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sexta-feira, 26 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE VI

VOCÊ PODE VIVER ATÉ OS CEM ANOS SE ABANDONAR TUDO QUE O FAZ QUERER VIVER ATÉ OS CEM ANOS.

Vimos que para operar um PC antes do advento da interface gráfica era preciso dominar intrincados comandos de prompt. Até o Win 3.1, o MS-DOS era o sistema operacional; o Windows só carregava depois que digitávamos win no prompt de comando e pressionávamos a tecla Enter. Isso só mudou quando a Microsoft lançou o Win 95, que já era um sistema operacional autônomo. E a partir daí os comandos de prompt foram se tornando cada vez menos necessários. 

No Win XP — baseado no kernel (núcleo) do WinNT, o command.com do velho DOS, presente nas edições 3.x e 9x/ME, deu lugar ao cmd.exe. Na prática, o DOS foi reduzido a um interpretador de linha de comando (útil apenas em procedimentos de manutenção e outras tarefas específicas). Ao lançar o Win 8, a Microsoft substituiu o prompt tradicional pelo Power Shell, mas o modelo antigo pode ser acessado até hoje pelo menu Executar (basta digitar cmd.exe e teclar Enter) ou restabelecido como interpretador padrão (basta clicar em Iniciar  >  Configurações  > Personalização >  Barra de tarefas e desligar o botão ao lado de Substituir Prompt de Comando pelo Windows PowerShell no menu quando eu clicar com o botão direito do mouse no botão Iniciar ou pressionar Windows + X).

E já que falamos no menu Executar, desde o lançamento do Windows 7 que a Microsoft suprimiu essa entrada do Menu Iniciar. O atalho de teclado Win+R convoca esse menu, mas é possível ressuscitá-lo, ainda que como um live tile (bloco dinâmico configurável), digitando executar na caixa de pesquisas da barra de tarefas, dando um clique direito sobre a opção Executar — Aplicativo da área de trabalho e, no menu suspenso que é mostrado em seguida, selecionando a opção Fixar na Tela Inicial.

A interação com o sistema via comandos baseados em texto e parâmetros também é possível nas edições mais recentes do Windows, mas é bem mais simples usar a interface gráfica, com suas janelas, menus e ícones clicáveis. Apesar de flertar com a obsolescência, o Prompt de Comando continua tendo serventia em situações específicas, mas o PowerShell, mais moderno e pródigo em recursos, é quem faz a festa dos saudosistas de plantão e usuários da velha escola, que exibem seus “profundos conhecimentos” usando comandos até para enviar mensagens de email.
Observação: PowerShell está para o Prompt de comando como o MS-Word para o Bloco de Notas. Seus recursos, bem mais aprimorados, facilitam a criação de comandos e scripts em linguagem C # (PowerShell e C # são integrados ao .NET Framework da Microsoft) e permitem, por exemplo, a execução remota e automação de tarefas, a execução de tarefas em segundo plano, a tubulação de comando, etc. Simplificando: o PowerShell é mais adequado a usuários avançados, enquanto o Prompt de comando atende às necessidades básicas de leigos e iniciantes, ainda que a maioria de nós passe muito bem sem nenhum dos dois (para saber mais sobre o Prompt de Comando e o Power Shell, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).
A título de curiosidade, é possível executar aplicativos a partir do prompt. Se você quiser experimentar, digite “start notepad.exe” ou “iexplore.exe (sem as aspas), por exemplo, e pressione Enter os comandos só são validados depois que essa tecla for pressionada. Mas note que esse recurso deve ser usado preferencialmente quando a tarefa não é intuitiva ou não está disponível via interface gráfica. Há exceções, naturalmente, como é o caso da desfragmentação do disco rígido (digite defrag C: /A para analisar o volume; /N para alterar a prioridade de baixa para normal; /X para consolidar o espaço livre no volume especificado, e assim por diante), mas isso também é conversa para outra hora. 
Conforme a tarefa que se pretende realizar, pode ser preciso executar o Prompt de Comando (ou do Power Shell) com privilégios administrativos. Além disso,como erros de digitação são comuns e, quando ocorrem, o comando não surte efeito, é melhor escrevê-los num documento de texto, por exemplo, e depois copiar e colar na tela do prompt. Como o atalho Ctrl+V não funciona no interpretador de comandos, você deve dar um clique direito na tela e selecionar a opção Colar do menu de contexto. 
Observação: Para personalizar a janela do prompt, dê um clique direito na barra de título e clique em Padrões se desejar que as modificações contemplem todas as telas do prompt, ou clique em Propriedades para alterar somente a tela atual. Ao final (para variar), pressione Enter ou clique em OK.
No próximo capítulo, retomaremos a conversa sobre a importância de manter atualizado o software do computador, que interrompemos para relembrar a evolução do Windows. Até lá.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

ATUALIZAÇÕES DO WINDOWS 10, UMA PITADA DE HISTÓRIA E OUTRA DE CULTURA INÚTIL — CAPÍTULO QUATRO

NA POLÍTICA, O QUE ERA HORROROSO VEM FICANDO APAVORANTE.

Antes de prosseguir do ponto onde interrompemos nossa conversa no capítulo anterior, faço uma rápida contextualização: depois que romperam a parceria (detalhes no post do dia 23), a IBM e a Microsoft continuaram buscando maneiras de contornar as limitações do DOS. A Gigante dos Computadores apostou na arquitetura fechada e no sistema proprietário PS/2, mas os demais fabricantes de PC seguiram o exemplo da Compaq e optaram pela arquitetura aberta, o que foi sopa no mel para a Microsoft, dona dos direitos de licenciamento do MS-DOS.  

O sucesso do Win 3.1 abriu caminho para a “empresa de garagem” de Gates e Allen se tornar a Gigante do Software, o que se confirmou com o lançamento do Win 95, que foi considerado “o pulo do gato” da Microsoft. Isso porque foi nessa versão que o que até então era uma interface gráfica passou a ser um sistema operacional quase autônomo. Quase, pois, como vimos, o cordão umbilical com o DOS só seria cortado no Win XP, baseado no kernel do Windows NT (que seria lançado no final de 2001, depois do estrondoso fiasco do Windows Millennium Edition). Na sequência, o Win 98 desancou de vez o OS/2 WARP da IBM, e assim a Microsoft foi construindo, milhão a milhão, o patrimônio multibilionário de seus fundadores.

O MS-DOS teve seis versões recebeu outras tantas atualizações até finalmente deixar de ser comercializado na modalidade “stand alone”, mas o Windows continuou a integrar um interpretador de linha de comando nativo. O command.com, presente nas versões 3.x e 9x/ME, foi substituído pelo cmd.exe (padrão do Windows NT) na versão XP e posteriores, e a partir do Win 8.1 PowerShell se tornou o interpretador padrão do sistema, embora a Microsoft não tenha suprimido o velho prompt — numa analogia primária, mas adequada aos propósitos desta abordagem, pode-se dizer que o PowerShell está para o Prompt de Comando assim como o MS-Word para o Bloco de Notas.

Recorrer a comandos de prompt, atualmente, só mesmo em situações excepcionais, como em tarefas de manutenção que não podem ser executadas com o Windows carregado, já que, graças à interface gráfica (sobre a qual já dedicamos alguns parágrafos ao longo desta sequência), quase ninguém hoje em dia sabe que existe ou para que serve um interpretador de linha de comando.

A GUI (sigla de Interface Gráfica do Usuário) foi idealizada muito antes da tecnologia que lhe agregaria utilidade prática. Inspirado pelo trabalho de um visionário chamado Vannevar Bush, o engenheiro Douglas Engelbart vislumbrou a possibilidade de usar computadores com informações dispostas em uma tela — na qual o usuário poderia se organizar de maneira gráfica e “pular” de uma informação para outra — para “ampliar” o intelecto humano.

Observação: Note que isso se deu no início dos anos 1960, quando até mesmo interfaces em modo texto, com comandos sendo executados em tempo real, eram consideradas “coisas de outro mundo”, pois os mainframes da época eram operados com cartões perfurados — como os da loteria esportiva dos anos 1970 (dos quais a maioria dos leitores não deve estar lembrada, e isso se os conheceu —, que demoravam horas para entregar o resultado do processamento.

Continua no próximo capítulo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 VIA TECLA F8 (TERCEIRA PARTE)



SE PUDERES OLHAR, VÊ. SE PUDERES VER, REPARA.

Continuando de onde paramos no capítulo anterior:

Para acessar o menu Executar, dê um clique direito no botão Iniciar e selecione a opção respectiva na lista. Se preferir, pressione tecla com o logo do Windows juntamente com a da letra R (atalho Win+R).

Com a janela do utilitário aberta na tela, selecione a aba Inicialização. No campo Opções de inicialização, marque a caixa ao lado de Inicialização Segura e assinale a alternativa desejada.

Observação: Sugiro escolher a opção “Mínima”, a menos que você vá precisar de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando (nesses casos, as opções que você deve marcar são, respectivamente, Rede e Shell alternativo). 

Feito isso, clique em Aplicar, confirme em OK e reinicie o computador.

Não custa lembrar que a aba Geral disponibiliza as opções Inicialização de Diagnóstico e Inicialização Seletiva (clique aqui para mais detalhes). Note que, independentemente da configuração escolhida, você terá de desfazer as modificações para que o computador volte a iniciar no modo normal.

Vejamos agora como fazer para acessar o Modo de Segurança se, ao ser ligado, o computador não concluir o boot ou empacar na tela de boas-vindas do Windows (situações em que não haverá como acessar o utilitário de configuração do sistema para seguir os passos sugeridos anteriormente). 

1 - Na tela de boas-vindas do Windows, clique no ícone de Energia e, mantendo pressionada a tecla Shift, clique em Reiniciar e selecione Resolução de problemas > Opções avançadas > Configuração de Inicialização

2 - No menu de opções que será exibido, selecione 4 (ou F4 ou fn+F4, conforme as instruções na tela) para convocar o Modo de Segurança (se for precisar de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando, escolha a opção correspondente).

Observação: As opções Shell Alternativo e Rede equivalem aos nossos velhos conhecidos modo de segurança com prompt de comando e modo de segurança com rede; já a opção Reparo do Active Directory se aplica a computadores em rede com servidor central, mas isso é assunto para outra

Supondo que nem a tela de boas-vindas seja exibida, experimente acessar as opções de inicialização avançadas mantendo a tecla Shift pressionada enquanto liga ou reinicia o computador, e acesse o Modo de Segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar e selecionando a opção desejada.

Se nem isso funcionar, o jeito será forçar o desligamento do aparelho. Mantenha pressionada a tecla power (falo do botão físico) por cerca de 5 segundos. Depois que o computador desligar, aguarde um ou dois minutos e torne a ligá-lo. Em tese, o Windows tenta carregar no modo de segurança quando não é capaz de iniciar da maneira convencional; se nem isso ele conseguir fazer, a janela do ambiente de recuperação (WinRE) será exibida e, a partir dela, você poderá decidir o que fazer.

Se o resultado não for o desejado, desligue o computador e torne a ligá-lo, depois desligue e ligue de novo e repita essa operação uma terceira vez. Também em tese, na terceira tentativa você terá acesso às opções avançadas de inicialização e poderá decidir o que fazer a partir daí. 

Na pior das hipóteses, com a janela Selecione uma opção exibida na tela do monitor, escolha Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, selecione Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, defina Manter meus arquivos, selecione sua conta de usuário e digite a senha, se solicitado, clique em Reiniciar e torça para que dê certo.

Faltou explicar como fazer para a tecla F8 voltar a convocar o Modo de Segurança. É o que farei no próximo capítulo.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

SOBRE SISTEMAS E APLICATIVOS

TUDO PARECE IMPOSSÍVEL ATÉ QUE SEJA FEITO.

Hoje em dia, qualquer computador, seja ele de grande porte, de mesa, portátil ou ultraportátil, é controlado por um sistema operacional. Até porque, sem esse “software-mãe”, o aparelho é como um corpo sem vida. Mas nem sempre foi assim. 

Os mastodontes eletrônicos que povoaram a Terra na pré-história da cibernética não possuíam sistemas operacionais, e por um motivo muito simples: naquela época, não existiam sistemas operacionais. Consequentemente, operar aqueles jurássicos monstrengos era extremamente trabalhoso, pois exigia “abastecer” o hardware manualmente com as informações necessárias à realização de cada tarefa.

Observação:  Um sistema computacional é formado por dois subsistemas distintos, mas complementares e interdependentes: o hardware — que corresponde à parte física do conjunto (gabinete, teclado, monitor, placa-mãe, placas de expansão, memórias etc.) — e o software — a parte lógica do computador (sistema operacional, aplicativos, drivers de dispositivos, BIOS, etc.).

No que concerne à linguagem de programação, os vetustos computadores dos anos 1950/60 operavam com dois tipos de linguagem: a linguagem de máquina, a partir do qual toda a programação era feita, e a lógica digital, a partir da qual os programas eram efetivamente executados. Até que um belo dia alguém teve a ideia de criar um interpretador, que passou a executar os programas escritos em linguagem de máquina. Com isso, o hardware passou a executar apenas um pequeno conjunto de microinstruções armazenadas, o que não só permitiu reduzir significativamente a quantidade de circuitos eletrônicos, como também facilitou bastante o trabalho dos operadores/programadores.

Observação: Em linhas gerais, o interpretador é um programa que lê um código-fonte a partir de uma linguagem de programação interpretada e o converte num código executável.

No que concerne à tecnologia, pode-se dizer que os primeiros sistemas operacionais estão para os atuais como o Ford T para o Mustang Mach1. De início, cada computador tinha um sistema específico (que só rodava nele e que só ele era capaz de rodar), o que resultava numa pluralidade de arquiteturas que, por sua vez, exigia que os operadores se familiarizassem com as diversas variantes disponíveis no mercado. Mas isso são águas passadas.

Dentre outras funções essenciais ao funcionamento do computador, o sistema operacional gerencia o hardware, atua como elemento de ligação entre os componentes físicos e o software, provê a interface usuário/máquina, serve de base para a execução dos aplicativos, etc. No entanto, a despeito de sua relevância, ele é um programa como outro qualquer. Demais disso, por mais “eclético” que um sistema seja (como é o caso do Windows), ele não é capaz de suprir todas as necessidades do usuário nas tarefas do dia a dia, até porque não foi projetado para isso. O que nos leva aos aplicativos.

Aplicativos nada mais são que programas desenvolvidos com vistas à execução de tarefas específicas. No âmbito da informática, um programa é um conjunto de instruções em linguagem de máquina que descreve uma tarefa a ser realizada pelo computador. Instrução, no caso, é o nome que se dá a uma operação única executada por um processador — que pode ser qualquer representação de um elemento num programa executável, tal como um bytecode (formato de código intermediário entre o código fonte, o texto que o programador consegue manipular e o código de máquina que o computador consegue executar). Por conjunto de instruções, entende-se a representação do código de máquina  em mnemônicos

Se um computador sem sistema operacional é como um corpo sem vida, um sistema sem aplicativos é um ser vivo, mas sem alma. Ou quase isso, já que tanto Windows quanto o MacOS, as distribuições Linux, o Android, o iOS e outros que tais passaram a integrar, a cada nova versão, mais e mais recursos nativos que lhes permitem realizar uma vasta gama de tarefas que até então dependiam de programas de terceiros. Por outro lado, o que se espera atualmente de um computador vai muito além do que se esperava anos atrás, sobretudo depois que o acesso à Internet se popularizou entre os usuários domésticos de PCs, smartphones, tablets e que tais.

Continua na próxima postagem.

sexta-feira, 4 de março de 2022

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — PARTE IV

O AMOR É IDEAL, O CASAMENTO É REAL, E A MISTURA DO IDEAL COM O REAL JAMAIS FICA IMPUNE.

Para convocar o modo de segurança quando o Windows está carregado, pressionamos simultaneamente as teclas Win+R, digitamos msconfig na caixa do menu Executar e clicamos em OK. Com a janela do utilitário de configuração do sistema aberta, selecionamos a aba Inicialização e, no campo Opções de inicialização, assinalamos a caixa ao lado de Inicialização Segura e marcamos a alternativa desejada — sugiro escolher “Mínima”. Para temos acesso à Internet no modo de segurança, marcamos a opção Rede; se precisamos do interpretador de linha de comando, marcamos Shell alternativo. Ao final, clicamos em Aplicar, confirmamos em OK e reiniciamos o computador (vale lembrar que, independentemente da configuração escolhida, será preciso desfazer as alterações para o Windows voltar a carregar normalmente).

Observação: A aba Geral oferece as opções Inicialização de Diagnóstico e Inicialização Seletiva — clique aqui para mais detalhes. 

O problema é que não há como fazer isso quando sistema empaca durante o boot. Nas edições vetustas do Windows, acessava-se o modo de segurança ligando (ou reiniciando) o computador e pressionando a tecla F8 durante a contagem da memória, mas isso deixou de funcionar a partir do Win8 (sobretudo em máquinas com UEFI e SSD, nas quais o boot dura apenas dois décimos de segundo). 

No Windows 10, em sendo possível acessar as opções de desligamento da tela de logon, manter a tecla Shift pressionada e clicar em Reiniciar força a exibição das Opções de Inicialização Avançadas, e a partir delas podemos convocar o modo de segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização.

Supondo que o computador não conclua o boot ou empaque na tela de boas-vindas (situações nas quais não é possível acessar o utilitário de configuração do sistema para seguir os passos sugeridos anteriormente), o jeito é clicar no ícone de Energia e, mantendo pressionada a tecla Shift, clicar em Reiniciar e, em seguida, em Resolução de problemas > Opções avançadas > Configuração de Inicialização. No menu de opções que será exibido, selecionamos 4 (ou F4 ou fn+F4, conforme as instruções na tela) para convocar o Modo de Segurança.

Observação: Se precisamos de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando, devemos escolher a opção correspondente, lembrando que as opções Shell Alternativo e Rede equivalem aos nossos velhos conhecidos modo de segurança com prompt de comando e modo de segurança com rede, ao passo que a opção Reparo do Active Directory se aplica a computadores em rede com servidor central, mas isso já é outra conversa.

Se nem isso funcionar, devemos forçar o desligamento do aparelho mantendo pressionado o botão de power por mais de 5 segundos. Depois que o computador desligar, aguardamos um ou dois minutos e tornamos a ligá-lo. Em tese, o Windows tenta carregar no modo de segurança quando não consegue iniciar da maneira convencional; caso isso não ocorra, a janela do ambiente de recuperação (WinRE) será exibida. 

Se nem isso acontecer, desligamos e religamos o computador três vezes seguidas. Também em tese, a terceira tentativa nos dará acesso às opções avançadas de inicialização, a partir da qual decidimos qual caminho tomar. Na pior das hipóteses, com a janela Selecione uma opção exibida na tela do monitor, escolhemos Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, clicamos em Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, definimos Manter meus arquivos, selecionamos nossa conta de usuário e digitamos a senha, se solicitado, e então clicamos em Reiniciar e torcemos para que dê certo.

Observação: Se o modo de segurança não resolver o problema... bem, há outras possibilidades a explorar, mas talvez seja melhor reinstalar o Windows logo de uma vez: ainda no ambiente de recuperação do sistema, na sessão Solução de Problemas, selecionamos a opção Restaurar este PC, informamos se desejamos manter (ou não) os arquivos pessoais e seguimos as instruções do assistente (cruzando os dedos e torcendo para que tudo dê certo).

Continua...

segunda-feira, 7 de março de 2022

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — PARTE V

SER BOM O SUFICIENTE É MAIS DO QUE ACEITÁVEL, E PERCEBER ISSO NOS LIVRA DA PRESSÃO DA BUSCA INCESSANTE PELA PERFEIÇÃO. LEMBRE-SE: O ÓTIMO É INIMIGO DO BOM.

É possível reatribuir à tecla F8 a função que ela exercia nas versões do Windows anteriores ao Win8.1, qual seja de interromper o boot e convocar o Modo de Segurança. Para isso, abra o Prompt de Comando com privilégios de Administrador, digite “bcdedit /set {default} bootmenupolicy legacy” (sem aspas), pressione Enter, digite "exit" (sem aspas)" para sair do Prompt e reinicie o computador. 

Observação: Note que os boots subsequentes (falo dos normais) irão demorar um pouco mais, até porque a ideia é a retardar a inicialização de modo a possibilitar a ação da tecla F8. Caso queira desabilitar o acesso ao Modo de Segurança via tecla F8, torne a abrir o Prompt como administrador, escreva “bcdedit /set {default} bootmenupolicy standard” (sem aspas), tecle Enter, encerre o programa e reinicie o computador.

No Win XP, o command.com do velho MS-DOS, presente nas edições 3.x e 9x/ME, deu lugar ao cmd.exe. Na prática, o DOS foi reduzido a um interpretador de linha de comando (útil apenas em procedimentos de manutenção e outras tarefas específicas). Ao lançar o Win 8, a Microsoft substituiu o prompt tradicional pelo Power Shell, mas o modelo antigo pode ser acessado até hoje pelo menu Executar (basta digitar cmd.exe e teclar Enter).

Se você quiser restabelecer a condição de interpretador padrão do velho Prompt, clique em Iniciar > Configurações > Personalização > Barra de tarefas e desligue o botão ao lado de Substituir Prompt de Comando pelo Windows PowerShell no menu quando eu clicar com o botão direito do mouse no botão Iniciar ou pressionar Windows + X.

Observação: Note que nem todos os comandos que funcionavam no command.com das versões 3.x/9x/ME funcionam no cmd.exe das versões XP/Vista/7 ou no PowerShell do Win10. E vice-versa (esta postagem traz diversas informações sobre o MS-DOS e esta, sobre o Windows Power Shell).

Veremos no próximo capítulo como acessar o modo de segurança nos smartphones — que são microcomputadores ultraportáteis e, a exemplo de seus irmãos maiores, controlados por um sistema operacional sujeito instabilidades, panes e travamentos causados por apps malcomportados ou mal-intencionados (malwares). Como nem sempre é possível remover um aplicativo problemático com sistema carregado, não custa nada você saber como reiniciar o telefone no modo seguro.

sábado, 11 de novembro de 2006

Atualizações e correções do Windows e companhia

A Microsoft deve divulgar, na próxima terça-feira (14.11), seis boletins de segurança referentes a correções de falhas no Windows e no interpretador XML. O remendo do interpretador XML é considerado como o mais urgente, visto que os hackers já publicaram códigos mostrando como a falha pode ser explorada para rodar programas não autorizados em um computador.
Essas atualizações fazem parte do ciclo mensal de correções que a Microsoft libera todos mês, na segunda terça-feira. Em outubro, foram 10 boletins de segurança corrigindo 26 falhas do Windows e do pacote de aplicativos Office.
Vamos esperar para ver se o Internet 7 também vem de carona nesse pacote.
Abraços e um bom final de semana a todos.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

NAVEGADORES DE INTERNET — FAVORITOS, BOOKMARKS E OUTRAS CONSIDERAÇÕES

OS FILMES SÃO ILUSÕES EM MOVIMENTO, FORMADAS POR MILHARES DE FOTOGRAFIAS IMÓVEIS.

Depois que navegar na Web passou de novidade a necessidade, usar um navegador de internet tornou-se tão natural intuitivo quanto escovar os dentes. Mas nem sempre foi assim.

Os gigantescos e jurássicos mainframes (que custavam verdadeiras fortunas, ocupavam salas inteiras e tinham menos poder de processamento que uma calculadora de bolso xing-ling atual) surgiram nos anos 1940. Curiosamente, o presidente da gigante IBM, que se tornaria a maior fabricante de computador do mundo, disse, certa vez: “Eu acredito que haja mercado para talvez cinco computadores”.

Trinta anos depois, referindo-se aos ainda incipientes PCs (Personal Computers), o fundador da Digital Equipment Corp. vaticinou: “Não há nenhuma razão para alguém querer um computador em casa”.

O tempo provaria que ambos estava errados (saiba mais sobre a evolução do computador seguindo este link, clicando em Postagem mais recente ao final da leitura e assim sucessivamente, até chegar ao último capítulo).

Na pré-história da computação pessoal, os PCs não tinham drive de HD drive de HD (disco rígido). Os operadores tinham de carregar os programas a partir de fitas magnéticas, semelhantes às miniK7 que o mercado fonográfico popularizou nos anos 1970.

Até o final dos 1980, operar um micro (como os PCs eram chamados então) era bem mais complicado do que hoje em dia. O DOS  (“acrônimo de Disk Operating System ou sistema operacional em disco, numa tradução livre, como foram chamados diversos sistemas operacionais, bastante semelhantes entre si, que dominaram o mercado de PCs IBM e compatíveis entre 1980 e 1995) facilitou bastante essa tarefa, mas exigia alguma intimidade com linguagens de programação e a memorização de dúzias de comandos baseados em textos e parâmetros.

MS-DOS foi o nome que a Microsoft escolheu para batizar sua versão (baseada no QDOS), o sistema operacional propriamente dito nas edições 3.X, nas quais o que aparecia na tela quando o aparelho era ligado não era a área de trabalho, mas o prompt de comando.

Por prompt entenda-se o ponto de entrada para a digitação de comandos internos do computador e do próprio DOS, que era representado pela letra que designa a partição do sistema (geralmente C no caso do HD e A ou B no dos jurássicos disquetes) seguida de dois pontos (:), de uma barra invertida (\) e do sinal de “maior que” (>): C:/>. Outros elementos eram acrescentados conforme se navegava por diretórios, pastas e arquivos. Para convocar o Windows a partir do prompt do DOS (como dito linhas atrás, até o lançamento da versão 95 o Windows era uma simples interface gráfica), digitava-se win à direita do cursor piscante e pressionava-se a tecla Enter.

O MS-DOS foi o primeiro sistema operacional largamente adotado usado em PCs, a despeito de ser pobre em recursos — um de seus maiores defeitos era ser monotarefa — e pouco intuitivo. Os comandos eram sequências de letras, algarismos e caracteres especiais (<, %, $,>, \, $, etc.) que a gente tinha de digitar cuidadosamente, já que bastava um espaço, letra, algarismo ou caractere a mais ou a menos para o sistema nos exibir uma mensagem de erro — daí os “old school hackers” (programadores experientes) dizerem aos “newbies” (iniciantes) que “a máquina faz o que o operador manda, não o que operador quer”.

A janela do prompt daquela época era semelhante à da figura acima, que eu capturei a partir do interpretador de linha de comando do Windows 10 (que oferece duas opções: o prompt de comando e o Windows Power Shell). Repare na figura que, além da unidade seguida dos dois pontos, da barra invertida e do sinal de “maior que”, também é exibido o diretório (local) e a pasta em que os comandos serão executados (no caso, Users/FERNANDO). Mas basta digitar “C..” e pressionar Enter para subir um nível (para a pasta Users) e repetir o procedimento para retornar ao tradicional C:\>.

A partir da edição 95, o Windows deixou de ser uma simples interface gráfica e passou a ser o sistema o sistema operacional propriamente dito, ou quase isso, porque o MS-DOS continuou atuando nos bastidores até 2001, quando a Microsoft lançou o Windows XP, que, por ser baseado no kernel (núcleo) do Windows NT, finalmente cortou o cordão umbilical com o velho sistema. Mesmo assim, as edições subsequentes do Windows continuam integrando um interpretador de linha de comando.

Continua...

sexta-feira, 24 de julho de 2020

ATUALIZAÇÕES DO WINDOWS 10, UMA PITADA DE HISTÓRIA E OUTRA DE CULTURA INÚTIL — 3ª PARTE

A MILITÂNCIA BOLSONARISTA É COMO A TORCIDA CUJO TIME GANHA COM UM PÊNALTI INEXISTENTE, MAS CONTINUA DEFENDENDO SUAS CORES.

No alvorecer da computação pessoal as máquinas não tinham disco rígido nem sistema operacional. Tampouco havia interface gráfica ou mouse. Operar os PCs de então exigia conhecimentos de programação, expertise e boa memória para decorar centenas de comandos de prompt e digitá-los corretamente, pois qualquer letra, cifra, espaço ou caractere a mais ou faltando resultava em mensagens de erro.

A GUI — sigla de Graphical User Interface, ou interface gráfica do usuário —, desenvolvida pela Xerox nos longínquos anos 1970 e popularizada pela Apple na década seguinte, pôs ordem no caos ao permitir a interação com a máquina através de um dispositivo apontador (mouse), combinado com elementos gráficos e outros indicadores visuais (janelas, menus, ícones, caixas de seleção etc.). 

Windows, que nasceu em 1985 como uma interface gráfica que rodava no MS-DOS, só se popularizou a partir da edição 3.0, lançada em 1990, que podia ser usada por qualquer pessoa, mesmo que não tivesse conhecimentos de programação.

ObservaçãoA interface gráfica se baseia numa combinação de tecnologias e dispositivos para fornecer a plataforma a partir da qual o usuário interage com o sistema. Nos PCs, a combinação mais conhecida é o WIMP, baseada em janelas, ícones, menus e ponteiros, onde o mouse é utilizado para movimentar o cursor pela tela e efetuar os comandos através de seleções e “cliques”.

Como nos ensinou o oncologista Nelson Teich na coletiva que concedeu à imprensa por ocasião de sua demissão do ministério da Saúde, “a vida é feita de escolhas”. E a Xerox, pioneira no desenvolvimento de interfaces gráficas, não explorou devidamente a inovação que desenvolveu porque não escolheu não fabricar computadores de pequeno porte. Assim, a companhia cujo nome se tornou sinônimo de cópia reprográfica no Brasil vale, hoje, uma fração do que valia nas décadas de 80/90, embora tenha desenvolvido e fabricado computadores e impressoras a laser, criado a Ethernet, o peer-to-peer, o desktop, o mouse e por aí afora.

Steve Jobs
, pioneiro no uso da interface gráfica em seus microcomputadores, só desenvolveu sua versão depois de "fazer uma visita" à Xerox, no Vale do Silício. E ele não foi o único a “copiar” uma tecnologia da empresa com o intuito de lucrar, mas isso é outra história e fica para uma outra vez. Aliás, quando Microsoft lançou o Windows, a Apple já estava anos-luz à sua frente.

Observação: Jobs não conheceu Teich e, portanto, não aprendeu a lição que o ministro ministrou em seu discurso de adeus. Por apostar na arquitetura fechada e no software proprietário, a Apple, a despeito da excelência de seus produtos (e dos preços estratosféricos, sobretudo no Brasil), sempre vendeu menos computadores do que a concorrência. Seu sistema macOS alcança 17,7% dos computadores pessoais (no âmbito mundial), enquanto a quota-parte que toca ao Windows é de 77,6%. Aliás, o mesmo quadro se delineia com os ultraportáteis: enquanto sistema móvel Android (do Google) alcança 74,14% dos usuários de smartphones, o iOS mal passa dos 25%.

Como vimos anteriormente, até a versão 95 do WindowsMS-DOS era o sistema operacional propriamente dito, e uma de seus maiores inconvenientes era ser monotarefa. Ainda que a interface se valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação do sistema, era impossível, por exemplo, mandar um documento de texto para a impressora e usar a calculadora enquanto a impressão não terminasse. 

Mas não há bem que sempre dure nem mal que nunca termine, e o DOS foi perdendo o protagonismo com o passar do tempo. Depois de seis versões e outras tantas atualizações, o sistema deixou de ser oferecido na modalidade stand alone, embora continuasse atuando nos bastidores do Windows 9.x/ME, até que, com o lançamento do Windows XP, baseado na plataforma e no kernel do Win NT, esse cordão umbilical fosse finalmente cortado.

Embora seja bem mais fácil, rápido e cômodo operar o computador através da interface gráfica, usando o mouse para selecionar e clicar ícones, botões, menus e caixas de diálogo, as versões mais recentes do Windows, a atual inclusive, ainda contam com um interpretador de linha de comando, até porque determinadas tarefas requerem acesso diferenciado aos recursos do computador (como é o caso de diagnósticos de rede, manutenções avançadas do sistema e por aí vai) e não podem ser executadas através da interface gráfica. Aliás, a partir do Windows 8/8.1 a Microsoft passou a oferecer dois interpretadores de linha de comando: o prompt de comando tradicional e o Windows Power Shell.

Para acessar o DOS nas edições 9.x do Windows, bastava pressionar o botão Desligar e selecionar a opção Reiniciar o computador em modo MS-DOS (ou equivalente). A partir da edição XP, o que passou a ser exibido em vez do DOS propriamente dito foi um prompt de comando capaz de emular as funcionalidades do velho sistema. Um dos caminhos para acessá-lo é clicar em Iniciar > Todos os Programas > Acessórios > Prompt de Comando ou simplesmente teclar WIN+R e digitar cmd na caixa de diálogo do menu Executar

Note que nem todos os comandos usados com o jurássico command.com (interpretador padrão do Windows 3.x/9x ME) funcionam com o cmd.exe (seu equivalente no XP/Vista/7) ou com o "novo" PowerShell (substituto do prompt tradicional no Windows 8.1 e 10). E recíproca é verdadeira.

Continua...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

WINDOWS 10 — MAIS DICAS QUE VALE A PENA CONHECER

A PROBABILIDADE DE O PÃO CAIR COM O LAD0 DA MANTEIGA PARA BAIXO É PROPORCIONAL AO VALOR DO CARPETE. E NÃO ADIANTA AMARRAR O PÃO NAS COSTAS DO GATO E JOGAR O BICHANO NO CARPETE, POIS ELE PROVAVELMENTE COMERÁ O PÃO ANTES DE CAIR EM PÉ.

Seguem mais algumas dicas que eu reputo interessantes, a começar pelas conversões de moedas, pesos, temperaturas e até distâncias que a calculadora do Windows é capaz de fazer. Sem mencionar que permite também comparar quantas semanas e dias existem entre datas, além de uma porção de outras coisas. 

Para ter acesso à lista de opções disponíveis, abra a calculadora e clique no menu que fica no canto superior esquerdo da janelinha. A parte de conversão de moedas conta com uma ferramenta embutida que atualiza as taxas automaticamente. E se você quiser explorar fusos horários, acesse o aplicativo Alarmes e Relógios, selecione Relógio Mundial e adicione, a partir do mapa-múndi, as cidades de seu interesse. 

Se você trabalha com dois monitores, pressionar a tecla com o logo do Windows combinada com as setas (esquerda, direita, acima ou abaixo) indica o lado para o qual você quer direcionar a janela ativa. Para mandá-la para outro monitor, basta arrastá-la ou usar os atalhos Win+Shift+Seta (como dito, o sentido da seta define o movimento que você deseja realizar). Caso as funções não funcionem no seu computador, certifique-se de que o Windows “sabe” que há outro monitor conectado (clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Vídeo e, na seção Vários monitores, escolha a opção "Estender estes vídeos").

A assistente virtual Cortana é pouco usada, mas basta fuçar os recursos que ela oferece para se tornar fã de carteirinha. Quando a gente a convoca (ela fica ao lado do botão do menu Iniciar e também responde a comandos de voz), os resultados das pesquisas são apresentados num espaço dedicado, com informações bem claras e de fácil acesso.

Falando em Iniciar, é possível fazer diversos ajustes nesse menu, como criar pastas e seções para aplicações específicas, redimensionar as live tiles (blocos dinâmicos) e o próprio menu. Para mudar o tamanho de um bloco, clique nele com o botão direito e selecione as dimensões desejadas, lembrando que as opções de tamanho variam de acordo com os blocos. Se quiser mudar a posição dos blocos, clique neles e arraste-os até local de destino. Clique em Iniciar > Configurações > Personalização > Iniciar e explore outras possibilidades.

Nas edições vetustas do Windows, o prompt de comando, então chamado de prompt do DOS, era fundamental na operação do PC, já que o DOS era o sistema operacional propriamente dito. Até o Win95, o software que se tornaria o sistema operacional mais popular do planeta não passava de uma simples gráfica que a gente convocava digitando Win+Enter à direita do cursor piscante da linha de comando. Para evitar repetições desnecessárias, esta postagem traz diversas informações sobre o MS-DOS, e esta, sobre o Windows Power Shell, que passou a ser o interpretador de linha de comando padrão nas edições mais recentes do sistema.

Observação: Uma atualização de versão do Win10 acrescentou ao velho prompt suporte aos comandos Ctrl+C/Ctrl+V (copiar/colar). Para ativar esse recurso, basta digitar cmd na caixa de diálogo do menu Executar, pressionar Enter, dar um clique direito na barra de título da janela do prompt, clicar em “Propriedades” e marcar todos os itens da seção “Opções de Edição”.

Continua...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS... — PARTE V

NA CIÊNCIA, CADA CERTEZA TRAZ OUTRA DÚVIDA; NA FÉ, CADA DÚVIDA VIRA UMA CERTEZA.

Se Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, certamente não incluiu “perfeição” na receita, visto que todo vivente não só tem “prazo de validade” como está sujeito a adoecer, se acidentar, enfim... E se pessoas são seres falíveis, suas criações não são perfeitas. 

Carros enguiçam, eletrodomésticos pifam, móveis se deterioram... Assim, um belo dia você liga seu PC e ele se recusa a funcionar.

PC é a sigla de “personal computer” (computador pessoal, numa tradução literal). Nos anos 1980, quando essas geringonças começaram a popularizar, os usuários chamavam-nas carinhosamente de “micro” (abreviação de “microcomputador”). 

Micro vem do grego μικρός, que significa pequeno. Também é o prefixo do Sistema Internacional de Unidades que denota um fator de 10−6 (um milionésimo).

O nome não deixa de fazer sentido, considerando que o ENIAC, construído por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia em meados do século passado (ao custo de US$ 500 mil, valor que, atualizado, corresponde a US$ 6,7 milhões), era um monstrengo de 30 toneladas que ocupava uma área de 180 m² e integrava 70 mil resistores e 18 mil válvulas de vácuo, que queimavam à razão de uma a cada 2 minutos. Da primeira vez que foi ligado, esse portento causou um blackout de proporções épicas.

Embora não fosse capaz de realizar mais de 5 mil somas, 357 multiplicações ou 38 divisões simultâneas por segundo — uma performance incrível para a época, mas que qualquer videogame dos anos 1990 já superava “com um pé nas costas” — e de sua memória interna ser suficiente apenas para manipular dados envolvidos na tarefa em execução — qualquer modificação exigia que os programadores corressem de um lado para outro da sala, desligando e religando centenas de fios —, em 10 anos de operação o ENIAC realizou mais contas do que os seres humanos fizeram desde o início dos tempos. 

Observação: Quando o ENIAC foi finalmente aposentado, já existiam mainframes dez vezes menores, mas com o dobro do seu poder de processamento e preço muito inferior.

O Altair 8800, lançado em meados dos anos 1970 e comercializado na forma de kit (ou seja, a montagem ficava a cargo do consumidor), é considerado o precursor do PC dos nossos dias. Inicialmente, era mais uma curiosidade do que algo realmente útil, mas isso mudou quando Bill Gates e Paul Allen criaram um interpretador BASIC pare ele. O programa, batizado de Microsoft-BASIC, não era exatamente um sistema operacional como os que eram usados nos mainframes de então, mas se tornou o precursor dos sistemas operacionais para computadores pessoais.

Muita gente considera o ábaco como o antepassado mais remoto dos computadores, quando na verdade ele foi o precursor das máquinas de calcular. Por outro lado, “computar” é sinônimo de “fazer cálculos”, daí o computador ser uma máquina de calcular. Mas uma máquina de calcular capaz de realizar uma quantidade absurda de operações por segundo.

Continua. 

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

SOBRE O PROMPT DE COMANDO E O WINDOWS POWERSHELL ― PARTE 4

O CÃO NÃO LADRA POR VALENTIA, MAS POR MEDO.

A maioria dos usuários de computador raramente precisa do Prompt de comando ou do Windows PowerShell, até porque é bem mais fácil interagir com o sistema pela interface gráfica. No entanto, algumas tarefas podem ser executadas mais rapidamente através de comandos, razão pela qual eu resolvi dedicar mais algumas linhas a esse tema. Antes, porém, vale fazer uma breve retrospectiva.

Operar um PC no alvorecer da computação pessoal exigia decorar centenas de intrincados comandos de prompt ― e digitá-los corretamente, pois qualquer letra, cifra, espaço ou caractere a mais ou faltando resultava em mensagens de erro. A GUI ― sigla de Graphical User Interface, ou interface gráfica do usuário ―, desenvolvida pela Xerox nos longínquos anos 1970 e popularizada pela Apple na década seguinte, pôs ordem no caos ao permitir a interação com a máquina através de um dispositivo apontador (mouse) combinado com elementos gráficos e outros indicadores visuais (janelas, menus, ícones, caixas de seleção, etc.). O Windows, que era inicialmente uma interface gráfica para o MS-DOS, popularizou-se a partir da edição 3.0, que já podia ser usada por qualquer pessoa, mesmo sem conhecimentos de programação.

Observação: A interface gráfica se baseia numa combinação de tecnologias e dispositivos para fornecer a plataforma a partir da qual o usuário interage com o sistema. Nos PCs, a combinação mais conhecida é o WIMP, baseada em janelas, ícones, menus e ponteiros, onde o mouse é utilizado para movimentar o cursor pela tela e efetuar os comandos através de seleções e “cliques”.

Mesmo depois que o Windows se tornou um sistema um sistema operacional autônomo, em 1995, o prompt foi preservado, mas, a partir do XP, o command.com do velho DOS foi substituído pelo cmd.exe.

O prompt ― ponto de entrada para a digitação dos comandos ― costuma ser representado pela letra que designa uma unidade, ou partição, seguida de dois pontos (:), de uma barra invertida (\) e do sinal de “maior que” (>), embora outros elementos sejam adicionados conforme o usuário navega pelos diretórios, pastas e arquivos. Volto a dizer que os comandos precisam ser inseridos com muito cuidado, pois basta um espaço a mais ou a menos, ou um caractere faltando ou sobrando, para que o sistema exiba uma mensagem de erro.

Tenha em mente que nem todos os comandos usados com o command.com (interpretador padrão do Windows 3.x/9x e ME) funcionam com o cmd.exe (seu equivalente no XP/Vista/7) ou com PowerShell (substituto do prompt tradicional no Windows 8.1 e 10), e a recíproca é igualmente verdadeira. 

Por hoje é só. Volto oportunamente com algumas dicas de comandos “úteis” no nosso dia a dia. 

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terça-feira, 21 de maio de 2019

COMPUTADOR, SMARTPHONE, WINDOWS E UM POUCO DE HISTÓRIA


MOSTRE-ME SEU MURO DE QUATRO METROS E EU LHE MOSTRAREI MINHA ESCADA DE CINCO.

O mundo evoluiu um bocado desde a pré-história, mas, do ponto de vista da tecnologia, os últimos 200 anos foram determinantes. Basta lembrar que os primeiros computadores surgiram somente em meados do século passado, e a computação pessoal, que começou a se popularizar nos anos 1990, foi de vento em popa depois que o visionário Steve Jobs, ao lançar o iPhone, estimulou o desenvolvimento de "computadores de mão" com cada vez mais recursos e funções, que em poucos anos se tornaram, senão um substituto, um complemento dos desktops e notebooks.

Detalhar essa evolução foge às possibilidades desta postagem, sem mencionar que a extensão do texto tornaria a leitura cansativa para os gatos pingados que acessam este humilde Blog. Portanto, vou trocar tudo em miúdos, começando por lembrar que o ábaco, criado no Egito dos faraós, é considerado o pai do computador, e o UNIX, desenvolvido em meados do século passado, o pai de todos os sistemas operacionais.

Muita areia escoou pela ampulheta do tempo desde o surgimento da jurássica moldura com bastões paralelos com contas deslizantes (cuja criação muitos atribuem aos chineses). A primeira calculadora mecânica de que se tem notícia foi idealizada pelo matemático Blaise Pascal, no século XVII, e aprimorada mais adiante, pelo alemão Gottfried Leibniz, com a capacidade de multiplicar e dividir, e tempos depois o Tear de Jacquard serviria de base para Charles Babbage projetar um dispositivo mecânico capaz de computar e imprimir tabelas científicas, que seria o precursor do tabulador estatístico de Herman Hollerith (cuja empresa se tornaria a gigante IBM).

Em meados do século passado, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia construíram o primeiro computador digital eletrônico uma monstruosidade de 18 mil válvulas e 30 toneladas que produziu um enorme blecaute ao ser ligado pela primeira vez. Batizado de ENIAC, o portento era capaz de realizar 5 mil somas, 357 multiplicações ou 38 divisões simultâneas por segundo — uma performance incrível para a época, mas que qualquer videogame dos anos 90 superaria com facilidade. Suas válvulas queimavam a razão de uma cada dois minutos, e sua memória interna era suficiente apenas para manipular os dados envolvidos na tarefa em execução; qualquer modificação exigia que os operadores, que também eram programadores, corressem de um lado para outro da sala, desligando e religando centenas de chaves e cabos.

Acomodar os imensos mainframes dos anos 1950/60 exigia o espaço de salas ou andares inteiros. Como os sistemas operacionais ainda não existiam, os operadores controlavam esses monstrengos por meio de chaves, fios e luzes de aviso. Mais adiante, os batch systems (sistemas em lote) já permitiam que cada programa fosse escrito em cartões perfurados e carregado, juntamente com o respectivo compilador, mas não havia padronização de arquitetura e cada máquina usava um sistema operacional específico. Pelo menos até o Unix mudar esse quadro, como veremos ao longo desta sequência.

O primeiro sistema operacional realmente funcional foi criado pela General Motors para controlar o IBM 704. Com o tempo, diversas empresas desenvolveram sistemas para seus mainframes, e algumas se especializaram em produzi-los para terceiros. O mais famoso foi EXEC, escrito para operar o UNIVAC — computador que fez muito sucesso entre os anos 50 e 60, principalmente por ser pequeno e barato (para os padrões da época, já que o troço era do tamanho de um guarda-roupas), o que propiciou sua adoção por universidades e pequenas empresas.

Observação: As funções do sistema operacional são, basicamente, servir de “ponte” entre o hardware e o software, gerenciar os programas, definir os recursos destinados a cada processo e criar uma interface amigável com o usuário. É ele quem “reconhece” os componentes de hardware, quem gerencia os processos, os arquivos, a memória, os periféricos, quem decide quais programas em execução devem receber a atenção do processador, etc., e está presente não só nos PCs e assemelhados, mas em praticamente tudo que tenha um microchip e rode aplicativos, de automóveis a televisores, de consoles de videogames a relógios digitais. Graças à internet das coisas (IoT), o Linux marca presença em lâmpadas, geladeiras, smartphones e até rifles do exército norte-americano.

O primeiro microcomputador foi o Altair 8800, lançado em meados dos anos 1970 e comercializado na forma de kit (ou seja, a montagem ficava a cargo do consumidor). Era mais uma curiosidade do que algo realmente útil, ao menos até que Bill Gates e Paul Allen criarem para ele um “interpretador” escrito na linguagem BASIC e batizado de Microsoft-BASIC, que não era um SO como os usados nos mainframes de então, mas foi o precursor dos sistemas operacionais para microcomputadores. O MIT, a General Eletric e a AT&T criaram uma força tarefa para desenvolver o MULTICS, mas abandonou o projeto após uma década de trabalho. Em 1969, Ken Thompson, ex-integrante da equipe, criou o UNICS — uma versão menos ambiciosa escrita em Assembly, que foi posteriormente reescrita em C pelo próprio Thompson e por Dennis Ritchie (criador da linguagem C) e rebatizada como UNIX. Seu kernel (núcleo) logo passou a servir de base para outros sistemas operacionais, dentre os quais o BSD, o POSIX, o MINIX, o FreeBSD e o Solaris, para ficar nos mais conhecidos.

O sucesso do Altair levou a Apple a investir no segmento de computadores pessoais. O Apple II, lançado em 1977, já contava com um Disk Operating System (ou DOS — acrônimo que integra o nome de diversos sistemas operacionais, como o Free DOS, o PTS-DOS, o DR-DOS etc.). Como a máquina vinha montada, trazia um teclado integrado e tinha a capacidade de reproduzir gráficos coloridos e sons, muitos a consideram o “primeiro computador pessoal moderno”.

Observação: Steve Jobs foi pioneiro na adoção da interface gráfica, com sistema de janelas, caixas de seleção, fontes e suporte ao uso do mouse — tecnologia de que a XEROX já dispunha havia algum tempo, mas nunca explorou devidamente porque só tinha interesse em computadores de grande porte. Aliás, quando Microsoft lançou o Windows, que inicialmente era uma interface gráfica que rodava no MS-DOS, a Apple já estava anos-luz à sua frente, a despeito de a arquitetura fechada, o software proprietário e o alto custo de produtos da marca da Maçã limitarem sua participação no mercado a um segmento de nicho.

De olho no sucesso da Apple, a IBM, então líder no âmbito dos mainframes, resolveu lançar o IBM-PC, com arquitetura aberta e sistema operacional desenvolvido pela Microsoft (que se tornariam padrão de mercado). Ressalte-se que, naquela época, a hoje Gigante do Software jamais havia escrito um sistema operacional, mas Bill Gates adquiriu de Tim Paterson (por US$ 50 mil) o QDOS, adaptou-o ao hardware da IBM e rebatizou-o como MS-DOS — e assim começou sua escalada ao topo do ranking dos homens mais ricos do planeta (hoje ele está em segundo lugar, com um patrimônio pessoal estimado pela Forbes em quase 100 bilhões de dólares).

O resto fica para a próxima postagem.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 VIA TECLA F8 (FINAL)

É PRECISO ESCOLHER UM CAMINHO QUE NÃO TENHA FIM, MAS, AINDA ASSIM, CAMINHAR SEMPRE NA EXPECTATIVA DE ENCONTRÁ-LO.

Passando agora à dica que me fez publicar esta sequência — resgatar a função que a tecla F8 cumpria, nas versões do Windows anteriores ao Eight, quando era pressionada durante o boot —, o caminho é o seguinte:

1 — Acesse o Prompt de comando com privilégios de administrador (na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas, digite cmd e, entre as opções que serão exibidas do lado direito da janelinha, clique em Executar como administrador).

Observação: O interpretador de linha de comando padrão do Win10 é o PowerShell, que tomou o lugar do Prompt tradicional no menu que é exibido quando damos um clique direito no botão Iniciar (detalhes nesta postagem). Nem todos os comandos que funcionavam no jurássico command.com, que era o utilitário padrão nas versões 3.x/9x/ME do Windows, funcionam no cmd.exe (que o substituiu nas versões XP/Vista/7) ou no PowerShell. E vice-versa.

2 — Na tela do Prompt de comando, digite “bcdedit /set {default} bootmenupolicy legacy” (desconsidere as aspas) e pressione Enter

Uma mensagem dando conta de que a operação foi concluída com sucesso será exibida em seguida. Se em vez disso surgir uma mensagem de comando inválido — algo como The set command specified is not valid. Run "bcdedit /?" for command line assistance. —, feche a janela e refaça os passos desde o início.

Pode ser preciso reiniciar o computador para validar a configuração, e talvez os boots subsequentes (falo dos normais) demorem alguns segundos a mais do que demoravam antes de você fazer a alteração. Isso se explica pelo fato de a reconfiguração se destinar a retardar a inicialização, de modo a permitir que o processo seja interrompido pela tecla F8

Se, por algum motivo, você quiser retornar ao status quo ante, bastará repetir os mesmo passos e, na tela do Prompt de comando, digitar “bcdedit /set {default} bootmenupolicy standard” (sem aspas), pressionar Enter e reiniciar o computador. 

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.