ANTES, A
MÍDIA CONTROLAVA AS MASSAS; HOJE, AS MASSAS CONTROLAM A MÍDIA.
Em 1995, quando
a Microsoft promoveu o Windows de interface gráfica a sistema
operacional, um megabyte de memória RAM custava 20 dólares. Atualmente, com esse mesmo dinheiro compra-se um módulo de 4GB
SDRAM DDR-3 da Kingston.
Em 1995, o Win95 exigia pelo menos 4MB de RAM (isso
mesmo, quatro megabytes) para rodar. Em 2015,
quando lançou o Win10 como serviço (SaaS),
a Microsoft, modesta quando lhe convém, informou que o sistema requeria 1GB
na versão de 32-bit e 2GB na de 64-bit. Para o Win11, lançado
oficialmente em outubro do ano passado, a mãe da criança informa que a quantidade mínima de RAM é
de 4GB.
A questão é que
todo aplicativo consome memória, inclusive aqueles que pegam carona na
inicialização do sistema e ficam rodando em segundo plano. Um PC sem programas
é quase inútil, e usá-lo sem acessar a Internet é como andar com uma poderosa motocicleta somente no quintal de casa. E os navegadores são
vorazes consumidores de memória.
Para rodar
com fôlego, o Win10 precisa de pelo menos 6GB de RAM. Meu desktop dispõe de 32GB DDR3,
mas foi reprovado pelo PC
Health Checker por causa do processador — um Intel quad-core i7-4790
3.6GHz. Já meu note Dell
Inspiron 3583 (i7 4GHz de 8ª geração) foi aprovado, mas, a despeito de contar com 8GB de RAM DDR4, ele fica no
chinelo quando comparado ao desktop (o gargalo está no disco rígido eletromecânico
de 2TB; o desktop dispõe de um SSD de 1TB e um HDD de 3TB).
Conforme comentei
em outras oportunidades, a Microsoft dará suporte ao Win10
até outubro de 2025. Até lá muita água vai rolar, já que ninguém escapa
da obsolescência
programada. Isso não muda o fato de o Win11 ser a bola da vez. Atualmente, quem compra um PC Windows novo recebe o aparelho com a nova versão do sistema pré-instalada ou, no mínimo, com uma configuração de hardware que permita a migração.
Fiz este preâmbulo porque, no dia 9 do mês passado, meu desktop resolveu
exibir um festival de telas azuis (coincidência ou não, isso se deu um dia depois de eu aplicar o Patch Tuesday de fevereiro). Num dos reboots, consegui acessar o ambiente
de recuperação (WinRE), mas não obtive sucesso com o Reparo
de Inicialização e resolvi deixar para reinstalar o sistema mais
adiante.
O jeito foi tirar meu notebook do armário, mas eu não o usava havia meses e o Windows Update me avisou que o Win11 estava pronto
para ser instalado. Pensei em postergar a atualização, mas resolvi seguir adiante. Eram, então, 14h.
Somente às 23h30 que Windows concluiu
os trâmites e pediu a indefectível reinicialização (afora as que ele fez por
conta própria durante o processo). Dado o avançado da hora (essas coisas, a
gente sabe quando começam, mas não quando terminam), deixei para reiniciar o PC
pela manhã.
Para encurtar a conversa, pouco depois das 11h da
manhã seguinte o Win11 deu as caras pela primeira vez. Gastei
mais algumas horas com reconfigurações, personalizações e o escambau. Para “ajudar”,
o sistema “não encontrou nenhuma saída de áudio”. E se já não
bastasse a lentidão generalizada, navegar com o Edge
Chromium virou um teste de paciência: eu digitava um URL e nada
acontecia. Depois, aos poucos, as letras iam aparecendo. Quando a página abria,
rolar a tela era um suplício... Em suma, meu note ficou uma merda.
Encontrei reclamações parecidas no fórum oficial do Win11.
As sugestões iam desde remover e reinstalar o browser a restaurar o sistema,
rodar o DISM,
desabilitar o antivírus (meu note veio com uma licença do McAfee, que
foi renovada quando eu reinstalei o sistema), e por aí afora. Nenhuma delas me
convenceu. Para piorar, o martírio se repetia com o Google Chrome, que
eu consegui baixar e instalar a duras penas (a essa altura, eu abria o Edge
e ele fechava do nada).
Resumo da ópera: Conforme eu mencionei ao longo
desta sequência, o Windows oferece diversos utilitários — entre os quais
ferramentas para limpeza do disco, correção de erros e desfragmentação dos
dados —, mas não disponibiliza um limpador do Registro
e tampouco recomenda recorrer a ferramentas de terceiros (como o festejado Advanced
System Care).
Sou fã dessa suíte da manutenção desde sempre, mas não
me cabe discutir com a mãe da criança. Interessa dizer que eu estava
prestes a jogar a toalha quando decidi travar mais um “cabo de guerra” como o
navegador e baixar ASC. Eu uso a versão PRO no desktop, mas não estava com paciência para procurar na nuvem
uma cópia das chaves de ativação dos meus softwares pagos, de modo que baixei a
encarnação mais recente da versão freeware (15.2.0.201. E foi tiro e queda.
O ASC oferece a opção IA (vide
figura), que utilizei inicialmente. Tanto o exame quanto as
correções levaram mais tempo do que seria “normal” (mesmo para o notebook, que
não conta com os benefícios do SSD), mas o fato é que o sistema mudou da
água para o vinho. A inicialização demore bem mais que a do desktop (que leva de 10 a 15 segundos), mas Win11 tornou-se perfeitamente
utilizável.
Em que pesem as recomendações da Microsoft, eu recomendo o ASC a todos que se preocupam em
manter o sistema nos trinques. Até porque os módulos que a IObit inclui
nessa suíte vão muito além das ferramentas nativas do Windows.
Além de realizar uma limpeza profunda no disco, ela otimiza o sistema
e a conexão com a Internet, busca por drivers e aplicativos desatualizados,
brechas de segurança, fraquezas no sistema e muito mais (sobretudo quando se
clica no ícone da malinha
de ferramentas). Algumas funções são restritas à versão paga,
mas, de modo geral, a gratuita está de bom tamanho.
Fica aqui a sugestão.