flecha espetada no peito — pode testar os novos recursos inscrevendo-se no Windows Insider.

Continua...

sexta-feira, 18 de março de 2022

WINDOWS 10 — DICAS (SÉTIMA PARTE)

ANTES, A MÍDIA CONTROLAVA AS MASSAS; HOJE, AS MASSAS CONTROLAM A MÍDIA.

Em 1995, quando a Microsoft promoveu o Windows de interface gráfica a sistema operacional, um megabyte de memória RAM custava 20 dólares. Atualmente, com esse mesmo dinheiro compra-se um módulo de 4GB SDRAM DDR-3 da Kingston

Em 1995, o Win95 exigia pelo menos 4MB de RAM (isso mesmo, quatro megabytes) para rodar. Em 2015, quando lançou o Win10 como serviço (SaaS), a Microsoft, modesta quando lhe convém, informou que o sistema requeria 1GB na versão de 32-bit e 2GB na de 64-bit. Para o Win11, lançado oficialmente em outubro do ano passado, a mãe da criança informa que a quantidade mínima de RAM é de 4GB.  

A questão é que todo aplicativo consome memória, inclusive aqueles que pegam carona na inicialização do sistema e ficam rodando em segundo plano. Um PC sem programas é quase inútil, e usá-lo sem acessar a Internet é como andar com uma poderosa motocicleta somente no quintal de casa. E os navegadores são vorazes consumidores de memória.

Para rodar com fôlego, o Win10 precisa de pelo menos 6GB de RAM. Meu desktop dispõe de 32GB DDR3, mas foi reprovado pelo PC Health Checker por causa do processador — um Intel quad-core i7-4790 3.6GHz. Já meu note Dell Inspiron 3583 (i7 4GHz de 8ª geração) foi aprovado, mas, a despeito de contar com 8GB de RAM DDR4, ele fica no chinelo quando comparado ao desktop (o gargalo está no disco rígido eletromecânico de 2TB; o desktop dispõe de um SSD de 1TB e um HDD de 3TB).

Conforme comentei em outras oportunidades, a Microsoft dará suporte ao Win10 até outubro de 2025. Até lá muita água vai rolar, já que ninguém escapa da obsolescência programada. Isso não muda o fato de o Win11 ser a bola da vez. Atualmente, quem compra um PC Windows novo recebe o aparelho com a nova versão do sistema pré-instalada ou, no mínimo, com uma configuração de hardware que permita a migração.

Fiz este preâmbulo porque, no dia 9 do mês passado, meu desktop resolveu exibir um festival de telas azuis (coincidência ou não, isso se deu um dia depois de eu aplicar o Patch Tuesday de fevereiro). Num dos reboots, consegui acessar o ambiente de recuperação (WinRE), mas não obtive sucesso com o Reparo de Inicialização e resolvi deixar para reinstalar o sistema mais adiante. 

O jeito foi tirar meu notebook do armário, mas eu não o usava havia meses e o Windows Update me avisou que o Win11 estava pronto para ser instalado. Pensei em postergar a atualização, mas resolvi seguir adiante. Eram, então, 14h. 

Somente às 23h30 que Windows concluiu os trâmites e pediu a indefectível reinicialização (afora as que ele fez por conta própria durante o processo). Dado o avançado da hora (essas coisas, a gente sabe quando começam, mas não quando terminam), deixei para reiniciar o PC pela manhã.

Para encurtar a conversa, pouco depois das 11h da manhã seguinte o Win11 deu as caras pela primeira vez. Gastei mais algumas horas com reconfigurações, personalizações e o escambau. Para “ajudar”, o sistema “não encontrou nenhuma saída de áudio”. E se já não bastasse a lentidão generalizada, navegar com o Edge Chromium virou um teste de paciência: eu digitava um URL e nada acontecia. Depois, aos poucos, as letras iam aparecendo. Quando a página abria, rolar a tela era um suplício... Em suma, meu note ficou uma merda.

Encontrei reclamações parecidas no fórum oficial do Win11. As sugestões iam desde remover e reinstalar o browser a restaurar o sistema, rodar o DISM, desabilitar o antivírus (meu note veio com uma licença do McAfee, que foi renovada quando eu reinstalei o sistema), e por aí afora. Nenhuma delas me convenceu. Para piorar, o martírio se repetia com o Google Chrome, que eu consegui baixar e instalar a duras penas (a essa altura, eu abria o Edge e ele fechava do nada).

Resumo da ópera: Conforme eu mencionei ao longo desta sequência, o Windows oferece diversos utilitários — entre os quais ferramentas para limpeza do disco, correção de erros e desfragmentação dos dados —, mas não disponibiliza um limpador do Registro e tampouco recomenda recorrer a ferramentas de terceiros (como o festejado Advanced System Care). 

Sou fã dessa suíte da manutenção desde sempre, mas não me cabe discutir com a mãe da criança. Interessa dizer que eu estava prestes a jogar a toalha quando decidi travar mais um “cabo de guerra” como o navegador e baixar ASC. Eu uso a versão PRO no desktop, mas não estava com paciência para procurar na nuvem uma cópia das chaves de ativação dos meus softwares pagos, de modo que baixei a encarnação mais recente da versão freeware (15.2.0.201. E foi tiro e queda.

O ASC oferece a opção IA (vide figura), que utilizei inicialmente. Tanto o exame quanto as correções levaram mais tempo do que seria “normal” (mesmo para o notebook, que não conta com os benefícios do SSD), mas o fato é que o sistema mudou da água para o vinho. A inicialização demore bem mais que a do desktop (que leva de 10 a 15 segundos), mas Win11 tornou-se perfeitamente utilizável.

Em que pesem as recomendações da Microsoft, eu recomendo o ASC a todos que se preocupam em manter o sistema nos trinques. Até porque os módulos que a IObit inclui nessa suíte vão muito além das ferramentas nativas do Windows. Além de realizar uma limpeza profunda no disco, ela otimiza o sistema e a conexão com a Internet, busca por drivers e aplicativos desatualizados, brechas de segurança, fraquezas no sistema e muito mais (sobretudo quando se clica no ícone da malinha de ferramentas). Algumas funções são restritas à versão paga, mas, de modo geral, a gratuita está de bom tamanho.

Fica aqui a sugestão.

terça-feira, 15 de março de 2022

WINDOWS 10 — DICAS (QUARTA PARTE)

O CASAMENTO PARECE TER SIDO INVENTADO PARA RECOMPENSAR OS PERVERSOS.

Além de tomar muito cuidado quando e se você precisar usar o Editor do Registro do Windows, mantenha distância da pasta System32 (ou, melhor ainda, fique longe de qualquer arquivo com extensão .sys , que vem de “system". E só recorra ao prompt de comando (ou o Windows Power Shell) caso não haja um modo de executar a tarefa pela interface gráfica.

Em tese, é possível fazer qualquer coisa via prompt, principalmente merda. Os comandos são pouco amigáveis, e ações indevidas ou malsucedidas nem sempre são facilmente reversíveis. E isso vale também para o Registro do Windows (detalhes no capítulo anterior).

Apagar os arquivos Swapfile.sys e Pagefile.sys para recuperar espaço é uma dica recorrente na Web, mas pode trazer danos sérios ao computador. O Swapfile.sys armazena os arquivos abertos na memória RAM quando o computador entra em hibernação (mais detalhes nesta sequência de postagens). Já o Pagefile.sys é um arquivo criado no disco rígido para emular memória física quando esta se esgota.

Observação: swap-file (arquivo de troca, numa tradução literal) foi aprimorado ao longo dos anos e seria uma solução excelente não fosse o HDD milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM

Em tese, a memória virtual não surte grande efeito quando há fartura de RAM e o computador fica mais rápido sem ela. Na prática, porém, falta de memória, seja física (RAM) ou de massa (HDD/SSD), se resolve instalando mais memória. Se o arquivo de paginação for apagado e o computador dispuser de pouca RAM, o Windows pode travar ao rodar um programa “pesado” ou quando executar várias tarefas ao mesmo tempo.

Não é aconselhável desabilitar a memória virtual ou alterar seus parâmetros para ganhar alguns gigabytes de espaço. Substituir o HDD por um modelo que ofereça mais espaço, adicionar um segundo drive ou recorrer a um modelo externo traz melhores resultados. Na impossibilidade, uma faxina em regra no disco pode ajudar, mesmo sendo uma medida paliativa. Comece deletando apps inúteis e enviado para a nuvem (ou para um pendrive, disco rígido externo ou mídia óptica) aquela batelada de músicas, fotos e arquivos multimídia que você salvou no PC. Ao final, reinicie o sistema, rode a Limpeza do Disco, corrija os erros no HDD e execute a desfragmentação (mais detalhes nesta sequência de postagens). 

Se mesmo assim você achar conveniente alterar as configurações do swap file, o caminho é o seguinte:

1) Abra o Explorador de Arquivos, dê um clique direito em Este Computador, clique em Propriedades > Configurações avançadas do sistema.

2) Na janelinha das Propriedades do Sistema, clique na aba Avançado; no campo Desempenho, pressione o botão Configurações..., clique novamente em Avançado e, no campo Memória Virtual, clique em Alterar...

3) Desmarque a opção Gerenciar automaticamente o tamanho do arquivo de paginação de todas as unidades, selecione a unidade que contém o arquivo de paginação — geralmente a partição em que o sistema está instalado —, marque a opção Tamanho personalizado e preencha os campos Tamanho inicial e o Tamanho máximo com os valores desejados e confirme em Definir.

ObservaçãoDesde o tempo do jurássico WinXP que alguns palpiteiros sugerem configurar ambos os campos com o valor em megabytes correspondente a uma vez e meia a quantidade de RAM instalada, enquanto outros sugerem 100% da quantidade de RAM no campo Tamanho inicial e o quíntuplo desse valor no campo Tamanho máximo

Não é necessário reiniciar o computador ao aumentar o tamanho do swap-file, mas a reinicialização é necessária no caso de redução. Basta seguir os passos acima para desabilitar o arquivo de paginação, mas, de novo, só o faça se seu computador dispuser de pelo menos 16 GB de RAM.

Continua...

segunda-feira, 14 de março de 2022

WINDOWS 10 — DICAS (TERCEIRA PARTE)

O ELEITOR BRASILEIRO PREFERE TROCAR DE CELULAR A TROCAR DE POLÍTICO.

O Registro (ou Registry) do Windows é um banco de dados dinâmico que o sistema consulta a cada inicialização, modifica durante cada sessão e salva, com as respectivas alterações, quando o computador é desligado ou reiniciado. Para evitar sua manipulação indevida, o Editor do Registro (também conhecido como “regedit”) não aparece na lista de programas do menu Iniciar. Para acessá-lo, é preciso abrir o menu Executar (Win+R), digitar “regedit” (sem aspas) e clicar em OK (ou teclar Enter).

Para geeks e usuários avançados do Windows, o regedit é um parque de diversões; para iniciantes, ele está mais para uma versão digital da famosa Caixa de Pandora (onde, segundo a mitologia grega, Zeus teria trancafiado todos os males do mundo). Qualquer alteração indevida ou malsucedida na “espinha dorsal” do Windows pode “aleijar” o computador, daí ser importante criar previamente um ponto de restauração e um backup da chave que será modificada (ou do Registro como um tudo).  

Observação: Para criar um ponto de restauração no Windows 10, digite criar ponto na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas, clique na opção Criar ponto de restauração — Painel de controle. Na tela seguinte, clique no botão Criar, dê ao novo ponto o nome desejado, torne a clicar em Criar, aguarde a conclusão do processo, confirme e encerre. Para criar um backup do Registro, digite regedit na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas, clique em regedit (executar comando) e em Sim na caixa de diálogo exibida na sequência. Na tela do Editor, abra o menu Arquivo e selecione a opção Exportar. Em “Intervalo de exportação”, marque TODOS para efetuar backup de todo o Registro ou clique em RAMIFICAÇÃO SELECIONADA e digite o nome da chave que você deseja exportar (recomendável). Feito isso, dê um nome ao arquivo, indique o local onde quer salvá-lo (Área de Trabalho, por exemplo) e clique em Salvar. Se quiser desfazer as modificações mais adiante, dê um clique direito sobre o arquivo de backup (.REG), escolha a opção Mesclar e confirme a restauração.

Para quem não gosta de viver perigosamente, ferramentas de Tweak são sopa no mel. Com elas, diversas configurações podem ser feitas e revertidas mediante uns poucos cliques do mouse, tornando possível inclusive editar o Registro de maneira (mais ou menos) segura. O saudoso WinXP contava com o PowerToys (da própria Microsoft), que incluía o excelente Tweak-UI, mas o PowerToys não foi reescrito para as edições posteriores do Windows. Para preencher essa lacuna no Win10, eu costumava indicar o freeware Ultimate Windows Tweaker 4 for Windows (para mais informações e download, clique aqui) até descobrir que existe, sim, uma edição revista e atualizada do PowerToys desenvolvida especialmente para ele. Ela oferece menos recursos do que a versão para o XP, mas é melhor pingar do que secar.

A Web está apinhada de dicas que prometem corrigir erros e melhorar o desempenho do sistema, mas a maioria delas não cumpre o que promete e/ou causa mais danos do que benefícios. Demais disso, corrigir erros num sistema que está “rodando redondo” é o mesmo que procurar pelo em ovo. A manutenção preventiva é importante, mas não há como transformar um Cessna 206 num Blackbird

Assim como uma corrente é tão forte quanto seu elo mais frágil, um computador é tão rápido quanto seu componente mais lento (para entender isso melhor, leia esta postagem). No âmbito do PC, o termo “gargalo” remete ao componente cujas limitações “estrangulam” o desempenho global do aparelho. Se o subsistema de memórias for subdimensionado, por exemplo, um processador top de linha irá desperdiçar ciclos e mais ciclos de clock esperando a liberação dos dados. 

Pouca RAM implica o uso da memória virtual — que é baseada no HDD, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM. E se as taxas de escrita, leitura e transferência de dados do disco rígido deixarem a desejar (clique aqui para mais detalhes), operar o computador será um exasperante teste de paciência.

Resumo da ópera: a performance do computador (seja ele de mesa, portátil ou ultraportátil) depende do processador, das memórias e de mais uma porção de componentes que não podem ser “modernizados” senão através de um upgrade de hardware. Não há "truque de software" que dê jeito. E ter isso em mente evita muita dor de cabeça e frustração. 

Continua...  

sexta-feira, 11 de março de 2022

WINDOWS 10 — DICAS (CONTINUAÇÃO)

O CONTENTAMENTO TORNA OS POBRES RICOS; O DESCONTENTAMENTO TORNA OS RICOS POBRES.

Reinstalar o Windows é tão inevitável quanto a morte, os impostos, a corrupção na política e a falta de bom senso da récua de muares que se convencionou chamar de “eleitorado”. 

No caso do Windows, felizmente é possível postergar a reinstalação por anos a fio, bastando para isso aplicar todas as atualizações críticas e de segurança, eliminar o crapware, ser seletivo ao instalar aplicativos, manter o disco rígido (ou SSD) livre de arquivos desnecessários e os dados gravados no HDD, devidamente desfragmentados.

ObservaçãoSSDs utilizam memória flash em vez dos tradicionais pratos magnéticos dos discos rígidos eletromecânicos. Até não muito tempo atrás, os fabricantes desaconselhavam a desfragmentação desses dispositivos, pois o ganho de desempenho é insignificante e o número de vezes que as células de memória podem ser regravadas é limitado. Hoje em dia, tanto o utilitário nativo do Windows quanto a maioria dos desfragmentadores de terceiros identificam a tecnologia do drive e aplicam o processo adequado.

O próprio Windows conta com utilitários de limpeza de disco, correção de erros e desfragmentação de dados. Para executá-los, dê um clique direito no ícone que representa a unidade onde o sistema se encontra instalado (geralmente C:), clique em Propriedades e no botão Limpeza de Disco

Concluída a limpeza do disco, clique na aba Ferramentas da janelinha das Propriedades de Disco Local e, nos campos Verificação de erros e Otimizar e desfragmentar a unidade, pressione os botões Verificar e Otimizar.

Observação: A Microsoft não disponibiliza um utilitário nativo para limpar e compactar o Registro nem recomenda utilizar ferramentas de terceiros — como os populares CCleaner e Advanced System Care —, mas isso é outra conversa. 

Excluir arquivos temporários também é importante, tanto para economizar espaço no disco quanto para evitar a degradação do desempenho do sistema. Como a Limpeza de Disco (e suas equivalentes nas suítes de manutenção retrocitadas) não elimina todos os arquivos temporários, convém “dar o acabamento” manualmente. Para isso, abra o menu Executar (pressionando Win+R), digite “temp” (sem aspas) na caixa de diálogo e clique em OK, selecione os arquivos listados e pressione a tecla Delete. Em seguida, no mesmo menu Executar, digite “%temp%” (também sem as aspas), selecione e apague os arquivos.

Alguns procedimentos devem ser executados com muita cautela. Deletar a pasta System32, editar o registro manualmente e formatar o disco rígido do computador a partir do prompt de comando são exemplos de ações que podem comprometer o funcionamento do computador, e algumas alterações só podem ser desfeitas mediante a Restauração do Sistema (que nem sempre funciona) ou, em situações extremas, com a reinstalação do Windows.

Presente desde o Win95, a pasta System32 abriga as famosas DLL (bibliotecas do Windows), que são fundamentais para o bom funcionamento do sistema e também de uma série de programas. Portanto, nem pense em deletar manualmente ou acionar qualquer comando que elimine esse diretório. Apagar a System32 deixará o sistema instável ou impedirá sua reinicialização depois que o computador for desligado. Para corrigir esse tipo de problema, só restaurando o Windows ou reinstalando o sistema.

Continua...

quarta-feira, 2 de março de 2022

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10

A PERSEVERANÇA É O PREÇO DA VITÓRIA.

Como vimos no post anterior, o WinME (de Millennium Edition) foi lançado a toque de caixa porque o WinXP ainda não estava maduro e a Microsoft queria aproveitar o apelo mercadológico da virada do milênio. Mas o tiro saiu pela culatra: essa encarnação de seu festejado sistema foi um fiasco retumbante, tanto de crítica quando de público (a exemplo do que ocorreria mais adiante com o Vista e os 8/8.1).

Embora não tenha correspondido às expectativas da empresa de Redmond, a nova versão inaugurou a Restauração do Sistema, que permite reverter o computador a um “ponto” criado quando tudo vai bem, evitando, assim, reinstalar o sistema do zero se um malware, uma atualização de driver malsucedida ou um aplicativo malcomportado, por exemplo, comprometer a estabilidade do sistema.

Observação: No Win98SE, essa "viagem no tempo" podia ser feita com o Scanreg, mas era preciso recorrer ao prompt de comando e escolher, por tentativa e erro, a partir de uma lista de backups do registro, a cópia capaz de recolocar o bonde nos trilhos. Para usuários iniciantes e medianos, a interface gráfica é muito mais amigável, daí a Restauração do Sistema ter sido mantida nas encarnações posteriores do Windows. Quando ativado, o recurso cria “pontos” (backups das configurações do Registro e de outros arquivos essenciais ao funcionamento do computador) que funcionam como um salva-vidas inflável em situações de naufrágio. O problema é que salva-vidas podem estar furados.

Travamentos, telas azuis, reinicializações aleatórias e assemelhados são menos frequentes atualmente do que nas versões vetustas do Windows, mas isso não significa que não ocorram. A boa notícia é que tudo é reversível no âmbito do software, ainda que isso exija reinstalar o sistema do zero. Mas não se deve chutar o pau da barraca sem antes tentar soluções “menos invasivas”.

Malwares (vírus, trojans e afins) podem causar lentidão ou comprometer a estabilidade do computador, embora o objetivo primário dessas pragas seja atualmente roubar dados pessoais/confidenciais das vítimas. Caso sua suíte de segurança não aponte nenhuma ocorrência suspeita, colha uma segunda opinião (ou terceira, ou quarta) de antimalwares baseados na Web — como HouseCallActiveScanKasperskyF-SecureBitdefender ou Microsoft Safety Scanner, entre outros —, lembrando que o uso dessas ferramentas não o desobriga de manter uma suíte de segurança instalada no computador.

Se as varreduras não encontrarem nada suspeito, puxe pela memória: o problema começou depois que você atualizou o Windows ou um driver de dispositivo? Ou depois de que um aplicativo qualquer foi adicionado ao computador?  Caso não seja essa a causa, execute o Windows PowerShell como administrador, digite sfc /scannow e tecle Enter para dar início à verificação e correção de arquivos corrompidos do sistema (não se esqueça de dar um espaço entre sfc e scannow).

O problema terá sido resolvido se, ao final da verificação, uma mensagem der conta de que arquivos corrompidos foram encontrados e reparados com êxito. Caso contrário, digite Dism / Online / Cleanup-Image / RestoreHealth e tecle Enter. O processo pode demorar um bocado e não é incomum a barra de progressão empacar em 20%, mas eu recomendo não interrompê-lo.

Se nem assim o problema for resolvido, torne a executar o DISM usando o comando Dism /Online /Cleanup-Image /RestoreHealth /Source:wim:X:\sources\install.wim:1 (substitua o X pela letra referente à partição que contém os arquivos de instalação do Windows). Ao final, execute novamente o comando sfc /scannow e torça para que dessa vez a mensagem dê conta de que está tudo OK.

Continua...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

WINDOWS 11 — ATUALIZAÇÃO PROBLEMÁTICA — O SALVADOR DA PÁTRIA

SÓ SEI QUE NADA SEI, E O FATO DE SABER ISSO ME COLOCA EM VANTAGEM SOBRE AQUELES QUE ACHAM QUE SABEM ALGUMA COISA.

Continuação:

A despeito de meu Dell contar com um respeitável Intel quad-core i7 de 8ª geração e aceitáveis 8GB de RAM DDR4, a memória de massa é provida por um HDD — dispositivo eletromecânico muito mais lento que o SSD de 1TB do meu desktop, que ainda conta com um processador quad-core i7-4790, 64GB de RAM (dos quais a placa-mãe infelizmente reconhece apenas 32GB) e um HDD de 3 TBAssim, a atualização para o Windows 11 demorou uma eternidade.

Para complicar, eu instalei a nova versão “do zero” — o que resultou em mais tempo e trabalho para atualizar, reconfigurar e personalizar o sistema. Para piorar, a inicialização do note ficou lenta como uma carroça carregada e puxada ladeira acima por uma mula manca. Para completar, usar a computador depois que o Windows carregava era um verdadeiro teste de paciência. Os aplicativos demoravam a responder, rolar as páginas do navegador era um castigo e digitar um URL (as letras iam aparecendo uma de cada vez, a intervalos de 1 ou 2 segundos), uma penitência.

Meu Dell conta com 2TB de memória de massa, mas ela é provida por um disco rígido tradicional. Essa tecnologia está mais que superada; se os fabricantes de PC continuam equipando seus produtos com esses anacronismos cibernéticos é porque o preço dos SSDs, que são muito mais rápidos, impacta sobremaneira o custo de produção.

O Windows dispõe de ferramentas nativas que se propõem a resolver diversos problemas, inclusive os que ele próprio cria (como a fragmentação dos dados no HDD). Mas a Microsoft não inclui na malinha de ferramentas do sistema um utilitário que limpe e desfragmente o Registro, e tampouco recomenda o uso de produtos de terceiros.

Aprendi com a vida a não discutir com especialistas (nem com fanáticos). Ninguém melhor que a mãe para dizer o que é e o que não é bom para a criança. Mas há décadas que eu uso e recomendo as consagradas suítes de manutenção CCleaner e Advanced System Care.

Apesar da má vontade do MS-Edge em registrar os URLs que eu digitava e abrir as respectivas páginas, consegui baixar e instalar o Google Chrome. Mafoi como trocar seis por meia dúzia. Sofri mais um bocado para baixar a versão mais recente (15.2.201) do ASC freeware. Nesse caso, porém, o fim do calvário compensou plenamente o esforço e a demora: bastou abrir a suíte, clicar em Iniciar com o modo IA selecionado e aguardar a conclusão dos reparos para o note recuperar o desempenho que tinha quando foi ligado pela primeira vez.  

ASC inclui um verificador de drivers (que pode ser instalado separadamente, tanto na modalidade paga quando na gratuita). O Drive Booster identificou mais de 20 atualizações possíveis no meu note, e apontou a falta do controlador de áudio — problema que eu já havia tentado solucionar com a “solução de problemas” do Win11 (se me desculpam o trocadilho infame). A versão de testes que vem embutida na suíte limita as atualizações a uma por dia, de modo que eu aproveitei para devolver a “voz” ao portátil — as demais atualizações ficaram a cargo do DriverMax Pro, mas só porque eu já dispunha da chave de licença.

Quanto ao desktop, ainda não descobri o vilão da história. Assim que tiver mais informações e fizer a máquina voltar a funcionar — e espero que seja em breve, pois os 32GB de RAM (na verdade, são 64 GB, mas a placa-mãe só suporta metade) e a velocidade do SSD fazem uma bruta diferença — eu compartilho os detalhes com vocês.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

A NAVALHA DE OCCAM E O COMANDO CRIAR > NOVO DO WINDOWS

SE ALGUMA COISA PODE DAR ERRADO, DARÁ. E MAIS, DARÁ ERRADO DA PIOR MANEIRA, NO PIOR MOMENTO E DE MODO QUE CAUSE O MAIOR DANO POSSÍVEL.

A Navalha de Occam é um princípio científico e filosófico segundo o qual, entre diversas hipóteses formuladas sobre as mesmas evidências, é mais racional acreditar na mais simples. Em linhas gerais, ele parte da mesma premissa que o KISS (de Keep It Simple, Stupid, ou "mantenha simples, estúpido"), criado nos anos 1970 pelo engenheiro de aeronaves norte-americano Kelly Johnson, e que não se aplica necessariamente ao âmbito da programação, embora seja mais conhecido na esfera da TI (consta que Johnson estimulava seu time de engenheiros a projetar aeronaves que pudessem ser consertadas por um mecânico comum, num campo de batalha, com um jogo de ferramentas básico).

No século 4 a.C., bem antes do nascimento do filósofo inglês William de Occam (1285-1347), Aristóteles  pregava mais ou menos a mesma coisa, mas foi o nome de Occam que “colou", embora sua "navalha" seja um princípio metodológico, e não uma lei — ou seja, não sugere que as explicações mais simples sejam necessariamente as verdadeiras nem que as mais complexas devam necessariamente ser refutadas em qualquer situação. 

Observação: Dito de outra maneira, diante de várias explicações para um problema, a mais simples tende a ser a mais correta. Ou, parafraseando Leonardo Da Vinci: “a simplicidade é o último grau de sofisticação.”

O filósofo inglês William de Occam (1285-1347) não foi o primeiro a pregar isso. Aristóteles, em seus Analíticos Posteriores, fez o mesmo no século 4 a.C. Mas foi o nome de Occam que “colou", embora sua "navalha" seja um princípio metodológico, e não uma lei — ou seja, ela não sugere que as explicações mais simples são sempre as verdadeiras e que as mais complexas devem ser refutadas em qualquer situação. Mas o fato é que, com o desenvolvimento da ciência, especialmente a partir do século XX, a ideia prevalente passou a ser a de que os eventos podem ser mais complexos que nossas melhores teorias supõem, e a defesa da Navalha de Occam, baseada na suposição de simplicidade da natureza, perdeu força.

Descobrir a causa do problema é desejável, nem sempre indispensável. Há casos em que restabelecer o status quo ante já está de bom tamanho. Para agregar a um exemplo prático alguma pessoalidade, dias atrás eu resolvi criar um documento de texto (.txt) na área de trabalho e recorri à maneira mais fácil de fazer isso, que consiste em dar um clique direito num ponto vazio do desktop, apontar para a opção "Novo" e selecionar "Documento de Texto". O problema é que, ao fazer isso, eu percebi que a opção "Novo" havia simplesmente desaparecido do menu de contexto.

Anormalidades como essa costumam ser resolvidas mediante uma reinicialização do sistema, mas não custa nada tentar, antes, abrir o Gerenciador de Tarefas (Ctrl+Shift+Esc) e reiniciar o Windows Explorer. E foi isso que eu fiz. Só que não funcionou. E a reinicialização também não resolveu. Claro que há outras maneiras de criar um arquivo .txt na área de trabalho (como pressionar Win+R > Notepad > Enter para abrir o bloco de notas e clicar em Arquivo > Salvar como... para criar o arquivo no local desejado), e eu poderia simplesmente recorrer a uma delas. Mas até aí morreu o Neves.

Para encurtar a conversa, fiz uma pesquisa na Web visando encontrar elementos que me ajudassem a resolver o problema. Executei os comandos “Dism /Online /Cleanup-Image /ScanHealth (ou “Dism /Online /Cleanup-Image /CheckHealth”, tanto faz), depois a ferramenta sfc/scannow. O sistema informou ter encontrado e corrigido arquivos corrompidos, mas o tal do menu continuou desaparecido. 

Felizmente, uma pesquisa na página de suporte da Microsoft me levou ao caminho das pedras. Anote aí os passos para recriar a opção "Novo" no menu de contexto, caso você venha a se deparar com o mesmo problema:

1. Pressione Windows + R, digite Notepad e clique em OK;

2. No arquivo de texto em branco, digite [HKEY_CLASSES_ROOT\Directory\Background\shellex\ContextMenuHandlers\New], pressione a tecla Enter e em seguida digite @="{D969A300-E7FF-11d0-A93B-00A0C90F2719}" (se achar mais fácil, copie os comandos e cole-os no arquivo de texto).

3. Clique na guia Arquivo > Salvar como > Área de trabalho e, no campo de nome, digite Novo.reg, selecione como tipo Todos os arquivos e clique em Salvar.

4. Execute o arquivo e clique em "Sim" na caixa de diálogo que lhe pergunta se você tem certeza de que deseja continuar.

5. Reinicie o computador, dê um clique direito num ponto vazio da área de trabalho e verifique se o problema foi resolvido. Caso negativo:

5.1. Pressione o atalho Win+R, digite "regedit" (sem aspas) na caixa de diálogo e tecle Enter;

5.2. Na janela do Editor do Registro do Windows, navegue até a pasta HKEY_CLASSES_ROOT\Directory\Background\shellex\ContextMenuHandlers\New;

5.3. Dê duplo clique em Padrão (na porção direita da janela) e, no campo Dados do Valor, digite D969A300-E7FF-11d0-A93B-00A0C90F2719} e clique em OK.

5.4. Feche o editor, reinicie o computador e veja se o problema foi resolvido.

Observação: Se você executar o passo 5.2. e constatar que a chave New não existe, será preciso cria-la. Basta clicar com o botão direito sobre ContextMenuHandler, depois em Novo > Chave, nomear a chave como "New" (sem aspas), pressionar Enter, dar duplo clique no valor Padrão dentro da chave New e digitar o valor {D969A300-E7FF-11d0-A93B-00A0C90F2719}.

Comigo funcionou. Boa sorte.  

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

WINDOWS 10 — MAIS 5 DICAS QUE VOCÊ TALVEZ NÃO CONHEÇA

ÀS VEZES EU ME PERGUNTO SE DEUS, QUANDO PÔS ESTA IMENSA MÁQUINA EM FUNCIONAMENTO, NÃO TERIA ESQUECIDO DE APERTAR ALGUNS PARAFUSOS.

A primeira dica de hoje remete a outra maneira de acessar um sem-número de ajustes no Windows, que é o "God's mode". Com ele, você poderá explorar mais de 200 possibilidades de configuração a partir de uma única janela. Criá-lo é bem simples:

— Dê um clique direito num ponto vazio Área de Trabalho, clique na setinha à direita de Novo;

— Selecione Pasta, dê um clique direito sobre o ícone da “Nova pasta” (que, a essa altura, já será exibido no desktop) e clique em Renomear.

— No campo correspondente ao nome, digite XXX.{ED7BA470-8E54-465E-825C-99712043E01C} substituindo os "XXX” pelo nome desejado (mas tome o cuidado de manter o ponto e os caracteres entre as chaves, ou o atalho não funcionará).

— Ao final, feche e janelinha, clique sobre o ícone (ou dê duplo clique, conforme a configuração do seu sistema) e confira o resultado.

Conforme a gente viu no post anterior, é possível editar o Registro do Windows para reincluir o atalho do Painel de Controle no Menu Iniciar — não só o Painel; você pode trilhar o mesmo caminho para inserir atalhos que apontem para quaisquer aplicativos —, mas torno a salientar que não se deve fazer qualquer edição manual no Registro sem antes criar um backup da chave que será objeto da alteração (ou do Registro como um todo), bem como um ponto de restauração do sistema. Tomadas essas providências, faça o seguinte:

— Abra o Menu Executar, digite “regedit” (sem as aspas) e pressione Enter;

— Na tela do Editor do Registro do Windows, use a coluna à esquerda para navegar por HKEY_CLASSES_ROOT\*\shellex\ContextMenuHandlers;

— Dê um clique direito na pasta ContextMenuHandlers e vá em Novo > Chave e, no campo respectivo, digite o nome Adicionar ao menu iniciar;

— Copie o código {470C0EBD-5D73-4d58-9CED-E91E22E23282} e, na coluna da direita, dê um clique duplo em Padrão, cole o código que você copiou e clique em OK.

— Feche o editor do Registro.

Concluídas essas etapas, localize o aplicativo que você deseja incluir no Menu Iniciar e crie um atalho para ele na Área de Trabalho — basta dar um clique direito sobre o arquivo desejado, clicar em Enviar para... no menu suspenso e então selecionar a opção Área de trabalho (criar atalho)

Feito isso, basta clicar em qualquer atalho criado para um arquivo para ter acesso ao comando “Fixar no menu iniciar”. Clique nele e o atalho seja “fixado” no Menu Iniciar (e poderá ser excluído de sua Área de Trabalho). Se por algum motivo você quiser remover o atalho em questão do Menu Iniciar, refaça os mesmo passos e apague do Registro a pasta que você criou e nomeou como Adicionar ao menu iniciar.

A próxima dica tem a ver com a divisão da tela para acomodar duas ou mais janelas. Vale lembrar que o Windows permite redimensionar as janelas dos programas abertos, a critério do usuário, e que no Win10 basta clicar numa janela aberta e arrastá-la para um dos cantos até que surja uma animação transparente mostrando como ela vai ficar ao ser redimensionada. Ao soltá-la ali no canto, você verá uma espécie de menu com as demais janelas abertas. Ao clicar em uma delas, o sistema a colocará lado a lado com a outra, e você poderá ajustar a exibição (deixando uma mais apertada e abrindo mais espaço para a outra, por exemplo). 

Se quiser acomodar mais janelas nesse layout, pressione a tecla com o logo do Windows juntamente com a seta para cima e fazer o ajuste desejado. Caso queira reverter o layout ao status quo ante, pressione a tecla com o logo do Windows juntamente com a seta para baixo. 

Para criar várias áreas de trabalho a partir de um recurso pouco conhecido, batizado pela Microsoft de linha do tempo. Ele funciona como um histórico das coisas que você fez no computador (programas que abriu, sites que acessou etc.). Na parte superior dessa linha do tempo, você encontra o botão Nova área de trabalho. Basta clicar nele para criar as áreas de trabalho virtuais.

A próxima dica nos leva ao assistente de foco, que impede a exibição de notificações e alertas do sistema. O botão que o ativa fica no painel de notificações, que você acessa clicando no ícone localizado no extremo direito da tela, logo depois do relógio. 

Windows ativa essa função automaticamente quando você entra no modo “tela inteira” (ao expandir um vídeo ou pressionar a tecla F11) em navegadores como Chrome, Firefox e Edge. Basta clicar em IniciarConfigurações > Sistema > Assistente de Foco para ajustar quais notificações que o assistente vai barrar ao ser ativado.

Por último, mas não menos importante, o "Ditado", que você ativa pressionando a tecla com o logo do Windows ao mesmo tempo que a da letra "H". Trata-se de um recurso de reconhecimento de voz que permite ditar textos para anotações, mensagens, emails etc. 

Para utilizar o Ditado, é preciso primeiro clicar em Iniciar > Configurações > Controle por voz e ativar o reconhecimento de fala. Quando terminar de ditar, não deixe de conferir a pontuação. 

Continua...