UM BATE-PAPO INFORMAL SOBRE INFORMÁTICA, POLÍTICA E OUTROS ASSUNTOS.
sexta-feira, 26 de julho de 2019
SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE VI
segunda-feira, 27 de julho de 2020
ATUALIZAÇÕES DO WINDOWS 10, UMA PITADA DE HISTÓRIA E OUTRA DE CULTURA INÚTIL — CAPÍTULO QUATRO
NA POLÍTICA, O QUE ERA HORROROSO VEM FICANDO APAVORANTE.
Antes de prosseguir do ponto onde interrompemos nossa conversa no capítulo anterior, faço uma rápida contextualização: depois que romperam a parceria (detalhes no post do dia 23), a IBM e a Microsoft continuaram buscando maneiras de contornar as limitações do DOS. A Gigante dos Computadores apostou na arquitetura fechada e no sistema proprietário PS/2, mas os demais fabricantes de PC seguiram o exemplo da Compaq e optaram pela arquitetura aberta, o que foi sopa no mel para a Microsoft, dona dos direitos de licenciamento do MS-DOS.
O sucesso do Win 3.1 abriu caminho para a “empresa de garagem” de Gates e Allen se tornar a Gigante do Software, o que se confirmou com o lançamento do Win
95, que foi considerado “o pulo do gato” da Microsoft. Isso porque foi nessa versão que o que até então era uma interface gráfica passou a ser um sistema operacional quase autônomo. Quase, pois, como vimos, o cordão umbilical com o DOS
só seria cortado no Win XP, baseado
no kernel do Windows NT (que seria
lançado no final de 2001, depois do estrondoso fiasco do Windows Millennium Edition). Na sequência, o Win 98 desancou de vez o OS/2 WARP da IBM, e assim a Microsoft foi construindo, milhão a milhão, o patrimônio multibilionário
de seus fundadores.
O MS-DOS teve seis versões recebeu outras tantas atualizações até finalmente deixar de ser comercializado na modalidade “stand alone”, mas o Windows continuou a integrar um interpretador de linha de comando nativo. O command.com, presente nas versões 3.x e 9x/ME, foi substituído pelo cmd.exe (padrão do Windows NT) na versão XP e posteriores, e a partir do Win 8.1 o PowerShell se tornou o interpretador padrão do sistema, embora a Microsoft não tenha suprimido o velho prompt — numa analogia primária, mas adequada aos propósitos desta abordagem, pode-se dizer que o PowerShell está para o Prompt de Comando assim como o MS-Word para o Bloco de Notas.
Recorrer a comandos
de prompt, atualmente, só mesmo em situações excepcionais, como em tarefas
de manutenção que não podem ser executadas com o Windows carregado, já que, graças à interface gráfica (sobre a qual
já dedicamos alguns parágrafos ao longo desta sequência), quase ninguém hoje em
dia sabe que existe ou para que serve um interpretador
de linha de comando.
A GUI (sigla
de Interface Gráfica do Usuário) foi
idealizada muito antes da tecnologia que lhe agregaria utilidade prática. Inspirado
pelo trabalho de um visionário chamado Vannevar
Bush, o engenheiro Douglas Engelbart
vislumbrou a possibilidade de usar computadores com informações dispostas em
uma tela — na qual o usuário poderia se organizar de maneira gráfica e “pular”
de uma informação para outra — para “ampliar” o intelecto humano.
Observação: Note
que isso se deu no início dos anos 1960, quando até mesmo interfaces em modo
texto, com comandos sendo executados em tempo real, eram consideradas “coisas de
outro mundo”, pois os mainframes da época eram operados com cartões perfurados —
como os da loteria
esportiva dos anos 1970 (dos quais a maioria dos leitores não deve
estar lembrada, e isso se os conheceu —, que demoravam horas para entregar o
resultado do processamento.
Continua no próximo capítulo.
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 VIA TECLA F8 (TERCEIRA PARTE)
SE PUDERES OLHAR, VÊ. SE PUDERES VER, REPARA.Continuando de onde paramos no capítulo anterior:
Para acessar o menu Executar, dê
um clique direito no botão Iniciar e
selecione a opção respectiva na lista. Se preferir, pressione tecla com o logo do Windows juntamente com a da letra R (atalho Win+R).
Com a janela do utilitário aberta na tela, selecione a aba Inicialização. No campo Opções de inicialização, marque a caixa ao lado de Inicialização Segura e assinale a alternativa desejada.
Observação: Sugiro escolher a opção “Mínima”, a menos que você vá precisar de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando (nesses casos, as opções que você deve marcar são, respectivamente, Rede e Shell alternativo).
Feito isso, clique em Aplicar,
confirme em OK e reinicie o computador.
Não custa lembrar que a aba Geral disponibiliza as opções Inicialização de Diagnóstico e Inicialização Seletiva (clique aqui para mais detalhes). Note que, independentemente da configuração escolhida, você terá de desfazer
as modificações para que o computador volte a iniciar no modo normal.
Vejamos agora como fazer para acessar o Modo de Segurança se, ao ser ligado, o computador não concluir o boot ou empacar na tela de boas-vindas do Windows (situações em que não haverá como acessar o utilitário de configuração do sistema para seguir os passos sugeridos anteriormente).
1 - Na tela de boas-vindas do Windows, clique no ícone de Energia e, mantendo pressionada a tecla Shift, clique em Reiniciar e selecione Resolução de problemas > Opções avançadas > Configuração de Inicialização.
2 - No menu de opções que será exibido, selecione 4 (ou F4 ou fn+F4, conforme as instruções na tela) para convocar o Modo de Segurança (se for precisar de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando, escolha a opção correspondente).
Observação: As opções Shell Alternativo e Rede equivalem aos nossos velhos conhecidos modo de segurança com prompt de comando e modo de segurança com rede; já a opção Reparo do Active Directory se aplica a computadores em rede com servidor central, mas isso é assunto para outra
Supondo que nem a tela de boas-vindas seja exibida, experimente acessar as opções de inicialização avançadas mantendo
a tecla Shift pressionada enquanto liga
ou reinicia o computador, e acesse o Modo
de Segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações
Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar e
selecionando a opção desejada.
Se nem isso funcionar, o jeito será forçar o desligamento do
aparelho. Mantenha pressionada a tecla power
(falo do botão físico) por cerca de 5 segundos. Depois que o computador desligar, aguarde um ou dois minutos e torne a ligá-lo. Em tese, o Windows tenta carregar no modo de
segurança quando não é capaz de iniciar da maneira convencional; se nem isso ele conseguir fazer, a janela do ambiente
de recuperação (WinRE) será exibida e, a partir dela, você poderá decidir o que fazer.
Se o resultado não for o desejado, desligue o computador e torne a ligá-lo, depois desligue e ligue de novo e repita essa operação uma terceira vez. Também em tese, na terceira tentativa você terá acesso às opções avançadas de inicialização e poderá decidir o que fazer a partir daí.
Na pior das hipóteses, com a janela Selecione uma opção exibida na tela do monitor, escolha Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, selecione Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, defina Manter meus arquivos, selecione sua conta de usuário e digite a senha, se solicitado, clique em Reiniciar e torça para que dê certo.
Faltou explicar como fazer para a tecla F8 voltar a convocar o Modo de Segurança. É o que farei no próximo capítulo.
quarta-feira, 26 de maio de 2021
SOBRE SISTEMAS E APLICATIVOS
TUDO PARECE IMPOSSÍVEL ATÉ QUE SEJA FEITO.
Hoje em dia, qualquer computador, seja ele de grande porte, de mesa, portátil ou ultraportátil, é controlado por um sistema operacional. Até porque, sem esse “software-mãe”, o aparelho é como um corpo sem vida. Mas nem sempre foi assim.
Os mastodontes eletrônicos que povoaram a Terra na pré-história da cibernética não possuíam sistemas operacionais, e por um motivo muito simples: naquela época, não existiam sistemas operacionais. Consequentemente, operar aqueles jurássicos monstrengos era extremamente trabalhoso, pois exigia “abastecer” o hardware manualmente com as informações necessárias à realização de cada tarefa.
Observação: Um sistema computacional é formado
por dois subsistemas distintos, mas complementares e interdependentes:
o hardware — que corresponde à parte física do conjunto (gabinete,
teclado, monitor, placa-mãe, placas de expansão, memórias etc.) — e o software
— a parte lógica do computador (sistema operacional, aplicativos, drivers de
dispositivos, BIOS, etc.).
No que concerne à linguagem de programação, os vetustos
computadores dos anos 1950/60 operavam com dois tipos de linguagem: a linguagem
de máquina, a partir do qual toda a programação era feita, e a lógica
digital, a partir da qual os programas eram efetivamente executados. Até
que um belo dia alguém teve a ideia de criar um interpretador, que
passou a executar os programas escritos em linguagem de máquina. Com isso, o hardware passou a executar apenas um pequeno conjunto de microinstruções armazenadas, o que não só permitiu reduzir significativamente a quantidade de circuitos
eletrônicos, como também facilitou bastante o trabalho dos operadores/programadores.
Observação: Em linhas gerais, o interpretador é um programa que lê um código-fonte a partir de uma linguagem de programação interpretada e
o converte num código executável.
No que concerne à tecnologia, pode-se dizer que os
primeiros sistemas operacionais estão para os atuais como o Ford
T para o Mustang
Mach1. De início, cada computador tinha um sistema específico (que
só rodava nele e que só ele era capaz de rodar), o que resultava numa
pluralidade de arquiteturas que, por sua vez, exigia que os operadores se
familiarizassem com as diversas variantes disponíveis no mercado. Mas isso são
águas passadas.
Dentre outras funções essenciais ao funcionamento do computador, o sistema operacional gerencia o hardware, atua como elemento
de ligação entre os componentes físicos e o software, provê a interface usuário/máquina,
serve de base para a execução dos aplicativos, etc. No entanto, a
despeito de sua relevância, ele é um programa como outro qualquer. Demais
disso, por mais “eclético” que um sistema seja (como é o caso do Windows), ele não é capaz de suprir todas as necessidades do usuário nas
tarefas do dia a dia, até porque não foi projetado para isso. O que nos
leva aos aplicativos.
Aplicativos nada mais são que programas
desenvolvidos com vistas à execução de tarefas específicas. No âmbito da
informática, um programa é um conjunto de instruções em linguagem de máquina que descreve uma tarefa a ser realizada pelo
computador. Instrução, no caso, é o nome que se dá a
uma operação única executada por um processador — que pode ser
qualquer representação de um elemento num programa executável, tal como
um bytecode (formato de código intermediário entre o código
fonte, o texto que o programador consegue manipular e o código de máquina que o
computador consegue executar). Por conjunto de instruções, entende-se
a representação do código de máquina em mnemônicos.
Se um computador sem sistema operacional é
como um corpo sem vida, um sistema sem aplicativos é um ser vivo, mas sem alma.
Ou quase isso, já que tanto Windows quanto o MacOS, as distribuições Linux,
o Android, o iOS e outros que tais passaram a integrar, a cada nova
versão, mais e mais recursos nativos que lhes permitem realizar uma vasta gama
de tarefas que até então dependiam de programas de terceiros. Por outro lado, o
que se espera atualmente de um computador vai muito além do que se esperava anos
atrás, sobretudo depois que o acesso à Internet se popularizou entre os
usuários domésticos de PCs, smartphones, tablets e que tais.
Continua na próxima postagem.
sexta-feira, 4 de março de 2022
CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — PARTE IV
O AMOR É IDEAL, O CASAMENTO É REAL, E A MISTURA DO IDEAL COM O REAL JAMAIS FICA IMPUNE.
Para convocar o modo de segurança quando o Windows está carregado, pressionamos simultaneamente as teclas Win+R, digitamos msconfig na caixa do menu Executar e clicamos em OK. Com a janela do utilitário de configuração do sistema aberta, selecionamos a aba Inicialização e, no campo Opções de inicialização, assinalamos a caixa ao lado de Inicialização Segura e marcamos a alternativa desejada — sugiro escolher “Mínima”. Para temos acesso à Internet no modo de segurança, marcamos a opção Rede; se precisamos do interpretador de linha de comando, marcamos Shell alternativo. Ao final, clicamos em Aplicar, confirmamos em OK e reiniciamos o computador (vale lembrar que, independentemente da configuração escolhida, será preciso desfazer as alterações para o Windows voltar a carregar normalmente).
Observação: A aba Geral oferece
as opções Inicialização de Diagnóstico e Inicialização
Seletiva — clique aqui para
mais detalhes.
O problema é que não há como fazer isso quando sistema empaca durante o boot. Nas edições vetustas do Windows, acessava-se o modo de segurança ligando (ou reiniciando) o computador e pressionando a tecla F8 durante a contagem da memória, mas isso deixou de funcionar a partir do Win8 (sobretudo em máquinas com UEFI e SSD, nas quais o boot dura apenas dois décimos de segundo).
No Windows 10, em sendo possível acessar as opções de
desligamento da tela de logon, manter a tecla Shift pressionada
e clicar em Reiniciar força a exibição das Opções
de Inicialização Avançadas, e a partir delas podemos convocar o modo de segurança clicando em Solução de Problemas
> Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização.
Supondo que o computador não conclua o boot ou empaque na tela de boas-vindas (situações nas quais não é possível acessar o utilitário de configuração do sistema para seguir os passos sugeridos anteriormente), o jeito é clicar no ícone de Energia e, mantendo pressionada a tecla Shift, clicar em Reiniciar e, em seguida, em Resolução de problemas > Opções avançadas > Configuração de Inicialização. No menu de opções que será exibido, selecionamos 4 (ou F4 ou fn+F4, conforme as instruções na tela) para convocar o Modo de Segurança.
Observação: Se precisamos de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando, devemos escolher a opção correspondente, lembrando que as opções Shell Alternativo e Rede equivalem aos nossos velhos conhecidos modo de segurança com prompt de comando e modo de segurança com rede, ao passo que a opção Reparo do Active Directory se aplica a computadores em rede com servidor central, mas isso já é outra conversa.
Se nem isso funcionar, devemos forçar o desligamento do aparelho mantendo pressionado o botão de power por mais de 5 segundos. Depois que o computador desligar, aguardamos um ou dois minutos e tornamos a ligá-lo. Em tese, o Windows tenta carregar no modo de segurança quando não consegue iniciar da maneira convencional; caso isso não ocorra, a janela do ambiente de recuperação (WinRE) será exibida.
Se nem isso acontecer, desligamos e religamos o computador três vezes seguidas. Também em tese, a terceira tentativa nos dará acesso às opções avançadas de inicialização, a partir da qual decidimos qual caminho tomar. Na pior das hipóteses, com a janela Selecione uma opção exibida na tela do monitor, escolhemos Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, clicamos em Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, definimos Manter meus arquivos, selecionamos nossa conta de usuário e digitamos a senha, se solicitado, e então clicamos em Reiniciar e torcemos para que dê certo.
Observação: Se o modo de segurança não
resolver o problema... bem, há outras possibilidades a explorar, mas talvez
seja melhor reinstalar o Windows logo de uma vez: ainda no
ambiente de recuperação do sistema, na sessão Solução de
Problemas, selecionamos a opção Restaurar este PC, informamos
se desejamos manter (ou não) os arquivos pessoais e seguimos as
instruções do assistente (cruzando os dedos e torcendo para que tudo dê certo).
segunda-feira, 7 de março de 2022
CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — PARTE V
SER BOM O SUFICIENTE É MAIS DO QUE ACEITÁVEL, E PERCEBER ISSO NOS LIVRA DA PRESSÃO DA BUSCA INCESSANTE PELA PERFEIÇÃO. LEMBRE-SE: O ÓTIMO É INIMIGO DO BOM.
É possível reatribuir à tecla F8 a função que ela exercia nas versões do Windows anteriores ao Win8.1, qual seja de interromper o boot e convocar o Modo de Segurança. Para isso, abra o Prompt de Comando com privilégios de Administrador, digite “bcdedit /set {default} bootmenupolicy legacy” (sem aspas), pressione Enter, digite "exit" (sem aspas)" para sair do Prompt e reinicie o computador.
Observação: Note que os boots subsequentes (falo dos normais) irão demorar um pouco mais, até porque a ideia é a retardar a inicialização de modo a possibilitar a ação da tecla F8. Caso queira desabilitar o acesso ao Modo de Segurança via tecla F8, torne a abrir o Prompt como administrador, escreva “bcdedit /set {default} bootmenupolicy standard” (sem aspas), tecle Enter, encerre o programa e reinicie o computador.
sábado, 11 de novembro de 2006
Atualizações e correções do Windows e companhia
Essas atualizações fazem parte do ciclo mensal de correções que a Microsoft libera todos mês, na segunda terça-feira. Em outubro, foram 10 boletins de segurança corrigindo 26 falhas do Windows e do pacote de aplicativos Office.
Vamos esperar para ver se o Internet 7 também vem de carona nesse pacote.
Abraços e um bom final de semana a todos.
quarta-feira, 6 de maio de 2020
NAVEGADORES DE INTERNET — FAVORITOS, BOOKMARKS E OUTRAS CONSIDERAÇÕES
Os gigantescos e jurássicos mainframes (que custavam verdadeiras fortunas, ocupavam salas inteiras e tinham menos poder de processamento que uma calculadora de bolso xing-ling atual) surgiram nos anos 1940. Curiosamente, o presidente da gigante IBM, que se tornaria a maior fabricante de computador do mundo, disse, certa vez: “Eu acredito que haja mercado para talvez cinco computadores”.
Trinta anos depois, referindo-se aos ainda incipientes PCs (Personal Computers), o fundador da Digital Equipment Corp. vaticinou: “Não há nenhuma razão para alguém querer um computador em casa”.
O tempo provaria que ambos estava errados (saiba mais sobre a evolução do computador seguindo este link, clicando em Postagem mais recente ao final da leitura e assim sucessivamente, até chegar ao último capítulo).
Até o final dos 1980, operar um micro (como os PCs eram chamados então) era bem mais complicado do que hoje em dia. O DOS (“acrônimo de Disk Operating System” — ou sistema operacional em disco, numa tradução livre, como foram chamados diversos sistemas operacionais, bastante semelhantes entre si, que dominaram o mercado de PCs IBM e compatíveis entre 1980 e 1995) facilitou bastante essa tarefa, mas exigia alguma intimidade com linguagens de programação e a memorização de dúzias de comandos baseados em textos e parâmetros.
MS-DOS foi o nome que a Microsoft escolheu para batizar sua versão (baseada no QDOS), o sistema operacional propriamente dito nas edições 3.X, nas quais o que aparecia na tela quando o aparelho era ligado não era a área de trabalho, mas o prompt de comando.
Por prompt entenda-se o ponto de entrada para a digitação de comandos internos do computador e do próprio DOS, que era representado pela letra que designa a partição do sistema (geralmente C no caso do HD e A ou B no dos jurássicos disquetes) seguida de dois pontos (:), de uma barra invertida (\) e do sinal de “maior que” (>): C:/>. Outros elementos eram acrescentados conforme se navegava por diretórios, pastas e arquivos. Para convocar o Windows a partir do prompt do DOS (como dito linhas atrás, até o lançamento da versão 95 o Windows era uma simples interface gráfica), digitava-se win à direita do cursor piscante e pressionava-se a tecla Enter.
O MS-DOS foi o primeiro sistema operacional largamente adotado usado em PCs, a despeito de ser pobre em recursos — um de seus maiores defeitos era ser monotarefa — e pouco intuitivo. Os comandos eram sequências de letras, algarismos e caracteres especiais (<, %, $,>, \, $, etc.) que a gente tinha de digitar cuidadosamente, já que bastava um espaço, letra, algarismo ou caractere a mais ou a menos para o sistema nos exibir uma mensagem de erro — daí os “old school hackers” (programadores experientes) dizerem aos “newbies” (iniciantes) que “a máquina faz o que o operador manda, não o que operador quer”.
A partir da edição 95, o Windows deixou de ser uma simples interface gráfica e passou a ser o sistema o sistema operacional propriamente dito, ou quase isso, porque o MS-DOS continuou atuando nos bastidores até 2001, quando a Microsoft lançou o Windows XP, que, por ser baseado no kernel (núcleo) do Windows NT, finalmente cortou o cordão umbilical com o velho sistema. Mesmo assim, as edições subsequentes do Windows continuam integrando um interpretador de linha de comando.
sexta-feira, 24 de julho de 2020
ATUALIZAÇÕES DO WINDOWS 10, UMA PITADA DE HISTÓRIA E OUTRA DE CULTURA INÚTIL — 3ª PARTE
A MILITÂNCIA BOLSONARISTA É COMO A TORCIDA CUJO TIME GANHA COM UM PÊNALTI INEXISTENTE, MAS CONTINUA DEFENDENDO SUAS CORES.
No alvorecer da computação
pessoal as máquinas não tinham disco rígido nem sistema operacional. Tampouco
havia interface gráfica ou mouse. Operar os PCs de então exigia
conhecimentos de programação, expertise e boa memória para decorar
centenas de comandos de prompt e digitá-los
corretamente, pois qualquer letra, cifra, espaço ou caractere a mais ou faltando resultava em
mensagens de erro.
A GUI — sigla de Graphical User Interface, ou interface gráfica do usuário —, desenvolvida pela Xerox nos longínquos anos 1970 e popularizada pela Apple na década seguinte, pôs ordem no caos ao permitir a interação com a máquina através de um dispositivo apontador (mouse), combinado com elementos gráficos e outros indicadores visuais (janelas, menus, ícones, caixas de seleção etc.).
O Windows, que nasceu
em 1985 como uma interface gráfica que
rodava no MS-DOS, só se popularizou a partir da edição 3.0, lançada em 1990, que podia ser
usada por qualquer pessoa, mesmo que não tivesse conhecimentos de programação.
Observação: A
interface gráfica se baseia numa combinação de tecnologias e dispositivos para
fornecer a plataforma a partir da qual o usuário interage com o sistema. Nos
PCs, a combinação mais conhecida é o WIMP,
baseada em janelas, ícones, menus e ponteiros, onde o mouse é utilizado para
movimentar o cursor pela tela e efetuar os comandos através de seleções e
“cliques”.
Como nos ensinou o oncologista Nelson Teich na coletiva que concedeu à imprensa por ocasião de sua
demissão do ministério da Saúde, “a vida
é feita de escolhas”. E a Xerox,
pioneira no desenvolvimento de interfaces
gráficas, não explorou devidamente a inovação que desenvolveu porque não escolheu não fabricar computadores de
pequeno porte. Assim, a companhia cujo nome se tornou sinônimo de cópia reprográfica no Brasil vale,
hoje, uma fração do que valia nas décadas de 80/90, embora tenha desenvolvido e
fabricado computadores e impressoras a laser, criado a Ethernet, o peer-to-peer,
o desktop, o mouse e por aí afora.
Steve Jobs, pioneiro no uso da interface
gráfica em seus microcomputadores, só desenvolveu sua versão depois de "fazer uma visita" à Xerox,
no Vale do Silício. E ele não
foi o único a “copiar” uma tecnologia da empresa com o intuito de lucrar, mas isso é outra história e fica
para uma outra vez. Aliás, quando Microsoft lançou
o Windows, a Apple já
estava anos-luz à sua frente.
Observação: Jobs não conheceu Teich e, portanto, não aprendeu a lição que o ministro ministrou em seu discurso de adeus. Por apostar na arquitetura fechada e no software proprietário, a Apple, a despeito da excelência de seus
produtos (e dos preços estratosféricos, sobretudo no Brasil), sempre vendeu menos
computadores do que a concorrência. Seu sistema macOS alcança 17,7% dos computadores pessoais (no âmbito mundial),
enquanto a quota-parte que toca ao Windows
é de 77,6%. Aliás, o mesmo quadro se delineia com os ultraportáteis: enquanto
sistema móvel Android (do Google) alcança
74,14% dos usuários de smartphones, o iOS
mal passa dos 25%.
Como vimos anteriormente, até a versão 95 do Windows o MS-DOS era o sistema operacional propriamente dito, e uma de seus maiores inconvenientes era ser monotarefa. Ainda que a interface se valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação do sistema, era impossível, por exemplo, mandar um documento de texto para a impressora e usar a calculadora enquanto a impressão não terminasse.
Mas não há bem que sempre dure nem mal que nunca termine, e o DOS foi perdendo o protagonismo com o passar do tempo. Depois de seis versões e outras tantas atualizações, o sistema deixou de ser oferecido na modalidade stand alone, embora continuasse atuando nos bastidores do Windows 9.x/ME, até que, com o lançamento do Windows XP, baseado na plataforma e no kernel do Win NT, esse cordão umbilical fosse finalmente cortado.
Embora seja bem mais fácil, rápido e cômodo operar o computador através da interface gráfica, usando o mouse para selecionar e clicar ícones, botões, menus e caixas de diálogo, as versões mais recentes do Windows, a atual inclusive, ainda contam com um interpretador de linha de comando, até porque determinadas tarefas requerem acesso diferenciado aos recursos do computador (como é o caso de diagnósticos de rede, manutenções avançadas do sistema e por aí vai) e não podem ser executadas através da interface gráfica. Aliás, a partir do Windows 8/8.1 a Microsoft passou a oferecer dois interpretadores de linha de comando: o prompt de comando tradicional e o Windows Power Shell.
Para acessar o DOS nas edições 9.x do Windows, bastava pressionar o botão Desligar e selecionar a opção Reiniciar o computador em modo MS-DOS (ou equivalente). A partir da edição XP, o que passou a ser exibido em vez do DOS propriamente dito foi um prompt de comando capaz de emular as funcionalidades do velho sistema. Um dos caminhos para acessá-lo é clicar em Iniciar > Todos os Programas > Acessórios > Prompt de Comando ou simplesmente teclar WIN+R e digitar cmd na caixa de diálogo do menu Executar.
Note que nem todos os comandos usados com o jurássico command.com (interpretador padrão do Windows 3.x/9x e ME) funcionam com o cmd.exe (seu
equivalente no XP/Vista/7) ou com o "novo" PowerShell (substituto
do prompt tradicional no Windows 8.1 e 10). E
recíproca é verdadeira.
Continua...
sexta-feira, 10 de dezembro de 2021
WINDOWS 10 — MAIS DICAS QUE VALE A PENA CONHECER
A
PROBABILIDADE DE O PÃO CAIR COM O LAD0 DA MANTEIGA PARA BAIXO É
PROPORCIONAL AO VALOR DO CARPETE. E NÃO ADIANTA AMARRAR O PÃO NAS COSTAS DO GATO E JOGAR O BICHANO NO CARPETE, POIS ELE PROVAVELMENTE COMERÁ O PÃO
ANTES DE CAIR EM PÉ.
Seguem mais algumas dicas que eu reputo interessantes, a começar pelas conversões de moedas, pesos, temperaturas e até distâncias que a calculadora do Windows é capaz de fazer. Sem mencionar que permite também comparar quantas semanas e dias existem entre datas, além de uma porção de outras coisas.
Para ter acesso à lista de
opções disponíveis, abra a calculadora e clique no menu que fica no canto
superior esquerdo da janelinha. A parte de conversão de moedas conta
com uma ferramenta embutida que atualiza as taxas automaticamente. E se você
quiser explorar fusos horários, acesse o aplicativo Alarmes e
Relógios, selecione Relógio Mundial e adicione, a partir do
mapa-múndi, as cidades de seu interesse.
Se você trabalha com dois monitores, pressionar a tecla com o logo
do Windows combinada com as setas (esquerda, direita, acima ou abaixo)
indica o lado para o qual você quer direcionar a janela ativa. Para mandá-la
para outro monitor, basta arrastá-la ou usar os atalhos Win+Shift+Seta (como
dito, o sentido da seta define o movimento que você deseja realizar). Caso as
funções não funcionem no seu computador, certifique-se de que o Windows “sabe”
que há outro monitor conectado (clique em Iniciar > Configurações >
Sistema > Vídeo e, na seção Vários monitores, escolha a opção
"Estender estes vídeos").
A assistente virtual Cortana
é pouco usada, mas basta fuçar os recursos que ela oferece para se tornar fã de carteirinha. Quando a gente a convoca (ela fica ao lado do botão do menu
Iniciar e também responde a comandos de voz), os resultados das pesquisas são
apresentados num espaço dedicado, com informações bem claras e de fácil acesso.
Falando em Iniciar, é possível fazer diversos ajustes nesse menu, como criar
pastas e seções para aplicações específicas, redimensionar as live tiles
(blocos dinâmicos) e o próprio menu. Para mudar o tamanho de um bloco, clique
nele com o botão direito e selecione as dimensões desejadas, lembrando que as
opções de tamanho variam de acordo com os blocos. Se quiser mudar a
posição dos blocos, clique neles e arraste-os até local de destino. Clique em Iniciar
> Configurações > Personalização > Iniciar e explore outras possibilidades.
Nas edições
vetustas do Windows, o prompt de comando, então chamado de prompt
do DOS, era fundamental na operação do PC, já que o DOS era o
sistema operacional propriamente dito. Até o Win95, o software que se
tornaria o sistema operacional mais popular do planeta não passava de uma
simples gráfica que a gente convocava digitando Win+Enter à direita do
cursor piscante da linha de comando. Para evitar repetições desnecessárias, esta postagem traz diversas informações sobre o MS-DOS,
e esta, sobre o Windows Power Shell, que passou a ser o interpretador
de linha de comando padrão nas edições mais recentes do sistema.
Observação: Uma atualização de versão do Win10 acrescentou ao velho prompt suporte aos comandos Ctrl+C/Ctrl+V (copiar/colar). Para ativar esse recurso, basta digitar cmd na caixa de diálogo do menu Executar, pressionar Enter, dar um clique direito na barra de título da janela do prompt, clicar em “Propriedades” e marcar todos os itens da seção “Opções de Edição”.
Continua...
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS... — PARTE V
NA CIÊNCIA, CADA CERTEZA TRAZ OUTRA DÚVIDA; NA FÉ, CADA DÚVIDA VIRA UMA CERTEZA.
Se Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, certamente não incluiu “perfeição” na receita, visto que todo vivente não só tem “prazo de validade” como está sujeito a adoecer, se acidentar, enfim... E se pessoas são seres falíveis, suas criações não são perfeitas.
Carros enguiçam,
eletrodomésticos pifam, móveis se deterioram... Assim, um belo dia você liga
seu PC e ele se recusa a funcionar.
PC é a sigla de “personal computer” (computador pessoal, numa tradução literal). Nos anos 1980, quando essas geringonças começaram a popularizar, os usuários chamavam-nas carinhosamente de “micro” (abreviação de “microcomputador”).
“Micro” vem do grego μικρός, que significa pequeno.
Também é o prefixo do Sistema Internacional de Unidades que denota um fator de
10−6 (um milionésimo).
O nome não deixa de fazer sentido, considerando que o ENIAC, construído por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia em meados do século passado (ao custo de US$ 500 mil, valor que, atualizado, corresponde a US$ 6,7 milhões), era um monstrengo de 30 toneladas que ocupava uma área de 180 m² e integrava 70 mil resistores e 18 mil válvulas de vácuo, que queimavam à razão de uma a cada 2 minutos. Da primeira vez que foi ligado, esse portento causou um blackout de proporções épicas.
Embora não fosse capaz de realizar mais de 5 mil somas, 357 multiplicações ou 38 divisões simultâneas por segundo — uma performance incrível para a época, mas que qualquer videogame dos anos 1990 já superava “com um pé nas costas” — e de sua memória interna ser suficiente apenas para manipular dados envolvidos na tarefa em execução — qualquer modificação exigia que os programadores corressem de um lado para outro da sala, desligando e religando centenas de fios —, em 10 anos de operação o ENIAC realizou mais contas do que os seres humanos fizeram desde o início dos tempos.
Observação: Quando o ENIAC foi finalmente aposentado, já existiam mainframes dez vezes menores, mas com o dobro do seu poder de processamento e preço muito inferior.
O Altair 8800,
lançado em meados dos anos 1970 e comercializado na forma de kit (ou seja, a
montagem ficava a cargo do consumidor), é considerado o precursor do PC dos
nossos dias. Inicialmente, era mais uma curiosidade do que algo realmente útil,
mas isso mudou quando Bill Gates e Paul Allen criaram um interpretador BASIC pare ele. O programa, batizado de Microsoft-BASIC, não era exatamente um
sistema operacional como os que eram usados nos mainframes de então, mas se
tornou o precursor dos sistemas operacionais para computadores pessoais.
Muita gente considera o ábaco
como o antepassado mais remoto dos computadores, quando na verdade ele foi o
precursor das máquinas de calcular. Por
outro lado, “computar” é sinônimo de “fazer cálculos”, daí o computador ser uma
máquina de calcular. Mas uma máquina de calcular capaz de realizar uma
quantidade absurda de operações por segundo.
Continua.
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
SOBRE O PROMPT DE COMANDO E O WINDOWS POWERSHELL ― PARTE 4
Mesmo depois que o Windows se tornou um sistema um sistema operacional autônomo, em 1995, o prompt foi preservado, mas, a partir do XP, o command.com do velho DOS foi substituído pelo cmd.exe.
terça-feira, 21 de maio de 2019
COMPUTADOR, SMARTPHONE, WINDOWS E UM POUCO DE HISTÓRIA
Detalhar essa evolução foge às possibilidades desta postagem, sem mencionar que a extensão do texto tornaria a leitura cansativa para os gatos pingados que acessam este humilde Blog. Portanto, vou trocar tudo em miúdos, começando por lembrar que o ábaco, criado no Egito dos faraós, é considerado o pai do computador, e o UNIX, desenvolvido em meados do século passado, o pai de todos os sistemas operacionais.
Observação: As funções do sistema operacional são, basicamente, servir de “ponte” entre o hardware e o software, gerenciar os programas, definir os recursos destinados a cada processo e criar uma interface amigável com o usuário. É ele quem “reconhece” os componentes de hardware, quem gerencia os processos, os arquivos, a memória, os periféricos, quem decide quais programas em execução devem receber a atenção do processador, etc., e está presente não só nos PCs e assemelhados, mas em praticamente tudo que tenha um microchip e rode aplicativos, de automóveis a televisores, de consoles de videogames a relógios digitais. Graças à internet das coisas (IoT), o Linux marca presença em lâmpadas, geladeiras, smartphones e até rifles do exército norte-americano.
O primeiro microcomputador foi o Altair 8800, lançado em meados dos anos 1970 e comercializado na forma de kit (ou seja, a montagem ficava a cargo do consumidor). Era mais uma curiosidade do que algo realmente útil, ao menos até que Bill Gates e Paul Allen criarem para ele um “interpretador” escrito na linguagem BASIC e batizado de Microsoft-BASIC, que não era um SO como os usados nos mainframes de então, mas foi o precursor dos sistemas operacionais para microcomputadores. O MIT, a General Eletric e a AT&T criaram uma força tarefa para desenvolver o MULTICS, mas abandonou o projeto após uma década de trabalho. Em 1969, Ken Thompson, ex-integrante da equipe, criou o UNICS — uma versão menos ambiciosa escrita em Assembly, que foi posteriormente reescrita em C pelo próprio Thompson e por Dennis Ritchie (criador da linguagem C) e rebatizada como UNIX. Seu kernel (núcleo) logo passou a servir de base para outros sistemas operacionais, dentre os quais o BSD, o POSIX, o MINIX, o FreeBSD e o Solaris, para ficar nos mais conhecidos.
O sucesso do Altair levou a Apple a investir no segmento de computadores pessoais. O Apple II, lançado em 1977, já contava com um Disk Operating System (ou DOS — acrônimo que integra o nome de diversos sistemas operacionais, como o Free DOS, o PTS-DOS, o DR-DOS etc.). Como a máquina vinha montada, trazia um teclado integrado e tinha a capacidade de reproduzir gráficos coloridos e sons, muitos a consideram o “primeiro computador pessoal moderno”.
segunda-feira, 14 de setembro de 2020
MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 VIA TECLA F8 (FINAL)
É PRECISO ESCOLHER UM CAMINHO QUE NÃO TENHA FIM, MAS, AINDA ASSIM, CAMINHAR SEMPRE NA EXPECTATIVA DE ENCONTRÁ-LO.Passando agora à dica que me fez publicar esta sequência — resgatar a função que a tecla F8 cumpria, nas versões do Windows anteriores ao Eight, quando era pressionada durante o boot —, o caminho é o seguinte:
1 — Acesse o Prompt de comando com privilégios de administrador (na caixa de pesquisas da Barra
de Tarefas, digite cmd e, entre as opções que serão exibidas do lado direito da janelinha, clique em Executar como administrador).
Observação: O
interpretador de linha de comando padrão do Win10 é o PowerShell,
que tomou o lugar do Prompt
tradicional no menu que é exibido quando damos um clique direito no botão Iniciar (detalhes nesta
postagem). Nem todos os comandos que funcionavam no jurássico command.com, que era o utilitário padrão nas versões 3.x/9x/ME do Windows, funcionam no cmd.exe (que
o substituiu nas versões XP/Vista/7) ou no PowerShell. E
vice-versa.
2 — Na tela do Prompt de comando, digite “bcdedit /set {default} bootmenupolicy legacy” (desconsidere as aspas) e pressione Enter.
Uma mensagem dando conta de que a operação foi concluída com sucesso
será exibida em seguida. Se em vez disso surgir uma mensagem de comando
inválido — algo como The set command
specified is not valid. Run "bcdedit /?" for command line assistance.
—, feche a janela e refaça os passos desde o início.
Pode ser preciso reiniciar o computador para validar a configuração, e talvez os boots subsequentes (falo dos normais) demorem alguns segundos a mais do que demoravam antes de você fazer a alteração. Isso se explica pelo fato de a reconfiguração se destinar a retardar a inicialização, de modo a permitir que o processo seja interrompido pela tecla F8.
Se, por algum motivo, você quiser retornar ao status quo ante, bastará repetir os mesmo passos e, na tela do Prompt de comando, digitar “bcdedit /set {default} bootmenupolicy standard” (sem aspas), pressionar Enter e reiniciar o computador.
Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.